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Vantagens da comida orgânica são marketing


Verdura

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Segue a matéria:

 

https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2015/12/1717132-vantagens-da-comida-organica-sao-marketing-diz-geneticista.shtml

 

Pontos que destaco:

 

Folha - A primeira pergunta não é sobre ciência, mas relações públicas: os transgênicos ainda encontram resistência?
Pamela Ronald - O consenso científico mundial é que esses alimentos são seguros. A discussão pública fica presa em um conceito mal definido. "Organismo geneticamente modificado" [GMO, na sigla em inglês] quer dizer algo diferente em cada caso.

Como assim?
Por exemplo, as plantações de mamão papaia havaiano estavam sofrendo com uma infecção por vírus. Foi criado um um mamão que continha um fragmento do vírus e que resiste à infecção.
O arroz dourado produz a vitamina betacaroteno que é a mesma presente em cenouras. Centenas de milhares de crianças morrem anualmente por complicações por falta da substância. Esses exemplos são diferentes de grandes produção de milho. Temos de avaliar caso a caso.

......

A OMS diz que o glifosato (composto dos herbicidas dos trangênicos) é possível causador de câncer.
Há muitos na lista, como café ou carne vermelha. Ele não causa câncer –é um possível ou provável carcinógeno, mas como meu pai diz, "tudo em moderação". Você não vai lá e bebe glifosato. Não faz sentido. A OMS não tem nenhum dado novo. Não se fala da dose. É algo um pouco confuso. Supondo que ele fosse banido, os possíveis substitutos são ainda mais tóxicos

.......

 

Por que só a ela (engenharia genética nas plantações do marido) não é permitida? Qual a razão para não cruzar essa barreira?
Quando meu marido começou a plantar orgânicos, há 35 anos, não havia engenharia genética na área da agricultura, só na medicina. Até onde sei ninguém reclama dos medicamentos feitos com engenharia genética.
O fato de ser diferente na agricultura não tem lógica. É um medo antigo. Naquele tempo era compreensível, era uma tecnologia nova. Agora, é só marketing, na minha opinião, uma tentativa de fazer com que as pessoas comprem mais orgânicos.

..........

 

Você é a favor de colocar no rótulo o fato de um produto ser geneticamente modificado ou o de herbicidas ou pesticidas terem sido usados?
Eu gosto da ideia de apontar o uso de herbicida. Isso é informativo. O consumidor pode decidir não comprar e reclamar aos órgãos competentes se achar que tem algo errado.
Já colocar que foi geneticamente modificado é perda de tempo –isso não traz informação. Como você rotularia o mamão havaiano, sendo que o orgânico tem dez vezes mais vírus? O que isso quer dizer? Ou ainda se você coloca que algo "não é modificado" tem de lembrar que esses fazendeiros podem usar mais pesticidas.
Faz mais sentido constar exatamente o que foi aplicado e quanto de água e de terra foi usado. Tem de haver uma saturação de informações precisas.
O fato de termos usado melhoramento genético por mais de dois mil anos ainda não é totalmente compreendido

 

..................

 

 

Postado

Mas perceba que ela manifestou que a questão de manipulação genética já é amplamente usada, citando casos do arroz e mamão. Nos animais já fazemos isso há muito tempo também. E tem mais: Na entrevista ela fala da importância dos agrotóxicos, pois sem eles estaríamos ingerindo alimentos com muito mais agentes prejudiciais a nossa saúde. Mas, em contrapartida, ela diz que seria muito interessante a informação no rótulo da quantidade e o tipo de agrotóxico usado.

.

Sobre a diversidade genética veja que ela manifesta preocupação sobre algumas culturas, como a soja, que devido aos monopólios e monoculturas, tem perdido variabilidade genética.

Postado

Há alguns tópicos onde a questäo do agrotóxico foi discutido. O Brasil é o país que mais usa agrotóxico no mundo. A questäo dos agrotóxicos serem importantes e serem fundamentais para que tivéssemos condicöes de alimentar 7 bilhöes de pessoas é fato, mas será que os produtores brasileiros näo apelam na dosagem?

Postado
13 horas atrás, Torf disse:

Há alguns tópicos onde a questäo do agrotóxico foi discutido. O Brasil é o país que mais usa agrotóxico no mundo. A questäo dos agrotóxicos serem importantes e serem fundamentais para que tivéssemos condicöes de alimentar 7 bilhöes de pessoas é fato, mas será que os produtores brasileiros näo apelam na dosagem?

 

Pois é. O fato de estar ingerindo uma, sei lá, maçã que seja mais resistente à pragas, devido a mudanças genéticas, segundo entendi da entrevista, é menos (ou sem prejuízo algum) prejudicial à saúde do que uma maçã impregnada de sei-lá quais agentes químicos que são capazes de matar insetos grandes em pequenas doses. Lembrando que as mutações ocorrem também na natureza.

Seria muito interessante que se divulgasse os agrotóxicos usados na produção do alimento assim como as medidas necessárias para retirá-los antes do consumo.

Postado

@Verdura, como o @Torf falou, o problema não são os agrotóxicos em si, é a quantidade. Se você ler o link do post que te passei (esse) vai ver que no Brasil, anualmente, cada brasileiro consome mais de 7 litros de agrotóxico, vai me dizer que isso não é prejudicial? Se consumir pouco já é, imagina essa quantidade. 

 

Como eu disse, organismos geneticamente modificados e transgênicos são coisas diferentes. Uma maçã resistente à pragas por meio de modificação genética tem prejuízo sim! Até cheguei a falar no meu post anterior, essas modificações podem causar alergias, má formações de fetos, resistência a antibióticos, e até dei um destaque maior a resistencia a antibióticos pela gravidade que isso tem trazido nos dias de hoje; estamos "criando" bactérias cada dias mais resistentes.

 

Não tem como retirar 100% do agrotóxico do alimento, mas naquele link que passei ali em cima eu cito algumas formas de dar uma diminuida na quantidade.

Postado
5 horas atrás, {..mAthEUs..} disse:

@Verdura, como o @Torf falou, o problema não são os agrotóxicos em si, é a quantidade. Se você ler o link do post que te passei (esse) vai ver que no Brasil, anualmente, cada brasileiro consome mais de 7 litros de agrotóxico, vai me dizer que isso não é prejudicial? Se consumir pouco já é, imagina essa quantidade. 

 

Como eu disse, organismos geneticamente modificados e transgênicos são coisas diferentes. Uma maçã resistente à pragas por meio de modificação genética tem prejuízo sim! Até cheguei a falar no meu post anterior, essas modificações podem causar alergias, má formações de fetos, resistência a antibióticos, e até dei um destaque maior a resistencia a antibióticos pela gravidade que isso tem trazido nos dias de hoje; estamos "criando" bactérias cada dias mais resistentes.

 

Não tem como retirar 100% do agrotóxico do alimento, mas naquele link que passei ali em cima eu cito algumas formas de dar uma diminuida na quantidade.

Vi os links que passou. Vamos a eles:
O primeiro é sobre um documentário. Fala dos agrotóxicos e tudo. Nada de novo no front;
O segundo fala do milho transgênico. Apesar de falar por alto de pesquisas com ratos, não é nada contundente. A dona da entrevista que postei concorda que estas grandes culturas têm problemas sérios;
O terceiro é um artigo escrito por um terapeuta ambiental. Carece de rigor;
A quarta na chamada já diz tudo: "Ameaças à saúde humana, meio ambiente e diversidade alimentar ainda são objetos de divergência entre cientistas, empresas, governos nacionais e organizações multilaterais"
O quinto diz que uma substância alergênica foi encontrada na soja transgênica. Nada que não exista nos alimentos naturais (vive se falando no glúten, por ex.)
O sexto link diz que a ABRASCO confirma que os alimentos transgênicos causam até unha encravada, mas não prova nada. Aliás, no texto eles se limitam a falar sobre os agrotóxicos. Nada de novo.
O sétimo diz que, desde 1940 as bactérias tem se tornado resistente por causa do uso de antibióticos, e que " há o risco desses genes de resistência antibiótica serem transferidos para bactérias do organismo dos seres humano", no caso dos alimentos. Sem citar nem autor, nem estudo nem nada. É mais achismo mesmo.
O oitavo é um artigo de cunho político, não científico. Veja o que diz: "A introdução da soja transgênica no Brasil vai favorecer unicamente aos EUA, que atualmente tem dificuldades em exportar a sua soja para a Europa, e vamos perder esse diferencial importante e ficar à mercê dos interesses das grandes multinacionais, que querem obrigar os consumidores europeus a aceitar a soja americana transgênica, por falta de opção. É com pesar que vemos nosso governo submeter-se aos interesses do grande poder econômico e tecnocrático sem pátria, editando medida provisória, inconstitucional e imoral, que fere decisões judiciais e chega ao cúmulo de conferir legalidade a uma safra de soja transgênica resultante do plantio de sementes contrabandeadas, já que sua produção estava proibida no país"
E, por fim, os artigos da Cielo e da UFRGs. O primeiro é uma pesquisa de opinião e o segundo conclui: ""nada na vida é livre de riscos". Ao se julgar algo seguro, estão sendo considerados apenas os limites aceitáveis de risco. A melhor estratégia para lidar com possibilidades de danos ambientais, quando se é confrontado com profundas incertezas, é agir cautelosamente e desencadear programas sistemáticos de pesquisa para aumentar a compreensão sobre o assunto.", ou seja, admitem que nada sabem.

Enfim, nada de conclusivo. Muitas ilações, política e teoria da conspiração. De conclusivo apenas a pesquisa de agrotóxico com ratos (mesmo assim não cita metodologia nem nada. É bem possível que se possa "concluir", alimentando um bicho só com um tipo de qualquer coisa, que aquela coisa faz mal), e sobre uma tipo de milho produzido nos EUA (que ainda assim o que se tem são relatos, não pesquisas).
Não dá pra dizer, então, que existe risco à saúde devido ao consumo de alimentos modificados geneticamente. Não existe relação, ao menos pelo que vi, entre alergia etc. com consumo de alimentos geneticamente modificados. Aliás, são tantas variáveis que duvido que consigam provar algum dia estas relações.
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Agora, sobre os agrotóxicos, não há o que falar. E é essa reflexão que a entrevistada nos propõem: Melhor comer com muito agrotóxico (comprovadamente prejudicial) ou geneticamente modificado, com menos agrotóxico (sem comprovação de prejuízo)?

Postado

Então vamos inverter um pouco os papeis.. Ao invés de mostrar os malefícios de se ingerir um alimento que foi modificado, mudando sua forma natural, ou seja, o homem com toda sua "sabedoria" interferindo no código genético dos alimentos, cadê os estudos mostrando os benefícios? 

 

O que ela falou na entrevista? Usou a desculpa pra justificar o glifosato, de que tudo faz mal; depois justificou que ninguem reclama da genética no uso de medicamentos. Fala que tem que colocar nos rótulos os pesticidas mas não colocar que foi geneticamente modificado (what???). Se alguem é obrigado a expor quais pesticidas usou na plantação, porque quem altera o código genético de um alimento não deve colocar também no rótulo? Pra mim isso é querer encobrir informação.

 

Comer orgânicos não é marketing, é opção. Ela ataca os orgânicos sem fundamento, parece mais se sentir ameaçada pela crescente onda de pedidos por orgânicos.

 

Se não tem nada conclusivo EU prefiro o mais proximo do natural do que ser "cobaia" de um experimento, já que não se sabe ao certo os riscos a longo prazo. 

 

O melhor, na minha opinião, seria comer com pouco ou nenhum agrotóxico e sem ser geneticamente modificado. 

Postado

manos acredito que vcs ja viram no mercado,aqueles frango sem antibiótico,mas eu ja fui em uma cooperativa da minha cidade pra ver como funcionava o esquema de venda de agrotóxico eles falaram que hoje em dia é muito mais controlado esse negocio q n é assim tão mal a saude q vc vai pegar cancer "que cancer não pega de alimento nada ele se desenvolve se é pra vc ter vc vai ter" e tem todo um cuidado ai agt viu la os cara fazendo a conta de quantos tem que por tal achei bem bacana

Postado
Em 11/12/2015 at 15:54, Jukalp disse:

manos acredito que vcs ja viram no mercado,aqueles frango sem antibiótico,mas eu ja fui em uma cooperativa da minha cidade pra ver como funcionava o esquema de venda de agrotóxico eles falaram que hoje em dia é muito mais controlado esse negocio q n é assim tão mal a saude q vc vai pegar cancer "que cancer não pega de alimento nada ele se desenvolve se é pra vc ter vc vai ter" e tem todo um cuidado ai agt viu la os cara fazendo a conta de quantos tem que por tal achei bem bacana

 

Em uma exposição aguda, não tenho dúvida que faz mal, e muito mal. Não é a toa tem limites de quantidade para uso. Agora tem que tomar cuidado com componentes que não conseguimos expelir de alguma forma, ou que acumulam por longo tempo, pois nossa exposição é leve, mas contínua.

Postado
Em 11/12/2015 at 15:45, {..mAthEUs..} disse:

Então vamos inverter um pouco os papeis.. Ao invés de mostrar os malefícios de se ingerir um alimento que foi modificado, mudando sua forma natural, ou seja, o homem com toda sua "sabedoria" interferindo no código genético dos alimentos, cadê os estudos mostrando os benefícios? 

 

O que ela falou na entrevista? Usou a desculpa pra justificar o glifosato, de que tudo faz mal; depois justificou que ninguem reclama da genética no uso de medicamentos. Fala que tem que colocar nos rótulos os pesticidas mas não colocar que foi geneticamente modificado (what???). Se alguem é obrigado a expor quais pesticidas usou na plantação, porque quem altera o código genético de um alimento não deve colocar também no rótulo? Pra mim isso é querer encobrir informação.

 

Comer orgânicos não é marketing, é opção. Ela ataca os orgânicos sem fundamento, parece mais se sentir ameaçada pela crescente onda de pedidos por orgânicos.

 

Se não tem nada conclusivo EU prefiro o mais proximo do natural do que ser "cobaia" de um experimento, já que não se sabe ao certo os riscos a longo prazo. 

 

O melhor, na minha opinião, seria comer com pouco ou nenhum agrotóxico e sem ser geneticamente modificado. 

 

Toda a lógica indica que você está certo. Mas acredito que o que ela quer dizer é que o pessoal tá "dourando a pílula", e que os geneticamente modificados e os agrotóxicos tem o seu espaço na produção mundial de alimentos.

Postado

Concordo com as ressalvas do Matheus. Mas vejo que os malefícios do geneticamente modificado são menores que os malefícios da sua inexistência. O inventor dos transgênicos fez mais pela fome mundial do que todos os governos juntos. 29 em cada 30 pessoas trabalhavam na produção de comida e este número passou a 3% da população. 

 

Vocês já foram numa feira orgânica? É tudo absurdamente caro. O alface custa alho poró gourmetizado. Se porventura a ONU decretasse a proibição nos países membros, teríamos uma gigantesca epidemia de fome mundial, de desabastecimento de mercados. O mesmo aconteceria se todo mundo virasse vegetariano.

Postado
11 horas atrás, Verdura disse:

 

 

O maior problema é que houve uma inversão de valores, isso que ela fala sobre os orgânicos devia ser falado sobre os trans e modificados geneticamente. Era para o natural ser produzido em larga escala e os OGM's serem um complemento para suprir a necessidade do que faltasse, mas vemos o contrário disso e essa fala dela retrata bem esse cenário. 

 

9 horas atrás, FrangoEctomorfo disse:

 

 

Mas os orgânicos são muito mais caros, em partes, pela burocracia que é ter esse rótulo "orgânico". Tem que se adequar a várias regras, tem que ter um certificado, pagar por isso, fora que acaba tendo uma perda maior na lavoura, e isso tudo faz os preços irem lá em cima. Se não tivesse tanta taxa, tanta burocracia, os preços dos orgânicos ainda seriam maiores que o dos OGM's, mas seriam bem menores.

Postado
Em 12/11/2015 at 15:45, {..mAthEUs..} disse:

Então vamos inverter um pouco os papeis.. Ao invés de mostrar os malefícios de se ingerir um alimento que foi modificado, mudando sua forma natural, ou seja, o homem com toda sua "sabedoria" interferindo no código genético dos alimentos, cadê os estudos mostrando os benefícios? 

 

O que ela falou na entrevista? Usou a desculpa pra justificar o glifosato, de que tudo faz mal; depois justificou que ninguem reclama da genética no uso de medicamentos. Fala que tem que colocar nos rótulos os pesticidas mas não colocar que foi geneticamente modificado (what???). Se alguem é obrigado a expor quais pesticidas usou na plantação, porque quem altera o código genético de um alimento não deve colocar também no rótulo? Pra mim isso é querer encobrir informação.

 

Comer orgânicos não é marketing, é opção. Ela ataca os orgânicos sem fundamento, parece mais se sentir ameaçada pela crescente onda de pedidos por orgânicos.

 

Se não tem nada conclusivo EU prefiro o mais proximo do natural do que ser "cobaia" de um experimento, já que não se sabe ao certo os riscos a longo prazo. 

 

O melhor, na minha opinião, seria comer com pouco ou nenhum agrotóxico e sem ser geneticamente modificado. 

 

Meu amigo, os estudos mostrando os benefícios existem sim, procura aqui www.scielo.org este é uma biblioteca onde todos os cientistas colocam suas pesquisas.

No arroz, podemos achar variedades com diferentes tipos de nutrientes, com variadas funções.

No milho, no trigo, na soja, no mamão, em vários alimentos a transgenia apresenta resultados comprovados em relação a resistência à pragas e propriedades nutricionais.

Outra coisa, um alimento orgânico é produzido em um sistema de agricultura familiar, com pouca tecnologia, deixando à desejar no manejo, sem suprir as necessidades nutricionais da planta com adubos minerais (porque adubação com esterco e composteira NÃO TEM AS MESMAS QUANTIDADES DE NUTRIENTES, SÃO MUUITO MENORES. 

Portanto, vamos fazer uma analogia à musculação. Se tu come mais calorias que tu gasta tu ganha peso, se tu ingere menos calorias tu perde peso. Se a planta não tem suas exigências em macro e micro nutrientes satisfeitas, o seu fruto ou semente irá possuir uma qualidade nutricional menor. ISSO É COMPROVADO.

Ainda por cima, alimentos orgânicos muitas vezes são adubados com esterco, tanto de animais quanto de pessoas (!!!), e as plantas absorvem junto com os nutrientes os patógenos, microorganismos e todo tipo de organismo presente ali no esterco. EU NÃO COMERIA um pé de alface cultivado com composteira de fezes humanas :D:D

 

Como estudante de agronomia que sou, presenciei várias vezes estas situações em cultvos orgânicos. Também presenciei utilização de agrotóxicos nestes cultivos, por pura falta de informação do produtor, achando que se colocar apenas o produto X não vai alterar o selo "orgânico"

 

Este negócio de chamar alimento "orgânico" me enche o saco. TODO TECIDO VIVO É ORGÂNICO. As plantas transgênicas, as não transgênicas. com ou sem agrotóxicos, até mesmo VOCÊ AÍ LENDO é um organismo vivo portanto ORGÂNICO!

 

Para finalizar, sobre o Brasil ser o maior consumidor de agrotóxicos é por que somos um dos MAIORES produtores de produtos agrícolas do PLANETA. Óbvio que ia resultar nisso. E sobre o produtor rural utilizar mais e mais agrotóxicos, não é porque ele é MALVADO E QUER MATAR TODO MUNDO. Ele apenas tem problemas cada vez mais sérios com pragas e doenças e não pode perder o seu ganha pão só porque alguns frescos querem TONELADAS de alimentos livres de veneno.

 

E se vocês acham que os agrotóxicos são perigosos, é porque não sabem que se não fosse por tudo isso mais da metade da população mundial teria morrido de fome, e se não fosse de fome seria por doenças relacionadas aos alimentos, tanto em questões nutricionais quanto sanitárias. Temos muito menos doenças que antigamente, ninguém mais quase morre por desenteria e outros, e temos alimento para encher os estômagos de 7 bilhões de pessoas. Agora se o alimento não chega à boca dessas pessoas. aí é problema de quem distribui estes alimentos, nós agricultores fazemos a nossa parte! :D

Postado
Em 20/12/2015 at 01:33, decarli29 disse:

 

 

Sim, eu sei o que é o Scielo, mas beneficios eu não achei.. quer dizer, pesquisas que não sejam financiadas por produtoras agricolas eu não achei, se tiver post aqui pra gente.

 

Não de onde tirou que alimentos orgânicos são mais pobres nutricionalmente, porque na verdade eles são mais ricos nutricionalmente (os estudos que dizem que orgânicos tem a mesma quantidade de nutrientes que os convencionais, ainda cita que os orgânicos são mais ricos apenas em fósforo), contem mais antioxidantes e menos metais pesados:

https://www.iapar.br/arquivos/File/zip_pdf/OrgConvenc.pdf

https://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/planeta-ciencia/noticia/2014/07/pesquisa-mostra-que-alimentos-organicos-tem-mais-antioxidantes-4552396.html

 

O termo orgânico surgiu na Inglaterra porque eles consideraram que a propriedade rural deveria ser tratada como um organismo agrícola onde a prioridade é a saúde do organismo, o que não acontece em produtoras "convencionais" onde o foco é o produto final e o local de produção é considerado uma linha de produção. Mas isso é mais uma ideologia, uma forma de distinguir produções.

 

Não, o Brasil não é o maior consumidor só porque é o maior produtor, é proporcionalmente. A estimativa é de 7,3 litros de agrotóxico por ano que cada brasileiro ingere, eu, particularmente, não acho essa quantidade pequena. Talvez eu esteja dentro dessa categoria que você citou de frescos que querem alimentos livres de veneno; note que você mesmo falou veneno e se for ver, etimologicamente você mesmo condenou o uso de agrotóxicos apenas usando essa palavra, isso é, se você prezar por saúde, porque ela quer dizer que é uma substância que destrói ou altera as funções vitais.

 

Como você mesmo falou, os produtores usam cada vez mais agrotóxicos por ter problema com pragas e doenças, agora imagina daqui 5 anos, daqui 10 anos, daqui a pouco a planta não vai ser mais regada com água, vai ser com agrotóxicos para poder manter o seu ganha pão.

 

Eu não acho que precise ser produzido todo alimento 100% orgânico, até porque mesmo os orgânicos possuem residuos de agrotóxicos já que eles estão presentes até na água que tomamos, mas na minha opinião deveria sim diminuir a quantidade de agrotóxicos das produções. Agora que vocês agricultores já fazem a parte produzindo alimento, porque não então produzir um alimento mais saudavel? Não acho que são todos os produtores que exageram, não te conheço como você não me conhece, você pode ser um produtor que segue uma linha diferente, mas a exceção não faz a regra.

 

Abraço.

  • 9 meses depois...
Postado

Na Universidade de Stanford, em 2012, a conclusão do estudo foi: não há “uma prova robusta de que os orgânicos sejam mais nutritivos”.

O Comitê Científico Norueguês para a Segurança Alimentar não achou “diferenças no índice de doenças”: os “porcos e aves orgânicas podem ter mais acesso a áreas abertas, mas apresentam maiores índices de parasitas, fatores patógenos e predadores”.

 

Nunca esquecerei quando, num minúsculo restaurante muito caseiro em Foz de Iguaçu, pude comer um frango deveras caipira! Nem das minhas delícias de criança devorando suculentos pêssegos num galho da plantação de um vizinho amigo.

Nem do entusiasmo com os peixes fritos numa praia do Uruguai, recém-descidos das barcas dos pescadores. Nem do “bife de tira” numa fazenda argentina. Nem... Nem...

Positivamente não sou de comida enlatada, congelada, repleta de conservantes, corantes, e muitas outras químicas incompreensíveis que enchem as prateleiras dos supermercados, inclusive dos melhores e mais caros.

Por isso, num primeiro momento meu movimento instintivo foi favorável à “comida orgânica”, apesar de seu preço inacessível para mim.

Resisti a prestar ouvidos a uma espontânea objeção: a turma verde apronta tantas que, quiçá, quiçá... nos sedutores produtos que oferecem, poderia haver “gato encerrado”, como diz o desconfiado espanhol.

Ainda quero sonhar. Mas sonho é sonho, e realidade é realidade.

E o reputado cientista Bjørn Lomborg me puxou para a realidade.

Ele também quer uma alimentação mais saudável. Mas foi estudar e descobriu, para meu pesar, que os “alimentos orgânicos” oferecidos como mais nutritivos, que fazem sofrer menos os animais e protegem o meio ambiente, são antes de tudo um golpe de marketing.

O professor adjunto da Copenhagen Business School explicou-o em artigo para o jornal londrino The Telegraph.

Ele contou que, em 2012, o Centro para uma Política Saudável da Universidade de Stanford, Califórnia, realizou a maior comparação já feita entre alimentos vendidos como “orgânicos” e os convencionais.

E a conclusão foi que não se encontrou “uma prova robusta de que os orgânicos sejam mais nutritivos”.

“Os estudos científicos não mostram que os produtos orgânicos sejam mais nutritivos nem mais seguros de que os convencionais”, insiste o estudo.

Tampouco que os animais criados em “granjas orgânicas” são mais saudáveis, e isto na maioria dos casos. Essa conclusão foi a mesma de um estudo de cinco anos feito nos EUA e referido pelo cientista dinamarquês.

Também o Comitê Científico Norueguês para a Segurança Alimentar não achou “diferenças no índice de doenças”: os “porcos e aves orgânicas podem ter mais acesso a áreas abertas, mas apresentam maiores índices de parasitas, fatores patógenos e predadores”.

Nem mesmo as abelhas criadas “organicamente” passam melhor.

Lomborg aponta que a “agricultura orgânica” como ela é hoje não passa de um “produto” vendido para quem quiser comprar propaganda.

Afirma-se que consome menos energia, emite menos gases estufa, etc., etc. Porém requer uma área cultivável 84% maior e, no fim, acaba produzindo quase a mesma quantidade de gases-estufa, para mencionar um exemplo.

Para produzir organicamente os alimentos que consomem hoje, os EUA precisariam aumentar a área explorada numa extensão que equivale a erradicar os parques naturais e as reservas em 48 de seus Estados.

Alguém poderia objetar que os alimentos orgânicos pelo menos dispensariam os pesticidas. Mas Lomborg mostra que isso é um engano: a “agricultura orgânica” usa pesticidas “naturais” que ele menciona e que causaram doenças, incluída a leucemia, nos agricultores.

O cientista dinamarquês concede que os alimentos convencionais têm maior contaminação com pesticidas. Mas ela, sublinha, é muito reduzida.

A Divisão de Toxicologia do US Food and Drug Administration, concluiu que todos os resíduos de pesticidas convencionais poderiam causar 20 mortes anuais extras por câncer nos EUA.

Muito? Esse número é pálido se comparado ao impacto na mortalidade caso os EUA como um todo passarem para a “agricultura orgânica”.

O Prof. Lomborg explica esta conclusão, surpreendente à primeira vista.

O custo dessa transformação ficaria em algo como 200 bilhões de dólares anuais. Com esse dinheiro poderiam ser construídos hospitais, serviços de segurança social, escolas e infraestrutura, que teriam grande impacto na melhora das condições de vida e na redução das taxas de mortalidade.

As pesquisas apontam que uma redução do PIB em 15 milhões de dólares “estatisticamente” custa uma vida, porque na retração econômica a população gasta menos na saúde e reduz a compra de alimentos de boas marcas.

Em pratos limpos, nos EUA a transformação da produção alimentar convencional em “orgânica” matará 13.000 pessoas por ano.

Na Grã-Bretanha a mesma transformação custará anualmente 22 bilhões de libras esterlinas e mais de 2.000 mortos extras por ano.

Norman Borlaug, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz por impulsionar o fornecimento de alimentos em grande escala, gostava de insistir que “a agricultura orgânica em escala global deixaria dois bilhões de pessoas sem comida”, lembra Lomborg.

Essencialmente, o “alimento orgânico” como é oferecido hoje serve para as pessoas ricas se exibirem gastando seu dinheiro extra.

Da mesma maneira que o gastam em férias e divertimentos que as posicionam na elite do jet-set mundial, como se essa fosse uma categoria moral superior.

Em resumo, Lomborg diz que os “alimentos orgânicos” que se encontram por aí não são mais saudáveis, nem mesmo melhores. Aplicar a “agricultura orgânica” em grande escala custará dezenas de bilhões de dólares, multiplicará os danos ambientais, erradicará florestas globalmente e aumentará as mortes em muitos milhares.

A famosa estilista Vivienne Westwood, ambientalista ardida, exclamou com fastio que o pessoal que não consegue pagar “alimentos orgânicos” deveria “comer menos”.

Para Lomborg, esse slogan patenteia uma insensibilidade moral revoltante muito típica do jet-set verde. Quem está com fome ou não pode pagar a comida que precisa deveria ter acesso a alimento mais econômico.

E esse objetivo humano básico não será atingido com a “agricultura orgânica”.

Concluindo o artigo de Lomborg, fiquei tomado pela impressão de que nessa “agricultura orgânica” há “gato encerrado”. Algo que cheira a MST.

Voltei-me para uma coleção de iluminuras mostrando uma encantadora produção agrícola numa natureza digna de quadro de Fra Angélico: monges medievais transformando a natureza numa imagem do Paraíso.

E pensei: organicidade só é felizmente realizável onde há verdadeira moral. E voltei minhas costas para o marketing verde.

 

fonte:https://www.midiasemmascara.org/artigos/ambientalismo/16689-2016-08-25-23-46-23.html

Postado

me parece que o artigo foca varias dimensoes (ambiental, economica,  qualidade, agrotoxicos, etc.) com um objectivo de denegrir a imagem dos organicos e conclui que nao têm a mesma qualidade. Não é um bom principio para um estudo sério.

 

Tirando o exemplo inicial da galinha caipira e os pessegos suculentos julgo que isso responde de imediato a questão da qualidade.

 

só uma nota produtos agricolas reultantes de adubo obtem apenas 3 tipos de minerais de terras cansadas, Sulfatos, fosfatos e nitratos alem da agua. Uma terra adubada naturalmente pode ter até 30 minerias. Por aqui podem tirar algumas conclusoes quanto ao produto final.

 

 

  • Supermoderador
Postado
1 hora atrás, fernandeslm disse:

me parece que o artigo foca varias dimensoes (ambiental, economica,  qualidade, agrotoxicos, etc.) com um objectivo de denegrir a imagem dos organicos e conclui que nao têm a mesma qualidade. Não é um bom principio para um estudo sério.

E qual seria um principio, não sitado, sério na sua opnião?

 

Para quem se interessar:

 

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19640946

https://ajcn.nutrition.org/content/early/2010/05/12/ajcn.2010.29269.abstract?maxtoshow=&hits=10&RESULTFORMAT=&fulltext=organic&searchid=1&FIRSTINDEX=0&resourcetype=HWCIT

 

Resumindo bem:

 

Comida organica é muito marketing, muito preço, em quesito de nutrientes é uma diferença baixa com comida "não organica" (independente do que o pessoal acredite que o ambiente de produção seja melhor ou não).

Postado

Para mim o orgânico é simplesmente o natural o que sempre foi alimentação humana. A comida do sítio da vovó. O que você se refere a marketing é outra coisa. É a indústria do 'organico'

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