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Low Carb É Realmente Melhor Para Composição Corporal?


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Postado
Em 15/04/2016 at 11:07, lucasmarques disse:

Realmente concordo com tudo isso, a dieta low-carb ou até mesmo very-low a nivel de cetose sem duvida nenhuma é a melhor opção (em minha opnião) apenas para queima de gordura e a melhor opção só em faze final de cutt/definição/pré-contest tirando isso não acho que vale a pena. Apesar de ser legal comer picanha e bacon avonts, pra mim a dieta com baixo carbo é horrível no sentido geral de como o corpo responde "colateralmente" pelo menos comigo, hoje estou com uma dieta low-carb com 1g/kg+/- e já sinto alguns colaterais chatos, irritabilidade momentos de fraqueza, sede extrema, funcionamento ruim do intestino, dores de cabeça, dificuldade leve nos treinos por falta de glicogênio etc, mas estou em cut nas fases final vou baixar ainda mais os carbs mais isso por um tempo limitadíssimo, depois volto com os carbos normalmente.

Além do mais a dieta fica muito CARA e RESTRITA demais.

De fato, acredito que só para quem esta querendo perder peso vale a pena seguir um protocolo de 45g~75g carbo dia, é efetivo porém tem esses probleminhas ai. 

Postado

Vou apresentar pra vocês o salgadinho que é o tira gosto ideal pra quem faz LCHF que é o Speckkruste. É bem semelhante ao toucinho frito ou pururuca, mas com a consistência do Baconzitos, um pouco menos poroso.

É um salgadinho cujo único igrediente é o bacon (com um pouquinho de sal e antioxidante).

A tabela nutricional dele:

Nährwerte für 100 g

2261 kJ
Kalorien
540 kcal
65 g
31 g

Zero carboidrato, 65% proteína e 31% gordura.

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Postado
26 minutos atrás, Torf disse:

Vou apresentar pra vocês o salgadinho que é o tira gosto ideal pra quem faz LCHF que é o Speckkruste. É bem semelhante ao toucinho frito ou pururuca, mas com a consistência do Baconzitos, um pouco menos poroso.

É um salgadinho cujo único igrediente é o bacon (com um pouquinho de sal e antioxidante).

A tabela nutricional dele:

Nährwerte für 100 g

2261 kJ
Kalorien
540 kcal
65 g
31 g

Zero carboidrato, 65% proteína e 31% gordura.

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Aqui vendem como torresmo. média de R$ 6,00 a cada 100g

  • 2 semanas depois...
Postado

Apenas um pequeno relato, um amigo passou férias na Grécia e trouxe pra mim um azeite de oliva extra virgem, prensado a frio, e uma pequena propriedade familiar... As diferencas tanto no aroma quanto no sabor e na consistência säo gritantes.

Nunca havia provado um azeite täo saboroso que dá vontade de beber como se fosse suco. :P

Postado

Gostaria da opinião de vcs:

Eu, por exemplo, quebro o jejeum as 13h, com uma refeição de 6 ovos inteiros + legumes. Depois disso, como pelas 17h e treino pelas 19:30. Na refeição das 17h (pré treino), o ideal seria manter sem carbo, comer carbo, prot e fat ou apenas carbo e prot? Deixando o restante dos carbos pro pós, e o resto das gorduras antes de dormir?

ex:

ref1 - prot, fat

ref 2 (pré treino) - carbo, prot, fat (+-30gcarbo)

ref 3 (pós) - prot, carbo

ref (antes de dormir) - fat e prot

 

qual a posição de vcs a respeito dessas divisões?

  • Supermoderador
Postado
2 horas atrás, blinck disse:

Gostaria da opinião de vcs:

Eu, por exemplo, quebro o jejeum as 13h, com uma refeição de 6 ovos inteiros + legumes. Depois disso, como pelas 17h e treino pelas 19:30. Na refeição das 17h (pré treino), o ideal seria manter sem carbo, comer carbo, prot e fat ou apenas carbo e prot? Deixando o restante dos carbos pro pós, e o resto das gorduras antes de dormir?

ex:

ref1 - prot, fat

ref 2 (pré treino) - carbo, prot, fat (+-30gcarbo)

ref 3 (pós) - prot, carbo

ref (antes de dormir) - fat e prot

 

qual a posição de vcs a respeito dessas divisões?

Este não é o tópico mais adequado para esta discussão. Que tal abrir um tópico com a sua dieta para analise?

Postado
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JEJUM INTERMITENTE, LOW CARB E MASSA MUSCULAR  (DUDU)

Tá acreditando errado!

A crença de que o jejum e dietas muito restritas em carboidratos oferecem um ambiente hormonal e metabólico para proteção da massa muscular é totalmente equivocada, pelo menos no aspecto que envolve o fisiculturismo, onde a manutenção de um grande volume muscular é quase sempre desejado. Argumentos que estimular GH ou aumentar a produção de corpos cetônicos vão ajudar a reduzir o catabolismo são só parcialmente verdadeiros, pois isso só entra em consideração quando o o corpo sente necessidade de preservar proteínas para funções vitais do organismo (enzimas, proteínas de transporte etc). 

Alguns estudos parecem mostrar que indivíduos normais em dietas muito restritas em carboidratos não perdem muita massa muscular e até mesmo podem ganhar (em dietas hiperproteicas), mas isso não se aplica a indivíduos com grande volume muscular. A maioria dos fisiculturistas que adotar uma dieta muito restrita em carboidratos, sem uso de hormônios anabólicos, perceberá que a perda massa muscular é muito considerável, de forma que atingir um percentual de gordura muito baixo só é possível sacrificando muita massa muscular. Muito diferente de um obeso, que possui uma grande quantidade de gordura corporal e seu corpo tende a catabolizar muito mais gordura do que proteína.

Argumentos de que o estímulo da liberação do GH pelo jejum sejam significativos para perda de gordura e manutenção da massa muscular me parecem muito especulativos e fantasiosos. A redução dos carboidratos da dieta e dos níveis de insulina são fatores muito mais significativos para sinalizar o aumento do catabolismo, seja dos estoques de gordura, seja do excesso de proteína corporal na forma de massa muscular. Por que diabos o corpo teria interesse em priorizar músculos quando não se tem muita reserva de energia na forma de gordura? Sendo assim, parece óbvio que é muito difícil manter grande volume muscular quando se restringe muito os carboidratos, fonte primordial de energia. 

Quando se restringe os carboidratos da dieta, isso aumenta a gliconeogênese, que é o aumento da produção de glicose hepática através de compostos não carboidratos, dos quais os aminoácidos são os principais substratos. A gliconeogênese ocorre quando os níveis de insulina estão reduzidos e é estimulada principalmente pelo hormônio pancreático glucagon, que também aumenta a lipólise no tecido adiposo (quebra de triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol). Cortisol e GH também contribuem para a gliconeogênese e para a lipólise, então, assim como o jejum e a redução de carboidratos estimulam o GH (um hormônio anabólico), também estimulam o aumento dos níveis de cortisol (o hormônio catabólico por excelência), que contribui para o aumento do catabolismo proteico e estimula o uso de aminoácidos para a gliconeogênese. Ignorar o papel do cortisol no jejum é um grande erro, assim como ignorar que os baixos níveis de insulina não só aceleram a queima de gordura, como também aumentam a degradação de proteínas de forma muito significativa.

O fato de fisiculturistas usarem essas estratégias com sucesso, preservando e, até mesmo, aumentando a massa muscular em alguns casos, só demonstra o quanto os esteroides androgênicos são hormônios poderosos para aumentar síntese proteica e reduzir degradação proteica em situações de dietas muito restritivas em calorias e carboidratos. Isso sem entrar no mérito da genética diferenciada de alguns atletas.

Isso não significa que sou contra dietas como jejum intermitente e cetogênica/metabólica para naturais. Isso obviamente seria uma deturpação do que estou dizendo. Quero apenas deixar claro que muito do que é dito por aí sobre essas dietas é fantasioso, quando argumenta que elas possuem grandes vantagens adicionais em relação a uma estratégia comum, onde a redução de calorias e carboidratos é gradativa. É preciso deixar claro também que considero uma grande ingenuidade universalizar o uso dessas estratégias para indivíduos tão diferentes, com metabolismos e genéticas tão diferenciados, com tempo de treino diferenciado e por isso também com adaptações metabólicas que não podem ser comparadas. 

Alguns indivíduos podem se dar muito bem com esse tipo de estratégia, outros não, para outros a vantagem delas pode ser apenas temporária e muito eficiente em determinado momento, em outros momentos podem ser muito ineficientes. Isso porque não estou entrando no mérito do ganho de massa muscular, mas o fanatismo por qualquer forma de estratégia nutricional (seja jejum, low carb, paleo etc) limita suas possibilidades, limita sua evolução, embora você creia que não. 

Leia com atenção para evitar conclusões precipitadas!

abraços, Dudu Haluch

 

Postado
12 minutos atrás, Shrödinger disse:

 

Tava criando um tópico sobre isso agora mesmo pra nós podermos discutir o assunto à parte, polêmico! Haha :ph34r:

Seria interessante se o @Cássio Ramos pudesse opinar sobre já que ele é um dos muitos daqui do fórum que pratica ou já praticou JI/LC e obteve bons resultados.

Postado (editado)

Segundo um Doutor muito bom aí low carb abaixa a conversão de t4 em t3livre e aumenta o t3 reverso, fazendo o metabolismo ficar mais lento e a queima de gordura menos eficiente, existe artigos e estudos que diz o mesmo, alguém poderia opinar?

Editado por lucasf21
Postado (editado)
5 horas atrás, Kratz disse:

Tava criando um tópico sobre isso agora mesmo pra nós podermos discutir o assunto à parte, polêmico! Haha :ph34r:

Seria interessante se o @Cássio Ramos pudesse opinar sobre já que ele é um dos muitos daqui do fórum que pratica ou já praticou JI/LC e obteve bons resultados.

 

5 horas atrás, lucasf21 disse:

Segundo um Doutor muito bom aí low carb abaixa a conversão de t4 em t3livre e aumenta o t3 reverso, fazendo o metabolismo ficar mais lento e a queima de gordura menos eficiente, existe artigos e estudos que diz o mesmo, alguém poderia opinar?

 

41 minutos atrás, _brunno_ disse:

Lendo esse post, me fez pensar. Nunca olhei pelo lado do cortisol hahaha...

Depois escrevo algo aqui sobre isso, prometo. Hoje já respondi isso pra umas mil pessoas haha. Podem me cobrar :D

 

 

Abraços.

 

(to meio atarefado nesse momento :))

Editado por Cássio Ramos
Postado
13 horas atrás, lucasf21 disse:

Segundo um Doutor muito bom aí low carb abaixa a conversão de t4 em t3livre e aumenta o t3 reverso, fazendo o metabolismo ficar mais lento e a queima de gordura menos eficiente, existe artigos e estudos que diz o mesmo, alguém poderia opinar?

 

low carb sem recargas de carbos é exatamente isso que acontece, t3 e t4 baixam, leptina cai, grelina sobe, por isso os carb cravings, se manter em lowcarb é possivel mas contraproducente e ilógico, 

Postado (editado)
2 minutos atrás, Trew disse:

 

low carb sem recargas de carbos é exatamente isso que acontece, t3 e t4 baixam, leptina cai, grelina sobe, por isso os carb cravings, se manter em lowcarb é possivel mas contraproducente e ilógico, 

Segundo ele mesmo com recargas iria prejudicar, pois essa recarga seria 1x por semana... mas vamos aguardar a explicação do @Cássio Ramos :P

Editado por lucasf21
Postado
28 minutos atrás, Trew disse:

low carb sem recargas de carbos é exatamente isso que acontece, t3 e t4 baixam, leptina cai, grelina sobe, por isso os carb cravings, se manter em lowcarb é possivel mas contraproducente e ilógico,

Na minha opinião apesar disso ser comum acontecer não é regra, não podemos esquecer da individualidade biológica. Vide o @Norton, ele faz LC a anos sem nenhum tipo de refeed e diz se dá muito bem com tal estratégia. Aliás, para alguns o refeed ao invés de ajudar pode até atrapalhar, causando por exemplo cansaço extremo nos dias posteriores a recarga e dificuldade em voltar a dieta.

Postado

Eu também gostaria que o próprio @Shrödinger comentasse esse artigo do Dudu que ele trouxe, se näo for pedir demais. =)

Postado
48 minutos atrás, Torf disse:

Eu também gostaria que o próprio @Shrödinger comentasse esse artigo do Dudu que ele trouxe, se näo for pedir demais. =)

O texto do Dudu é mais direcionado pra uma situação extrema, tipo fisiculturismo natural. Pelo que entendi ele só tenta diminuir a mística do jejum e low carb quanto à situações normais e mostrar que pode ser contraprodutivo em situações mais extremas. Talvez ele tenha exagerado em relação aos hormônios ali, não sei.

 

Mas eu trouxe o texto justo pra galera discutir aqui.

Postado
21 horas atrás, Kratz disse:

Na minha opinião apesar disso ser comum acontecer não é regra, não podemos esquecer da individualidade biológica. Vide o @Norton, ele faz LC a anos sem nenhum tipo de refeed e diz se dá muito bem com tal estratégia. Aliás, para alguns o refeed ao invés de ajudar pode até atrapalhar, causando por exemplo cansaço extremo nos dias posteriores a recarga e dificuldade em voltar a dieta.

independente disso, uma hora o ciclo de krebs se torna menos eficiente e o metabolismo cai sim, por mais que a pessoa tenha a genética p*ca das galáxias, vale lembrar que genética afeta fenótipos, a fisiologia e bioquimica humana é praticamente a mesma, com algumas variações, claro. Se adaptar é possivel a qualquer coisa, ser efetiva ou a melhor estratégia é outra bem diferente. Refeed só atrapalha quem não sabe o que está fazendo. 

Postado
10 horas atrás, Trew disse:

independente disso, uma hora o ciclo de krebs se torna menos eficiente e o metabolismo cai sim, por mais que a pessoa tenha a genética p*ca das galáxias, vale lembrar que genética afeta fenótipos, a fisiologia e bioquimica humana é praticamente a mesma, com algumas variações, claro. Se adaptar é possivel a qualquer coisa, ser efetiva ou a melhor estratégia é outra bem diferente. Refeed só atrapalha quem não sabe o que está fazendo. 

Concordo com você, o que eu quis dizer é que sempre existe exceções. Eu também faço refeed (a cada 15 dias) e sinto uma melhora notável na força e energia durante o dia.

Postado

O caso do "Biggest Looser" - por que o foco em calorias não é o ideal

 

 

Spoiler

 

Recentemente, excelente reportagem foi publicada no New York Times sobre um artigo científico que analisou o que ocorreu, no decorrer dos anos, com participantes do reality show "The Biggest Looser", no qual pessoas obesas são colocadas em dietas severamente hipocalóricas e torturadas na academia em frente às câmeras, enquanto treinadores praticam o "fat shaming", isto é, os humilham chamando-os aos gritos de preguiçosos e glutões. Um espetáculo deprimente, como soe ocorrer neste tipo de programa televisivo. Mas, de tempos em tempos, nasce uma flor no esterqueiro, e este artigo é um exemplo disso.

Não obstante, o viés do artigo original é de que dietas são um exercício de futilidade, visto que o peso voltará, inexoravelmente. O estudo já repercute aqui no Brasil. Mas essa futilidade é verdade quando a estratégia é a restrição calórica voluntária, que ativa mecanismos contra-regulatórios poderosos a fim de retornar o peso ao set point prévio.

Jason Fung, o autor do excelente e imperdível The Obesity Code, faz espetacular análise do assunto. Instado por mim, Hilton Sousa, do paleodiario.com, fez a tradução relâmpago, que compartilho com vocês (fiquem de olho, em breve gravaremos um videocast - que será legendado! - com o Dr. Fung, dentro da série de Podcasts).


A FALHA DO BIGGEST LOSER, E O SUCESSO DAQUELE ESTUDO CETOGÊNICO

Artigo traduzido por Hilton Sousa. O original está aqui.

 

por Jason Fung

 

 

Essa semana, espalhado por todo o New York Times, estava um texto sobre um artigo escrito por Kevin Hall, um pesquisador sênior do Instituto Nacional de Saúde. Ele foi publicado na revista Obesity e entitulado “Adaptação metabólica persistente 6 anos após a competição 'The Biggest Loser'“. Isso gerou um bocado de barulho sobre a futilidade da perda de peso.

 

New York Times: Depois de ‘The Biggest Loser,’ seus corpos lutaram para reganhar o peso

 

O estudo, junto com outro estudo apresentado por Kevin Hall pareceu gerar mais ansiedade sobre a hipótese da insulina estar morta. É claro, ambos os estudos encaixam-se perfeitamente com a visão hormonal da obesidade e reforçam novamente a futilidade de seguir uma redução calórica como abordagem primária. Você pode reler minha série de 50 partes sobre Obesidade Hormonal se quiser uma visão mais aprofundada.

 

Então, vamos explorar as descobertas de ambos os excelentes artigos do Dr. Hall. Suas conclusões, bem, vamos apenas dizer que eu não concordo com elas. Os estudos, entretanto, foram muito bem-feitos.

 

The Biggest Loser

 

Vamos começar com o primeiro artigo, sobre The Biggest Loser. Essencialmente, o que ele fez foi acompanhar 14 dos 16 competidores. Ao final do show, todos eles tinham perdido quantidades significativas de peso seguindo uma abordagem "coma menos e mova-se mais". Os competidores comeram cerca de 1000-1200kcal/dia e exercitaram-se como loucos.

 

O que o estudo mostrou é que o metabolismo basal cai como um piano atirado do Edifício Empire State. Ele despenca. Eles queimam cerca de 800kcal a menos por dia, do que anteriormente. O novo artigo mostra que essa taxa metabólica não recuperou-se 6 anos depois.

 

Em outras palavras, se você reduzir as "calorias que entram", as "calorias que saem" vão cair automaticamente. Isso faz sentido. Se seu corpo normalmente consome 2000 calorias por dia e queima 2000, então o que acontece quando você come apenas 1200 calorias ? Vamos usar o método socrático e fazer uma questão relacionada.

 

Se você normalmente ganha $100.000 por ano e gasta $100.000, o que acontece quando a sua renda reduz-se para $50.000 ? Bem, você não é estúpido e não quer acabar na cadeia como devedor, então seus gastos caem para $50.000. Bem, nosso corpo não é estúpido também. Se comemos 1200kcal, automaticamente ajustamos ao queimar 1200kcal. O corpo não quer morrer, e nem eu. Por que assumiríamos que o corpo ainda queima 2000 calorias ? Ele não é tão estúpido.

 

Então, enquanto todos ficamos obcecados em reduzir as "calorias que entram", na prática isso é virtualmente irrelevante para a perda de peso no longo prazo. São apenas as "calorias que saem" que contam. Se você puder manter altas as "calorias que saem", então você tem uma chance de perder peso. Mas redução calórica como abordagem primária (CRAP) não vai fazer isso por você. Esse método garantidamente vai falhar. Esse método de perda de peso, na literatura, tem uma taxa de falha de 99%. Nesse estudo, 13 de 14 competidores do Biggest Loser falharam – uma taxa de 93%. Que era esperada.

 

 

Padrão dietético low-fat e mudança de peso ao longo de 7 anos:

O estudo de modificação dietética da Iniciativa da Saúde da Mulher

Círculos brancos: dieta normal

Círculos pretos: comer menos e exercitar-se mais

 

A Iniciativa da Saúde da Mulher, estudo com 50.000 mulheres, provou isso em 2006. Essas mulheres reduziram sua ingestão calórica em mais ou menos 350kcal/dia. Elas esperavam perder mais de 13.5kg/ano. Ao longo de 7 anos, perderam... 100g! Caramba, isso é aproxidamente o peso de uma boa ida ao banheiro. Hmmm. Ficar 7 anos em "coma menos, mova-se mais" ou dar uma bela ida ao banheiro ? A diferença foi a mesma...

 

Que reduzir as calorias causava um desabamento no metabolismo basal já estava provado muito tempo atrás, nos anos 1950, pelo saco de pancadas favorito da história da nutrição, o Dr. Ancel Keys. Seu famoso "Estudo da Fome de Minnesota" na prática não foi um estudo sobre a fome. Os participantes eram postos em dietas de aproximadamente 1500kcal/dia. Isso representava uma redução de 30% na sua dieta anterior. Eles também eram forçados a andar cerca de 32km por semana. Então essa era uma abordagem tipo Biggest Loser – coma menos, mova-se mais, turbindada. O que aconteceu ao seu metabolismo basal ? Eles comeram cerca de 30% menos, e seu metabolismo basal reduziu-se em cerca de 30%. Eles sentiram-se com frio, cansados, famintos. E à medida que comeram, todo o seu peso retornou.

 

É a isso que às vezes é dado o nome "modo de fome" ("starvation mode"). É o que as pessoas imaginam que aconteça quando seu corpo começa a desligar-se para conservar energia. O metabolismo basal (as calorias que saem) diminui e você se sente um lixo. À medida que come menos, seu corpo queima menos calorias de maneira que a perda de peso eventualmente estagna. Então você se sente uma m*rda e decide comer um pouco mais (seus hormônios de fome também estão subindo como um foguete), mas não tanto quanto costumava. Mas as suas "calorias que saem" estão tão baixas que você reganha peso. Soa familiar ? Acontece com cada praticante de dieta por aí. O que é injusto é que seus amigos e família culpam a vítima por ter "perdido o bonde" ou por não ter tido força de vontade suficiente. Na prática, seu conselho alimentar – comer menos e mover-se mais – está fadado a falhar. Então não culpe a vítima quando ela falha.

 

Aqui está o que sabemos até agora.

 

1.      Cortar calorias te coloca em "modo de fome"

2.      A chave para perder peso no longo prazo é manter o metabolismo basal ou manter altas as "calorias que saem"

 

Atividade do gasto energético (AEE), efeito térmico do alimento (TEF) e gasto energético em repouso (REE) como percentuais do gasto energético total (TEE)

 

Nós precisamos manter o metabolismo basal alto. O que é que não te coloca em modo de fome ("starvation mode") ? Fome de verdade (jejum - "starvation")! Vemos esse efeito com alguns estudos de jejum ou de cirurgia bariátrica.

 

Então o que acontece na cirurgia bariátrica ? Ela também é chamada de redução de estômago. Porque quando o estômago fica do tamanho de uma noz, as pessoas não podem comer. Sua ingestão calórica cai para muito perto de zero. Jejuar tem o mesmo efeito, exceto que é uma redução voluntária das calorias na direção do zero. O que acontece com o metabolismo basal ? Ele é mantido! Um dos participantes do Biggest Loser de fato sofreu cirurgia bariátrica. O que chama atenção é que sua taxa metabólica na verdade começou a subir de volta!

 

Vamos pensar sobre o que está acontecendo aqui (você também pode consultar a minha série sobre jejum). À medida que você jejua, há um número de mudanças hormonais que NÃO acontecem na simples redução calórica. Seu corpo sente que você não está recebendo comida. O Hormônio do Crescimento aumenta. A noradrenalina aumenta. A insulina cai. Esses chamados hormônios contra-reguladores são reações naturais ao jejum. Eles mantêm a glicemia normal. Os hormônios do crescimento mantêm a massa magra. A noradrenalina mantém o metabolismo basal alto.

 

Estudos de cirurgia bariátrica mostram o mesmo. O gasto energético em repouso (calorias que saem) é mantido independente das calorias que entram serem severamente restritas (gráfico acima).

 

Em 4 dias de jejum, o metabolismo basal não cai – ao invés, ele aumenta 12%. A capacidade de exercício (medida pelo VO2) também é mantida.

 

Vamos pensar no que está acontecendo aqui. Imagine que somos homens das cavernas. É inverno. Nós não comemos nada nos últimos 4 dias. Se nossos corpos entrassem em "modo de fome", então ficaríamos letárgicos, cansados e com frio. Não teríamos energia para sair e arranjar comida. A cada dia pioraria. E eventualmente, morreríamos. Uau! Por que achamos que nossos corpos são tão estúpidos ? Eu não quero morrer.

 

 

Taxa de oxidação de gorduras, proteínas e carboidratos x Dias de jejum

 

Não, ao invés disso o que acontece é que o corpo abre seu grande suprimento de comida armazenada – gordura corporal! Yeah! Nós mantemos o metabolismo basal alto, e ao mudamos a fonte de combustível da comida para a comida armazenada no estoque. Agora temos energia suficiente para sair e caçar um belo mamute.

 

Não há "modo de fome" na fome de verdade (jejum). Desde que seu percentual de gordura permaneça acima de mais ou menos 4%, você está bem. Mas você não queima proteína ? Não, aqui está o que acontece segundo um estudo do próprio Dr. Hall sobre jejum.

 

Você pára de queimar açúcar (carboidratos) e passa a queimar gordura. E olha que boas notícias: tem um bocado de gordura estocada aí.

 

 

Adaptação metabólica seguida a uma perda de peso maciça

 

 

Na prática, houve uma comparação direta entre os pacientes de cirurgia bariátrica e os competidores do Biggest Loser. No gráfico, você pode ver que a taxa metabólica foi medida nos participantes do Biggest Loser (BLC). Sua taxa metabólica continua caindo, caindo, caindo...E é o que o New York Times reportou também.

 

Mas observe o grupo dos pacientes submetidos a cirurgia bariátrica (RYGB). Sua taxa metabólica desacelera e depois recupera-se. E eis o fim da diferença entre perda de peso no longo prazo e uma vida inteira de desespero.

 

The ketogenic diet study

 

Em um artigo relacionado, Hall apresenta dados sobre dieta cetogênica. Ele mediu a perda de gordura em sua ala metabólica. Ele usou uma dieta regular ou uma dieta cetogênica (muito pobre em carboidratos). Ele mostrou que a dieta cetogênica reduziu os níveis de insulina, que as pessoas queimaram gordura (medida pela oxidação de gorduras) e que as pessoas perderam mais peso. Excelente.

 

Entretanto, suas belas medidas da gordura corporal também mostraram que a taxa de perda de gordura corporal reduziu-se. Então ele disse que isso "prova" que não há vantagem metabólica em dietas cetogênicas.

 

Bobagem. Eu tenho minhas dúvidas sobre se um exame DXA (N.T.: Mecanismo de avaliar gordura corporal) pode, na prática, medir frações de kg de gordura perdidos. De qualquer maneira, o principal é que as pessoas perderam peso e ainda estavam perdendo gordura. Entretanto, o que ele menciona de passagem é de longe mais interessante. Ele nota que a dieta cetogênica não produz qualquer lentidão do metabolismo.

 

Essa é a medalha de ouro, meu camarada!

 

Ao longo de 25 dias mais ou menos, não há redução do metabolismo? Essa é a parte mais importante da perda de peso no longo prazo! É a linha que divide o sucesso e a falha. A diferença entre lágrimas de alegria e de pesar. No Biggest Loser, participantes baixaram suas taxas metabólicas basais em 500kcal/dia. Na dieta cetogênica , eles continuam queimando essa mesma quantidade – AINDA QUE ESTEJAM PERDENDO PESO.

 

Então vamos recapitular:

 

  • Cortar calorias te coloca em modo de fome (starvation mode)

  • A chave para perder peso no longo-prazo é manter o metabolismo basal ou aumentando as calorias que saem.

  • A falha do "coma menos, mova-se mais" está comprovadamente perto dos 99%. Isso permanece sendo a recomendação dietética favorecida pela maioria dos médicos e nutricionistas.

  • Fome real (starvation) (jejum ou cirurgia bariática) não te põem em "modo de fome" (starvation mode).

  • Dietas cetogênicas não te poem em estado de fome (starvation mode).

 

 

Fonte: https://www.lowcarb-paleo.com.br/2016/05/o-caso-do-biggest-looser-por-que-o-foco.html

Postado

Quero saber como o cara mediu a redução da TMB nos participantes do biggest loser...

 

É bem improvável que a TMB dos caras tenha reduzido mais de 15-20% - esse é o maximo registrado em estudos e foi verificado no famoso estudo de minessota, de 6 meses de starvation, consumindo 50% das calorias.

 

Enfim, bem sensacionalista o texto. 

  • 1 mês depois...
Postado
5 minutos atrás, MChernobyl disse:

Aii pessoal do LCHF.

Quais macros vocês utilizam quando consomem bacon ?

eu tinha essa mesma dúvida... agora pego da marca aurora fatiado, não tem erro, pego os macros dela, e meu peso de manteve acho que é uma ótima opção, apesar dos macros ser bem variados, essa marca em questão me satisfez.

Postado
1 minuto atrás, lucasf21 disse:

eu tinha essa mesma dúvida... agora pego da marca aurora fatiado, não tem erro, pego os macros dela, e meu peso de manteve acho que é uma ótima opção, apesar dos macros ser bem variados, essa marca em questão me satisfez.

Comprei sapoha no Açougue la mandei o cara fatiar um pedaço que ja estava avulso, sem ser esses que vem embrulhadinho.

Agora fui ver os macros na net, cada site fala uma coisa.

Quais macros desse ai que ta usando?

Postado
1 minuto atrás, MChernobyl disse:

Comprei sapoha no Açougue la mandei o cara fatiar um pedaço que ja estava avulso, sem ser esses que vem embrulhadinho.

Agora fui ver os macros na net, cada site fala uma coisa.

Quais macros desse ai que ta usando?

realmente, bacon é uma coisa que os macros são totalmente louco, mas eu acho que da pra ter uma base. os macros são esse:

Porção: 10g (1/2 fatia)
Informação Nutricional   %VD (*)
Valor Energético 43kcal = 181kJ 2
Carboidratos 0,1g 0
Proteínas 1,8g 2
Gorduras totais 3,9g 7
Gorduras saturadas 2,0g 9
Gordura trans 0,0g **
Fibra Alimentar 0,0g 0
Cálcio    
Sódio 192mg 8
  • 2 semanas depois...
Postado
1 hora atrás, Born4Run disse:

Não achei o post especifico sobre Azeite, mas estou passando para avisar que se alguém pensa em importar, está começando a valer a pena. 

 

Vale mais a pena usar manteiga clarificada, óleo de coco, gordura animal. Azeite não compensa não.

Postado (editado)
39 minutos atrás, Norton disse:

 

Vale mais a pena usar manteiga clarificada, óleo de coco, gordura animal. Azeite não compensa não.

Isso é pessoal Norton.

(Eu) Sabor de azeite é único, principalmente de um bom.

Editado por Born4Run
Postado
55 minutos atrás, Born4Run disse:

Isso é pessoal Norton.

(Eu) Sabor de azeite é único, principalmente de um bom.

 

Não acho que valha a pena o custo benefício. O azeite eu substituí pela GHEE, faço ela mais escura deixa um sabor adocicado bem parecido com a noz. Já o azeite de qualidade além de ser bem caro o gosto varia muito depende de uma série de fatores.

Postado
3 horas atrás, Norton disse:

 

Vale mais a pena usar manteiga clarificada, óleo de coco, gordura animal. Azeite não compensa não.

 

2 horas atrás, Born4Run disse:

Isso é pessoal Norton.

(Eu) Sabor de azeite é único, principalmente de um bom.

Dia desses saiu uma reportagem aqui sobre falsificacäo de azeite aqui na Uniäo Européia. Na Itália, as apreensöes de azeite falsificado säo maiores que as de drogas. =P

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