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O Que É Uma Alimentação Saúdavel ? ( Palestra Dr. Lair Ribeiro -Vídeo )


virtuall

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O Lair Ribeiro é foda, tenho um livreo dele: O suesso não ocorre por acaso. Recomendo pra TODOS. inclusive tem ele em forma de palestra no youtube.

Sensacional!

Postado

Estava vendo e o viedo, e ele mt bom mesmo.

olhe só, meu vo tem de hipotireidismo e eu pensei, se ele por mais selenio na dieta, sera que ele pode regredir ou até curar?

flw

Visitante deletado____
Postado (editado)

Olá,

Acho que a maior parte de todo o bullshit que eu já ouvi na minha vida tão sintetizados nesses 44min... E apesar de ter tido vontade de parar no "dieta hipocalórica engorda", eu vi tudo.

Alguém realmente acredita que quantidade não importa? Isso nem alfabetizado precisa ser pra saber que não é verdade. O que é "mais saudável", um bolo de chocolate ou uma banana? E entre um bolo de chocolate e 35kg de banana? Se é pra categorizar, extremizar, então a pergunta é válida.

Não sei se ainda existe, mas já foi feito o desafio (se bem me lembro pelo Alan Aragon) de alguém apresentar um argumento válido que diga que, se um indíviduo que se exercita regularmente, mantém um déficit calórico regular, como, dentro desse déficit, uma porção de batata frita, ou uma barra de chocolate, ou um pote de sorvete, ou o que quer que seja dito "não saudável" pode impedir que ele perca peso? Sério mesmo que comer chocolate vai me fazer ficar mais eficiente em viver? Afinal de contas, se eu como chocolate, tô em déficit e não perco peso, meu corpo se tornou mais eficiente em se manter vivo, em economizar energia.

Nesse mundo, nessa dimensão, nesse universo, as leis da termodinâmica ainda se aplicam. E a primeira dela ainda diz que energia não se cria. Não há forma de eu consumir 2000kcal, gastar 2200kcal e ainda guardar parte delas. Não dá, energia não se cria. "Gordura do coco emagrece", ok, então se eu, além das minhas 2000kcal consumir 500kcal de gordura de coco eu vou emagrecer? Gastando 2200kcal? Aham, Cláudia, senta lá.

Associar o aumento da incidência de infarto com o consumo de óleo ao longo dos anos? Não aumentou o número de carros também? E de elevadores? Escadas rolantes? Computadores? Delivery de comida? Mas foi o óleo que frita a batata, o óleo que frita o hambúrguer, e não o fato de você não mais ter que ir até o supermercado a pé pra comprar isso e levar pra casa e ficar de pé em frente a um fogão preparando essa comida porque o motoboy traz pra você e te economiza esse esforço todo que 1) te faz engordar e 2) te causa doenças inerentes ou associadas?

O senhor do vídeo faz uma bagunça bem grande citando e comparando comportamento com o efeito fisiológico prático de nutrição, cita coisas que provavelmente ele não tem como referenciar, isso quando dá pra referenciar algo é estudo ultrapassado e já refutado.

Levanta umas bolas de crítica ao sistema de saúde relacionado a nutrição... Usa EUA como comparação ao SUS e diz que a culpa é se alimentar mal. Quer dizer, além de categorizar ele ainda extremiza as categorias entre si.

Acusar a indústria de "colocar venenos" (os conservantes) nos alimentos e associar isso com o aumento da incidência de câncer devido a alterações na expressão gênica é o mesmo que dizer "você respira, respiração leva a oxidação, então você envelhece porque respira". É inerente a exposição de qualquer organismo vivo a diferentes tipos de estímulo, sejam eles vindos da miríade de estímulos eletromagnéticos que o tal médico cita, até os químicos vindos da dieta ou do que for que tá no ambiente. O progresso, os tempos modernos, aumentam isso, sim. Não quer? Vira bicho ;)

Enfim, rotular, categorizar, já é uma prática incorreta. Essa rotulação de "comida saudável" então, digo que chega a ser idiota.

Haters gonna hate.

Editado por Quisso
Postado

Nao entendi pq essa rotulação de comida saudavel segundo você chega a ser idiota.

Postado (editado)

Olá,

Vou tentar não tocar em pontos específicos demais (p.e. patologias, alergias em geral) nem composição corporal.

Essa rotulação "saudável" e o contraponto ("não-saudável") pode significar uma miríade de coisas. É um termo tão aberto que pode ser pervertido em qualquer coisa. Uma "alimentação saudável" pode significar pra um uma alimentação low-carb, pra outro uma low-fat, pra outro uma com consumo baixo de sódio, pra outro uma alimentação orgânica, e assim por diante. E por você potencialmente dizer qualquer coisa quando afirma que uma alimentação é saudável, no fim você não diz nada.

Se aplicado o conceito a um alimento isolado, cai no meu exemplo da comparação entre bolo de chocolate e banana. Todos concordam que banana é um alimento saudável, certo? E um bolo de chocolate não é. Mas e se tratarmos de 35kg de banana? Deixa de ser saudável, não? Ou comer 35kg de banana no café da manhã é saudável? E se a gente comparar, então, nessa situação, o bolo de chocolate, ainda que seja um bolo inteiro, com bastante cobertura e recheios e FST7 com granola e leite, é mais saudável que os 35kg de banana. Ou menos lesivo, se é que isso quer dizer alguma coisa. Então a questão não é a origem do alimento, mas sim a quantidade dele. E o que determina uma quantidade saudável? Uma maneira de quantificar e determinar o que é e o que não é saudável? Resposta eminentemente simples: Necessidade. Necessidade de quê? Nutrientes.

E aí você passa a ver o outro erro da "teoria da nutrição saudável", que é as pessoas acreditarem que o corpo humano enxerga alimentos. Que seu intestino vê um bolo de chocolate, pensa "perdeu, playboy, te vira com teu adipócito", ou "te vira aí, tecido cardíaco!", e seja lá pra onde acham que o tal do bolo vai. O corpo não lida com alimentos. Lida com nutrientes: carbos simples e complexos e fibras, gorduras saturadas e insaturadas e com todas as particularidades dos ácidos presentes nas soluções, proteínas que se quebram em um determinado aminograma, vitaminas, minerais, álcool, água, etc. E a necessidade individual é determinada com base neles mediante a requisição que o cotidiano do sujeito apresenta.

Me argumentam, então, "alimento saudável é alimento rico em vitaminas e minerais". E os 35kg de banana? Ficaram mais saudáveis porque banana tem manganês e vitamina C? Manganês em altas dosagens pode ser associado a doenças neur... Mas são 35kg de banana! Acho que dá 8kg de carboidrato! Não importa se é de alto ou baixo IG, se tem 1kg de fibra. Eu preciso de 8kg de carboidrato numa única refeição? Eu não preciso disso num dia, numa semana... E com relação aos minerais, não sei quanto uma banana oferece de manganês por dia. Mas chutemos que seja 0.1mg a cada 100g. Regra de três e temos então 35g, é isso? E tem gente que fala que não pode consumir mais que 30g de proteína por refeição... O exemplo é absurdo, e o objetivo é esse mesmo, denotar o quão absurdo é você afirmar que quantidade não importa. Quantidade de alimento traduz em quantidade de nutriente, e quantidade de nutriente classifica algo dentro ou fora da necessidade básica do indivíduo, e é aí que você poderia, talvez, começar a definir o que é saudável ou não.

Mas ainda assim a afirmação é sem sentido se você analisar sob esse ponto de vista, porque ela é aplicável única e exclusivamente a um indivíduo, e ainda assim categoriza demais, generaliza demais. Ao invés de pensar "isso é saudável" ou "isso não é saudável", você deve questionar "eu preciso disso?". E teu corpo te diz se você precisa ou não, ele é bem eficiente nisso (a menos que o sujeito tenha uma disfunção neurológica - anorexia, anorexia nervosa, bulimia, compulsões e TOCs diversos, etc - relacionada a alimentação). No fim, moderação é o que dita a alimentação ser ou não saudável num contexto todo, não num momento isolado.

Creio que entendi a ideia. Percebi mesmo que ele meio que abusou de algumas palavras e conceitos, mas me parece ser a vontade dele tentar passar para o pessoal numa visão mais simplista e de fácil compreensão. Ele além de médico é nutrologo(não que isso signifique que ele esta certo), então deve saber o que esta falando mas não aprofundando muito. Temos que lembrar também que não é função do nutrologo prescrever quantidades de aliementos, ou uma dieta por exemplo, o que ele faz é dizer os alimentos mais saudáveis(que ali no caso estava se tratando dos alimentos *´´modernos`` em geral) e a pessoa se vira, pelo menos é mais ou menos assim que eu acho que fundiona, o resto fica por conta do nutricionista.

*A impresão que EU TIVE na palestra foi que ele levou mais a relação de alimento saudavel x não saudavel pro lado dos trasngênicos, conservantes, etc

Editado por Visitante
Postado

velho, as pessoas desse topico (quase todas) assistiram ao mesmo video que eu?

sinceramente, não vou perder 44 minutos da vida assistindo isso. o cara já começou bem quando disse que "sabe porque é nutrólogo". sabe meu bago. antes dos 3 minutos de video ja foi um suplício continuar assistindo, parece que tá fazendo de propósito pra trollar. quando ele disse que "parar de comer não emagrece" e que "se você pegar uma pessoa que parou de comer ela vai estar pesando mais" sinceramente, foi ground and pound.

obs: alguém pague um gato bola virtual pro quisso, na moral. whiteknight do krl, salvou o tópico.

abraço

Postado

Olá, Quisso!

Primeiro gostaria de dizer que concordo com tudo que você disse. Porém venho aqui lhe mostrar um outro ponto de vista que também tenho do assunto.

Para mim, um alimento saudável é um alimento que há pouca química industrial criada para obter-se determinadas características aos alimentos, tal como conservantes, agrotóxicos etc.

Essa química podem ter "efeitos colaterais" em nosso corpo. Tal como o desbalanceamento hormonal, em que pode haver um aumento de hormônios como o estrogênio, cortiçol etc e diminuir a testosterona de tal maneira que o corpo cataboliza parte da musculatura e transforma a sua energia em gordura. Independente de uma dieta hipo ou hipercalórica (a diferença é que no caso de uma dieta hipocalórica o corpo pode catabolizar mais ainda).

Sendo assim, pode haver um aumento de gordura em uma dieta "não-saudável" mesmo ela sendo hipocalórica.

Postado

Olá, Quisso!

Primeiro gostaria de dizer que concordo com tudo que você disse. Porém venho aqui lhe mostrar um outro ponto de vista que também tenho do assunto.

Para mim, um alimento saudável é um alimento que há pouca química industrial criada para obter-se determinadas características aos alimentos, tal como conservantes, agrotóxicos etc.

Essa química podem ter "efeitos colaterais" em nosso corpo. Tal como o desbalanceamento hormonal, em que pode haver um aumento de hormônios como o estrogênio, cortiçol etc e diminuir a testosterona de tal maneira que o corpo cataboliza parte da musculatura e transforma a sua energia em gordura. Independente de uma dieta hipo ou hipercalórica (a diferença é que no caso de uma dieta hipocalórica o corpo pode catabolizar mais ainda).

Sendo assim, pode haver um aumento de gordura em uma dieta "não-saudável" mesmo ela sendo hipocalórica.

Oxe, então você nao concorda com tudo que ele disse.
Postado

Eu entendi e concordo com o ponto de vista do Quisso, mas acredito que não devemos tacar pedra no cara (o Lair sei lá das quantas). Veja bem, no começo do vídeo, ele falou merda. "Dieta hipocalórica não emagrece" isso é bullshit. Lógico que emagrece. Pega um cara e dá menos kcal que a TMB dele com coca e chocolate e ele vai perder peso (exemplo exagerado).

Mas o que agente tem que levar em consideração é o seguinte: essa é uma palestra pra um público randômico. Não é palestra pra médico, nem pra nutricionista nem pra atleta. É pro público em geral. Tem gente lá que pode ter algum conhecimendo na área, mas tem gente que não sabe NADA de nutrição que tá lá assistindo a palestra. Se ele começa a falar "palavras complicadas" e que é possível emagrecer comendo chocolate, o público vai falar "esse cara é louco". Ou pior, a pessoa continua com a dieta de sempre, mas agora come um chocolate depois do almoço, porque emagrece.

Sobre a quantidade, fala pra uma pessoa montar um prato com uma quantidade razoável (nem pouco nem exagero) de arroz, feijão e carne grelhada. Mas antes essa pessoa come 1 maço de alface e o quanto ela quiser de outros legumes e verduras. E de sobremesa ela pode comer o quanto quiser de fruta. Essa pessoa não vai conseguir comer 35kg de banana. Eu entendi perfeitamente o ponto de vista do Quisso, mas na prática, ninguém come uma quantidade tão exagerada de verdura, legume e fruta a ponto de passar mal. Só se for algum doente...

O meu ponto é o seguinte: tirando o começo, onde ele fala que dieta hipocalórica não emagrece e que óleo de coco emagrece, a palestra foi muito boa. Pega um cara de 50 anos que não faz atividade física nenhuma, fica o dia inteiro sentado, só come alimento industrializado e começa a dar alimentos "saudáveis" (leia-se o menos industrializado possível) e coloca ele pra fazer exercício físico nem que seja 3x por semana e depois olha o que acontece com a saúde dele.

Postado

Lembrei agora do começo do livro Eat Stop Eat acho. Lá ele diz que existe uma teoria da conspiração nas revistas de musculação, empresas de suplementos, médicos, nutricionistas, etc. Não acho que jogar a real nua e crua seja complicado. Querer criar meios de tornar a coisa mais aceitável ou esconder o que realmente faz emagracer pra mim é complicar ou até distorcer a realidade. Por isso esse povo ganha $$$ criando dieta da lua, do mediterrâneo, do suco, da sopa, da pedra. Até onde eu sei e corrobora com o que disseram acima, isso é sobre défict calórico puro e simples. Como conseguir isso? Se vira nos 30.

Postado

Oxe, então você nao concorda com tudo que ele disse.

Não, em momento algum eu discordei dele. Ele disse sobre a lei da termodinâmica: nosso corpo não cria energia.

Eu disse que o nosso corpo pode destruir a sua musculatura para construir gordura, eu estaria discordando se eu falasse que o corpo tira energia do nada.

Ele esta falando de perder peso, eu de ganhar gordura. Perder peso não significa perder gordura.

Visitante deletado____
Postado (editado)

Olá,

Creio que entendi a ideia. Percebi mesmo que ele meio que abusou de algumas palavras e conceitos, mas me parece ser a vontade dele tentar passar para o pessoal numa visão mais simplista e de fácil compreensão. Ele além de médico é nutrologo(não que isso signifique que ele esta certo), então deve saber o que esta falando mas não aprofundando muito. Temos que lembrar também que não é função do nutrologo prescrever quantidades de aliementos, ou uma dieta por exemplo, o que ele faz é dizer os alimentos mais saudáveis(que ali no caso estava se tratando dos alimentos *´´modernos`` em geral) e a pessoa se vira, pelo menos é mais ou menos assim que eu acho que fundiona, o resto fica por conta do nutricionista.

*A impresão que EU TIVE na palestra foi que ele levou mais a relação de alimento saudavel x não saudavel pro lado dos trasngênicos, conservantes, etc

Você não sacou o ponto. O que é um "alimento saudável"? É um alimento que, teoricamente, provê saúde, ou ao menos não lesa ela. E quais se enquadram nisso? Todos!

Vão argumentar "mas os industrializados blablablá", "mas os conservantes blablablá", "mas o fastfood blablablá". Num indivíduo saudável, dentro de um contexto saudável, com uma alimentação variada, que se exercita regularmente, nada disso faz diferença. Você não vai comer frango hormonizado com batata doce transgênica 24/7, isso é estupidez. O ponto deveria ser exatamente explicar o que é o contexto saudável, onde o sujeito pode aproveitar de tudo da vida, com moderação, e seguir com saúde.

Sobre o papo de transgênicos em geral, saindo do eixo "é idiotice classificar algo como saudável", o ser humano vem fazendo enxerto em planta desde os primórdios, manipulando o que cresce e a forma que cresce. É o progresso, fazer o quê, é o ser humano sendo ser humano (definição marxista de trabalho...); vai ser mais um fator ao qual o genoma humano vai estar sendo exposto, correndo o risco ou não de passar a expressar ou não genes que venham a causar malefícios (ou não...). Ser contrário a isso é pregar que ainda deveríamos estar competindo com outros animais na unha pela sobrevivência.

E se tratando de opinião, a minha é de que é muito mais lesivo comprar o queijo e linguiça defumada "da colônia" (aqui no estado tem muito disso), purinho, com cheirinho de fresco, sem conservantes nem carimbo da Anvisa, do que comprar a calabresa das trevas cheia de nitratos ou o queijozebu com cloreto de cálcio mas que vêm embalados, padronizados sob uma dúzia de legislações. Legislações essas que, teoricamente, eu posso até usar num processo caso toda a maldade contida naqueles alimentos me faça ter uma diarreia.

Essa química podem ter "efeitos colaterais" em nosso corpo. Tal como o desbalanceamento hormonal, em que pode haver um aumento de hormônios como o estrogênio, cortiçol etc e diminuir a testosterona de tal maneira que o corpo cataboliza parte da musculatura e transforma a sua energia em gordura. Independente de uma dieta hipo ou hipercalórica (a diferença é que no caso de uma dieta hipocalórica o corpo pode catabolizar mais ainda).

Sendo assim, pode haver um aumento de gordura em uma dieta "não-saudável" mesmo ela sendo hipocalórica.

Antes de mais nada recomendo um pouco mais de pesquisa e leitura, principalmente a parte de catabolismo/anabolismo, que são conceitos citológicos bem básicos e me parece que tão um pouco falhos no seu contexto.

Se tratando da ideia de que "alimentos industrializados, se inseridos numa dieta hipocalórica vão causar 1) aumento de gordura e 2) perda de massa muscular", eu gostaria de argumentos mais detalhados sobre, se possível estudos (dados empíricos, coisa que todo mundo possa entender). Você realmente acredita ou tem provas de que uma pessoa, num déficit calórico, se exercitando regularmente, com a necessidade macronutricional suprida, vai 1) ganhar gordura e 2) perder massa muscular, simplesmente porque comeu, sei lá, margarina como parte da necessidade diária de gordura? (digo margarina porque é o pior exemplo que eu pensei aqui, gordura hidrogenada industrializada... Se você quiser usar outro, fique à vontade). Saiba que essa resposta vale dinheiro aí afora, e se você aparecer com uma convincente você pode ganhar dinheiro ou eu posso plagiar e ganhar o dinheiro eu mesmo :devil:

Eu entendi e concordo com o ponto de vista do Quisso, mas acredito que não devemos tacar pedra no cara (o Lair sei lá das quantas). Veja bem, no começo do vídeo, ele falou merda. "Dieta hipocalórica não emagrece" isso é bullshit. Lógico que emagrece. Pega um cara e dá menos kcal que a TMB dele com coca e chocolate e ele vai perder peso (exemplo exagerado).

Mas o que agente tem que levar em consideração é o seguinte: essa é uma palestra pra um público randômico. Não é palestra pra médico, nem pra nutricionista nem pra atleta. É pro público em geral. Tem gente lá que pode ter algum conhecimendo na área, mas tem gente que não sabe NADA de nutrição que tá lá assistindo a palestra. Se ele começa a falar "palavras complicadas" e que é possível emagrecer comendo chocolate, o público vai falar "esse cara é louco". Ou pior, a pessoa continua com a dieta de sempre, mas agora come um chocolate depois do almoço, porque emagrece.

Sobre a quantidade, fala pra uma pessoa montar um prato com uma quantidade razoável (nem pouco nem exagero) de arroz, feijão e carne grelhada. Mas antes essa pessoa come 1 maço de alface e o quanto ela quiser de outros legumes e verduras. E de sobremesa ela pode comer o quanto quiser de fruta. Essa pessoa não vai conseguir comer 35kg de banana. Eu entendi perfeitamente o ponto de vista do Quisso, mas na prática, ninguém come uma quantidade tão exagerada de verdura, legume e fruta a ponto de passar mal. Só se for algum doente...

O meu ponto é o seguinte: tirando o começo, onde ele fala que dieta hipocalórica não emagrece e que óleo de coco emagrece, a palestra foi muito boa. Pega um cara de 50 anos que não faz atividade física nenhuma, fica o dia inteiro sentado, só come alimento industrializado e começa a dar alimentos "saudáveis" (leia-se o menos industrializado possível) e coloca ele pra fazer exercício físico nem que seja 3x por semana e depois olha o que acontece com a saúde dele.

Palavras complicadas? "Moderação" não me parece uma palavra complicada. E sim, há estudos dizendo que as pessoas realmente têm problema em identificar o conteúdo calórico de um prato se for dada a opção de comer vegetais ou, digamos, fast-food. Acho que já foi citado aqui mesmo no fórum, se não no site da LeanGains, mas os avaliados no tal estudo subestimavam as calorias dos pratos de comida com salada, carne e essas paradas, e superestimava os que tinham conteúdo "não-saudável". Ou seja, é possível passar da necessidade comendo verdura sim.

EDIT: :lol:era no site do Lyle McDonald, e tá como post principal atualmente... O artigo original do Chernev é free, bem fácil de achar, tem no Science Direct. Tem alguns outros com conteúdo parecido, tipo esse, que eu ainda não li totalmente, mas pelo que vi só um dos estudos realmente é bom (é grátis a versão full também).

O ponto que ele deveria levantar, que todo mundo deveria levantar, deveria ser o da atividade física. Não sei se tem esse tipo de estudo epidemiológico com relação ao Brasil, mas o que houve de mais crítico de mudança no modo de vida que poderia ser associado com obesidade, aumento de cardiopatias e essas "doenças de primeiro mundo", foi na realidade a queda no TEE (total energy expenditure). Como eu disse, não é o óleo que frita a batata, mas sim o fato de você não mais ter que ir buscar ela lá no mercado, trazer pra casa e fritar. E sim, são coisas simples assim, tipo usar escada rolante, elevador, carro. É normal falar que "antigamente não tinha gordo", mas lógico, antigamente não tinha essas coisas...

Isso é minha visão do contexto estando envolvido com a área da saúde, principalmente. A população em geral, a saúde como um todo, se beneficiaria imensamente desse conceito de moderação, tanto com relação a dieta como quanto a NEPA quanto a exercícios físicos em geral. Pra um average joe, uma hora por dia, dois treinos fullbody por semana, já tenho quase certeza de que seriam suficientes pra conseguir e manter um shape acima da média e uma saúde excelente (leia-se um BF dentro da normalidade, perfil lipídico em dia e todo o resto).

Editado por Quisso

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