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Religião.


Paradoxo1996

Qual sua religião?  

280 votos

  1. 1. Votem aí, galera. Só por curiosidade das crenças ou descrenças marombas.



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Mais uma dos "Diálogos Faapônicos":

 

- Hoje vou duvidar mais uma vez sobre a existência de Deus!, disse Faaps.

 

- E como você vai fazer isso, Faaprotes?

 

- Simples! Vou usar da ciência. Na realidade não temo nenhuma prova científica da existência Dele!

 

- Mas, Faaprotes, não é a ciência baseada nos princípios elementares da lógica, da dialética e do sistema de categorias de Aristóteles?

 

- Evidente! 

 

- E não estão elas, assim como as ciências, fundadas em princípios que são auto-evidentes e intuitivos como os da causalidade e da identidade?

 

- Por certo!

 

- Como você pode querer duvidar da existência do primeiro-motor, como Aristóteles chamava, usando de argumentos baseados na aceitação da existência de um primeiro-motor?

 

- Mas... Não há evidências do primeiro-motor!!!, respondeu Faaprotes, batendo os pés como um gazela nervosa no chão.

 

- Talvez não haja evidências científicas para isso, realmente. Mas a própria ciência moderna foi fundada tendo como base a aceitação do princípio da causalidade, oras. Como poderia, Faaprotes, você usar o consequente para negar o antecedente?

 

- Mas... Eu não vejo o primeiro-motor!!!

 

- Veja, Faaprotes, você está sendo irracional. Mesmo que você verbalizasse a negação do princípio da causalidade e da existência do primeiro-motor, isso se daria apenas no plano da linguagem, pois, psicologicamente, você continuaria a agir em sua vida cotidiana como se tais fôssem válidos. Responda-me algo: você acredita que precisa respirar para viver?

 

- Sem dúvida, respondeu Faaprotes.

 

- Que você também precisa comer e beber água para viver?

 

- Sim...

 

- Pois bem, se não aceitasse o princípio da causalidade como você diz, bastaria, para você, fazer qualquer coisa que não respirar, comer e beber, uma vez que o princípio da causalidade não seria válido, e logo, ao realizar esses atos, você não seria a causa de sua sobrevivência. É dessa maneira que você age normalmente?

 

- Tenho que ir embora, disse Faaprotes com uma raiva disfarçada.

 

Caminhando para sua residência, Faaprotes pensava um jeito de negar não apenas verbalmente a existência de um princípio primeiro, mas negar de fato, provar para o seu amigo que ele realmente duvidava que algo como o primeiro-motor existisse.

 

- Se eu realmente não acredito no princípio da causalidade, pensou Faaprotes, eu mesmo me tornarei esse Deus que nunca existiu. A partir do momento que eu negar completamente, para mim, a existência desse primeiro-motor, eu vou me tornar meu próprio Deus. Se eu estourar meus miolos para provar que o princípio da causalidade não existe, se ele de fato não existir, o que vai acontecer a mim não será a morte, e sim a libertação de minha mente desse papinho filosófico inútil. EU ME TORNAREI MEU PRÓPRIO DEUS!

 

Chegando em casa, Faaprotes preparou o seu 38 que estava escondido embaixo da escrivaninha e escreveu a seguinte mensagem:

 

"Estourei os miolos para provar que não existe tal coisa chamada de primeiro-motor, tanto que o que eu espero encontrar com minha "morte" não é senão a minha própria coroação como o próprio Deus. Eu serei o meu próprio Deus. Eu criarei minhas próprias possibilidades ao negar a existência de tal ser. E a primeira coisa que vou perguntar quando minha existência terrena estiver acabada será: no céu tem pão?"

 

... E morreu.

 

Vejam que mesmo negando o princípio da causalidade, ele não o nega por completo, apenas substitui a causa primeira das quais decorreriam todas as outras. Por isso eu digo, é IMPOSSÍVEL pensar o nada absoluto. Geralmente as filosofias de negação - que é como o MFS chama essas correntes como o ceticismo - partem de uma coisa que já É. Por exemplo, o Faaprotes não consegue simplesmente acreditar no nada absoluto, ele precisa de que o primeiro-motor exista pra que ele possa negá-lo. O não-ser não pode ser negado ou afirmado, somente o que é algo pode. 

 

No final, o ceticismo se refuta a si mesmo tanto no nível da conduta real do cético, quanto com a simples constatação: se tudo é duvidoso e nada vale a não ser que seja cientificamente provado, então o que eu acabei de dizer é duvidoso também, logo, nem tudo é duvidoso se não for cientificamente provado.

 

15 horas atrás, cormaya disse:

e eu lá sou físico pra explicar porra de lei da termodinâmica

 

 

Recolha-se à sua insignificância.

 

 

 

 

 

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Argumento da Ciência de Richard Swinburne

"A estrutura básica do meu argumento é esta: os cientistas, historiadores e detectives observam dados e avançam a partir deles em direcção a uma certa teoria acerca do que melhor explica a sua ocorrência. Podemos analisar os critérios que usam ao chegar à conclusão de que uma certa teoria acomoda melhor os dados do que outra — isto é, que tem mais probabilidades, com base nesses dados, de ser verdadeira. Usando esses mesmos critérios, descobrimos que a perspectiva de que Deus existe explica tudo aquilo que observamos e não apenas um conjunto limitado de dados. Explica o próprio facto de haver universo, de as leis científicas actuarem nele, de ele conter animais conscientes e seres humanos com corpos intricadamente organizados e muito complexos, de termos oportunidades em abundância para promover o desenvolvimento, nosso e do mundo, bem como factos mais específicos, como o de os seres humanos relatarem a ocorrência de milagres e terem experiências religiosas. Na medida em que as causas e as leis científicas explicam algumas destas coisas (e, em parte, explicam), estas mesmas causas e leis carecem de explicação; a acção de Deus explica-as. Os mesmíssimos critérios que os cientistas usam para chegar às suas próprias teorias levam-nos a avançar para além dessas teorias, em direcção a um Deus criador, que garante a existência de tudo."

 

"O ateísmo não é simplesmente a ausência na crença em Deus. Se assim fosse não haveria conflitos, e cada um viveria no hermetismo de sua posição religiosa, e ponto final. Ateísmo é uma categoria da vida religiosa; melhor, é uma visão completa de mundo, um posicionamento filosófico, metafísico (no sentido genuíno da palavra) comprometido com a verdade da realidade como um todo, tal como o mais pio do cristão também o é." http://www.paraclitus.com.br/2012/veritas/ateismo/os-%E2%80%9Cismos%E2%80%9D-do-ateismo-e-o-que-uma-boa-apologetica-precisa-saber/

 

E Lewis para fechar com golden key:

 

Meu argumento contra Deus era o de que o universo parecia injusto e cruel. No entanto, de onde eu tirara essa ideia de justo e injusto? Um homem não diz que uma linha é torta se não souber o que é uma linha reta. Com o que eu comparava o universo quando o chamava de injusto? Se o espetáculo inteiro era ruim do começo ao fim, como é que eu, fazendo parte dele, podia ter uma reação assim tão violenta? 

Um homem sente o corpo molhado quando entra na água porque não é um animal aquático; um peixe não se sente assim. E claro que eu poderia ter desistido da minha ideia de justiça dizendo que ela não passava de uma ideia particular minha. Se procedesse assim, porém, meu argumento contra Deus também desmoronaria - pois depende da premissa de que o mundo é realmente injusto, e não de que simplesmente não agrada aos meus caprichos pessoais. 

Assim, no próprio ato de tentar provar que Deus não existe - ou, por outra, que a realidade como um todo não tem sentido -, vi-me forçado a admitir que uma parte da realidade - a saber, minha ideia de justiça- tem sentido, sim. Ou seja, o ateísmo é uma solução simplista. Se o universo inteiro não tivesse sentido, nunca perceberíamos que ele não tem sentido - do mesmo modo que, se não existisse luz no universo e as criaturas não tivessem olhos, nunca nos saberíamos imersos na escuridão. A própria palavra escuridão não teria significado.

C. S. Lewis
Cristianismo puro e simples

11 horas atrás, danilorf disse:

Mais uma dos "Diálogos Faapônicos":

(...)

Recolha-se à sua insignificância.

premio-machado-de-assis-dest1110gr-e1405

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Em 26/05/2016 at 10:04, Danilo Z disse:

Não é possível, os caras se fazem de burros...de cegos ... de desentendidos... , tudo isso em nome do ego pra validar uma OPINIÃO baseada NO ACHISMO puro e simples.

Quanto mais vejo um ateu falando mais eu me convenço que ateísmo é uma coisa de gente BURRA ou com uma incapacidade intelectual muito grande.

 

Como vc é chucro, eu conheço cristão burro, mas não digo que todo cristão é burro.

 

Vou te explicar de forma simples, tente entender: Vc ACHA que deus existe. Eu ACHO que deus não existe. 

Nós dois vivemos no achismo entendeu? a diferença é que vc nunca vai ver um ateu tentando te transformar em ateu, mas sempre que tiver a chance vc verá um crente tentando converter um ateu. São apenas pontos de vista diferentes, não entendo porq tanto caos, como disse no começo, vc é chucro!

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2 minutos atrás, Bruno Rafaelt disse:

 

Como vc é chucro, eu conheço cristão burro, mas não digo que todo cristão é burro.

 

Vou te explicar de forma simples, tente entender: Vc ACHA que deus existe. Eu ACHO que deus não existe. 

Nós dois vivemos no achismo entendeu? a diferença é que vc nunca vai ver um ateu tentando te transformar em ateu, mas sempre que tiver a chance vc verá um crente tentando converter um ateu. São apenas pontos de vista diferentes, não entendo porq tanto caos, como disse no começo, vc é chucro!

 

Apenas um dos lados vive em achismo. A fé é uma certeza e é bom que um crente tente converter um ateu, quando vir um que não tentar, este não deve ser crente, pois a missão de um cristão é pregar o evangelho, as boas novas a todos quanto puder e tirá-lo da incerteza guiá-lo para a verdade.

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"Aqui, neste momento, encontra-se talvez seu único momento de paixão pessoal, com exceção daquela efusão solitária durante as dificuldades da sua juventude. E mais uma vez ele está lutando contra seus inimigos com uma tocha ardente. No entanto, mesmo neste isolado apocalipse de fúria, há uma frase que poderia ser recomendada às pessoas de todos os tempos que às vezes ficam irritadas por muito menos. Se há uma frase que poderia ser esculpida em mármore para representar a racionalidade mais calma e resistente, é a frase que surgiu juntamente com todo o resto desta lava derretida. Se há uma frase que passou para a história como típica de Tomás de Aquino, é a frase sobre o seu próprio argumento: 'Não se baseia em documentos da fé, mas nas razões e nas afirmações dos próprios filósofos'. Que bom teria sido se todos os doutores ortodoxos da Igreja, quando enraivecidos, tivessem sido tão razoáveis quanto Aquino! Que bom seria se todos os apologistas cristãos se lembrassem daquela máxima e a escrevessem em letras grandes na parede antes de pregar ali suas teses. No auge da sua fúria Tomás de Aquino entende o que muitos defensores da ortodoxia não conseguem entender. É inútil dizer a um ateu que é ateu; ou atirar contra um negador da imortalidade a infâmia da sua negação; ou imaginar que alguém pode forçar um adversário a admitir que está equivocado demonstrando que está equivocado segundo os princípios de outra pessoa e não de acordo com seus próprios princípios. Após o grande exemplo de Santo Tomás, foi estabelecido o princípio — ou deveria ter sido estabelecido para sempre — de que, ou não devemos discutir com uma pessoa de forma alguma, ou devemos fazê-lo em seu próprio terreno e não no nosso. Podemos fazer outras coisas em vez de discutir, de acordo com nossa concepção de ações moralmente admissíveis; mas, se nós discutimos, devemos fazê-lo 'com as razões e as afirmações dos próprios filósofos'. Este é o senso comum contido em uma frase atribuída a um amigo de Tomás, o grande São Luis, rei de França, que as pessoas superficiais citam como exemplo de fanatismo e cujo significado é: ou te dedicas a discutir com um infiel como somente um verdadeiro filósofo pode discutir, ou então 'crava-lhe uma espada no corpo o mais profundamente possível'. Um verdadeiro filósofo (mesmo um da escola contrária) seria o primeiro a concordar que São Luis foi inteiramente filosófico neste assunto."

 

G. K. Chesterton em "Santo Tomás de Aquino" (biografia).

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Não sei responder se acredito em Deus ou não. Para mim, nós vivemos o céu e o inferno na terra e Deus não é um ser, e sim um sentimento, AMOR, acredito que Deus seja simplismente amor, coisa que talvez 90% da população não saiba oque é. Amor não é simplesmente gostar de alguem, é dar valor a vida, nisso se inclui a si mesmo e ao proximo.

Acredito que essa duvida em acreditar em Deus vem porque contesto muito as coisas, vejo cada coisa acontecendo nesse mundo que as vezes é dificil acreditar que existe um Deus perfeito. Nós tentamos fingir que não, mas este mundo é podre, as coisas mais brutais e escrotas que vocês já pensaram acontecem aos montes, nós só não vemos e isso realmente me abala.

Todos os cristãos me chamam de ateu porque digo não em toda a biblia, coisa que acho absurda.

Resumindo, para mim Deus é amor, nada mais que isso. Não sou a favor de religiões e e também não de igrejas. Fui batisado na igreja catolica, até participava quando menor e hoje sei que não é meu lugar, vejo muita hipocrisia dentro dela, principalmente por parte dos seus fieis.

 

Outra coisa que escuto muito é que vou pro inferno por usar "drogas" por exemplo. "Você fuma maconha, vai pro inferno, bla bla bla", quando vejo gente desse nível chego a ter desgosto.

Editado por Visitante
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