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Hipertrofia Miofibrilar X Sarcoplasmatica


eduardostz

Posts Recomendados

Postado (editado)

Título: Hipertrofia sarcoplasmática x miofibrilar

Autor: Paulo Gentil

Email: https://www.gease.pro.br/contato.php

Tema: treinamento

Adicionado em: 02/03/2005

Parem com achismos e baboseiras, leiam

:)

[Existem basicamente dois tipos de hipertrofia: sarcoplasmática e miofibrilar. A primeira é muito vista em fisiculturistas e atletas que treinam com repetições mais elevadas (maiores que 10), sendo uma de suas características básicas o aumento de volume com pequeno aumento de força, desta forma fica claro que a hipertrofia sarcoplasmática se manifesta em um aumento do líquido e demais organelas do sarcoplasma, que não as miofibrilas. Já a hipertrofia miofibrilar é mais vista em levantadores de peso, os quais treinam com repetições mais baixas (normalmente abaixo de 6), este tipo de hipertrofia manifesta-se morfologicamente como um aumento da densidade miofibrilar (aumento do tamanho do volume das miofibrilas) sem um aumento correspondente das demais organelas, desta forma há um ganho mais significativo de força.]

Em princípio este parágrafo está de acordo com o senso comum... mas onde se comprova que isso é verdade? Onde se explica isso de forma convincente?

A divisão de hipertrofia em dois tipos é um dogma tão antigo e repetido que já é aceito como verdade absoluta, porém esta visão simplista não encontra fundamentos e em grande parte de suas bases colide fortemente com as descobertas e conceitos científicos atuais.

Músculo cardíaco

A diferença na alteração da densidade miofibrilar é comumente verificada em corações de animais (MEDUGORAC, 1976), mas mesmo nesses casos ainda há controvérsias, com alguns estudos verificando o contrário (MATTFELDT et al, 1986; EVERETT et al 1975). A diferença pode estar no protocolo empregado, pois a maioria dos estudos que verificaram alterações nas densidades dos componentes ultraestrutturais induziram condições patológicas ou foram feitos em corações com degenerações patológicas (FITZL et al, 1998), enquanto os outros utilizaram um programa de exercícios mais equilibrado.

A ocorrência de uma "hipertrofia sarcoplasmática" como condição patológica também foi verificada em corações humanos hipertrofiados em razão de uma patologia na válvula da aorta, onde constatou-se que as células destas pessoas possuíam menor densidade miofibrilar e maior volume de liquido sarcoplasmático (SCHAPER et al, 1981)

Densidade de organelas

Pesquisadores da Universidade de McMaster (Canadá) realizaram um estudo para verificar as alterações nas fibras musculares em resposta a diferentes tipos de treino. A amostra era composta por 4 grupos: atletas de força (levantadores de peso e fisiculturistas), atletas de endurance (maratonistas), pessoas ativas (esportes recreativos) e sedentários, a análise envolveu tanto fibras tipo I quanto tipo II do tríceps sural. De acordo com os resultados as fibras musculares eram 2,5- 1,7- e 1,6 vezes maiores em atletas de força, atletas de endurance e pessoas ativas, respectivamente, em relação ao grupo controle. Apesar desta grande diferença de tamanho, os volumes relativos do reticulo sarcoplasmático, sarcoplasma e miofibrilas eram iguais em todos os grupos e entre os dois tipos de fibra. De todas as organelas estudadas a única que mostrou ter sua quantidade relativa alterada foi a mitocôndria. Ou seja, independente da fibra muscular ser de um atleta de força ou endurance, independente das fibras serem tipo I ou tipo II, todas elas possuíam cerca de 81% de densidade miofibrilar e 11% de volume de líquido sarcoplasmático. Ora, se a suposição é que o treino de força com cargas elevadas aumente a densidade miofibrilar e reduza o volume de líquido sarcoplasmático, seria de se esperar que os atletas de endurance possuíssem densidade miofibrilar reduzida e maior volume relativo líquido, assim como poderia se esperar que esta relação fosse diferente entre os dois tipos de fibra, porém nenhuma das suposições se confirmou.

Estudos longitudinais parecem corroborar com os resultados do grupo de ALWAY. Em 1986 BRZANK & PIEPER submeteram um grupo de estudantes a 5 semanas de treinamento de força explosiva, obtendo hipertrofia das fibras tipo I (20%) e tipo II (24%). Porém os autores verificaram que o aumento da secção transversa não é relacionado a nenhuma mudança na proporção dos volumes dos componentes celulares (miofibrilas e sarcoplasma). Estes autores inclusive fazem uma afirmação controversa: "ao contrário de atletas de endurance e pessoas não treinadas, os atletas de potência mostram maiores valores de densidade de volume sarcoplasmático em suas fibras musculares", ou seja, justamente o contrário do que se prega.

WANG et al (1993) realizaram um estudo mais longo que o anterior. Nesta pesquisa se utilizou um treino de força com altas repetições por 18 semanas e obteve-se aumento tanto do volume absoluto das miofibrilas quanto do volume intermiofibrilar sem, no entanto, ocorrerem alterações nos seus volumes relativos, levando os autores a concluir que o treino de repetições elevadas ocasiona um aumento dos componentes da fibra muscular proporcional ao aumento da própria fibra.

Existe um estudo produzido por pesquisadores da Universidade McMaster (Canadá) que por vezes é citado como base para a diferenciação da hipertrofia em dois tipos. Nesta pesquisa comparou-se amostras retiradas do tríceps braquial de um grupo de atletas que possuíam elevados níveis de hipertrofia (fisiculturistas e levantadores de peso) com pessoas que praticavam musculação há 6 meses. De acordo com os resultados, o volume miofibrilar era significativamente menor (73,2% em comparação com 82,5%) e o volume citoplasmático maior (24,1% contra 14,8%) em atletas de força do que pessoas que treinam há 6 meses.

Porém há um pequeno detalhe nesta pesquisa: dos sete atletas da amostra, seis afirmaram estar usando ou terem usado esteróides anabólicos androgênicos regularmente, enquanto ninguém do grupo controle o fazia. Neste estudo os autores ficaram surpresos com "anormalidades" como: grande número de núcleos no centro da célula (os núcleos normalmente ficam na periferia), proliferação de tecido gorduroso e aumento anormal do espaço citoplasmático. Uma das hipóteses sugeridas pelos autores é que o uso de esteróides ocasionou tais efeitos, assim como ocasionou a retenção de fluídos, (fato já verifica em animais por APPELL et al, 1983) o que por sua vez dissolveu as proteínas miofibrilares. É interessante notar que o volume miofibrilar encontrado nesse estudo é expressivamente baixo em relação às demais pesquisas feitas (mesmo em pesquisas feitas na mesma Universidade e com os mesmo autores), mais um fato que gera espanto e impulsiona as conclusões para uma condição patológica.

A questão da diferenciação de hipertrofia, desta forma estaria associada a uma condição patológica e não meramente a uma adaptação corriqueira de treinos diferenciados.

Como a densidade se mantém constante

A densidade constante dos componentes protéicos pode estar relacionada também à densidade do número de núcleos, pois quando uma fibra hipertrofia há um aumento compensatório no número de núcleos, tendo em vista a aparente necessidade de se manter uma determinada quantidade de material genético para atender as necessidades da célula (ROLAND et al, 1999; KADI & THORNELL, 2000). Isto nos leva a especular que o aumento proporcional de material genético origine uma manutenção da densidade das organelas em um segundo momento. HUBBARD et al (1975) encontraram um interessante padrão temporal de hipertrofia em seu estudo: 1) aumento do material genético; 2) aumento das proteínas sarcoplasmáticas (praticamente concomitante com o anterior) e 3) aumento da densidade das proteínas miofibrilares.

O único componente que foge a esta densidade constante é a mitocôndria tendo em vista sua relativa independência genética e capacidade autônoma de se multiplicar (há inclusive a suposição que a mitocôndria seja um ser vivo em simbiose com nossas células).

De onde vem as adaptações diferenciadas em razão dos diferentes tipos de treino?

A resposta provavelmente reside nos diversos pontos comprovadamente diferentes entre pessoas treinadas em força ou resistência e relacionados à performance em tarefas específicas (isto pode ser verificado de forma mais completa em bons livros e artigos de treinamento), diante dos quais chega a ser ingênuo atribuir os maiores ganhos de força em atletas que treinam com repetições baixas a uma alteração morfológica fictícia. Dentre os fatores já verificados podemos citar os seguintes:

Ganhos de força (ALWAY et al, 1988; SALE et al, 1983; KAMEN et al, 1983; MILNER-BROWN et al, 1975; MAUGHAN et al, 2000):

- Coordenação inter e intra-muscular

- Bomba de cálcio

- Atividade da ATPase

- Velocidade de condução do impulso nervoso

- Sincronização de unidades motoras...

Ganhos na resistência (MACDOUGALL et al ,1979; LUTHI et al, 1986; TESCH et al, 1984; MAUGHAN et al, 2000).

- Volume de mitocôndrias

- Densidade capilar.

- Atividade de enzimas oxidativas e glicolíticas e outras...

Isto obviamente sem falar de condições genéticas que predispõem um indivíduo a ter maior capacidade de realizar força em determinados movimentos como: sistema de alavancas favorável (inserção de tendões, comprimento de membros...), estruturas osteo-articulares (capacidade de ossos e articulações em suportar carga...), vantangens neurais (espessura dos axônios, características da bainha de mielina...) e outras. Desta forma podemos concluir que a diferença entre um fisiculturista e e um halterofilista, ou entre qualquer outros tipos de atleta de alto nível, não é somente em decorrência do treinamento, mas também em decorrência de sua predisposição biológica.

Considerações finais

A divisão de hipertrofia em dois tipos é um dogma tão antigo e repetido que já é aceito como verdade absoluta, porém esta visão simplista não encontra fundamentos e em grande parte de suas bases colide fortemente com as descobertas e conceitos científicos atuais.

Esta divisão provavelmente era usada como artifício didático pelos soviéticos, os quais normalmente mostram uma visão sistêmica do treinamento, porém ao traduzir e transferir estes conceitos para a cultura ocidental, ele foi acomodado à nossa visão mecanicista e fragmentada, tornado-se um conceito incrivelmente agradável para o cartesianismo, porém totalmente contraditório com a visão sistêmica, e sem embasamento científico. O ser humano parece ter uma enorme propensão a gostar de explicações fáceis de obter e que ao mesmo tempo aparentam ser difíceis, mesmo que elas sejam erradas. Distinguir dois tipos de hipertrofia, dando-lhes nomes complexos certamente soa interessante e "técnico", porém uma mentira repetida mil vezes não se tornará verdade, por mais bonita e agradável que ela possa parecer.

Desta forma, até que haja provas convincentes da fragmentação morfológica da hipertrofia em dois tipos (se um dia houver), o mais sensato é esquecer este conceito e procurar explicações comprovadas e convincentes para os treinos.

Referências Bibliográficas

ADAMS GR, HADDAD F, BALDWIN KM Time course of changes in markers of myogenesis in overloaded rat skeletal muscles. Journal of Applied Physiology 1999 Nov;87(5):1705-12.

ADAMS GR, MCCUE AS Localized infusion of IGF-I results in skeletal muscle hypertrophy in rats. Journal of Applied Physiology 1998 May;84(5):1716-22.

ALWAY SE, MACDOUGALL JD, SALE DG, SUTTON JR, MCCOMAS AJ. Functional and structural adaptations in skeletal muscle of trained athletes. Journal of Applied Physiology 1988 Mar;64(3):1114-20.

APPELL HJ, HELLER-UMPFENBACH B, FERAUDI M, WEICKER H. Ultrastructural and morphometric investigations on the effects of training and administration of anabolic steroids on the myocardium of guinea pigs. Int J Sports Med. 1983 Nov;4(4):268-74.

BRZANK KD, PIEPER KS. Characteristics of muscle-cellular adaptation to intense physical loads. Biomed Biochim Acta 1986;45(1-2):S107-10.

EVERETT AW, TAYLOR RR, SPARROW MP. Increased protein synthesis during right ventricular hypertrophy following pulmonary stenosis in the dog. Recent Adv Stud Cardiac Struct Metab. 1976 May 26-29;12:35-8.

FITZL G, MEYER U, WASSILEW G, WELT K. Morphological investigations of the myocardium of cardiomyopathic hamsters during the postnatal development and experimental hypoxia. A quantitative ultrastructural study. Exp Toxicol Pathol. 1998 Jun;50(3):245-52

HUBBARD RW, IANUZZO CD, MATHEW WT, LINDUSKA JD. Compensatory adaptations of skeletal muscle composition to a long-term functional overload. Growth. 1975 Mar;39(1):85-93.

KADI F, THORNELL LE. Concomitant increases in myonuclear and satellite cell content in female trapezius muscle following strength training. Histochem Cell Biol. 2000 Feb;113(2):99-103.

KAMEN G, TAYLOR P; BEEHLER P. Ulnar and tibial motor nerve conduction velocity in athletes and untgreinded individuals. Med. Sci. sports Exerc. 14:125, 1983.

LUTHI JM, HOWALD H, CLAASSEN H, ROSLER K, VOCK P, HOPPELER H. Structural changes in skeletal muscle tissue with heavy-resistance exercise. Int J Sports Med. 1986 Jun;7(3):123-7.

MACDOUGALL JD, SALE DG, MOROZ JR, ELDER GC, SUTTON JR, HOWALD H. Mitochondrial volume density in human skeletal muscle following heavy resistance training. Med Sci Sports. 1979 Summer;11(2):164-6.

MATTFELDT T, KRAMER KL, ZEITZ R, MALL G. Stereology of myocardial hypertrophy induced by physical exercise. Virchows Arch A Pathol Anat Histopathol. 1986;409(4):473-84.

MAUGHAN R; GLEESON M; GREENHAFF PL. Bioquímica do exercício e do treinamento. São Paulo, Manole, 2000.

MEDUGORAC I. Different fractions in the normal and hypertrophied rat ventricular myocardium: an analysis of two models of hypertrophy. Basic Res Cardiol. 1976 Nov-Dec;71(6):608-23.

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ROLAND RR. MONKE SR, ALLEN DL, EDGERTON VR. Modulation of myonuclear number in functionally overloaded and exercised rat plantaris fibers. J. Appl. Physiol. 87(2): 634-642, 1999

SALE DG, UPTON RM, McCOMAS AJ, MacDOUGALL. Neuromuscular function in weight-trainers. Experimental Neurology 82, 521-531, 1983.

SCHAPER J, SCHWARZ F, HEHRLEIN F. Ultrastructural changes in human myocardium with hypertrophy due to aortic valve disease and their relationship to left ventricular mass and ejection fraction (Artigo em alemão, resumo em ingles). Herz. 1981 Aug;6(4):217-25.

TESCH PA, THORSSON A, KAISER P. Muscle capillary supply and fiber type characteristics in weight and power lifters. J Appl Physiol. 1984 Jan;56(1):35-8.

WANG N, HIKIDA RS, STARON RS, SIMONEAU JA. Muscle fiber types of women after resistance training-quantitative ultrastructure and enzyme activity. Pflugers Arch. 1993 Sep;424(5-6):494-502.

Editado por eduardostz
Postado

"Desta forma podemos concluir que a diferença entre um fisiculturista e e um halterofilista, ou entre qualquer outros tipos de atleta de alto nível, não é somente em decorrência do treinamento, mas também em decorrência de sua predisposição biológica."

- Ué,o cara tenta acabar com o conceito de hipertrofia miofibrilar e sarcoplasmática e posta que a diferença entre atletas de fisiculturismo e de halterofilismo não é somente em decorrência do treinamento, mas também em decorrência de sua predisposição biológica?Estou enganado ou ele concordou que o treinamento faz parte da diferença entre os dois atletas?

Postado (editado)

Esse artigo já foi discutido por aqui e já foi dito a quantidade de erros que ele tem.

eu nao sabia disso, perdao por postar novamente

"Desta forma podemos concluir que a diferença entre um fisiculturista e e um halterofilista, ou entre qualquer outros tipos de atleta de alto nível, não é somente em decorrência do treinamento, mas também em decorrência de sua predisposição biológica."

- Ué,o cara tenta acabar com o conceito de hipertrofia miofibrilar e sarcoplasmática e posta que a diferença entre atletas de fisiculturismo e de halterofilismo não é somente em decorrência do treinamento, mas também em decorrência de sua predisposição biológica?Estou enganado ou ele concordou que o treinamento faz parte da diferença entre os dois atletas?

''Isto obviamente sem falar de condições genéticas que predispõem um indivíduo a ter maior capacidade de realizar força em determinados movimentos como: sistema de alavancas favorável (inserção de tendões, comprimento de membros...), estruturas osteo-articulares (capacidade de ossos e articulações em suportar carga...), vantangens neurais (espessura dos axônios, características da bainha de mielina...) e outras. Desta forma podemos concluir que a diferença entre um fisiculturista e e um halterofilista, ou entre qualquer outros tipos de atleta de alto nível, não é somente em decorrência do treinamento, mas também em decorrência de sua predisposição biológica.''

É, essa afirmaçao foi forçada, até porque nao da pra colocar predisposiçao biologica em analise quando se tem o uso de esteroides envolvido!

@Craw

Mas o que eu quis salientar foi o que esta em negrito, que foram feitos estudos em diferentes grupos e o tanto de miofibrila e sarcoplasma foi o mesmo independente do treinamento, nao entendi como contestar isso.. Agora to saindo , amanha quando entrar no forum eu procuro o artigo discutido.

abraços

Editado por eduardostz
Postado

@Craw

Mas o que eu quis salientar foi o que esta em negrito, que foram feitos estudos em diferentes grupos e o tanto de miofibrila e sarcoplasma foi o mesmo independente do treinamento, nao entendi como contestar isso.. Agora to saindo , amanha quando entrar no forum eu procuro o artigo discutido.

Confesso que eu nao vou me lembrar as criticas que tinha feito a esses estudos já que os li na integra faz tempo (alem de coisas obvias, como em um deles os powerlifters e fisiculturistas terem sido analisados no mesmo grupo). O que tem pra contestar isso sao os inumeros estudos dizendo o contrario; sei que ler um artigo com uma escrita persuasiva - como é o caso deste - nos leva a acreditar que nao existem provas contrarias, mas se voce pesquisar, irá ver que é justamente isso que acontece.

Sempre que falam em hipertrofia mio e sarco, acho que uma analise MUITO sensata foi a do Lyle McDonald (nerd ao extremo e que já revisou infinitos estudos de nutricao/treino) no livro dele Ultimate Diet 2.0 . Em resumo: geralmente os estudos que sao contrarios a essa separacao sao americanos, enquanto os europeus sao favoraveis (ou seja, é quase questao de cultura, e nao de ciencia em si). Como a ciencia nao consegue definir e entrar em um consenso sobre o assunto, deixando ela de lado, a diferenca na pratica em densidade muscular é obvia; pega um cara que treina a longo tempo com repeticoes baixas e outro que sempre treinou com repeticao alta, na maioria dos casos aquele é mais denso do que este.

Outro cara bacana que tem muita coisa na pratica sobre é o Dante, criador do DC. Ele já debateu essa questao de treinos de forca/low reps pra bodybuilders e tem diversos e diversos exemplos de como esses métodos sao excelentes na construcao de um fisico denso; nao vou nem entrar naquele papo que sempre toco de que praticamente todos Mr Os famosos tiveram suas bases ou métodos inspirados no PowerLifting.

A nao ser que o topico desenrole de alguma forma diferente dos outros varios que já tiveram discutindo o tema, consolido minha opiniao como essa mesmo: a ciencia nao consegue provar se existe ou nao (já que cada estudo diz uma coisa, mesmo existindo mais estudos pró do que contra), entao analisando a pratica, é facil ver se tem um minimo de sentido ou nao.

Mas claro Eduardo, como voce fez um titulo bem chamativo ("desmentindo de vez"), acredito eu que voce tenha muitas provas novas/que nao foram postadas ainda :) se quiser compartilhar pra todos debatermos, é valido para todos evoluirem :)

Abracos

Postado

Confesso que eu nao vou me lembrar as criticas que tinha feito a esses estudos já que os li na integra faz tempo (alem de coisas obvias, como em um deles os powerlifters e fisiculturistas terem sido analisados no mesmo grupo). O que tem pra contestar isso sao os inumeros estudos dizendo o contrario; sei que ler um artigo com uma escrita persuasiva - como é o caso deste - nos leva a acreditar que nao existem provas contrarias, mas se voce pesquisar, irá ver que é justamente isso que acontece.foi o caso, eu ja nao gostava muito dos conceitos, ainda mais quando li um texto persuasivo, amanha vou dar uma pesquisada que cheguei cansado agora

Sempre que falam em hipertrofia mio e sarco, acho que uma analise MUITO sensata foi a do Lyle McDonald (nerd ao extremo e que já revisou infinitos estudos de nutricao/treino) no livro dele Ultimate Diet 2.0 . Em resumo: geralmente os estudos que sao contrarios a essa separacao sao americanos, enquanto os europeus sao favoraveis (ou seja, é quase questao de cultura, e nao de ciencia em si). Como a ciencia nao consegue definir e entrar em um consenso sobre o assunto, deixando ela de lado, a diferenca na pratica em densidade muscular é obvia; pega um cara que treina a longo tempo com repeticoes baixas e outro que sempre treinou com repeticao alta, na maioria dos casos aquele é mais denso do que este.bom pra ser sincero até hoje eu vi muito poucos que gostaram, e muitos que nao gostaram (inclusive eu que me dei mal), mas pelo que vi pra voce funciona bem.. O jeito é usar o que funciona para cada um

Outro cara bacana que tem muita coisa na pratica sobre é o Dante, criador do DC. Ele já debateu essa questao de treinos de forca/low reps pra bodybuilders e tem diversos e diversos exemplos de como esses métodos sao excelentes na construcao de um fisico denso; nao vou nem entrar naquele papo que sempre toco de que praticamente todos Mr Os famosos tiveram suas bases ou métodos inspirados no PowerLifting.

A nao ser que o topico desenrole de alguma forma diferente dos outros varios que já tiveram discutindo o tema, consolido minha opiniao como essa mesmo: a ciencia nao consegue provar se existe ou nao (já que cada estudo diz uma coisa, mesmo existindo mais estudos pró do que contra), entao analisando a pratica, é facil ver se tem um minimo de sentido ou nao.

Mas claro Eduardo, como voce fez um titulo bem chamativo ("desmentindo de vez"), acredito eu que voce tenha muitas provas novas/que nao foram postadas ainda :) se quiser compartilhar pra todos debatermos, é valido para todos evoluirem :)eu estava lendo os posts animado,porem quando cheguei e li esse final fiquei decepcionado. BEM desnecessario esse seu comentario em cara. Se vc ler novamente o titulo, e interpretar corretamente, vera que é uma PERGUNTA, pois tem um ponto de interrogaçao, a intençao era ser chamativo mesmo, pois eu queria debates e opinioes. Mas eu ficaria grato em ler artigos que desmintam esse. Poste entao.

Abracos

Postado

Eduardo, tirando as questoes subjetivas (como "conheco poucas pessoas que gostaram", enquanto eu digo o contrario, já que pelo o que eu me lembre voce foi o unico que eu ajudei a aplicar na pratica e nao gostou, enquanto no meu diario tem pelo menos uma meia duzia de relatos positivos, fora nos meus comentarios, outros topicos e MPs que recebi; além de a popularidade que é la pros gringos), quero apenas me desculpar com a ultima afirmacao.

Nao que eu ache que fui grosso ou coisa do tipo, porque apesar de voce ter colocado um ponto de interrogacao, a frase continua a mesma: "desmentindo de vez", o que nao sobra interpretacoes a nao ser a de que isso já foi quase que desmentido por total, e voce está apenas tentando fechar o trabalho. De qualquer forma, nao quero que voce pegue bronca de mim por causa de uma besteira, entao aqui estao as minhas desculpas.

E infelizmente nao, nao vou postar mais artigos provando que este esteja errado. Já o fiz em varios topicos, já dei diversos exemplos praticos e cientificos... me lembro que em uma MP que voce me mandou, estava relatando que até entao tinha feito todos métodos convencionais possiveis e classificou-os como "uma merda", com suas proprias palavras. Fico triste que os treinos low rep tenham sido apenas mais um para essa sua lista; mas nao dá para ficar nesse debate quase-pessoal que nós estamos, de um lado ficar tentando provar que uma coisa existe e o outro nao só porque voce nao se deu bem e eu sim.

Minhas sinceras desculpas novamente.

Abracos

Postado (editado)

Eduardo, tirando as questoes subjetivas (como "conheco poucas pessoas que gostaram", enquanto eu digo o contrario, já que pelo o que eu me lembre voce foi o unico que eu ajudei a aplicar na pratica e nao gostou, enquanto no meu diario tem pelo menos uma meia duzia de relatos positivos, fora nos meus comentarios, outros topicos e MPs que recebi; além de a popularidade que é la pros gringos), quero apenas me desculpar com a ultima afirmacao.

Nao que eu ache que fui grosso ou coisa do tipo, porque apesar de voce ter colocado um ponto de interrogacao, a frase continua a mesma: "desmentindo de vez", o que nao sobra interpretacoes a nao ser a de que isso já foi quase que desmentido por total, e voce está apenas tentando fechar o trabalho. De qualquer forma, nao quero que voce pegue bronca de mim por causa de uma besteira, entao aqui estao as minhas desculpas.

E infelizmente nao, nao vou postar mais artigos provando que este esteja errado. Já o fiz em varios topicos, já dei diversos exemplos praticos e cientificos... me lembro que em uma MP que voce me mandou, estava relatando que até entao tinha feito todos métodos convencionais possiveis e classificou-os como "uma merda" realmente, mas infelizmente eu gostei menos ainda dos treinos mio, alias acabei me ferrando com eles (talvez por causa da Lg tbm, nao sei qual foi/foram os culpados), com suas proprias palavras. Fico triste que os treinos low rep tenham sido apenas mais um para essa sua lista; mas nao dá para ficar nesse debate quase-pessoal que nós estamos, de um lado ficar tentando provar que uma coisa existe e o outro nao só porque voce nao se deu bem e eu sim. Na epoca tbm eu nao sabia treinar com a mesma intensidade que hoje, por isso nao estava me dando bem com os metodos convencionais

Minhas sinceras desculpas novamente.

Abracos

blz, sem problemas

abraços

Editado por eduardostz
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Da mesma forma que na aquela época voce se dava mal com os métodos convencionais/achava-os uma merda, e hoje ve que era "culpa" sua (por nao saber treinar com intensidade) e nao do método, pode ser que mais pra frente voce encontre alguma utilidade para exercicios low rep Eduardo (até porque, como voce disse, ainda estava fazendo a LG e nem sabe direito qual foi o culpado pela ausencia de resultados).

Uma coisa eu te garanto: nao estamos aqui pra defender um método e tentar destruir o outro, estamos aqui visando evolucao. Nao pegue essa raiva toda que voce pegou de exercicios low rep e nem fique tentando encontrar explicacoes cientificas pra dizer que tal técnica é um lixo cara; da mesma forma que eu prefiro treinar low rep mas incluo high reps de vez em quando no treino, voce pode fazer o mesmo. Maaaas já está virando bate-papo, entao encerro minha participacao por aqui, só queria deixar isso esclarecido :D

Abracos

Postado

Da mesma forma que na aquela época voce se dava mal com os métodos convencionais/achava-os uma merda, e hoje ve que era "culpa" sua (por nao saber treinar com intensidade) e nao do método, pode ser que mais pra frente voce encontre alguma utilidade para exercicios low rep Eduardo (até porque, como voce disse, ainda estava fazendo a LG e nem sabe direito qual foi o culpado pela ausencia de resultados). é realmente, eu até treinava com intensidade, mas tinha medo de adicionar volume a mais aos treinos .. Mas eu nao fiquei puto pela ausencia de resultados, e sim por ter me resultado numa perda muito significativa, que me levou meses e mais meses para recuperar ... Minha genetica é foda, se eu erro de metodos, rapidamente eu sinto as consequencias .. Sobre treinos hibridos eu até gosto, mas eu faço numa margem de no minimo 6 reps, a nao ser que aconteça de eu falhar na quinta e tals, mas dificilmente

Uma coisa eu te garanto: nao estamos aqui pra defender um método e tentar destruir o outro, estamos aqui visando evolucao. Nao pegue essa raiva toda que voce pegou de exercicios low rep e nem fique tentando encontrar explicacoes cientificas pra dizer que tal técnica é um lixo cara; da mesma forma que eu prefiro treinar low rep mas incluo high reps de vez em quando no treino, voce pode fazer o mesmo. Maaaas já está virando bate-papo, entao encerro minha participacao por aqui, só queria deixar isso esclarecido :Dé ta certo, besteira mesmo :D

Abracos

abraço

  • 3 meses depois...
Postado (editado)

Estava lendo esse tópico e acho que haveria uma maneira científica, mas bem bizarra, de averiguar se existe ou não diferenças entre os treinos high rep e low rep.

Bastaria pegar uns caras e fazê-los treinar de 6 meses a 1 ano o braço esquerdo com high reps e o direito com low reps. No final, ficaria visível se há ou não diferenças!

Alguém se habilita a fazer essa doideira, hehehe? To de sacanagem...

Editado por AVPR
Postado

E isso é científico por acaso?!?!

Isso é pragmático, ainda mais considerando UM caso isolado.

Para ser científico, deveriam ser usados no mínimo uns 1000 caras fazendo isso e todas as demais variáveis colocadas estritamente sob vigilância para não alterar o resultado final.

Pelamor né?

Um tópico enterrado desse e tu dar ress p falar besteira...

Como você mesmo disse, uma das diferenças entre 'científico' e 'pragmático' é justamente o número de casos na amostragem. Ou seja, quanto mais gente melhor. Concordo plenamente.

Mas também deve-se considerar que, na hipótese que eu apresentei, as principais comparações, necessárias em todos os testes científicos que se prestem, serão feitas entre 2 parâmetros de um mesmo indivíduo. Assim, elimina-se milhares de variáveis, que ocorrem quando os critérios de comparação são feitos principalmente entre indivíduos diferentes (idade, metabolismo, alimentação, descanso, genética, etc). Quer teste mais preciso do que um que elimine várias variáveis??!!

Por fim, não acho legal esculhambar o post de alguém, dizendo que é "falar besteira" apresentar uma idéia que poderia por fim de vez a essa discussão que, aliás, não foi encerrada neste tópico, como se pode ver.

Por isso, não vejo nada de errado em resgatar esse "tópico enterrado" para tentar justamente propor alguma forma de esclarecer essa questão, hipertrofia miofibrilar X sarcoplasmática.

Além disso, concorda que é muito mais correto 'desenterrar' um tópico para continuar o debate do que abrir um novo tópico com assunto já debatido, né?

Abraço

Postado

O problema é que nao elimina muitas variaveis decisivas. Na pratica já é bem irrealizavel, simplesmente porque voce está partindo do principio que a pessoa vá treinar os bracos unilateralmente, mas nao citou os movimentos compostos. Quando o individuo for treinar supino, por ex, ele vai fazer 5x5 ou 4x10? Porque se ele fizer 5x5, um braco vai receber 2 estimulos low rep e o outro 1 low e 1 high. Pronto, já quebrou o padrao.

E mesmo que alguem conseguisse resolver esse problema e optasse por levar pra frente, queira ou nao ainda é um estudo n=1. Pode ser que a pessoa seja dominante em fibra IIa e por isso tenha uma resposta excelente ao treino low rep; ou entao pode ser uma pessoa com predominancia de fibra I e o braco high rep responda melhor. Pode ser que a pessoa nao saiba treinar low. Pode ser um monte de coisa.

No final das contas, supondo que a pessoa superasse todos obstaculos... novamente: n=1. Voce se submete a esse teste e ai conclue que sim, existe diferenca entre as duas hipertrofias. OK, na pratica isso significa o que? Que agora vamos sair recomendando low rep pra todo mundo porque UM usuario percebeu diferenca? Do meu ponto de vista, nao só é passivel de diversos problemas ao longo do teste como o resultado final teria uma validade minima. Me colocando como espectador, eu sinceramente nao acreditaria que existe (ou que nao existe) diferenca entre hipertrofias só porque um usuario qualquer de um forum supostamente fez um teste com seu proprio corpo. Minha humilde opiniao.

Abracos

Postado

O problema é que nao elimina muitas variaveis decisivas. Na pratica já é bem irrealizavel, simplesmente porque voce está partindo do principio que a pessoa vá treinar os bracos unilateralmente, mas nao citou os movimentos compostos. Quando o individuo for treinar supino, por ex, ele vai fazer 5x5 ou 4x10? Porque se ele fizer 5x5, um braco vai receber 2 estimulos low rep e o outro 1 low e 1 high. Pronto, já quebrou o padrao.

E mesmo que alguem conseguisse resolver esse problema e optasse por levar pra frente, queira ou nao ainda é um estudo n=1. Pode ser que a pessoa seja dominante em fibra IIa e por isso tenha uma resposta excelente ao treino low rep; ou entao pode ser uma pessoa com predominancia de fibra I e o braco high rep responda melhor. Pode ser que a pessoa nao saiba treinar low. Pode ser um monte de coisa.

No final das contas, supondo que a pessoa superasse todos obstaculos... novamente: n=1. Voce se submete a esse teste e ai conclue que sim, existe diferenca entre as duas hipertrofias. OK, na pratica isso significa o que? Que agora vamos sair recomendando low rep pra todo mundo porque UM usuario percebeu diferenca? Do meu ponto de vista, nao só é passivel de diversos problemas ao longo do teste como o resultado final teria uma validade minima. Me colocando como espectador, eu sinceramente nao acreditaria que existe (ou que nao existe) diferenca entre hipertrofias só porque um usuario qualquer de um forum supostamente fez um teste com seu proprio corpo. Minha humilde opiniao.

Abracos

Fala craw69, blz? Cara, concordo plenamente contigo. Acho que não me fiz entender direito nos posts anteriores. Acho sim que a amostra tem que ser com o maior número de indivíduos possíveis. E não, eu não estava falando para a gente fazer este "estudo" aqui entre nós, usuários deste fórum. Eu só estava brincando. Acho que foi isso que não deixei muito claro e que gerou as respostas ao meu post. É que sou meio irônico, mas é dificil expressar ironia através de texto escrito. Vou editar a mensagem original e colocar alguma sinalização na frase, para deixar bem claro que seria absurdo propor para alguém aqui que tentasse essa doideira.

Só estava opinando sobre um teste científico que poderia ser feito para tentar esclarecer se há realmente diferenças entre esses 2 tipos de treino. E claro, se algum estudioso fosse realizar um teste nesse sentido, teria que estabelecer os parâmetros e controles pertinentes a qualquer estudo científico controlado, como, por exemplo, o tipo de exercícios no treino (só isolados e unilaterais), forma de execução, etc.

E também concordo contigo: eu nunca acreditaria em algo só porque alguém escreveu, num fórum da internet, que testou e deu certo. Acho que ninguém é tão ingênuo a esse ponto.

(...)Pelamor né?

Um tópico enterrado desse e tu dar ress p falar besteira...

Não precisava Craw, não precisava...

Já frequentava a bastante tempo esse fórum, mas só criei perfil a pouco tempo.

Não sei se é impressão minha, mas sinto um leve 'preconceito' com usuários novos por parte dos antigos. Parece até que o 'novato' não pode opinar, senão é "besteira", ou perda de tempo, porque "não precisava".

Parece que há uma casta de 'iluminados' aqui, que só aceitam novas idéias de pessoas do mesmo 'nível'. Se alguém ousa se meter nos seus assuntos, é logo tratado a tapas e pontapés. Péssima atitude para quem está num fórum onde o foco, acredito eu, seja justamente o debate e o aprendizado.

Abraço

Postado (editado)

Já frequentava a bastante tempo esse fórum, mas só criei perfil a pouco tempo.

Não sei se é impressão minha, mas sinto um leve 'preconceito' com usuários novos por parte dos antigos. Parece até que o 'novato' não pode opinar, senão é "besteira", ou perda de tempo, porque "não precisava".

Parece que há uma casta de 'iluminados' aqui, que só aceitam novas idéias de pessoas do mesmo 'nível'. Se alguém ousa se meter nos seus assuntos, é logo tratado a tapas e pontapés. Péssima atitude para quem está num fórum onde o foco, acredito eu, seja justamente o debate e o aprendizado.

Abraço

O craw foi bom em enterrar o assunto, com pontos que não dão sobras pra novas tentativas de argumentar sobre treinar low rep com um braço e high rep com o outro.

Minha comunicação foi com ele, mesmo que retórica.

Minha postura aqui no forum é sim questionavel, mas é algo relacionado à personalidade e não preconceito.

Espero que não se ofenda, pois não quis te fazer sentir "rejeitado".

edit: a quanto tempo vc frequenta o forum, pouco é importante. Eu teria dito o mesmo até se o user mais antigo tivesse sugerido aquilo, afinal nem foi uma resposta direta.

Editado por Vasthor
Postado

LOL, perdi meu tempo respondendo.

Eu vi o seu post antes do Iceman postar, e nao respondi porque já tinha achado no minimo estranho. Nao cheguei a pensar que fosse ironia, mas me pareceu muita ingenuidade de sua parte, o que me levou a optar por sair do topico do que te responder.

Depois que o Iceman te respondeu e voce postou...

Mas também deve-se considerar que, na hipótese que eu apresentei, as principais comparações, necessárias em todos os testes científicos que se prestem, serão feitas entre 2 parâmetros de um mesmo indivíduo. Assim, elimina-se milhares de variáveis, que ocorrem quando os critérios de comparação são feitos principalmente entre indivíduos diferentes (idade, metabolismo, alimentação, descanso, genética, etc). Quer teste mais preciso do que um que elimine várias variáveis??!!

Por fim, não acho legal esculhambar o post de alguém, dizendo que é "falar besteira" apresentar uma idéia que poderia por fim de vez a essa discussão que, aliás, não foi encerrada neste tópico, como se pode ver.

Por isso, não vejo nada de errado em resgatar esse "tópico enterrado" para tentar justamente propor alguma forma de esclarecer essa questão, hipertrofia miofibrilar X sarcoplasmática.

Além disso, concorda que é muito mais correto 'desenterrar' um tópico para continuar o debate do que abrir um novo tópico com assunto já debatido, né?

... absolutamente nada deu a entender que fosse ironia; pelo contrario, suas frases deram a entender que voce realmente estava levando a ideia a serio.

Acho que nao foi "culpa" do seu tempo de forum, mas sim sua falta de habilidade em expressar a ironia e continuar debatendo como se essa nao existisse em seus posts. Anyway, agora que voce ja confirmou a situacao, acabaram-se os problemas.

Abracos

Postado

(...)Minha postura aqui no forum é sim questionavel, mas é algo relacionado à personalidade e não preconceito.

Beleza, pensei que era uma coisa voltada só para os 'novatos', mas se é de sua personalidade, então tá beleza, pois, assim, aplica-se a todos indistintamente.

Como eu não te conheço pessoalmente, foi por isso que eu disse no post anterior que "Parece", e não afirmei que é.

(...)

Depois que o Iceman te respondeu e voce postou...

"Mas também deve-se considerar que, na hipótese que eu apresentei, as principais comparações, necessárias em todos os testes científicos que se prestem, serão feitas entre 2 parâmetros de um mesmo indivíduo."

... absolutamente nada deu a entender que fosse ironia; pelo contrario, suas frases deram a entender que voce realmente estava levando a ideia a serio.

Acho que nao foi "culpa" do seu tempo de forum, mas sim sua falta de habilidade em expressar a ironia e continuar debatendo como se essa nao existisse em seus posts. Anyway, agora que voce ja confirmou a situacao, acabaram-se os problemas.

Abracos

Como eu disse, acho que não tinha me expressado bem e peço desculpas se não me fiz entender.

Porém, o trecho que você citou do meu post acima ainda continua plenamente pertinente. Nesse tipo de abordagem que eu sugeri, não haveria somente um parâmetro de comparação de resultados entre indivíduos. Haveria também como fazer comparação em relação a um mesmo indivíduo, o que, acredito, tornaria o teste muito mais eficaz. Ou seja, eu não disse que este último parâmetro de comparação seria o único no teste.

Abraço

Postado

Porém, o trecho que você citou do meu post acima ainda continua plenamente pertinente. Nesse tipo de abordagem que eu sugeri, não haveria somente um parâmetro de comparação de resultados entre indivíduos. Haveria também como fazer comparação em relação a um mesmo indivíduo, o que, acredito, tornaria o teste muito mais eficaz. Ou seja, eu não disse que este último parâmetro de comparação seria o único no teste.

Realmente. Erro meu em ter dado um destaque desnecessario pro caso de ser n=1, já que voce nao citou que esse seria o caso. De qualquer forma, ainda acho que nao eliminaria algumas variaveis importantes, como eu já afirmei. Repetindo a forma que vejo o problema... se um dos cobaias for mais propenso a ser explosivo, provavelmente o braco low rep responderia melhor; se o outro cobaia for mais propenso a resistencia, ai seria o high... ou seja, mesmo nao tendo a comparacao entre grupos, ainda sim o metabolismo/genetica acabaria por ser uma variavel. Acho que deu pra entender o que eu quis dizer.

Postado

to tendo quasse certeza que meu corpo responde melhor a low rep's , só nao posso dizer isso ainda com tanta certeza mais agora com sl 5x5 meu corpo vai dizer. 80% de certeza da minhas coxas os resultados foram melhor com low-reps mais vamos lá.. vamos ver qual vai ser desse novo treino daqui uns meses.

Postado

Realmente. Erro meu em ter dado um destaque desnecessario pro caso de ser n=1, já que voce nao citou que esse seria o caso. De qualquer forma, ainda acho que nao eliminaria algumas variaveis importantes, como eu já afirmei. Repetindo a forma que vejo o problema... se um dos cobaias for mais propenso a ser explosivo, provavelmente o braco low rep responderia melhor; se o outro cobaia for mais propenso a resistencia, ai seria o high... ou seja, mesmo nao tendo a comparacao entre grupos, ainda sim o metabolismo/genetica acabaria por ser uma variavel. Acho que deu pra entender o que eu quis dizer.

Fala craw. É aquele lance, né? Um teste científico, simplificadamente, é a aplicação de uma tese com o máximo controle possível das variáveis. Mas, como se sabe, nunca um teste conseguiria ter controle de 100% das variáveis. Por isso, o que se tenta é diminuir o máximo possível essas variáveis.

Eu, como ainda estou na "capa do batman" (por enquanto), na dúvida, faço que nem você disse em outro tópico: intercalo treinos de low reps e high reps. Assim, dá pra usufruir os benefícios de cada um. Mas que o treino low reps é mais legal, isso é.

  • 3 meses depois...
Postado

Pessoal, desculpa ai por ressuscitar o tópico, mas ainda estou com dúvidas que persistem, queria saber a opinião da galera.

Na opinião de vocês, existe diferenças entre hipertrofias realmente, como por exemplo a tensional e a metabólica ( miofibrilar e sarcoplasmática)??? A diferença entre as duas seria somente condicionada por fator patológico e não pela adaptação de treinos diferenciados???

Postado (editado)

Pessoal, desculpa ai por ressuscitar o tópico, mas ainda estou com dúvidas que persistem, queria saber a opinião da galera.

Na opinião de vocês, existe diferenças entre hipertrofias realmente, como por exemplo a tensional e a metabólica ( miofibrilar e sarcoplasmática)??? A diferença entre as duas seria somente condicionada por fator patológico e não pela adaptação de treinos diferenciados???

Fala lukao1993. Cara, vou citar o trecho legal que explica bastante acerca desse assunto. É de um livro do Lyle McDonald, um estudioso do assunto:

"Technically speaking there are two kinds of hypertrophy: sarcoplasmic and myofibrillar. Remember above, we divided muscle into two parts, the muscle fibers themselves and all the other stuff (water, glycogen, etc.)? This is where that division comes back into play.

Myofibrillar hypertrophy refers to an increase in the actual size/protein content of the muscle fibers, that is an increase in the protein content of the fibers themselves. In a sense, this is "real" muscle growth, because it represents an increase in the actual muscle fiber size itself. While myofibrillar hypertrophy is controlled by a complex array of factors (including the hormones I talked about a few chapters back), it also requires something else to get started: a high tension stimulus. That is, high tension in the muscle fibers themselves are the signal which stimulates the cell to increase muscular size (damage also plays a role). This is more or less the rationale behind the old weight training homily, "go heavy or go home". For now just think of this as tension training. We'll talk about that some more in the next chapter.

Sarcoplasmic hypertrophy refers to an increase in size and amounts of everything else in your muscles: glycogen, water, minerals, etc. You might think of this as pump growth. Some coaches also refer to this as energetic growth since it represents an increase in the energy content of the cell. Sarcoplasmic hypertrophy is also controlled by several factors (for example, testosterone increases glycogen storage which is why many steroid users report painful pumps when they train with high reps) but a primary stimulus is depletion of those energy stores (especially glycogen). This stimulates the cell to refill glycogen (and hence water, since every gram of glycogen stores 3-4 grams of water) in the muscle to higher levels than normal, which makes the muscle appear larger. Chronic high-rep training also increases capillary density, mitochondrial density and other non-contractile elements which contribute to increased visual size.

Now I should mention that the idea of myofibrillar and sarcoplasmic hypertrophy as two separate entities is not really supported by American research (or researchers for that matter). But most European texts do make the distinction. Beyond that, you can look at athletes who do different types of training and they simply look different. Yeah, I know, all of the mainstream folks reading this think I'm full of shit now but it’s true. Guys who train with heavy intense loads (tension training) have muscles with a different visual quality than guys who only train with high reps and short rest intervals (pump training). That is, powerlifters who almost exclusively use tension training look different than the guys who use only pump training. Even bodybuilders like Dorian Yates, who train with heavy loads, just look denser than the guys who just pump the muscle endlessly. Of course, to maximize total size, you should use both but I'm getting ahead of myself here.

Before we continue, I want to expand on the steps involved in myofibrillar hypertrophy. The first step is the stimulus to grow new contractile tissue, which is a high tension load (along with damage). This activates certain genes in the muscle cell which tell the nucleus to produce messenger RNA (mRNA), which is simply a blueprint for proteins. mRNA comes out of the nucleus where it eventually runs into a cellular machine called a ribosome. With the mRNA as an instruction, the ribosome starts grabbing amino acids out of the intracellular amino acid pool and starts putting them together into new contractile proteins, which are then integrated into the existing fibers. Voilá, bigger muscle fibers. I should note that the processes involved are much more complicated than this but I don't want to get into all of the details in this book.

As I've mentioned before, this is an energy intensive process. Meaning that if cellular energy levels are low (because glycogen is depleted or creatine phosphate levels are low), protein synthesis won't occur very effectively. I should also mention that mRNA doesn't hang around forever, it starts to be degraded fairly quickly. In fact, recent studies show that the increased protein synthesis from a single bout of training is gone within 36 hours after that training bout. So maybe the old dictum of train a muscle every 48 hours wasn't so far out in left field.

It’s currently thought that the speed at which ribosomes can synthesize proteins is the rate limiting step for protein synthesis. That is, the number and activity of your ribosomes is the bottleneck for how quickly you can grow. Few and/or slow acting ribosomes and you grow slowly; lots and/or fast acting ribosomes and you can grow more quickly. For the record, I should make mention that Duchaine and Zumpano were years ahead of the curve when they realized this back in 1982, in the original Ultimate Diet. Modern science is validating what they figured out over 20 years ago. I also want to mention that androgens increase ribosome activity which is probably another way they increase muscle mass above normal.

(...)

Unfortunately, as I mentioned in a previous chapter, most people's bodies aren't very good at doing two things at once. Refilling muscle glycogen and growing new muscle tissue counts as two things, and most people can't do both effectively. Since refilling energy stores takes priority (and protein synthesis is energetically costly), most people will refill muscle glycogen first, which may not leave time, energy or fuel for much muscle growth. The people who grow well with pump training are the folks who can do both efficiently; the folks who can't don’t. Most folks can't. Trainers who have either naturally high testosterone levels (testosterone improves glycogen storage, yet another advantage of steroid use), high insulin sensitivity (meaning they better push nutrients into muscle cells) or use various drugs grow best on pump training. This doesn't describe your average trainee."

Eu compartilho da opinião dele: acho que os 2 tipos de treino são importantes.

E esse último trecho é bem importante, porque antes eu tentava estimular os músculos das 2 maneiras no mesmo treino. Agora, separo um treino só para hipertrofia miofibrilar e outro só para a sarcoplasmática.

Abraço

Editado por AVPR
Postado (editado)

Valeu pelo texto cara, realmente muito esclarecedor.

Quanto tempo você fica focado em cada hipertrofia??? E o que diferencia tanto nos dois treinos???

Abraço, bons treinos.

Editado por lukao1993
Postado

Valeu pelo texto cara, realmente muito esclarecedor.

Quanto tempo você fica focado em cada hipertrofia??? E o que diferencia tanto nos dois treinos???

Abraço, bons treinos.

Eu faço 4 ou 6 treinos miofibrilares e 2 sarcoplasmáticos. E o meu treino é dia sim dia não. Daí ficaria assim:

A off B off A off B off A* off B* off...etc ou

A off B off A off B off A off B off A* off B* off

A - mio

B - mio

A* - sarco

B* - sarco

Basicamente a diferença entre os meus treinos mio e sarco são: n° de repetições, n° de séries e descanso.

Abraço

Postado

Eu faço 4 ou 6 treinos miofibrilares e 2 sarcoplasmáticos. E o meu treino é dia sim dia não. Daí ficaria assim:

A off B off A off B off A* off B* off...etc ou

A off B off A off B off A off B off A* off B* off

A - mio

B - mio

A* - sarco

B* - sarco

Basicamente a diferença entre os meus treinos mio e sarco são: n° de repetições, n° de séries e descanso.

Abraço

Entendi, valeu cara.

Abraço

  • 4 semanas depois...
Postado

craw, entao se o treino "sarcoplastico" incha rapido, mas desincha rapido tambem e nao aumenta tanto o que mais interessa, os musculos, entao nao seria melhor pra um fisiculturista treinar com baixas repetiçoes quase sempre, e somente nas vesperas da competiçao treinarem com alta repetiçao?

Postado

craw, entao se o treino "sarcoplastico" incha rapido, mas desincha rapido tambem e nao aumenta tanto o que mais interessa, os musculos, entao nao seria melhor pra um fisiculturista treinar com baixas repetiçoes quase sempre, e somente nas vesperas da competiçao treinarem com alta repetiçao?

Antes de tudo, essa separação entre hiper mio e sarco nao é tao simples quanto o que voce definiu; acho que voce sabe disso, mas só pra evitar confusão de alguem pensar que sarco = só inchaco e mio = crescer musculo 100%.

Quanto aos fisiculturistas, nao. Eles treinam muito "sarco" porque a "capacidade" sarcoplasmatica deles é muito superior a de um natural, eles conseguem reter metabolitos com muito mais facilidade entao trabalhar repeticoes mais altas, a principio, é mais vantajoso. Mas sim, existem inumeros fisiculturistas e outros atletas (olimpicos, powerlifters, strongmans etc) que utilizam mais repeticoes baixas do que altas e mesmo assim tem shapes invejosos.

Postado

Antes de tudo, essa separação entre hiper mio e sarco nao é tao simples quanto o que voce definiu; acho que voce sabe disso, mas só pra evitar confusão de alguem pensar que sarco = só inchaco e mio = crescer musculo 100%.

Quanto aos fisiculturistas, nao. Eles treinam muito "sarco" porque a "capacidade" sarcoplasmatica deles é muito superior a de um natural, eles conseguem reter metabolitos com muito mais facilidade entao trabalhar repeticoes mais altas, a principio, é mais vantajoso. Mas sim, existem inumeros fisiculturistas e outros atletas (olimpicos, powerlifters, strongmans etc) que utilizam mais repeticoes baixas do que altas e mesmo assim tem shapes invejosos.

obrigado pela resposta e sim sei, so quis simplificar a pergunta

de qualquer jeito, pra uma pessoa normal que nao usa anabolizantes, a longo prazo provavelmente voce acha que seria melhor baixas repetiçoes(sem levar em conta o risco de lesao)?

Visitante usuario_excluido22
Postado

Tá, pera aí, deixa eu ver se entendi. Os ribossomos irão sintetizar a proteína e o RNA mensageiro irá encaminhar esse "produto" até as fibras ou ficará pela célula? (desculpem, mas acho que estou boiando um pouco, rsrsrs)

Outra coisa, que se alguém puder responder seria de grande valia, quanto ao aumento da célula muscular, não quero entrar em detalhes tão longos, mas quero saber sobre se esse aumento seria por causa da maior quantidade de microtúbulos e aminoácidos dentro da célula, confere? E quanto aos metabólicos decorrentes do estimulo do treino sarcoplasmáticos, quais seriam todos esses metabólicos? além da água e do glicogênio, minerais...

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