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Sherminator deu reputação a DevagarEsempre em Hcg - Esclarecendo O Melhor Jeito De Usar [Atualizado]
Gostaria de saber se é verdade o que falam, que HCG da muita ginecomastia, em quem já tem disposição pra tal, isso é fato VERIDICO ? ou só rumores ?
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Sherminator recebeu reputação de Anderson Sousa em Tipos De Aveia
O webmaster da Quaker deu essa derrapada, afinal, eh obvio dizer q eh impossível ter 17g de carbo numa porcao de 10g de aveia. To com a caixa aqui do Oat Bran aqui na minha frente (uso todo dia no meu shake) e a informacao correta eh:
porção de 10g
35 kcal
2g de Proteina
5g de Carbo
1g de gordura
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Sherminator deu reputação a duduhaluch em Ciclo Monstro De Um Top Pro (Bfg)
A seguir estão as dosagens exatas de um BLAST offseason de um profissional TOP atual. Espero que isso coloca em perspectiva os ciclos BB´s pro que são postadas de vez em quando.
semanas 1-12
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100mg/dia injetável Dbol (primeiras 8 semanas)
100mg TNE/dia
500mg testo CIPIONATO dsdn
600mg equipoise dsdn
Testo 200mg prop/ dia
200mg NPP/dia
Humalog 25UI antes das refeições e antes do treino
20UI gh injetado iv imediatamente após o treino 3x por semana, 10 UI gh injetado IM 2x por semana (outros 2 dias de treinamento), 10 UI dose dividida em 5:00 5 dias meados SubQ injetado em dias de folga
semanas 13-24
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100mg TNE/dia
750mg testo CIPIONATO dsdn
600mg equipoise dsdn
Testo 300mg prop/dia
200mg trembolona acetato/dia
25UI Humalog antes das refeições, antes do treino 35UI
30 UI gh injetado iv pós-treino em todos os dias de treinamento, 15UI SubQ em dias de folga dose dividida 05:00 / 5 do meio dia / 5 noites
semanas
25-34
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200mg
injetável
anadrol
/dia
150mg
TNE
/dia
1.000
mg
testo CIPIONATO dsdn
600mg
equipoise
dsdn
400mg
prop
testo/dia
25UI
Humalog
antes das refeições,
antes do treino
40UI
35UI
GH injetado
iv
cotidiana
em um tiro
quando realmente aumentar a massa no offseason, gh é injetado em um tiro grande treinamento imediatamente após e não dividir ao longo do dia. Além disso, a via de administração, bem como a dosagem é escalonada durante a semana. esta é para mimetizar a libertação de GH puberal que é pulsada e não continuamente libertado nas mesmas doses cada dia, a intervalos regulares.
insulina é sempre utilizado pré-treino, programado de acordo para que o treino ocorra durante o pico. este bodybuilder particular cujo ciclo eu postei prefere Humalog, mas conheço alguns profissionais que gostam de usar Humulin R pré-treino e treinar cerca de 2 horas pós-injeção sub q como o início 30-60 minutos lhes permite entrar em uma refeição mais carboidratos antes do treino, em vez de bater dextrose como você entra no ginásio, que é necessária pré-treino Humalog.
testostero
na e equipoise são a base de todo o ano, as doses são reduzidas e, por vezes eq é comutada para deca quando é hora de "cruise". Quando explodir, testo e eq são levantadas enquanto a adição de outros anabolizantes. NPP é geralmente ligado com tren a cada 10-16 semanas, mesmo com Dianabol e Anadrol.
o pro cujo ciclo este pertence segue o "FST-7" protocolo de treinamento de aprimoramento local para uma grande parte da engrenagem é injetado no músculo a ser treinado naquele dia e misturado com um grande volume de óleo estéril. Em combinação com as bombas maciças que a formação durante um pico de insulina (enquanto centenas de consumo de gramas de dextrose), a esperança é a fáscia muscular alongamento.
IGF-1 DES é usado em ciclos, é injectado bilateralmente nos músculos treinados que dia.
https://www.getbig.com/boards/index.php?topic=392363.0
abraços, DUDU HALUCH
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Sherminator deu reputação a duduhaluch em Ginecomastia, Grau De Risco (Dudu)
Tive uma idéia, e acredito que o pessoal vai gostar. Vou avaliar o grau de risco das diferentes drogas para causar e combater a ginecomastia. Os critérios são uma aproximação, baseado no conhecimento científico, mas principalmente nos relatos que se tem sobre as diferentes drogas. Vou considerar os diferentes tipos de gineco, a estrogênica e a de origem progestênica, e vou atribuir uma nota que vai de -3 até +3, sendo que as notas positivas se referem as drogas que causam ginecomastia (esteróides) e as notas negativas se referem as drogas que combatem a gineco (SERM's, inibidores de aromatase).
- NOTAS (escala HALUCH):
+3 - alto risco de gineco, muitos relatos
+2 - risco médio, poucos relatos, mas bem conhecidos
+1 - risco muito baixo de gineco, na maioria dos casos sem relatos
0 - droga que não causa ginecomastia, nem combate a gineco
-1 - droga que combate ginecomastia com eficiência baixa ou desconhecida
-2 - droga que combate a gineco de maneira eficiente
-3 - droga poderosa, capaz de reverter ginecomastia
- Drogas que causam ou combatem a gineco de origem estrogênica (aromatização):
+3 : durateston, cipionato e enantato de testosterona, testosterona de suspensão
+2: dianabol, propianato e fenilpropianato de testosterona, metiltestosterona
+1: boldenona, nandrolona
-1: clomid, primobolan, masteron
-2: tamoxifeno, proviron, exemestano (aromasin), anastrozol (arimidex)
-3: letrozol (femara)
- Drogas que causam ou combatem a gineco de origem progestênica (aumento da prolactina):
+3: m-drol
+2: hemogenin
+1: nandrolona (deca), trembolona
-1: stanozolol, primobolan, masteron
-2: bromocriptina (parlodel)
-3: cabergolina (dostinex)
- Esteróides que não causam ou combatem a gineco:
0: oxandrolona, turinabol, halotestin
abraços, DUDU
FONTE:
DUDU, arquivos secretos, rsrs
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Sherminator deu reputação a Matheus_ em Programe O Timming Para Sua Tpc
é que o hcg não é o lh em sí, ele apenas cumpre a função dele
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Sherminator deu reputação a Matheus_ em Programe O Timming Para Sua Tpc
hcg é um peptideo que imita o LH, serve para não deixar as celulas de leydig degenerarem
mas seu lh e fsh vai ficar baixo mesmo assim, depois com uma serms na tpc você eleva ele
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Sherminator deu reputação a Matheus_ em Programe O Timming Para Sua Tpc
não vão
assim como ocorreu com o carlos, os exames intra ciclo vão mostrar valores baixissimos/zerados de lh/fsh mesmo com o hcg
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Sherminator deu reputação a mandachuva em Introdução Ao Levantamento Olímpico
Introdução ao Levantamento Olímpico
Adaptado do artigo "Why the US Sucks at Olympic Lifting: OL’ing ", por Lyle McDonald
Tradução e adaptação: mandachuva
Um histórico breve sobre o Levantamento de Pesos Olímpico
Desde quando o Homem começou a competir por diversão, é bem possível que uma das coisas que as pessoas procuraram determinar era quem é o mais forte. Isso acontece simplesmente em função da competição e da tendência de proximidade. Pessoas rápidas querem ver quem é o mais rápido, pessoas resistentes quem consegue ir o mais longe. E os homens grandes e fortes querem descobrir quem é o maior e mais forte. E isso inclui levantar coisas pesadas. Essa tradição pode ser encontrada em praticamente todas as culturas e ainda existe em vários esportes sob várias facetas. As pedras do Strongman, os vários eventos nos Jogos Escoceses, etc.
É claro que, em algum momento, alguém descobriu que o metal podia ser moldado em diversas formas e isso fez com que ele se tornasse um pouco mais fácil de levantar que aquelas pedras de forma estranha. Assim, o levantamento de pesos, de uma forma ou de outra, foi inventado. Isso abriu caminho para os halteres e barras, que logicamente levaram a pessoas fazendo os mesmos tipos de coisa, descobrir quem era capaz de levantar o maior ou mais pesado peso.
De acordo com minha principal fonte, a primeira competição de Levantamento Olímpico aconteceu no final do século XIX com o primeiro campeão coroado em 1891. Naquele tempo não havia categorias por peso, qualquer um que levantasse mais era considerado o mais forte. Era a competição na sua forma mais básica. E os levantamentos disputados antigamente não eram aquilo que nós normalmente imaginamos quando pensamos em Levantamento de Pesos Olímpico.
Por exemplo, este é um dos levantamentos disputados nos Jogos Olímpicos de 1904, chamado de levantamento de halteres completo (o outro levantamento era o levantamento com duas mãos). Um total de quatro levantadores de dois países competiram; três americanos e um grego; Os três americanos levaram as medalhas do levantamento de halteres completo (o grego não entrou na disputa), mas o grego levou o ouro no levantamento com duas mãos.
O segredo da força é o bigode.
Ressalto que muito do interesse no levantamento de pesos veio do movimento da cultura do físico do final do século XIX e início do século XX, que envolvia não somente se exercitar, mas também saúde, nutrição e outros aspectos. Para uma visão particularmente estranha desse período particularmente estranho, veja o documentário The Road to Wellville.
O esporte continuaria a evoluir até se tornar um esporte olímpico oficial em 1920. Em 1922 havia cinco categorias por pesos e o esporte era composto de três levantamentos: o overhead press (desenvolvimento), o clean and jerk (arranco) e o snatch (arremesso). Todos os três levantamentos representavam diferentes modos de erguer um peso sobre a cabeça. No entanto, ele ainda era chamado de levantamento de pesos. Eu imagino que levantamento de “coisas sobre a cabeça” não tinha o mesmo efeito.
Mas eu me pergunto, semi-seriamente, se não há algum instinto evolucionário inato para querermos colocar coisas cobre a cabeça. Alguma coisa sobre segurar algo sobre a cabeça triunfantemente para mostrar que você é o cara. Algo assim.
Durante os primeiros 40 curiosos anos de competição, os três levantamentos seriam disputados baseados no maior peso erguido em cada um dos três; o levantador que totalizasse o maior peso (ou seja, tivesse a maior soma de cada um dos seus melhores levantamentos) era o vencedor geral, embora fosse possível vencer eventos individuais.
É importante dizer que o press seria abolido da competição em 1972 devido a alguns problemas sérios para julgar o levantamento (o movimento havia virado quase um supino em pé, devido à permissão de se curvar para trás). A partir daquele ponto, o esporte Levantamento de Pesos Olímpico seria disputado somente com o clean and jerk e o snatch e isso causou uma mudança fundamental na natureza do esporte e que eu vou especificar em detalhes mais tarde. Vamos olhar rapidamente para cada um dos três levantamentos.
O Press (Desenvolvimento)
No press, após fazer o clean (puxar o peso do chão até os ombros), o peso é empurrado sobre a cabeça até travar sem dobrar os joelhos. Note a curvatura para trás no seguinte vídeo de Serge Reding fazendo um clean and press com 228kg; Foram os problemas com essa curvatura e com o julgamento do que era um press que levaram à retirada do movimento do esporte.
Como mencionado anteriormente, o press foi retirado das competições oficialmente em 1972 e isso teve uma série de conseqüências para o esporte que eu vou mencionar eventualmente (e farei um paralelo entre a era pré-1972 e pós 1972 por razões que você entenderá).
Na era moderna, as discussões sobre o Levantamento Olímpico giram em torno dos outros dois levantamentos: o snatch e o clean and jerk. De um ponto de vista prático, podem ter existido dois esportes separados.
Enquanto o press era realmente um movimento de força, o snatch e o clean and jerk são mais explosivos. E eles compartilham uma característica similar nesse aspecto. Após a barra ser levantada do chão para o que é chamada de posição explosiva ou de força, a barra é literalmente jogada no ar enquanto o levantador se move para baixo dela.
O que realmente difere entre os levantamentos (aliás, você pode pensar no esporte moderno como três levantamentos: o snatch, o clean e o jerk, onde o jerk simplesmente sucede ao clean) é qual a posição final da barra depois que o levantador atira ela no ar.
O Snatch (Arranco)
No snatch, o peso é levantado em um único movimento do chão até acima da cabeça com os braços esticados (os braços precisam estar travados para o levantamento ser validado). Efetivamente, ele é despachado sobre a cabeça. Isso requer que a barra seja atirada alto o suficiente para que o levantador se mova para baixo dela com os braços esticados. Uma vez que a barra tem que subir mais alto para atingir a posição travada, os pesos levantados no snatch são tipicamente cerca de 20% menores do que no clean and jerk. Para ilustrar esse movimento, aqui está um vídeo do levantador grego Pyrros Dimas realizando o snatch.
Além de gerar um monte de risadinhas infantis quando mencionado, o snatch é considerado uma das atividades mais difíceis em se tratando de esportes, senão a mais. O movimento acontece em uma fração de segundo e o menor erro na técnica pode fazer com que o peso caia para frente ou para trás mesmo se a barra estiver alta o suficiente para entrar embaixo dela. Isso assumindo que você tem força o suficiente para atirar a barra alto o suficiente antes de tudo.
Apesar das cargas menores, o snatch requer/gera os maiores vetores de força de qualquer movimento de levantamento (muito mais do que os chamados impropriamente de ‘powerlifting’). Por essa razão, muitos treinadores de força usam o snatch (ou algum movimento derivado como o power snatch, com a barra sendo apanhada em um agachamento parcial) para isso; para treinar atletas para gerar maiores vetores de força.
O Clean and Jerk (Arremesso)
O clean and jerk consiste, na verdade, em dois movimentos que, para várias finalidades, podem ser considerados separados; eles somente são considerados um único levantamento se você fizer o jerk após o clean. O clean é similar ao snatch no fato de que a barra começa no chão e é erguida até a posição explosiva antes de ser atirada, enquanto o levantador se move para baixo dela. A diferença é que a barra é apanhada sobre os ombros. Uma vez que a barra não precisa ir tão alto, isso permite que mais peso seja levantado; Novamente, em média 20% a mais que no snatch (pelo menos um levantador já fez um clean com 3x o peso corporal).
Após ficar em pé com o peso, o levantador mergulha (faz uma leve flexão dos joelhos) e então arremessa a barra sobre a cabeça (o jerk) se movendo sob ela com os braços esticados. Um aspecto chave do jerk, diferenciando-o do press, é que o jerk acontece quase que instantaneamente. A barra não é empurrada e sim atirada sobre a cabeça enquanto o levantador entra embaixo ela. De fato, empurrar a barra para cima fará com que o levantamento seja invalidado, dependendo do rigor do julgamento. Os cotovelos devem travar imediatamente e aqui está um vídeo do clean and jerk.
Para completar, eu diria que existem três formas de fazer o jerk, embora a técnica split mostrada acima seja de longe a mais utilizada. Alguns levantadores fazem o power jerk, onde os pés não ficam separados e a barra é apanhada sobre a cabeça em um agachamento parcial; os pés permanecem alinhados. Da mesma forma, uma pequena minoria de levantadores realiza o squat jerk, onde após a barra ser arremessada para cima, eles agacham totalmente até embaixo para apanhar a barra. Quando bem sucedido, é incrível de assistir. É também muito fácil de perder o levantamento. Devido a ser mais estável por ter uma base de suporte mais larga, o split jerk é usado pela maioria dos levantadores. Os três tipos de jerk são mostrados abaixo.
As Técnicas Squat vs. Split
Você pode notar que os vídeos do snatch e do clean and jerk mostram os levantadores apanhando a barra (tanto nos ombros como acima da cabeça) em uma posição de agachamento completo algumas vezes chamada de squat snatch ou squat clean. Eu falo isso porque esse nem sempre foi o caso. Nos primórdios do esporte, a maioria dos levantadores realizava seus cleans ou snatches em uma posição split como mostrada no próximo vídeo. Esses eram os chamados split snatch ou split clean.
Foi em algum momento por volta dos anos 1950 que ocorreu a grande transição dos split snatches e cleans para a técnica squat. A vantagem do squat clean é que a barra não precisava ser puxada tão alto para o levantador entrar embaixo dela. A desvantagem é que a captura squat requeria muito mais flexibilidade e mobilidade que o velho split clean.
Muitos levantadores que estavam lá durante a transição não foram capazes de fazê-la porque eles não haviam passado os anos desenvolvendo a flexibilidade e a mobilidade necessárias para realizar a posição de agachamento total. Nos dias atuais, a técnica split quase nunca é vista, embora pelo menos uma levantadora americana top use o split clean.
Competição
Competições de Levantamento Olímpico certamente parecem relativamente simples, apesar de, como todos os esportes, elas terem suas nuances (muitas das quais eu vou ignorar). Basicamente, pense que você vai levantar o máximo de peso; esse é o objetivo fundamental do esporte. Em busca desse objetivo, cada levantador tem três tentativas em cada levantamento para levantar o maior peso que ele conseguir de uma única vez. É o peso total levantado que determina o campeão.
Então, quando os três levantamentos ainda eram disputados, aquele que levantasse o maior total (press + snatch+ clean and jerk) ganhava o geral na sua categoria. Quando o press foi eliminado, passou a ser apenas o total do snatch e do clean and jerk. Os levantadores também podem ganhar medalhas nos levantamentos individuais, então um levantador pode vencer o snatch, outro o clean and jerk e um terceiro o total. E você vê especialistas, ou pelo menos levantadores com desempenho relativamente melhor em um ou em outro levantamento.
Isso acontece porque, enquanto os levantamentos compartilham certas similaridades, eles são diferentes. O snatch é um levantamento que exige mais velocidade e técnica. Certamente ele exige força e poder de explosão, mas é um levantamento muito técnico e, uma vez que os pesos são mais leves, está mais ligado a velocidade e explosão do que força em si. O clean and jerk, em contraste, é muito mais um levantamento de força (ele não é chamado de rei dos levantamentos à toa). Técnica é crucial, mas como os pesos são maiores, mais força bruta e potência são necessárias. E não é incomum ver levantadores que são relativamente melhores em um do que em outro.
E enquanto é usualmente melhor, do ponto de vista de ganhar o torneio geral, ser bom nos dois na prática é um pouco mais complicado que isso. Isso porque os levantamentos contribuem de forma diferente no total, devido às cargas envolvidas. O snatch permite usar menos peso, e você raramente vê grande diferencial entre atletas de mesmo nível.
O clean permite números maiores e um levantador que está “muito atrás” no snatch, pode freqüentemente compensar o peso com um formidável clean and jerk (da mesma forma um cara com um enorme levantamento terra pode compensar o fato de erguer menos peso no supino no powerlifting). Então alguém que é relativamente mais fraco no snatch pode compensar com um clean and jerk monstruoso. Na prática, isso não funciona do modo oposto.
Nota: Quando o press ainda era parte da competição, os pesos eram muito similares aos que eram utilizados no clean. Isso significa que os levantadores que eram melhores no clean/press e clean/jerk, relativamente mais focados em força, tendiam a ter uma vantagem sobre o snatch, mais orientado em técnica/velocidade. E como havia dois levantamentos de força para um levantamento de velocidade, isso significa que os homens mais fortes tendiam a ser superiores que os mais técnicos.
Como mencionado, os levantadores são divididos por categorias e somente competidores na mesma classe de peso competem entre si; isso é simplesmente uma tentativa de equalizar os eventos. Seria difícil para um levantador de 60kg competir contra um levantador de 100kg. Dentro de cada classe de pesos, se dois competidores levantarem a mesma quantidade de peso, o levantador com menor peso corporal tem a vantagem. Isso pode ficar mais complicado ainda dependendo dos números envolvidos, mas eu não entrar nesse mérito.
Os levantadores fazem a pesagem no dia da competição e isso costuma ter impacto no que precisa ser feito pelos levantadores para atingir o peso ideal em termos de desidratação e reidratação. A maioria dos levantadores treina com um peso um pouco acima do seu peso de competição e precisam reduzir esse peso através de dieta ou desidratação para atingir o peso certo. De fato, o time de levantadores olímpicos da Bulgária é freqüentemente pego no antidoping devido ao abuso de diuréticos.
Vale a pena mencionar que as classes de peso passaram por muitas revisões na história do esporte. Talvez uma das mudanças mais abrangentes tenha ocorrido em 1993. Devido a problemas com o uso de drogas e ao fato de os levantadores limpos não conseguirem chegar próximos aos antigos recordes mundiais, o levantamento de pesos jogou fora todas as antigas classes de peso e foram criadas novas para zerar novamente os livros de recordes (porque os fãs de esporte querem ver recordes caírem); isso também extirpou quase 100 anos de história do esporte.
Ao contrário do powerlifting, onde as tentativas se sucedem e o peso pode ser aumentado e depois reduzido (para uma nova tentativa), no Levantamento Olímpico o peso somente pode ser alterado para cima, em qualquer categoria. Logo, o peso na barra vai começar com a tentativa mais leve e a partir daí pode continuar o mesmo ou então ser aumentado; ele nunca pode ser reduzido. Uma vez que a barra estiver montada, o levantador tem 1 minuto para iniciar o levantamento; se ele falhar em cumprir esse quesito, ele perde o levantamento e as mesmas regras acima são aplicadas.
Após um indivíduo realizar a sua tentativa, ele pode tanto aumentar o peso para a próxima tentativa (quer ele tenha conseguido realizar o levantamento com sucesso ou não) ou então manter o mesmo peso (se a tentativa foi invalidada e ele quiser tentar novamente). Se alguém mais está tentando levantar o mesmo peso da barra, este tenta na seqüência; Se não, o peso imediatamente acima é colocado na barra e o mesmo processo continua. Mais uma vez, isso acontece do menor peso para o maior e a única coisa que pode acontecer é o peso na barra permanecer o mesmo ou aumentar.
Uma conseqüência do que foi dito acima é que algumas vezes, os levantadores fazem mais de uma tentativa em seqüência. Imagine que há três levantadores que definiram 100, 105 e 110kg como suas tentativas. O Levantador 1 tenta primeiro com 100kg. Se ele falhar, ele pode querer 100kg novamente. Como ele ainda tem a tentativa de menor peso, é a vez dele novamente. Se ele conseguir, mas quiser tentar somente 102,5kg, ele é o próximo mais uma vez por que aquele ainda é o menor peso. Se ele quiser tentar 105kg, o outro levantador vai primeiro e ele vai depois na seqüência. Quando um levantador tem duas tentativas em seqüência, ele tem 2 minutos entre os levantamentos.
E acredite, tem muito mais coisas nesse negócio, envolvendo contar tentativas, mudar o peso da barra (tanto para descansar como por razões estratégicas), que eu não pretendo entender. Às vezes isso torna difícil acompanhar uma competição porque você nunca tem certeza absoluta de quem está ganhando ou perdendo (e não há um placar fácil para indicar isso). É um esporte que, de longe, os americanos não entendem por causa disso. Muito complicado de acompanhar, muito confuso, não fica claro quem está perdendo ou ganhando, e tudo aquilo desafia a lógica dos esportes americanos. Ou se compete ao mesmo tempo, ou alternados; isso nós entendemos.
Julgamento
O objetivo do Levantamento Olímpico não é apenas levantar o peso, ele deve ser levantado obedecendo a um conjunto específico de regras (os quais foram mudados ao longo dos anos). E isso significa que o esporte precisa ter juízes, nesse caso dois árbitros laterais e um juiz principal que fica em frente ao levantador.
Eles são altamente treinados, altamente qualificados e decidem com base em um sistema de vermelho (inválido) ou branco (válido) dependendo se o levantamento foi realizado ou não de acordo com as regras (o powerlifting viria a dotar esse sistema quando ele foi desenvolvido no final do século XX). Isso também significa que o esporte que deveria ser baseado em nada além do peso levantado, foi adicionado de um elemento subjetivo que eu tenho certeza que causa muitas discussões nos países que ligam para o esporte. Eu fico pensando se os entusiastas chamam os juízes de ‘cego como um morcego’ como os americanos fazem com os árbitros de beisebol.
Em todo caso, nós temos três juízes analisando o levantamento e decidindo se ele atende as regras com um simples conjunto de luzes. Duas ou mais luzes brancas e o levantamento é considerado válido. Duas ou mais luzes vermelhas e é invalidado. E como em qualquer esporte com um elemento subjetivo, juízes não são perfeitos, nem tampouco consistentes. Algumas vezes são mais negligentes e outras vezes mais rigorosos. Às vezes o critério muda ao longo de um torneio, porque é assim que é a vida real.
As regras são muitas vezes insanamente complicadas e cheias de nuances, e muito difíceis de explicar ou entender (eu não tenho intenção de entender a maioria delas). Não ajuda em nada o fato de os levantamentos acontecerem tão rápido que é difícil de enxergar supostas violações de regras a olho nu. Mas uma regra que eu posso explicar é o press-out. Se os cotovelos dobrarem e a barra for fisicamente empurrada até a extensão dos braços durante o jerk, então isso é uma luz vermelha. A mesma coisa vale para o snatch, você não pode apanhar a barra com os braços dobrados e depois empurrá-la até travar, ela deve ir do chão até acima da cabeça sem ser empurrada.
Há muitas outras regras e, muitas vezes, dois levantamentos que parecem idênticos terão diferentes combinações de luzes por razões que você nunca tem certeza do porquê. Uma amiga (levantadora e treinadora) recentemente esteve no campeonato nacional dos EUA e ela não conseguiu descobrir porque tantos levantamentos eram validados e outros não. E ela entende do esporte. Boa-sorte para os leigos para descobrir porque o fulano ganhou luzes brancas e o sicrano não, sendo que eles pareceram ter feito a mesma coisa.
Técnica de Levantamento Olímpico: Introdução
Os esportes podem variar drasticamente em relação ao quanto a técnica é importante no seu desempenho. Salvo engano, todos os esportes têm alguma técnica envolvida, mas alguns são relativamente mais ou menos sensíveis à técnica apropriada (ou inapropriada) que outros. Por exemplo, não é incomum encontrar alguns corredores de longas distâncias de elite muito esquisitos. É uma atividade onde a técnica pobre pode ser superada puramente por muito trabalho duro. É também um padrão de movimento natural, motivo provável pelo qual o condicionamento pode superar a técnica. É também o motivo pelo qual a corrida é muito fácil de começar a praticar. O mesmo pode ser dito para o ciclismo (que eu descrevi em outro artigo como sendo uma corrida sentada com marchas).
Opostamente, pouco, muito pouco da técnica do levantamento olímpico tem qualquer coisa a ver com padrões de movimentos naturais do ser humano com uma exceção (a tão nobre tripla extensão), que eu vou discutir abaixo. Nesse sentido, ele é muito parecido com a natação e patinção de velocidade e é por isso que eu falei sobre eles nos artigos anteriores. Nenhum desses três esportes tem muita coisa em comum com os padrões de movimento humanos normais e todos eles são excessivamente sensíveis à técnica (ou falta dela).
De fato, eles todos são esportes nos quais um atleta com melhor técnica sempre irá demolir um atleta com melhor condicionamento (é claro que em alto nível você sempre vai encontrar técnicas altamente desenvolvidas e condicionamentos altamente desenvolvidos). Capacidade aeróbica não te levará a lugar nenhum na natação se você não for capaz de nadar com eficiência, assim como qualquer qualidade necessária para a patinação de velocidade não te levará a lugar nenhum se você não souber usá-las no gelo e toda a força no mundo não te levará a nada se sua técnica for ruim.
Dessa forma, a técnica no olys tem se desenvolvudo e evoluido ao longo dos anos conforme os levantadores descobriam a melhor forma de levantar uma barra do chão, tanto até os ombros como sobre a cabeça. A maior parte desse desenvolvimento ocorreu quando os países da Europa Oriental realmente começaram a focar no esporte mundial nos anos 60 e 70 e começaram a analisar a biomecânica dos esportes e descobrir quais eram as melhores formas de fazer as coisas.
E, novamente, apesar de eu não detalhar tudo aqui, eu quero analisar abrangentemente a técnica dos levantamentos, pelo menos como eles acontecem nos dias de hoje. Nada disso sugere que as técnicas não continuarão a evoluir (considere, por exemplo, o desenvolvimento do squat jerk) ou mudar, mas nesse momento, com na maioria dos esporte, ela está muito bem refinada.
Os levantamentos são tipicamente divididos em 6 fases distintas, mais por conveniência e tenha em mente que todas elas são apenas separações do mesmo movimento contínuo. Vamos olhar para cada um deles, em um grau ou em outro, principalmente para notar onde acontecem as coisas interessantes ou detalhes que são determinantes para o sucesso pode ser relevantes. Da mesma forma, eu vou apontar os lugares onde acontecem os equívocos sobre os levantamentos ou sobre o que está acontecendo.
O Início
Vamos lá, ambos os levantamentos se iniciam com a barra no chão e o levantador em uma posição não muito diferente (mas certamente não idêntica) à posição de um deadlift. Os braços ficam mais afastados no snatch e mais próximos no clean devido à forma como a barra é capturada (uma posição de mãos mais afastadas significa não ter que puxar a barra tão alto no snatch) e isso tem impacto na posição inicial do quadril e na tração das pernas para os dois movimentos. Mas ambos compartilham as mesmas características básicas.
A coisa mais importante a ser observada aqui (especialmente porque isso distingue os dois movimentos da técnica do deadlift de elite atual) é que os ombros estão logo à frente da barra. Também o dorso está travado e arqueado. Curvaturas no início resultam em uma perda da potência aplicada na barra. Aqui temos uma figura praticamente perfeita da posição inicial do snatch. Note os braços rígidos, as costas retas e os ombros na frente da barra. Essa foto foi retirada da capa do livro de Arthur Dreschler, referenciado abaixo.
Posição de início do snatch
Primeira e Segunda Puxadas
Da posição inicial, o levantador começa o levantamento quebrando a inércia para tirar a barra do chão, movendo-a até o nível dos joelhos até passar deles (até onde ocorre algo chamado de dupla flexão de joelhos, que eu não vou explicar); essa combinação de movimentos compreendem a primeira e segunda puxadas (e a maioria das análises quebra elas em dois segmentos, mas lembre-se que essa é apenas uma visão geral).
Sem entrar em muitos detalhes desnecessários, você deve perceber que a primeira e segunda puxadas têm o mesmo objetivo, são formas de colocar a barra na importante posição que é comumente chamada de posição de ‘potência’ ou ‘explosão’ (chamada por muitos de terceira puxada).
Eu faço essa distinção porque a primeira e segunda puxadas do clean são superficialmente muito parecidas com pelo menos alguns estilos de deadlift (por exemplo o clean style deadlift). Mas eles não são os mesmos e este é o porquê: no deadlift, o ponto final é um lockout e o objetivo do movimento é simplesmente retirar a barra do chão até a extensão completa. Isso permite que os levantadores façam algumas coisas (como colocar os ombros atrás da barra mais cedo) que não funcionam nos levantamentos olímpicos, onde o levantador tenta manter os ombros à frente da barra o maior tempo possível.
Enquanto que o deadlift termina na extensão total, é aí que o levantamento olímpico realmente começa (de certa forma). Uma vez que a barra alcança a posição de explosão/potência, o levantador então explode, efetivamente atirando a barra para cima no ar. E é aqui que a ação real acontece nos olys. E como o sucesso ou falha de um oly é determinado pela quantidade de peso que é possível atirar alto o suficiente para capturar depois, é muito raro um levantador falhar em levantar o peso do chão.
Como nos olys você está limitado ao peso que você consegue atirar para cima a partir da posição de explosão, esse peso sempre será menor que o peso que você teoricamente conseguiria levantar até aquela posição. Os únicos levantadores que falham em levantar o peso do chão são os que estão ou lesionados, ou ficaram muito tempo treinando na posição hang e perderam o poder de tração das pernas. No deadlift você pode ter um ponto fraco em qualquer extensão do movimento e ele às vezes é no chão.
Em todo caso, para te dar uma idéia do que está acontecendo, aqui temos uma levantadora olímpica terminando a primeira puxada e iniciando a segunda puxada no snatch. Note a pegada aberta, braços esticados e livres, costas retas e ombros em frente à barra.
Eu não consigo pensar em uma legenda espirituosa para isso.
Um ponto que eu realmente gostaria de ressaltar é este; a primeira e segunda puxadas dos levantamentos são apenas meios para um fim, que é o objetivo real de colocar a barra na posição certa para a próxima fase do levantamento. Como eu mencionei acima, eles quase nunca são limitadores (apesar do movimento dos joelhos poder ser tecnicamente problemático) para um levantamento olímpico, a menos que o levantador esteja lesionado ou fez um treinamento totalmente desbalanceado ou algo parecido.
Devido a toda a engenharia dos olys, a única parte do movimento que determina o sucesso ou não é a próxima fase do levantamento. É após uma primeira e segunda puxadas apropriadas, com a barra chegando na posição de explosão onde a insanidade real dos movimentos começa.
A explosão
Nesse ponto do movimento, o levantador agora extende-se para cima (e normalmente um pouco para trás) como se fosse um pulo com a barra nas mãos. É a única parte dos olys que se parece qualquer coisa com um movimento humano normal, no sentido de que vários esportes fazem uso da tripla extensão (extensão dos quadris, joelhos e panturrilhas). É com isso que ela se parece.
Kriss Kross Will Make You Jump Jump
Eu vou fazer uma nota de passagem aqui, que muito se tem debatido a respeito da função ou benefícios de ficar na ponta dos pés durante essa parte do movimento, com muitos levantadores fazendo isso ou não e a tendência atual de se ficar com os pés mais retos que nos anos que se passaram, por razões que eu não vou entrar em detalhes.
O que é importante é que o levantador agora explodiu para cima (e um pouco para trás) e efetivamente atirou a barra no ar; Ela é agora um projétil balístico. Por favor note que a força para que isso aconteça ocorre através das ação das pernas e as costas e braços estão minimamente, se é que estão, envolvidos além de conectar o levantador à barra (e não, eu não estou considerando nenhuma dobra do braço até aqui) . Isso não é um movimento dos deltóides ou dos braços; Bom, não deveria ser de forma nenhuma.
Então vamos voltar à física do ensino médio e o que acontece em situações como essa. Se o levantador soltasse a barra, o que você veria é que ela continuaria a subir (baseado na velocidade inicial e o peso) até frear completamente e começar a cair de volta até o chão por causa daquele negócio de gravidade.
Mas como o esporte é levantamento de pesos e não arremesso de pesos, não é isso o que acontece. Em vez disso o levantador não solta a barra; então ele precisa encontrar um modo de levar a barra ou para a posição final do snatch (acima da cabeça com os braços travados) ou do clean (essencialmente uma posição de agachamento frontal). Eu vou cuidar do jerk brevemente depois.
Agora, se o peso é leve o suficiente, o levantador poderia de uma maneira concebível atirar/puxar a barra alto o suficiente para pegá-la mais ou menos em pé. Ou então dobrando levemente os joelhos se estiver um pouco mais baixa. Isso é, na verdade, uma série de movimentos relacionados chamados de power clean e power snatch (definidos como capturar a barra com os joelhos em qualquer ponto acima de um meio agachamento). Aqui temos um power snatch para você ter uma idéia.
Mas capturar a barra nessa altura limita a quantidade de peso que você pode usar e remete ao motivo disso tudo: levantar o máximo de peso. O que significa que, se a barra não pode ir mais alto, o levantador precisa ir mais baixo, capturando a barra na posição de um agachamento profundo (ou muito perto disso). Leia isso novamente, após atirar a barra para CIMA, o levantador tem agora que ir para BAIXO dela. E ele não tem muito tempo antes que aquele negócio de gravidade puxe a barra muito baixa para ser apanhada. De fato, ele tem aproximadamente 0,2 segundos para ir da extensão total para baixo o suficiente para pegar a barra. Metade de um piscar de olhos.
Isso significa que ele precisa trocar rapidamente de explodir para cima para, efetivamente, ‘pular/se jogar’ para baixo. E isso leva menos de um segundo também. Se ele vai muito cedo, ele compromete a altura da barra e a posição normalmente vai derrubar a barra para frente.
Se ele ‘pula’ demais, ele perde um tempo valioso para chegar embaixo da barra porque ele não estará ganhando nenhuma altura adicional mas está esperando para começar o movimento em vez disso; a hiperextensão também tende a colocar a barra muito para trás (alguns levantadores fazem isso, no entanto). Os melhores levantadores conseguem terminar uma explosão e instantaneamente começar a se mover para baixo da barra no mesmo exato momento. Assista os vídeos no começo do artigo e repare.
Mas fundamentalmente, é por isso que os movimentos na posição squat ultrapassaram a posição split em termos de técnica: o squat permite aos levantadores capturarem a barra mais baixo no snatch e no clean, o que significa que o pesos não precisa ser atirado tão alto, o que permite que as pessoas consigam levantar mais peso, o que é o objetivo do esporte.
A única razão pela qual o squat jerk ainda não começou a se destacar sobre o split ou o power jerk é porque é um movimento muito complicado para a maioria para ser executado consistentemente com as cargas utilizadas no clean and jerk. O menor desvio na posição da barra e o levantamento é perdido (há mais margem de erro no split jerk porque a bas de suporte é mais larga da frente até atrás).
Então o levantador precisa entrar embaixo da barra na posição split no segundo entre jogar a barra no ar e ela começar a cair de volta. Como conseguir esse truque mágico? Essa é a próxima fase do movimento.
O Agachamento/Terceira Puxada
A resposta é que, por um breve momento, o levantador vai realmente tirar o peso de si mesmo, brevemente levantando seus pés do chão, de forma que ele perca o contato com a plataforma. Durante esse tempo, o levantador continua a exercer força na barra e essa é a única hora em que os braços exercem alguma função específica. Mas devido àquela coisa toda de inércia e ao fato da barra pesar mais que o levantador, alguma coisa legal acontece quando você combina o fato do levantador estar ‘sem peso’ e continuar a puxar a barra (ou empurrar no caso do jerk).
Agora, em vez de o levantador mover a barra, a barra vai mover o levantador. Isto é, por continuar puxando a barra para ‘cima’, o resultado final é o levantador sendo puxado para baixo (e sim, eu estou simplificando, puristas do OL por favor não se aborreçam). Ou como Yakov Smirnov teria dito, “na URSS, a barra abaixa você”.
Enquanto isso acontece, o levantador vai recolocar rapidamente seus pés no chão, porque, a menos que ele faça isso, ele não poderá exercer força na barra para mantê-la sob controle.
Eu gostaria de salientar que, enquanto ele está fazendo isso, ele precisa relaxar/dobrar suas pernas o suficiente para afundar na posição de agachamento enquanto ele continua a exercer força na barra para cima (ou pelo menos contra ela). Isto é muito mais difícil que você pensa; (empurrar para cima com uma parte do seu corpo enquanto a outra parte está se movendo para baixo). E tudo isso tem que acontecer rápido o suficiente para entrar embaixo da barra para a próxima fase do movimento.
Então vamos somar todo o movimento até agora: primeira puxada, segunda puxada, explosão para jogar a barra no ar, tirar o peso do corpo momentaneamente enquanto você continua puxando para mover você mesmo para baixo da barra que está rapidamente freando, colocar seus pés de volta no chão (enquanto agacha e empurra a barra para cima ao mesmo tempo) para apanhar uma barra pesada caindo em cima de você. Sem problemas. Certo. Agora o que acontece?
A Captura/Recuperação
Então a barra foi atirada, o levantador tirou o peso do corpo, ficou em posição de agachamento, a barra parou de subir e começou a descer e/ou foi capturada sob controle. Vamos assumir aqui que a barra foi jogada alto o suficiente para começar, o que de forma nenhuma é garantido. Muitos levantamentos são perdidos porque a altura da barra é insuficiente e/ou porque o levantador não conseguiu se abaixar tão rápido quanto necessário. Mas vamos olhar para o que acontece se a barra puder realmente ser recuperada e aqui o snatch e o clean diferem um pouco.
O Snatch
A maior dificuldade com o snatch é a posição da barra e tenha em mente que ela deve ser apanhada sobre a cabeça e com os braços travados e estabilizados. Isso requer que ela esteja em uma posição bastante específica e é por isso que o caminho que a barra percorre é tão crucial aqui. A barra precisa ir para cima e então ‘encaixar’ em cima do levantador.
Agora, dentro de limites muito pequenos, se a barra está à frente ou atrás, o levantador consegue ter ela sobre controle. Ele pode dar alguns passos agachado ou mudar um pouco seu centro de gravidade para manter a barra em posição. Se ela estiver muito para frente ou para trás ele perderá o levantamento, mesmo se ele tiver potência suficiente para jogar ela bem alto. A técnica aqui é minuciosa e levantadores tendo um dia ruim no snatch podem e vão perder todos os levantamentos, mesmo que sua força e potência sejam suficientes, apenas pelo fato da barra estar fora de posição. E você não consegue salvar um levantamento se a barra estiver fora de posição sem algum esforço sobrehumano.
É claro que, mesmo com a barra na posição correta, o levantador deve ter a habilidade para estabilizá-la acima da cabeça (de novo, braços estão travados). Você pode ver no vídeo anterior do Dimas como ele precisa trabalhar duro para manter a barra estável. Mas assuma que tudo isso aconteceu, agora ele está na posição baixa de um overhead squat.
Agora, uma vez que as cargas são mais baixas no snatch, não deveria nunca haver um problema com a recuperação dessa posição embaixo em termos de força nas pernas em si. O levantamento simplesmente não é limitado por isso (é limitado por ter a barra alta, apanhá-la e estabilizá-la). E por essa razão, você vai ver algumas vezes alguns levantadores ‘sentarem’ na posição baixa brevemente para estabilizar a barra antes de se levantarem. Simplesmente não há razão para pressa.
Em outras situações, os levantadores começarão a levantar rapidamente, já que muitas vezes isso permite que eles corrijam levemente a posição da barra mudando um pouco a posição do seu corpo para trazer a barra novamente sob o seu domínio. Mas isso não é necessário do ponto de vista de força.
Mas agora, levantando, o levantador precisa simplesmente manter os pés alinhados, manter a barra sobre a cabeça (olhar para os dois lados se você for o Dimas e quiser se mostrar) e esperar o sinal dos juízes para colocar a barra no chão.
O Clean
O clean é mais complicado, então vamos dar uma olhada nele. No clean a barra foi atirada e então apanhada na posição do agachamento frontal, com a barra sobre os ombros, os cotovelos sendo torturados embaixo dela na captura, enquanto o levantador se move para a posição de agachamento. Num mundo ideal, o sincronismo e a posição da barra são perfeitos a ponto do levantador poder pegar um impulso na posição baixa do front squat para facilitar a ação de se levantar. E a menos que alguma coisa tenha dado errado, um levantador nunca vai parar deliberadamente embaixo (como ele poderia no snatch) porque não há nenhum benefício em fazer isso.
Para entender o porquê, considere o peso a mais que você pode agachar com um pouco de impulso em comparação a fazer uma pausa embaixo. Essa diferença de peso pode facilmente ser de 5-10% dependendo de alguns fatores. Tomando um impulso você usa menos força para mover mais peso, devido ao impacto do coice elástico e o efeito pliométrico.
E isso é importante por pelo menos duas razões relacionadas. Primeiro e mais importante, os pesos são maiores e o levantador acabou de fazer um esforço máximo, é possível que a força nas pernas sejam um fator limitante na recuperação do squat clean. Secundariamente, o levantador ainda precisa fazer o jerk para completar o movimento; qualquer energia que ele puder economizar pelo impulso no squat é energia que sobrou para fazer o jerk. Levantadores que ficam muito exaustos levantando do squat clean muitas vezes não conseguem fazer o jerk. Isso aqui é quase o melhor que ele pode ser (note que Dimas usa o power jerk).
Mas ser capaz de tomar um bom impulso é precedido por um número de fatores, entre eles a barra estar na posição certa durante a captura. Se a barra estiver muito à frente (e isso pode ocorrer por inúmeras razões), isso pode fazer com que a recuperação do front squat seja realmente difícil; A parte superior das costas fica arredondada, o levantador pode inclinar para frente, o braço da alavanca fica mais longo. De qualquer jeito, a barra estar muito à frente é uma coisa ruim.
Se ela estiver muito atrás, ela pode derrubar o levantador de bunda ou, em alguns casos, causar um apagão bloqueando o fluxo sanguíneo, apesar de isso ser bem raro. Idealmenete, a barra fará a volta, será capturada em um front squat perfeito, permitindo não só que o levantador apanhe a barra, mas que ele consiga tomar um bom ricochete na posição baixa (como mostrado no vídeo acima).
Não se enganem, a recuperação do squat clean pode ser relacionada à pura força nas pernas, mas também existe um aspecto de sincronismo (pegar o impulso no momento exato em que a barra estará tentando te segurar embaixo), um aspecto elástico (conseguir um bom ricochete na posição baixa) e um aspecto técnico (relacionado a ter a barra na posição certa). De fato, levantadores com técnica melhor e mais consistente geralmente conseguem fazer menos esforço com força nas pernas do que levantadores com técnica deficiente: eles não precisam da força pura nas pernas porque a barra está sempre na posição certa para conseguir um bom ricochete.
Havia um grande levantador soviético que conseguia um front squat que era alguma coisa como 10kg acima do seu melhor clean and jerk e não tinha problema algum na recuperação do squat clean. Um outro tinha um front squat 50kg acima do seu melhor clean and jerk e tinha muitas dificuldades. A diferença é a técnica.
Mas vamos assumir que tudo ocorreu bem, o levantador apanhou o clean, pegou o impulso e agora está em pé com a barra sobre seus ombros. Ele pode ajustar um pouco a posição das mãos e dos pés, mas agora ele precisa arremessá-la acima da cabeça. O jerk é usualmente dividido também em 6 etapas, mas eu vou resumi-los já que o conceito é o mesmo, mesmo o movimento não sendo igual.
O Jerk
Após terminar de levantar, o levantador normalmente vai fazer um pequeno descanso, no mínimo ele precisa esperar os pesos pararem de balançar antes de iniciar o jerk. Os pés e mãos podem também ser ajustados, por razões que eu não vou entrar no mérito. O levantador então fica rígido, com seu peito estufado antes de fazer um pequeno mergulho, nem tão baixo e nem tão discreto.
Isso o prepara para uma explosão vertical onde ele usa a extensão de joelhos e quadril para levar a barra para cima saindo de seus ombros. A barra agora vira um projétil novamente e o levantador precisa entrar embaixo dela novamente, tirando o peso do corpo brevemente (tirando seus pés da plataforma, fazendo um split ou afastando-os lado a lado) enquanto ele continua empurrando a barra para cima; o resultado final disso é ele ser empurrado para baixo.
Novamente, ele precisa posicionar os pés rapidamente na plataforma para manter a barra sob controle e isso acontece em uma fração de segundo. Apanhando a barra com os braços travados, ele então reposiciona os pés em linha até os juízes decidirem se o levantamento foi válido ou não. Mais uma vez é um padrão de preparar, mergulhar, explodir, jogar a barra, tirar o peso do corpo, entrar embaixo da barra, recompor os pés e apanhar a barra.
Fazer Ou Não Fazer, Não Existe Meio-termo
Existe um ponto sobre o Levantamento Olímpico que eu gostaria de observar e que muitas vezes não é apreciado por aqueles envolvidos nos outros esportes de força. E esse ponto é que, diferentemente dos outros movimentos com pesos, os OL’s são fortemente um caso de conseguir/não conseguir. Isso é, o sucesso do levantamento tende ou a acontecer ou não, sem muito campo intermediário. Ok, isso não está fazendo sentido.
Considere um levantador fazendo um agachamento máximo, que pode ficar travado no meio por alguns segundos, forçando e forçando naquele ponto estático. Ele pode conseguir passar desse ponto ou não mas ele pode ficar parado lá e continuar a trabalhar para tentar e conseguir colocar o peso em um ponto que permita a ele terminar o levantamento. A mesma coisa vale para supinos e levantamentos-terra e praticamente qualquer outro movimento de treinamento com pesos.
Os levantamentos olímpicos não funcionam dessa maneira. Muitas vezes a altura da barra não está lá. Quando isso acontece a barra é simplesmente derrubada; o levantador não pode forçá-la ou empurrá-la nem nada do tipo. Ele simplesmente não vai alto o suficiente e o levantador vai simplesmente desistir. Mas mesmo se a barra estiver com altura suficiente, um levantamento muitas vezes é perdido e, novamente, é uma questão de conseguir/não conseguir. Isso é fundamentalmente mais verdade para o snatch, onde uma posição errada da barra não vai permitir a recuperação. Aqui temos um snatch sendo perdido para trás, por exemplo.
Mesmo no celan, a mesma coisa básica pode acontecer e o único movimento de carregar que você verá é durante a recuperação do front squat (lembre-se que a recuperação do snatch nunca será limitada pela força das pernas). Mas somente no clean em si, ou no jerk que não aconteceu (no jerk a barra será largada se os braços não travarem instantaneamente). Isso é muito ligado à natureza dos levantamentos e também ao julgamento: qualquer ‘carregada’ em um levantamento ganhará luzes vermelhas, a não ser na recuperação do agachamento, então os levantadores simplesmente não se importam com isso.
Mas esse aspecto dos levantamentos, essa natureza de conseguir/não conseguir tem conseqüências importantes nos requisitos fisiológicos do esporte. Isso também causa outra excentricidade, muitas vezes um levantador irá de uma levantamento muito ‘fácil’ (leia-se completado) com um peso e então falhar ridiculamente com outro que parece ter um aumento insignificante de peso (1-2,5kg).
Quero dizer, você pode estar adicionando 1% ou menos à barra e de repente o levantamento passa de ‘sem problemas’ para ‘impossível’. Você vai perder aqueles poucos centímetros extras na altura da barra, a barra simplesmente não chega lá (ou você irá empurrá-la, o que é ilegal). E você vai do sucesso à falha de uma maneira quase binária. E você não vê isso em outros movimentos relacionados a força.
A Puxada em Forma de S
Para finalizar, eu quero apontar uma singularidade dos OL’s que é o fato de que cerca de 40 anos de análises e experimentação levaram à conclusão de que a MELHOR forma, absoluta, de desempenhar os levantamentos é fazer com que a barra faça um movimento no modelo em forma de S mostrado abaixo. Isto é, a barra segue para trás, depois para frente e depois para trás de novo para ser apanhada como mostrado abaixo (você pode ver isso no vídeo acima), e isso ocorre tanto no snatch como no clean (a trajetória do jerk é diferente).
Ssssssnatch!
Eu menciono isso explicitamente porque alguns costumam formar um argumento totalmente simplista baseado na física de que a barra deve ser puxada em uma linha reta, seguindo a lógica de que ‘a menor distância entre dois pontos é uma linha reta’ e isso vai permitir que você levante o maior peso. Infelizmente, isso ignora o fato básico de que o corpo se move rotacionalmente, não linearmente. As articulações se abrem e fecham em uma forma circular. Deslocamento linear é conseguido em humanos através de movimentos rotacionais traduzidos.
Dessa forma, o caminho que o centro de gravidade percorre indo e voltando em um OL torna uma puxada em linha reta menos efetiva; novamente, você pode ver no vídeo do clean and jerk postado anteriormente como o peso do levantador se desloca para frente e para trás através do movimento do clean. A curva em S pode ser mais longa em um sentido puramente físico mas é superior no mundo real e na visão fisiologia porque é como funciona a biomecânica humana.
E não é só o fato de que décadas de análise das técnicas de levantamento geraram essa como sendo a forma ótima, mas o fato da vida real é este: todos os levantadores top nas últimas 3-4 décadas de esporte usam essa técnica. Apesar de isso não provar nada (algumas vezes atletas estão muito errados nas coisas que eles fazem no esporte), é muito sugestivo que essa seja a forma de fazer um clean ou snatch apropriadamente.
Sua Técnica é Boa Mas Falta Confiança
Ignorando os requisitos técnicos insanos do OL, tem outra coisa que eu quero mencionar relativa aos levantamentos que é a seguinte: fazer tudo isso acima, com qualquer coisa além dos pesos triviais, requer uma quantidade crescente de confiança (ou talvez melhor chamada de ‘falta de medo’). Eu quero que você pense nisso objetivamente, você está pegando uma barra pesada e jogando ela no ar. Se você fosse deixá-la cair seria uma coisa. Mas agora é esperado que você efetivamente se atire embaixo dela enquanto ela está caindo para te esmagar.
Levantadores muitas vezes se pegam amarelando quando as cargas ficam pesadas, o reflexo do medo entra em cena e eles, ou não puxam a barra com a força que deveriam, ou eles não vão com tudo de verdade para entrar embaixo da barra. E mesmo que eles tenham a técnica, a força bruta, a potência e tudo mais, o levantamento ainda será perdido.
Nós podemos comparar isso a algo como a ginástica: pense em uma garota atirando a si mesma em um mortal para trás saindo e voltando de uma trave de 4”. Você não pode hesitar, você não pode voltar atrás. Porque se vocês você tentar voltar atrás você realmente vai se machucar. Você só pode suceder se estiver 100% comprometido com o movimento e muitas vezes ainda existe uma parte do seu cérebro te lembrando que “essa é realmente uma porra de coisa estúpida para ser feita”.
Mas por falar em 100%, isso me lembra uma última esquisitice.
Às Vezes, Menos é Mais
O que se segue é um ponto levantado por um amigo, ele mesmo um levantador olímpico que é tanto treinador como competidor. Ele também me deu um feedback inestimável nesse artigo, mas prefere ficar no anonimato. O ponto que ele levantou é este: devido à natureza dos levantamentos, a técnica requerida e a natureza crítica de uma trajetória apropriada da barra, muitas vezes é melhor puxar/explodir um pouco menos que o máximo, especialmente se isso permite que o levantador mantenha uma trajetória melhor da barra.
Colocando de outra forma, algumas vezes, quando o atleta vão puxar a barra como um gorila, eles acabam puxando fora de posição, perdendo a postura corporal ou a posição/trajetória da barra. E toda aquela força ou potência não importam se a barra está fora de posição (novamente, fundamentalmente mais no snatch que no clean and jerk, mas ainda se aplica aos dois). Nesse caso, fazer a 90% mas mantendo uma técnica melhor normalmente funciona melhor do ponto de vista de conseguir um levantamento com sucesso (é claro que ser capaz de fazer um esforço de 100% e ainda conseguir manter o caminho da barra é o ideal).
Tudo isso é apenas uma conseqüência da natureza exigente da técnica dos OL’s e da natureza de porque os levantamentos são realizados ou não. E isso realmente os separa dos outros esportes de força onde pequenas oscilações podem ser compensadas com força bruta. Um deadlifter não irá puxar uma carga submáxima por medo de perder a barra, o mesmo com um agachamento ou supino. Em um snatch, uma puxada máxima do chão (e existe aqui um aspecto de ritmo de puxada que eu não vou detalhar) é mais propensa a deixar o levantamento com mais probabilidade de falhar, já que ele não traz nada de bom por prejudicar a técnica.
É isso mesmo, sob certas condições, o Levantamento Olímpico é um esporte de força onde pode ser melhor não usar a força máxima. Whoa.
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Sherminator recebeu reputação de Raoni Dantas em Carboidratos Zero, Perigo.
Cara, Bruna Sufistinha vendeu milhoes de livros, entao... bela bosta. E sim, ele ajudou milhares de pessoas a perder peso, sem duvida, mais uma vez quero deixar claro aqui que a dieta dele funciona, assim como milhares de pessoas obesas poderiam ser curadas com dietas como The Zone, South Beach, Jenny Craig e outras mais 500 milhoes de dietas com nomes extravagantes. Perder peso => déficit calórico, simples, pra q complicar? E vc pelo visto nao fez uma dieta hipocalorica da forma correta, porq se tivesse feito nao se equivocaria ao sugerir que ela nao segura massa magra como a de Atkins ou que nela vc passa fome por exemplo.
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Sherminator deu reputação a duduhaluch em Deca - Perfil (Dudu)
Deca é um esteróide da família 19 NOR (nandrolonas, trembolona), progestina, classe 1 (forte ligação ao receptor androgênico, AR).
Considero a deca um dos esteróides mais saudáveis e seguros para uso em ciclos, mesmo em altas doses. Deca melhora conteúdo mineral ósseo, síntese do colágeno, alivia dores nas articulações, aumenta imunidade. Seus efeitos colaterais são suaves, e pode ser uma boa escolha para usuários que sofrem colaterais androgênicos de drogas como a testosterona (queda de cabelo, acne, etc), além de não afetar de maneira negativa significativamente o perfil lípidico [1]. O efeito colateral mais preocupante da deca está associado ao fato dela ser uma progestina (assim como a trembolona), o que faz com que eleve a prolactina e provoque uma severa inibição do eixo HPT. Mas existem muitas controvérsias à esse respeito [2] e muitos usuários relatam uso de altas doses de deca sem grandes problemas com a recuperação pós-ciclo. Por ser uma progestina e também causar aromatização (baixa) Deca também causa retenção hídrica, e em geral é uma droga preferida em ciclos Bulk. No entanto, deca tem a vantagem de dar ganhos mais sólidos que drogas como a testosterona, embora seja menos anabólica que a mesma, e alguns usuários combinam deca com um IA em ciclos de definição. Mesmo elevando a prolactina e aromatizando, deca tem baixo risco para causar ginecomastia (+1 na escala Haluch) [3]. Por ser uma droga de meia-vida longa (~7-15 dias) ciclos eficientes são feitos num período de 8-12 semanas, sendo que considero uma dose eficaz ~400mg/semana para um iniciante. Mulheres recomendo doses de ~50-100mg por semana, sendo que doses de ~100mg ou maiores já podem provocar efeitos colaterais virilizantes.
Fonte:
[1]
https://pt.steroidset.com/deca-durabolin-nandrolone-decanoate
https://www.steroid.com/Deca-Durabolin.php
[2]
INIBIÇÃO DA DECA, verdade ou mito? (DUDU)
https://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=115620&tid=5676734240220659310
[3] GINECOMASTIA, grau de risco (DUDU)
https://www.hipertrofia.org/forum/topic/77490-ginecomastia-grau-de-risco-dudu/
[4]
https://thinksteroids.com/steroid-profiles/deca-durabolin/
abraços, DUDU HALUCH
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Sherminator deu reputação a Matheus_ em Um Erro Muito Comum Quando Se Fala Em Pro-Hormonais (Famosos Drol's)
Aproveitando um pouco a onda dos PH's que surgiu nos ultimos tempos (rs), resolvi explicar aqui um erro bem comum:
Comparar PH com esteroides normais
Mas como assim? me perguntas
Pra começar, um dos erros mais comuns que vejo são pessoas dizendo que o H-drol (halovar em seu nome mais conhecido) é o esteroide turinabol.
Aí você me pergunta: MAS NÃO É?
Não exatamente, a formula do h-drol (4-chloro-17a-methyl-androst-1,4-diene-3-17b-diol) se converte SIM em turinabol ao interagir com a enzima 3-beta-HSD (cerca de 5%), o que não é muita coisa, dado o fato de cada caps. ter 25mg do produto, teriamos cerca de 1,25mg de turinabol por capsula, o que é uma quantidade RIDICULA para qualquer objetivo. É muito provavel que o h-drol tenha uma certa potência por sí só, sem que ocorra essa conversão, pelo fato de que ocorrem resultados mesmo com a baixa conversão
Outro erro muito comum é comparar o Superdrol (m-drol, m-stane) ao masteron
"Mas ele é o masteron oral!111"
Bom, isso está quase certo, mas temos um pequeno problema... a formula do masteron, ou drostanolona (2a-methyl-17b-hydroxy-5a-androstan-3-one) é QUASE igual à do superdrol (2a,17a-di-methyl-etiocholan-3-one,17b-ol), com uma pequena diferença, o superdrol tem uma pequena modificação na posição 17a. Isso muda muito? Sim, muda quase que completamente seus efeitos, apesar da pequena diferença, simples lógica, os efeitos relatados pelo uso do superdrol são muito diferentes dos relatados pelo uso do masteron, o superdrol se assemelha mais ao hemogenin do que ao masteron. Lógico, ele mantém alguns dos efeitos do masteron, mas isso não vem ao caso, o objetivo é explicar que não são "A mesma coisa"
Quer mais exemplos do que uma simples modificação pode fazer? Compare dianabol e turinabol. Compare boldenona e dianabol. M1T e testosteronas injetaveis. A lista é rasoavelmente grande.
Enfim, são vários os drol's (ph's) que colocam nomes parecidos com EA's para dar a impressão de que os resultados também serão (decadrol, tren xtreme, methastadrol), Porém a maioria é bem diferente do que o nome sugere.
Vou deixar um site aqui que tem varias formulas de PH's e sua descrição, muito util:
LINK
É isso, obrigado à quem leu, se tiver alguma critica ou algo que eu possa adicionar por favor comente
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Sherminator deu reputação a duduhaluch em Pq Não Fazer Tpc Serms (Dudu)
Tijolo aqui, tenso, rs
mas vou responder. Mesmo com essa atividade do clomifeno, ñ acredito q ele influencie significativamente na recuperação a ponto de valer pelo custo-benefício
Acredito q é do Michael Scally essa idéia
"Embora o tamoxifeno é quase tão eficaz como Clomid na ligação a receptores de estrogénio de pituitária, o tamoxifeno tem pouca ou nenhuma actividade estrogénica em termos da sua capacidade para melhorar a liberação estimulada de GnRH-LH. A ação estrogénica de Clomid na pituitária representa uma característica única do presente composto e que o tamoxifeno pode ser desprovido de actividade estrogénica ao nível da pituitária.
Leitura da literatura indica, portanto, que os atos de clomifeno em várias maneiras de o macho humano; (a) devido à sua semelhança de estrutura para stilbesterol se liga com sítios receptores no hipotálamo ea hipófise, ( Ela estimula a secreção de gonadotrofinas, agindo sobre o hipotálamo-hipófise sistema, © os efeitos inibitórios de níveis elevados de estrogénios circulantes (produzido sob a influência de clomifeno) sobre eixo hipotálamo-hipófise são possivelmente impedido pelo seu comportamento potente antiestrogénica. O resultado destes efeitos variados de clomifeno é um aumento global de gonadotropina e estrógeno secreção e é responsável por seu crescimento em condições clínicas."
https://thinksteroids.com/articles/why-use-both-clomid-and-nolvadex-together-for-pct/
Sobre o HCG tenho a mesma idéia.
Sobre o dostinex, acredito q em mtas situações pode ser necessário, uma vez q a efetividade do stanozolol ñ é a mesma dessas drogas. Eu tive sintomas de gino por prolactina usando trembo com stano.
E quando usei hemo a gino só saiu com dostinex.
Tb ñ tive nenhum colateral. É uma droga forte, mas mto efetiva em pouco tempo de uso. Colateral várias drogas tem como clomid, mas ñ quer dizer q vá sofrer com eles.
De qualquer forma se vc controla os níveis de estrogênio e progesterona, prolactina alta ñ é suficiente para dar gino. De qualquer forma prolactina alta é um fator agravante da supressaõ do HPT.
Sobre as estratégias de treino e dieta para TPC tb concordo, mas ñ arriscaria atribuir um valor tão baixo para as drogas, uma vez q a eficácia delas para elevar os níveis de LH e FSH e reduzir estradiol são bem conhecidas
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Sherminator deu reputação a duduhaluch em Pq Não Fazer Tpc Serms (Dudu)
a pergunta mais sensata seria, pq fazer TPC Serms?
Pq combinar duas drogas (tamox, clomid) q fazem a mesma função, e q teoricamente ñ possuem sinergia nenhuma? Ainda mais considerando que o tamoxifeno seja mais poderoso tanto na função de bloquear o estrogênio, como na função de de elevar os níveis de LH e FSH ( Anthony Roberts).
A TPC de um ciclo deve se basear em vários fatores: tempo do ciclo, dosagens usadas, experiência e tamanho do usuário, drogas utilizadas, etc
Considerando isso, existem combinações e formas de TPC mto mais eficientes que a TPC Serms. Na verdade ñ vejo nenhum embasamento p se fazer TPC Serms. Se alguém souber uma boa justificativa pode falar.
Em ciclos com drogas fracas ou dosagens usuais só tamox ou clomid dão conta. O tempo de uso deveria considerar a Meia-Vida da droga. Usando drogas de MV longa vc deve considerar levar mais tempo para iniciar a TPC (protocolo doctari) e/ou tb fazer uma TPC mais longa (6-8 semanas), já q essas drogas vão passar mais tempo no corpo, inibindo seu eixo HPT.
Inibidores de aromatase (anastrozol, exemestano, letrozol) tb são excelentes combinações q podem acelerar a recuperação pós-ciclo, inibindo o estrogênio de maneira mto mais agressiva que tamox ou clomid, tb ajudando na elevação dos níveis de LH e FSH.
HCG deve ser considerado em ciclos longos e/ou pesados, pois imitando o hormônio luteinizante (LH, responsável pela produção de testosterona), ele vai manter suas bolas acordadas durante o ciclo, tornando a recuperação do eixo HPT mais fácil. Um bom protocolo é 500UI por semana durante todo o ciclo, dividido em 2 aplicações na semana.
dostinex (cabergolina) pode ser necessário em ciclos com drogas q elevam a prolactina (deca, trembo), pois esse hormônio em alta provoca uma forte inibição do eixo HPT. Drogas com ação anti-progestênica (stanozolol e masteron) tb podem ser eficazes na combinação com trembo e deca bloqueando a ação dos receptores progestênicos.
abraços, DUDU HALUCH
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Sherminator deu reputação a Hitch em Ginecomastia: Uma Patologia Multifatorial
Ginecomastia: Uma Patologia Multifatorial
MRJP
Patologia multifatorial (plurifatorial / multietiológica) é um doença que apresenta diversas causas (etiologias) e formas de desenvolvimento (patogenia). A obesidade, hipertensão arterial e disfunção erétil são exemplos desse tipo de patologia. A ginecomastia recentemente foi definida como uma patologia de multietiologias, como será discutido a seguir.
1.Ginecomastia por excesso de estrogênios.
O aumento absoluto do nível sistêmico de esteróides femininos pode provocar o desenvolvimento do epitélio mamário como explicado acima. Na verdade, os estrogênios são fatores fundamentais para o desenvolvimento da ginecomastia. Cerca de 0.1-1% da taxa de testosterona, sofre ação da aromatase e é convertido em estradiol. Ao aumentar-se o substrato dessa enzima, com o uso de esteróides por exemplo, tem-se o aumento da taxa de conversão, levando a uma alta concentração estrogênica, e esse quadro, por sua vez, promove uma super-expressão da aromatase(469) criando um ciclo vicioso. Pode ocorrer também também secreção exagerada de estrogênios pelos testículos e pela supra-renal e por metabolismo ineficiente (problemas hepáticos)(495)
2.Ginecomastia por déficit de androgênios.
Os androgênios, através do AR, são capazes de inibir a proliferação do epitélio mamário(490), o que explica a ausência de mamas em indivíduos do sexo masculino. A queda na taxa dos esteróides masculinos, como ocorrido no hipogonadismo (entre eles o induzido pelos esteróides), pode levar a um quadro propenso ao desenvolvimento da ginecomastia muitas vezes sem a necessidade do aumento das taxas de estrógeno. O aumento dos estrogênios também promovem queda na taxa absoluta de androgênios, uma vez que eles estimulam a síntese de SHBG que se liga a testosterona diminuindo a sua quantidade biodisponível(495)
3.Ginecomastia por desbalanço hormonal
Esse quadro na verdade, é uma mistura dos dois citados acima. Não existe a necessidade de haver aumento ou diminuição absoluto em determinadas taxas hormonais para haver o desenvolvimento da ginecomastia. Nosso organismo se mantem em um estado de equilíbrio, conhecido por homeostase, e qualquer alteração desse equilíbrio leva a situações de stress, e o nosso sistema hormonal também não foge a regra. A taxa de andrógenos/estrógenos é mantida constante por mecanismos de retroalimentação e é isso que nos torna homens ou mulheres, e alterações desse balanço provocam repercussões diversas. Foi estabelecida uma fórmula básica para explicar esse balanço (e que demonstra o equilíbrio hormonal existente no organismo): Testosterona + DHT/Estrógeno. Qualquer alteração dessa proporção seja ela por aumento no denominador (E) ou diminuição do numerador (T + DHT), pode levar a ginecomastia.
Fórmula ilustrativa completa da ginecomastia
4.Ginecomastia por insensibilidade do tecido aos androgênios
Defeitos nos receptores androgênicos fazem com que o hormônio masculino, mesmo em concentrações normais, não desempenhe suas funções de forma satisfatória. Em situações onde o andrógeno não exerce sua função inibitória sob o epitélio mamário(490), o desenvolvimento da ginecomastia torna-se muito mais fácil.Normalmente esse defeito não é local e sim sistêmico, o que agrava ainda mais a situação. O organismo, devido a falta de ação da testosterona, desenvolverá um quadro de feedback positivo (maior secreção do hormônio) na tentativa de normalizar a situação. Isso proverá mais substrato para enzima aromatase levando a um aumento da taxa de estrógenos circulantes, potencializando o possível desenvolvimento da ginecomastia. Esse quadro é extremamente raro.
5.Ginecomastia por hiperssensibilização do tecido aos estrogênios(394)(488)
Esse quadro raramente acontece sozinho, sendo mais comum quando associado ao aumento absoluto das taxas de estrógeno. O aumento dessa taxa promove up-regulation dos receptores estrogênicos tornando os tecidos, entre eles o mamário, mais sensível as ações do hormônio. O aumento da sensibilidade potencializa o possível surgimento de uma ginecomastia. Essa hiperssensibilidade pode ocorrer sozinha, quando ocorre aumento da taxa de ER por si só, mas é extremamente raro.
6.Ginecomastia por ação da progesterona
A ação da progesterona sob o epitélio mamário ja foi bem discutida acima. Agora me focarei mais nas progestinas androgênicas (derivadas da 19-nortestosterona), como a nandrolona. A própria testosterona e o DHT apresentam uma certa atividade progestogênica em níveis bem elevados, porém, os 19-norandrogênios (como a nandrolona, o MENT e a mibolerona) apresentam essa atividade em níveis bem mais baixos(471), sendo capazes de se ligar com grande afinidade ao PR(472). Dessa forma, essas drogas apresentam os mesmos efeitos da progesterona no tecido mamário. Além disso esses derivados agem diretamente no tecido mamário provocando modificação nas taxas de SHBG e de IGF-1(473). O estrogênio é capaz de estimular o aparecimento de PRs nucleares nos neurônios serotonérgicos e a ligação das progestinas a esses receptores estimula a secreção de serotonina que, por su vez, promove a secreção de prolactina (que será discutida mais adiante)(474).Vale lembrar que dificilmente (na minha opinião nunca) ocorre desenvolvimento do tecido mamário sem a presença de estrógeno e esse hormônio funciona como fator limitante. Estudos indicam uma forte atividade anti-estrogênica pelas progestinas em diversas vias(473): 1) inibição do up-regulate dos ERs induzido pelo estrógeno; 2) inibição da estrona sulfatase, enzima responsável pela conversão do sulfato de estrona em estrona; 3) inibição da 17β-Hidroxiesteróide Desidrogenase 1, enzima que converte a estrona em estradiol; e 4) estimulo das sulfotransferases que promovem a conjugação dos estrógenos não conjugados e sua consequente inativação. Por esse lado, podemos até pensar em um efeito benéfico desses esteróides no desenvolvimento da ginecomastia.
7.Ginecomastia por ação da prolactina
A ação da prolactina sob o epitélio mamário ja foi bem discutida acima, assim como a capacidade das progestinas em estimular a sua secreção. É sabido que a progesterona na presença de estrógeno (quadro da ginecomastia), promove uma atividade ótima do receptor de prolactina, potencializando o quadro patológico. A progesterona sozinha, por sua vez, anatagoniza a ação positiva da prolactina sob o seu receptor através da inibição do seu up-regulate, diminuição da ligação estrogênica e competindo pela ligação ao GR. Logo, níveis elevados de estrógeno e progesterona são necessários para a hiperprolactinemia. Isso explica os níveis elevados de prolactina durante o pós-ciclo de esteróides 19-nor, uma vez que a queda nas taxas de progestinas provoca aumento nas taxas de prolactina e up-regulation de seus receptores.
Assim como a progesterona, a prolactina não é capaz de desenvolver uma ginecomastia sozinha, sem a presença de estrógeno.
8.Ginecomastia mediada pelo AR e por andrógenos
Esse paradoxo foi descrito recentemente. Alguns esteróides, como a nandrolona, são capazes de se ligar ao AR e estimular a ativação de genes responsivos ao estrogênio(476) podendo levar ao desenvolvimento da ginecomastia. A nandrolona, especialmente, é 60% estrogênica(477)(478), e seus fortes efeitos adversos são mediados pelo AR, sendo impossível o seu bloqueio. Esse fato foi comprovado administrando-se tamoxifeno, anti-progestinas e inibidores da aromatase em associação ao esteróide. O tamoxifeno inibiu levemente os efeitos estrogênicos e os outros compostos não tiveram nenhum efeito(477)(478), podendo-se concluir que os efeitos não são resultados da aromatização nem de atividade progestogênica e são causados somente em pequena parte pelo ER uma vez que a nandrolona tem pouquíssima afinidade por esse receptor (apesar dessa afinidade ser dose-dependente).
Relatou-se a presença de efeitos estrogênicos com a administração de testosterona em ratos que não expressavam aromatase(479) e, surpreendentemente, a inibição da 5α-redutase cessou com esses efeitos. Os compostos responsáveis por esse quadro são os esteróides neuroativos 3α-androstenediol e 3β-androstenediol, tendo o segundo, capacidade de se ligar ao ER de forma um pouco menos potente que o estradiol(480). O quadro instala-se da seguinte forma: 1) conversão da testosterona em DHT pela 5α-redutase presente no epitélio mamário; 2) o gene AKR1c, que também é expresso no epitélio mamário (diferentemente da aromatase(481)), promove a conversão do DHT nesses esteróides neuroativos; e 3) ligação do 3β-androstenediol ao ER(480).
9.Ginecomastia por ação da leptina
A leptina é um hormônio secretado pelas células adiposas em concentrações proporcionais a quantidade de células (obesos secretam maior quantidade). Essa substância funciona como inibidor do centro da fome e estimulador do centro da saciedade, sendo importante controlador da composição corporal (adipostato). Entre outras funções apresenta a capacidade de incrementar o metabolismo energético, da glicose e das gorduras e regular a função neuroendócrina.
Com relação a ginecomastia, a leptina é capaz de estimular a aromatase dos adipócitos e do tecido mamário, aumentar a sensibilidade mamária ao estrogênio e provocar um efeito de crescimento direto sob as células epiteliais, uma vez que a mesma expressa receptores de leptina(482). Isso pode explicar a grande prevalência de ginecomastia em indivíduos obesos.
10.Ginecomastia por ação das gonadotropinas
Com a descoberta de receptores de LH/hCG no tecido mamário(483), passou-se a estudar a influência desses compostos na patogenia da ginecomastia. É sabido que em tecidos mamários normais, os sinais de LH/hCG diminuem a expressão de ER e ativam genes apoptóticos(484)(485)(486). Em mamas alteradas, por exemplo nas ja afetadas pela ginecomastia, as gonadotropins promovem aumento da conversão intracelular de andrógenos em estrógenos através do aumento da taxa da aromatase local, causando um estímulo ao crescimento do tecido(487), além de estimularem diretamente o crescimento mamário(491) e diminuirem as taxas de AR(492), diminuindo o efeito inibitório dos andrógenos sob o crescimento de epitélio mamário(490). Realmente observou-se que níveis elevados de LH (hipogonadismo primário) e hCG (neoplasias secretoras) foram capazes de causarem ginecomastia(488)(489).
11.Ginecomastia por super-expressão local da aromatase
Os testículos secretam cerca de 15% do estradiol circulante e menos de 5% da estrona, sendo o restante sintetizado pela aromatase a partir da testosterona (estradiol) e da androstenediona (estrona). Esses estrogênios são interconvertidos por ação da 17-oxoesteróide redutase(496)(488). A atividade da aromatase é um complexo enzimático, produto do gene CYP19 do citocromo P450 aromatase, que se liga ao substrato C19 do esteróide e transforma se anel A em um anel fenólico(497). Sua expressão ja foi relatada na placenta (promotor I.1); ovários e testículos (promotor II); cérebro, intestino e fibroblastos da pele (promotor I.4); tecido adiposo (promotor I.3, I.4 e II); células do estroma mamário (promotor I.3 e II)(497).
Origem glandular e periférica da testosterona, adnrostenediona, estrona e estradiol nos homens. Enzimas: 1) 20,22-Desmolase; 2) 3β-Hidroxiesteróide Desidrogenase; 3) 17α-Hidroxilase; 4) 17,20-Desmolase; 5) 17-Oxoesteróide Redutase; 6) aromatase. As flechas mais escuras indicam a maior fonte do hormônio(488)
Embora a glândula mamária não expresse a aromatase, as células adiposas, do estroma e do ducto ao redor expressam(493). Muitas vezes a ginecomastia pode resultar de um distúrbio local (desbalanço estrógeno/andrógeno local) e não sistêmico. Diversas situações citadas acima ja se mostram capaz de estimular a expressão de aromatase no tecido mamário, assim como a ação da ciclooxigenase 2 (COX-2)(494). O estrogênio sintetizado localmente apresenta somente efeito autócrino (na própria célula) e parácrino (nas células vizinhas) e não sistêmico(493) podendo, dessa forma, os níveis de estrogênio estarem normais e a ginecomastia desenvolvendo-se. A obesidade tem importante papel na super-expressão da aromatase, uma vez que o tecido adiposo é muito rico nessa enzima.
Relação entre a taxa de conversão de androstenediona em estrona com o peso corporal em mulheres na pós-menopausa (Siiteri & MacDonald, 1973)
Figura 1: taxa de estradiol urinário em relação ao percentual acima do peso ideal em 10 homens obesos. Círculos: estradiol, Quadrado: estrona e área pintada: taxa normal (Schneider et al.,1979); Figura 2: relação entre a taxa de conversão de androstenediona em estrona e a idade em homens (Siiteri & MacDonald, 1973)
Essa super-expressão também pode ser resultado de uma desregulação do citocromo P450 aromatase, através de mutações genéticas(495) e de uma produção ectrópica da enzima(495)
Conclusão
As causas da ginecomastia são as mais diversas possíveis, mas é importante resaltar que nenhuma ginecomastia ocorre sem a presença de estrógeno e que o controle dos níveis desse hormônio, na grande maioria das vezes, ja é suficiente para evitar-se o seu desenvolvimeto. O uso de terapias alternativas é recomendado em último caso, e não tem valia para usuários de esteróides, mesmo na presença de drogas como nandrolona e trembolona.
Diversas drogas também estão relacionadas ao desenvolvimento da ginecomastia, sendo interessante observar a sua administração durante os ciclos de esteróides.
A obesidade também está muito relacionada ao desenvolvimento da ginecomastia, principalmente pela ação da leptina e devido o fato do tecido adiposo apresentar grandes quantidades de aromatase. Os gráficos a seguir demonstram bem essa relação.
O tratamento deve ser focado na manutenção dos níveis de estrógenos, ja que sem ele a ginecomastia não se desenvolve. A utilização de drogas auxiliares deve ser muito bem pensada e o quadro muito estudado.
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Sherminator deu reputação a duduhaluch em Esteróides E Suas Famílias (Dudu)
ñ são da mesma família, mas têm ações mto semelhantes.
São esteróides classe 2, isto é, com fraca ligação ao receptor androgênico, de modo q seus efeitos anabólicos se dão através de outros receptores, ao contrário da trembo, testo, deca, etc (q são classe 1, com forte ligação ao AR)
Por produzirem colaterais e efeitos semelhantes ñ é uma boa idéia combiná-los, fraca sinergia
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Sherminator deu reputação a carloslr em Ajuda Com A Avaliação Dos Meus Exames
todo marombeiro que treina sério tem o CPK nas alturas...
se vc quer exames sem alterações nenhuma tem que ficar 7 dias sem treinar.
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Sherminator deu reputação a duduhaluch em Esteróides E Suas Famílias (Dudu)
Esteróides anabolizantes, tecnicamente conhecidos como esteróides androgênicos anabólicos-(AAS), ou simplesmente como "esteróides", são drogas que imitam os efeitos da testosterona e diidrotestosterona no corpo. Eles aumentam a síntese de proteínas dentro das células, o que resulta no acúmulo de tecido celular (anabolismo), especialmente nos músculos. Os esteróides anabolizantes também têm propriedades androgênicas e em alguns casos virilizantes, incluindo o desenvolvimento e a manutenção das características masculinas, tais como o crescimento das cordas vocais, testículos e pêlos do corpo (características sexuais secundárias). (Wikipedia)
Os esteróides anabolizantes podem ser divididos em 3 famílias distintas:
1) TESTOSTERONA E SEU DERIVADOS:
- Testosterona e seus ésteres: suspensão (testo sem éster ligado), testosteronas de meia-vida curta (propionato, fenil), testos de meia-vida longa (enantato, cipionato, decanoato), mix de ésteres (durateston, omnadren)
- Dianabol (metandrostenolona)
- Equipoise (Boldenona)
- Halotestin (Fluoximesterona)
- Turinabol (4-Clorodehidrometiltestosterona)
2) 19-NOR (significa que uma molécula de testosterona foi alterada na 19ª posição para nos dar um novo composto):
- Nandrolona (fenilpropionato, decanoato)
- Trembolona (acetato, enantato)
3) DERIVADOS DO DHT (
di-hidrotestosterona)
:
- Oxandrolona
- Stanozolol
- Hemogenin (Oximetolona)
- Masteron (Propionato de Drostanolona)
- Primobolan (Metenolona)
- Proviron (Masterolona)
Depois faço um artigo falando um pouco sobre cada uma das famílias separadamente.
abraços, DUDU HALUCH
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Sherminator deu reputação a ldm2005 em Ajuda Com A Avaliação Dos Meus Exames
Tive de comprar um letrozol no meu ciclo tbm, fui fazer exame e estava o E2 em 85...
O Carlos indicou 1 comprimido por dia por 5 dias e depois meio comprimido de 3 em 3 dias.. tiro e queda, E2 baixou para 13..
Detalhe, fiz uma ecografia e ja estava se iniciando uma gineco (alguns carroços). Não tive sensibilidade nenhuma, foi no visual que desconfiei. Se não fosse eu fazer exame, comprar o letrozol e o carlos me ajudar agora eu estava procurando sutiã...
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Sherminator deu reputação a Wildharpia em Ajuda Com A Avaliação Dos Meus Exames
Se tem testo sendo aromatizada é pq vc está com o eixo zoado.Eu arriscaria uns comprimidos de letro e faria os exames novamente....Quanto eu faço os exames o normal é 3,4 pontos
acima do normal,não tanto assim.
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Sherminator deu reputação a carloslr em Ajuda Com A Avaliação Dos Meus Exames
Qualque IA serve. se achou anastrozol pode comprar.
infelizmente algumas pessoas aromatizam muito mesmo natural, eu sempre sofri com espinhas persistentes e retenção, cheguei até tomar roacutan, não eram muitas, mas nada tirava elas. e era tudo um problema de estradiol alto.
Hoje em dia mesmo estando natural eu uso inibidor de aromatase direto. testo fica nas alturas, pele limpinha e retenção dentro da normalidade de acordo com a dieta.
é muito comum achar homem com o estradiol acima de 60ng/dl... sendo que eu considero ideal ficar entre 10-30ng/dl.
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Sherminator deu reputação a carloslr em Ajuda Com A Avaliação Dos Meus Exames
Pela dosagem vc comprou o Anastrozol. seu E2 estando perto dos 70 ng/dl, usa uma semana inteira 1mg por dia.
depois vc pode começar a usar 1 dsdn e vai sentindo como está. se começar a se sentir meio "murcho" ou algo do tipo aumente o intervalo para 2 dias.
Com o tempo de uso vc vai conseguindo regular a dosagem. o mais importante é baixar bem no início.
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Sherminator deu reputação a carloslr em Ajuda Com A Avaliação Dos Meus Exames
3 semanas depois os valores já devem estar baixos. faça 1 mês depois e fica a seu critério se vai continuar usando o anastrozol ou não.
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Sherminator deu reputação a Wildharpia em Protocolo Hcg
Basta você pegar um monte de seringas de insulina,misturar as duas partes,encher cada seringa com a dose exata que vai precisar,colocar numa "tapa ué" e congelar.Simples.
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Sherminator deu reputação a craw69 em Bcaa: Você Está Usando Errado [2014]
Atualização Julho/2014 (v. 3.0)
- Texto inteiramente revisado, atualizado e ampliado;
- Acréscimo inicial de algumas pesquisas relevantes;
- Acréscimo de algumas conclusões retiradas ao longo do tópico;
- Acréscimo da opinião do site Examine.com sobre os BCAAs;
- Correção de erros gramaticais para facilitar a leitura.
Inegavelmente, os BCAAs - Branch Chain Amino Acids, ou aminoácidos de cadeia ramificada - sempre foram, e ainda são, um dos principais suplementos utilizados por atletas amadores e profissionais que buscam uma melhora na composição física (aumento de massa muscular e redução de gordura) e recuperação muscular.
A base científica que legitima o uso destes aminoácidos, entretanto, não é tão sólida quanto alguns podem afirmar. Este breve texto procura apontar algumas questões referentes ao uso deste místico suplemento, trazendo algumas informações que nem sempre são facilmente encontradas na internet ou nos círculos de conversa.
I - Da dosagem e as influências do mercado de suplementos nesse quesito
O principal problema em relação ao uso dos BCAAs encontra-se na dosagem recomendada para o uso do mesmo: não é raro (alias, é o mais comum) ver recomendações de rótulos citando: "dosagem recomendada: 2 cápsulas antes e 2 cápsulas depois do treino" e muito menos (raro) ver pessoas citando que usam este tipo de dosagem, supostamente com excelentes benefícios. Mas qual o problema com ela? Explico: ela é completamente inútil. Ok, não expliquei nada; mas vamos lá. Nesta primeira parte, irei apoiar minha argumentação na relação existente entre o preço e quantidade de BCAAs presentes nos principais suplementos vendidos no mercado nacional.
Primeiramente, cabe citar a necessidade do mercado de suplementação desenvolver suplementos apelativos não apenas na parte dos resultados, mas também no quesito financeiro. Vamos supor que uma empresa desenvolvesse um BCAA que dure 5 dias de uso com um custo de R$100,00. Alguem compraria? Não, fim de papo. Portanto a primeira coisa que a indústria deve fazer é: criar um suplemento que dure algo entre 21-30 dias, pelo menos, para que o custo x benefício torne-se minimamente aceitável.
O segundo ponto é: eles precisam mexer com o psicológico da pessoa; mais especificamente, eles não podem fazer um pó que não dure nada. Qual a saída? Cápsulas. Cápsulas são muito mais efetivas em mexer com o psicológico do cliente do que suplementos em pó. A maioria dos BCAAs possuem cápsulas de 750mg a 1.000mg, o que significa que para atingir 5g de BCAA são necessárias algo entre 5 a 7 cápsulas, aproximadamente. Veja: é a mesma coisa dizer que você toma 7 cápsulas ou 5g de BCAA. Porém, o uso de 5g de BCAA antes e depois do treino resultaria no término do produto em um tempo extremamente curto; e as pessoas não iriam se sentir "assustadas" por estarem tomando 10g de um suplemento. Transforme esta quantia em cápsulas e as pessoas se apavoram: imagine que alguém vai tomar 14 caps por treino? Isso é um absurdo! MEU DEUS, VAMOS TODOS MORRER! Percebem? É mais fácil enfiar na cabeça do cliente que ela deve tomar 10g de um suplemento ou 14 cápsulas do mesmo? Obviamente, 10 gramas; o que não é bom para a empresa já que o pote acabaria rápido demais. Você usa 30g de whey, qual o problema em usar 10g de BCAA? Agora, cápsulas... cápsulas lembram remédios, remédios lembram problemas que devem ser evitados, logo cápsulas devem ser evitadas... imagine sua mãe chegando em casa e te ver tomando 14 capsulas de uma vez? Ela vai te matar, com certeza. Por outro lado, imagine sua mãe te ver tomando uma ou duas colherzinhas de chá: provavelmente ela irá mandar você tomar mais para ver se faz algum efeito e você deixa de parecer esse frango raquítico que é atualmente.
Na prática:
(1) basta analisar o custo de qualquer BCAA vendido atualmente no mercado e comparar a quantidade de suplemento presente no pote em relação a outros suplementos proteicos, como o Whey: utilizando a (excelente) marca da Growth Supplements, por exemplo, temos que o pote de BCAA custa R$25,00. Cada pote contém cerca de 77,5g de BCAA (30 x 4 cápsulas que possuem 2,58g de BCAA); por outro lado, o Whey da mesma marca custa R$64,00, porém possui 1.000g por embalagem. Isto significa que, com R$65,00 é possível comprar aproximadamente 200g de BCAA, enquanto o mesmo valor permite a compra de 1kg de Whey. O que isto significa é que, naturalmente, o suplemento BCAA tem um custo muito superior ao de outras fontes proteicas completas, como o Whey ou Albumina, o que torna necessário realizar a recomendação de uma quantia inferior sob pena de cair no problema mencionado anteriormente: recomende 10g por dia de BCAA e o pote de BCAA, que inicialmente custaria R$25,00 por mês, passa para aproximadamente R$100,00 por mês.
(2) A somatória dos pontos até aqui mencionados conduzem para uma conclusão: com a recomendação padrão de 2 a 4 cápsulas por dia de BCAA, temos um suplemento que dura o tempo padrão (30 dias), sendo que a baixa dosagem é responsável por compensar o alto preço do produto, e ainda sem ninguém questionar os efeitos principalmente pelo psicológico, já que o marketing pesa, a fé no produto é grande, a quantia de 2-4 cápsulas é uma quantia razoável para a maioria dos clientes... e sim, se o efeito placebo atinge até mesmo competidores de alto nível[1] [2], obviamente para você, mero mortal, ele será ainda mais influente.
II - Das dosagens necessárias para atingir seus respectivo efeitos
Resumidamente, existem três principais motivos para o uso dos BCAAs:
(1) modulação da síntese proteica[3][4], já que esta é uma das principais funções das proteínas e, por consequência, dos aminoácidos (especialmente da leucina) - o aumento da síntese proteica, de uma forma didática, significa a construção de novas celulas, ou, de certa forma, o aumento do próprio músculo ("pronto corpo, aqui estão os tijolos que você precisa para construir a minha muralha chamada bíceps");
(2) minimizar o efeito do catabolismo[5][6] - novamente, de forma didática, ao invés do organismo tentar utilizar os próprios músculos como fonte de energia, a ingestão dos aminoácidos faria tanto a função de já recuperar este eventual uso quanto de fornecer outra fonte de energia que não seja os próprios aminoácidos já sintetizados pelo corpo ("pronto corpo, use esses aminoácidos que eu engoli, mas não meu músculo");
(3) auxiliar a recuperação muscular [7], assim como eventualmente obter propriedades anabólicas[8] (possível aumento de força, maior facilidade no aumento da massa muscular etc).
A questao é: o quanto é efetivo para atingir cada objetivo?
Quanto ao aumento de síntese proteica, a vasta maioria dos estudos demonstram que algo entre 2 a 3g de leucina é o suficiente para estimular o MPS (muscle protein synthesis) até o seu "limite" - ingerir mais leucina do que isto, na ocasião dos estudos realizados, não costuma resultar em aumentos signficativos da síntese proteica, embora geralmente os estudos não utilizem atletas como base. Como a maioria dos BCAAs possuem uma formulação 2:1:1 (duas gramas de leucina para cada grama de isoleucina e valina), ingerir algo entre 4 a 6 gramas de BCAA seria o suficiente para iniciar o aumento de síntese proteica; entretanto, como afirmarei depois, esta dosagem pode ser obtida de forma mais barata com o uso separado de leucina e, de qualquer forma, o aumento na síntese proteica ainda é um assunto extremamente controverso.
A quebra do catabolismo é tranquilamente realizada por qualquer ingestão calórica: a gluconeogênese[9] (didaticamente: transformar músculo ou proteínas em energia) ocorre essencialmente em dois casos: primeiro, durante jejuns excessivamente prolongados, (embora não exista consenso, menos do que 24 horas geralmente não é considerado um perigo) nos quais o músculo precisa de energia e não a obtém de alimentos; segundo, quando há uma ingestão massiva de alguma fonte proteica que não será sintetizada (tentar tomar 1kg de Whey em 15 minutos, por exemplo). Assim, o catabolismo é um mecanismo muito menos perigoso do que alguns pregram - basta ingerir uma quantidade equilibrada de carboidratos e/ou proteínas antes e/ou depois do treino para que qualquer risco seja eliminado, igualmente assegurando que ao término do dia exista uma ingestão adequada de proteína total (média de 2g/kg, embora seja uma quantia controversa) e não exista um déficit calórico notável (não ingerir muito menos calorias do que a taxa metabólica basal do indivíduo);
Os efeitos anabólicos é o ponto onde reside o maior problema. Os raros estudos realizados em indivíduos que treinam com pesos e utilizam BCAA dificilmente seguem metodologias rígidas. As falhas metodológicas presentes nos estudos de BCAA são o maior impasse para assumir uma posição otimista sobre o uso dos mesmos: embora inúmeros estudos apresentem resultados positivos sobre uso de BCAAs, eles, em geral, (1) não estão estudando o BCAA em uma situação de equivalência calórica (por exemplo, comparam a ingestão de Xg de BCAA contra apenas água, o que interfere nos resultados já que o adequado seria comparar Xg de BCAA contra Xg de carboidrato ou Xg de Whey, por exemplo); (2) não estão estudando o BCAA em uma situação de ingestão proteica adequada (a vasta maioria dos estudos em BCAA utilizam pessoas que raramente chegam perto de ingerir, diariamente, 1.5g/kg de proteína; considerando que os BodyBuilders geralmente ingerem no mínimo 2g/kg, os efeitos são drasticamente outros). De qualquer forma, os poucos estudos que mostram resultados promissores com os BCAAs utilizam dosagens excessivamente altas[10], como 300mg/kg de BCAA (para uma pessoa de 75kgs, isso significaria ingerir 22.5g de BCAA por dia - lembra do BCAA que possui 77,5g por R$25,00? Pois é, ele agora não aguenta nem quatro dias).
III - Da quantidade de BCAA em outros suplementos/alimentos
Abrindo um rápido parênteses, vale mencionar que os BCAAs estão presentes em quaisquer proteínas que possuam um perfil completo dos aminoácidos essenciais. Simplesmente porque os Wheys costumam citar quantas gramas possuem de BCAA, alguns acreditam que Whey é a única fonte de BCAA do mundo. Chega a ser engraçado ver afirmações como "meu whey já tem 5.5g de BCAA então já tenho bastante e não preciso suplementar!".
A maioria das carnes possuem algo entre 15-20% de suas proteínas compostas por BCAA. Isso significa que a cada 20g de proteína de carne, há algo entre 3-4g de BCAA (um bife de 100g de carne geralmente possui algo entre 25 a 35g de proteína; ou seja, algo entre 3.75g e 7g de BCAA, o equivalente a 7 a 10 cápsulas de BCAAs). Dois ovos bem cozidos (com a gema bem sólida) tem 2.5g BCAA. Até amendoim tem estes aminoácidos; e por que ninguém fica dizendo "minha carne ja tem bastante BCAA então não preciso usar suplementos"?
Isso reflete em duas coisas: custo x benefício e BCAAs não são nada de especial. Supondo que você compre um BCAA e use 2 a 4 cápsulas (3 ou 4g de BCAA por treino), o custo será alto, sendo possível substituí-lo por um simples scoop de Whey que possui a mesma quantidade (o único problema seria o pequeno aumento calórico: 4 cápsulas de BCAA possuem algo entre 15 a 20 calorias, enquanto o scoop pode variar entre 90 a 150kcals). Da mesma forma, embora muita gente pense "ah se eu pudesse usar BCAA...", elas simplesmente estão ignorando que qualquer proteína decente (Whey, Caseína, Leite, Ovos, Carnes, Peixes algumas fontes vegetais como Quinoa...) terá uma quantia consideravelmente alta de BCAA.
IV - Vale a pena usar BCAA?
Em uma simples resposta: não.
Em uma resposta levemente mais demorada...
(1) O aumento de síntese proteica através do uso de BCAA (e, especialmente, leucina) é comprovado. Nisto não há divergências; a síntese proteica aumenta e ponto. A questão é: essa síntese proteica resulta em alguma melhoria prática? Ou ainda: faz qualquer diferença? Ela aumenta o necessário, e pelo tempo necessário? Para fins de ganhos de massa muscular, uma simples elevação da síntese proteica não é garantia de maiores ganhos de músculos. O aumento da massa muscular depende de uma série de fatores, como quadro hormonal, ingestão calórica, treinos e recuperação adequados... logo, estabelecer uma relação entre síntese proteica + aumento de massa muscular não é algo tão simples.
Imagine o seguinte exemplo (extremo, porém elucidativo): se ingerir um pouco de BCAA/Leucina é o suficiente para aumentar síntese proteica e, por consequência, aumentar o músculo, isso significa que posso ingerir apenas 3 ou 4g de BCAA/Leucina a cada 3 horas para me transformar em um monstro? Parece-me óbvio que a maioria das pessoas entenderiam que não. "Ah, mas e se eu ingerir tudo certinho e ainda acrescentar o BCAA/Leucina?" - boa pergunta meu caro, porque não existem estudos sólidos sobre isso a ponto de garantir nada. De um lado, temos os que defendem a hipótese de que haveria um aumento por conta do estímulo a síntese proteica; de outro, temos a ideia (que é a minha posição, e por isso darei destaque sem qualquer tipo de imparcialidade), de que o adicionar pequenas quantidades de BCAA no dia é o mesmo que adicionar algumas gotas de água em uma piscina: a adição de algumas gramas de aminoácidos (BCAA/Leucina) na dieta de alguém que já consome altas quantias de proteína (2g/kg+) não representaria qualquer benefício direto e prático.
Alguns estudos já vem apontando nesta direção: este[11], por exemplo, analisou o aumento de síntese proteica entre a ingestão de 25g de Whey x 6.25g Whey + leucina até atingir o total de leucina presente em 25g de Whey x 6.25g de Whey + EAAs, exceto leucina, até atingir o total de EAAs presentes em 25g de Whey. Se a teoria que o aumento de BCAA/Leucina resulta em síntese proteica fosse verdadeira, obviamente estudos nestas condições observariam que ingerir 25g de Whey ou 6.25g de Whey + leucina trariam os mesmos resultados, ou algo próximo disso. Não é o caso: somente o grupo que ingeriu 25g de Whey teve um aumento de síntese proteica significativo após 3 a 5 horas (184% contra apenas 55% no grupo Whey + Leucina).
(2) Para prevenção do catabolismo, basta seguir as recomendações anteriores: ingira uma quantidade adequada de proteínas ao longo do dia + não entre em déficits calóricos exagerados + realize treinos com um mínimo de bom senso. Aqui, entretanto, fica a eventual exceção para os BCAAs: treinos em jejum. Para aqueles que treinam com pesos logo após acordar (sem café da manhã) ou seguem alguma rotina de Jejum Intermitente, a ingestão de 10g de BCAA antes e/ou durante do treino pode ser útil para evitar o catabolismo. Note que: não estamos falando de exercícios aeróbicos em jejum, os quais costumam ser realizados em baixa intensidade e não precisam de aminoácidos para este fim; como não existem estudos suficientes na área, não há como afirmar que 10g seja, de fato, a melhor dosagem; da mesma forma, caso a pessoa ingira proteínas imediatamente após o treino (Whey, por exemplo), possivelmente o uso de BCAAs antes/durante os exercícios com peso em jejum torna-se desnecessário.
(3) Quanto aos efeitos anabólicos, é a parte mais difícil de falar sobre. A base científica, como dita, sofre de sérios problemas em analisar esta parte como deveria. São raríssimos os estudos realizados a médio/longo prazo (4 ou mais semanas), que estudam indivíduos treinados e que já ingerem altas quantias de proteína (2g/kg+) tendo resultados significativos. Por isso, do ponto de vista da (melhor) ciência, adicionar pequenas quantias de BCAA não garante melhores resultados.
Há, entretanto, outra possível exceção: a mega dosagem. Embora não seja um método validado cientificamente, entre os BodyBuilders existe uma prática que possui ampla aceitação - o uso de altas dosagens de BCAAs ao longo do treino. Por altas dosagens entenda pelo menos 20g/treino, divididos, geralmente em 25-50% antes do treino (5 a 10g, por ex) seguidos por 50-75% (10 a 15g, por ex) durante o mesmo. Algumas pessoas elevam essa dosagem para até 30-40g, quando não mais, e costumam obter bons resultados. Entretanto, separar o que é efeito placebo do que é efeito real sempre será um problema.
V - Conclusão
Em síntese:
- Não existem motivos (científicos ou práticos) aparentes para utilizar uma baixa dosagem de BCAA (como menos que 5 ou 10 cápsulas por dia), eis que, como dito, trata-se de apenas uma gota dentro de uma piscina (supondo um indivíduo de 75kgs que ingira 150g de proteína por dia, acrescentar 2 cápsulas antes e 2 cápsulas depois do treino de BCAA representaria, no máximo, um aumento de 4g de proteína, ou menos de 3%);
- Não há vantagem econômica, pois, como citado, pode-se atingir a mesma quantidade de BCAA com outras fontes muito mais baratas;
- Como exceções, cabe mencionar tanto a hipótese de quem treina com pesos e em jejum, que poderia utilizar 10g/treino por cautela; e a mega dosagem, que embora não possua uma base científica sólida, é bem vista na prática.
Vale adicionar a opinião do (agora popular) Examine.com, site independente responsável por analisar os estudos científicos de inúmeros suplementos: na página sobre BCAAs, a qual contém referências a quase 140 estudos sobre o suplemento, menciona-se como dose padrão de Leucina algo entre 2 a 10g; como combinação total, 20g de BCAA; uso da leucina para aumento do MPS e isoleucina para retenção de glucose (não há estudos sobre a dosagem ou eficácia da valina); expressa menção sobre os BCAAs não serem necessários caso já sejam adequadamente ingeridos pela dieta (em outras palavras, para uma dieta rica em proteínas, não há motivos para o uso destes aminoácidos).
No Examine Stack Guide para Ganho Muscular e Performance nos Exercícios, os BCAAs estão listados como uma opção não comprovada, que "possuem uma pequena participação na melhora da performance física, mas que o marketing fez sua eficácia explodir fora de proporção"; que "BCAAs participam no aumento do músculo, já que sempre que você consumir proteína, estará consumindo BCAAs"; que "as evidências sugerem que BCAA tem um efeito muito limitado na performance dos exercícios", apontando, por exemplo, os benefícios para reduzir a sensação de fadiga em aeróbicos de longa duração (2 horas ou mais); que "BCAAs não aumentam força, reduzem fadiga ou aumentam a resistência muscular. Consumo de proteínas na dieta possui os mesmos efeitos da suplementação dos BCAAs, exceto que a ingestão de proteínas durante o treino são mais suscetíveis de causar náuseas ou câimbras".
Abraços
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Sherminator deu reputação a Reinaldo.Gomes em Sobre O Levantamento Terra.
não mostra diferença porque nao tem diferença. se você segura um peso com as costas quase paralelas ao solo, VAI trabalhar as costas, ainda que você não faça um movimento de puxada, assim como trabalha o trapézio sem precisar fazer um encolhimento.
pra dar uma ênfase a mais, coloque os ombros BEM pra trás no final da subida, mas cuidado pra não relaxar o abdomen e colocar a coluna numa posição lesiva.