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  1. Índice Saudações, Demorou um pouco, confesso, mas ‘cá estou com a segunda parte do ‘Uma abordagem racional sobre o uso de Esteroides anabólicos androgênicos’ (se você perdeu a primeira parte, clica aqui!). Os motivos para a demora foram muitos, final de semestre, férias, exames, reflexões. Tudo isto serviu para muitas coisas e, diante de novos textos, artigos e estudos estou para dar continuidade a este punhado de opiniões argumentativas. Na primeira parte eu apresentei o conceito de uma ‘abordagem racional’ que é um método de traçar de forma clara quais são os objetivos e as possibilidades pretendidas por cada um de vocês. É a fase de planejamento, muito negligenciada por muitos. A geração do ‘esforço mínimo’ convencionou-se a ler coisas na web à ditadura dos ‘gurus dos teclados’ e suas consultorias milagrosas. Esquecem-se de princípios básicos, já apresentados, como o da ‘individualidade biológica’. Deste ponto em diante, pretendo trazer uma abordagem mais específica a partir de leituras que tenho feito. Aguardo a leitura de vocês e, sobretudo, os comentários que a parte mais interessante de se usar o Hipertrofia.org, o diálogo e as críticas de vocês. Efeito borboleta Ué, não estamos falando de hormônios? O que um filme tem a ver com isso, T. Wall? Calma, jovem, não estou me referindo ao filme, mas a teoria do Efeito borboleta, cita-se a wikipedia (haha!): Efeito borboleta é um termo que se refere à dependência sensível às condições iniciais dentro da teoria do caos. Este efeito foi analisado pela primeira vez em 1963 por Edward Lorenz. Segundo a cultura popular, a teoria apresentada, o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo. De acordo com esta teoria tudo, absolutamente tudo, está interligado. Como a parte grifada, pequenas ações causam grandes impactos futuros. Esta abordagem se aplica ao mundo dos esteroides anabolizantes. Quando você lê posts do Gh15 ou de quem quer que seja dizendo que 90% de um shape são hormônios ele não quer só que você aprenda a verdade por trás dessa frase, mas a importância dos outros 10%. Os detalhes, meus amigos, são nos detalhes que residem as grandes mudanças. Por que será que a maioria do público frequentador de academias tem uma total obsessão pelos corpos d’outras pessoas e concentram seus esforços em copiar dietas, treinos e ciclos destas? Ora, porque é muito mais fácil copiar do que criar. Criar exige tempo, exige raciocínio, exige paciência. Por isso convencionamos em dizer para as pessoas: “aprendam a treinar, comer e descansar direito antes de pensar em hormonizar”. E isso, claro, entra em conflito com o que colocamos ali em cima. Se 90% do shape são hormônios, porque me privar deles, atrasando meu crescimento? Simples, porque sem saber os detalhes, sem conhecer a si mesmo, não há como se obter sucesso. Vamos lá, quantos caras na academia você vê e você sabe que são hormonizados e, no entanto, não possuem um shape de respeito? Pessoas que começaram a ciclar para ir numa balada, numa micareta, por influencia de um instrutor qualquer e tem resultados pífios? Nesse momento, muitos de vocês devem estar abaixando a cabeça e identificando-se com este perfil. Uma pena. Crescimento ou ilusão? Compreender o pilar fundamental (comer, treinar e descansar) é preciso para se evoluir. Em situações normais (leia-se naturais), com base em estudos Lyle Mcdonald, é possível ganhar 18 a 22 quilos de músculo nos primeiros 4 a 5 anos de treino, e os ganhos são desprezíveis a partir disso, na casa dos 1 a 2 kgs por ano. Fatores como idade e condições iniciais poderão afetar os ganhos potenciais. Caras mais velhos poderão ganhar menos que caras mais novos, e caras magros poderão ganhar mais que a média. E outras pessoas simplesmente ganharão mais, ou menos devido a fatores como hormônios, genética em geral, e estilo de vida. Após este primeiro período, encontramos a chamada fase de estagnação ou, para alguns, o “limite natural”. Particularmente eu odeio este termo. Odeio de verdade. Mas não vem ao caso. Os ganhos de massa magra, em um dado ponto, entram numa faixa menor e é, teoricamente, neste ponto que entram os hormônios. No passado, nas décadas de 50 e 60, é o que acontecia com os fisiculturistas. Todos os caras já possuíam físicos privilegiados que não foram moldados pelos hormônios e sim por treino, dieta e descanso. Não sejamos hipócritas (e esta definitivamente não é minha intenção) de dizer que eles não utilizaram estes recursos. Na realidade, eles usaram sim e usaram pra caralho! Na realidade, se não fossem pelos esteroides anabolizantes não seria possível ser manter em alto nível e competir por tanto tempo. Não seria possível manter o corpo condicionado e treinado boa parte do ano, por mais que na gênese existiam grandes períodos de “off season” e curtos de “on season”. O fato que é aqueles caras, dessas décadas, já eram grandes e fortes quando começaram a usar EAAs. Os hormônios, hoje, são utilizados para moldar corpos e não pra aprimorá-los. Há uma espécie de desvio de função, que não me cabe julgar. Cada um faz o que deseja com seu corpo, cada um é livre para isso. O que passa despercebido, entretanto, é que quão menos preparado nos outros pontos já supracitados (nos 10%) piores serão os resultados pós-ciclo. Quanto mais leio, menos adepto estou ficando da TPC, vou aprofundar isto na próxima parte. A sensação do uso de hormônios e a posterior retirada súbita cria o chamado “crash hormonal” que é simplesmente uma queda súbita dos hormônios sintéticos. Como eles também inibem o eixo HPTA você fica por semanas (ou meses) num estado extremamente catabólico. Não importa o quão boa seja a sua TPC, não importa a abordagem (se é SERMS, HCG, alternativa, o caralho a quatro), você vai perder boa parte do que conquistou com EAAs. É o preço que se paga. Quanto mais eu leio percebo que os hormônios não constroem um corpo, eles te alugam um corpo que, no fundo, não é seu. Você pode tê-lo por muito tempo, o quanto você for capaz de mantê-lo, mas uma hora há de decair. A questão nisso é: o quanto você está disposto a viver assim? Pensem nisso! Bibliografia Autor: Lyle Mcdonald Fonte: http://www.bodyrecomposition.com/muscle-gain/general-philosophies-of-muscle-mass-gain.html Fonte: http://www.hipertrofia.org/blog/2014/04/23/ganhar-massa-muscular-naturalmente-qual-e-o-limite/
  2. Sumário 1. Introdução Salve, Bom, já havia um tempo que estava estudando este tema e estava afim de trazê-lo à tona ao Hipertrofia.org. Para quem não sabe, sou o T. Wall, assíduo freqüentador da seção de diários de treinamento (não conhece o meu? Clica aqui!) e que recentemente tenho me dedicado a escrever alguns artigos para algumas seções do fórum. Os dois primeiros foram relacionados ao treinamento, mas como já realizei meu primeiro ciclo este ano, tenho juntado bastante informação a respeito e lido bastante sobre o tema deste artigo. A abordagem e a bibliografia (e vídeografia) aqui utilizada busca uma abordagem um pouco menos ortodoxa e mais simplória, mas nem por isto menos fundamentada. Tem como fundamento, sobretudo, os vídeos e ensinamentos do André Zuccaro (se você não sabe quem é este fella, acho que deveria fechar esta página e abrir o Google, rapaz!). Como eu tenho certeza que o tema é de muito interesse dos usuários do fórum (até quem não tem interesse em esteróides anabolizantes costumam ler sobre o assunto, pois há uma espécie de sedução pelo que é proibido) eu resolvi dividi-lo em duas partes, para ficar mais fácil para mim. Então, esta semana eu vou escrever tudo sobre Cruise que consegui coletar e somente daqui uns 10 ou 15 dias eu trago a parte sobre Blast. “Pukê faz içu, uáu?” – Pergunta você, jovem gafanhoto. E eu vos respondo: porque este assunto não é tão simples quanto parece. A princípio pode até parecer simples (e sedutor, novamente): “cicle o ano todo e fique #fibradomemo”, mas não é. Sem mais delongas, vamos começar a bagaça. Pegue uma pipoquinha e um copo de leite, porque eu acho que o negócio vai ser grande! 2. Desmistificando os esteróides, mas abrindo a cortina da verdade. Existe um artigo muito bom aqui no fórum de 2013 escrito pelo Dudu Haluch (se você também não sabe quem é este fella, melhor fechar a pagina!) intitulado “A verdade sobre o esteróides”. O artigo é curto, vale à pena ler ele todo, mas tem um trecho em especial eu acho muito interessante para compreender a lógica que existe por trás do “Blast and Cruise”. Cita-se: Muitos médicos não querem admitir, mas o uso limitado de esteróides em um ano, a um ciclo de oito semanas teria praticamente poucos efeitos colaterais adversos e, provavelmente, melhoraria consideravelmente a saúde do indivíduo pelo resto do ano. Seria interessante colocar um grupo de fisiculturistas em um ciclo curto e leve, em seguida, acompanhar a diminuição de massa muscular ao longo dos meses após o fim do ciclo. Estes resultados não me surpreenderiam, mas eu não acho que a torcida anti-esteróides gostaria de ouvir que os ganhos de esteróides fazer durar por um longo tempo. (DUCHAINE, Dan apud HALUCH, Dudu). Não vou entrar muito no mérito, mas é óbvio que existe uma grande torcida contra o uso indiscriminado de esteróides anabolizantes. E não é para menos! O uso inconsequente destes recursos ergogênicos são capazes de destruir os níveis hormonais do indivíduo, causar problemas sérios e, em último caso, à morte. E isto não é uma conversa alarmista, é real. Talvez, o grande problema da maioria das pessoas que se lança no mundo dos esteróides anabolizantes seja não ter a dimensão do quão sério é este assunto. Em bem verdade, somos muito imediatistas. Queremos os resultados para ontem. Os esteróides podem nos proporcionar isto, mas com um preço. É este preço que, muitas vezes, não colocamos na balança ou só enxergamos depois. Os famosos colaterais. Já fiz muito isto e tenho certeza que muito já fizeram: ao ler o perfil de um esteróide eu só lia os benefícios que ele causa e, na parte dos colaterais, eu pulava ou não lia com a mesma atenção da primeira parte. Por isto, este preâmbulo serve também como um alerta, não estamos falando de uma ‘poção mágica’ ou ‘soro do super-soldado’ que vai te dar músculos a troco de nada. Existe um preço e o preço é a sua saúde. Continuemos: Estamos falando de um usuário que consegue controlar os efeitos adversos, como acne, retenção, pressão alta, aromatização, supressão do eixo hormonal, e escolhe drogas consciente de sua toxidade e efeito no colesterol, e sempre que possível faz acompanhamento com exames. Sabemos que alguns esteróides podem melhorar o sistema imunológico, a saúde cardiovascular, o fortalecimento dos ossos, a absorção dos nutrientes pelo corpo, a queima de gordura, o aumento da massa muscular, etc. (HALUCH, Dudu) Falando em controle dos efeitos adversos estamos justamente falando sobre os colaterais. Uma pessoa inteligente consegue pesar isto na balança, os prós e os contras em tomar uma decisão. Mede os riscos. Com este artigo, trazendo o conhecimento a vocês eu não estou falando “faça” ou “não faça”, estou falando: “conheça e decida”. Escolhas, amigos, escolhas. 3. Blast and Cruise: resumo Embora a expressão seja americana, vale nota uma tradução livre de ambos os termos. Blast pode ser entendido como “explodir”. Seria então uma fase de crescimento de real “mutação”, no sentido mais literal da palavra. Cruise, por sua vez, pode ser compreendido como “navegar” ou “cruzar”. Tem uma ideia de uma fase de transição ou de “ponte”. Desta forma, o sistema de “Blast and Cruise” é um sistema de “explosão e transição” com o uso de diferentes drogas e dosagens de maneira cíclica com o objetivo de manter o corpo hormonizado a maior parte do ano. A princípio parece ser uma coisa dos deuses, né? Ledo engano. Como vocês bem sabem (ou deveriam saber), a grande maioria dos hormônios sintéticos suprime eixo hipotálamo-hipófise-testicular (HPTA) – sendo este o termostato para a produção natural do seu corpo de testosterona. E esta supressão – dentre outros fatores – gera os efeitos colaterais. Ou seja, independentemente das doses, quanto mais tempo você estiver sob efeito dos esteróides anabolizantes, maiores são as chances de contrair colaterais. Por isto, para um “Blast and Cruise” realmente bem executado é essencial exames pré (antes), intra (dentro ou durante) e pós (depois) ciclo. Abaixo segue uma lista padrão destes exames: Outra coisa, um “Blast and Cruise” de verdade envolve muitas semanas, muitas aplicações e, consequentemente, muitas drogas. E consequentemente (de novo) muito dinheiro. Então, não pense que você vai gastar seus 300~500 reais e vai conseguir montar um “Blast and Cruise”. Não, meu amigo, você só vai estar enganando a si mesmo. E estamos falando só dos esteróides, nem estou colocando a dieta nesta conta! 4. Cruise ou TRT Como foi explicado no tópico anterior, existem duas fases: o Blast ou “explosão” e o Cruise ou “transição”. Neste exato momento, o fellinha de 17 anos deve estar perguntando: “Por que não posso ciclar em blast o ano todo e socar esteróides para dentro desde que faça os exames?” Quer socar esteróides a rodo, filho da puta? Seu caminho pro cemitério está guardado! “Certamente morrerás!” (BLAUZEN, Lucas) Brincadeira, gente… hehe! A questão de não fazer um blast o ano todo é porque ninguém (ou quase ninguém) tem condições financeiras de bancar altas doses de testosterona e outras drogas e seu corpo teria tantos colaterais que você iria morrer. Quanto mais drogas e mais tempo, mais colaterais e pior a capacidade de reversão. É uma conta bem simples. O uso contínuo dos hormônios sintéticos alteram algumas taxas, conforme explica o Dudu Haluch: Taxas como TGO, TGP, bilirrubinas podem estar alteradas se drogas 17 AA (hemogenin, dianabol, oxandrolona, turinabol, halotestin, stanozolol) foram usadas durante ou no final do ciclo, então essas drogas deveriam ser evitadas durante o Cruise ou usadas cuidadosamente, e cuidados com a dieta devem ser fundamentais para regularizar essas taxas. Isso sem falar em TGO, TGP, creatinina, colesterol (total, HDL, LDL). O Cruise ou “ponte” serve justamente para ser uma janela para você cuidar desta taxa. Seria, então, o momento certo para os exames pós-ciclo e para utilizar estratégias (sobretudo dietéticas) para combater taxas alteradas. Seria uma “mini-terapia pós blast” sendo que ela é apenas um tempo de descanso. Bodybuilders PRO usam seus Cruise para serem humanos. Afastam-se dos treinamentos, cuidam da saúde, vida social. Pode parecer estranho, mas quem vive disso acaba sacrificando muito em prol de um corpo que, no fundo, não é seu. Isso significa dizer que, durante o Cruise, o usuário fica sem drogas? Não. Normalmente (eu diria, obrigatoriamente) o Cruise é formado apenas por uma droga: testosterona. Por isso, o Cruise também é chamado de Terapia de Reposição de Testosterona (TRT). Já ouviu falar desse nome? No MMA, talvez né?! Pois é, amigos, o Cruise nada mais é do que uma mera reposição de testosterona e regulação das outras taxas. Como fazê-la? (Retirado de trechos do André Zuccaro) Quanto maior a frequência de aplicação menor a aromatização e mais estáveis serão os níveis de testosterona e estradiol. Aplicações infrequentes estão também relacionados ao mal-estar mental, físico e emocional do indivíduo. A ideia é tentar controlar o estrogênio com o BF baixo + alimentação + suplementação saudável e, se possível, sem o uso de Inibidores de Aromatase (IA). O ideal seria aplicações entre 150 e 300mg de testosterona por semana dividida no maior número de vezes possível. Isso varia de pessoa para pessoa. A ideia do Cruise é deixar você o mais próximo do natural e da maneira mais saudável possível. 5. Blast ou explosão Continuando o artigo, ingressamos na parte mais complexa a variável: o Blast. E por que é complicada? Por um simples motivo: não existe uma receita fixa. Ao contrário do Cruise, onde encontramos basicamente o uso de testosterona (ésteres, para ser mais exato) em doses baixas e regulação de taxas, no Blast encontramos um verdadeiro enigma. Na realidade, por analogia, o Blast equivale ao ciclo de uma pessoa natural ou que faz Terapia Pós-Ciclo. É quando você faz o uso (neste caso, abuso) de esteróides anabólico-androgênicos (EAA) durante um período de tempo de modo a obter ganhos massivos. Existe, na realidade, muita confusão sobre o real significado do termo “esteróides anabolizantes”. E, querendo ou não, acabamos passando por cima destas questões. O artigo de revisão intitulado ‘Esteróides anabolizantes no esporte’ (seque nas referências) traz uma definição bem sintética: Esteróides anabólico-androgênicos (EAA) referem-se aos hormônios esteróides da classe dos hormônios sexuais masculinos, promotores e mantenedores das características sexuais associadas à masculinidade (incluindo o trato genital, as características sexuais secundárias e a fertilidade) e do status anabólico dos tecidos somáticos. (SILVA, DANIELSKI & CZEPIELEWSKI) Esta definição teórica é importante, pois quando falamos em sentido genérico sobre esteróides anabolizantes, na realidade, estamos incluindo outras substâncias que não apenas os EAAs (embora eles continuem sendo os grandes componentes deste grupo). E esta generalização advém, sobretudo, das substâncias consideradas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) no conceito de doping: Segundo o Comitê Olímpico Internacional (COI), doping é definido como o uso de qualquer substância endógena ou exógena em quantidades ou vias anormais com a intenção de aumentar o desempenho do atleta em uma competição. Juntamente com os 2-β-agonistas, os EAA pertencem à classe dos agentes anabólicos que, somados a estimulantes, narcóticos, diuréticos e hormônios peptídicos, glicoprotéicos e análogos, compõem as substâncias proibidas no esporte. (SILVA, DANIELSKI & CZEPIELEWSKI) Certo, neste ponto, você deve estar se perguntando: “para quê explicar o óbvio sobre o que são EAA e doping?” A resposta é simples: para reforçar a ideia inicial do Blast, sua variabilidade. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, não existe um “protocolo base” ou “doses recomendadas” para um Blast. O que vai defini-lo, na realidade são três coisas: 1. Seu objetivo 2. Suas taxas hormonais 3. Sua di$ponibilidade Então, na realidade, um Blast não difere em muita coisa de um ciclo “convencional”. O que difere, na realidade, é a forma como você vai executá-lo, o tempo de permanência com o uso de hormônios exógenos (produzidos fora do seu organismo) e o próprio Cruise. Como assim o Cruise? Simples, quem se utiliza da estratégia de Terapia Pós-Ciclo (TPC), também chamada de restart, na realidade busca voltar ao seu estado “original” (embora isto não seja mais possível, pois uma vez desregulado o eixo HPTA, ele nunca mais será o mesmo – por isso a seriedade do tema). O Cruise, por sua vez, usa testosterona sintética para manter os níveis hormonais acima do “natural” e, por conseguinte, gerando menos perdas. Pois, quem faz TPC com o passar do tempo volta aquém (abaixo) do seu limite genético, retorna ao “equilíbrio” hormonal (que, repito, não será mais o mesmo após a desregulação). Sobre as formas de execução, existem diversos métodos, dentre os quais destaco: Estudos têm descrito que a forma com que os EAA são utilizados por atletas obedecem, basicamente, a três metodologias: a primeira, conhecida como “ciclo”, refere-se a qualquer período de utilização de tempos em tempos, que varia de quatro a 18 semanas; a segunda, denominada “pirâmide”, começa com pequenas doses, aumentando-se progressivamente até o ápice e, após atingir esta dosagem máxima, existe a redução regressiva até o final do período; e a terceira, conhecida como “stacking” (uso alternado de esteróides de acordo com a toxicidade), refere-se à utilização de vários esteróides ao mesmo tempo. (SILVA, DANIELSKI & CZEPIELEWSKI) Novamente, quem vai definir isto? Vocês! Se você desejava uma receita de bolo, sinto muito, mas o artigo não tinha e nunca teve esta intenção. Mas sim mostrar a forma como se estrutura o famoso “Blast and Cruise”. Esta é uma metodologia que existem muitas vantagens (manutenção dos ganhos pós-blast e ganhos progressivos além da faixa do limite genético) e desvantagens (inibição ou desligamento, como queiram chamar, do eixo HPTA; maior possibilidade de colaterais; necessidade de exames periódicos e regulação de taxas; e, o que faz muita gente pensar duas vezes antes de entrar nessa, infertilidade). 6. Conclusão Bom, sinto que talvez eu não tenha agradado à todos. Espero que tenha ficado claro qual foi a intenção deste “artigo” (que não é científico, mas meramente argumentativo, informativo e opinativo) de desmistificar sobre estas duas metodologias de modo a fazer com que usuários novos não saiam arrotando termos e ideias sem o devido conhecimento. O mundo dos esteróides anabólicos e do próprio fisiculturismo é um tanto quanto insólito e se torna mais quando há falta de informação. No passado, tínhamos frutíferas contribuições e discussões aqui no Hipertrofia.org uma das intenções dos meus artigos é justamente provocar estas discussões. Ah, quem tiver sugestões de protocolos, coloca nos comentários que eu vou incluindo como um capítulo a mais antes da conclusão, está certo? Beijos caramelados (NO HOMO)! Bibliografia http://www.hipertrofia.org/forum/topic/7330-exames-antes-e-pos-ciclos/ http://www.hipertrofia.org/forum/topic/120500-a-verdade-sobre-os-esteroides-dudu/ http://www.duduhaluch.com.br/cruise-trh-dudu/ http://www.youtube.com/watch?v=K3SpKxDW-Dc&feature=youtu.be (PT 01 – Cruise) https://www.youtube.com/watch?v=H8pcJfaWmwA (PT 02 – Blast) https://www.youtube.com/watch?v=B2sP-m6K-CA https://www.youtube.com/watch?v=pbf4wX7Nv3s SILVA, Paulo Rodrigo Pedroso da; DANIELSKI, Ricardo; e CZEPIELEWSKI, Mauro Antônio. Esteróides anabolizantes no esporte. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbme/v8n6/v8n6a05.pdf>
  3. Índice Saudações, Novamente eu, T. Wall, trazendo um novo artigo para a área de Esteróides Anabolizantes do Hipertrofia.org. Dessa vez, pretendo fazer um texto mais sintético, corrido e argumentativo sobre algumas informações e opiniões que venho formando e que pretendo aplicar em breve na minha vida. Por isso, não vou me ater a explicar com muita minúcia determinados termos (por exemplo, o que são EAAs, TPC, BC, IA), pois acredito que se você [leitor] veio até aqui você deve estar interessado pelo assunto e, no mínimo, já conhece o significado dessas siglas. Os meus recentes estudos sobre esteróides e, sobretudo, Blast and Cruise abriram minha mente a cerca da realidade do uso destes recursos. E discussões pelo fórum também provocaram minha reflexão crítica na busca do que chamo de “abordagem racional”. Uma abordagem racional O advento da internet trouxe acesso a informações a milhares de pessoas ao redor do globo. A popularização da musculação (que aconteceu em outros países na década de 70~80 e, no Brasil, vem crescendo nos últimos 20 anos) também trouxe acesso a conteúdos antes restritos a boa parcela da população. Não me refiro a treinamentos, dieta e suplementação, embora estes perpassem também essa escala de acesso. Refiro-me ao uso de recursos ergogênicos. Esteróides anabolizantes. Os vídeos de Marc Lobliner (que apesar de polêmico e controverso) trouxeram uma reflexão à minha cabeça. A elevação de um “padrão de beleza” como “natural” das panicats e de determinadas subcelebridades (ex-BBBs, jogadores de futebol, modelos, atores e atrizes) trouxe para grande parcela da população a falsa ilusão de que é possível alcançar corpos daqueles de forma absolutamente pura num curto espaço de tempo. Na contramão, quem passa a ter acesso à ponta do iceberg, passa a crer que todo e qualquer corpo que esteja “fora do padrão” foi construído única e exclusivamente por conta de esteróides anabolizantes. Extremo, não? Brincadeiras como “stano bem que mal trem” ou “whey, malto gluta e outras paradas” ou “vem monstro” popularizaram-se e banalizaram o esforço. Vivemos numa época do “esforço mínimo” e incluo o esforço de buscar informação como principal ponto. Garotos de 15~18 anos tendo acesso às traduções do Gh15 (que trouxe importantes contribuições para compreensão do que estava sendo feito a partir da “Era Freak”) fora de contexto e passando ao reducionismo de que “é tudo droga” (“it’s all about drugs”). Observando o fórum, eu vejo que poucas pessoas (mesmo aquelas que freqüentam a área de esteróides anabolizantes) demonstram o desejo de competir profissionalmente. Por quê será? Muitos (eu estou incluso) possuem o objetivo meramente estético e usam a musculação como um hobby. Destarte, lanço a pergunta: por que estas pessoas se interessam tanto pelo uso de recursos ergogênicos? A resposta será variada, mas existe um fundamento básico há explicado. O “esforço mínimo” nos move, historicamente, a buscarmos atalhos. Se vamos alcançar o nosso potencial genético somente daqui uns anos, qual o problema em “adiantar algumas etapas” e chegarmos antes? Parece lógico, não é? Particularmente, não vejo problemas nisto. O problema está, contudo, na desinformação. A desinformação, por exemplo, de compreender que um corpo na puberdade ainda não está apto a lidar com variações hormonais. A desinformação de saber que dieta e treino são fatores fundamentais que potencializarão seus ganhos e gerarão uma resposta anabólica melhor e colaterais menores. A desinformação de saber da importância de possuir os protetores em mãos para controlar taxas. A desinformação de não compreender a função e a sinergia dos EAAs. A desinformação, pasmem, de não saber sequer qual seu objetivo. 1. Existe a necessidade de usar testosterona em todos os ciclos? É algo indispensável? 2. Mais, existe algo realmente indispensável no uso de EAAs? 3. Qual a importância dos protetores? E de exames pré, intra e pós-ciclo? 4. Realizar uma TPC serms vai, magicamente, regular todas minhas taxas? 5. Qual o meu real objetivo? Eu preciso crescer, secar, corrigir deficiências? Eu pretendo competir? Eu posso atingir este objetivo de uma forma menos danosa? Eu tenho pressa? Quais minhas escolhas? A abordagem racional, que proponho, é analisar esses pontos antes de tomar uma decisão. É saber avaliar onde se está e para onde se deseja ir. É ser sincero e racional. É não se levar por achismos e coisas que foram lidas em qualquer lugar. É conhecer a si próprio. Eu tenho uma frase muito sintética: “nada relacionado à musculação é receita de bolo”. Nem treino, nem dieta, nem EAAs. Existe um princípio basilar nisto tudo: individualidade biológica. Então, não adianta você ir ao seu instrutor sarado da academia e falar: “pô véi, me passa um <treino ou dieta ou ciclo> para eu ficar igual a você!”. Ele certamente vai te passar o que ele usou. E, se você fizer, ficará frustrado. Pois o que deu certo nele, muito provavelmente não dará certo (não da mesma forma) em você. Por isto, toda e qualquer escolha deve ser levada em consideração pensando nestes fatores. Por hora é isto, não quero me estender. Na próxima parte tratarei de uma parte mais prática do tema. Sugestões, críticas? Sou todo ouvidos olhos! Bibliografia & vídeografia https://www.youtube.com/watch?v=c4DVE4kvqQY https://www.youtube.com/watch?v=A0X9JsAxgtg
  4. Algumas propriedades do Levedo que me chamaram atenção foi ele possuir os aminoácidos que o BCAA tem (histidina, arginina, lisina, triptofano, alanina, leucina, isoleucina, cistina, cistaína, glicina, ácido aspártico, ácido glutâmico, fenilalanina, treonina, metionina, tirosina, valina, prolina, serina, etc.) Eu gostaria de saber se o BCAA pode ser substituido pelo Levedo de cerveja, eu sei que talvez o BCAA tenha mais quantidade dos aminoácidos mas pelo preço do levedo ele da bastante coisas boas não acham? Aminoácidos, carboidratos, vitaminas ...
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