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[Versão 2.0] Porque praticar uma alta ingestão de proteínas


Lucas

Posts Recomendados

Postado

Brad Schoenfeld sobre o artigo do Nuckols:

 

https://www.instagram.com/p/DD4ZNaCJ5nA/?igsh=enY1MjMzbzZqdndz

 

Reforça que a população em geral, que não busca otimização nos ganhos, pode ingerir 1,6g/kg, mas quem busca os maiores ganhos possíveis deve buscar uma ingestão de mais de 2g/kg de proteínas.

  • 1 mês depois...
Postado
Em 24/02/2023 em 10:58, Lucas, o Schrödinger disse:

Com base em tudo que eu li e estudei sobre o tema, minha recomendação seria a seguinte:

 

Citar

1,9-2,6g/kg de massa magra para otimizar a hipertrofia e até 4g/kg de massa magra para minimizar ganho de gordura e perda de massa muscular e até mesmo obter recomposição corporal.

 


Eis que fizeram uma meta análise, quentinha do forno, de 2025, e chegaram em valores idênticos:

 

R7MVNf2.jpeg

 

...the aim of the present systematic review with meta-regression was to explore

 

1.    the pattern and strength of the dose-response relationship between daily dietary protein intake and FFM change,

2.     whether intervention duration, energy deficit magnitude, baseline body fat percentage (BF%), and participant sex influence this relationship.

 

Results suggest 

 

•    a >97% probability of a linear dose-response relationship between daily protein intake [g/kgBM: β = 0.07 (95% highest density interval [HDI]: −0.01 to 0.14), and g/kg/FFM: β = 0.06 (95% HDI: 0.01 to 0.12)] and favorable FFM changes. 

•    The relationship is stronger when protein intake is expressed relative to FFM, in interventions longer than 4 weeks, in men, and when BF% is lower. 

 

https://journals.lww.com/nsca-scj/abstract/9900/effect_of_dietary_protein_on_fat_free_mass_in.179.aspx?fbclid=IwZXh0bgNhZW0CMTEAAR2Jhi4VSrUnEjQMiCluMMQI7m6LJsJU98OwBI7Xvrwkw8InOaHgbplieq4_aem_514QKIbv1E_8HHl5v9n30Q

 

Em déficit calórico há vantagens em aumentar as proteínas até 4g/kg de massa magra, sobretudo se o percentual de gordura for baixo.

 

São mtas evidências sugerindo vantagens em uma maior ingestão de proteínas.

Postado
Em 18/12/2024 em 18:28, Lucas, o Schrödinger disse:

Esse artigo do Nuckols é mto bom:

 

https://www.strongerbyscience.com/protein-science/

 

Ele disseca as últimas 3 meta análises sobre proteína e mais alguns estudos.

 

Tem algumas coisas bem interessantes. Ele aborda o breakpoint de 1,6g/kg do Morton et al e explica bem pq esse número é problemático. 

 

Em todos os estudos que compararam 1,6g/kg com uma ingestão maior em treinados, a ingestão maior foi superior (inclusive nos estudos incluídos no Morton et al). Mas como esses estudos são menos numerosos (só 4 nessa meta), os resultados acabam refletindo oq ocorre com destreinados. Abaixo gráfico ilustrando o breakpoint original, contendo todos os estudos e a linha de tendência apenas com os estudos em treinados:

 

protein-science-08.png

É possível perceber a diferença.

 

Além disso, os estudos que mediram IAAO obtiveram números maiores também, também em treinados, chegando até 2,9g/kg.

 

Screenshot-2024-12-18-at-11.50.24%E2%80%AFAM.png

 

No final, após mtas análises estatísticas, ele chega a uma recomendação geral de 1,7-2,35g/kg - nessa análise ele leva em consideração todos os estudos.

 

 

Pra adolescente,  um de 12 anos com 9 horas semanais pesadas de luta, você poderia me dar sua opinião pessoal? 

Postado
Em 24/01/2025 em 13:37, Lucas, o Schrödinger disse:

Em déficit calórico há vantagens em aumentar as proteínas até 4g/kg de massa magra, sobretudo se o percentual de gordura for baixo.

Aja dinheiro pra manter 4g/kg de proteina no brasil.

Postado (editado)
Em 24/01/2025 em 13:44, Naturale disse:

Aja dinheiro pra manter 4g/kg de proteina no brasil.

De massa magra

 E pra otimizar hipertrofia ele cita ali que pode ser bem menos1,9-2,6

 cara coloca um estudo enorme que ngm nem ia saber que existia, mastiga e vc nem pra ler com atenção 

Editado por CPhasma
Postado
Em 24/01/2025 em 13:49, CPhasma disse:

De massa magra

 cara coloca um estudo enorme que ngm nem ia saber que existia, mastiga e vc nem pra ler com atenção 

Eu sei que é de massa magra, só não falei porra, é obvio que em bulking a gente não precisa de tudo isso, antes de digitar alguma coisa, poderia usar um pouquinho essa cabeça, por favor...

Postado (editado)
Em 24/01/2025 em 13:41, CPhasma disse:

Pra adolescente,  um de 12 anos com 9 horas semanais pesadas de luta, você poderia me dar sua opinião pessoal? 

Eu fui muito genérica desculpa Lucas.  Ele é saudável, forte, saradinho mesmo. Tá comendo média de meio kg de carne por dia e geralmente é carne vermelha.

 Isso dá umas 150gr de proteína +- 2,7 por kg corporal, mas ele ainda toma leite come queijo tá consumindo uma média de 3gr por kg de peso corporal. 

Sua opinião pessoal isso é+ benefício ou pode ser malefício? Obrigada desde já 

Editado por CPhasma
Postado
Em 24/01/2025 em 13:41, CPhasma disse:

Pra adolescente,  um de 12 anos com 9 horas semanais pesadas de luta, você poderia me dar sua opinião pessoal? 

Nunca li nada à respeito de adolescentes, não sei se tem diferença nas recomendações… prefiro não opinar

Postado

Já fomos em nutri e foi pedido pra reduzir o consumo de proteína porque poderia ser maléfico pra saúde renal, infelizmente ele não se adapta com menos. To atrás de uma segunda opinião mas morando no Paraguai é difícil acesso a profissional bom e na idade dele ainda seria pediatria. 

 Mesmo assim obrigada Lucas 

Postado
Em 24/01/2025 em 14:11, CPhasma disse:

Já fomos em nutri e foi pedido pra reduzir o consumo de proteína porque poderia ser maléfico pra saúde renal, infelizmente ele não se adapta com menos. To atrás de uma segunda opinião mas morando no Paraguai é difícil acesso a profissional bom e na idade dele ainda seria pediatria. 

 Mesmo assim obrigada Lucas 

De repente procura alguém online.

  • 1 mês depois...
Postado
Em 26/02/2025 em 13:55, CDR disse:

Então o range vai variar de 1,6-2,5 g/Kg a depender da massa magra

Segundo ele, sim. Mas ele pontua que pode haver vantagem bem pequena em ingerir mais.

 

Acho q coloquei aqui o infográfico do estudo que ele participou.

Postado
Em 26/02/2025 em 14:57, Lucas, o Schrödinger disse:

Acho q coloquei aqui o infográfico do estudo que ele participou.

Sim! Não sei se é o mesmo, mas dia 18/12/2024 você colocou.

Postado
Em 26/02/2025 em 15:19, CDR disse:

Sim! Não sei se é o mesmo, mas dia 18/12/2024 você colocou.

 

  • 2 meses depois...
Postado

INGESTÃO DE PROTEÍNAS E SAÚDE CEREBRAL: QUANTIDADE COMO FATOR DETERMINANTE NO ENVELHECIMENTO NEUROLÓGICO

INTRODUÇÃO

A manutenção da integridade cognitiva com o avançar da idade é influenciada por múltiplos fatores - entre eles, a ingestão adequada de proteínas. Ainda que a discussão sobre tipos de proteína (animal vs vegetal) receba destaque, o fator quantitativo parece ser mais relevante do ponto de vista funcional.
 

Este texto revisa alguns dos principais achados da literatura sobre a relação entre quantidade de proteína ingerida e desfechos cerebrais, com ênfase em volume hipocampal, risco de demência e velocidade de declínio cognitivo.


EVIDÊNCIAS CENTRAIS

1. Zhou et al. (2024) – UK Biobank

Estudo longitudinal com 2.723 adultos (~55 anos), avaliados por ressonância magnética em dois momentos com intervalo de três anos. O grupo com maior ingestão proteica apresentou menor taxa de redução do volume hipocampal, independentemente de variáveis como idade, sexo, escolaridade e prática de exercício. A associação se manteve mesmo após ajuste para qualidade global da dieta.

2. Nishiwaki et al. (2022) – Hisayama Study

Coorte japonesa com mais de 1.000 idosos acompanhados por cerca de 20 anos. Maiores níveis de ingestão de proteína total se associaram a menor incidência de demência. A relação foi dose-dependente e consistente após controle para comorbidades, função física e nível educacional.

3. Meta-análise de Tang et al. (2021)

Revisão sistemática com nove estudos observacionais (n=4.929). Ingestão proteica elevada correlacionou-se com melhor desempenho em domínios como memória, fluência verbal e atenção. Proteína total foi o preditor mais consistente, acima da origem (animal ou vegetal).

4. Gu et al. (2022)

Estudo prospectivo com 6.951 idosos chineses. Participantes que aumentaram sua ingestão proteica ao longo dos anos apresentaram menor risco de declínio cognitivo, com efeito acumulativo conforme o incremento proteico.

5. Shi et al. (2024)

Estudo longitudinal com 6.160 idosos. Maior frequência de ingestão proteica esteve associada à melhor função cognitiva basal e à redução do ritmo de perda cognitiva em 4 anos de acompanhamento.


QUANTIDADE: O LIMIAR EFETIVO

Diretrizes tradicionais (PROT-AGE Study Group, 2013) recomendam 1,0–1,2 g/kg/dia para preservação funcional em idosos saudáveis. No entanto, estudos recentes que investigam cognição apontam que desfechos positivos são mais evidentes com ingestões ≥1,2 g/kg/dia, especialmente em populações envelhecidas fisicamente ativas.

 

Para efeito neuroprotetor consistente, o intervalo ideal parece situar-se entre 1,2 a 1,6 g/kg/dia, com limiar superior de até 2,0 g/kg/dia em casos específicos (fragilidade, sarcopenia ou risco cognitivo aumentado). Esse intervalo não apenas otimiza manutenção de massa magra e força — como também mostra associação com menor risco de atrofia cerebral e redução na incidência de distúrbios neurodegenerativos.


CONCLUSÃO

A literatura recente converge para uma direção clara: a quantidade total de proteína consumida exerce efeito protetor sobre o cérebro. Os estudos indicam que indivíduos com ingestão proteica abaixo da média apresentam risco aumentado de perda de volume cerebral e pior desempenho cognitivo com o passar dos anos.

 

Mais do que o tipo de proteína, é a adequação da ingestão total que se mostra clinicamente relevante, e deve estar entre 1,2 e 1,6 g/kg/diacom limiar superior de até 2,0 g/kg/dia em casos específicos, como fragilidade, sarcopenia ou risco cognitivo aumentado. Essa faixa deve ser vista como ponto de partida para estratégias nutricionais voltadas à preservação neurológica, especialmente no envelhecimento.


REFERÊNCIAS

Postado

OS DANOS DE UMA INGESTÃO ELEVADA DE PROTEÍNAS: O QUE A CIÊNCIA REALMENTE MOSTRA?

Resumo técnico baseado no artigo de French et al. (2025), The American Journal of Clinical Nutrition.


INTRODUÇÃO

Dietas ricas em proteínas têm ganhado popularidade entre adultos, associadas a benefícios como maior saciedade, melhora da composição corporal e auxílio no controle de peso. Entretanto, permanecem circulando — tanto na literatura leiga quanto acadêmica — alegações de que o excesso de proteína possa causar diversos problemas de saúde. Este artigo revisa criticamente essas alegações e verifica se elas são sustentadas por evidência científica robusta.


1. DANO RENAL

Hipótese original: A hipótese de Brenner (1982) propõe que maior ingestão de proteína aumenta a produção de ureia e a hiperfiltração glomerular, levando a sobrecarga e possível dano renal【Ref. 47】.

Evidência clínica:

  • Estudos em humanos mostram que dietas hiperproteicas elevam transitoriamente a taxa de filtração glomerular (eGFR), mas sem induzir disfunção renal:

    • Bosch et al. (1983) documentaram aumento fisiológico de eGFR com maior proteína【Ref. 48】.

    • Skov et al. (1999) testaram 1,6 g/kg/d por 6 meses e não encontraram efeitos adversos【Ref. 289】.

    • Antonio et al. (2016) avaliaram atletas com ingestão de até 3,3 g/kg/d e relataram ausência de efeitos negativos【Ref. 65】.

Revisões e meta-análises:

  • Devries et al. (2018): revisão sistemática e meta-análise sem alterações clínicas relevantes na função renal entre dietas com diferentes níveis de proteína【Ref. 56】.

  • Van Elswyk et al. (2018): resultados semelhantes em RCTs e estudos observacionais【Ref. 57】.

  • Park et al. (2021): estudo de randomização mendeliana com dados do UK Biobank não identificou relação causal entre proteína e doença renal crônica (DRC)【Ref. 58】.

  • Remer et al. (2023): revisão tipo umbrella concluiu que efeitos renais observados refletem respostas fisiológicas adaptativas, não patológicas【Ref. 59】.

  • Cheng et al. (2024): meta-análise encontrou associação inversa entre ingestão proteica e risco de DRC【Ref. 67】.

Conclusão: As evidências são suficientes para descartar efeitos renais adversos da proteína em indivíduos saudáveis.


2. PERDA ÓSSEA E OSTEOPOROSE

Alegação comum: Altas proteínas causariam acidose metabólica por oxidação de aminoácidos sulfurados, levando a reabsorção óssea e hipercalciúria【Refs. 34–36】.

Contra-evidência:

  • Dawson-Hughes & Harris (2002): ingestão adequada de cálcio anula qualquer possível efeito deletério da proteína sobre os ossos【Ref. 38】.

  • Rizzoli et al. (2018): consenso da International Osteoporosis Foundation concluiu que, em idosos com ingestão de cálcio adequada, a proteína acima do RDA está associada a:

    • Maior densidade mineral óssea (DMO);

    • Redução do risco de fraturas de quadril;

    • Redução da perda óssea com a idade【Ref. 37】.

Conclusão: Não apenas não há evidência de dano, como os dados sugerem efeito protetor da proteína sobre a saúde óssea.


3. DIABETES TIPO 2

Hipótese: A ingestão elevada de proteínas poderia interferir na sensibilidade à insulina via ativação de mTORC1 e S6K1【Refs. 1, 5, 8, 40】.

Estudos de intervenção:

  • Weickert et al. (2011): comparando dietas com 28% vs. 17% de energia vinda de proteína, observaram redução da sensibilidade à insulina no grupo hiperproteico, mas apenas quando fibras cereais estavam ausentes【Ref. 1】.

  • Maki et al. (2017): substituição de açúcares refinados por proteínas (ovos) + gordura insaturada aumentou a sensibilidade à insulina【Ref. 45】.

Estudos observacionais:

  • Chen et al. (2020): maior consumo de proteína animal foi associado a maior resistência insulínica, mas proteína vegetal não mostrou esse efeito【Ref. 41】.

  • Tian et al. (2017): carne vermelha e processada associadas a maior risco de T2D; proteína de soja e laticínios associadas a menor risco【Ref. 42】.

Meta-análises de RCTs:

  • Sanders et al. (2023) e O’Connor et al. (2021): nenhuma diferença significativa entre dietas com mais ou menos carne vermelha em marcadores glicêmicos como HOMA-IR e HbA1c【Refs. 43, 44】.

Conclusão: Embora existam mecanismos plausíveis e algumas associações, a evidência clínica é insuficiente para afirmar que proteína causa diabetes tipo 2.


4. MORTALIDADE E LONGEVIDADE

Evidência animal:

  • Nakagawa et al. (2012): sugerem que restrição proteica aumenta longevidade em modelos animais【Ref. 25】.

  • Speakman et al. (2016): afirmam que a longevidade é mais influenciada pela restrição calórica do que proteica【Ref. 26】.

Estudos em humanos:

  • Song et al. (2016), Chen et al. (2020): associação entre maior consumo de proteína animal e maior mortalidade total e cardiovascular; proteína vegetal associada a menor mortalidade【Refs. 29, 30】.

  • Meroño et al. (2022): consumo de proteína animal inversamente associado à mortalidade em idosos na coorte InCHIANTI【Ref. 28】.

Limitações metodológicas:

  • A maioria dos estudos utiliza recordatórios alimentares (FFQs), sujeitos a erros de medição e confundimento residual【Ref. 32】.

Conclusão: As associações entre proteína e mortalidade são inconsistentes e provavelmente mediadas por fatores de estilo de vida. O dano direto da proteína é considerado implausível até o momento.


TABELA RESUMO DOS RISCOS

Risco Alegado Conclusão Baseada em Evidências Citadas
Dano renal Rejeitado para fins práticos 【Refs. 56–59, 65, 67】
Perda óssea Rejeitado para fins práticos 【Refs. 37, 38】
Diabetes tipo 2 Plausível, mas não demonstrado 【Refs. 1, 41–45】
Mortalidade/longevidade Improvável com base atual 【Refs. 25–30】

Postado
Em 10/05/2025 em 13:59, frankx disse:

Vocês comedores de proteína, assim como eu,  quando tiram a água do joelho, fica muita espumado também ?

Geralmente não

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