Ir para conteúdo
  • Cadastre-se

Physical Culture - A Era De Antes Dos Suplementos E Das Drogas


Visitante Víkingr

Posts Recomendados

Postado

Não acredito que tenha nada demais quanto a genética, ou taxa hormonal dos homens na era pré esteróides. Por vários motivos:

 

Se a sociedade atual é obesa e sedentária, a escolha foi nossa. Hoje temos fartura de alimentos, não só os industrializados, mas os naturais e menos processados são muito mais abundantes, baratos e diversificados.

 

Podemos melhorar nossa saúde e ter boa taxa hormonal, para isso basta comer alimentos naturais.

 

Temos muito mais noção hoje do que é saudável, e podemos pesquisar de maneira rápida em qualquer lugar, um luxo que os antigos não tinham. A maioria não podia nem escolher o que comer e nem quanto.

 

Havia mais epidemias, eram mais frequentes e mortais. Até a questão sanitária era grande foco de pestilências devido a redes deficitárias e da falta de atenção devida.

 

Uma série de produtos químicos eram inseridos aos industrializados contaminando os alimentos, o solo, os rios, o ar, causando incêndios e não havia nem legislação sobre isso. O trabalho nas cidades era mal remunerado sem nenhum direito trabalhista e em condições precárias.

 

Primeira revolução industrial: 1760 - 1840

Segunda revolução industrial: 1850 - 1945

 

Ou seja tiveram muito contato com poluentes e metais pesados, antes de se tornar algo remotamente seguro.

 

A algumas páginas atrás postei isso e vale a pena recordar:

 

Após a Primeira Guerra Mundial, Inglaterra, lar adotivo de Sandow, descobriu-se que a guerra teria terminado muito mais cedo, se tivessem mais homens em condição de lutar. Estima-se que mais de 1 milhão de homens foram rejeitados devido a simplesmente ser terrivelmente inadequados, e você realmente tinha que ser impróprio para não participar da guerra naquele momento. Estes homens foram rotulados de "The Lost Army of the Rejected". As lições de Cultura Física e sua relevância na sociedade é algo que Sandow tinha sublinhado anos antes, mas não foi tomada a devida importância. Como o primeiro-ministro Lloyd George afirma em um discurso sobre o futuro do Império Britânico, em Manchester:

David_Lloyd_George-115x150.jpg

 "Nós temos duras e complicadas estatísticas quanto à saúde das pessoas entre as idades de dezoito e quarenta e dois. Agora que é a idade de fitness, a idade de força. Temos três notas, Al, B2, e C3, e tudo que eu posso dizer é isso, os resultados destes exames são surpreendentes, e eu não me importo de usar a palavra terrível. Eu mal ousaria dizer-lhe os resultados do mesmo. "- David Lloyd George, primeiro-ministro da Inglaterra, 1863 - 1945

The-Lost-Army-377x337.jpg

Tipos físicos do "Exército dos Perdidos e Rejeitados" como mencionado pelo Sr. Lloyd George.

Este era o físico de centenas de milhares de pessoas nas idades entre 18 e 42 anos na Inglaterra, nação mais rica e poderosa do mundo na época. Parece que saíram de um campo de concentração.

Para mim somos é muito acomodados, se trabalhamos muito, se somos sedentários, e se por isso temos níveis hormonais desregulados ainda assim podemos fazer escolhas. Melhorar a qualidade de vida, talvez ganhar menos, cabe a cada um decidir. Mas não podemos reclamar, a vida desses sujeitos era muito mais dura, a maioria não tinha escolha e muitos mesmo assim triunfaram, ao ponto inclusive de ser lembrados até hoje. Não acredito que tinham facilidades, muito pelo contrário tinham muito mais problemas que nós. O caso é que não se vitimizavam, talvez não tivessem tempo para isso poderia ser um fim mais prematuro. Eram fortes mais por persistência, por braveza, que por alguma mágica destreza.

 

Postado
Em 09/03/2016 at 11:33, Norton disse:

 

Não precisa contar calorias, medir o alimento nem nada disso. Nenhum desses caras fizeram isso, nem ninguém em toda a história humana, problemas com peso e alimentação começaram depois da revolução industrial e o impacto de uma alimentação ruim cheia de carboidratos e calorias vazias. O  controle da gordura corporal era feito pelo feeling, e muitos nem precisavam controlar a quantia dos alimentos a quantidade de aeróbicos que faziam em conjunto com a musculação já dava conta do recado. Sendo que manter bf talvez nem passasse pela cabeça deles, mesmo assim tinham ótimo shape e a maioria nem visava o shape, este era funcional, segundo o esporte do atleta.

 

Vários naturais que eu sigo que fazem calistenia ou powerlifter n contam calorias, exemplo do monstro littlebeastm que acredito ser um natural realmente.

 

Postado

Fala pessoal....

Há tempos leio o fórum (meses eu diria), me inscrevi há bem menos e, menos ainda, sou de falar (primeiro post diga-se....). Resolvi postar porque este tópico me parecer "povoado" por gente séria, e que acima de tudo gosta do que faz... Digamos que compactua com uma filosofia minha: mesmo em meu hobby, tento faze-lo o mais profissional possível....

Pelo menos tentei ler as 101 páginas, vistos que sempre me interessei pela história da humanidade... Penso que é olhando ao passado que podemos verificar aquilo que foi acertado (mantendo-o) e aquilo que era um conceito errado (e assim corrigir para minha vida)... Evidentemente, não vou ficar entrando em miúdes numa série de discussões acaloradas que este tópico perfez em sua evolução.

No passado, de fato, notamos certos monstros naturais... Mas muito longe de uma regra, pude constatar nessas quase quatro décadas de vida (é... ainda está longe, mas começo a chegar na fase dinossauro) que a maioria absoluta do passado eram de sujeitos extremamente magros. Quiçá pela dificuldade de comunicação e transporte, sendo que a maioria reunia-se em grandes centros e faziam tudo a pé... Ninguém telefonava para a mesa da sala ao lado, nem mandava whatss... Caminhava até lá e conversava pessoalmente. Até o relacionamento pessoal era melhor.

Vejam, por exemplo, fotos de São Paulo na década de 30. Tenta achar um gordinho. Era raríssimo. Também, mais que evidente, que a alimentação mudou muito, desde os hormônios para engorda animal aos "faceis e acessíveis" produtos industrializados. Mas, de uma forma geral, escolhendo bem e pagando um pouco mais (infelizmente comer bem custa mais caro), creio que hoje temos muito acesso a tudo que é tipo de alimento, algo até impensável há décadas atrás. Então, selecionando bem, dá para nos alimentar muito bem hoje em dia.

Convivi muito com meu avô, que hoje estaria com mais de 100 anos. Eles tinham alguns hábitos excelentes de vida, no entanto outros nem tão louváveis. Vejo pelos meus antigos que alguns tiveram muita longevidade (muito acima dos 90 a 100 anos), mas o que tinha de gente morrendo com menos de 60 também era número elevadíssimo. Acho que nosso erro, as vezes, é generalizar demais e tratar tudo como regra. Peguemos o que era bom para a época (parte da alimentação, vida bem menos sedentária...) e desprezemos alguns hábitos não tão saudáveis (fumo era algo extremamente difundido, por exemplo).

Eu fui praticante do ciclismo por bom tempo. Competi razoavelmente mas nunca fui qualquer espetáculo. Aprendi que o treino por si só não basta, há a necessária correspondência em alimentação e descanso. Mas, para ser um destaque, precisa mesmo é de uma genética favorável. Na época que treinava para o ciclismo, eram média de 4-5 horas por dia em intensidade que hoje nem sonho mais fazer (veja em média, alguns dias com treinos de 3 horas e outros com mais de 7), sendo apenas e no máximo um descanso por semana. Conseguir ganhar massa magra com essa quantidade de aeróbico era simplesmente quase que impossível. Aí você nota a genética da especialidade: o ciclismo divide muito bem os seus praticantes, de acordo com sua genética: os monstros de forte são os sprintistas (em provas planas ou predominantemente assim, não tem pra ninguém); os físicos "médios" que era o meu caso (nem tão forte nem tão magro) normalmente são os passistas, que põe o rítimo na prova; e os "tripa secas", canelinha fina, são os escaladores, não tem montanha que eu não babava que a maioria deles subia conversando....Enfim o que queria exemplificar: todos alí eram muito treinados, mas nunca tinham exatamente o mesmo desempenho, mesmo treinando exatamente igual e juntos. Especificidade genética.

Assim que, na minha visão totalmente leiga, vejo a questão muscular. Por mais que se treine, alimente bem, etc, todos temos as características e limites genéticos. O que concordo com muito do que foi falado neste tópico é de que: a maioria não quer dar o tempo necessário para evoluir. Tem pressa, desespero de tornar-se grande e nenhuma persistência. Nisso  me assusto com o pessoal das antigas do fisiculturismo. Alguns tinham treinos aeróbicos extenuantes e ainda assim conservavam massa magra considerável. Mas, penso que eles foram mais para exceção do que para regra...

Enfim, acho que já falei demais, vou fechar o bico para não cansar os outros... Hoje, depois de esperar meu três filhos terem mais "maturidade", consegui voltar aos treinos. Na bike muito pouco, mas tenho corrido razoavelmente (treinos até 5 -10 km / 3 x semana) e musculação 5 vezes na semana. Sou old scool, claro que não pego leve e ainda prefiro tudo com peso livre, mas não escapamos de algumas máquinas. (poucas - crossover, leg press....). E o legal é que tenho tido uma excelente resposta muscular e aeróbica, acima do que imaginei (consegui correr depois de 9 meses, os 5km em 22:32 - para mim é ótimo). Ainda gosto das minhas flexões e tenho aquela "linda" barra fixa no batente da porta, mas esta conservo até para escutar branca da minha "dona da pensão" (casado há uma década e meia, isso é muito divertido... :) )

+1 acompanhando o tópico que tem, de fato, muito a ser aproveitado. Abraço a todos.

 

Postado

hackenschmidt e sandow são os melhores , o hackenschmidt pode até ser considerado um freak comparado com os caras da epoca haha 

uma pergunta meio besta heuheuhe  , o Craw e esse hellgod , ainda são naturais ? 

Postado
Em 29/03/2016 at 14:47, leafaroniriuq disse:

hackenschmidt e sandow são os melhores , o hackenschmidt pode até ser considerado um freak comparado com os caras da epoca haha 

 


Esqueceu do Hermann Goerner.

Postado

Galera criei um tópico sobre Karate Tradicional e tenho constantemente alimentado ele com informações e video. Resolvi criar o tópico, pois como o tema é especifico, creio que só iria poluir aqui, contudo muita coisa lá é interessante para quem é Old School, Physical Culture, e visa força, performance, força de espirito, antes de estética. Creio que muitos de vocês irão gostar. Aliás, acho que todos que seguem o Physical culture a sério mesmo deveria praticar algum tipo de arte marcial ou esporte de luta, inclusive Boxe (pugilismo) é recomendadissimo para quem curte algo bem old, inicio do século 20 pra trás. Misturar os treinos de força, calitenia, com uma luta ou outro esporte como natação, escalar, remo é muito interessante pois remete diretamente à sobrevivência. 
 

 

  • 4 semanas depois...
Postado (editado)

John Arthur Johnson (Galveston, 31 de março de 1878 - Raleigh, 10 de junho de 1946)

 

200px-Jack_Johnson1.jpg

Informações pessoais
Apelido Galveston Giant
Categoria Peso-Pesado
Nacionalidade Estados Unidos Americano
Data de nascimento 31 de março de 1878
Cidade natal Galveston, Texas
Data de falecimento 10 de junho de1946 (68 anos)
Local de falecimento Raleigh, Carolina do Norte
Estilo Ortodoxo
Cartel
Lutas 123
Vitórias 77
Vitórias por nocaute 48
Derrotas 13
Empates 14
 

 

Entrou para história ao ter se tornado o primeiro boxeador negro campeão mundial dos pesos-pesados, título este que foi conquistado em 1908 e mantido até 1915. Filho de ex-escravos, Jack Johnson nasceu em Galveston, no Texas. Johnson estudou por apenas cinco anos, tendo largado a escola para trabalhar como estivador nas docas.

 

Johnson iniciou sua carreira no boxe, discretamente, em 1897, não tendo enfrentado grandes adversários até 1901, quando perdeu para o consagrado Joe Choynski. Esta luta mudaria a carreira de Johnson, não pelo o que aconteceu no ringue, mas sim pelo que se sucedeu ao término da luta. Detidos na prisão após a luta, Choynski e Johnson permaneceram um mês encarcerados juntos, o que acabou selando uma amizade entre os dois, que levou o veterano Choynski a se tornar o treinador de Johnson.

 

Em uma época de extrema segregação racial na América, Johnson teve de perseguir primeiro o posto de maior lutador negro de seu tempo, antes de poder pensar em conquistar o título mundial. Após travar grandes duelos contra John Haines e Hank Griffin, em 1902, Johnson conseguiu uma importante vitória contra Frank Childs, que colocou-o em posição de desafiar o campeão Denver Ed Martin.

 

Assim sendo, em 1903, Johnson derrotou Denver Ed Martin e tornou-se campeão mundial negro dos pesos-pesados, título este que o levou a desafiar o campeão mundial dos pesos-pesados James Jeffries. Naturalmente, seguindo o pensamento segregacionista da época, Jeffries recusou-se a colocar seu título em disputa contra Johnson, pois apesar de lutas inter-raciais já acontecerem naquele tempo, a defesa de um título mundial contra um negro ainda era algo inconcebível para a sociedade branca.

 

tumblr_mpzzaukmno1r5kh95o1_500.jpg

 

O estilo distinto de Johnson boxear também foi alvo de críticas pela imprensa discriminatória da época. Lutando defensivamente, sempre a espera de um erro do adversário, que lhe permitisse uma abertura para um golpe mais preciso e cauteloso, Johnson foi tachado pelos jornais como um lutador covarde e desonesto. Em contrapartida, uma década antes, essa mesma imprensa enaltecia o então campeão Jim Corbett, chamando-o de "o mais inteligente homem no mundo do boxe", sem levar em consideração que Johnson basicamente repetia as mesmas táticas introduzidas por Corbett.

 

Conquista do título mundial

 

Não obstante, com a ascensão do canadense Tommy Burns à condição de campeão mudial dos pesos-pesados, Johnson vislumbrou uma nova oportunidade de tentar disputar o título mundial. Assim, quando Burns inciou sua volta ao mundo, Johnson seguiu-o pela Inglaterra, e depois até a Austrália, sem nunca perder uma chance de instigar o campeão diante dos jornalistas.

 

Finalmente, em dezembro de 1908, Tommy Burns e Jack Johnson subiram ao ringue, em uma inédita disputa pelo título mundial dos pesos-pesados. Realizada em Sydney, na Austrália, a luta atraiu a atenção de um público de mais de vinte mil pessoas, que assistiu à técnica de Johnson prevalecer sobre a agressividade do campeão Burns. A filmagem da luta foi cortada quando se tornou evidente que Johnson iria nocautear Burns, porém como a polícia interrompeu o combate no 14º assalto, coube ao árbitro declarar Johnson como o vencedor e novo campeão mundial dos pesos-pesados.

 

 

Após a vitória de Johnson sobre Burns, a questão racial tomou proporções tão profundas, que se deu início à época das "esperanças brancas", um perído em que a reconquista do título mundial por um pugilista branco se tornou o foco no mundo do boxe. Nunca antes na história houvera um campeão tão impopular quanto Johnson, cujo reinado teve de ser testado tantas e tantas vezes. Somente em 1909, Johnson teve de defender seu título conta as "esperanças brancas" Philadelphia Jack O'Brien, Tony Ross e Al Kaufman, além de um embate contra o terrível campeão mundial dos pesos-médios Stanley Ketchel.

 

A Luta do Século

 

275px-Johnson_jeff.jpg

 

Em 1910, o campeão dos pesos-pesados James Jeffries, que havia se aposentado invicto cinco anos antes, deciciu retornar aos ringues com o único intuito de destronar o campeão negro Jack Johnson. Porém, mais do que um desafio pessoal, Jeffries deixou bem claro que a razão da luta era por uma questão racial, quando proferiu a seguinte frase: "Eu vou entrar nessa luta apenas pelo simples propósito de provar que um homem branco é melhor do que um negro".

 

Acontecida em 4 de julho de 1910, em Reno, Nevada, a chamada "Luta do Século" juntou um público de vinte e dois mil espectadores, rendendo uma bilheteria de duzentos e vinte e cindo mil dólares. Inflamada com coros racistas contra Johnson, a torcida presenciou estupefata a queda da "grande esperança branca" no 15º assalto da luta. Jeffries, que nunca havia sofrido uma queda antes na carreira, conseguiu se reerguer, tão somente para tornar a ser derrubado por Johnson. A multidão passou então a pedir o encerramento da luta, a fim de prevenir o nocaute de Jeffries.

 

jackjohson2.jpg

 

Com a vitória sobre o grande James Jeffries, Johnson silenciou de vez todos os seus críticos, que tentavam desvalorizar seu título conquistado frente à Tommy Burns, sob a alegação de que o lutador canadense era um falso campeão. Por outro lado, nas ruas, o desdobramento do resultado da "Luta do Século" foi uma onda de violência racial, em confrontos que aconteceram em mais de cinquenta cidades, ao longo de todo os Estados Unidos, e que resultaram em pelo menos vinte e cinco mortes, além de centenas de feridos.

 

 

Perda do título e final de carreira

 

Após seu triunfo contra Jeffries, Johnson defendeu com sucesso seu título mais seis vezes, antes de acabar perdendo ele, em 1920, para o grandalhão Jess Willard. A luta entre Johnson e Willard, ocorrida em Havana, Cuba, foi presenciada por um público de vinte e cinco mil pessoas, que assistiram à derrocada de Johnson, quando este foi nocauteado por Willard no 26º assalto, em uma luta programada para durar 47 assaltos.

 

Com a derrota de Johnson para Willard, findou-se a era das "esperanças brancas", haja vista que o título estava de volta às mãos de boxeador branco. Quanto à Johnson, este seguiu lutando por muitos anos após ter perdido seu cinturão, tendo se mantido relativamente ativo até o começo da década de 1940. A última luta registrada de Johnson aconteceu em 1938, quando ele já tinha 65 anos de idade.

 

Johnson faleceu em 1946, aos 68 anos, vítima de em um acidente de carro. Seu corpo encotra-se sepultado no Graceland Cemetery, em Chicago.

Em 1990, Jack Johnson fez parte da primeira seleção de boxeadores que entraram para galeria dos mais distintos boxeadores de todos os tempos, que hoje estão imortalizados no International Boxing Hall of Fame.

 

 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jack_Johnson_(boxeador)

Editado por Norton
Postado
9 minutos atrás, Wesley Pinto disse:

Caraca que história. 

 

Esse ai pode dizer lutei contra tudo e todos e venci.

 

Em meio aos confrontos raciais mais duros da história:

 

tumblr_mr85avAC4e1r69lhao1_500.jpg

Jack Johnson e sua mulher, 1911.

Postado

Alguém tem fotos de algum atleta hindu/indiano (não sei qual) que faziam só flexão e agachamentos? (fora os exercícios para o core)

Vi a foto de um e não creio que ele fazia só isso, o cara tinha um bíceps desenvolvido demais, só costas que eram pequenas mesmo.

  • 5 semanas depois...
Postado (editado)

Se foi "o legado"

 

'Hércules de bolso' indiano morre aos 104 anos

 

 

THAVD_AICH_955461f.jpg

yourstory-manohar-aich-2.png

manohar-aich-esta-prestes-a-completar-um
 

Manohar Aich, fisiculturista que se tornou o primeiro indiano a ganhar o título de Mr. Universo em 1952 e apelidado de "Hércules de bolso" por causa de sua pequena altura, morreu aos 104 anos, informou nesta segunda-feira à AFP seu filho.

Aich, que media um metro e 50 centímetros, começou a trabalhar com pesos, quando, em 1942, era um instrutor na Royal Indian Air Force.

Em 1951, viajou para o Reino Unido para participar na competição de Mr. Universo. Ele não ganhou desta vez, mas permaneceu na Grã-Bretanha, onde encontrou emprego no setor ferroviário, e em 1952 tornou-se o primeiro indiano a ganhar o título.

Aich morreu no domingo em sua casa em Calcutá, de acordo com o seu filho.

"Ele sempre manteve um regime rigoroso e fazia muitos exercícios. Sua dieta era composta de leite, frutas e legumes com arroz, lentilhas e peixes, o que o mantiveram em boas condições de saúde. Ele nunca fumou ou bebeu", disse Manoj Aich.
 

ex--fisculturista-indiano-manohar-aich-m

 

https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2016/06/06/hercules-de-bolso-indiano-morre-aos-104-anos.htm

Editado por Norton
Postado

104 anos e melhor que vários lá da minha gym.

 

Mito! Na cadeia (sim, ele foi pra cadeia por tretar com oficiais britânicos na RAF) mandava centenas de pistols squats todos os dias e construiu essas pernas. E um agachamento >200 kg. Que reencarne como um deva. 

 

  • 1 mês depois...
Postado

Pelo menos nessa idade, o cara sabe que estética já era mesmo. Tempo acaba com todos e não tem jeito....mas pelo menos se saúde era a questão, parece ter vivido muito bem esses anos todos. Que bom.

 

Mas no link não diz de que o cara morreu. Causas naturais?

 

  • 2 semanas depois...
Postado

Depois que perdi boa parte da minha fat, só com calistenia, eu ando me sentindo muito pequeno e fraco, principalmente fraco, mesmo já dando conta de fazer algumas repetições de pullups a mais que muita gente por ai não dá conta. Esses caras, strongmans, andam me motivando a querer ir para uma academia, só que ouvi dizer em algum lugar que esse esporte é o mais fácil de arrebentar os tendões. Minha cidade não tem nada motivando nada, quase ninguém sabe o que é "strongman" ou powerlifter, então tudo seria olhando na internet e aplicando na academia com a ajuda de um espelho e experiência.

 

20 horas atrás, Wesley Pinto disse:

Eddie Strongman
 

 

 

Achei meio estranho a postagem sobre o Eddie por aqui, pq ele usa AEs, não!?

Postado
3 horas atrás, Doppo disse:

Depois que perdi boa parte da minha fat, só com calistenia, eu ando me sentindo muito pequeno e fraco, principalmente fraco, mesmo já dando conta de fazer algumas repetições de pullups a mais que muita gente por ai não dá conta. Esses caras, strongmans, andam me motivando a querer ir para uma academia, só que ouvi dizer em algum lugar que esse esporte é o mais fácil de arrebentar os tendões. Minha cidade não tem nada motivando nada, quase ninguém sabe o que é "strongman" ou powerlifter, então tudo seria olhando na internet e aplicando na academia com a ajuda de um espelho e experiência.

 

 

Achei meio estranho a postagem sobre o Eddie por aqui, pq ele usa AEs, não!?


Sim se entope, s[o achei interessante compartilhar. 

  • 2 semanas depois...
Postado (editado)

Calcio Fiorentino, o futebol mais brutal

 

Calcio_Fiorentino.jpg?w=660

 

A Piazza de Santa Croce, no coração de Florença, enche uma vez ao ano para testemunhar o mais simbólico regresso ao passado de uma cidade que aprendeu a viver da sua herança histórico. Depois de um mês de emoção, o dia de São João abre caminho à final do campeonato florentino de Calcio historico. A origem do futebol, tal como conhecemos hoje, passa obrigatoriamente por aqui.

 

Regresso às origens

 

Não é ainda a hora mas a praça há muito que está cheia.

 

Entre os turistas que todos os anos enchem a cidade e os locais, não há espaço para respirar. Em Santa Croce, uma das mais emblemáticas praças da capital da Toscânia, não cabe uma só alma mais. E no entanto há quem diga que os espíritos dos Medicis caminham por entre as gentes, com a mesma grandeza de antes, quando a bola começa a rolar.

 

No dia de San Giovanni, 24 de Junho, Florença é uma cidade em festa. Para comemorar o seu patrono, disputa-se anualmente a final do torneio de Calcio Storico ou Calcio Fiorentino. O jogo, fundado na época renascentista, é um dos antecessores do futebol moderno, a razão pela qual ainda hoje o futebol em Itália se entende como “calcio”. A sua forma primitiva mantém-se, a brutalidade é inevitável e as similaridades com o rugby parecem, por vezes, mais evidentes, especialmente pelo uso recorrente das mãos e a ausência de uma baliza, substituída por uma linha de fundo delimitada pela própria arena. Mas quem viu ou sabe como era um jogo de futebol até ao século XX encontra as semelhanças sem grande esforço.

 

Duas equipas, de 27 jogadores, disputam a bola. Cada um tem um uniforme escolhido com cuidado. Há quatro equipas, cada qual representando um dos bairros históricos da cidade. Santa Croce, na parte oriental, Santa Maria la Novella, a zona mais ocidental, Santo Espirito, a sul do rio Arno, e San Giovanni, o centro histórico. Pela primeira vez o uso de equipamentos identificativos sugere que, apesar de ser olhado com mais suspeita que as suas variantes azteca, nipónicas e até mesmo britânicas, muito do sentimento e heráldica do futebol actual começou a desenhar-se aqui, a sede moral do Renascimento.

 

Origem renascentista

 

Os encontros, que começaram a disputar-se regularmente durante o século XV, a época de esplendor dos Medici. A familia que governava a cidade seguia o jogo de uma das bancadas principais, rodeada habitualmente dos mais ilustres aristocratas locais e dos emissários que chegavam dos quatro cantos da Europa. Era um evento reservado para as elites.

 

Entre os nomes mais ilustres que desfilavam pela praça como espectadores estavam Leonardo da Vinci ou Miguel Angelo. Entre os jogadores, há relatos que confirmam, que se podiam encontrar figuras tão emblemáticas como Nicolau Maquiavel ou um jovem (e ainda não papa) Clemente VII.

A duração do encontro, 50 minutos, dava passo a momentos de absoluta barbaridade, num vale tudo que se assemelhava e muito ao jogo que começava a fazer-se igualmente popular nas planicies britânicas. Só em 1580 as regras foram oficializadas e o jogo aberto a todos, nobres e populares. Com o passar dos anos a tradição foi-se perdendo e durante os século XVIII e XIX o Calcio Fiorentino foi banido da cidade.

 

Foi preciso a interferência de Benedito Mussolini, ansioso de recuperar as tradições da era dourada italiana, e de um dos seus homens de confiança, Alessandro Pavolini, para que a bola pudesse voltar a rolar pela pedra cinzenta e gasta de Santa Croce coberta com a areia trazida das praias de Viareggio.

 

Um dia único em Florença

 

Hoje, passear por Florença é um verdadeiro desafio labirintico.

 

As pessoas acordam cedo e vão-se deslocando à medida que podem até a uma praça já repleta de bancadas de ferro e bandeiras ao vento. Pelo caminho é provável que se cruzem com as marchas populares que cada bairro promove para apoiar a sua equipa e chamar às armas os habitantes dos quatro distritos da cidade.

 

Durante o mês de Junho disputam-se os jogos preliminares entre as quatro equipas da cidade para determinar os finalistas. Depois de muita polémica nos últimos anos, a organização obrigou as equipas a actuarem com atletas que realmente vivem mais de um ano na respectiva freguesia. O motivo? Nos últimos anos, a ânsia de vencer, levou a várias das formações a contratar lutadores de wrestling e luta livre, falseando a sua morada, para disputar os duros e intensos encontros. A violência e as lesões que resultaram das finais de 2010 e 2011 foram tais que se equacionou cancelar a edição deste ano. Este ano, até hoje, dia da grande final, não há casos notáveis a relatar. A tradição tenta sobreviver como pode.

 

À medida que a hora do jogo se aproxima, os florentinos procuram o melhor lugar possível. Não é fácil. Na praça cabem 10 mil pessoas sentadas e à volta a multidão não ultrapassará os 5 mil. Santa Croce impõe, mas como todas as praças da cidade, não é demasiado larga e está rodeada de edificios históricos com restaurantes imperdiveis e gente inesquecível. Quando as equipas entrem em campo, já as horas passaram e o sol, o famoso sol da Toscânia, há muito que queima quem passa horas à espera de ver história em carne viva. Não haverá piedade, não haverá tempo para respirar. Durante uma hora Florença voltará a ser a mesma de há 500 anos. A bola passará de uma equipa à outra e, há quem diga, que essa resiliência tão italiana de hoje nasceu aqui, nestes duelos quase à morta.

 

Mais preocupados em defender a sua zona do que atacar a contrária, não esperem muitos golos. Aqui aplaude-se a boa defesa (por muito brutal que possa ser) tanto como os escassos golos. No final a equipa que ganhe terá direito, além do troféu, a receber dois beijos, um da mulher escolhida e outro da “mamma”, essa figura nuclear da sociedade italiana. Depois, o bairro vencedor poderá prolongar as suas festas pela noite dentro com fogos de artificio e um troféu para mostrar dos balcões às ruas coloridas de gente.

 

Em Florença o futebol do passado tem pouco a ver com o jogo do presente, mas essa memória de tempos antigos não cai no esquecimento. Passarão um par de dias até que alguém apareça a desmontar o campo improvisado e Santa Croce, imponente, esperará mais um ano para voltar a ser o centro das atenções, a praça onde o tempo volta para trás, para os dias em que se começava a gestar um jogo que hoje faz parar qualquer praça em qualquer canto do Mundo.

 

https://www.futebolmagazine.com/calcio-fiorentino-o-futebol-mais-brutal

 

 

 

 

A tradição pode ser boa!

Editado por Norton
  • 2 semanas depois...
  • 3 semanas depois...
  • 3 semanas depois...
Postado (editado)
 
img_2486.jpg
Sankau Ole Sirote, maasai centenário, após essa entrevista
 
SEGREDOS DE UM CENTENÁRIO
 
ENTREVISTA COM O SR. OLE SANKAU SIROTE:
 
No meu aniversário, em meados de agosto, eu me encontrava em uma remota aldeia Maasai, cerca de três horas de Nairobi. Não havia necessidade para bolo ou sorvete ou balões. 
Eu recebi o presente mais fantástico, dos maiores. Me foi dada a oportunidade de se sentar aos pés de um homem de 100 anos de  idade e ouvir sobre sua vida.
 
Captura%2Bde%2BTela%2B2015-09-12%2Ba%25C
Dickson, meu anfitrião Maasai, me apresentou a Ole Sankau Sirote. 
Ele parecia marcado pelo tempo, mas bem. Sankau deu-me permissão para entrevista-lo, gravando nossa conversa em meu telefone. 
Eu mal podia esperar! 
O que seus olhos viu, ao longo daquelas muitas décadas? 
E que segredos pude aprender (e passar para meus leitores e amigos) sobre viver uma vida longa e saudável?
 
Eu também estava ansioso para ver se os princípios da Weston A. Price Foundation (WAPF) não poderiam vazar na hora H. Uma dieta a base de alimentos tradicionais, não processados, sustentaram esse homem de 100 anos de idade e além?
 
Aqui estão alguns trechos da nossa conversa:
 
_ O que fazia quando era  criança e adolescente?
"Quando eu era jovem, não havia nenhuma escola nessa altura. 
Então minha vida era só caminhar e lidar com o gado. Isso era minha atividade  diária. As vacas e a caça.”
 
_ Caçando.
"Quando estávamos Moran [jovens guerreiros em formação], nós realmente  caçaríamos leões e rinocerontes, elefantes e búfalos. 
Nós íamos a  caça por lazer, não iríamos comer carne de leão, nem de elefante ou rinoceronte. Então caçávamos por lazer.
 
Uma vez que também fomos caçar, e... [um] companheiro meu foi atacado e morto por um leão. Então voltei para ajudar a família, para criar os filhos do meu amigo que partir.
  
_ O que ele comia quando era criança?
"Quando éramos crianças ... nossa alimentação era à base de leite, gordura, carne, e também, as vezes, mel. Havia chuva abundante. Os frutos silvestres estavam disponíveis e o leite era aos montes. E também as vacas eram saudáveis. Então, tudo, quando éramos jovens, tudo estava saudável. "
 
_ A respeito de sua saúde hoje: 
"Eu estou ficando velho por causa dos meus olhos e na parte da manhã às vezes eu tenho dores articulares. É apenas a idade."
 
_ A respeito de sua saúde ao longo dos anos:
Alguma cirurgia? "Não." Algum medicamento? "Não." Alguma injeção? "Recentemente, por causa dessa mão. Pelo inchaço, então eu recebi uma injeção. Por causa do inchaço. "
 
_ Em relação à saúde da comunidade no passado:
"Não havia ninguém que estivesse doente. Estávamos todos muito saudáveis. "
 
_ Em relação à saúde da comunidade atualmente:
"Há tantas mudanças. As pessoas estão ficando doentes. Existem doenças que ... Há muitas, muitas doenças, o que eu não posso nem descrever. Existem muitas doenças que tem aparecido, mas antes, como eu disse, não havia doenças.
 
Durante meus dias, não havia injeções, mas agora cada vez, eles apenas dizem as pessoas precisam ser vacinados, pois a doença está chegando, as pessoas precisam ser injetado. Mas quando eu era jovem, eu nunca tive uma injeção. "
 
_ O que as pessoas estão comendo hoje?
"Até a comida deles mudaram. Porque você tem que comprar comida. Tudo que você tem que comprar de um mercado, então... E no meu tempo você iria depender do que você obtém do gado. Mas agora você tem que ir e comprar. "
 
_ Como sua dieta mudou?
"Eu comecei a ter chá em 1916."
 
_ O que você recomenda comer para uma boa saúde?
"Você pode começar apenas com leite, ou nata obtida de leite, apenas isso. É isso. Até 7 anos [de idade]. As crianças foram amamentadas até 5 anos. Tudo [que comemos] veio a partir das vacas: leite, o sangue."
 
_ Sobre sua família?
"Eu tenho mais de 17 crianças. E cinco netos. Eles estão bem, com boa saúde. Eu tenho três irmãos. Eles ainda estão vivos. Eu tenho uma irmã. Ela ainda está viva."
 
_ Sobre riqueza, bovinos e caprinos:
"Meus filhos os tomaram."
img_0068.jpg?w=604
Cabras (estas não são as tomadas de Sankau!)
 
_ Pensamentos finais
"Eu também sou grato a Deus que tive essa oportunidade de fazer o bem enquanto eu ter sido neste mundo. Eu estou vivo por causa de Deus. Deus me fez em seu ventre ".
 
 
Aí está! Para mim, está muito claro que a dieta tradicional de Sankau tem contribuído para a sua boa saúde e longevidade. E como eu o vejo, os segredos para uma vida saudável deste centenário são: ter uma abundância de leite cru (e nata), aproveitar as oportunidades de fazer o bem, e dar graças a Deus. E você, o que vê?
 
 
Editado por Norton
Postado

Coincidência hoje encontrei um coroa na gym que treinava desde 1997, e agora que descobri a existência desse tópico. O coroa treina praticamente a 20 anos, enquanto eu a 10 anos ja entrei na era das informações espalhadas por ai.

 

Eu perguntei como eles faziam em relação aos Aes, tipo, no que ele se baseava pra usar as drogas. Ele disse que na época eles só conheciam Deca, Dura e hemogenim, era basicamente o que eles tomavam. (ele treinava numa academia de um bairro no interior de Florianópolis, local de pescadores). Ele contou que quem detinha maior conhecimento era normalmente o dono da academia que passava os ¨CICLOS¨ ou então algum cara grande que raramente eles encontravam, aaaah, TPC nao existia, nem sabiam oque era. Eu achei interessante, eles jogavam pra dentro o que ACHAVAM que iria dar certo

Crie uma conta ou entre para comentar

Você precisar ser um membro para fazer um comentário

Criar uma conta

Crie uma nova conta em nossa comunidade. É fácil!

Crie uma nova conta

Entrar

Já tem uma conta? Faça o login.

Entrar Agora
×
×
  • Criar Novo...