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Uso De Gh Hormotrop


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Pessoal só esquece de um colateral importante do GH, se tu tiver um projeto de câncer totalmente tratável e começar a usar GH, em 6 meses você vai estar com um câncer avançado possivelmente em fase terminal.

muito interessante. sempre soube da existencia da provavel relaçao entre taxas de gh e piora nos quadros de cancer ja existente, mas nao sabia que ele tambem podia ser fator de importancia no aparecimento da doença:

Quando a relação entre o uso do rhGH e o aparecimento de neoplasias é analisada, duas questões se colocam. A primeira é se o rhGH induz ao aparecimento de tumores em pacientes sem doença neoplásica, e a segunda é se pode influenciar na recidiva da doença tumoral, em pacientes considerados curados ou em remissão.

[...]

As concentrações circulantes de IGF-I, IGF-II e IGFBPs variam entre indivíduos normais, influenciadas por fatores genéticos e estilo de vida, em especial a alimentação. Estudos populacionais têm revelado risco elevado de câncer nos indivíduos com concentrações de IGF-I no limite superior do normal (tabela 1). Estes dados são confirmados com estudos de carcinogênese in vivo, mostrando aumento da taxa de divisão celular e efeito anti-apoptótico da IGF-I. A diminuição da IGF-I diminui as condições permissivas para a proliferação neoplásica.

Na tabela 1 são apresentados os dados do estudo caso-controle realizado por Chan e cols. em 1998, nos Estados Unidos, com 15.000 homens entre 40 e 82 anos de idade, com 152 casos de câncer de próstata, sendo a IGF-I dosada em média 7 anos antes do diagnóstico. Neste estudo, observa-se o risco relativo alto para o câncer quando se tem apenas IGF-I aumentada (RR= 2,4), ou associada a IGFBP3 (RR= 4,3) ou ainda ambas aumentadas em pacientes acima de 60 anos (RR= 7,9) (38). Hankinson e cols., em 1998, também realizaram um estudo caso-controle com 121.700 mulheres entre 30 e 55 anos de idade, com 397 casos confirmados de câncer de mama e com IGF-I dosada em média 28 meses antes do diagnóstico. Neste estudo, observa-se o risco relativo alto para o câncer quando se tem apenas IGF-I aumentada (RR= 2,3), ou na pré-menopausa em idade abaixo dos 50 anos (RR= 4,6), ou ainda associada a IGFBP3 (RR= 7,3) (39).

[...]

Risco de neoplasia em pacientes tratados com rhGH

Sem história de neoplasia prévia: O interesse em determinar se o GH pode desencadear uma neoplasia é muito antigo. Vários estudos clínicos foram feitos para avaliar se existe um risco dessa associação. Em 1988, Watanabe descreveu um aumento na incidência de leucemia em crianças japonesas durante o tratamento com GH e, nessa mesma época, a Lawson-Wilkins Society for Pediatric Endocrinology fez uma revisão de todos os casos semelhantes publicados, calculando o risco dos pacientes em uso de rhGH desenvolverem leucemia como sendo duas vezes maior do que o esperado para a população pediátrica (6,7,68). Convém referirmos que a leucemia é a neoplasia mais freqüente na infância, afetando em média 1:2.000 crianças com idade inferior a 15 anos e, embora a maioria dos casos seja idiopática, alguns fatores de risco para a doença são conhecidos, como idade materna avançada, história familiar, síndromes congênitas, tratamento anterior com agentes citotóxicos e radioterapia (69).

A relação entre GH e leucemia foi reavaliada por estudos mais recentes, envolvendo um número significativo de pacientes, acompanhados por tempo prolongado, que concluíram que a ocorrência de leucemia ou da síndrome mielodisplásica em pacientes tratados com GH é comparável à da população geral, e não se confirmaram, portanto, os achados anteriores. No entanto, identificou-se nesses estudos um grupo de pacientes considerados de risco para desenvolver leucemia, entre os quais se incluem os portadores de anemia de Fanconi, síndromes de Down e Bloom, histiocitose, anemia aplástica e neurofibromatose, assim como os pacientes tratados previamente com radioterapia. O uso de rhGH nessa população não é aconselhado (6,7,44,45,68-73).

Em relação ao desenvolvimento de outros tipos de neoplasias, apesar dos estudos epidemiológicos indicarem uma freqüência aumentada de tumor de cólon em acromegálicos, poucas pesquisas foram feitas até o momento para determinar esse risco nos recipientes de GH, e os resultados obtidos não são concordantes. Tuffli e cols. (74) não demonstraram uma tendência de aumento nas neoplasias relacionada ao uso de GH. No entanto, Swerdlow e cols. (75) estudaram 1.848 pacientes adultos (idade inferior a 40 anos), tratados com GH humano no período de 1959 a 1985, demonstrando após um período de observação de 16 a 20 anos uma taxa de mortalidade por câncer, nesse grupo, maior do que a esperada. O câncer colo-retal foi o mais freqüente, seguido pela doença de Hodgkin. Esses resultados, embora sejam importantes, ainda representam dados preliminares, sem outros trabalhos semelhantes para comparação. O número de pacientes afetados, embora seja muito pequeno, é significante estatisticamente, visto que a incidência esperada de câncer de cólon na população estudada foi avaliado em 0,18 casos, sendo necessária muita prudência na interpretação desses resultados. Não existem evidências de casos de carcinoma colo-retal descritos com o esquema terapêutico atual, mas as comparações não são possíveis, devido à grande diferença entre os tratamentos, principalmente em relação às doses utilizadas.

Bancos de dados internacionais que fazem um acompanhamento sistemático dos pacientes pediátricos tratados com rhGH e acumulam dados de mais de 300.000 pacientes, relatam o caso de uma paciente anteriormente tratada por tumor de sistema nervoso central que desenvolveu um tumor gastrointestinal, e uma paciente com síndrome de Turner com câncer de cólon (6,70-72).

É importante observar que em todas as pesquisas é difícil efetuar-se um cálculo adequado do risco de desenvolver leucemia ou tumores sólidos sem que se conheça a incidência de câncer nos pacientes deficientes de GH que não foram tratados. Existe, inclusive, a dúvida se a deficiência de GH per si poderia predispor ao desenvolvimento de leucemia (6,45).

Em 2004, os membros da Lawson-Wilkins Society for Pediatric Endocrinology elaboraram um editorial questionando se a ocorrência de neoplasia nos pacientes tratados com rhGH seria coincidência ou conseqüência, e concluíram que no momento atual os dados disponibilizados não indicam uma preocupação com malignidade, e sustentam seu posicionamento com base em um estudo feito com 6.284 pacientes tratados por deficiência idiopática de GH. Nesse grupo, embora alguns pacientes com radiação prévia tenham desenvolvido leucemia, não foi encontrado aumento significativo no número de pacientes que desenvolveram a doença (76).

O risco de desenvolver uma neoplasia não parece estar aumentado nos pacientes com deficiência de GH tratados. Com a expansão nas indicações do rhGH, estima-se que mais de 100.000 pacientes estarão em tratamento nos próximos anos, de tal forma que estabelecer se a exposição precoce ao rhGH poderá influenciar a incidência de neoplasias a longo prazo continuará sendo uma preocupação.

Com história de neoplasia prévia: Nas últimas duas décadas, a porcentagem de crianças tratadas por câncer que atingem a cura aumentou de forma significativa. Devido a essa sobrevida importante, os profissionais que cuidam desses pacientes passaram a se defrontar com vários problemas, entre os quais salientam-se as alterações hormonais, como atraso de crescimento e da puberdade, hipotiroidismo e infertilidade, que têm como principal causa o tratamento quimio e radioterápico. A deficiência de GH é a alteração endócrina mais comum e a que provoca as principais dúvidas e questionamentos, tanto em relação ao diagnóstico quanto ao tratamento (69).

A questão principal quando se analisa a indicação do rhGH nos pacientes tratados por câncer durante a infância é se uma substância com importante capacidade de promover crescimento, um potente anabolizante, com ações mitogênicas e proliferativas, aumentaria o risco de recorrência da doença de base ou poderia desencadear o desenvolvimento de uma segunda neoplasia.

A recorrência do tumor de sistema nervoso central tem sido apontada como uma causa freqüente de óbito de pacientes tratados com rhGH. Vários estudos têm avaliado se o risco de recorrência dos tumores é modificado pelo uso de rhGH. É pertinente lembrar que para os diferentes tumores existe uma taxa de sobrevida e uma incidência esperada de recidivas, mas nem sempre essas comparações são realizadas, sendo difícil avaliar se a porcentagem de recorrência é superior ao esperado na população não tratada.

Dois estudos multicêntricos muito bem elaborados afastam a possibilidade de o rhGH aumentar o risco de recorrência da doença tumoral. Um desses estudos avaliou a evolução da neoplasia em 1.071 pacientes com tumores de sistema nervoso central (excluindo craniofaringioma), dos quais 180 tratados com rhGH (77). Outro estudo avaliou 13.539 pacientes que sobreviveram a um câncer infantil, dos quais 361 foram tratados com rhGH e incluiu, além dos pacientes com diagnóstico de tumores de sistema nervoso central, outras patologias como linfomas, leucemias e sarcomas (78). Foi avaliado não apenas o risco de recorrência da doença, mas também um outro aspecto muito importante no tratamento hormonal desses pacientes, o aparecimento de um segundo tumor. Embora a incidência de leucemia não tenha sido significativa nos pacientes tratados, parece que o risco de aparecimento de um tumor sólido está discretamente aumentado, embora restrito aos sobreviventes de leucemia e linfoma. A importância clínica desse achado ainda é incerta.

Existem outras questões que ainda permanecem sem resposta e não existem estudos com número suficiente de pacientes para se ter absoluta certeza da não interferência do rhGH na recorrência da doença de base. Nessas condições, não se pode considerar que outros tumores, com natureza diversa daquela dos tumores do sistema nervoso, sejam considerados iguais, na vigência de rhGH em relação a esse comportamento, e extrapolar os dados não seria conveniente.

A maioria das crianças tratadas por câncer que apresentam deficiência de GH tem patologia do sistema nervoso central ou doença hematológica tratada com radioterapia. Nesses casos, antes de se iniciar a terapia com rhGH deve-se considerar o comportamento da doença de base, as condições do tumor (ressecado completamente ou não), a probabilidade de recidiva e as condições gerais do paciente. Especialmente em tumores como meduloblastoma e craniofaringioma, que têm alto risco de recidiva, é aconselhável aguardar um período mínimo de 1 ano antes de iniciar a terapia de reposição hormonal. Nas leucemias aparentemente não há a necessidade desse intervalo de tempo (78).

Comentários finais

Estudos in vitro e em animais sugerem que os membros do sistema IGF promovem a progressão do ciclo celular e inibem a apoptose tanto por ação direta com outros fatores de crescimento como por ação indireta, interagindo com outros sistemas moleculares intracelulares envolvidos na promoção e/ou progressão do câncer. [...]

fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302005000500026

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muito interessante. sempre soube da existencia da provavel relaçao entre taxas de gh e piora nos quadros de cancer ja existente, mas nao sabia que ele tambem podia ser fator de importancia no aparecimento da doença:

Quando a relação entre o uso do rhGH e o aparecimento de neoplasias é analisada, duas questões se colocam. A primeira é se o rhGH induz ao aparecimento de tumores em pacientes sem doença neoplásica, e a segunda é se pode influenciar na recidiva da doença tumoral, em pacientes considerados curados ou em remissão.

[...]

As concentrações circulantes de IGF-I, IGF-II e IGFBPs variam entre indivíduos normais, influenciadas por fatores genéticos e estilo de vida, em especial a alimentação. Estudos populacionais têm revelado risco elevado de câncer nos indivíduos com concentrações de IGF-I no limite superior do normal (tabela 1). Estes dados são confirmados com estudos de carcinogênese in vivo, mostrando aumento da taxa de divisão celular e efeito anti-apoptótico da IGF-I. A diminuição da IGF-I diminui as condições permissivas para a proliferação neoplásica.

Na tabela 1 são apresentados os dados do estudo caso-controle realizado por Chan e cols. em 1998, nos Estados Unidos, com 15.000 homens entre 40 e 82 anos de idade, com 152 casos de câncer de próstata, sendo a IGF-I dosada em média 7 anos antes do diagnóstico. Neste estudo, observa-se o risco relativo alto para o câncer quando se tem apenas IGF-I aumentada (RR= 2,4), ou associada a IGFBP3 (RR= 4,3) ou ainda ambas aumentadas em pacientes acima de 60 anos (RR= 7,9) (38). Hankinson e cols., em 1998, também realizaram um estudo caso-controle com 121.700 mulheres entre 30 e 55 anos de idade, com 397 casos confirmados de câncer de mama e com IGF-I dosada em média 28 meses antes do diagnóstico. Neste estudo, observa-se o risco relativo alto para o câncer quando se tem apenas IGF-I aumentada (RR= 2,3), ou na pré-menopausa em idade abaixo dos 50 anos (RR= 4,6), ou ainda associada a IGFBP3 (RR= 7,3) (39).

[...]

Risco de neoplasia em pacientes tratados com rhGH

Sem história de neoplasia prévia: O interesse em determinar se o GH pode desencadear uma neoplasia é muito antigo. Vários estudos clínicos foram feitos para avaliar se existe um risco dessa associação. Em 1988, Watanabe descreveu um aumento na incidência de leucemia em crianças japonesas durante o tratamento com GH e, nessa mesma época, a Lawson-Wilkins Society for Pediatric Endocrinology fez uma revisão de todos os casos semelhantes publicados, calculando o risco dos pacientes em uso de rhGH desenvolverem leucemia como sendo duas vezes maior do que o esperado para a população pediátrica (6,7,68). Convém referirmos que a leucemia é a neoplasia mais freqüente na infância, afetando em média 1:2.000 crianças com idade inferior a 15 anos e, embora a maioria dos casos seja idiopática, alguns fatores de risco para a doença são conhecidos, como idade materna avançada, história familiar, síndromes congênitas, tratamento anterior com agentes citotóxicos e radioterapia (69).

A relação entre GH e leucemia foi reavaliada por estudos mais recentes, envolvendo um número significativo de pacientes, acompanhados por tempo prolongado, que concluíram que a ocorrência de leucemia ou da síndrome mielodisplásica em pacientes tratados com GH é comparável à da população geral, e não se confirmaram, portanto, os achados anteriores. No entanto, identificou-se nesses estudos um grupo de pacientes considerados de risco para desenvolver leucemia, entre os quais se incluem os portadores de anemia de Fanconi, síndromes de Down e Bloom, histiocitose, anemia aplástica e neurofibromatose, assim como os pacientes tratados previamente com radioterapia. O uso de rhGH nessa população não é aconselhado (6,7,44,45,68-73).

Em relação ao desenvolvimento de outros tipos de neoplasias, apesar dos estudos epidemiológicos indicarem uma freqüência aumentada de tumor de cólon em acromegálicos, poucas pesquisas foram feitas até o momento para determinar esse risco nos recipientes de GH, e os resultados obtidos não são concordantes. Tuffli e cols. (74) não demonstraram uma tendência de aumento nas neoplasias relacionada ao uso de GH. No entanto, Swerdlow e cols. (75) estudaram 1.848 pacientes adultos (idade inferior a 40 anos), tratados com GH humano no período de 1959 a 1985, demonstrando após um período de observação de 16 a 20 anos uma taxa de mortalidade por câncer, nesse grupo, maior do que a esperada. O câncer colo-retal foi o mais freqüente, seguido pela doença de Hodgkin. Esses resultados, embora sejam importantes, ainda representam dados preliminares, sem outros trabalhos semelhantes para comparação. O número de pacientes afetados, embora seja muito pequeno, é significante estatisticamente, visto que a incidência esperada de câncer de cólon na população estudada foi avaliado em 0,18 casos, sendo necessária muita prudência na interpretação desses resultados. Não existem evidências de casos de carcinoma colo-retal descritos com o esquema terapêutico atual, mas as comparações não são possíveis, devido à grande diferença entre os tratamentos, principalmente em relação às doses utilizadas.

Bancos de dados internacionais que fazem um acompanhamento sistemático dos pacientes pediátricos tratados com rhGH e acumulam dados de mais de 300.000 pacientes, relatam o caso de uma paciente anteriormente tratada por tumor de sistema nervoso central que desenvolveu um tumor gastrointestinal, e uma paciente com síndrome de Turner com câncer de cólon (6,70-72).

É importante observar que em todas as pesquisas é difícil efetuar-se um cálculo adequado do risco de desenvolver leucemia ou tumores sólidos sem que se conheça a incidência de câncer nos pacientes deficientes de GH que não foram tratados. Existe, inclusive, a dúvida se a deficiência de GH per si poderia predispor ao desenvolvimento de leucemia (6,45).

Em 2004, os membros da Lawson-Wilkins Society for Pediatric Endocrinology elaboraram um editorial questionando se a ocorrência de neoplasia nos pacientes tratados com rhGH seria coincidência ou conseqüência, e concluíram que no momento atual os dados disponibilizados não indicam uma preocupação com malignidade, e sustentam seu posicionamento com base em um estudo feito com 6.284 pacientes tratados por deficiência idiopática de GH. Nesse grupo, embora alguns pacientes com radiação prévia tenham desenvolvido leucemia, não foi encontrado aumento significativo no número de pacientes que desenvolveram a doença (76).

O risco de desenvolver uma neoplasia não parece estar aumentado nos pacientes com deficiência de GH tratados. Com a expansão nas indicações do rhGH, estima-se que mais de 100.000 pacientes estarão em tratamento nos próximos anos, de tal forma que estabelecer se a exposição precoce ao rhGH poderá influenciar a incidência de neoplasias a longo prazo continuará sendo uma preocupação.

Com história de neoplasia prévia: Nas últimas duas décadas, a porcentagem de crianças tratadas por câncer que atingem a cura aumentou de forma significativa. Devido a essa sobrevida importante, os profissionais que cuidam desses pacientes passaram a se defrontar com vários problemas, entre os quais salientam-se as alterações hormonais, como atraso de crescimento e da puberdade, hipotiroidismo e infertilidade, que têm como principal causa o tratamento quimio e radioterápico. A deficiência de GH é a alteração endócrina mais comum e a que provoca as principais dúvidas e questionamentos, tanto em relação ao diagnóstico quanto ao tratamento (69).

A questão principal quando se analisa a indicação do rhGH nos pacientes tratados por câncer durante a infância é se uma substância com importante capacidade de promover crescimento, um potente anabolizante, com ações mitogênicas e proliferativas, aumentaria o risco de recorrência da doença de base ou poderia desencadear o desenvolvimento de uma segunda neoplasia.

A recorrência do tumor de sistema nervoso central tem sido apontada como uma causa freqüente de óbito de pacientes tratados com rhGH. Vários estudos têm avaliado se o risco de recorrência dos tumores é modificado pelo uso de rhGH. É pertinente lembrar que para os diferentes tumores existe uma taxa de sobrevida e uma incidência esperada de recidivas, mas nem sempre essas comparações são realizadas, sendo difícil avaliar se a porcentagem de recorrência é superior ao esperado na população não tratada.

Dois estudos multicêntricos muito bem elaborados afastam a possibilidade de o rhGH aumentar o risco de recorrência da doença tumoral. Um desses estudos avaliou a evolução da neoplasia em 1.071 pacientes com tumores de sistema nervoso central (excluindo craniofaringioma), dos quais 180 tratados com rhGH (77). Outro estudo avaliou 13.539 pacientes que sobreviveram a um câncer infantil, dos quais 361 foram tratados com rhGH e incluiu, além dos pacientes com diagnóstico de tumores de sistema nervoso central, outras patologias como linfomas, leucemias e sarcomas (78). Foi avaliado não apenas o risco de recorrência da doença, mas também um outro aspecto muito importante no tratamento hormonal desses pacientes, o aparecimento de um segundo tumor. Embora a incidência de leucemia não tenha sido significativa nos pacientes tratados, parece que o risco de aparecimento de um tumor sólido está discretamente aumentado, embora restrito aos sobreviventes de leucemia e linfoma. A importância clínica desse achado ainda é incerta.

Existem outras questões que ainda permanecem sem resposta e não existem estudos com número suficiente de pacientes para se ter absoluta certeza da não interferência do rhGH na recorrência da doença de base. Nessas condições, não se pode considerar que outros tumores, com natureza diversa daquela dos tumores do sistema nervoso, sejam considerados iguais, na vigência de rhGH em relação a esse comportamento, e extrapolar os dados não seria conveniente.

A maioria das crianças tratadas por câncer que apresentam deficiência de GH tem patologia do sistema nervoso central ou doença hematológica tratada com radioterapia. Nesses casos, antes de se iniciar a terapia com rhGH deve-se considerar o comportamento da doença de base, as condições do tumor (ressecado completamente ou não), a probabilidade de recidiva e as condições gerais do paciente. Especialmente em tumores como meduloblastoma e craniofaringioma, que têm alto risco de recidiva, é aconselhável aguardar um período mínimo de 1 ano antes de iniciar a terapia de reposição hormonal. Nas leucemias aparentemente não há a necessidade desse intervalo de tempo (78).

Comentários finais

Estudos in vitro e em animais sugerem que os membros do sistema IGF promovem a progressão do ciclo celular e inibem a apoptose tanto por ação direta com outros fatores de crescimento como por ação indireta, interagindo com outros sistemas moleculares intracelulares envolvidos na promoção e/ou progressão do câncer. [...]

fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302005000500026

Bom texto.

Pessoal acha que é oba-oba usar GH, Gianechini com 40 anos pele de moleque, apresentou um linfoma de Hodgkin. Mas pode ser que ele nem saiba o que é GH e a genética dele é super privilegiada e ele não envelhece né, afinal tem gente que também acha que tem BB natural.

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eu já li a respeito do gh "evoluir" casos de cancer, oque de fato é provável só de lermos a respeito do funcionamento do GH, mas a hipótese de desenvolver a doenca do 0, me surpreende...

então Gaspar, salvo a possibilidade de vc estar correto na suposicao referente ao gianechini, embora ele tenha até uma predisposicao familiar, acredito que o cancer é de fato surpreendente, tenho um parente de 21 anos que desenvolveu o mesmo cancer do gianechini, isso sem uso de esteroides pelo menos eu acho que nunca usou, se usou, usou muito mal pq eh 30 of arms.

quanto ao topic tem vários recursos ai que vc pode usar para conquistar a definicao, eu tenho dificuldades psicológicas para a dieta, mas com a prática, tentando vários cuttings eu consegui desenvolver algumas capacidades, consegui definir mas não consegui manter devido aos feriados e viagens, hoje tenho seguranca para ciclar em cutting que é de fato o meu objetivo. talvez vc queira isso, ganhar MM mesmo em cutting e tbm perder gordura, ou seja um cutting mais eficiente onde o BF é reduzido tanto pela perda de gordura quanto pelo ganho de massa muscular. Agora GH não é a melhor opcao e devido ao custo elevado do GH, pelo menos é elevado pra mim, eu acho que vc nao deveria usar agora, ainda mais para esse fim, GH pra mim é quando os AEs já não fazem tanta diferenca, somente em doses muito grandes, talvez nesse momento eu pensaria em usar o GH.

Editado por maderaço
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eu já li a respeito do gh "evoluir" casos de cancer, oque de fato é provável só de lermos a respeito do funcionamento do GH, mas a hipótese de desenvolver a doenca do 0, me surpreende...

então Gaspar, salvo a possibilidade de vc estar correto na suposicao referente ao gianechini, embora ele tenha até uma predisposicao familiar, acredito que o cancer é de fato surpreendente, tenho um parente de 21 anos que desenvolveu o mesmo cancer do gianechini, isso sem uso de esteroides pelo menos eu acho que nunca usou, se usou, usou muito mal pq eh 30 of arms.

Gostei eu também ja tinha lido que o câncer só vai se desenvolver durante um ciclo se ele ja existir dificilmente ele vai criar um câncer do zero , mas assim como a soja existem estudos que provam e outros que desmentem , eu usaria se o $$ desse porém visto como esse povo que quer usar não quer ser atleta , acho desnecessário o uso , a não ser que você seja rico (porque precisa ser pra bancar 2.5k de drogas por mês ) é inviável.. Como já disse a trembolona tem um ótimo efeito sob o individuo se o bf dele for <18%(fazendo um bom ciclo de 10 semanas com produtos legítimos e uma dieta controlada ) você perde no mínimo 10% desse bf... Porém ressalvo que é de extrema importância um médico pra dizer : VELHO PARA QUE SEU FIGADO JÁ ERA! TA DEFINHANDO... só pra isso , porque ele dificilmente vai te receitar alguma coisa...

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eu já li a respeito do gh "evoluir" casos de cancer, oque de fato é provável só de lermos a respeito do funcionamento do GH, mas a hipótese de desenvolver a doenca do 0, me surpreende...

então Gaspar, salvo a possibilidade de vc estar correto na suposicao referente ao gianechini, embora ele tenha até uma predisposicao familiar, acredito que o cancer é de fato surpreendente, tenho um parente de 21 anos que desenvolveu o mesmo cancer do gianechini, isso sem uso de esteroides pelo menos eu acho que nunca usou, se usou, usou muito mal pq eh 30 of arms.

Também conheci um garoto que morreu com 14 anos de leucemia, mas quantos caras de 40 anos você conhece 'conservados' igual o Gianechini? Lógico é só achismo meu, mas onde moro quem tem 40 anos parece ter 40 anos.

Só quero que acabe esse hype sobre o GH sendo a 8ª maravilha, ele tem seus prós e contras assim como qualquer outra droga.

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  • 3 anos depois...

Bom dia galera,

 

Desculpem por "ressuscitar" este tópico, porém li ele todo mas não encontrei o que eu procuro. Estou tomando GH (Eutropin) a aproximadamente 5 meses (3 meses de ciclo com outros venenos, 1 mês de TPC e 1 mês só no GH mesmo) 2ui/dia. Resultados 200% satisfatórios.Continuo treinando e fazendo dieta normalmente, mantive tudo que sequei/ganhei. O formigamento nas mãos já comecei a ter a algum tempinho, mas nada que me torture e também nada de aumento das extremidades ósseas. Gostaria de saber quais seriam as outras complicações de fazer o uso contínuo do GH (tenho 33 anos). Pode desestabilizar o meu eixo e me ferrar a libido? Gineco? Outra que o senhor capiroto proporciona?  :)

 

Agradeço desde já,

Editado por Alexandre Pinto
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Nessa dose, só benefícios. 

 

Eeeeu diria que a loooongo prazo, se você tivesse uma pre disposição fuuuudida, e abusasse muuuuuuuito (muito x10000) de carbos simples na dieta, poderia ter um começo de diabetes. Leia de novo PRÉ DISPOSIÇÃO. 

2ui de eutropin é pra deixar seu exame de pulso de hgh lá pra uns 8ng/ml até 9... 

O exame, se não já souber como realiza, é assim:

aplicação IM 2h antes do exame

 

Sub cutânea e intra venosa tem como fazer também, mas há mais chances do pulso variar e você tirar numa hora ou que o pulso já passou ou que ainda não esteja vindo. 

Vale lembrar que em jejum, sem uso de GH e em condições saudáveis, da pra atingir aí uns 2, até 3ng/ml no exame.. 

 

Editado por Increlex
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10 minutos atrás, Increlex disse:

 

Vale lembrar que em jejum, sem uso de GH e em condições saudáveis, da pra atingir aí uns 2, até 3ng/dl no exame.. 

 

errado.

raramente alguém consegue notar 1ng/dl no exame, a maioria das vezes é zero, a não ser que tirem sangue de vc dormindo.

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11 minutos atrás, lucasf21 disse:

errado.

raramente alguém consegue notar 1ng/dl no exame, a maioria das vezes é zero, a não ser que tirem sangue de vc dormindo.

bacana, voce acompanha o leandro almeida..

eu não falo algo por falar, eu falo me baseando no que já vi e no que roda na minha consultoria... exame é algo que roda muito lá e meu coach fala disso sempre, é parte essencial de se acompanhar. 

 

 

 

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