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Índice Glicêmico Dos Alimentos


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O que é?

O índice glicêmico (IG) é um método, proposto pelo Dr. David Jenkins, pesquisador da Universidade de Toronto - Canadá, em 1981. Ele representa a qualidade de uma quantidade fixa de carboidrato disponível de um determinado alimento, em relação a um alimento-controle, que normalmente é o pão branco ou a glicose, a partir daí, são classificados baseados em seu potencial em aumentar a glicose sangüínea. Através da analise da curva glicêmica produzida por 50g de carboidrato (disponível) de um alimento teste em relação a curva de 50g de carboidrato do alimento padrão (glicose ou pão branco). Atualmente utiliza-se o pão branco por ter resposta fisiológica melhor que a da glicose.

Equação:

CG = IG x Teor CHO disponível na porção do alimentos/ 100

Qual a Importância de Consumir Alimentos com Baixo IG?

As evidências científicas reforçam que o carboidrato é o maior preditor do aumento da glicemia pós refeição, devendo-se considerar qualidade e quantidade deste macronutriente.

O índice glicêmico é uma medida de qualidade do alimento e a carga glicêmica, apesar de ser uma medida que leva em consideração a qualidade e quantidade, controvérsias sobre a validade destes métodos ainda persistem.

Existem diversos fatores que interferem na resposta glicêmica dos alimentos, como a procedência do alimento, tipo de cultivo, forma de processamento e cocção, consistência e teor de fibras. Ao recorrer a tabelas, corre-se o risco primeiramente de identificar alimentos que no caso, não são típicos do Brasil, uma vez que dispomos de tabelas internacionais. Além disso, muitos alimentos com baixo IG, trazem na sua composição altas concentrações de gorduras.

Diante desta situação, vale ressaltar a importância da orientação nutricional realizada pelo nutricionista especialista no atendimento as pessoas com diabetes, no sentido de esclarecer quanto a viabilidade e vantagens na escolha de alimentos com baixo IG e CG.

Como Identificar IG dos Alimentos?

Tal índice foi proposto para auxiliar a seleção de alimentos, assim quando alimento controle utilizado é o pão , os alimentos analisados que apresentam IG < 75, são considerados de baixo IG. Já os alimentos com IG > 95, são considerados de alto IG. Caso o alimento padrão seja a glicose, considera-se alto, IG > 70, médio IG 56 - 69 e baixo IG < 55.

A recomendação para o uso do IG, baseia-se, principalmente, na substituição de alimentos de alto por baixo IG ao longo do dia.

Carga Glicêmica (CG)

O Que É?

O conceito sobre carga glicêmica (CG) foi proposto, em 1997, pelo Dr. Salmeron , pesquisador da Harvard Scholl.

A carga glicêmica (CG) é um produto do índice glicêmico (IG) e da quantidade de carboidrato presente na porção de alimento consumido, comparado com o alimento padrão.

Este marcador mede o impacto glicêmico da dieta , sendo calculado através da multiplicação do IG do alimento pela quantidade de carboidrato, contida na porção consumida do alimento.

Equação: CG = IG x teor CHO disponível na porção/100

Como Identificar a CG dos Alimentos?

Considerando a glicose como controle, os alimentos podem ser classificados em baixa carga glicêmica (CG < 10) e alta carga glicêmica (CG > 20).

Qual a Importância de Consumir Alimentos com Baixa CG?

As evidências científicas reforçam que o carboidrato é o maior preditor do aumento da glicemia pós refeição, devendo-se considerar qualidade e quantidade deste macronutriente.

O índice glicêmico é uma medida de qualidade do alimento e a carga glicêmica, apesar de ser uma medida que leva em consideração a qualidade e quantidade, controvérsias sobre a validade destes métodos ainda persistem.

Existem diversosfatores que interferem na resposta glicêmica dos alimentos, como a procedência do alimento, tipo de cultivo, forma de processamento e cocção, consistência e teor de fibras. Ao recorrer a tabelas, corre-se o risco primeiramente de identificar alimentos que no caso, não são típicos do Brasil, uma vez que dispomos de tabelas internacionais. Além disso,. muitos alimentos com baixo IG, trazem na sua composição altas concentrações de gorduras.

Diante desta situação, vale ressaltar a importância da orientação nutricional realizada pelo nutricionista especialista no atendimento as pessoas com diabetes, no sentido de esclarecer quanto a viabilidade e vantagens na escolha de alimentos com baixo IG e CG.

Alimentos de baixo índice glicêmico:

* Amendoim (21)

* Feijão de soja (23)

* Iogurte sem sacarose (27)

* Frutose (32)

* Lentilhas (38)

* Leite integral (39)

* Damasco seco (44)

* Feijão manteiga (44)

* Leite desnatado (46)

* Iogurte com sacarose (48)

* Maçã (52)

* Pêra (54)

* Sopa de tomate (54)

* Suco de maçã (58)

* Esparguete (59)

* All Bran (60)

* Laranja (62)

* Lactose (65)

Alimentos de médio índice glicêmico:

* Pêssego enlatado (67)

* Ervilhas (68)

* Arroz parboilizado (68)

* Feijão cozido (69)

* Inhame (73)

* Suco de laranja (74)

* Kiwi (75)

* Batata doce (77)

* Aveia (78)

* Pipoca (79)

* Arroz integral (79)

* Manga (80)

* Muesli (80)

* Arroz branco (81)

* Mandioca (81)

* Banana (83)

* Sopa de feijão (84)

* Sorvete (84)

* Pão Integral (?)

Alimentos de alto índice glicêmico:

* Chocolate (84)

* Mingau de aveia (87)

* Bolos (87)

* Sacarose (87)

* Biscoitos (90)

* Cuscus (93)

* Milho (98)

* Crackers (99)

* Farinha de trigo (99)

* Pão branco (100)

* Mel (104)

* Trigo cozido (105)

* Batata frita (107)

* Tapioca (115)

* Corn Flakes (119)

* Batata cozida (121)

* Glicose (138)

Fonte: Wikipedia, https://www.diabetes.org.br/nutricao/indiceglicemico.php

Vocês tambem podem contribuir para a tabela, caso saibam de algum alimento que não está ai.

Abraço

Postado (editado)

Jurava q a laranja tinha alto IG.

Pelo que vi vc colocou por ordem crescente do valor do ig.

Gostei.

Editado por Janinha
Postado

Eu acho q é baixo.

E da mandioca?

Olha da mandioca tenho quase certeza que é médio, ou seja ta valendo em qualquer hora...

Postado

Galera, achei do pão integral e da mandioca, problema é que não fala valores, só que são de médio ig.

Se alguem descobrir em número, favor postar.

Vou atualizar o topico

Postado (editado)

Achei um índice gliceico muito legal para aqueles que ficam achando que Nescau nao serve pra nada, nem em OFF...

-Leite com Nescau = 34

Achei da madioca aqui 81

Só pra constar que nessa lista q achei ela considera pao frances igual a 95, e malto 105

Editado por pepsilitro
Postado (editado)

Espero que ajude a complementar

1. Introdução

O Índice Glicêmico, proposto por JENKINS et al.(1981) é um sistema numérico para medir a taxa de glicemia induzida por um determinado alimento quando relacionado à glicose.

A Glicemia é a taxa normal de glicose no sangue para indivíduos em restrição alimentar de 03 e 04 horas, sendo que esta taxa deve ser de 90 mg/dl aproximadamente, não ultrapassando 140 mg/dl. Caso haja essa ultrapassagem quanto ao valor, pode ser que o indivíduo contenha diabetes Mellitus, uma vez que o nível de glicemia é regulado pelos hormônios pancreáticos insulina e glucagon, e a Diabetes preconiza uma falha na ação da insulina (Tipo II) ou produção da mesma (Tipo I). (GUYTON & HALL, 2002; CANALI & KRUEL, 2001).

Diante de uma realidade extremamente complicada no tocante à alimentação da população, as autoridades norte-americanas criaram o Healthy People 2000, com o intuito de introduzir a atividade física e a redução de gordura total e saturada na alimentação dos individíduos. (WILLIAMS, 2002).

Quando pensamos na alimentação de adolescentes, esta não é, na maioria das vezes, a ideal, já que a realidade atual é de que os alimentos consumidos não são os mais nutritivos. Em um estudo realizado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças e a American Dietetic Association, esse público supra citado consome quantidade excessiva de gordura saturada e de gordura total, proveniente das grandes redes de fast-foods e de guloseimas, que por sua vez contêm quantidade elevada de gordura (WILLIAMS, 2002). Desta forma, as crianças e adolescentes podem não estar ingerindo os alimentos mais corretos e indicados para uma saudável prática desportiva e é neste contexto que o presente estudo se justifica.

2. Nutrição para o esporte

Antes de começarmos a abordar especificamente o futebol seria necessário realizarmos uma breve recordação de alguns conceitos básicos da Fisiologia Clássica, uma vez que erros terminológicos levam a erros metodológicos.

O organismo pode produzir energia por três fontes diferentes, que serão selecionadas pela intensidade e pelo volume da atividade que está sendo realizada. O sistema glicolítico, como o próprio nome ressalta atua sobre a via glicolítica, composta de 10 reações químicas e que possui como produto final energia suficiente para a ressíntese de 2 moléculas de ATP. Porém, apesar de ser uma via rápida, ela possui uma limitação alta, uma vez que ocorre acúmulo de subprodutos metabólicos, dentre eles o hidrogênio e o piruvato, que é convertido em lactato caso não consiga adentrar na mitocôndria da fibra muscular. Quando o hidrogênio se une com o lactato, ocorre a produção de ácido lático, que é tamponado pelo bicarbonato de sódio (NaHCO3-), formando assim, lactato de sódio e ácido carbônico (H2CO3-). O ácido carbônico é dissociado em água (H20) e dióxido de carbono (CO2), que é expelido pelo aumento da ventilação. Porém, este processo de tamponamento é limitado, e caso a intensidade da utilização da via seja muito grande, pode ocorrer acúmulo de íons H+, e, conseqüentemente, ocorre queda do pH e o meio se torna acido, causando a perda de atividade enzimática e gerando a fadiga muscular. (WILLMORE & COSTILL, 2001).

Mais rápido que o anterior, porém também mais limitado é o sistema imediato, composto por apenas uma reação química, que se refere à degradação da fosfocretina em creatina mais fosfato pela ação da enzima creatina quinase, liberando energia para a ressíntese de apenas uma molécula de ATP. (GARRETT & KIRKENDALL, 2003).

O sistema que possui o maior número de reações químicas e, portanto, o mais complexo é o sistema oxidativo. Além de envolver a via glicolítica, o sistema oxidativo envolve o ciclo de Krebs e a cadeia de transporte de elétrons, e possui como substrato energético não apenas o carboidrato, mas também a gordura e em situações mais extremas, a proteína. O número de moléculas de ATP que o sistema oxidativo pode ressintetizar é muito variável, dependendo do substrato utilizado. Com a utilização do carboidrato o sistema pode ressintetizar até 38 (glicose), 39 (glicogênio) moléculas de ATP, enquanto que com a utilização da gordura seria necessário levar em consideração a cadeia carbônica da molécula. (WILMORE & COSTILL, 2003).

A fadiga, conceituada como a perda de capacidade funcional do organismo devido ao estresse físico pode ser causada por diferentes fatores, dentre eles a falta de substratos energéticos (glicose, ácidos graxos etc), acúmulo de subprodutos metabólicos (H+, CO2 etc), queda da atividade do sistema nervoso central e, finalmente, falha nos mecanismos de contração muscular. (POLITO, 2008).

Com isso, quando se pensa em nutrição esportiva seria necessário levar em consideração a especificidade da modalidade em questão para que, desta forma, possamos compreender os processos envolvidos na produção de energia, e conseqüentemente, possamos estabelecer padrões mais corretos e embasados no que tange à alimentação dos jovens atletas.

3. Nutrição para o futebol

O futebol pode ser caracterizado por uma modalidade acíclica e intermitente. Bangsbo, 1994, mostra que 80% a 90% de um jogo de futebol é gasto em atividades de baixa a moderada intensidade, enquanto que o restante do tempo está relacionado com atividades de alta intensidade, como os sprints, por exemplo. Similar a este estudo, encontramos o estudo feito por Reilly & Thomas (1976), que dividiram os esforços realizados em uma partida de futebol da seguinte maneira: andar (25% da distância total), trotar (37%), piques (11%), deslocamento para trás (6%) e corrida submáxima (20% da distancia total). Reilly (1994) verificou que mais da metade da distancia total é percorrida no primeiro período da partida. Desta forma, podemos concluir que o futebol é uma modalidade predominantemente aeróbia, porém, o aspecto anaeróbio do jogo, relacionado com a potência muscular (produto da força pela velocidade) é extremamente importante para o sucesso dos jogadores e, conseqüentemente, da equipe.

Devido à importante contribuição do sistema anaeróbio e da via glicolítica pode-se afirmar que a contribuição do carboidrato para a geração de energia no futebol é muito válida e significativa. Na partida do futebol, dependendo da quantidade de esforços realizados e do nível de glicogênio intramuscular do atleta, pode ocorrer uma significativa queda do nível de glicose sanguínea, prejudicando tanto o desempenho físico dos atletas como o desempenho psicológico (pensamento tático) dos mesmos. (HARGREAVES, 1994; SHEPARD, 1999; SHEPARD & LEATT, 1987; SCHOKMAN, 1999). A partir disto, pode-se dizer que a ingestão de carboidratos é importante para aumentar os estoques de glicogênio muscular e retardar o processo de fadiga proveniente da falta de substratos energéticos. (BURKE, 2004).

Estudos comprovam que no futebol a ingestão de 312g de carboidrato nas 04 horas precedentes ao início do exercício resulta em aumento de 15% no desempenho físico. Além disso, a ingestão de carboidrato 10 minutos antes do início de um jogo diminui a utilização de glicogênio muscular em 39%. (GUERRA, SOARES & BURINI, 2001). Os estudos ainda comprovam que os jogadores que ingerem bebidas contendo carboidratos mantêm a intensidade maior de exercício durante o jogo comparado aos que consomem apenas água. (GUERRA, SOARES & BURINI, 2001).

É bom ressaltar que toda recuperação de cotas anaeróbias se dá por vias aeróbias e quanto mais condicionamento aeróbio o indivíduo tiver, mais rápida e eficiente será a sua recuperação. A recuperação dos estoques de ATP-CP, quando há esgotamento total, ocorre em cerca de 2 a no máximo 5, porém não é necessário recuperar 100% para realizar um novo fundamento, pois com 1 de recuperação é possível que o indivíduo tenha recuperado 50% dos seus estoques. Para recuperar os estoques de ATP-CP é necessário diminuir a intensidade para aumentar o aporte de oxigênio, já que a recuperação do ATP-CP depende do O2. (McARDLE, KATCH & KATCH, 2003). Deste modo, podemos dizer que uma boa capacidade aeróbia possibilitará que o jogador tenha uma recuperação mais rápida dos sistemas anaeróbios durante os períodos de baixa intensidade. (SILVA e col., 1999). Wisloff, Helgerud & Hoff (1998) mostram que o consumo máximo de oxigênio de jogadores de futebol varia de 55 ml/kg/min até aproximadamente 70 ml/kg/min.

Além do VO2máx, é muito importante para o jogador de futebol que o seu limiar anaeróbio esteja em uma intensidade elevada do exercício. O conceito de Limiar Anaeróbio (LAn) foi estabelecido há 40 anos por Wasserman e Mcilroy, definido como a intensidade crítica para a atividade máxima do sistema oxidativo e manutenção do exercício cardiorrespiratório, caracterizado pela relação causal entre acidose lática e alterações ventilatórias. Em termos práticos, a aplicação deste conceito permite a identificação de modo não invasivo, através de parâmetros ventilatórios, da intensidade de exercício em que o metabolismo glicolítico complementa a energia produzida por mecanismos oxidativos e o conseqüente posterior desenvolvimento da fadiga pelo acúmulo de íons H+ (WASSERMAN & MCILROY, 1964).

4. Metodologia

Foram analisados vinte indivíduos do sexo masculino, com idade entre 13 e 14 anos, durante o treinamento de uma equipe de futebol, na cidade de São Paulo.

Para a mensuração da glicemia sanguínea foram utilizados kit composto por glicosímetro do modelo Accu-Chek Performa, da marca Roche, tiras para glicosímetro, modelo Accu-Chek Performa 50 unidades, da marca Roche, um lancetador, modelo Accu-Chek Softclix Pro, da marca Roche, lancetas (agulhas) do modelo Accu-Chek Softclix Pro da marca Roche, além de materiais para higienização como luvas descartáveis, algodão, álcool e curativos.

Não houve nenhuma recomendação em relação à alimentação do grupo estudado, uma vez que o presente estudo teve como objetivo principal identificar se os jovens se encontravam em condições seguras para a prática desportiva que seria realizada em seguida levando em consideração para isto, a glicemia sanguinea.

Os dados foram tratados pelo Microsoft Office Excel 2007 em relação à média, desvio padrão e teste t de Student para amostras dependentes para p < 0,05.

5. Resultados

Figura 1. Gráfico comparativo da glicemia pré e pós-treino.

Figura 2. Gráfico (em linha) comparativo da glicemia pré e pós-treino.

6. Discussão

Através dos resultados obtidos, podemos observar alguns aspectos relevantes.

A principal função da insulina é regular o metabolismo da glicose por todos os tecidos, com exceção do cérebro, sendo que seus efeitos decorrem do aumento da velocidade de transporte da glicose para o interior das células musculares e do tecido adiposo, formando os depósitos de glicogênio muscular e hepático e o depósito de triacilglicerol. Normalmente a insulina é liberada em ocasiões nas quais existem altos níveis de glicose plasmática, o que acontece após as refeições. (BERNE & LEVY,1996; GUYTON & HALL, 2002).

Antagônico à insulina, há outro hormônio também produzido pelo pâncreas denominado glucagon, que tem como sua principal função o aumento da concentração de glicose no sangue, através da glicogenólise e gliconeogênese. (GARRETT & KIRKENDALL, 2003; McARDLE, KATCH & KATCH, 2003; WILLMORE & COSTILL, 2001). Desta forma, pode-se dizer que o glucagon é liberado pelas células-alfa do pâncreas quando o nível de glicose sanguínea se encontra abaixo dos limites mínimos para a manutenção da homeostase, como no estado de jejum, por exemplo. (GUYTON & HALL, 2002). Ainda persiste a dúvida na literatura sobre a prática desportiva no estado de restrição alimentar (jejum), pois para que ocorra a oxidação dos lipídios é necessário que o organismo produza o ácido oxaloacético proveniente dos carboidratos, desta maneira, seria aceito dizer que os lipídios queimam em uma fogueira de glicídios. Do ponto de vista teórico, se houvesse restrição de carboidratos, ocorreria conseqüente prejuízo da produção de oxaloacetato, prejudicando assim a formação de Citrato e a atividade do ciclo de Krebs. (COSTA & MARQUEZI, 2007).

O que pudemos observar nos resultados obtidos neste trabalho é que a média de glicemia pré-treinamento foi de 86,65 mg/dl, enquanto que a média pós-treinamento foi de 101,8 mg/dl. Com isso, pode-se afirmar que não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos pelo teste t de Student para amostras dependentes com p < 0,05. Apesar de não notarmos diferença significativa pelo teste t, pudemos verificar aumento na glicemia após o treinamento, aumento este proveniente da ação dos hormônios contra-reguladores, dentre eles, o glucagon, cortisol, adrenalina e noradrenalina, mostrando respostas agudas normais à prática desportiva. (McARDLE, KATCH & KATCH, 2003; WILLMORE & COSTILL, 2001).

Figura 3. Gráfico de média e desvio padrão da glicemia pré e pós-treino.

7. Conclusão

Pôde-se observar no presente estudo que os jovens apresentavam níveis seguros de glicose sanguínea para uma prática desportiva saudável no que tange a este aspecto, porém, mais estudos se tornam necessários com diferentes populações e em diferentes modalidades esportivas para que se possa identificar se os níveis de açúcar no sangue se encontram ideais para a atividade de crianças e adolescentes, ainda mais nos dias atuais onde a alimentação está longe de ser a ideal para a maioria das pessoas.

Referências

BANGSBO, J. Energy demands in competitive soccer. Journal of Sports Sciences. v.12, p. S5-S12, 1994.

BURKE, L. ACSM and MSSE. Nutrition and Metabolism Perspective. Medicine & Science in Sports & Exercise, v. 36, n. 2, 2004.

BERNE, R. M.; LEVY, M. N. Fisiologia. 3ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996.

CANALI, E. S. & KRUEL, L. F. M. Respostas hormonais ao exercício. Revista Paulista de Educação Física, v. 15, n. 2, 2001. p. 141-153.

COSTA, A. S. & MARQUEZI, M. L. Implicações do jejum e restrição de carboidratos sobre a oxidação de substratos. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, v. 7, n. 1, 2008. P.119-129.

GARRETT JUNIOR, W. E.; KIRKENDALL, D. T e colaboradores. A Ciência do Exercício e dos Esportes. Porto Alegre: Artmed, 2003.

GUERRA, I.; SOARES, E. A.; BURINI, R. C. Aspectos nutricionais do futebol de competição. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v.7, n.6, 2001. p.200-206.

GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

HARGREAVES M. Carbohydrate and lipid requirements of soccer. Journal of Sports Science, v. 12, 1994. p. 13-6.

JENKINS, D. J. Glycemic index of foods: a physiological basis for carbohydrate exchange. American Journal of Clinical Nutrition, v. 34,1981. p. 362-366.

McARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho físico. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.

McARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do Exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 5ª ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2003.

POLITO, L. F. T. A verdade sobre o potássio, a cãibra e a banana. Portal Cidade do Futebol, 2008.

REILLY, T.; THOMAS, V. R. Time motion analysis of work rate in different positional roles in professional football. Journal of Human Moviment Studies. v. 2, p. 87-97, 1976.

SCHOKMAN, C.P.; RUTISHAUSER, I.H.; WALLACE, R.J. Pre-and postgame macronutrient intake of a group of elite Australian football players. International Journal of Sport Nutrition, v. 9, 1999. p. 60-69.

SILVA, P. R. S. e colaboradores. A importância do limiar anaeróbio e do consumo máximo de oxigênio em jogadores de futebol. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. v.5, p. 225-232, 1999.

SHEPARD R. J. Biology and medicine of soccer: an update. Journal of Sports Science, v. 17, 1999. p. 757-86.

WASSERMAN, K. & McILROY, M. B. Detecting the thereshold of anaerobic metabolism in cardiac patients during exercise. American Journal of Cardiology. v.14, p. 844-852, 1964.

WILLIAMS, M. H. Nutrição para saúde, Condicionamento Físico & Desempenho Esportivo. 1ª ed. São Paulo: Manole, 2002.

WILMORE, J. K.; COSTILL, D. L. Fisiologia do Esporte e do Exercício. 2ª ed. Barueri: Manole, 2001.

WISLOFF, U.; HELGERUD, J.; HOFF, J. Strenght and endurance of elite soccer players. Medicine and Science in Sports and Exercise. v.30, n.3, p. 462-467, mar/1998.

Fonte:edsportes.com

Editado por Diego jiu jitsu
  • 3 semanas depois...
Postado

Achei um índice gliceico muito legal para aqueles que ficam achando que Nescau nao serve pra nada, nem em OFF...

-Leite com Nescau = 34

Achei da madioca aqui 81

Só pra constar que nessa lista q achei ela considera pao frances igual a 95, e malto 105

Coloquei o valor da mandioca... do leite com nescau acredito que esteja errado pq o nescau é açucar/malto.

Alguém sabe dizer se tem diferença no IG da batata doce da branca pra roxa?

Se tiver é coisa insignificante! Pode ficar tranquilo e comer qualquer uma das 2

Postado

Achei um índice gliceico muito legal para aqueles que ficam achando que Nescau nao serve pra nada, nem em OFF...

-Leite com Nescau = 34

o leite, mesmo tendo IG baixo, causa picos de insulina SIM. Ainda mais combinado com açucar...

  • 2 semanas depois...
Postado

Como frutose pode ser de IG baixo? frutose tem o mesmo peso/mol que a glicose ( são isomeros ) e é um monossacarideo assim como a glicose..a frutose nao é quebrada pra ser absorvida, ou seja, ela deveria ser de alto IG assim como a glicose..

Estou apenas falando o que estudei haha

Se estou enganado, queria saber o porquê

  • 2 semanas depois...
Postado

Otimo topico!!!!

Tenho uma duvida por exemplo, numa refeição como fonte de carboidratos vou ingerir batata doce

se eu colocar por exemplo uma colher de arroz branco na refeição, mesmo a batatadoce sendo a maior

fonte de carbo da minha refeição meu IG vai subir pela simples colher de arroz branco que eu vo colocar??

Postado (editado)

Alguém sabe dizer se tem diferença no IG da batata doce da branca pra roxa?

Só olhar na tabela...

* Batata doce (77)

* Batata frita (107)

* Batata cozida (121)

Gente,

Surgiu outro item que estou com dúvida: grão de bico?

Ig baixo.

saude.terra.com.br/interna/0,,OI314954-EI1502,00-Tabela+de+indice+glicemico.html

Como frutose pode ser de IG baixo? frutose tem o mesmo peso/mol que a glicose ( são isomeros ) e é um monossacarideo assim como a glicose..a frutose nao é quebrada pra ser absorvida, ou seja, ela deveria ser de alto IG assim como a glicose..

Estou apenas falando o que estudei haha

Se estou enganado, queria saber o porquê

https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732005000300010

Editado por Eder_
Postado

Como frutose pode ser de IG baixo? frutose tem o mesmo peso/mol que a glicose ( são isomeros ) e é um monossacarideo assim como a glicose..a frutose nao é quebrada pra ser absorvida, ou seja, ela deveria ser de alto IG assim como a glicose..

Estou apenas falando o que estudei haha

Se estou enganado, queria saber o porquê

Só porque são isomeros não quer dizer que tem propriedades parecidas , não sei qual tipo de isomeria é, mas deve ser uma estrutural(difícil ser geométrica ,talvez ótica..) o que pode deixar as propriedades mais distintas ainda.

Postado

Só porque são isomeros não quer dizer que tem propriedades parecidas , não sei qual tipo de isomeria é, mas deve ser uma estrutural(difícil ser geométrica ,talvez ótica..) o que pode deixar as propriedades mais distintas ainda.

Isomeria de função..mas a isomeria foi só pra 'ilustrar'. O importante é que ele também é um monossacarídeo. Resumidamente, o indice glicemico né a velocidade com que o açucar ele chega a corrente sanguinea? entao..carbo mais complexos (amido) levaria mais tempo, pois precisa ser digerido e dividido, os monossacarideos nao, por isso o 'mono'.

Isso que eu quis dizer, e que ainda nao entendo.

  • 3 semanas depois...
Postado

- Boa Noite .!

Gostaria de fazer uma pergunta aproveitando o topico .

Estou de Dieta (Regime), e vendo esse topico sobre o IG de cada alimento queria saber o seguinte .

Eu que estou precisando emagrecer devo comer os alimentos com baixo e Medio IG , afim de evitar o acumulo de gorduras ?

x------------------------------------x

PS : Aproveitando estou desde 26/12/09 , controlando apenas as porçoes que como, sem me preocupar se isso ou aquilo faz bem ou atrapalha na dieta.

Cortei o acuçar branco em definitivo , cortei refrigerantes , carnes com pedaços de gorduras , desde o dia 25/12/09. Só nao tinha abandonado a fritura,comecei a abolir frituras essa semana (docinho rola de vez em quando quando rola alguma tontura nas caminhadas e trotes que dou ). Estava pesando 112kg no natal ( ja dava pra matar e assar pra ceia =] ) , consegui emagrecer um pouco e estou com 91,8Kg. ( o começo e o resto da historia , posto no local certo depois )

PS2 : Vou montar uma dieta depois , com base na tabela em Excel que vi do junior .

Abraços e Grato pela ajuda e atençao de quem ler . :D

Postado

Eu que estou precisando emagrecer devo comer os alimentos com baixo e Medio IG , afim de evitar o acumulo de gorduras ?

Sim!!

Se for pra mandar alto ig, que seja depois do treino.

Abração

Postado (editado)

Isomeria de função..mas a isomeria foi só pra 'ilustrar'. O importante é que ele também é um monossacarídeo. Resumidamente, o indice glicemico né a velocidade com que o açucar ele chega a corrente sanguinea? entao..carbo mais complexos (amido) levaria mais tempo, pois precisa ser digerido e dividido, os monossacarideos nao, por isso o 'mono'.

Isso que eu quis dizer, e que ainda nao entendo.

O que nos interessa nessa história toda é a quantidade de insulina secretada pelo pâncreas, após (ou durante) a ingestão dos carboidratos. É com base nesse valor que o índice glicêmico é determinado.

A frutose, apesar de monossacarídeo, não depende da insulina para ser metabolizada; portanto, as quantidades de insulina 'liberadas' após a ingestão deste açucar são bastante ínfimas quando comparado com a glicose, que depende fundamentalmente da insulina para ser aproveitada.

Abração,

Bley.

Editado por Bley
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O que nos interessa nessa história toda é a quantidade de insulina secretada pelo pâncreas, após (ou durante) a ingestão dos carboidratos. É com base nesse valor que o índice glicêmico é determinado.

A frutose, apesar de monossacarídeo, não depende da insulina para ser metabolizada; portanto, as quantidades de insulina 'liberadas' após a ingestão deste açucar são bastante ínfimas quando comparado com a glicose, que depende fundamentalmente da insulina para ser aproveitada.

Abração,

Bley.

Humn. Nem sabia dessa da frutose com a insulina. Agora sim tá explicado, valeu mesmo.

PS: Tu faz algum curso de saúde? Vou começar medicina agora, espero que eu consiga responder algumas perguntas minhas durante o curso...

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