-
Total de itens
97 -
Registro em
-
Última visita
Histórico de Reputação
-
Ockham deu reputação a gaspar em Vídeos De Treinos Funcionais
Resolvi abrir um tópico de vídeos funcionais, visto que temos uma sessão de vídeo no fórum mas o foco lá é outro e esse tópico acabaria perdido.
Acho bacana para podermos ter mais referências para nos ajudar a montar nossos treinos, e também pela inspiração.
Caso encontrem algum vídeo interessante pela net e queiram compartilhar aqui fiquem a vontade, valendo tanto vídeos didáticos como highlights de treino, ou porque não treinos completos, etc.
Por sugestão do cclm agora teremos um Índice para melhor localização dos assuntos pretendidos.
Algumas categorias acabam por ser ambíguas, e terem vídeos que poderiam estar em alguma outra ou mesmo podendo se enquadrar em várias categorias.
O tópico está aberto a sugestões e críticas construtivas, para melhorarmos a funcionalidade do índice.
Teoria
VO2 & Cardio & HIIT & Circuitos & Metcon
Potência & Força & Explosão
Upper Body
Lower Body
-
Ockham deu reputação a gaspar em Vídeos De Treinos Funcionais
Resolvi abrir um tópico de vídeos funcionais, visto que temos uma sessão de vídeo no fórum mas o foco lá é outro e esse tópico acabaria perdido.
Acho bacana para podermos ter mais referências para nos ajudar a montar nossos treinos, e também pela inspiração.
Caso encontrem algum vídeo interessante pela net e queiram compartilhar aqui fiquem a vontade, valendo tanto vídeos didáticos como highlights de treino, ou porque não treinos completos, etc.
Por sugestão do cclm agora teremos um Índice para melhor localização dos assuntos pretendidos.
Algumas categorias acabam por ser ambíguas, e terem vídeos que poderiam estar em alguma outra ou mesmo podendo se enquadrar em várias categorias.
O tópico está aberto a sugestões e críticas construtivas, para melhorarmos a funcionalidade do índice.
Teoria
VO2 & Cardio & HIIT & Circuitos & Metcon
Potência & Força & Explosão
Upper Body
Lower Body
-
Ockham recebeu reputação de jonatapires em [Falta de Pesquisa]Duvidas: Pull Ups,pendlay Row E Chin Ups!
https://www.bodybuilding.com/exercises/detail/view/name/pullups
https://www.bodybuilding.com/exercises/detail/view/name/chin-up
https://stronglifts.com/how-to-perform-the-pendlay-row-with-correct-technique/
-
Ockham recebeu reputação de Leonartavares10 em Excesso De Pele ,resolve Com Musculação?
De uma lida nesse artigo.
-
Ockham deu reputação em Programa Mitos E Verdades Com F. Sardinha
Afinal de contas eu ganho muito dinheiro com o que eu faço.
Afinal de contas os meus patrocinadores que vendem whey e dextrose querem que eu diga pras pessoas que elas podem, tranquilamente, substituir o whey deles por alguns ovos, talvez frango, carne ou PTS ao longo do dia, sem se preocupar com a janela de oportunidade ou com o pico de insulina depois do treino, porque o resultado vai ser igual.
Afinal de contas a revista que me patrocina, e que publica minhas fotos e eventualmente a publicidade de alguma caridosa indústria de suplementos que disponibiliza a melhor cianocobalamina e o melhor ZMA do mercado a um custo baixíssimo quer que eu diga, e me paga pra dizer, que cianocobalamina é uma substância de baixa qualidade, que ZMA é jogar dinheiro fora e que 1) não precisa comer antes de dormir porque não cataboliza e que 2) se comer não precisa ser nem clara nem gema de ovo, muito menos comer algo com azeite, muitíssimo menos comprar a mais cara das caseínas, por motivos que eu discorro maravilhosamente bem.
Afinal de contas eu ganho dinheiro pra ensinar sobre dinâmica de fluidos corporais e fisiologia básica, já que atrai publicidade eu dizer por aí que sódio não é o vilão que todo mundo pensa, que você pode comprar o leite mais barato sem se preocupar com os conservantes dele, que você pode comer seu nugget caso não tenha dinheiro ou possibilidade de comer outra coisa na casa da sua vó ou da sua na morada.
Afinal de contas eu ganho muito dinheiro vendendo equipamentos anunciados no site que me patrocina, já que eu digo que cinto não te traz benefício nenhum, só serve pra carryover, e que straps você faz com uma alça de bolsa velha, ou ainda que você não precisa de um foam roller, uma garrafa d'água serve, ou que você não precisa de uma bola pra massagem, que teu cotovelo serve.
Afinal meu patrocinador, que faz publicidade também de clínicas de fisioterapia, de massagistas, de serviços de osteopatia, RPG, pilates e yoga, me paga não só pra dizer que você não precisa desse tipo de coisa, mas também pra ensinar a como tratar a fisgada na lombar que você teve porque meu amigo Costela-Dedo te ensinou um hip-drive, ou teu estalo no ombro que virou uma dorzinha depois que o supracitado te ensinou a fazer um encolhimento no final de um desenvolvimento. Ou melhor, resolver uma epicondilite lateral que te apareceu depois de um crucifixo que alguém viu que algum peixe indicou porque espremia o peito (depois de ter falhado tantas e tantas vezes nas tantas e tantas séries de outros exercícios antes desse)?
Afinal de contas eu ganho rios de dinheiro dos meus parceiros nutricionistas, que publicam livros e dão palestras, por não indicar eles e rebater o conteúdo dos livros deles e por falar que a dieta de alguém pode muito bem ser muito mais amigável e barata do que beber shake de aveia com adoçante (ou clight) e whey entre uma refeição de batata doce com frango seco,
Afinal de contas eu ganho cinco e cinquenta pra cada vez que eu digo pra alguém que IG 1) não é parâmetro pra nada e 2) não é relevante pra ninguém.
Afinal de contas eu sou grande, forte, falo muito bem, escrevo melhor ainda, vivo da minha imagem e agora vou ser pago pra afirmar todas essas coisas que eu disse anteriormente (melhorando ainda mais a minha imagem perante os meus patrocinadores, amigos e parceiros) na televisão, pra milhares de pessoas me verem e verem como eu sou bem sucedido, e que vai fazer um bem danado pro meu esporte, já que milhares de novos praticantes, com as minhas esplêndidas ideias sobre suplementação pré, peri e pós-treino e pré-sono. e de treino, e de vida e do que for, já que o motivo pra eu ser grande, forte e bem sucedido no meu esporte são, obviamente, essas estratégias, e que seguindo elas todo mundo sairá ganhando, exceto uma minoria de cabeça fraca que depende de comida e convívio social pra se manter lúcido e não aguenta um bom treino hardcore, bem intenso, e a vida de um bodybuilder dedicado.
É por todos esses motivos que eu, Quisso, tô errado e tô ficando milionário às custas dos iniciantes que se impressionam com a minha intelectualidade, e que outros estão certos por serem "bastante humildes", não interagirem com a comunidade, não aceitarem críticas, não estarem abertos à discussão e por disseminarem a verdade que eu tanto combato.
-
Ockham deu reputação a gaspar em Esteroides Versus Naturais
Postaram esse artigo em um tópico uns dias atrás, e eu achei bem bacana a informação.
Como ninguém abriu um tópico exclusivo sobre o assunto(não achei, se tiver mandem link) resolvi postar aqui.
Esse é o artigo
https://www.aworkoutroutine.com/steroids-vs-natural/
E esse o estudo que motivou o artigo
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199607043350101#t=articleResults
Bom, para resumir um pouco:
Dividiram em 4 grupos
1 - sem exercicio e sem AE´s
2 - sem exercicio e com AE´s
3 - com exercicio e sem AE´s
4 - com exercicio e com AE´s
em 10 semanas o resultado foi:
1 - não mudou nada
2 - ganhou 3kg de músculo
3 - ganhou 2kg de músculo
4 - ganhou 6kg de músculo
Nos grupos com AE´s foi utilizado Enantato de testosterona 600mg/sem.
Sim! Tomando AE´s e ficando parados conseguiram mais resultados do que quem treinou natural.
Viram porque não adianta copiar o treino do Coleman? Ah menos que esteja on fire também.
-
Ockham deu reputação a cclm em Como Montar Uma Rotina De Preparação Física Geral (Gpp)
Criei esse tópico com objetivo de ajudar qualquer um (inclusive eu) interessado em como montar uma rotina de GPP, seja qual for seu esporte.
O que é GPP:
"Qualquer treino que seja feito além do seu treino específico, e te ajude indiretamente no treino principal (SPP)."
Exemplo: Um jogador de futebol que faça um fortalecimento das pernas para chutar mais forte. Um lutador que faça alongamentos para chutar mais alto.
Habilidades a se melhorar:
Resistência cardiovascular/respiratória - capacidade do corpo de coletar, processar e transportar oxigênio.
Resistência física - capacidade do corpo de processar, transportar e armazenar energia.
Força - capacidade de um músculo, ou um conjunto de músculos, de aplicar força.
Flexibilidade - capacidade de maximizar a amplitude de movimento de determinada articulação.
Velocidade - capacidade de reduzir o ciclo de tempo de um movimento repetido.
Potência - capacidade de exercer força máxima no menor tempo.
Coordenação - capacidade de combinar diferentes padrões de movimento em um movimento distinto.
Agilidade - capacidade de minimizar o tempo de transição entre diferentes padrões de movimento.
Equilíbrio - capacidade de controlar o posicionamento do centro de gravidade do corpo em relação à sua base de suporte.
Precisão - capacidade de controlar o movimento em uma direção ou em certa intensidade.
Lista de metas:
Segue a lista de metas dessa tabela, para servir de referência aos níveis em cada atividade.
Enquanto algumas coisas só podem ser medidas no esporte específico, como equilíbrio, precisão, agilidade e coordenação, a tabela trata dos outros aspectos.
Nível Um - Iniciante Saudável (0-12 meses)
As referências do nível um podem ser obtidas por qualquer indivíduo destreinado, sedentário nos primeiros 12 meses de treino (assumindo que não possuam nenhuma lesão ou problema de saúde). Esse nível é o padrão mínimo para um estilo de vida saudável e contém a fundação para ganhos básicos de força nos anos seguintes. Essa força básica vai transferir mais facilmente para um aumento da capacidade.
Nível Dois - Atleta Intermediário (1-2 anos)
As referências do nível dois podem ser alcançadas em 1-2 anos após obtido o nível um. Essas habilidades devem ser consideradas normais para um atleta saudável buscando aumento de performance. A transição de uma habilidade pra outra ainda é bem alta aqui, então trabalhar em algumas habilidades vai auxiliar as outras a avançar para o nível três.
Nível Três - Atleta Avançado (2-4 anos)
As referências do nível três podem ser alcançadas em 2-4 anos após obtido o nível um. Esse é um nível apropriado de preparação física para aqueles interessados em atuar por longos períodos e possuir um nível alto de força. Participando de um esporte de alta intensidade, como Parkour, Combates ou esportes altamente competitivos enquanto possui as habilidades de nível três permitirá um grau maior de participação enquanto minimizará o risco de lesão. Atletas que possuem várias habilidades de nível três irão obter mais do seu treinamento, estando capazes de treinar continuamente com poucas lesões e trabalhando na técnica continuamente e sem interrupção. Grande parte dos indivíduos consegue obter nível três na maioria, se não todas, as habilidades desse nível com programação e dedicação adequada.
Nível Quatro - Atleta Especializado
Após alcançar o nível três, alguns atletas podem escolher elevar certas habilidades para um próximo nível. A maioria das referências de nível quatro envolvem treino especializado que não irá permitir que outras metas sejam incluidas no programa do atleta.
Por exemplo, perseguindo um Straddle Planche irá requerir um treino consistente e pesado, que pode fazer com que outra meta, como uma corrida de 5km competitiva, irreal para perseguir simultaneamente. Um atleta pode trabalhar até um nível quatro sem sacrificar as conquistas do nível três, mas geralmente apenas um número pequeno de habilidades de nível quatro podem ser obtidas por cada indivíduo.
Nível Cinco - Atleta Altamente Especializado
Para alcançar nível cinco na maioria das habilidades é necessário um nível superior de genética, dedicação e intelecto. Enquanto nível cinco não é necessariamente um atleta de nível mundial, a maioria das pessoas não consegue realizar habilidades de nível cinco sem sacrificar performance em outros domínios. Quando o atleta atingir o nível cinco, milhares de repetições/corridas/execuções terão sido feitas; anos de experiência terão se estabelecido até essa meta; e talvez o atleta consiga progredir além do nível cinco para um nível mundial. Só de tentar atingir um nível cinco mostra determinação e perseverança memoráveis.
Algumas das referências para cada tipo de habilidade:
Resistência cardiovascular/respiratória:
corrida de 5 km
Resistência física:
membros inferiores - corrida de 400 m, tempo máximo de l-sit
membros superiores - máximo de repetições de paralelas/barras/muscle-ups
Força:
-Puxar - deadlift; barras com peso; OAC; front lever
-Empurrar - supino; desenvolvimento; paralelas com peso; planche
-Pernas - back squat (agachamento), pistols com peso
Potência:
Tiros 100 m , Arranco, Arremesso
Flexibilidade:
Não há uma tabela, mas é interessante que sempre se trabalhe para melhorar o básico de problemas de mobilidade/flexibilidade que os seres humanos possuem, que seria mobilidade do quadril, tornozelos, ombros e escápulas.
Demais habilidades:
Só podem ser medidas através do desenvolvimento no esporte.
Como desenvolver/aprimorar a rotina de treino à partir dessas considerações:
- Testar seu nível atual em cada campo listado:
- Focar nas deficiências e aprimorar as qualidades SEM prejudicar o desenvolvimento das demais habilidades.
O treino deve ser baseado nos cinco padrões basicos de movimento humano: Puxar, Empurrar, Encolher/Dobrar-se, Agachar, Transportar uma carga.
Não importa se você é um fisiculturista, jogador de futebol ou powerlifter, aprimorar esses movimentos irá te auxiliar na obtenção de todos outros componentes físicos. Construir essa base sólida de movimentos básicos é importante antes de aprimorar.
Onde aplicar uma rotina de GPP?
Alguns exemplos:
-Deload
-Inicio do off-season
-Treinos recuperativos
-Após muito tempo sem treinar
-Após uma lesão
Como aplicar?
-Deload: num deload de 2 semanas, por exemplo, pode-se fazer um treino leve e volumoso para ser feito mais frequentemente durante esse período, visando melhorar pontos fracos para preparar-se para o próximo ciclo de treinos.
-Recuperação ativa: treinos mais leves e menos frequentes durante a semana, tanto para recuperar dos treinos mais intensos quanto melhorar pontos fracos.
-Condicionamento: Um treino leve em circuito pode ser uma boa forma de condicionamento cardio-vascular.
Dicas:
-Comece sempre programando seu treino de GPP em torno da recuperação do seu treino principal.
-Durma bem e coma bem. Programe seu descanso e sua dieta de acordo com a demanda.
-Misture as coisas, algumas habilidades (principalmente no início) podem ser desenvolvidas simultaneamente, por exemplo, vários intervalos de sprints servem como treino de condicionamento/explosão.
-Use exercícios unilaterais, maior parte dos esportes é unilateral.
-Fortaleça os pontos fracos mais comuns, como pescoço, pegada, pulsos, lombar/abs.
Exemplo de uma rotina de deload:
Para progredir basta ir aumentando o volume (séries/reps)
Deixei os nomes como no original para facilitar a pesquisa
Esse é um exemplo de treino recuperativo e ao mesmo tempo de resistência, trabalhando os movimentos básicos (ajuda a reforçar o padrão)
Dia 1 - 45s de descanso entre as séries
A1 Bodyweight squat 3x20-30
A2 Front Plank (ou variação)3x30-60s
B1 Hip Thrusters 3x15
B2 Push-ups 3x15-20
B3 Step-ups 3x12-15
B4 Inverted Rows 3x12-15
B5 Unilateral Farmer's Walk 3x25-35 metros
Dia 2 - 45 s descanso entre as séries
A1 Barbell RDL 3x12-15
A2
3x12-15 B1 Bodyweight Split-Squat 3x15
B2 One Arm Dumbbell Bench Press 3x12-15
B3 Single-Leg Deadlift Walk 3x10
B4 Remada Serrote 3x12-15
B5 Plate Hug Walk 3x25-35 metros
Dia 3
Consiste basicamente em calistenicos e sled. Comece com exercícios de peso corporal (polichinelos, agachamentos com peso do corpo, flexões etc) e prossiga para 10-15 minutos de sleds para parte superior, e finalize com 300-500 metros de sled para parte inferior. Se não tiver um sled empurre seu carro.
Nota: Os exercícios para parte superior seriam basicamente puxadas/empurradas, de natureza apenas concentrica, ajudando na recuperação e estressando menos o músculo.
Os exercícios do dia 1 e dois são feitos da seguite maneira A1+A2, depois B1-5 em forma de circuito, descansando 45 segundos entre cada série.
Considerações finais:
Lembre-se que o objetivo de um treino de performance é acrescentar ao treino principal, então seu objetivo aqui é capacitar-se para que possa treinar mais e com mais qualidade.
O treino de habilidade específica vem antes do treino de velocidade, que vem antes do treino de força, que vem antes do treino de resistência. Caso não se siga essa ordem, é interessante um intervalo de descanso de pelo menos algumas horas.
-
Ockham deu reputação a cclm em Como Montar Uma Rotina De Preparação Física Geral (Gpp)
Criei esse tópico com objetivo de ajudar qualquer um (inclusive eu) interessado em como montar uma rotina de GPP, seja qual for seu esporte.
O que é GPP:
"Qualquer treino que seja feito além do seu treino específico, e te ajude indiretamente no treino principal (SPP)."
Exemplo: Um jogador de futebol que faça um fortalecimento das pernas para chutar mais forte. Um lutador que faça alongamentos para chutar mais alto.
Habilidades a se melhorar:
Resistência cardiovascular/respiratória - capacidade do corpo de coletar, processar e transportar oxigênio.
Resistência física - capacidade do corpo de processar, transportar e armazenar energia.
Força - capacidade de um músculo, ou um conjunto de músculos, de aplicar força.
Flexibilidade - capacidade de maximizar a amplitude de movimento de determinada articulação.
Velocidade - capacidade de reduzir o ciclo de tempo de um movimento repetido.
Potência - capacidade de exercer força máxima no menor tempo.
Coordenação - capacidade de combinar diferentes padrões de movimento em um movimento distinto.
Agilidade - capacidade de minimizar o tempo de transição entre diferentes padrões de movimento.
Equilíbrio - capacidade de controlar o posicionamento do centro de gravidade do corpo em relação à sua base de suporte.
Precisão - capacidade de controlar o movimento em uma direção ou em certa intensidade.
Lista de metas:
Segue a lista de metas dessa tabela, para servir de referência aos níveis em cada atividade.
Enquanto algumas coisas só podem ser medidas no esporte específico, como equilíbrio, precisão, agilidade e coordenação, a tabela trata dos outros aspectos.
Nível Um - Iniciante Saudável (0-12 meses)
As referências do nível um podem ser obtidas por qualquer indivíduo destreinado, sedentário nos primeiros 12 meses de treino (assumindo que não possuam nenhuma lesão ou problema de saúde). Esse nível é o padrão mínimo para um estilo de vida saudável e contém a fundação para ganhos básicos de força nos anos seguintes. Essa força básica vai transferir mais facilmente para um aumento da capacidade.
Nível Dois - Atleta Intermediário (1-2 anos)
As referências do nível dois podem ser alcançadas em 1-2 anos após obtido o nível um. Essas habilidades devem ser consideradas normais para um atleta saudável buscando aumento de performance. A transição de uma habilidade pra outra ainda é bem alta aqui, então trabalhar em algumas habilidades vai auxiliar as outras a avançar para o nível três.
Nível Três - Atleta Avançado (2-4 anos)
As referências do nível três podem ser alcançadas em 2-4 anos após obtido o nível um. Esse é um nível apropriado de preparação física para aqueles interessados em atuar por longos períodos e possuir um nível alto de força. Participando de um esporte de alta intensidade, como Parkour, Combates ou esportes altamente competitivos enquanto possui as habilidades de nível três permitirá um grau maior de participação enquanto minimizará o risco de lesão. Atletas que possuem várias habilidades de nível três irão obter mais do seu treinamento, estando capazes de treinar continuamente com poucas lesões e trabalhando na técnica continuamente e sem interrupção. Grande parte dos indivíduos consegue obter nível três na maioria, se não todas, as habilidades desse nível com programação e dedicação adequada.
Nível Quatro - Atleta Especializado
Após alcançar o nível três, alguns atletas podem escolher elevar certas habilidades para um próximo nível. A maioria das referências de nível quatro envolvem treino especializado que não irá permitir que outras metas sejam incluidas no programa do atleta.
Por exemplo, perseguindo um Straddle Planche irá requerir um treino consistente e pesado, que pode fazer com que outra meta, como uma corrida de 5km competitiva, irreal para perseguir simultaneamente. Um atleta pode trabalhar até um nível quatro sem sacrificar as conquistas do nível três, mas geralmente apenas um número pequeno de habilidades de nível quatro podem ser obtidas por cada indivíduo.
Nível Cinco - Atleta Altamente Especializado
Para alcançar nível cinco na maioria das habilidades é necessário um nível superior de genética, dedicação e intelecto. Enquanto nível cinco não é necessariamente um atleta de nível mundial, a maioria das pessoas não consegue realizar habilidades de nível cinco sem sacrificar performance em outros domínios. Quando o atleta atingir o nível cinco, milhares de repetições/corridas/execuções terão sido feitas; anos de experiência terão se estabelecido até essa meta; e talvez o atleta consiga progredir além do nível cinco para um nível mundial. Só de tentar atingir um nível cinco mostra determinação e perseverança memoráveis.
Algumas das referências para cada tipo de habilidade:
Resistência cardiovascular/respiratória:
corrida de 5 km
Resistência física:
membros inferiores - corrida de 400 m, tempo máximo de l-sit
membros superiores - máximo de repetições de paralelas/barras/muscle-ups
Força:
-Puxar - deadlift; barras com peso; OAC; front lever
-Empurrar - supino; desenvolvimento; paralelas com peso; planche
-Pernas - back squat (agachamento), pistols com peso
Potência:
Tiros 100 m , Arranco, Arremesso
Flexibilidade:
Não há uma tabela, mas é interessante que sempre se trabalhe para melhorar o básico de problemas de mobilidade/flexibilidade que os seres humanos possuem, que seria mobilidade do quadril, tornozelos, ombros e escápulas.
Demais habilidades:
Só podem ser medidas através do desenvolvimento no esporte.
Como desenvolver/aprimorar a rotina de treino à partir dessas considerações:
- Testar seu nível atual em cada campo listado:
- Focar nas deficiências e aprimorar as qualidades SEM prejudicar o desenvolvimento das demais habilidades.
O treino deve ser baseado nos cinco padrões basicos de movimento humano: Puxar, Empurrar, Encolher/Dobrar-se, Agachar, Transportar uma carga.
Não importa se você é um fisiculturista, jogador de futebol ou powerlifter, aprimorar esses movimentos irá te auxiliar na obtenção de todos outros componentes físicos. Construir essa base sólida de movimentos básicos é importante antes de aprimorar.
Onde aplicar uma rotina de GPP?
Alguns exemplos:
-Deload
-Inicio do off-season
-Treinos recuperativos
-Após muito tempo sem treinar
-Após uma lesão
Como aplicar?
-Deload: num deload de 2 semanas, por exemplo, pode-se fazer um treino leve e volumoso para ser feito mais frequentemente durante esse período, visando melhorar pontos fracos para preparar-se para o próximo ciclo de treinos.
-Recuperação ativa: treinos mais leves e menos frequentes durante a semana, tanto para recuperar dos treinos mais intensos quanto melhorar pontos fracos.
-Condicionamento: Um treino leve em circuito pode ser uma boa forma de condicionamento cardio-vascular.
Dicas:
-Comece sempre programando seu treino de GPP em torno da recuperação do seu treino principal.
-Durma bem e coma bem. Programe seu descanso e sua dieta de acordo com a demanda.
-Misture as coisas, algumas habilidades (principalmente no início) podem ser desenvolvidas simultaneamente, por exemplo, vários intervalos de sprints servem como treino de condicionamento/explosão.
-Use exercícios unilaterais, maior parte dos esportes é unilateral.
-Fortaleça os pontos fracos mais comuns, como pescoço, pegada, pulsos, lombar/abs.
Exemplo de uma rotina de deload:
Para progredir basta ir aumentando o volume (séries/reps)
Deixei os nomes como no original para facilitar a pesquisa
Esse é um exemplo de treino recuperativo e ao mesmo tempo de resistência, trabalhando os movimentos básicos (ajuda a reforçar o padrão)
Dia 1 - 45s de descanso entre as séries
A1 Bodyweight squat 3x20-30
A2 Front Plank (ou variação)3x30-60s
B1 Hip Thrusters 3x15
B2 Push-ups 3x15-20
B3 Step-ups 3x12-15
B4 Inverted Rows 3x12-15
B5 Unilateral Farmer's Walk 3x25-35 metros
Dia 2 - 45 s descanso entre as séries
A1 Barbell RDL 3x12-15
A2
3x12-15 B1 Bodyweight Split-Squat 3x15
B2 One Arm Dumbbell Bench Press 3x12-15
B3 Single-Leg Deadlift Walk 3x10
B4 Remada Serrote 3x12-15
B5 Plate Hug Walk 3x25-35 metros
Dia 3
Consiste basicamente em calistenicos e sled. Comece com exercícios de peso corporal (polichinelos, agachamentos com peso do corpo, flexões etc) e prossiga para 10-15 minutos de sleds para parte superior, e finalize com 300-500 metros de sled para parte inferior. Se não tiver um sled empurre seu carro.
Nota: Os exercícios para parte superior seriam basicamente puxadas/empurradas, de natureza apenas concentrica, ajudando na recuperação e estressando menos o músculo.
Os exercícios do dia 1 e dois são feitos da seguite maneira A1+A2, depois B1-5 em forma de circuito, descansando 45 segundos entre cada série.
Considerações finais:
Lembre-se que o objetivo de um treino de performance é acrescentar ao treino principal, então seu objetivo aqui é capacitar-se para que possa treinar mais e com mais qualidade.
O treino de habilidade específica vem antes do treino de velocidade, que vem antes do treino de força, que vem antes do treino de resistência. Caso não se siga essa ordem, é interessante um intervalo de descanso de pelo menos algumas horas.
-
Ockham deu reputação a LeandroTwin em Entrevista Com Gaspar
Entrevista com Gaspar: https://www.hipertrofia.org/forum/user/3301-gaspar/
Dia 23 de setembro as 14:00!
Abraços
-
Ockham deu reputação a EdChabal em Relato De Treino De Explosão
Boa noite miguxos de maromba,
achei q meu relato do falso DFHT ajudou muito o pessoal do forum e inspirou bastante gente a começar um treino de força,
e como sempre aparece alguém aqui perguntando de treino de explosão seja para artes marciais, seja para artes marciais seja para outros esportes resolvi postar meu novo treino aqui para ajudar quem precisar
primeiro vamos a umas breves explicações
treino a 1,5 anos, sendo os primeiros seis meses na academia do meu prédio, bem tosca mas já dava pra fazer um treino diretinho com alimentação decente e tudo mais.
altura 1,77m
peso 87 kgs
idade: 20 anos
bf 10%
braço 39,5
motivo de treino: jogo rugby e so de uma das posições dos caras que mais empurra do que poem a mão na bola (2ª linha).
1Rm agachamento: 145kg
terra: 150kg
supino 105kg
esse treino tem o objetivo de me dar explosão e potencia já que acho q apesar de ter uma força considerável não consigo aplica-la no esporte.
Faz uma semana que eu comecei ele, mas posso dizer que foi só adaptação pq a realidade dos exercícios é muito diferente do que a maioria das pessoas está acostumada a fazer e me falta MUITO alongamento. Espero que gostem. Estou aberto a sugestões duvidas e reformulações é só falarem o que der na telha.
vamos ao treino (vou postar os exercicios em inglês já que não conheço tradução pra muitos deles mas no final tento explicar cada um):
Segunda:
Snatch 5,5,5,3,3
Power Clean 6,6,4
Jerk 6,6,4
Clean Pull 6,6,4
Front Squat 10,8,6
Rumanian pull 10,10,10
Inclined sit-up 12,10,8
Terça:
Clean 6,6,4
Power Snatch 6,6,4
Snatch Balance 6,6,4
Snatch pull 6,6,4
Back Squat 10,8,6
Bench Press 5,5,3
Turkish get-up 6,6,6
Quarta
Boxe (a idéia aqui é, melhorar reflexos, rotação de tronco, condenação olho mão e fazer um aerobico)
Quinta
Clean & Jerk 5,5,5,3,3
Snatch from Knee 6,6,4
Snatch pull 6,6,4
Overhead squat 10,8,6
Good Morning 10,10,8
Inclined sit-up 12,10,8
Sexta
Power Snatch 5,5,5,3,3
Pwr Clean & Pwr Jerk 6,6,4
Clean pull 6,6,4
Front Squat 8,6,4
Bench Press 5,5,3
Farmer walk 3 séries
Sabado:
Rugby
Domingo:
Descanço
Descrição dos exercicios:
Arranque. Consiste em levar a barra do chão até o topo da cabeça em um único movimento. É o primeiro movimento básico do levantamento olímpico Power snatch: Mesma coisa que o snatch porém não se faz o agachamento no final.
Snatch from knee"]Snatch from knee: nome auto explicativo, snatch começando da altura dos joelhos
Snatch balance: uma espécie de agachamento com desenvolvimento posterior que visa treinar a última fase do snatch
Arremesso. Consiste em levar a barra do chão até acima da cabeça com dois movimento o Clean dos pés até a escapula e o jerk da escapula até acima da cabeça. É o segundo levantamento olímpico. https://www.youtube.com/watch?v=mCUmi2oqlvA: Clean porém sem o agachamento final
https://www.youtube.com/watch?v=PfRahPshEb4: Jerk sem a tesoura ou agachamento no final
Back squat: agachamento tradicional
Front Squat: Agachamento com o barra a frente do corpo, nesse treino recomenda-se que ele seja feito com a pegada que vc termina o clean e não com as mãos formando um "X"
https://www.youtube.com/watch?v=lBEkWJ2ck-g: Agachamento com o peso sobre a cabeça
Bench press: já ouviu falar em supino, é esse, lembrando que é supino de força e não de hipertrofia.
https://www.youtube.com/watch?v=R-JcXw6IlaY: uma espécie de levantamento terra explosivo
https://www.youtube.com/watch?v=YQhsNeMEZeQ: mesma coisa que o clean pull só que com pegada snatch
Romanian pull: mesma coisa dos dois anteriores só que com terra romeno
Good morning: O bom e velho bom dia
Inclined sit up: abdominal na prancha declinado porem indo até o fim o que recruta o flexor do quadril
https://www.youtube.com/watch?v=RqyIuFIdgRk. levantar do chão com um peso sobre você
-
Ockham deu reputação a luis2356 em Como Montar Uma Rotina Basica De Strongman
Parte 2 da séries de artigos.
Espero que gostem, deixei alguns comentários em cinza.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Treino de Strongman para atletas
Resistência mental e física, condicionamento anaeróbio, Sprints melhores,
resistência muscular, e força de um homen de verdade. E se eu lhe disse que todas essas características
podem ser treinados em um unico treino? Você acreditaria em mim? É melhor,
porque é verdade! Neste artigo, vou mostrar-lhe como fazêr!
O autor conta algumas historias, então eu vou pular essa parte.
Keg toss (Lançamentos acima da cabeça)
O lançamento de Keg é um ótimo exercício para melhorar a extensão do quadril e a força explosiva da cadeia posterior.
Depois de um aquecimento geral, geralmente usamos o lançamento de Keg como nosso primeiro evento. O Lançamento de KEG
funciona como um exercício de aquecimento final e também excita o sistema nervoso para os eventos mais dificeis a seguir.
Você, como eu, pode trocar esse exercicios por um lançamento de pneu caso não consiga um barril para lançar.
Tire flip (tombar pneus)
Este é um evento de strongman clássico. Eu não posso pensar em um único músculo em seu corpo que este exercício não fortaleça!
Eu também não consigo pensar em um atleta que não se beneficiara com este exercício.
Você pode trocar por Terras sobe steps, ou levantar algo pesado do chão.
Farmers Walks
O Farmers Walks é uma ferramenta incrível para melhorar a sua resistência muscular, capacidade anaeróbia,
Pegada, e parte superior das costas, Trapézios e força oblíqua. Também é ótimo para a melhorar a estabilidade dos quadrils,
joelhos e tornozelos. Você pode levar qualquer objeto estranho ou simplesmente usar o maior par de halteres
você pode encontrar.
Pode se enchar baldes de pedra/areia e andar em voltas ou em Zigzag, como o autor recomenda. Também uso um cano de 50mm, para engrossar a pegada.
Backward Sled Drag
Amarre cordas em pneu, ou algo pesado, e puxe, andando para traz. Isso acaba com seu quadriceps.
Pode se usar um pneu e uma corda amarrada com pesos.
Cabo de guerra
Compra uma corda grossa, para não acabar com saus mão, e puxe.
Para estimular mais diga que quem perder tera que fazer mais 50m de Sled drag.
Treino simples
Existe muito tipo de treinos, mas para iniciantes um treino basico ja é o bastante.
Vamos pegar as informações acima e montar um treino que pode ser feito na sexta ou no sabado.
A) Keg Overhead Toss: 5 lançamentos, um minuto de descanso entre lançamentos
B ) Tire Flip: 3 séries de 5 flips, descansar 3-4 minutos entre as séries, ou 3 séries de 30 segundos,
descansar 3-4 minutos entre as séries. (Nessa variaçaõ por tempo o atleta fas o maximo de flips durante o tempo determinado.)
C) Farmers Walk: Faça 3 séries de 50 metros. Descanse 3-4 minutos entre as séries.
D) Backward Sled Drag: 2 séries de 40-50 metros. Descanse um minuto entre as séries.
Este é um bom Finisher (Finalizador)
E) Cabo de Guerra: O cabo-de-guerra separa os homens dos meninos. Realiza-se uma series e descaça 1 minuto.
Você esta motivado o suficiente?
Esses treinos também são chamados de treinos psicologicos, pois a maioria dos exercicios você tenque ter um bom preparo mesntal para fazer.
Por isso antes de começar sempre pense.
Estou focado o suficiente?
Estou forte o suficeinte?
Estou firme o suficiente?
Se a resposta for sim, os treinos de Strongman estão esperando por você!
Artigo original: https://www.defrancos...r-athletes.html
Traduzido e adptado por Luis 2356.
-
Ockham deu reputação a 2drafael em As Maiores Asneiras Que Ja Ouviram/viram
Yo dawng, so I heard you like bullshits, so I put a bullshit inside a bullshit topic, so you can write some bullshit about bullshit.
-
Ockham deu reputação a danilorf em Livre Discussão Sobre Powerbuilding
Na verdade você pode fazer repetições máximas indefinidamente. Depois de um tempo sua performance cairá devido a fatores hormonais. Esses fatores são um período adaptativo que acontece quimicamente no cérebro e não nos músculos. Isso não tem nada a ver com fadiga muscular.
Quimicamente, isso é idêntico ao 'crash' que acontece depois do abuso de substâncias. Os agentes químicos do 'prazer', ficam desregulados no cérebro até que o período adaptativo termine. Por isso ninguém quer treinar, todos sentem-se debilitados, como se fossem ficar doentes, etc.
A maioria das pessoas acham que a única parte do corpo que se adapta para levantar pesos são os músculos, tendões, ligamentos, etc. De fato, o cérebro também se adapta a qualquer stress que você impõem ao corpo. Ele muda fisicamente suas estruturas e a habilidade de lidar com os agentes químicos que estão relacionados diretamente com a sua atividade física. Se você é um corredor, vai ficar melhor em produzir e utilizar os agentes químicos relacionados com a corrida. Você também vai desenvolver afinidade com shorts extremamente curtos, política, Fox news, granola, etc.
Uma das coisas que me deixam puto sobre o IA é a sua insistência sobre a fadiga do sistema nervoso central (SNC). As pessoas ainda são ensinadas que o sistema nervoso corta os impulsos elétricos como um cabo de energia. Isso não acontece. Os impulsos nervosos (sinapses) cortam os agentes químicos (neurotransmissores). Se esses agentes não estão presentes, não há sinal entre o cérebro e o músculo. A razão pela qual você pode quantificar os impulsos elétricos no sistema nervoso é porque o impulso elétrico é um subproduto dessa reação química, que é chamada de reação eletroquímica.
Uma grande parte do quão fortes somos, é a habilidade que temos de criar e lidar com uma grande concentração desses neurotransmissores. Os neurônios desenvolvem mais locais receptores para se conectarem, e as glândulas aprendem a fazer mais neurotransmissores elas mesmas. Apenas depois disso você consegue um impulso mais forte.
Quando você começa impor demandas ao cérebro para levantar pesos máximos todos os dias, ele diz: 'eita porra, preciso aprender como fazer e usar esses agentes químicos ou então o ele vai nos matar'. Então ele passa por um período adaptativo, no qual ele desliga algumas funções e tenta se otimizar. Não seria isso o 'overtraining'?
O principal agente químico na contração muscular é a serotonina. Ela regula o quão forte o músculo contrai, o motivo pelo qual apenas os pesos máximos parecem afetar nosso humor, a razão pela qual as pessoas ficam longe de levantar pesos máximos e se curvam aos sintomas imaginários do overtraining.
A serotonina é o principal hormônio do prazer no corpo. Ela afeta diretamente nosso humor e a perspectiva mental, seu cometimento e vontade de treinar. Seu sono, apetite, e também afeta o sistema cardiovascular (sua taxa de batimentos cardíacos aumenta quando você está supostamente em overtraining). O ciclo da serotonina no cérebro também fica desregulado quando viciados em drogas estão em abstinência (a maioria das drogas recreacionais influenciam artificialmente os padrões da serotonina, o motivo pelo qual elas são tão divertidas). Há outros neurotransmissores que também são afetados por isso (acetilcolina por exemplo, mas a serotonina é o principal).
Então, quando o corpo recebe a ordem de levantar coisas pesadas diariamente, o cérebro desliga os recptores de serotonina para melhorá-los. As mudanças na estrutura cerebral levam de alguns dias para algumas semanas. Mudanças em nervos individuais acontecem rapidamente, em poucos dias no mais tardar. Esse é o motivo do 'overtraining' acontecer. É o período adaptativo necessário para que o cérebro e o corpo consigam ir para o próximo nível. É uma piada da natureza, que faz com que nos sintamos mal enquanto, na verdade, estamos ficando mais fortes.
Nosso corpo está tentando fazer com que cessemos de impor-lhe o stress para que ele não seja forçado a se remodelar inteiramente, mas isso é exatamente o que nós queremos. Por isso é tão importante continuar martelando nisso até que esse período passe. Você quer que a melhor adaptação aconteça.
As pessoas que tem medo dessa resposta são pessoas que levantam pesos porque elas gostam do jeito que isso as faz sentir. Se você faz treinos leves, essa serotonina é aumentada, mas não há sinal para adaptação. Você se sente 'alto'. Basicamente levantar pesos se torna uma droga. As pessoas se sentem melhor fazendo treinos leves que não servem para nada, assim como se sentem melhor por usar um pouco de crack. Acho que é por isso que ninguém quer usar a filosofia de treino Búlgara. Eles são viciados.
Você me perguntou sobre o cortisol. Não existem hormônios bons ou maus. Eles são apenas hormônios específicos para sua atividade física. Você sabe o motivo do cortisol ser liberado no levantamento de peso? O cortisol controla a pressão sanguínea e a concentração de açucar no sangue.
Com impulsos curtos de levantamentos intensos (repetições únicas e duplas), o açucar do sangue não é o combustível primário. Ele apenas se torna um problema quando você trabalha com repetições mais altas. Esse é um dos motivos pelo qual os fisiculturistas o abominam. O cortisol é tratado como a serotonina. O corpo tenta se adaptar ao seu uso, e todos os fisiculturistas correm e gritam. Se eles permanecessem e passassem por esse périodos, eles seriam capazes de lidar com mais séries de repetições mais altas depois.
Nesse caso, o cortisol é específico da atividade dos fisiculturistas, e não levantadores básicos ou olímpicos. Mantenha suas repetições baixas e você não terá que se preocupar com isso (isso não tem nada ver com o volume total, apenas com a faixa de repetições).
É engraçado o que você comentou sobre os Búlgaros possuírem grandes supra-renais. Faz sentido. Elas se adaptam ficando maiores e mais fortes assim como qualquer outra coisa. Esse também um bom argumento contra a genética ser um fator limitante. Qualquer um poderia olhar para supra-renais de tamanho normal e dizer que elas seriam obviamente sobrecarregadas pelo stress. O organismo inteiro dos Búlgaros mudou em resposta ao seu estilo de treino. A forma segue a função. Isso é demais.
As supra-renais não liberam apenas o cortisol, também a adrenalina. Ela age como um dos desencadeadores desse período adaptativo. Vocês deveriam ler esse material do Ivan Abajiev aqui:
- weightliftingexchange.com/index.php?option=com_content&task=view&id=74&Itemi d=75
Ele explica todo esse périodo e como ele afeta mais do que a musculatura. Leia o parágrafo que começa com:
"Então esse é nosso objetivo enquanto treinamos os atletas, que nós deveríamos construir todos esses órgãos e músculos necessários para uma certa performance, não apenas os músculos, mas todo o sistema cardiovascular e outros que suportam o trabalho muscular para uma melhor performance. O processo adaptativo no entanto, não inclui só pulmão e o coração e sim todos os outros órgãos que eu mencionei."
* O texto não é de minha autoria, eu achei caçando informação por aí e traduzi por conta própria. Mas é fantátisca a informação contida nele.
E mais uma vez eu repito: overtraining não existe, o que existe é undertraining.
Ah, infelizmente o link postado não funciona mais.
Mas tem esse link - https://evolutionarya...raining-system/ que tem a cópia dessa transcrição de uma palestra que o Abadjiev fez.
Estudos relacionados a serotonina:
- ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC492609/?page=1
- jpet.aspetjournals.org/content/267/2/1002.abstract
- jap.physiology.org/cgi/content/abstract/77/1/277
-
Ockham deu reputação em Lista De Estudos Sobre Doença Cardíaca E Gordura Saturada.
Bem, abaixo tem um link com dezenas de estudos debatendo a relação do consumo de gorduras saturadas com doenças cardíacas e outras patologias. Abaixo a introdução traduzida pelo google. rsrs
Objetivo: O objetivo desta meta-análise foi sumarizar as evidências relacionadas à associação de gordura saturada na dieta com o risco de doença arterial coronariana (DAC), acidente vascular cerebral e doença cardiovascular (DCV; inclusive CHD de acidente vascular cerebral) em estudos prospectivos epidemiológicos.
Design: Vinte e um estudos identificados pela busca MEDLINE e EMBASE e referenciação secundária qualificadas para inclusão no presente estudo. Um modelo de efeitos aleatórios foi utilizado para obter compostos estimativas de risco relativo para doença coronariana, derrame e doenças cardiovasculares.
Resultados: Durante 5-23 y de follow-up de 347,747 indivíduos, 11.006 desenvolveram doença cardíaca coronária ou acidente vascular cerebral. A ingestão de gordura saturada não foi associada com um risco aumentado de doença coronariana, acidente vascular cerebral ou doença cardiovascular. O risco relativo estima que em comparação quantis extremos de ingestão de gordura saturada foram 1,07 (IC 95%: 0,96, 1,19; P = 0,22) para CC, 0,81 (95% CI: 0,62, 1,05; P = 0,11) para o AVC, e 1,00 (95% CI: 0,89, 1,11; P = 0,95) para as DCV. Consideração da idade, sexo e qualidade do estudo não alterou os resultados.
Conclusões: Uma meta-análise de estudos prospectivos epidemiológicos mostraram que não há nenhuma evidência significativa para concluir que a gordura saturada na dieta está associada a um risco aumentado de doença cardíaca coronária ou doença cardiovascular. Mais dados são necessários para elucidar se os riscos de DCV são susceptíveis de ser influenciado pelos nutrientes específicos utilizados para substituir a gordura saturada.
Aqui o link com todos os estudos: https://www.ajcn.org/content/early/2010/01/13/ajcn.2009.27725.abstract
-
Ockham deu reputação em Lista De Estudos Sobre Doença Cardíaca E Gordura Saturada.
Bem, abaixo tem um link com dezenas de estudos debatendo a relação do consumo de gorduras saturadas com doenças cardíacas e outras patologias. Abaixo a introdução traduzida pelo google. rsrs
Objetivo: O objetivo desta meta-análise foi sumarizar as evidências relacionadas à associação de gordura saturada na dieta com o risco de doença arterial coronariana (DAC), acidente vascular cerebral e doença cardiovascular (DCV; inclusive CHD de acidente vascular cerebral) em estudos prospectivos epidemiológicos.
Design: Vinte e um estudos identificados pela busca MEDLINE e EMBASE e referenciação secundária qualificadas para inclusão no presente estudo. Um modelo de efeitos aleatórios foi utilizado para obter compostos estimativas de risco relativo para doença coronariana, derrame e doenças cardiovasculares.
Resultados: Durante 5-23 y de follow-up de 347,747 indivíduos, 11.006 desenvolveram doença cardíaca coronária ou acidente vascular cerebral. A ingestão de gordura saturada não foi associada com um risco aumentado de doença coronariana, acidente vascular cerebral ou doença cardiovascular. O risco relativo estima que em comparação quantis extremos de ingestão de gordura saturada foram 1,07 (IC 95%: 0,96, 1,19; P = 0,22) para CC, 0,81 (95% CI: 0,62, 1,05; P = 0,11) para o AVC, e 1,00 (95% CI: 0,89, 1,11; P = 0,95) para as DCV. Consideração da idade, sexo e qualidade do estudo não alterou os resultados.
Conclusões: Uma meta-análise de estudos prospectivos epidemiológicos mostraram que não há nenhuma evidência significativa para concluir que a gordura saturada na dieta está associada a um risco aumentado de doença cardíaca coronária ou doença cardiovascular. Mais dados são necessários para elucidar se os riscos de DCV são susceptíveis de ser influenciado pelos nutrientes específicos utilizados para substituir a gordura saturada.
Aqui o link com todos os estudos: https://www.ajcn.org/content/early/2010/01/13/ajcn.2009.27725.abstract
-
Ockham deu reputação a mandachuva em Introdução Ao Levantamento Olímpico
Introdução ao Levantamento Olímpico
Adaptado do artigo "Why the US Sucks at Olympic Lifting: OL’ing ", por Lyle McDonald
Tradução e adaptação: mandachuva
Um histórico breve sobre o Levantamento de Pesos Olímpico
Desde quando o Homem começou a competir por diversão, é bem possível que uma das coisas que as pessoas procuraram determinar era quem é o mais forte. Isso acontece simplesmente em função da competição e da tendência de proximidade. Pessoas rápidas querem ver quem é o mais rápido, pessoas resistentes quem consegue ir o mais longe. E os homens grandes e fortes querem descobrir quem é o maior e mais forte. E isso inclui levantar coisas pesadas. Essa tradição pode ser encontrada em praticamente todas as culturas e ainda existe em vários esportes sob várias facetas. As pedras do Strongman, os vários eventos nos Jogos Escoceses, etc.
É claro que, em algum momento, alguém descobriu que o metal podia ser moldado em diversas formas e isso fez com que ele se tornasse um pouco mais fácil de levantar que aquelas pedras de forma estranha. Assim, o levantamento de pesos, de uma forma ou de outra, foi inventado. Isso abriu caminho para os halteres e barras, que logicamente levaram a pessoas fazendo os mesmos tipos de coisa, descobrir quem era capaz de levantar o maior ou mais pesado peso.
De acordo com minha principal fonte, a primeira competição de Levantamento Olímpico aconteceu no final do século XIX com o primeiro campeão coroado em 1891. Naquele tempo não havia categorias por peso, qualquer um que levantasse mais era considerado o mais forte. Era a competição na sua forma mais básica. E os levantamentos disputados antigamente não eram aquilo que nós normalmente imaginamos quando pensamos em Levantamento de Pesos Olímpico.
Por exemplo, este é um dos levantamentos disputados nos Jogos Olímpicos de 1904, chamado de levantamento de halteres completo (o outro levantamento era o levantamento com duas mãos). Um total de quatro levantadores de dois países competiram; três americanos e um grego; Os três americanos levaram as medalhas do levantamento de halteres completo (o grego não entrou na disputa), mas o grego levou o ouro no levantamento com duas mãos.
O segredo da força é o bigode.
Ressalto que muito do interesse no levantamento de pesos veio do movimento da cultura do físico do final do século XIX e início do século XX, que envolvia não somente se exercitar, mas também saúde, nutrição e outros aspectos. Para uma visão particularmente estranha desse período particularmente estranho, veja o documentário The Road to Wellville.
O esporte continuaria a evoluir até se tornar um esporte olímpico oficial em 1920. Em 1922 havia cinco categorias por pesos e o esporte era composto de três levantamentos: o overhead press (desenvolvimento), o clean and jerk (arranco) e o snatch (arremesso). Todos os três levantamentos representavam diferentes modos de erguer um peso sobre a cabeça. No entanto, ele ainda era chamado de levantamento de pesos. Eu imagino que levantamento de “coisas sobre a cabeça” não tinha o mesmo efeito.
Mas eu me pergunto, semi-seriamente, se não há algum instinto evolucionário inato para querermos colocar coisas cobre a cabeça. Alguma coisa sobre segurar algo sobre a cabeça triunfantemente para mostrar que você é o cara. Algo assim.
Durante os primeiros 40 curiosos anos de competição, os três levantamentos seriam disputados baseados no maior peso erguido em cada um dos três; o levantador que totalizasse o maior peso (ou seja, tivesse a maior soma de cada um dos seus melhores levantamentos) era o vencedor geral, embora fosse possível vencer eventos individuais.
É importante dizer que o press seria abolido da competição em 1972 devido a alguns problemas sérios para julgar o levantamento (o movimento havia virado quase um supino em pé, devido à permissão de se curvar para trás). A partir daquele ponto, o esporte Levantamento de Pesos Olímpico seria disputado somente com o clean and jerk e o snatch e isso causou uma mudança fundamental na natureza do esporte e que eu vou especificar em detalhes mais tarde. Vamos olhar rapidamente para cada um dos três levantamentos.
O Press (Desenvolvimento)
No press, após fazer o clean (puxar o peso do chão até os ombros), o peso é empurrado sobre a cabeça até travar sem dobrar os joelhos. Note a curvatura para trás no seguinte vídeo de Serge Reding fazendo um clean and press com 228kg; Foram os problemas com essa curvatura e com o julgamento do que era um press que levaram à retirada do movimento do esporte.
Como mencionado anteriormente, o press foi retirado das competições oficialmente em 1972 e isso teve uma série de conseqüências para o esporte que eu vou mencionar eventualmente (e farei um paralelo entre a era pré-1972 e pós 1972 por razões que você entenderá).
Na era moderna, as discussões sobre o Levantamento Olímpico giram em torno dos outros dois levantamentos: o snatch e o clean and jerk. De um ponto de vista prático, podem ter existido dois esportes separados.
Enquanto o press era realmente um movimento de força, o snatch e o clean and jerk são mais explosivos. E eles compartilham uma característica similar nesse aspecto. Após a barra ser levantada do chão para o que é chamada de posição explosiva ou de força, a barra é literalmente jogada no ar enquanto o levantador se move para baixo dela.
O que realmente difere entre os levantamentos (aliás, você pode pensar no esporte moderno como três levantamentos: o snatch, o clean e o jerk, onde o jerk simplesmente sucede ao clean) é qual a posição final da barra depois que o levantador atira ela no ar.
O Snatch (Arranco)
No snatch, o peso é levantado em um único movimento do chão até acima da cabeça com os braços esticados (os braços precisam estar travados para o levantamento ser validado). Efetivamente, ele é despachado sobre a cabeça. Isso requer que a barra seja atirada alto o suficiente para que o levantador se mova para baixo dela com os braços esticados. Uma vez que a barra tem que subir mais alto para atingir a posição travada, os pesos levantados no snatch são tipicamente cerca de 20% menores do que no clean and jerk. Para ilustrar esse movimento, aqui está um vídeo do levantador grego Pyrros Dimas realizando o snatch.
Além de gerar um monte de risadinhas infantis quando mencionado, o snatch é considerado uma das atividades mais difíceis em se tratando de esportes, senão a mais. O movimento acontece em uma fração de segundo e o menor erro na técnica pode fazer com que o peso caia para frente ou para trás mesmo se a barra estiver alta o suficiente para entrar embaixo dela. Isso assumindo que você tem força o suficiente para atirar a barra alto o suficiente antes de tudo.
Apesar das cargas menores, o snatch requer/gera os maiores vetores de força de qualquer movimento de levantamento (muito mais do que os chamados impropriamente de ‘powerlifting’). Por essa razão, muitos treinadores de força usam o snatch (ou algum movimento derivado como o power snatch, com a barra sendo apanhada em um agachamento parcial) para isso; para treinar atletas para gerar maiores vetores de força.
O Clean and Jerk (Arremesso)
O clean and jerk consiste, na verdade, em dois movimentos que, para várias finalidades, podem ser considerados separados; eles somente são considerados um único levantamento se você fizer o jerk após o clean. O clean é similar ao snatch no fato de que a barra começa no chão e é erguida até a posição explosiva antes de ser atirada, enquanto o levantador se move para baixo dela. A diferença é que a barra é apanhada sobre os ombros. Uma vez que a barra não precisa ir tão alto, isso permite que mais peso seja levantado; Novamente, em média 20% a mais que no snatch (pelo menos um levantador já fez um clean com 3x o peso corporal).
Após ficar em pé com o peso, o levantador mergulha (faz uma leve flexão dos joelhos) e então arremessa a barra sobre a cabeça (o jerk) se movendo sob ela com os braços esticados. Um aspecto chave do jerk, diferenciando-o do press, é que o jerk acontece quase que instantaneamente. A barra não é empurrada e sim atirada sobre a cabeça enquanto o levantador entra embaixo ela. De fato, empurrar a barra para cima fará com que o levantamento seja invalidado, dependendo do rigor do julgamento. Os cotovelos devem travar imediatamente e aqui está um vídeo do clean and jerk.
Para completar, eu diria que existem três formas de fazer o jerk, embora a técnica split mostrada acima seja de longe a mais utilizada. Alguns levantadores fazem o power jerk, onde os pés não ficam separados e a barra é apanhada sobre a cabeça em um agachamento parcial; os pés permanecem alinhados. Da mesma forma, uma pequena minoria de levantadores realiza o squat jerk, onde após a barra ser arremessada para cima, eles agacham totalmente até embaixo para apanhar a barra. Quando bem sucedido, é incrível de assistir. É também muito fácil de perder o levantamento. Devido a ser mais estável por ter uma base de suporte mais larga, o split jerk é usado pela maioria dos levantadores. Os três tipos de jerk são mostrados abaixo.
As Técnicas Squat vs. Split
Você pode notar que os vídeos do snatch e do clean and jerk mostram os levantadores apanhando a barra (tanto nos ombros como acima da cabeça) em uma posição de agachamento completo algumas vezes chamada de squat snatch ou squat clean. Eu falo isso porque esse nem sempre foi o caso. Nos primórdios do esporte, a maioria dos levantadores realizava seus cleans ou snatches em uma posição split como mostrada no próximo vídeo. Esses eram os chamados split snatch ou split clean.
Foi em algum momento por volta dos anos 1950 que ocorreu a grande transição dos split snatches e cleans para a técnica squat. A vantagem do squat clean é que a barra não precisava ser puxada tão alto para o levantador entrar embaixo dela. A desvantagem é que a captura squat requeria muito mais flexibilidade e mobilidade que o velho split clean.
Muitos levantadores que estavam lá durante a transição não foram capazes de fazê-la porque eles não haviam passado os anos desenvolvendo a flexibilidade e a mobilidade necessárias para realizar a posição de agachamento total. Nos dias atuais, a técnica split quase nunca é vista, embora pelo menos uma levantadora americana top use o split clean.
Competição
Competições de Levantamento Olímpico certamente parecem relativamente simples, apesar de, como todos os esportes, elas terem suas nuances (muitas das quais eu vou ignorar). Basicamente, pense que você vai levantar o máximo de peso; esse é o objetivo fundamental do esporte. Em busca desse objetivo, cada levantador tem três tentativas em cada levantamento para levantar o maior peso que ele conseguir de uma única vez. É o peso total levantado que determina o campeão.
Então, quando os três levantamentos ainda eram disputados, aquele que levantasse o maior total (press + snatch+ clean and jerk) ganhava o geral na sua categoria. Quando o press foi eliminado, passou a ser apenas o total do snatch e do clean and jerk. Os levantadores também podem ganhar medalhas nos levantamentos individuais, então um levantador pode vencer o snatch, outro o clean and jerk e um terceiro o total. E você vê especialistas, ou pelo menos levantadores com desempenho relativamente melhor em um ou em outro levantamento.
Isso acontece porque, enquanto os levantamentos compartilham certas similaridades, eles são diferentes. O snatch é um levantamento que exige mais velocidade e técnica. Certamente ele exige força e poder de explosão, mas é um levantamento muito técnico e, uma vez que os pesos são mais leves, está mais ligado a velocidade e explosão do que força em si. O clean and jerk, em contraste, é muito mais um levantamento de força (ele não é chamado de rei dos levantamentos à toa). Técnica é crucial, mas como os pesos são maiores, mais força bruta e potência são necessárias. E não é incomum ver levantadores que são relativamente melhores em um do que em outro.
E enquanto é usualmente melhor, do ponto de vista de ganhar o torneio geral, ser bom nos dois na prática é um pouco mais complicado que isso. Isso porque os levantamentos contribuem de forma diferente no total, devido às cargas envolvidas. O snatch permite usar menos peso, e você raramente vê grande diferencial entre atletas de mesmo nível.
O clean permite números maiores e um levantador que está “muito atrás” no snatch, pode freqüentemente compensar o peso com um formidável clean and jerk (da mesma forma um cara com um enorme levantamento terra pode compensar o fato de erguer menos peso no supino no powerlifting). Então alguém que é relativamente mais fraco no snatch pode compensar com um clean and jerk monstruoso. Na prática, isso não funciona do modo oposto.
Nota: Quando o press ainda era parte da competição, os pesos eram muito similares aos que eram utilizados no clean. Isso significa que os levantadores que eram melhores no clean/press e clean/jerk, relativamente mais focados em força, tendiam a ter uma vantagem sobre o snatch, mais orientado em técnica/velocidade. E como havia dois levantamentos de força para um levantamento de velocidade, isso significa que os homens mais fortes tendiam a ser superiores que os mais técnicos.
Como mencionado, os levantadores são divididos por categorias e somente competidores na mesma classe de peso competem entre si; isso é simplesmente uma tentativa de equalizar os eventos. Seria difícil para um levantador de 60kg competir contra um levantador de 100kg. Dentro de cada classe de pesos, se dois competidores levantarem a mesma quantidade de peso, o levantador com menor peso corporal tem a vantagem. Isso pode ficar mais complicado ainda dependendo dos números envolvidos, mas eu não entrar nesse mérito.
Os levantadores fazem a pesagem no dia da competição e isso costuma ter impacto no que precisa ser feito pelos levantadores para atingir o peso ideal em termos de desidratação e reidratação. A maioria dos levantadores treina com um peso um pouco acima do seu peso de competição e precisam reduzir esse peso através de dieta ou desidratação para atingir o peso certo. De fato, o time de levantadores olímpicos da Bulgária é freqüentemente pego no antidoping devido ao abuso de diuréticos.
Vale a pena mencionar que as classes de peso passaram por muitas revisões na história do esporte. Talvez uma das mudanças mais abrangentes tenha ocorrido em 1993. Devido a problemas com o uso de drogas e ao fato de os levantadores limpos não conseguirem chegar próximos aos antigos recordes mundiais, o levantamento de pesos jogou fora todas as antigas classes de peso e foram criadas novas para zerar novamente os livros de recordes (porque os fãs de esporte querem ver recordes caírem); isso também extirpou quase 100 anos de história do esporte.
Ao contrário do powerlifting, onde as tentativas se sucedem e o peso pode ser aumentado e depois reduzido (para uma nova tentativa), no Levantamento Olímpico o peso somente pode ser alterado para cima, em qualquer categoria. Logo, o peso na barra vai começar com a tentativa mais leve e a partir daí pode continuar o mesmo ou então ser aumentado; ele nunca pode ser reduzido. Uma vez que a barra estiver montada, o levantador tem 1 minuto para iniciar o levantamento; se ele falhar em cumprir esse quesito, ele perde o levantamento e as mesmas regras acima são aplicadas.
Após um indivíduo realizar a sua tentativa, ele pode tanto aumentar o peso para a próxima tentativa (quer ele tenha conseguido realizar o levantamento com sucesso ou não) ou então manter o mesmo peso (se a tentativa foi invalidada e ele quiser tentar novamente). Se alguém mais está tentando levantar o mesmo peso da barra, este tenta na seqüência; Se não, o peso imediatamente acima é colocado na barra e o mesmo processo continua. Mais uma vez, isso acontece do menor peso para o maior e a única coisa que pode acontecer é o peso na barra permanecer o mesmo ou aumentar.
Uma conseqüência do que foi dito acima é que algumas vezes, os levantadores fazem mais de uma tentativa em seqüência. Imagine que há três levantadores que definiram 100, 105 e 110kg como suas tentativas. O Levantador 1 tenta primeiro com 100kg. Se ele falhar, ele pode querer 100kg novamente. Como ele ainda tem a tentativa de menor peso, é a vez dele novamente. Se ele conseguir, mas quiser tentar somente 102,5kg, ele é o próximo mais uma vez por que aquele ainda é o menor peso. Se ele quiser tentar 105kg, o outro levantador vai primeiro e ele vai depois na seqüência. Quando um levantador tem duas tentativas em seqüência, ele tem 2 minutos entre os levantamentos.
E acredite, tem muito mais coisas nesse negócio, envolvendo contar tentativas, mudar o peso da barra (tanto para descansar como por razões estratégicas), que eu não pretendo entender. Às vezes isso torna difícil acompanhar uma competição porque você nunca tem certeza absoluta de quem está ganhando ou perdendo (e não há um placar fácil para indicar isso). É um esporte que, de longe, os americanos não entendem por causa disso. Muito complicado de acompanhar, muito confuso, não fica claro quem está perdendo ou ganhando, e tudo aquilo desafia a lógica dos esportes americanos. Ou se compete ao mesmo tempo, ou alternados; isso nós entendemos.
Julgamento
O objetivo do Levantamento Olímpico não é apenas levantar o peso, ele deve ser levantado obedecendo a um conjunto específico de regras (os quais foram mudados ao longo dos anos). E isso significa que o esporte precisa ter juízes, nesse caso dois árbitros laterais e um juiz principal que fica em frente ao levantador.
Eles são altamente treinados, altamente qualificados e decidem com base em um sistema de vermelho (inválido) ou branco (válido) dependendo se o levantamento foi realizado ou não de acordo com as regras (o powerlifting viria a dotar esse sistema quando ele foi desenvolvido no final do século XX). Isso também significa que o esporte que deveria ser baseado em nada além do peso levantado, foi adicionado de um elemento subjetivo que eu tenho certeza que causa muitas discussões nos países que ligam para o esporte. Eu fico pensando se os entusiastas chamam os juízes de ‘cego como um morcego’ como os americanos fazem com os árbitros de beisebol.
Em todo caso, nós temos três juízes analisando o levantamento e decidindo se ele atende as regras com um simples conjunto de luzes. Duas ou mais luzes brancas e o levantamento é considerado válido. Duas ou mais luzes vermelhas e é invalidado. E como em qualquer esporte com um elemento subjetivo, juízes não são perfeitos, nem tampouco consistentes. Algumas vezes são mais negligentes e outras vezes mais rigorosos. Às vezes o critério muda ao longo de um torneio, porque é assim que é a vida real.
As regras são muitas vezes insanamente complicadas e cheias de nuances, e muito difíceis de explicar ou entender (eu não tenho intenção de entender a maioria delas). Não ajuda em nada o fato de os levantamentos acontecerem tão rápido que é difícil de enxergar supostas violações de regras a olho nu. Mas uma regra que eu posso explicar é o press-out. Se os cotovelos dobrarem e a barra for fisicamente empurrada até a extensão dos braços durante o jerk, então isso é uma luz vermelha. A mesma coisa vale para o snatch, você não pode apanhar a barra com os braços dobrados e depois empurrá-la até travar, ela deve ir do chão até acima da cabeça sem ser empurrada.
Há muitas outras regras e, muitas vezes, dois levantamentos que parecem idênticos terão diferentes combinações de luzes por razões que você nunca tem certeza do porquê. Uma amiga (levantadora e treinadora) recentemente esteve no campeonato nacional dos EUA e ela não conseguiu descobrir porque tantos levantamentos eram validados e outros não. E ela entende do esporte. Boa-sorte para os leigos para descobrir porque o fulano ganhou luzes brancas e o sicrano não, sendo que eles pareceram ter feito a mesma coisa.
Técnica de Levantamento Olímpico: Introdução
Os esportes podem variar drasticamente em relação ao quanto a técnica é importante no seu desempenho. Salvo engano, todos os esportes têm alguma técnica envolvida, mas alguns são relativamente mais ou menos sensíveis à técnica apropriada (ou inapropriada) que outros. Por exemplo, não é incomum encontrar alguns corredores de longas distâncias de elite muito esquisitos. É uma atividade onde a técnica pobre pode ser superada puramente por muito trabalho duro. É também um padrão de movimento natural, motivo provável pelo qual o condicionamento pode superar a técnica. É também o motivo pelo qual a corrida é muito fácil de começar a praticar. O mesmo pode ser dito para o ciclismo (que eu descrevi em outro artigo como sendo uma corrida sentada com marchas).
Opostamente, pouco, muito pouco da técnica do levantamento olímpico tem qualquer coisa a ver com padrões de movimentos naturais do ser humano com uma exceção (a tão nobre tripla extensão), que eu vou discutir abaixo. Nesse sentido, ele é muito parecido com a natação e patinção de velocidade e é por isso que eu falei sobre eles nos artigos anteriores. Nenhum desses três esportes tem muita coisa em comum com os padrões de movimento humanos normais e todos eles são excessivamente sensíveis à técnica (ou falta dela).
De fato, eles todos são esportes nos quais um atleta com melhor técnica sempre irá demolir um atleta com melhor condicionamento (é claro que em alto nível você sempre vai encontrar técnicas altamente desenvolvidas e condicionamentos altamente desenvolvidos). Capacidade aeróbica não te levará a lugar nenhum na natação se você não for capaz de nadar com eficiência, assim como qualquer qualidade necessária para a patinação de velocidade não te levará a lugar nenhum se você não souber usá-las no gelo e toda a força no mundo não te levará a nada se sua técnica for ruim.
Dessa forma, a técnica no olys tem se desenvolvudo e evoluido ao longo dos anos conforme os levantadores descobriam a melhor forma de levantar uma barra do chão, tanto até os ombros como sobre a cabeça. A maior parte desse desenvolvimento ocorreu quando os países da Europa Oriental realmente começaram a focar no esporte mundial nos anos 60 e 70 e começaram a analisar a biomecânica dos esportes e descobrir quais eram as melhores formas de fazer as coisas.
E, novamente, apesar de eu não detalhar tudo aqui, eu quero analisar abrangentemente a técnica dos levantamentos, pelo menos como eles acontecem nos dias de hoje. Nada disso sugere que as técnicas não continuarão a evoluir (considere, por exemplo, o desenvolvimento do squat jerk) ou mudar, mas nesse momento, com na maioria dos esporte, ela está muito bem refinada.
Os levantamentos são tipicamente divididos em 6 fases distintas, mais por conveniência e tenha em mente que todas elas são apenas separações do mesmo movimento contínuo. Vamos olhar para cada um deles, em um grau ou em outro, principalmente para notar onde acontecem as coisas interessantes ou detalhes que são determinantes para o sucesso pode ser relevantes. Da mesma forma, eu vou apontar os lugares onde acontecem os equívocos sobre os levantamentos ou sobre o que está acontecendo.
O Início
Vamos lá, ambos os levantamentos se iniciam com a barra no chão e o levantador em uma posição não muito diferente (mas certamente não idêntica) à posição de um deadlift. Os braços ficam mais afastados no snatch e mais próximos no clean devido à forma como a barra é capturada (uma posição de mãos mais afastadas significa não ter que puxar a barra tão alto no snatch) e isso tem impacto na posição inicial do quadril e na tração das pernas para os dois movimentos. Mas ambos compartilham as mesmas características básicas.
A coisa mais importante a ser observada aqui (especialmente porque isso distingue os dois movimentos da técnica do deadlift de elite atual) é que os ombros estão logo à frente da barra. Também o dorso está travado e arqueado. Curvaturas no início resultam em uma perda da potência aplicada na barra. Aqui temos uma figura praticamente perfeita da posição inicial do snatch. Note os braços rígidos, as costas retas e os ombros na frente da barra. Essa foto foi retirada da capa do livro de Arthur Dreschler, referenciado abaixo.
Posição de início do snatch
Primeira e Segunda Puxadas
Da posição inicial, o levantador começa o levantamento quebrando a inércia para tirar a barra do chão, movendo-a até o nível dos joelhos até passar deles (até onde ocorre algo chamado de dupla flexão de joelhos, que eu não vou explicar); essa combinação de movimentos compreendem a primeira e segunda puxadas (e a maioria das análises quebra elas em dois segmentos, mas lembre-se que essa é apenas uma visão geral).
Sem entrar em muitos detalhes desnecessários, você deve perceber que a primeira e segunda puxadas têm o mesmo objetivo, são formas de colocar a barra na importante posição que é comumente chamada de posição de ‘potência’ ou ‘explosão’ (chamada por muitos de terceira puxada).
Eu faço essa distinção porque a primeira e segunda puxadas do clean são superficialmente muito parecidas com pelo menos alguns estilos de deadlift (por exemplo o clean style deadlift). Mas eles não são os mesmos e este é o porquê: no deadlift, o ponto final é um lockout e o objetivo do movimento é simplesmente retirar a barra do chão até a extensão completa. Isso permite que os levantadores façam algumas coisas (como colocar os ombros atrás da barra mais cedo) que não funcionam nos levantamentos olímpicos, onde o levantador tenta manter os ombros à frente da barra o maior tempo possível.
Enquanto que o deadlift termina na extensão total, é aí que o levantamento olímpico realmente começa (de certa forma). Uma vez que a barra alcança a posição de explosão/potência, o levantador então explode, efetivamente atirando a barra para cima no ar. E é aqui que a ação real acontece nos olys. E como o sucesso ou falha de um oly é determinado pela quantidade de peso que é possível atirar alto o suficiente para capturar depois, é muito raro um levantador falhar em levantar o peso do chão.
Como nos olys você está limitado ao peso que você consegue atirar para cima a partir da posição de explosão, esse peso sempre será menor que o peso que você teoricamente conseguiria levantar até aquela posição. Os únicos levantadores que falham em levantar o peso do chão são os que estão ou lesionados, ou ficaram muito tempo treinando na posição hang e perderam o poder de tração das pernas. No deadlift você pode ter um ponto fraco em qualquer extensão do movimento e ele às vezes é no chão.
Em todo caso, para te dar uma idéia do que está acontecendo, aqui temos uma levantadora olímpica terminando a primeira puxada e iniciando a segunda puxada no snatch. Note a pegada aberta, braços esticados e livres, costas retas e ombros em frente à barra.
Eu não consigo pensar em uma legenda espirituosa para isso.
Um ponto que eu realmente gostaria de ressaltar é este; a primeira e segunda puxadas dos levantamentos são apenas meios para um fim, que é o objetivo real de colocar a barra na posição certa para a próxima fase do levantamento. Como eu mencionei acima, eles quase nunca são limitadores (apesar do movimento dos joelhos poder ser tecnicamente problemático) para um levantamento olímpico, a menos que o levantador esteja lesionado ou fez um treinamento totalmente desbalanceado ou algo parecido.
Devido a toda a engenharia dos olys, a única parte do movimento que determina o sucesso ou não é a próxima fase do levantamento. É após uma primeira e segunda puxadas apropriadas, com a barra chegando na posição de explosão onde a insanidade real dos movimentos começa.
A explosão
Nesse ponto do movimento, o levantador agora extende-se para cima (e normalmente um pouco para trás) como se fosse um pulo com a barra nas mãos. É a única parte dos olys que se parece qualquer coisa com um movimento humano normal, no sentido de que vários esportes fazem uso da tripla extensão (extensão dos quadris, joelhos e panturrilhas). É com isso que ela se parece.
Kriss Kross Will Make You Jump Jump
Eu vou fazer uma nota de passagem aqui, que muito se tem debatido a respeito da função ou benefícios de ficar na ponta dos pés durante essa parte do movimento, com muitos levantadores fazendo isso ou não e a tendência atual de se ficar com os pés mais retos que nos anos que se passaram, por razões que eu não vou entrar em detalhes.
O que é importante é que o levantador agora explodiu para cima (e um pouco para trás) e efetivamente atirou a barra no ar; Ela é agora um projétil balístico. Por favor note que a força para que isso aconteça ocorre através das ação das pernas e as costas e braços estão minimamente, se é que estão, envolvidos além de conectar o levantador à barra (e não, eu não estou considerando nenhuma dobra do braço até aqui) . Isso não é um movimento dos deltóides ou dos braços; Bom, não deveria ser de forma nenhuma.
Então vamos voltar à física do ensino médio e o que acontece em situações como essa. Se o levantador soltasse a barra, o que você veria é que ela continuaria a subir (baseado na velocidade inicial e o peso) até frear completamente e começar a cair de volta até o chão por causa daquele negócio de gravidade.
Mas como o esporte é levantamento de pesos e não arremesso de pesos, não é isso o que acontece. Em vez disso o levantador não solta a barra; então ele precisa encontrar um modo de levar a barra ou para a posição final do snatch (acima da cabeça com os braços travados) ou do clean (essencialmente uma posição de agachamento frontal). Eu vou cuidar do jerk brevemente depois.
Agora, se o peso é leve o suficiente, o levantador poderia de uma maneira concebível atirar/puxar a barra alto o suficiente para pegá-la mais ou menos em pé. Ou então dobrando levemente os joelhos se estiver um pouco mais baixa. Isso é, na verdade, uma série de movimentos relacionados chamados de power clean e power snatch (definidos como capturar a barra com os joelhos em qualquer ponto acima de um meio agachamento). Aqui temos um power snatch para você ter uma idéia.
Mas capturar a barra nessa altura limita a quantidade de peso que você pode usar e remete ao motivo disso tudo: levantar o máximo de peso. O que significa que, se a barra não pode ir mais alto, o levantador precisa ir mais baixo, capturando a barra na posição de um agachamento profundo (ou muito perto disso). Leia isso novamente, após atirar a barra para CIMA, o levantador tem agora que ir para BAIXO dela. E ele não tem muito tempo antes que aquele negócio de gravidade puxe a barra muito baixa para ser apanhada. De fato, ele tem aproximadamente 0,2 segundos para ir da extensão total para baixo o suficiente para pegar a barra. Metade de um piscar de olhos.
Isso significa que ele precisa trocar rapidamente de explodir para cima para, efetivamente, ‘pular/se jogar’ para baixo. E isso leva menos de um segundo também. Se ele vai muito cedo, ele compromete a altura da barra e a posição normalmente vai derrubar a barra para frente.
Se ele ‘pula’ demais, ele perde um tempo valioso para chegar embaixo da barra porque ele não estará ganhando nenhuma altura adicional mas está esperando para começar o movimento em vez disso; a hiperextensão também tende a colocar a barra muito para trás (alguns levantadores fazem isso, no entanto). Os melhores levantadores conseguem terminar uma explosão e instantaneamente começar a se mover para baixo da barra no mesmo exato momento. Assista os vídeos no começo do artigo e repare.
Mas fundamentalmente, é por isso que os movimentos na posição squat ultrapassaram a posição split em termos de técnica: o squat permite aos levantadores capturarem a barra mais baixo no snatch e no clean, o que significa que o pesos não precisa ser atirado tão alto, o que permite que as pessoas consigam levantar mais peso, o que é o objetivo do esporte.
A única razão pela qual o squat jerk ainda não começou a se destacar sobre o split ou o power jerk é porque é um movimento muito complicado para a maioria para ser executado consistentemente com as cargas utilizadas no clean and jerk. O menor desvio na posição da barra e o levantamento é perdido (há mais margem de erro no split jerk porque a bas de suporte é mais larga da frente até atrás).
Então o levantador precisa entrar embaixo da barra na posição split no segundo entre jogar a barra no ar e ela começar a cair de volta. Como conseguir esse truque mágico? Essa é a próxima fase do movimento.
O Agachamento/Terceira Puxada
A resposta é que, por um breve momento, o levantador vai realmente tirar o peso de si mesmo, brevemente levantando seus pés do chão, de forma que ele perca o contato com a plataforma. Durante esse tempo, o levantador continua a exercer força na barra e essa é a única hora em que os braços exercem alguma função específica. Mas devido àquela coisa toda de inércia e ao fato da barra pesar mais que o levantador, alguma coisa legal acontece quando você combina o fato do levantador estar ‘sem peso’ e continuar a puxar a barra (ou empurrar no caso do jerk).
Agora, em vez de o levantador mover a barra, a barra vai mover o levantador. Isto é, por continuar puxando a barra para ‘cima’, o resultado final é o levantador sendo puxado para baixo (e sim, eu estou simplificando, puristas do OL por favor não se aborreçam). Ou como Yakov Smirnov teria dito, “na URSS, a barra abaixa você”.
Enquanto isso acontece, o levantador vai recolocar rapidamente seus pés no chão, porque, a menos que ele faça isso, ele não poderá exercer força na barra para mantê-la sob controle.
Eu gostaria de salientar que, enquanto ele está fazendo isso, ele precisa relaxar/dobrar suas pernas o suficiente para afundar na posição de agachamento enquanto ele continua a exercer força na barra para cima (ou pelo menos contra ela). Isto é muito mais difícil que você pensa; (empurrar para cima com uma parte do seu corpo enquanto a outra parte está se movendo para baixo). E tudo isso tem que acontecer rápido o suficiente para entrar embaixo da barra para a próxima fase do movimento.
Então vamos somar todo o movimento até agora: primeira puxada, segunda puxada, explosão para jogar a barra no ar, tirar o peso do corpo momentaneamente enquanto você continua puxando para mover você mesmo para baixo da barra que está rapidamente freando, colocar seus pés de volta no chão (enquanto agacha e empurra a barra para cima ao mesmo tempo) para apanhar uma barra pesada caindo em cima de você. Sem problemas. Certo. Agora o que acontece?
A Captura/Recuperação
Então a barra foi atirada, o levantador tirou o peso do corpo, ficou em posição de agachamento, a barra parou de subir e começou a descer e/ou foi capturada sob controle. Vamos assumir aqui que a barra foi jogada alto o suficiente para começar, o que de forma nenhuma é garantido. Muitos levantamentos são perdidos porque a altura da barra é insuficiente e/ou porque o levantador não conseguiu se abaixar tão rápido quanto necessário. Mas vamos olhar para o que acontece se a barra puder realmente ser recuperada e aqui o snatch e o clean diferem um pouco.
O Snatch
A maior dificuldade com o snatch é a posição da barra e tenha em mente que ela deve ser apanhada sobre a cabeça e com os braços travados e estabilizados. Isso requer que ela esteja em uma posição bastante específica e é por isso que o caminho que a barra percorre é tão crucial aqui. A barra precisa ir para cima e então ‘encaixar’ em cima do levantador.
Agora, dentro de limites muito pequenos, se a barra está à frente ou atrás, o levantador consegue ter ela sobre controle. Ele pode dar alguns passos agachado ou mudar um pouco seu centro de gravidade para manter a barra em posição. Se ela estiver muito para frente ou para trás ele perderá o levantamento, mesmo se ele tiver potência suficiente para jogar ela bem alto. A técnica aqui é minuciosa e levantadores tendo um dia ruim no snatch podem e vão perder todos os levantamentos, mesmo que sua força e potência sejam suficientes, apenas pelo fato da barra estar fora de posição. E você não consegue salvar um levantamento se a barra estiver fora de posição sem algum esforço sobrehumano.
É claro que, mesmo com a barra na posição correta, o levantador deve ter a habilidade para estabilizá-la acima da cabeça (de novo, braços estão travados). Você pode ver no vídeo anterior do Dimas como ele precisa trabalhar duro para manter a barra estável. Mas assuma que tudo isso aconteceu, agora ele está na posição baixa de um overhead squat.
Agora, uma vez que as cargas são mais baixas no snatch, não deveria nunca haver um problema com a recuperação dessa posição embaixo em termos de força nas pernas em si. O levantamento simplesmente não é limitado por isso (é limitado por ter a barra alta, apanhá-la e estabilizá-la). E por essa razão, você vai ver algumas vezes alguns levantadores ‘sentarem’ na posição baixa brevemente para estabilizar a barra antes de se levantarem. Simplesmente não há razão para pressa.
Em outras situações, os levantadores começarão a levantar rapidamente, já que muitas vezes isso permite que eles corrijam levemente a posição da barra mudando um pouco a posição do seu corpo para trazer a barra novamente sob o seu domínio. Mas isso não é necessário do ponto de vista de força.
Mas agora, levantando, o levantador precisa simplesmente manter os pés alinhados, manter a barra sobre a cabeça (olhar para os dois lados se você for o Dimas e quiser se mostrar) e esperar o sinal dos juízes para colocar a barra no chão.
O Clean
O clean é mais complicado, então vamos dar uma olhada nele. No clean a barra foi atirada e então apanhada na posição do agachamento frontal, com a barra sobre os ombros, os cotovelos sendo torturados embaixo dela na captura, enquanto o levantador se move para a posição de agachamento. Num mundo ideal, o sincronismo e a posição da barra são perfeitos a ponto do levantador poder pegar um impulso na posição baixa do front squat para facilitar a ação de se levantar. E a menos que alguma coisa tenha dado errado, um levantador nunca vai parar deliberadamente embaixo (como ele poderia no snatch) porque não há nenhum benefício em fazer isso.
Para entender o porquê, considere o peso a mais que você pode agachar com um pouco de impulso em comparação a fazer uma pausa embaixo. Essa diferença de peso pode facilmente ser de 5-10% dependendo de alguns fatores. Tomando um impulso você usa menos força para mover mais peso, devido ao impacto do coice elástico e o efeito pliométrico.
E isso é importante por pelo menos duas razões relacionadas. Primeiro e mais importante, os pesos são maiores e o levantador acabou de fazer um esforço máximo, é possível que a força nas pernas sejam um fator limitante na recuperação do squat clean. Secundariamente, o levantador ainda precisa fazer o jerk para completar o movimento; qualquer energia que ele puder economizar pelo impulso no squat é energia que sobrou para fazer o jerk. Levantadores que ficam muito exaustos levantando do squat clean muitas vezes não conseguem fazer o jerk. Isso aqui é quase o melhor que ele pode ser (note que Dimas usa o power jerk).
Mas ser capaz de tomar um bom impulso é precedido por um número de fatores, entre eles a barra estar na posição certa durante a captura. Se a barra estiver muito à frente (e isso pode ocorrer por inúmeras razões), isso pode fazer com que a recuperação do front squat seja realmente difícil; A parte superior das costas fica arredondada, o levantador pode inclinar para frente, o braço da alavanca fica mais longo. De qualquer jeito, a barra estar muito à frente é uma coisa ruim.
Se ela estiver muito atrás, ela pode derrubar o levantador de bunda ou, em alguns casos, causar um apagão bloqueando o fluxo sanguíneo, apesar de isso ser bem raro. Idealmenete, a barra fará a volta, será capturada em um front squat perfeito, permitindo não só que o levantador apanhe a barra, mas que ele consiga tomar um bom ricochete na posição baixa (como mostrado no vídeo acima).
Não se enganem, a recuperação do squat clean pode ser relacionada à pura força nas pernas, mas também existe um aspecto de sincronismo (pegar o impulso no momento exato em que a barra estará tentando te segurar embaixo), um aspecto elástico (conseguir um bom ricochete na posição baixa) e um aspecto técnico (relacionado a ter a barra na posição certa). De fato, levantadores com técnica melhor e mais consistente geralmente conseguem fazer menos esforço com força nas pernas do que levantadores com técnica deficiente: eles não precisam da força pura nas pernas porque a barra está sempre na posição certa para conseguir um bom ricochete.
Havia um grande levantador soviético que conseguia um front squat que era alguma coisa como 10kg acima do seu melhor clean and jerk e não tinha problema algum na recuperação do squat clean. Um outro tinha um front squat 50kg acima do seu melhor clean and jerk e tinha muitas dificuldades. A diferença é a técnica.
Mas vamos assumir que tudo ocorreu bem, o levantador apanhou o clean, pegou o impulso e agora está em pé com a barra sobre seus ombros. Ele pode ajustar um pouco a posição das mãos e dos pés, mas agora ele precisa arremessá-la acima da cabeça. O jerk é usualmente dividido também em 6 etapas, mas eu vou resumi-los já que o conceito é o mesmo, mesmo o movimento não sendo igual.
O Jerk
Após terminar de levantar, o levantador normalmente vai fazer um pequeno descanso, no mínimo ele precisa esperar os pesos pararem de balançar antes de iniciar o jerk. Os pés e mãos podem também ser ajustados, por razões que eu não vou entrar no mérito. O levantador então fica rígido, com seu peito estufado antes de fazer um pequeno mergulho, nem tão baixo e nem tão discreto.
Isso o prepara para uma explosão vertical onde ele usa a extensão de joelhos e quadril para levar a barra para cima saindo de seus ombros. A barra agora vira um projétil novamente e o levantador precisa entrar embaixo dela novamente, tirando o peso do corpo brevemente (tirando seus pés da plataforma, fazendo um split ou afastando-os lado a lado) enquanto ele continua empurrando a barra para cima; o resultado final disso é ele ser empurrado para baixo.
Novamente, ele precisa posicionar os pés rapidamente na plataforma para manter a barra sob controle e isso acontece em uma fração de segundo. Apanhando a barra com os braços travados, ele então reposiciona os pés em linha até os juízes decidirem se o levantamento foi válido ou não. Mais uma vez é um padrão de preparar, mergulhar, explodir, jogar a barra, tirar o peso do corpo, entrar embaixo da barra, recompor os pés e apanhar a barra.
Fazer Ou Não Fazer, Não Existe Meio-termo
Existe um ponto sobre o Levantamento Olímpico que eu gostaria de observar e que muitas vezes não é apreciado por aqueles envolvidos nos outros esportes de força. E esse ponto é que, diferentemente dos outros movimentos com pesos, os OL’s são fortemente um caso de conseguir/não conseguir. Isso é, o sucesso do levantamento tende ou a acontecer ou não, sem muito campo intermediário. Ok, isso não está fazendo sentido.
Considere um levantador fazendo um agachamento máximo, que pode ficar travado no meio por alguns segundos, forçando e forçando naquele ponto estático. Ele pode conseguir passar desse ponto ou não mas ele pode ficar parado lá e continuar a trabalhar para tentar e conseguir colocar o peso em um ponto que permita a ele terminar o levantamento. A mesma coisa vale para supinos e levantamentos-terra e praticamente qualquer outro movimento de treinamento com pesos.
Os levantamentos olímpicos não funcionam dessa maneira. Muitas vezes a altura da barra não está lá. Quando isso acontece a barra é simplesmente derrubada; o levantador não pode forçá-la ou empurrá-la nem nada do tipo. Ele simplesmente não vai alto o suficiente e o levantador vai simplesmente desistir. Mas mesmo se a barra estiver com altura suficiente, um levantamento muitas vezes é perdido e, novamente, é uma questão de conseguir/não conseguir. Isso é fundamentalmente mais verdade para o snatch, onde uma posição errada da barra não vai permitir a recuperação. Aqui temos um snatch sendo perdido para trás, por exemplo.
Mesmo no celan, a mesma coisa básica pode acontecer e o único movimento de carregar que você verá é durante a recuperação do front squat (lembre-se que a recuperação do snatch nunca será limitada pela força das pernas). Mas somente no clean em si, ou no jerk que não aconteceu (no jerk a barra será largada se os braços não travarem instantaneamente). Isso é muito ligado à natureza dos levantamentos e também ao julgamento: qualquer ‘carregada’ em um levantamento ganhará luzes vermelhas, a não ser na recuperação do agachamento, então os levantadores simplesmente não se importam com isso.
Mas esse aspecto dos levantamentos, essa natureza de conseguir/não conseguir tem conseqüências importantes nos requisitos fisiológicos do esporte. Isso também causa outra excentricidade, muitas vezes um levantador irá de uma levantamento muito ‘fácil’ (leia-se completado) com um peso e então falhar ridiculamente com outro que parece ter um aumento insignificante de peso (1-2,5kg).
Quero dizer, você pode estar adicionando 1% ou menos à barra e de repente o levantamento passa de ‘sem problemas’ para ‘impossível’. Você vai perder aqueles poucos centímetros extras na altura da barra, a barra simplesmente não chega lá (ou você irá empurrá-la, o que é ilegal). E você vai do sucesso à falha de uma maneira quase binária. E você não vê isso em outros movimentos relacionados a força.
A Puxada em Forma de S
Para finalizar, eu quero apontar uma singularidade dos OL’s que é o fato de que cerca de 40 anos de análises e experimentação levaram à conclusão de que a MELHOR forma, absoluta, de desempenhar os levantamentos é fazer com que a barra faça um movimento no modelo em forma de S mostrado abaixo. Isto é, a barra segue para trás, depois para frente e depois para trás de novo para ser apanhada como mostrado abaixo (você pode ver isso no vídeo acima), e isso ocorre tanto no snatch como no clean (a trajetória do jerk é diferente).
Ssssssnatch!
Eu menciono isso explicitamente porque alguns costumam formar um argumento totalmente simplista baseado na física de que a barra deve ser puxada em uma linha reta, seguindo a lógica de que ‘a menor distância entre dois pontos é uma linha reta’ e isso vai permitir que você levante o maior peso. Infelizmente, isso ignora o fato básico de que o corpo se move rotacionalmente, não linearmente. As articulações se abrem e fecham em uma forma circular. Deslocamento linear é conseguido em humanos através de movimentos rotacionais traduzidos.
Dessa forma, o caminho que o centro de gravidade percorre indo e voltando em um OL torna uma puxada em linha reta menos efetiva; novamente, você pode ver no vídeo do clean and jerk postado anteriormente como o peso do levantador se desloca para frente e para trás através do movimento do clean. A curva em S pode ser mais longa em um sentido puramente físico mas é superior no mundo real e na visão fisiologia porque é como funciona a biomecânica humana.
E não é só o fato de que décadas de análise das técnicas de levantamento geraram essa como sendo a forma ótima, mas o fato da vida real é este: todos os levantadores top nas últimas 3-4 décadas de esporte usam essa técnica. Apesar de isso não provar nada (algumas vezes atletas estão muito errados nas coisas que eles fazem no esporte), é muito sugestivo que essa seja a forma de fazer um clean ou snatch apropriadamente.
Sua Técnica é Boa Mas Falta Confiança
Ignorando os requisitos técnicos insanos do OL, tem outra coisa que eu quero mencionar relativa aos levantamentos que é a seguinte: fazer tudo isso acima, com qualquer coisa além dos pesos triviais, requer uma quantidade crescente de confiança (ou talvez melhor chamada de ‘falta de medo’). Eu quero que você pense nisso objetivamente, você está pegando uma barra pesada e jogando ela no ar. Se você fosse deixá-la cair seria uma coisa. Mas agora é esperado que você efetivamente se atire embaixo dela enquanto ela está caindo para te esmagar.
Levantadores muitas vezes se pegam amarelando quando as cargas ficam pesadas, o reflexo do medo entra em cena e eles, ou não puxam a barra com a força que deveriam, ou eles não vão com tudo de verdade para entrar embaixo da barra. E mesmo que eles tenham a técnica, a força bruta, a potência e tudo mais, o levantamento ainda será perdido.
Nós podemos comparar isso a algo como a ginástica: pense em uma garota atirando a si mesma em um mortal para trás saindo e voltando de uma trave de 4”. Você não pode hesitar, você não pode voltar atrás. Porque se vocês você tentar voltar atrás você realmente vai se machucar. Você só pode suceder se estiver 100% comprometido com o movimento e muitas vezes ainda existe uma parte do seu cérebro te lembrando que “essa é realmente uma porra de coisa estúpida para ser feita”.
Mas por falar em 100%, isso me lembra uma última esquisitice.
Às Vezes, Menos é Mais
O que se segue é um ponto levantado por um amigo, ele mesmo um levantador olímpico que é tanto treinador como competidor. Ele também me deu um feedback inestimável nesse artigo, mas prefere ficar no anonimato. O ponto que ele levantou é este: devido à natureza dos levantamentos, a técnica requerida e a natureza crítica de uma trajetória apropriada da barra, muitas vezes é melhor puxar/explodir um pouco menos que o máximo, especialmente se isso permite que o levantador mantenha uma trajetória melhor da barra.
Colocando de outra forma, algumas vezes, quando o atleta vão puxar a barra como um gorila, eles acabam puxando fora de posição, perdendo a postura corporal ou a posição/trajetória da barra. E toda aquela força ou potência não importam se a barra está fora de posição (novamente, fundamentalmente mais no snatch que no clean and jerk, mas ainda se aplica aos dois). Nesse caso, fazer a 90% mas mantendo uma técnica melhor normalmente funciona melhor do ponto de vista de conseguir um levantamento com sucesso (é claro que ser capaz de fazer um esforço de 100% e ainda conseguir manter o caminho da barra é o ideal).
Tudo isso é apenas uma conseqüência da natureza exigente da técnica dos OL’s e da natureza de porque os levantamentos são realizados ou não. E isso realmente os separa dos outros esportes de força onde pequenas oscilações podem ser compensadas com força bruta. Um deadlifter não irá puxar uma carga submáxima por medo de perder a barra, o mesmo com um agachamento ou supino. Em um snatch, uma puxada máxima do chão (e existe aqui um aspecto de ritmo de puxada que eu não vou detalhar) é mais propensa a deixar o levantamento com mais probabilidade de falhar, já que ele não traz nada de bom por prejudicar a técnica.
É isso mesmo, sob certas condições, o Levantamento Olímpico é um esporte de força onde pode ser melhor não usar a força máxima. Whoa.
-
Ockham deu reputação a RTiago em E-Book Hipertrofia - Tudo O Que Você Precisa Saber Sobre Uma Dieta
Vejo constantemente novatos postando dietas para avaliações sempre nos mesmos conceitos antigos, e com os mesmos erros, então revolvi criar um guia definitivo com tudo que é necessário saber sobre uma dieta antes de criá-la. Sei que já existem guias no fórum, mas acho que consegui reunir uma vasta gama de informações em um único lugar. Deixo claro que embora boa parte tenha sido escrita por mim, outras foram compiladas de vários fóruns, inclusive o Hipertrofia.
Originalmente ia postar esse guia em um tópico, mas ficou muito grande, por volta de 50 páginas. Então resolvi convertê-lo em um e-book, e disponibilizar a todos para download. Para os que frequentam o fórum há algum tempo e leem estudos sobre nutrição não agregará muito, mas será uma leitura valiosa para os que frequentam o fórum a pouco tempo. Divide esse guia em várias etapas, ficando assim:
Capa do e-book
Índice do e-book
Calculando seu gasto calórico
Quantas calorias consumir em bulk e cutting
Macronutrientes
IIFYM – It If Fit Your Macros (Se Encaixa Nos Seus Macros)
Mitos derrubados
Comer frequentemente para se manter em estado anabólico
Comer refeições menores e frequentes para saciar a fome
Carboidratos engordam
Carboidratos Á NOITE engordam
Comer alimentos de baixo índice glicêmico
Gorduras fazem mal
Café da manhã ... a refeição mais importante do dia
Doces engordam
Alimentos integrais emagrecem
Álcool destrói seus resultados
Frutose, o grande vilão
Jejum = perda de massa
O corpo só processa 30g de proteínas a cada refeição
Longos períodos sem comer aumentam o cortisol e fazem perder massa
Comer antes do treino é ruim
Comer café da manhã como um rei, almoçar como um príncipe e jantar como um mendigo
Sem suplementos, sem resultados
Janela anabólica de uma hora, sua chance de ganhar músculos
Você precisa fazer cardio para perder gordura
Você precisa de uma proteína de rápida absorção (whey)
[*]Maiores erros cometidos em uma dieta
Aumentar demais as calorias
Reduzir demais as calorias
Se matar de tanto aeróbico no cutting
Fazer cardio em horários incorretos
Meu peso estagnou no cutting, hora de reduzir drasticamente as calorias
Confiar nos mitos
Copiar uma dieta
Ingestão incorreta de macronutrientes
Manter a dieta por 6 dias, e jogar tudo fora no 7º
Ser vítima do marketing da industria de suplementos
Querer resultados rápidos
Ter a mente fechada
Não acompanhar o progresso
[*]Refeed vs Dia do Lixo
Refeed – O poder de um aumento calórico para aumentar a leptina
Dia do lixo – A hora do escape
[*]Dietas específicas
Leangains
Warrior Diet
Eat Stop Eat
Dieta Cetônica ou Cetôgenica
Dieta Anabólica
Dieta Metabólica
Dieta Low Carb
Dieta dos Carboidratos
Download (Media Fire):
https://www.mediafire...a8bdbilzou8xfgn
Espero que com isso muitos parem por alguns minutos para lerem antes de saírem postando dietas para avaliação.
-
Ockham deu reputação em Área Para Assuntos Acadêmicos
Olá,
Já tem algum tempo que eu acho que o fórum precisa de algo desse tipo, e a recente criação desse tópico, assim como o esforço de alguns users em trazer assuntos que não são meramente "funciona pra mim", "ele é grande e falou, logo tá certo", e brociência em geral, além daqueles que se esforçam em ir atrás de informações que fogem de suas áreas de atuação/convívio pra entender e discutir um assunto, demonstra que tem um público que se interessa por assuntos acadêmicos no fórum, sem contar o grande número de pessoas ingressando, cursando ou formando-se em cursos de graduação e que usam o fórum, ou que não mas poderiam vir a ser redirecionados pra cá.
O Hipertrofia, como tem no próprio nome, e tudo que tem relação com movimento humano e atividade física em geral, são domínios de cursos de biológicas, e eu vejo que tem alguns users que poderiam agregar conteúdo ao que já tem no fórum. Mas não é só disso que a gente vive, e tem bons usuários de outras áreas (exatas e humanas) que poderiam vir a se beneficiar de um espaço pra troca de informações seguras.
Segurança, aliás, é provavelmente o maior ponto a se considerar, já que brociência é um fator extremamente lesivo e prejudicial, e ainda que o Hipertrofia.org não tenha compromisso com o que é dito pelos usuários, eu tenho certeza de que quando algo ruim acontecer e forem procurar um "GH15" ou mesmo um mero "Quisso", ninguém vai nos encontrar, e aí já se subentende de quem será o ônus de prováveis punições, que muitas vezes não compensam o prejuízo causado pela veiculação de informações duvidosas.
Então, fica aqui a sugestão da criação de uma área Acadêmica, provavelmente dentro do agregador Hipertrofia (que já conta com demasiadas pastas, admito), que permitiria a viabilização de conteúdo avançado e/ou específico sobre determinadas áreas do conhecimento.
-
Ockham deu reputação em Livre Discussão Sobre Powerbuilding
Olá,
Como o craw disse, box squat e o que tá sendo falado sobre fogem do foco do tópico, mas, segue mais um disclaimer sobre:
Meu take em box squat
Sobre execução não tem muito o que falar, já tem conteúdo (muito do qual é meu) espalhado pelo tópico. Todos que usam box squat usam como contexto da WSB, disso não tem o que discutir também, e é a partir daqui que se avalia o porquê de se usar box squat.
Como falei no post anterior, o que é um standard de um agachamento? Simples: O sujeito agacha até a junção entre a parte de cima da coxa e do quadril estarem abaixo da linha do joelho.
Se você colocar a barra numa posição alta, nos trapézios por exemplo, vai requerer uma posição de tronco mais ereta, óbvio (estudo básico de cadeia cinética). Logo, todos os ângulos envolvidos na cadeia vão ficar mais agudos (i.e. vai aumentar flexão de todos os componentes articulares. No agacho são três: quadril, joelhos e tornozelo). Existe, porém, diferença entre as forças desses tais componentes articulares. O quadril, só pela característica estrutural do acetábulo, já é mais efetivo em realizar trabalho. Depois teríamos os joelhos, e por último tornozelos. Se fôssemos priorizar um dos componentes pra executar o movimento, qual deles seria melhor? O mais fraco deles, os tornozelos? Os joelhos? Não, o quadril (não vamos entrar em méritos de rotação e torque).
Pensando dessa forma, o ângulo limitador da geração de força nesse sistema é, provavelmente, o tornozelo, porque é o mais fraco. Não. O que limita mais, que vai exercer mais trabalho pra que seja feito desse ângulo um obtuso (devo estar errando um monte nos conceitos aqui, mas whatever, pelo menos desenvolvo o raciocínio e depois alguém me corrige), vai ser o que tá mais agudo, no caso, joelhos.
Traduzindo: Temos flexão de três coisas, quadril, tornozelo e joelhos, sendo esse último o mais flexionado na cadeia e o que mais vai realizar trabalho, visto que o deslocamento vai ter que ser maior.
Se tivéssemos que escolher uma estratégia pra aumentar o potencial de gerar trabalho, sabendo das inerências de cada um dos componentes do sistema, poderíamos fazer o quê? 1) obtundir o ângulo de flexão do joelho e do tornozelo, tornando mais agudo o do quadril, ou 2) trabalhar nas inerências, aumentando a capacidade individual de cada um dos componentes.
Como se faz o número 1? Aumentando a capacidade do sujeito de realizar flexão do quadril. Como se faz o número 2 (sem piadinhas )? Aumentando a força de flexão plantar, extensão dos joelhos e extensão do quadril (com todo o blablablá pertinente).
Agora outro contexto, tentando ser mais sucinto: Barra em posição baixa (i.e. low bar).
Requer muito menos um tronco que permaneça na vertical, logo, todos os ângulos são abrandados. Menor flexão em tudo: menos trabalho (ou com o mesmo trabalho é possível mover mais carga). Mas as estratégias pra ambos os contextos podem ser as mesmas, o ponto é que anatomicamente, é mais fácil aumentar o grau de flexão do quadril, diminuindo o de flexão dos joelhos e tornozelos, nesse (com a barra baixa) do que no anterior (com a barra alta).
Se aumenta o grau de flexão, aumenta a necessidade de realizar trabalho, logo, temos a necessidade de fortalecer o quadril.
Traduzindo tudo até agora: Agachamento é um movimento de flexão tripla (flexiona quadril, joelhos e tornozelos). A articulação de maior força nesse sistema é o quadril, e há a possibilidade anatômica de tornar o movimento mais quadril-dominante. Se o movimento obedecer essa dominância, ao invés de uma dominância de joelhos ou de sei lá o quê que que possa estar envolvido, temos um movimento mais eficiente.
Sobre equipamentos
O que é um macaquinho de agachamento? É uma fábrica de eunucos peça de roupa, no modelo de um macacão, mas que é curto como um shorts (em outras palavras, um shorts com suspensórios numa peça só), de um tecido extremamente resistente e não elástico e extremam... Nauseantemente apertado. Pra que serve isso? Ele dá suporte pro quadril. No maior grau de flexão do quadril é que macaquinho brilha, retirando muito do trabalho que o quadril sozinho faria pra 1) frear o movimento, 2) manter a posição baixa pro árbitro ver e 3) iniciar o movimento de extensão. Em outras palavras, torna a flexão do quadril mais eficiente.
O que é são as faixas de joelhos? São faixas de 2m de comprimento (desconheço federação que permita mais) de material elástico que são enroladas nos joelhos usando do maior potencial elástico que elas têm (provavelmente dá uns 8m de faixa). O que elas fazem? Dão suporte pros joelhos. Quanto maior o grau de flexão do joelho, mais as faixas se esticam (o pouco que ainda é possível), contribuindo também com esse fator mecânico (daria pra falar da compressão que ela faz na articulação também) pra aliviar o trabalho do joelho.
Juntando os dois o que temos? Carry over. Se você se apoiar nesses equipamentos, temos o atual powerlifting "non-raw". Tem federações, como a IPF, que permitem usar equipamentos de uma camada só de tecido (single ply), e tem federações que permitem o uso de quantas camadas forem que tem o equipamento do atleta (na foto acima o macaquinho é o Leviathan da Inzer, acho que os maiores agachos do mundo foram feitos com ele atualmente).
Daí também se tira que houve a criação de um novo SPP pra powerlifter: o treino equipado.
Mas não só o treino equipado é que muda. Você passa a treinar conforme seu equipamento pede. Um leviathan é muito mais relevante num agacho de meia tonelada do que as faixas de joelhos (apesar de que ambos são necessários pro feito). O treino vai ser, vendo por essa perspectiva, mais voltado a usar melhor o quadril (afinal, teu suporte maior tá ali).
Tá, e o box squat?
O que é um box squat? É um agacho feito numa caixa ( ). O standard de um box squat seria algo como: sujeito senta-se numa caixa de uma determinada altura e depois levanta. Fácil, não?
O que um box squat tem de diferente de um agacho normal? Ele tira a conexão entre excêntrica e concêntrica, tirando da equação a força de frenagem necessária pra transição entre uma parte do movimento e outra.
Mas ele tem algumas pecuiliaridades, que acabaram por mudar o standard dele pro que é conhecido pelo que é feito na WSB: Agacha-se pra trás, empurrando os joelhos pra fora, até sentar na caixa. Levanta-se da caixa sem erguer primeiro o quadril. E o ponto mais importante: canelas ficam na vertical ou numa leve flexão plantar. Não, não é dorsiflexão, é flexão plantar mesmo. Ou seja além de diminuir ao máximo o grau de flexão do joelho, o grau de flexão do tornozelo também não só é diminuído como é revertido. E o quadril? Se a caixa for abaixo da paralela, o agacho vai ser sempre abaixo da paralela.
É um dos exercícios mais quadril-dominantes que tem. Mais vantagens sobre o agacho comum? O Danilo mesmo falou, tira uma grande tensão do quadríceps (pessoal com condromalácia, pessoal com lesão no tendão patelar, pessoal lesionado em geral urra nesse momento). "Bah, mas eu não quero tirar a tensão do meu quadríceps, tenho condromalácia, sou levantador olímpico, corro de vez em quando e fico flameando no hipertrofia no tempo livre, comofas/". Caixa na paralela, posição de pernas menos abertas and you're golden!
Poderia citar motivos clínicos pra usar box squat (dependendo da dinâmica pode ser considerado um PNF), aprimoramento de flexibilidade e mobilidade e, claro, didática do exercício. Mas dá pra usar o mesmo motivo da tensão citado no parágrafo anterior: É muito mais fácil se recuperar de um box squat do que de qualquer outro agacho, inclusive se usada a versão mais quadríceps-dominante dele.
Resumo: Craw vai ficar puto, 1300 palavras sobre box squat num tópico sobre powerbuilding.
-
Ockham deu reputação a craw69 em Pra Quem Gosta De Inventar Moda!
Leia os seus post...
"Na minha opinião, quem quer inventar demais só se dá mal mesmo";
"Penso que alguem que não consegue resultados com essa rotina, com uma diferente, aí que num vai funcionar mesmo...";
"pq com "todo conhecimento do mundo" ainda não evolui como gostaria.."
"Mas ainda executando corretamente uma rotina diferente, como 5x5, não acho que seja tão eficiente quanto esta, dos bons e velhos principios Weider.."
"Vc com seus 50 de braço e 108kg confirmou que não precisa mudar desse basicão pra ter resultados.."
Pra mim dá a entender que voce condena quem sai do basico (que alias, nem é o basico, é o basico aqui no Brasil como já disseram) sim.
E, de novo, na minha opiniao, o seu ponto completamente errado foi:
"Ou o treino e dieta mais comum, que 90% das pessoas que não pesquisam costumam fazer, e funciona?"
90% das pessoas naturais tem um corpo lixo. Os poucos que se destacam, sem a ajuda de EAs, sao pela genetica monstruosamente favoravel. Os outros 90% ou tem corpos vergonhosos ou tem muito desbalanco para um dos lados: tem volume, mas é um rolico; é rasgado, mas coloca uma camiseta e some. Eu coloquei essa minha opiniao 1289418929180x porque ja tiveram essas discussoes 12841842180941289x. A cada 10 naturais que voce ve por ai treinando, 1 tem (ao mesmo tempo): braco com mais de 40-42cm, com definicao para ver separacao bi/braqui/tri + pernas volumosas/rasgadas + trapezio/panturrilha/antebraco bons etc. Os outros 9 naturais: podem ter bracos grandes, mas tem BF alto; podem ter pernas grandes, mas tem definicao porca; podem ter trapezio ou antebraco ou panturrilha grandes, mas é um deles e geralmente por genetica.
Natural seguindo dica padrao e ficando com shape harmonioso? Pouquissimos.
Nao entendo esse tipo de topico, perdao. A pessoa segue um método, nao gosta e ai resolve apontar como falho, falar para os outros nao seguirem... eu segui ABCD/ABCDE por 2 anos e era só mais um frango na academia perguntando dosagem de ox + stano + dura, ai comecei a seguir umas coisas levemente diferentes e meus resultados mudaram absurdos; nem por isso criei topico falando "parem de seguir ABCDE". Eu falo "nao siga ABCDE" quando o topico tem teor cientifico, quando tem gente colocando pesquisa/artigo/teoria, mas tirando isso... é discussao de futebol praticamente. Se esse fosse um topico pra postar porque ABCDE funciona melhor eu até entenderia, mas vir aqui discutir ego... na minha opiniao, eu nao gosto. Mas as vezes rende um topico bacana, nunca se sabe
-
Ockham deu reputação a mandachuva em Corrida Descalço
Corrida descalço: Padrão motor natural, maior segurança e maior economia de corrida.
Felipe Nassau
20/03/2011
Introdução
Atualmente ocorre grande discussão sobre a prática da corrida descalço. Nesse contexto é fundamental analisar fatores não só fisiológicos, biomecânicos e anatômicos, como também o interesses comerciais das indústrias de calçados esportivos.
Visto que as corridas de rua são cada vez mais populares, sendo praticadas não só por atletas competitivos, como também por praticantes recreativos, a indústria de material esportivo tem tentado se especializar na fabricação de roupas mais leves, que facilitam a evaporação do suor, com proteção solar adequada, e principalmente de tênis mais confortáveis ou supostamente melhores, mais individualizados. O uso de calçados é uma imposição criada pelos próprios humanos para proteger os pés e hoje, além dessa função, é parte do nosso vestuário habitual.
Corrida descalço e lesão
Em 1987, Robbins e Hanna demostraram que no Haiti, onde coexistiam comunidades que ainda não utilizavam calçados juntamente com adeptos de tais vestimentas, os descalços apresentaram menor índice de lesão em estruturas dos membros inferiores.
Patologias crônicas, tais como dores nas canelas, síndrome da banda ílio-tibial e da dor peri-patelar, são atribuídas a diversos fatores como: pronação excessiva, supinação e carga de choque dos membros (Siff e Verkhoshansky, 1999, apud Waburton, 2001). Outra lesão comum em corredores é a fascite plantar, uma inflamação do ligamento que corre ao longo da sola do pé. Há algumas evidências de que a fáscia plantar age como suporte para o arco longitudinal medial, e que a pressão sobre o acessório proximal da fáscia leve a tal lesão (Robbins e Hanna, 1987), o que é comum na técnica mais utilizada por corredores calçados, o mata-borrão.
Robbins e Gouw (1991) demonstraram que corredores que utilizam tênis mais caros têm mais que o dobro de lesões supracitadas que indivíduos que utilizam calçados mais baratos, levando-os a concluir que a estratégia de aumentar o amortecimento pode oferecer risco à saúde em longo prazo por não fortalecer as estruturas fisiológicas responsáveis pelo amortecimento de impactos. Sabe-se também que, mesmo com o fato de alterações como a pronação ou supinação excessiva exporem o corredor a um maior risco de lesão (Van Ginckel et al, 2008; Ghani et al., 2009; Thijs et al., 2007), a utilização de tênis específicos para a forma de pisada não são capazes de reduzir os índices de lesão (Knapik et al., 2009; Knapik et al., 2010a; Knapik et al., 2010b Razeghi e Batt, 2000.) Isso corrobora com a afirmação dos autores conceituados na área de lesões em corredores (Robbins e Waked, 1997) ao afirmarem que a propaganda enganosa de calçados atléticos pode levar a um perigo de saúde pública. Além disso, o uso de calçados altera significativamente o padrão biomecânico natural de marcha, corrida e caminhada, merecendo atenção no esporte e na reabilitação (Willems et al., 2007).
Estudos afirmaram que a corrida de longa distância é um exercício com alto risco de lesão, cuja probabilidade de ocorrência varia entre 20% a 80% a cada dois anos (Fredericson e Misra, 2007; Van Gent et al., 2007). O risco de lesão parece ser atenuado em praticantes mais experientes e em atletas profissionais. Por exemplo, Robbins e Gouw (1990) relataram que o tênis não reduziu o choque durante a corrida de 14 km/h em esteira. Bergmann et al. (1995) constataram que as forças que atuam na articulação do quadril foram menores ao correr descalço. Clarke et al. (1983) observaram que não houve mudança substancial na força de impacto quando se aumentou a quantidade de amortecimento em 50% no salto de corredores bem treinados. Robbins e Gouw (1990) argumentaram que a sensação plantar induz a uma resposta protetora da superfície plantar e que corredores alteram o seu comportamento para reduzir o choque, um fenômeno que chamou de ajuste de choque. Calçados com maior amortecimento, aparentemente, provocam uma redução drástica no comportamento de choque de moderação, aumentando assim a força do impacto (Robbins e Hanna, 1987; Robbins et al, 1989; Robbins e Gouw, 1990).
Braunstein et al. (2010) também afirmaram que as forças compressivas sejam maiores em indivíduos calçados, gerando maior estresse mecânico no tornozelo e joelho, sugerindo que a corrida descalço seja mais segura.
Biomecânica e corrida
Além disso, o uso de calçados reduz a economia de corrida, aumentando o gasto energético necessário para o desporto, o que foi atribuído ao peso do implemento por Burkett, et al. (1985), porém pode ter suas causas no uso de forças verticais, como apontado por Storen et al. (2011).
Esse fato pode ser explicado pela mecânica de corrida proposta por Lieberman et al. (2010). Ao colidir o solo com o calcanhar ocorre uma grande transferência de força vertical do calcâneo para o tornozelo e tíbia, além de reduzir a economia de corrida. Enquanto isso, correr aterrissando com a extremidade frontal do pé, principalmente com o afastamento dos dedos e realizando uma flexão plantar demonstra que além de reduzir as forças verticais do impacto, tende a transferir a sobrecarga mecânica para o tríceps sural, reduzindo a sobrecarga óssea e articular, porém, aumentando a sobrecarga na musculatura da panturrilha. Isso pode ser uma explicação também para o menor índice de lesões em atletas experientes (Van Gent et al., 2007), mesmo com altos volumes de treinamento. Quanto maior a velocidade na corrida, maior a tendência em colidir o solo com a frente do pé. Além disso, a maior amplitude de passada, necessária para tais velocidades, é plausível crer que toda a cadeia muscular extensora sofra maior ativação neuromuscular, aumentando a estabilidade e proteção da articulação do joelho, quadril e coluna vertebral, corroborando com a segurança de joelhos e tornozelos atribuída por Braunstein et al. (2010) à corrida descalço.
Conclusões
A corrida descalço, além de ser a forma mais natural, aparentemente parece ser também a mais segura. Ao tocar o solo sem acolchoados, a propriocepção da planta do pé é melhorada, além de reduzir a sobrecarga de estruturas articulares e ósseas. Isso faz com que não só a segurança do esporte seja maior, como também a eficácia do movimento, aumentando a economia de corrida. Porém, relatos clínicos têm demonstrado que o tríceps sural sofre uma sobrecarga inicial elevada, gerando desconfortos até a sua adaptação, sugerindo que corredores que já praticam a corrida calçados devam reservar um período de adaptação à corrida descalço.
Outra sugestão interessante é que se a mecânica proposta só é natural em velocidades elevadas, a aprendizagem da corrida pode ser mais proveitosa ao se iniciar com velocidades altas e baixos volumes, mesmo não prolongando exercício até níveis altos de fadiga. Isso sugere que o treino intervalado extensivo pode ser um melhor método para ensinar a corrida que treinos contínuos em relação às adaptações neurais.
Mesmo a maioria das academias não permitindo tal prática, e muitos não se sentindo socialmente confortáveis para correr descalços, é possível desfrutar dos mesmos benefícios da corrida descalço com o uso de calçados menos acolchoados, mais flexíveis, e com bom espaço para a movimentação dos dedos.
Referências
1. Robbins SE, Hanna AM (1987). Running-related injury prevention through barefoot adaptations. Medicine and Science in Sports and Exercise 19, 148-156
2. Robbins SE, Gouw GJ (1991). Athletic footwear: unsafe due to perceptual illusions. Medicine and Science in Sports and Exercise 23, 217-224
3. Knapik et al. Injury reduction effectiveness of selecting running shoes based on plantar shape. J Strength Cond Res 23(3): 685–697, 2009.
4. Razeghi M, Batt ME. Biomechanical analysis of the effect of orthotic shoe inserts: a review of the literature. Sports Med. 2000 Jun;29(6):425-38.
5. Knapik JJ, Brosch LC, Venuto M, Swedler DI, Bullock SH, Gaines LS, Murphy RJ, Tchandja J, Jones BH. Effect on injuries of assigning shoes based on foot shape in air force basic training. Am J Prev Med. 2010 Jan;38(1 Suppl):S197-211.
6. Knapik JJ, Trone DW, Swedler DI, Villasenor A, Bullock SH, Schmied E, Bockelman T, Han P, Jones BH. Injury reduction effectiveness of assigning running shoes based on plantar shape in Marine Corps basic training.Am J Sports Med. 2010 Sep;38(9):1759-67. Epub 2010 Jun 24.
7. Robbins S, Waked E (1997). Hazards of deceptive advertising of athletic footwear. British Journal of Sports Medicine 31, 299-303
8. Siff MC, Verkhoshansky YV (1999). Supertraining (4th ed.). Denver, Colorado. Supertraining International
9. Waburton M. Barefoot Running. Sportscience, 5, (3). 2001
10 Fredericson M, Misra A. Epidemiology and Aetiology of Marathon Running Injuries Sports Medicine, Volume 37, Numbers 4-5, 2007 , pp. 437-439(3)
11. Van Gent RN, Siem N, Van Middelkoop M, Van Os AG, Bierma-Zeinstra SMA, Koes BW. Incidence and determinants of lower extremity running injuries in long distance runners: a systematic review.Br J Sports Med 2007;41:469-480 Published Online First: 1 May 2007
12. Robbins SE, Gouw GJ (1990). Athletic footwear and chronic overloading: a brief review. Sports Medicine 9, 76-85
13. Robbins SE, Gouw GJ (1990). Athletic footwear and chronic overloading: a brief review. Sports Medicine 9, 76-85
14. Robbins S, Gouw G, McClaran J, Waked E (1993). Protective sensation of the plantar aspect of the foot. Foot and Ankle 14, 347-352
15. Robbins SE, Gouw GJ, Hanna AM (1989). Running-related injury prevention through innate impact-moderating behavior. Medicine and Science in Sports and Exercise 21, 130-139
16. Burkett LN, Kohrt M, Buchbinder R (1985). Effects of shoes and foot orthotics on VO2 and selected frontal plane kinematics. Medicine and Science in Sports and Exercise 17, 158-163
17. StOren O, HELGERUD J, HOFF J . Running stride peak forces inversel determine running economy in elite runners. Journal of Strength and Conditioning Research. 25(1)/117–123, 2011.
18. Lieberman DE, Venkadesan M, Werbel WA, Daoud AI, DAndrea S, Davis IS, Mangeni RO, Pitsiladis Y. Foot strike patterns and collision forces in habitually barefoot versus shod runners. Nature. 2010 Jan 28;463(7280):531-5.
19. Clarke TE, Frederick EC, Cooper LB (1983). Effects of shoe cushioning upon ground reaction forces in running. International Journal of Sports Medicine 4, 247-251.
20. Van Ginckel A, Thijs Y, Hesar NG, Mahieu N, De Clercq D, Roosen P, Witvrouw E. Intrinsic gait-related risk factors for Achilles tendinopathy in novice runners: a prospective study. Gait Posture. 2009 Apr;29(3):387-91. Epub 2008 Nov 29.
21. Ghani ZN, Van Ginckel A, Cools A, Peersman W, Roosen P, De Clercq D, Witvrouw E. A prospective study on gait-related intrinsic risk factors for lower leg overuse injuries. Br J Sports Med. 2009 Dec;43(13):1057-61. Epub 2009 Feb 18.
22. Thijs Y, Van Tiggelen D, Roosen P, De Clercq D, Witvrouw E. A prospective study on gait-related intrinsic risk factors for patellofemoral pain. Clin J Sport Med. 17(6):437-45. 2007
23. Willems TM, Witvrouw E, De Cock A, De Clercq D. Gait-related risk factors for exercise-related lower-leg pain during shod running. Med Sci Sports Exerc. 2007 Feb;39(2):330-9.
24. Braunstein B, Arampatzis A, Eysel P, Brüggemann GP. Footwear affects the gearing at the ankle and knee joints during running. J Biomech. 2010 Aug 10;43(11):2120-5. Epub 2010 May 11.
-
Ockham recebeu reputação de Foderoso em Como Chegar A Esse Nível?
Com o zyzz. Zumbis são mais assustadores que BB's.
-
Ockham deu reputação a wacabanga em Chaos And Pain - The Basic
NOTA:
Bem, esse artigo sobre treino foi traduzido por mim, wacabanga, e trata-se de uma abordagem diferente do qual estamos acostumados a ver por ai. Justamente por isso decidi traduzi-lo.
Lembrando que o artigo não está na integra, pelo fato de que eu editei para preservar o conteúdo relacionado ao treino propriamente dito, excluindo os palavrões e criticas do autor aos metodos convencionais, ao metodo 5x5, e até mesmo do bigode de mantzer.
Quem quiser ver o artigo direto da fonte, o link ta no final da pagina.
E claro se postei na area errada favor mover.
Peço para aqueles que conhecem esse artigo ou a abordagem, que avissem caso tenha alguma irregularidade. No mais boa leitura, e bons treinos!
------------------------------
ChAoS and PAIN - O Básico by james lewis
"Não existe esse tal de overtraining, apenas undereating ou undersleeping"
O princípio chave do Chaos And Pain é treinar tanto quanto quiser, mas sempre estar fazendo algo útil. Trabalho de máquina raramente é útil. Trabalho de cabo é também raramente útil.
Séries de 10 a 12 são inúteis, com intensidade muito baixa para produzir resultados em alguém, (salvo aberrações genéticas), e as fibras musculares de contração rápida raramente se cansam o suficiente para estimular o crescimento com esse esquema de reps , a menos que você estiver usando uma quantidade enorme de repetições forçadas, drop sets, e outros metodos de intensidade. No Chaos n' Pain você treinará no minimo 5x na semana.
O Treino: Normalmente combina-se 1 exercicio de puxar, 1 de empurrar e 1 agachamento, 3x na semana. Os exercícios são, basicamente, uma caixa de surpresas, a partir do qual você pode pegar qualquer um dos abaixo. Pelos três dias, você vai realizar 15-30 repetiçoes totais, dependendo do seu sistema de rep.
Fazendo Três Repetiçoes? Faça com 10x3. (10 series de 3 repetições)
Fazendo Repetiçoes Duplas? Usar 10-15 series de 2 reps (10-15x2).
Fazendo Repetiçoes Unicas? 15-30 series ,(15-30x1) . Dependendo do treino
Lista de exercicios Basicos e Pesados:
Agachamento,
Clean and Press (e suas variações... https://www.youtube.com/watch?v=6tXcS0Xp1aE, https://www.youtube.com/watch?v=rXXszjlqxhI, fat bar clean and press, log clean and press, dumbbell clean and press,
curl and press) Snatches (
ou dois),
Desenvolvimento Militar (Com um braço ou dois)
Levantamento Terra (
ou dois, https://www.youtube.com/watch?v=mo2jvGa8UYw,etc) Supino (Pegada fechada,
e regular flat bench) Pullups (Com peso ou sem), Mergulho em Paralelas (Com peso ou sem)
Encolhimento (muito pesado, 1-5 reps) ,High Pulls,https://www.youtube.com/watch?v=0zweyUSaJ6c...
E qualquer outro exercício pesado e útil como https://www.youtube.com/watch?v=hMgUDpqK7Ww, steel suitcases, https://www.youtube.com/watch?v=qaSwdBvtPV0, throwing weights for height or distance, etc. A chave é que os exercicios sejam basicos, pesados e dificeis.
Utilizando de pelo menos 85% do sua repetição máxima (1RM) em todos os exercicios.
Então, o que fazer nos dias de folga? Trabalhos de abdominais, panturrilhas, antebraços/braços com fat bar, e exercicios para pescoço e/ou pegada. Usando maiores reps, e treinos por tempo, etc
Sobre os períodos de descanso: Use o menor possível. Normalmente cerca de 45 segundos a um minuto entre as séries, incluindo Reps unicas. Que mantém a freqüência cardíaca alta, queima calorias, e melhora a sua resistência muscular, enquanto constroi força.
Poderá fazer tambem Jump-sets, estilo Chad Waterbury. Podendo usa-las normalmente nos exercicios de push-pull (Empurrar-Puxar). Ou fazer super-sets, entre os exercicios antagonicos. Com o minimo de descanço possivel entre eles.
Em seus dias de folga, sinta-se livre para trabalhar seus pontos fracos, se não estiver muito cansado. “Há semanas que eu vou treinar ombros 5x, mas nunca faço a mesma coisa dois dias seguidos. Eu sempre mudo as séries e as repetições e os exercícios". Alternando assim dias pesados e leves 5x na semana no minimo. Progressão de carga sempre.
.
Exemplo (usando o ombro como exemplo) :
Segunda- Push Jerks 15x1 (pesado)
Terça - unloaded fat bar behind the neck press as part of a tri-set (leve)
Querta- Strict Military press 5x6 (Moderado)
Quinta- Paralelas com peso (hits the front delts a bit) (leve)
Sexta- Clean and Press 10x3 (pesado)
Sabado- Axe Hold with dumbbells for time (leve)
E isso pode ser adaptado a pessoas de todos os níveis de treinamento. De acordo com o senso comum, e totalmente o contrário do que sugere Mike Mentzer, quanto mais avançado você estiver, mais trabalho você tem que fazer para continuar a obter ganhos, enquanto que levantadores iniciantes não precisam da mesma carga e volume para crescer seus músculos como um levantador avançado teria.
Aqui ficam outros modelos de divisão de treinamento durante a semana:, note que também respeitam a ordem pesado/leve, como no exemplo anterior com um treino fullbody.
Seg - Treino de empurrar e puxar (treino pesado , 10x3...12-15x2...15-30x1)
terç - Treino de Agachamento Pesado (10x3...12-15x2...15-30x1)
Qua - Dia leve (abdominais, panturrilhas, antebraços/braços, bodyweight, com repetições altas, pouco volume, etc)
Qui - Treino de empurrar e puxar pesado.
Sex - Treino de Agacho pesado
Sab - Dia leve. (Repetições altas, baixo volume)
Dom - Descanso, (finalmente)
Ou...
Seg - Treino de Empurrar, Pesado e com bastante volume.
Ter - Treino de Puxar, Pesado e com bastante volume tambem.
Qua - Dia leve.
Qui - Treino de Agachamento, Pesado e volumoso.
Sex - Teino de Empurrar e puxar, (semelhante ao descrito no 1° esquema)
Sab - Agachamento, não tão volumoso.
Dom - Descanso
Exemplo de treino completo, usando o esquema FullBody 6x, sendo 3 treinos pesados e 3 mais leves:
Segunda:
Agachamento Frontal 12x1 (90% 1RM)
Encolhimento 12x2
Supino Fechado 10x3
Terça:
Clean and press, 30 reps o mais explosivo possível.
Ab wheel 5x10
Quarta:
Agachamento por tempo. 2:30x3
Pullups Com peso 7x4
Push Jerks 5x3, 3x1, 2x1
Quinta:
Donkey Calf Raise 10x10xthe stack
Ab Wheel 3x5 standing
Pullups sem peso 100 reps
Sexta:
Agachamento 15x1
Ramada curvada 6x6
Militar 12x2
Sabado:
Arms, with the fat bar, giant-setting reverse curls with overhead tricep extensions and behind the neck press, for 30 mins with 20 second rest in between sets.
Domingo:
Descanso
Tradução: Wacabanga
Gostou? Não custa nada agradecer!
Canal do cara no yt:https://www.youtube.c...deo-mustangbase
Bom pra quem tiver interesse no método visite:
https://chaosandpain....4034b0f6e4f3eb7
https://chaosandpain.....cks.html<br />https://chaosandpain....uve-got-it.html
-
Ockham deu reputação a Foderoso em Me Apresentando
- Má Conduta - Usuários que atrapalharem o bom andamento do fórum através de brigas, flames, provocações e coisas do gênero poderão ter suas contas banidas ou suspensas por tempo determinado pela moderação.
-
Ockham recebeu reputação de bhf em Entrevista Com Ifbb Pro De 97
Na minha opinião esse é o principal problema das discussões sobre "naturalismo". Sujeito1 fala que é possivel adiquirir massa magra naturalmente em cutting. Sujeito2 acha impossivel. Sujeito1 mostra um exemplo de alguem que conseguiu. Sujeito2 fala que o exemplo usou EA's porque é impossivel adiquirir massa magra naturalmente. O argumento para apoiar a impossibilidade de um feito em certas circunstancias já se baseia na premissa de que é impossivel fazer tal feito nessas circunstancias, ou seja, um argumento circular. Sinceramente, não vejo como esse tipo de discussão pode acarretar em algo produtivo.