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Comer De 3 Em 3 Horas, Defesas E Criticas Sobre Esse Sistema


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Postado

Eu sei que isto é falta de educação, falta de vergonha na cara, mas podem fazer um resumo da treta "jejum intermitente x comer 3 em 3 horas"

Qual é a conclusão da discussão?(se é que houve nesse tópico).

abs



entao a desmitificacao do mito foi desmitificada

Entendi, até achei engraçadinho, mas o que você dissse...Não.

Postado
Eu sei que isto é falta de educação, falta de vergonha na cara, mas podem fazer um resumo da treta "jejum intermitente x comer 3 em 3 horas"

Qual é a conclusão da discussão?(se é que houve nesse tópico).

abs

Não, não se chegou a conclusão, verdade absoluta em se tratando de organismo humano não parece realidade, o mais consensual que se pode dizer é após este tópico é... você não é obrigado a comer de 3h em 3h, mas para quem não tem controle adequado da dieta, ou não tem conhecimento suficiente para variar, é uma boa seguir essa frequência... eu estou mais pro lado do IF, mas os defensores do 3h em 3h tem bons argumentos e foi mais ou menos o que se discutiu aqui!

  • Supermoderador
Postado
E comer de 2 em 2 horas e bom??

Comer em um intervalo menor do que 2h pode ser contra-produtivo. Você precisa de 'avisos' para as células para que elas continuem com o processo de hipertrofia, e isso é dado com alguns AAs, especialmente a leucina. Se você mantiver um fluxo constante de leucina (comer com frequência menor que 3h), tem uma coisa chamada 'efeito refratário' que iria atrapalhar a hipertrofia... tentei achar alguma coisa em português sobre isso, e aparentemente já tem um texto sobre isso no fórum mesmo: https://www.hipertrofia.org/forum/topic/37181-fracionar-refeicoes-proteicas-de-3-em-3-horas-pode-nao-ser-tao-efetivo-quanto-se-pensava/

Postado

Texto excelente! Acho q preciso disso mesmo pra manter o max possível de massa muscular durante o dia.

Mas se eu comer algo sem proteína, mas com carbo e gorduras, tipo bolacha ou torrada entre o almoço e a janta adianta para manutenção de mm ou vai catabolizar? A única coisa com prot aqui no trampo é leite!!

  • Supermoderador
Postado
Texto excelente! Acho q preciso disso mesmo pra manter o max possível de massa muscular durante o dia.

Mas se eu comer algo sem proteína, mas com carbo e gorduras, tipo bolacha ou torrada entre o almoço e a janta adianta para manutenção de mm ou vai catabolizar? A única coisa com prot aqui no trampo é leite!!

Leia o restante da discussão e você achará a resposta para a sua dúvida :D

  • 1 mês depois...
Postado

Apesar de adepto da "liberdade" quanto ao horário de refeições, sou ainda mais adepto da liberdade de discussão, e embora discorde da posição final dessa resposta, taí uma das respostas da entrevista do Dr. Paulo Muzy, dada ao próprio fórum, e que vai ao encontro do que defende o Pajé. Se alguém quiser discutir gostaria de ter argumentos para rebater o que diz o Dr., mas eu mesmo não tenho:

"(1) Você poderia explicar a necessidade (ou não) de comer de 3 em 3 horas? Você possui alguma experiência com protocolos de dieta que incluem jejum (jejum de 16 ou 20 horas por exemplo)?

O tempo de esvaziamento gastrico para refeicoes com baixa porcentual de gordura é em torno de 3 horas. Alimentando-se a cada 3 horas é garantir um fluxo praticamente continuo de nutrientes a serem absorvidos. Alem disso, previne que voce faça refeiçoes de alto volume, o que acaba acarretando a liberacao de um hormonio chamado somatostatina, em ordem de promover recrutamento vascular mesentérico, para que a digestao possa ocorrer. Mas quando este hormonio é liberado, ele inibe a liberacao de hormonio do crescimento, funcionando portanto o simples fato de fazer refeicoes de alto volume contraproducentes quando voce tem um individuo que necessita de alta velocidade de regeneracao celular e adaptacao fisiologica."

Postado

O Paulo Muzy primeiro fala:

O tempo de esvaziamento gastrico para refeicoes com baixa porcentual de gordura é em torno de 3 horas. Alimentando-se a cada 3 horas é garantir um fluxo praticamente continuo de nutrientes a serem absorvidos.

Talvez ele se esqueceu de um princípio básico de fisiologia: você não precisa ter uma absorção contínua de nutrientes no sistema digestório para garantir uma concentração constante de nutrientes na corrente sanguínea. O corpo humano possui sistemas de controle que garantem níveis seguros de nutrientes na corrente sanguíneo: o glucagon é elevado, fazendo com que ocorra maior glicogenólise ( quebra do glicogênio ) sendo fonte de várias moléculas de glicose para a corrente sanguínea, o tecido adiposo é mobilizado para fornecer ácidos graxos e a massa muscular disponibiliza aminoácidos para a corrente sanguínea. Eu posso ingerir uma refeição por dia; a maioria dos nutrientes será armazenada em tecidos específicos e depois retornará à corrente sanguínea para ser utilizada em outras regiões do corpo quando for necessária.

Depois ele diz:

Alem disso, previne que voce faça refeiçoes de alto volume, o que acaba acarretando a liberacao de um hormonio chamado somatostatina, em ordem de promover recrutamento vascular mesentérico, para que a digestao possa ocorrer. Mas quando este hormonio é liberado, ele inibe a liberacao de hormonio do crescimento, funcionando portanto o simples fato de fazer refeicoes de alto volume contraproducentes quando voce tem um individuo que necessita de alta velocidade de regeneracao celular e adaptacao fisiologica."

Eu não lembro muito bem sobre a somatostatina, mas somente utilizando o que ele falou dá pra produzir um argumento contrário. Segundo ele, a somatostatina é ''liberada'' a fim de promover recrutamento vascular mesentérico. Traduzindo ''recrutamento vascular mesentérico'' : maior fluxo sanguíneo para o canal digestório, principalmente na região intestinal. E, também segundo o Paulo Muzy, a somatostatina inibe a liberação do GH.

Primeiro: se a somatostatina é liberada para promover maior circulação sanguínea no local da digestão e toda vez que fazemos alguma refeição esse aumento da circulação sanguínea ocorre, então se eu me alimentar de 3 em 3 horas, quer dizer que de 3 em 3 horas esse hormônio será liberado e de 3 em 3 horas o GH será inibido no meu corpo. Ele poderia argumentar que refeições de alto volume liberam maior quantidade de somatostatina, porém, grande quantidade de somatostatina liberada de 1 a 3 vezes por dia não deve ser muito diferente de uma quantidade menor de somatostatina sendo liberada de 6 a 8 vezes por dia. Além disso, é mais danoso ter o Gh diminuído de 1 a 3 vezes ao dia ou de 6 a 8 vezes ao dia? São tantas coisa a serem consideradas.

Segundo e mais importante: será que essas alterações realmente são significativas considerando o ambiente hormonal como um todo? Qual é a magnitude dessa diminuição do GH? Do jeito que ele fala, parece que a nossa produção hormonal pode ser facilmente manipulada através da frequência das nossas refeiçoes, o que é um absurdo. Além disso, se você colocar na balança o período de descanso, o período de treinamento e todas as outras situações que são ou que promovem uma situação ''anabólica'' no nosso corpo, acredito que elas superarão e muito essa pequena ação da somatostatina. Pelo que eu me lembro, a somatostatina desempenha um papel bem mais importante em outras situações, como diabetes, síndrome metabólica etc. A impressão que fica é que o Paulo Muzy leu estudos sobre essa ação específica da somatostatina, exagerou sua importância e tentou colocá-la como um ponto-chave para defender a ideia de que ''comer de 3h em 3h é melhor''. Pra mim as relações que ele colocou estão fora de proporção e superestimadas.

Postado

Acho que o Paulo Muzy e eu temos pensamentos parecidos simplesmente pelo fato de ser dificil preparar um atleta de nivel de competicao nao fazendo ele comer de 3 em 3h, e isso eh tao real que ele ta ganhando o dinheiro dele e nunca vai se preocupar se existem argumentos contra a ideia dele de comer de 3 em 3h ou nao. Pode funcionar outros protocolos para pessoas normais, mas se falando especificamente de fisiculturistas até hoje nao achei nenhum que siga outro protocolo senao o d se alimentar de 3 em 3 ou até 2 em 2h. Justamente por causa desse topico fiquei com isso na cabeça, passei um final de semana do sul brasileiro o ano passado fazendo uma mesa redonda com grandes preparadores e atletas entre eles Edu Correa e Fabio Caverna, q na minha opiniao sao do time dos melhores do Brasil, perguntei sobre outros protocolos de dieta com jejuns etc eles foram unanimes em falar que nao teria como, pelo volume de comida que se acumularia em poucas refeicoes, pela sensacao de inchaço por esse volume maior no abdomem dilatado, eh o que eu acho tbm, atualmente estou com 102 kilos, como ja falei aqui na epoca q eu tava com 82 esse protocolo de jejum intermitente, warrior diet etc até q ia bem, mas para crescer mais tive q regular mesmo o q chamo de ciclos, ou seja, o lance old school mesmo.

O dia q vcs ficarem mais pesados ou q tiverem a responsa de preparar atletas tenho certeza q concordarao comigo e com o Muzy, até lá, estou esperando na pratica conversar com atleta mais pesado q usa tal protocolo, teorias existem muitas, tanto pra concordar com as 3h em 3h e para discordar tbm, tem q ver o q se adapta melhor para seu objetivo,

abraço

Postado

Muito bom @DaoLaLao: você conseguiu pôr no papel argumentos bons para rebater a explicação do Muzy (passei a desconfiar mais dele ao ler outros artigos do site dele, tem muita coisa boa, mas tem umas defesas do "pump" e do treinar até a falha que me surpreenderam negativamente) e como você disse, "São tantas coisas a serem consideradas" que é difícil apontar isso ou aquilo como o grande responsável pelo crescimento, ou não.

Beleza @Andre Paje: acho que o "nó" está aí, para quem treina por "lazer" e qualidade de vida, como eu (83kg pra 1,75), é possível evitar o 3h em 3h e alcançar os objetivos, além de viver mais "tranquilamente" sem ter de ficar estressado em se alimentar sempre (principalmente nos horários de trabalho), enquanto para um atleta em nível de competição tanto é mais simples seguir o 3h em 3h (afinal se alimentar bem já é o trabalho dele), quanto é mais complicado consumir o total de kcal diários necessários, afinal dá pra comer 3 mil kcal (sem muita porcaria) em duas ou três refeições tranquilo, mas 5-6 mil kcal é mais punk!!!

Bom, é discutindo e lendo opiniões diferentes que a gente avança, valeu galera, reputados!

Postado

Muito bom @DaoLaLao: você conseguiu pôr no papel argumentos bons para rebater a explicação do Muzy (passei a desconfiar mais dele ao ler outros artigos do site dele, tem muita coisa boa, mas tem umas defesas do "pump" e do treinar até a falha que me surpreenderam negativamente) e como você disse, "São tantas coisas a serem consideradas" que é difícil apontar isso ou aquilo como o grande responsável pelo crescimento, ou não.

Beleza @Andre Paje: acho que o "nó" está aí, para quem treina por "lazer" e qualidade de vida, como eu (83kg pra 1,75), é possível evitar o 3h em 3h e alcançar os objetivos, além de viver mais "tranquilamente" sem ter de ficar estressado em se alimentar sempre (principalmente nos horários de trabalho), enquanto para um atleta em nível de competição tanto é mais simples seguir o 3h em 3h (afinal se alimentar bem já é o trabalho dele), quanto é mais complicado consumir o total de kcal diários necessários, afinal dá pra comer 3 mil kcal (sem muita porcaria) em duas ou três refeições tranquilo, mas 5-6 mil kcal é mais punk!!!

Bom, é discutindo e lendo opiniões diferentes que a gente avança, valeu galera, reputados!

Bela sintese meu Irmao!

Postado

O estudo é bom, sim, e para quem como eu prefere comer menos vezes e mais volume, do que várias vezes, é positivo, mas realmente é uma questão bem polêmica, são muitas variáveis.

  • 3 semanas depois...
Postado

Galera, resolvi fazer um vídeo sobre essa discussão apresentando minha opinião com base em critérios bioquímicos e fisiológicos.

Não repassa um conhecimento vasto como o Paulo Muzy (ele é um médico foda e eu sou um recem aprovado no vest de medicina rs), mas enriquece um pouco a discussão e acho que é válido.

Em determinados momentos, não procurei aprofundar mais do que o devido pra poder ficar de fácil entendimento para todos. Espero que gostem e desculpa pela voz AHUAHAHUAHUAHA.

Vídeo:

Postado (editado)

legal o vídeo cara!

Mas você partiu do princípio que as proteínas da MEGAREFEIÇÃO serão todas enviadas ao mesmo tempo para a competição enzimática. Porém, o que eu vejo é o pessoal alegando que o fato de ingerir mais comida simplesmente atrasa a digestão como um todo, e sendo assim, as proteínas não seriam todas enviadas de uma vez para o processo enzimático, certo? O que acha?

Particularmente eu concordo com a distribuição, mas não sei como explicar porquê exatamente é melhor. O que você disse faz todo o sentido, mas empaquei nesse aspecto que eu falei....

Dada uma certa megarefeição, contendo todos macros em quantidades ideias para o dia todo (sendo impossível ou não, não importa"), seriam os carbos todos digeridos primeiro do que qualquer proteína contida nessa refeição?

Entendo que nessa megarefeição, a diluição dos nutrientes no estômago já far´com que a homogeneização do bolo alimentar começe, tornando a refeição toda numa espécie de alimento único, onde contém todos os macros. O corpo então começa a digerir tudo ao mesmo tempo, gordura, carbo e proteína. Ou seja, conforme há liberação de tudo para o intestino delgado, nem toda essa proteína alcançará o intestino de uma vez, assim como nem todo carbo e nem toda gordura.

Isso resultará em um "ciclo gástrico" mais demorado, em uma absorção mais demorada.

Não sei bem como as enzimas funcionam, se elas depois de reagirem para processar os alimentos, logo estão disponíveis para processar mais nutrientes, ou se o corpo fabrica mais enzimas, enfim, entendo que conforme o corpo vai processando as proteínas, mais enzimas vão se tornando disponíveis, de um jeito ou de outro....

Editado por Brunobyof
Postado

Uma coisa eh verdade, independente dos multiplos caminhos fisiologicos de ambos os pensamentos aqui expostos, os dois geram resultados positivos porque existem pessoas que defendem algum deles, e fico pensando, bem, se sabemos tambem que ambos sao verdadeiros pra suas populacoes, mas ambos tambem pareceram nao funcionar para as populacoes que defendem o pensamento antagonico e contrario, , entao qual eu penso na hora por exemplo de iniciar uma consultoria com alguem... penso mais ou menos assim: acho que o que vale é quebrar o padrao anterior e talvez o esforço do corpo para manter a homeostase das funcoes metabolicas gere alguma adaptacao positiva, ou seja, se o cara ja controla de 3 em 3h a algum tempo e o corpo ja se adaptou entao dá um choque e muda o pradrao para uma WD por exemplo, e se o cara vem a muito tempo de flutuacoes jejuns e supercompensacoes entao esse é bom ajeitar o reloginho das 3 em 3 e isso talvez gere uma adaptacao positiva... é isso q tenho defendido


O que importa é o saldo final, mas quando já se tem a um tempo consolidada uma base coerente respeitando a fisiologia dos ciclos gástricos,

depois que ja se adquire uma homeostase, e vc cria indexadores para o corpo saber que todo dia, aquele horario, vai entrar aquela quantidade de proteinas, carboidratos, etc... entao é necessario na minha opiniao uns 2 anos de dieta base respeitando os computos e horarios cronobiologicos etc..

depois quando entra em um plato, pode começar a usar os jejuns, supercompensacoes etc, as flutuacoes de consumo calorico durante a semana etc... mas isso só funciona depois que vc criou os indexadores de base, (na minha opiniao)

se vc pegar uma pessoa normal que começa a treinar ela já vem de periodos de jejum (nao tomar café da manha) e supercompensacoes (comer mto nos finais de semana pizza sobremesas etc), entao essa pessoa precisa criar um algoritmo, determinar um ritmo e colocar os elementos de correcao de um vetor que foi alterado e isso é feito respeitando o be a ba das coisas, até porque, ver se o cara prepara a comida e se adapta nas marmitas etc eh um bom aprendizado e um bom teste para o aspirante a fisiculturista, entao no começo existe essa xaropice mesmo dogmatica na maioria dos treinadores, eh como se fosse um filtro entendem, todos querem se transformar, todos treinam, ae a hora que vai ligar o botaozinho de fazer dieta as coisas nao andam o cara nao tem capacidade de comprar, preparar, levar e abrir a porra da marmita no horario que tem que comer. Entao muitos desistem, se o cara ultrapassa essa fronteira, e eh possivel sim, tenho clientes medicos aqui em ctba que fazem plantao etc e de uma forma ou outra conseguem se ajeitar nas marmitas e talz, entao, se o cara consegue ligar o botao do treino e eh disciplinado na dieta, esse cara eh digno de ir recebendo as proximas etapas do conhecimento etc, na maioria das vezes os treinadores meio q agem assim, enfim, mas eu penso mesmo na linha que expus acima, ou seja, vejo o q quebraria mais o padrao e seria mais interessante dependendo do contexto, enfim acho q eh isso

e tem outra coisa, pratica e importante que acho que talvez tenha sido deixada de lado,

acho que tanto o Paulo Muzy quanto eu preferimos e talvez achemos mais benefico (para fisiculturistas em sua maior parte) a questao das 3 horas, simplesmente porque a gente trabalha realmente com atletas na pratica e nao apenas estudamos a teoria e na gente mesmo. Quem me conhece em ctba sabe da quantidade de atletas que ajudo e o Paulo Muzy logico eh mais famoso trabalha com os atletas mais de ponta, e como o atleta JA VEM com a questao da programacao mental dele estruturada e feita em cima das 3 em 3 horas que simplesmente mudar isso eh quase impossivel porque faz barte da batida do coracao do atleta, ele sente que faz parte de seu equilibrio organico. Experimenta falar para um Emmanuel Martyres aqui q ele vai ficar mais q 5 horas sem comer... o bicho pira e provavelmente sentira sensacao mto chata de fome, hipo, azia de fome mesmo e suor frio. Entao só mexeriamos nessa estrutura se todas as outras cartas na manga da manipulacao de dieta, treino, ergogenicos etc, se tudo tivesse sido realizado e mesmo assim se o atleta manifestasse ja essa vontade de pular para uma quebra de padrao em relacao a jejuns e tal, entao eh isso, resumindo na maior parte das vezes quem se envolve praticamente mesmo na coisa sabe q os atletas vem com esse pensamento muito estruturado e as vezes de uma tal forma que sera preferivel agregar e diferenciar outros lances do que mexer nessa questao. Talvez com as pessoas praticando mais outros sistemas de dieta poderemos ver fisiculturistas subindo no palco que foram formatados de uma outra sistematica, ae poderemos traçar realmente um padrao e uma diferenciacao ALEM do pensamento racional e linear da ciencia ou da subjetividade da experiencia interior de cada um, porque, pelo menos por enquanto, o que predomina nos bastidores dos campeonatos de fisiculturismo ainda sao atletas do padrao 3 em 3 ou ate 2 em 2, abraço

  • Supermoderador
Postado

Gostei da iniciativa do vídeo também, pelo menos deu uma pesquisada sobre biologia antes de falar algo.

No entanto, o corpo tem uma capacidade muito grande de se adaptar e o que eu vejo muito, e como principal gerador de mitos, as pessoas se apegam a um conceito ou explicação biológica e emolduram isso como sendo a única forma que o corpo humano vai trabalhar - uma expressão em inglês que eu não sei exatamente a tradução é "correlation does not prove causation". Você mostra que o corpo leva 3h para digerir uma certa quantidade de alimentos logo você precisa comer a cada 3h. Como o Bruno disse, o corpo simplismente não vai digerir essa quantidade de alimento em poucas horas. Na verdade, se considerar a entrada do alimento e todo o ciclo, quando se ingere carne vermelha, o processo é bem longo. Vi uma vez um artigo mostrando que a digestão completa (até ser eliminado) para quem segue uma WD pode ser de até 45 horas!

Oi André,

Concordo que alguém que está iniciando deveria tentar seguir um padrão, não exatamente 3h, mas tentar regular os horários das alimentações e as respectivas quantidades, por exemplo café da manhã, almoço, pós-treino e jantar, e então acostumar o corpo com o tipo de comida e os horários (iniciante).

Realmente não vemos muitos fisiculturistas profissionais praticando jejum, mas eu acredito que isso seja simplismente porque ninguém experimentou - simplismente o método atual funciona e não tem porque mexer. Mas se for olhar lá fora, especialmente em 'natural bodybuilding', já tem bastante gente seguindo rotinas alternativas. O que me faz pensar de 2 formas:

1) Fisiculturistas normalmente seguem coisas bem consolidadas e uma vez que acham algo que funcionem, seguem isso (nenhum problema com esse tipo de pensamento, se a carreta está andando, pra que modificar);

2) Jejum talvez não seja a forma mais otimizada para atletas on drugs. Os estudos em relação a jejum sempre são feitos com pessoas que não usam AEs, que seguem rotinas normais e não passam do limite natural do corpo.

Se tu for olhar as coisas feitas lá fora com relação a dieta e treinamento, atletas naturais seguem rotinas muito mais flexíveis do que fisiculturistas, e isso não é apenas com relação a jejum, mas:

a) IIFYM

B) low rep and high rep

c) sodium

d) fasting

e) extrutura do treino (AB ou FB vs ABCDE)

g) dia do lixo vs refeed

São várias coisas que normalmente divide a pessoa em um dos grupos... normalmente quem 'tem a mente aberta' e experimenta IIFYM, também treina diferente, também pode fazer jejum e não se importa com sódio por exemplo. Já quem é fisiculturista e usa AEs vai pelo outro lado, que sempre deu resultados, como comer a cada 3h, treinar basicamente com high reps e ABCDE, controla o perfil lipídico dos alimentos e sódio e raramente (pelo que eu vejo) usa refeed, normalmente é dia do lixo mesmo.

De novo, não sei se as drogas fazem com que esse perfil seja o mais otimizado para os ganhos ou simplismente nenhum BB grande experimentou isso ainda para popularizar nesse meio.

Postado (editado)

Como dito, o corpo se adapta muito, e muitos alimentos demoram MUITO mais do que 3h para serem digeridos, sozinhos, sem a adição de gorduras, fibras e outros macronutrientes.

Não há motivo para fazer jejum em drogas, é melhor você sempre mandar proteína para o corpo. Como eu disse, funciona totalmente diferente.

As pessoas tem que parar de comparar alguém com drogas x naturais, é absolutamente outro mundo!

Poderia postar vários competidores naturais que seguem IIFYM, não comem de 3 em 3h, e ainda tem um condicionamento MUITO melhor do que muitos atletas em drogas

Editado por dushlolzor
Postado (editado)

O "não se alimentar de 3h em 3h" pode até não ser o melhor, mas é mesmo uma opção para quem enfrenta dificuldades para se alimentar com essa frequência, seja do ponto de vista logístico (passar horas no trabalho ou faculdade sem poder se alimentar, etc, etc) ou do organismo mesmo (não sinto praticamente fome pela manhã, sei que se começar a comer vou me acostumar, mas hoje não sinto fome e não tomo mais que um copo de leite).

Então só reforçando, para quem precisa de quantidades homéricas de calorias, para quem utiliza AEs ou tem tempo disponível para se alimentar quando quiser (e os fisiculturistas profissionais geralmente possuem essas características), certamente que comer de 3h em 3h tem mais vantagens, mas para os "praticantes" comuns como eu, uma maior liberdade na frequência representa menos estresse e, por tabela, mais vantagens.

Quando lutava para manter as 3h em 3h me estressava no trabalho (querendo um espaço pra ir tomar alguma coisa), me estressava em eventos sociais que me deixavam horas sem consumir nada (e não levaria sacolé de atum como um doido que já andou pelo fórum), quando ia visitar alguém e demoravam para trazer um lanche e me estressava até em casa mesmo (comia sem fome, só pra respeitar as 3h).

Porém, pra quem não tem disciplina de controle da dieta, as 3h e 3h são um ótimo parâmetro.

Editado por Stockton
Postado

Gostei da iniciativa do vídeo também, pelo menos deu uma pesquisada sobre biologia antes de falar algo.

No entanto, o corpo tem uma capacidade muito grande de se adaptar e o que eu vejo muito, e como principal gerador de mitos, as pessoas se apegam a um conceito ou explicação biológica e emolduram isso como sendo a única forma que o corpo humano vai trabalhar - uma expressão em inglês que eu não sei exatamente a tradução é "correlation does not prove causation". Você mostra que o corpo leva 3h para digerir uma certa quantidade de alimentos logo você precisa comer a cada 3h. Como o Bruno disse, o corpo simplismente não vai digerir essa quantidade de alimento em poucas horas. Na verdade, se considerar a entrada do alimento e todo o ciclo, quando se ingere carne vermelha, o processo é bem longo. Vi uma vez um artigo mostrando que a digestão completa (até ser eliminado) para quem segue uma WD pode ser de até 45 horas!

Oi André,

Concordo que alguém que está iniciando deveria tentar seguir um padrão, não exatamente 3h, mas tentar regular os horários das alimentações e as respectivas quantidades, por exemplo café da manhã, almoço, pós-treino e jantar, e então acostumar o corpo com o tipo de comida e os horários (iniciante).

Realmente não vemos muitos fisiculturistas profissionais praticando jejum, mas eu acredito que isso seja simplismente porque ninguém experimentou - simplismente o método atual funciona e não tem porque mexer. Mas se for olhar lá fora, especialmente em 'natural bodybuilding', já tem bastante gente seguindo rotinas alternativas. O que me faz pensar de 2 formas:

1) Fisiculturistas normalmente seguem coisas bem consolidadas e uma vez que acham algo que funcionem, seguem isso (nenhum problema com esse tipo de pensamento, se a carreta está andando, pra que modificar);

2) Jejum talvez não seja a forma mais otimizada para atletas on drugs. Os estudos em relação a jejum sempre são feitos com pessoas que não usam AEs, que seguem rotinas normais e não passam do limite natural do corpo.

Se tu for olhar as coisas feitas lá fora com relação a dieta e treinamento, atletas naturais seguem rotinas muito mais flexíveis do que fisiculturistas, e isso não é apenas com relação a jejum, mas:

a) IIFYM

B) low rep and high rep

c) sodium

d) fasting

e) extrutura do treino (AB ou FB vs ABCDE)

g) dia do lixo vs refeed

São várias coisas que normalmente divide a pessoa em um dos grupos... normalmente quem 'tem a mente aberta' e experimenta IIFYM, também treina diferente, também pode fazer jejum e não se importa com sódio por exemplo. Já quem é fisiculturista e usa AEs vai pelo outro lado, que sempre deu resultados, como comer a cada 3h, treinar basicamente com high reps e ABCDE, controla o perfil lipídico dos alimentos e sódio e raramente (pelo que eu vejo) usa refeed, normalmente é dia do lixo mesmo.

De novo, não sei se as drogas fazem com que esse perfil seja o mais otimizado para os ganhos ou simplismente nenhum BB grande experimentou isso ainda para popularizar nesse meio.

Com certeza! Concordo com vc tbm em tudo o q pontuou.Voce irmao e outras pessoas inteligentes aqui que tem argumentos para defender suas ideias e isso eu valorizo muito, e por isso q eu digo q nao acho q seja certa as 3h somente, apenas no meu contexto de trabalho eh o q mais se manifesta, pelos motivos q expliquei acima, abração

Postado (editado)

legal o vídeo cara!

Mas você partiu do princípio que as proteínas da MEGAREFEIÇÃO serão todas enviadas ao mesmo tempo para a competição enzimática. Porém, o que eu vejo é o pessoal alegando que o fato de ingerir mais comida simplesmente atrasa a digestão como um todo, e sendo assim, as proteínas não seriam todas enviadas de uma vez para o processo enzimático, certo? O que acha?

Particularmente eu concordo com a distribuição, mas não sei como explicar porquê exatamente é melhor. O que você disse faz todo o sentido, mas empaquei nesse aspecto que eu falei....

Dada uma certa megarefeição, contendo todos macros em quantidades ideias para o dia todo (sendo impossível ou não, não importa"), seriam os carbos todos digeridos primeiro do que qualquer proteína contida nessa refeição?

Entendo que nessa megarefeição, a diluição dos nutrientes no estômago já far´com que a homogeneização do bolo alimentar começe, tornando a refeição toda numa espécie de alimento único, onde contém todos os macros. O corpo então começa a digerir tudo ao mesmo tempo, gordura, carbo e proteína. Ou seja, conforme há liberação de tudo para o intestino delgado, nem toda essa proteína alcançará o intestino de uma vez, assim como nem todo carbo e nem toda gordura.

Isso resultará em um "ciclo gástrico" mais demorado, em uma absorção mais demorada.

Não sei bem como as enzimas funcionam, se elas depois de reagirem para processar os alimentos, logo estão disponíveis para processar mais nutrientes, ou se o corpo fabrica mais enzimas, enfim, entendo que conforme o corpo vai processando as proteínas, mais enzimas vão se tornando disponíveis, de um jeito ou de outro....

Cara, eu vejo da seguinte forma...

É fato que, com certeza, o processo digestivo de uma refeição enorme não durará apenas poucas horas. Porém, a parte do processo digestivo onde há o predomínio das ações enzimáticas não será tão demorado. A PREDOMINÂNCIA (eu falei predominância, não totalidade) dessa ação enzimática será nessas primeiras horas, quando o bolo alimentar passar pelo estomago e, posteriormente pelo duodeno. Assim, considerando-se todo o processo digestório, a coisa demora (até a formação das fezes e a eliminação), porém a "parte inicial", onde predominará a atividade enzimática, se dará PREDOMINANTEMENTE nas primeiras horas. O restante daquela refeição que não foi aproveitada logo, nutrirá muito pouco o organismo, no meu ponto de vista. Afinal, o bolo alimentar não ficará estático em pontos do tubo digestório por muito tempo. A maior evidência disso é a fome e as suas consequências fisiológicas (neural e hormonalmente falando). Claro que a atividade gástrica será mais demorada, já que o bolo alimentar foi muito volumoso, porém não tão prolongada ao ponto de fazer com que todos aqueles nutrientes sejam plenamente absorvidos.

Quanto à sequência da digestão, a que primeiro começa são a dos carbos, pela ptialina (presente na saliva), porém a ação dessa enzima não é tão relevante; ela atua no amido (polissacarídeo). No estômago (meio ácido) predomina a ação enzimática das proteases (pepsina), que digerem proteínas. No duodeno, a digestão é amplificada, com a ação de algumas proteases, além de lipases e de carboidrases (como as dissacarases). Vendo dessa forma, a ação enzimática começa pra valer no estômago, com o início da digestão das proteínas, mas quanto à absorção dos nutrientes, não sei te dizer se existe alguma sequência. acredito que se dá de forma simultânea mesmo.

Aless

o meu post acima também dá o meu ponto de vista sobre o seu questionamento.

Em especial, a parte superior (antes da linha pulada).

um resumo de um estudo realizado pela a International Society of Sport Nutrition sobre o assunto.

Alguns pontos (como o 2) aponta uma boa vantagem da boa distribuição calórica. Por isso, no meu ponto de vista essa distribuição é uma ótima estratégia anticatabólica.

Como eu pensava, o ponto 1 aponta que, para sedentários, o que deve ser levado em conta quase que exclusivamente é o saldo calórico (como para eles não há a necessidade extrema de recuperação de miócitos, o fator catabólico não é relevante).

Já o ponto 4 contraria a minha opinião sobre a taxa metabólica basal.

O RESUMO:

Abstract

"Position Statement: Admittedly, research to date examining the physiological effects of meal frequency in humans is somewhat limited. More specifically, data that has specifically examined the impact of meal frequency on body composition, training adaptations, and performance in physically active individuals and athletes is scant. Until more research is available in the physically active and athletic populations, definitive conclusions cannot be made. However, within the confines of the current scientific literature, we assert that:

1. Increasing meal frequency does not appear to favorably change body composition in sedentary populations.

2. If protein levels are adequate, increasing meal frequency during periods of hypoenergetic dieting may preserve lean body mass in athletic populations.

3. Increased meal frequency appears to have a positive effect on various blood markers of health, particularly LDL cholesterol, total cholesterol, and insulin.

4. Increased meal frequency does not appear to significantly enhance diet induced thermogenesis, total energy expenditure or resting metabolic rate.

5. Increasing meal frequency appears to help decrease hunger and improve appetite control.

The following literature review has been prepared by the authors in support of the aforementioned position statement."

Estudo na íntegra:

https://www.jissn.com/content/pdf/1550-2783-8-4.pdf

(não acompanhei o tópico por completo. Se alguém já postou tal estudo, desculpem-me)

Editado por MarombaAnônimo
  • Supermoderador
Postado

Cara, eu vejo da seguinte forma...

É fato que, com certeza, o processo digestivo de uma refeição enorme não durará apenas poucas horas. Porém, a parte do processo digestivo onde há o predomínio das ações enzimáticas não será tão demorado. A PREDOMINÂNCIA (eu falei predominância, não totalidade) dessa ação enzimática será nessas primeiras horas, quando o bolo alimentar passar pelo estomago e, posteriormente pelo duodeno. Assim, considerando-se todo o processo digestório, a coisa demora (até a formação das fezes e a eliminação), porém a "parte inicial", onde predominará a atividade enzimática, se dará PREDOMINANTEMENTE nas primeiras horas. O restante daquela refeição que não foi aproveitada logo, nutrirá muito pouco o organismo, no meu ponto de vista. Afinal, o bolo alimentar não ficará estático em pontos do tubo digestório por muito tempo. A maior evidência disso é a fome e as suas consequências fisiológicas (neural e hormonalmente falando). Claro que a atividade gástrica será mais demorada, já que o bolo alimentar foi muito volumoso, porém não tão prolongada ao ponto de fazer com que todos aqueles nutrientes sejam plenamente absorvidos.

Quanto à sequência da digestão, a que primeiro começa são a dos carbos, pela ptialina (presente na saliva), porém a ação dessa enzima não é tão relevante; ela atua no amido (polissacarídeo). No estômago (meio ácido) predomina a ação enzimática das proteases (pepsina), que digerem proteínas. No duodeno, a digestão é amplificada, com a ação de algumas proteases, além de lipases e de carboidrases (como as dissacarases). Vendo dessa forma, a ação enzimática começa pra valer no estômago, com o início da digestão das proteínas, mas quanto à absorção dos nutrientes, não sei te dizer se existe alguma sequência. acredito que se dá de forma simultânea mesmo.

Olá,

você está querendo dizer então que uma refeição grande é pouco absorvida?

Isso não existe, o corpo consegue aproveitar de forma muito eficiente o que a gente ingere. Se isso realmente fosse verdade dietas de jejum intermitente apresentariam melhores resultados para perda de peso, e isso não ocorre.

Quanto à ação enzimática do estômago... as enzimas não digerem os nutrientes. Elas apenas os quebram para facilitar a digestão, e a maior parte da digestão ocorre no intestino.

O corpo tem um limite para absorção (pelo menos de proteínas), mas esse limite é uma taxa (ou seja, é quantidade por tempo), não é o total. Se você consumir muita proteína "rápida" após um longo jejum pode ocorrer de ela passar tão rapidamente pelo seu intestino que não será totalmente aproveitada.

Ah, sobre a posição da ISSN, o Alan Aragon fez um review muito bom, disponível aqui: https://www.leangains.com/2011/04/critique-of-issn-position-stand-on-meal.html

A versão TL;DR dele sobre os 5 pontos é a seguinte:

"When examining the above points, 1 & 4 have a substantive, cohesive, and adequately-designed body of research backing them. Thus, they possess the strongest evidence basis of the bunch. Number 3 sits right on the fence, since it’s a particularly complex and delicate area with much conflicting data. It’s my hunch that the differential effects of varying meal frequencies on blood markers of health would greatly diminish in the presence of a formal exercise program. Again, the potentially profound impact of training that’s missing from the current meal frequency research leaves big questions unanswered. Points 2 & 5 have the least scientific support, and the largest leaps of faith and bias from the ISSN"

Sugiro que leiam o artigo inteiro, é bem esclarecedor sobre os pontos levantados pela ISSN.

Abraços

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Eh isso o que eu digo, chega a uma hora que ficar discutindo estudos e processos fisiologicos se torna mto linear, nao chegamos a lugar nenhum, por isso prefiro criar uma teoria maior que englobe os dois pensamentos, por isso falo q nao eh q eu prefira uma a outra, mas q que melhor se adapte no contexto ou na preferencia de cada um...



mas agradeço mto a contribuicao de vcs aqui, dessa forma vamos criando um verdadeiro dossie sobre o assunto



e todos ficaremos sabendo de mais coisas e analisando mais pontos de vista, e isso eh agregativo...

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Eh isso o que eu digo, chega a uma hora que ficar discutindo estudos e processos fisiologicos se torna mto linear, nao chegamos a lugar nenhum, por isso prefiro criar uma teoria maior que englobe os dois pensamentos, por isso falo q nao eh q eu prefira uma a outra, mas q que melhor se adapte no contexto ou na preferencia de cada um...

...

Preciso discordar com isso

Existe uma diferença entre uma discussão "é assim poque me disseram, porque X bodybuilder faz" e uma discussão: "não acontece isso, acontece assim e assado, por causa disso, disso e disso, e aqui estão os estudos para suportar o que eu falo"

Discussoes com suporte cientifico sempre tendem a fornecer mais informações como você disse. Cair no conformismo: ou ignorar uma discussão cientifica é apenas tentar evitar o avanço do conhecimento

Abraços

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Olá,

você está querendo dizer então que uma refeição grande é pouco absorvida?

Isso não existe, o corpo consegue aproveitar de forma muito eficiente o que a gente ingere. Se isso realmente fosse verdade dietas de jejum intermitente apresentariam melhores resultados para perda de peso, e isso não ocorre.

Quanto à ação enzimática do estômago... as enzimas não digerem os nutrientes. Elas apenas os quebram para facilitar a digestão, e a maior parte da digestão ocorre no intestino.

O corpo tem um limite para absorção (pelo menos de proteínas), mas esse limite é uma taxa (ou seja, é quantidade por tempo), não é o total. Se você consumir muita proteína "rápida" após um longo jejum pode ocorrer de ela passar tão rapidamente pelo seu intestino que não será totalmente aproveitada.

Ah, sobre a posição da ISSN, o Alan Aragon fez um review muito bom, disponível aqui: https://www.leangains.com/2011/04/critique-of-issn-position-stand-on-meal.html

A versão TL;DR dele sobre os 5 pontos é a seguinte:

"When examining the above points, 1 & 4 have a substantive, cohesive, and adequately-designed body of research backing them. Thus, they possess the strongest evidence basis of the bunch. Number 3 sits right on the fence, since it’s a particularly complex and delicate area with much conflicting data. It’s my hunch that the differential effects of varying meal frequencies on blood markers of health would greatly diminish in the presence of a formal exercise program. Again, the potentially profound impact of training that’s missing from the current meal frequency research leaves big questions unanswered. Points 2 & 5 have the least scientific support, and the largest leaps of faith and bias from the ISSN"

Sugiro que leiam o artigo inteiro, é bem esclarecedor sobre os pontos levantados pela ISSN.

Abraços

Cara, o que eu estava querendo propor era que o aproveitamento dos nutrientes, se estes forem divididos em várias refeições, seriam maiores do que se forem distribuídos em pouquíssimas refeições. Com certeza, o aproveitamento dos nutrientes de uma refeição grande será maior do que de uma refeição pequena. O que eu estava defendendo era o seguinte. Vamos supor que eu ingira 1200 kcal em uma única refeição e passe 7 horas sem comer. Dessas 1200 kcal, digamos que 950 seriam assimilados pelo organismos. Agora vamos supor que nesse intervalo de 7 horas eu fizesse 3 refeições pequenas, totalizando também 1200 kcal, com os nutrientes bem distribuídos entre elas. Agora, dessas 1200 kcal, o corpo absorveria 1050 kcal, mais do que a situação da megarrefeição. Se fossemos analisar individualmente cada refeição, com certeza a mais proveitosa seria a grande. Porém, analisando separadamente, é provável que a boa divisão calórica em várias porções seja um pouco mais proveitosa, devido ao intervalo dado, que permitiria a dessaturação enzimática e com isso um melhor aproveitamento das calorias como um todo.

Mas esse meu ponto de vista, não indicaria que um jejum intermitente necessariamente seria mais vantajoso para a perda de gordura. Pq? pq um ciclo gástrico após um longo jejum tenderia a tentar aproveitar mais aqueles nutrientes, abastecendo os adipócitos, por exemplo.

Esse é o meu ponto de vista.

Sei que tal fator não é totalmente relevante, mas de qualquer forma acredito que seja e, como os detalhes fazem a diferença, a distribuição calórica dessa forma seria uma melhor opção.

E outra... ele envolve muitos processos e muito detalhes, tanto gastrointestinais, como hormonais, bioquímicos, etc. Fazer uma análise dando um parecer final sobre o assunto é quase que impossível, já que cada uma das estratégias de distribuição calórica apresentam prós e contras.

Quanto a parte que vc disse que as enzimas não digerem os nutrientes.

Tecnicamente falando, a digestão é o conjunto de ações químicas e físicas que transformam os macronutrientes em moléculas assimiláveis.

Dessa forma, são sim as enzimas as responsáveis pela digestão (juntamente com os processos físicos, como a mastigação e a deglutição).

É pq costumamos ver a digestão como o processo inteiro, de quebra de nutrientes, absorção e eliminação dos restos, porém o termo digestão, tecnicamente, se refere apenas à quebra dos macronutrientes.

Abraço!

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