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greco-romano

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Histórico de Reputação

  1. Gostei
    greco-romano deu reputação a drowning em Ajuda Com Blast X Cruise + Ai   
    A Silimarina só pode "prejudicar" a metabolização de drogas orais, injetáveis não possuem metabolização hepática.


    ___

    O ideal é usar a Silimarina após a TPC (1 mês após).

    Por quê 5 semanas? Após essas 5 semanas, teu E2 vai subir novamente...

    Abraços
  2. Gostei
    greco-romano recebeu reputação de rafaelkof em Schwarzenegger E O Overtraining   
    Aumento progressivo da capacidade de trabalho...

    Eu não acredito que no primeiro dia de treino ele já tenha passado 5 horas na academia mantendo uma intensidade regular.

    O tal do overtraining existe quando a gente tenta trabalhar muito mais do que aguenta.
  3. Gostei
    greco-romano deu reputação a danilorf em Livre Discussão Sobre Powerbuilding   
    Vou linkar algumas coisas que tem no próprio fórum. Está faltando um pouco de pesquisa pra galera. Não tem essa de treino fixo, muita gente tem horários diferentes, vidas diferentes, enfim... O que vocês devem ter em mente é a filosofia e os métodos de treino para cada filosofia - metódos e não esquemas de treino.

    Alguns artigos sobre os métodos WSB (tenham bom senso em saber separar aquilo que é específico para o PL competitivo e aquilo que se adequa aos treinamentos sem equipamentos com o pé no 'bauldibuind'):

    http://www.hipertrofia.org/forum/topic/71284-serie-de-artigos-wsb-artigo-1/
    http://www.hipertrofia.org/forum/topic/71315-serie-de-artigos-wsb-artigo-2/
    http://www.hipertrofia.org/forum/topic/71367-serie-de-artigos-wsb-artigo-3/
    http://www.hipertrofia.org/forum/topic/71915-serie-de-artigos-wsb-artigo-4/
    http://www.hipertrofia.org/forum/topic/81325-ws4sb-westside-for-skinny-bastards/
    http://www.hipertrofia.org/forum/topic/45290-powerlifting-westside-barbell-club/

    Discussão muito interessante sobre força e explosão muscular:

    http://www.hipertrofia.org/forum/topic/71370-qual-a-diferenca-forca-e-explosao-muscular/

    Discussão sobre os treinamentos 'funcionais' e sua relação com a hipertrofia:

    http://www.hipertrofia.org/forum/topic/56835-treinamento-funcional-para-hipertrofia/

    O tão famoso Chaos & Pain:

    http://www.hipertrofia.org/forum/topic/59989-chaos-and-pain-the-basic/

    http://chaosandpain.blogspot.com.br/

    Lift - run - bang:

    http://www.lift-run-bang.com/

    Mobilidade:

    http://www.mobilitywod.com/

    Elite FTS:

    http://www.elitefts.net/

    Enfim, tem muita coisa, se vocês passarem nos melhores tópicos da seção de treinamentos/nutrição também tem muito material relacionado com o que está sendo discutido aqui.


    The king of bench press approves

    )))))))))))))
  4. Gostei
    greco-romano deu reputação a mpcosta82 em No Final Das Contas Tudo É Proteína, Será Mesmo?   
    Exatamente.

    A tabela abaixo mostra a quantidade de aminoácidos essenciais em algumas proteínas em pó:


    (se ficar pequeno, clique aqui)

    considerando apenas aminoácidos essenciais, o whey (isolado) tem 49.2g em 100g. Se considerar whey concentrado (a forma mais comum de whey), que tem em torno de 10% menos proteína, seria algo em torno de 44.3g de aminoácidos essenciais em 100g, ou 10.6g em um scoop de 30g de whey 80%.
    Um scoop de 30g de proteína de soja teria em torno de 9.7g de EAAs; um de albumina teria em torno de 10.2g.

    Ou seja, ambos possuem menos EAAs do que whey (embora a diferença seja pequena). A solução para isso é simples: aumente a dose de albumina/soja. Se você consumir 34.2g de proteína de soja ou 31.2g de albumina terá a mesma quantidade de EAAs de um scoop de 30g de whey concentrado.



    BCAAs: Leucina, isoleucina e valina. Nada a ver com glutamina, alanina e arginina....
  5. Gostei
    greco-romano recebeu reputação de lololol em Perolas Do Forum!   
    Eu também gostaria de saber o porquê de alguém com tamanha índole como o Mestre do Sacolé foi banido de TODOS os fóruns pelos quais passou.

    Provavelmente é tudo fruto de inveja dos fisiculturistas dorgados e seus seguidores frangos, que precisaram injetar tudo quanto foi dorga pra chegar no nível que o Mestre atingiu só com a receita mágica mais natural que a própria natureza:
    - um salário mínimo de frango
    - combo de sacolés
    - refeeds semanais de carboidratos com picolés de fruta
    - mascavo the great
    - chá de espinheira santa

    Em um ano e meio passou de Average Joe pra aspirante a John Grimek. Vocês acham mesmo que a indústria fitness de suplementos e personal-trainers deixaria esse revolucionário pregar suas idéias livremente por aí?

    Recadinho pro Bronco: banir o Mestre não adiantou de nada, a TM15 Bible já se espalhou, agora é tarde, a verdade mascava já veio à tona.

    EDIT: Chorem, haters.
  6. Gostei
    greco-romano recebeu reputação de Luizns em Perolas Do Forum!   
    Eu também gostaria de saber o porquê de alguém com tamanha índole como o Mestre do Sacolé foi banido de TODOS os fóruns pelos quais passou.

    Provavelmente é tudo fruto de inveja dos fisiculturistas dorgados e seus seguidores frangos, que precisaram injetar tudo quanto foi dorga pra chegar no nível que o Mestre atingiu só com a receita mágica mais natural que a própria natureza:
    - um salário mínimo de frango
    - combo de sacolés
    - refeeds semanais de carboidratos com picolés de fruta
    - mascavo the great
    - chá de espinheira santa

    Em um ano e meio passou de Average Joe pra aspirante a John Grimek. Vocês acham mesmo que a indústria fitness de suplementos e personal-trainers deixaria esse revolucionário pregar suas idéias livremente por aí?

    Recadinho pro Bronco: banir o Mestre não adiantou de nada, a TM15 Bible já se espalhou, agora é tarde, a verdade mascava já veio à tona.

    EDIT: Chorem, haters.
  7. Gostei
    greco-romano recebeu reputação de hotpants em Diário Do Stronglift 5X5 - Realmente Funciona?! C/ Fotos   
    Era isso o que eu ia dizer... Bastou uma semana pra zoar todo o psicológico: viu o inchaço metabólico indo embora do braço, viu os amigos levantando cargas maiores no supino, então já bateu vontade de voltar ao treino anterior que o deixou 5 anos estagnado.

    Cara, pra seguir o programa tem que ser decidido e saber que os resultados vêm a longo prazo, a propaganda do Stronglifts não é a de preparar o bíceps pro verão que tá chegando, mas a de aprender a técnica perfeita dos exercícios básicos e possibilitar uma progressão de cargas ainda não atingida. Isso é pra quem quer construir base.

    Coma as calorias suficientes e ganhará músculos - ou você acha que uma rosca concentrada te dará mais braço que uma barra-fixa?

    Falta foco e principalmente muita pesquisa pra você.


    Abraço
  8. Gostei
    greco-romano deu reputação a kyo22 em Kai Greene - Eu Nunca Vou Ser Um Levantador De Peso   
    É engraçado como o pessoal que usa drogas e tem mais experiência que os outros se acham tão superiores a ponto de não quererem "perder" mais tempo debatendo com ninguém. No fim das contas olha o tamanho deles, agora olha o seu. Como se o segredo fosse o método de treino, não é?

    E é clássica a postura de querer refutar o vigente, pra se mostrar como é avançado e como aquilo já se tornou ultrapassado.
    Vai me desculpar, Quisso, mas menosprezar treinos como SS, 5x5 e 5/3/1 levando em conta o que se ensina nas academias hoje em dia é um absurdo na minha opinião. Podem existir alternativas melhores, mas isso não torna estas ruins, de forma alguma.

    Musculação não é PRETO ou BRANCO, existe uma substancial área CINZA a ser explorada, e é aí que está a graça. Existem infinitas e simples maneiras de se ficar forte.

    Vamos começar pela história da musculação.

    Existiu uma época em que as pessoas iam para a academia, treinavam com pesos LIVRES, não tomavam suplementos e ficavam muito fortes.
    De repente surgem 4 coisas que acabaram com esse sucesso que não tinha fórmula mágica e era super simples.

    Máquinas, suplementos (e anabolizantes), genética e revistas de musculação.

    Então de repente você era fadado a ser frango o resto da vida e se não tomasse aquele pó de proteína e não usasse aquela máquina segundo aquela revista jamais seria possível o crescimento. Jogada de marketing genial, eles criam o problema (genética) e o propaga juntamente com a solução (drogas, suplementos e treinos malucos) nas revistas onde mostram os homens mais "fortes do mundo"...

    O que as pessoas tem que entender é que o caminho percorrido por um natural é COMPLETAMENTE diferente do caminho de um hormonizado.
    Quem usa anabolizante quer PUMP, quer volume muscular, quer água e nutrientes sendo jogados para dentro da célula na maior quantidade possível, porque seu ambiente hormonal permite uma coisa dessas, para um natural isso é ilusão, isso é um inchaço que desaparece depois de uma semana parado.

    Se você é um natural e quiser fazer o que faz um hormonizado, você não vai ter resultado.
    Se um hormonizado quiser fazer um treino focado em compostos ele vai crescer muito mais do que você natural jamais cresceria. Essa é a diferença.

    Então não vamos iludir os muleques que baseiam a vida deles no que os senhores enormes postam porque para a vida dele uma extensora NUNCA vai fazer o efeito de um agachamento, um cross nunca vai fazer o efeito de um supino, assim como uma série de outros exemplos. É claro que digo isso considerando a forma correta em ambos.

    E concordo com o que o Craw disse.
    Considerando que as vezes menos é mais e que o mais simples é quase sempre melhor, o peso é sim a melhor variável a se controlar em se tratando da crescente da resistência. Já falaram um monte de BB's que são gigantes com cargas pequenas. Será que vocês conseguem apontar naturais gigantes agachando com 20kg/lado? Eu acho difícil.

    Vá ver o diário de Emmanuel, ele não faz Terra, pra vida dele faz todo sentido. Mas eu dificilmente recomendaria um natural tirar um exercício desses do seu treino.
  9. Gostei
    greco-romano deu reputação a hellgod em Quem Vai Ser O Próximo A Bater O Recorde De Supino Raw?   
    Realmente não sei detalhes mas vou pesquisar, estou com pouco tempo agora.
    Mas já vou adiantar que a maioria dos grandes supinadores equipados treina west side e metal militia, com muitos treinos dinâmicos e esforços máximos com periodização visando uma competição especial. Também usam muitos elásticos, tanto para melhorar a saída como encaixe (lock out) - variando os elásticos para preso embaixo do banco ou em cima do power rack, treinos com boards de variados tamanhos, treino de lock out em si, treino com correntes, supinos no chão, supinos fechados e declinados, e bastante foco em dorsal, ombro e trapézio também para estabilizar. Também muito treino para melhorar o arco com rolos ou outro objeto na lombar.
    Já os supinadores raw treinam um pouco diferente, o Eric Spoto mesmo pelos vídeos aparenta quase que um treino 'normal' só que com muita carga, a única coisa diferente que vi usando foi slingshot, que é uma banda elástica que une os dois cotovelos, e com uma ele fez duas repetições com 347kg (absurdo).
  10. Gostei
    greco-romano deu reputação a Aless em Box Squatting - Louie Simmons   
    Box Squatting (agachamento na caixa)
    Por: Louie Simmons

    Agachamento na caixa é a forma mais efetiva de produzir um agachamento de primeira. Isto é, na minha opinião, a forma mais segura de agachar porque você não usa tanto peso quanto você normalmente usaria em um agachamento tradicional.
    Deixe-me dizer primeiro que, não, você não vai machucar a sua espinha, você não usa 500Kg em uma caixa de 25 polegadas de altura, você não cai na caixa, você não apenas encosta e levanta, e não há nenhuma necessidade de fazer agachamentos tradicionais antes de uma competição. Você não usa bandas nos joelhos ou straps.
    Fazendo séries de 2 repetições e pelo menos 8 séries com períodos de descanso curtos, você vai conseguir um carry over (transferência) de mais ou menos 90Kg para o agachamento normal. Dois dos nossos levantadores terminaram um ciclo antes de uma competição com 8 séries de 2 repetições de 505 libras (230Kg) em uma caixa levemente abaixo do paralelo, e ambos agacharam com 700 libras (318Kg) para conseguir um PR (personal record). Ambos melhoraram muito.
    Há muitas vantagens em agachar na caixa. Uma das mais importantes é a recuperação. Você pode treinar mais regularmente agachando na caixa do que com agachamentos normais. O pessoal original do Westside (Culver City, CA) faziam isso três vezes por semana, o que eu acho ser um pouco extremo, mas eles solidificaram esse tipo de treinamento. Nós usamos ele para o nosso treino das sextas e às vezes nas segundas para construir força no quadril e lombar para o levantamento terra. O time de basquete de Utah (Utah Jazz) ele utiliza ele pela mesma razão: recuperação. Greg Shepherd, o treinador local, é um ex-membro da academia de Culver City.
    A segunda razão é igualmente importante. É normalmente dito e aceito que você deve manter as canelas perpendiculars com o chão quando estiver agachando. Com o agachamento na caixa, você pode passar desse ponto (isso é, uma linha imaginária dos tornozelos até os joelhos e apontando para o corpo), o que coloca todo o estresse nos principais músculos do agachamento – quadril, glúteos, lombar e isquios. Isso é uma vantage gigantesca.
    Terceiro, você não precisa perguntar para ninguém se está paralelo. Quando você estabelecer uma altura abaixo do paralelo, todos os seus agachamentos vão ser assim – abaixo do paralelo. Eu já vi isso diversas vezes: quando as cargas aumentam, os agachamentos ficam mais altos. Isso não acontece com a caixa.
    Se o seu quadril é fraco, use uma caixa abaixo do paralelo com as pernas bem abertas. Se você precisa de força na lombar, use uma abertura menor, abaixo do paralelo. Se os seus quadríceps são fracos, trabalhe com uma caixa na altura do paralelo. Se você tem um ponto fraco (sticking point) 5 cm acima do paralelo, como é comum, então trabalhe com uma caixa 5 cm acima do paralelo. Todos os nossos atletas experientes usam caixas abaixo do paralelo. Isso aumenta tanto a força na saída da parte mais profunda do agachamento que não há alturas limitantes (sticking point).
    Como um bônus, o agachamento na caixa vai ajudar no levantamento terra também já que ele trabalha quadril e lombar. A sua habilidade de explodir do chão vai aumentar consideravelmente. Um dos nossos levantadores, Jerry Obradovich, aumentou 50 libras (23Kg) no seu levantamento terra em três meses apenas fazendo agachamentos na caixa naquele período, indo de 672 libras (305Kg) para 722 libras (328Kg) no torneio APF Junior Nationals de 1994.
    Agora, como que você agacha em uma caixa? Eles são feitos da forma normal. Encha o seu abdomen com ar, empurre o seu cinto. Empurre os joelhos para fora o mais longe possível para os lados com uma lombar levemente arqueada, agache para trás, não para baixo, até você chegar na caixa. Todos os músculos são mantidos tensionados enquanto estiver na caixa, com exceção dos flexores do quadril. Liberando e contraindo os flexores do quadril e arqueando as costas, você vai pular da caixa, construindo uma força de saída tremenda. Lembre-se de sentar para trás e para baixo, não apenas para baixo. Os isquios vão estar sendo fortalecidos ao máximo, o que é essencial. Muitos não sabem disso, mas os isquios são extensores do quadril. Atletas com grandes marcas no agachamento têm quadriceps grandes, outros não, mas todos eles têm ísquios grandes onde eles se ligam com os glúteos. Lembre-se de sentar na caixa completamente e flexionar para sair.
    Agora, como saber o quanto você consegue agachar se você faz apenas agachamentos na caixa todo o tempo? Bem, vamos dizer que você agache com 600 libras (272Kg) em uma competição e então decidiu usar agachamento na caixa. Vamos dizer que você consiga agachar com 550 libras (250Kg) em uma caixa à paralela, isso significa 50 libras de carry-over (transferência). Agora você está apenas treinando com agachamentos na caixa em um ciclo de 4 a 6 semanas. Você alcança 575 libras (261Kg), um aumento de 25 libras (11Kg). Isso vai ser transferido para o seu melhor agachamento de 600 libras. Então você pode esperar conseguir 625 libras (284Kg) na próxima competição.
    Eu recomendo que você treine com 65-82% da sua melhor marca para a mesma altura na caixa. Troque a altura da caixa a cada 3-4 semanas. Não baseie a altura do treinamento no seu recorde para o agachamento normal! Agachamentos na caixa são muito mais difíceis que os normais! Faça 8-12 séries de 2 repetições com 1 minuto de descanso. Isso é um treino difícil! Na semana que você alcançar 82%, reduza para 6 séries. Não treine com mais de 82%. Você pode testar o máximo (PR) depois de treinar com 82%. Se você vai para uma competição, use a carga 2 semanas antes. Na semana antes da competição use 70% para 6-8 séries.
    Esse tipo de agachamento é difícil, mas cada repetição não deveria ser difícil. Não fique empolgado para fazer as suas series. Nós descobrimos que 2 repetições é o ideal porque qualquer repetição a mais pode causar tendinite bicipital e se você fizer 12 séries, você está fazendo 12 ‘primeiras repetições’. Afinal, a primeira repetição é a mais importante. Esta vai fazer o seu agachamento de competição muito melhor. Nossos levantadores mais talentosos vão fazer o melhor na primeira repetição e então se cansar na segunda repetição, enquanto aqueles que têm menos experiência vão fazer o melhor na segunda repetição porque eles usam a primeira repetição como ferramenta (para mostrar ao corpo onde está a caixa). Quando eles ficam mais experientes, a primeira repetição passa a ser a melhor.
    Eu sei que agachamento na caixa não é comum, principalmente porque ninguém sabe como fazer. Depois de ler isso e olhar o meu video agachando você vai entender todos os benefícios. Muitos grandes levantadores têm feito isso, incluindo Marv Phillips, Larry Kidney, Roger Estep, Matt Dimel, e é claro George Fern, que agachou com 853 libras (387Kg) em 1970. Se agachamentos na caixa não funcionassem, nós não o usaríamos. Nós temos 20 levantadores que agacham mais de 700 libras (318Kg) em um campeonato.

    Nota: ‘campeonato’ seria o mesmo que ‘meet’, que eu acho que eles se encontram para mostrar os resultados. Alguém que conhece bem o esquema WSB pode me corrigir.

    Apenas um vídeo que eu peguei da EliteFTS


    Original: link

    Tradução: Aless
    Revisão: mpcosta82
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  11. Gostei
    greco-romano recebeu reputação de Gabriel Acunha em Quero Parar De Ganhar Massa Muscular, Mas Continuar Malhando..   
    Monte uma dieta com calorias de manutenção. Se você gasta 3000 kcal por dia, consuma somente 3000 kcal.

    Seu organismo não terá combustível pra criar novos músculos.

    Tu acha que um levantador olímpico faz o quê pra permanecer numa categoria de peso? Deixa de progredir carga? heheheh


    Abraço
  12. Gostei
    greco-romano deu reputação a Luís Guilherme.m em Agachamento Completo!   
    O agachamento é um dos exercícios mais completos que podem ser realizados dentro das academias, pois envolve um elevado número de articulações e músculos, consistindo em um excelente meio de fortalecer os músculos da coxa, do quadril e outros inúmeros coadjuvantes que atuam na realização do movimento. Estes e outros fatores levam treinadores e atletas do mundo todo a se referirem a ele como o "rei dos exercícios".

    Além disso, é um exercício extremamente funcional, pois usamos esse tipo de movimento constantemente em nossas atividades diárias como, por exemplo, sentar e levantar de uma cadeira ou pegar um objeto no chão. Mesmo assim ainda há quem o proíba ou restrinja seu uso sem uma explicação plausível, principalmente limitando sua amplitude em 90° de flexão dos joelhos.

    Jamais devemos esquecer que nossas estruturas musculares e articulares adaptam-se de forma extremamente específica aos movimentos, por exemplo, uma pessoa que usa movimentos muito curtos pode se lesionar em um movimento cotidiano pelo simples fato de não treinar um determinado ângulo de movimento necessário nesta atividade do dia a dia. Neste sentido a limitação da amplitude do agachamento, além de reduzir a eficiência do exercício, pode reduzir a funcionalidade de uma pessoa em seus movimentos cotidianos como, por exemplo, pegar um objeto pesado no chão.

    Este artigo trata do verdadeiro agachamento que muitos chamam de agachamento profundo.

    Joelho

    Historicamente, a tentativa de condenar agachamentos foi iniciada com um estudo militar dos anos 60, o qual sugeriu danos as estruturas articulares devido a realização deste exercício. Porém o estudo tinha pára-quedistas em sua amostra, uma população exposta a lesões nos joelhos devido à suas atividades diárias, o que não foi levado em consideração.

    Segundo alguns conceitos, o agachamento profundo é perigoso porque ao flexionar o joelho em ângulos maiores que 90° aumenta-se perigosamente a tensão na patela, de modo que este movimento deveria ser banido. A maioria dos "especialistas", porém, analisam o agachamento pensando somente no quadríceps e se esquecem que na fase profunda do agachamento os músculos posteriores da coxa são fortemente ativados ajudando a neutralizar a temida tensão exercida na patela.

    Já foi afirmado em alguns estudos, que as estimativas de valores altos da "tensão" em ligamentos e ossos verificados nos agachamentos, eram devidos aos modelos biomecânicos que foram utilizados, desta forma deve-se analisar com cautela todas as pesquisas anteriores a 1998 sobre o tema (ESCAMILA, 1998). Um estudo feito por ISEAR et al em 1997 concluiu que durante o agachamento, os isquiotibiais produzem uma força de vetor direcionado para trás, compensando a atuação do quadríceps, em um processo denominado co-contração, que contribui para estabilizar os joelhos durante o movimento.

    Estudos de curto e longo prazo não verificaram frouxidões, instabilidades ou lesões nos joelhos após a realização de um treino de agachamentos (NEITZE et al, 2000; MEYERS, 1971; PANARIELLO et al, 1994). Já em 1971, MEYERS conduziu um estudo de 8 semanas, evolvendo agachamentos profundos e paralelos em diferentes velocidades e verificaram que nenhuma das variações afeta a estabilidade dos joelhos. Outro estudo foi realizado por PANARIELLO et al em 1994, onde foram analisados os efeitos de um treino de agachamentos na estabilidade dos joelhos de jogadores de futebol americano. Ao final de 21 semanas, não foi detectado nenhum prejuízo na estabilidade dos joelhos. É importante ressaltar que levantadores de peso, tanto olímpicos quanto basistas, realizam agachamentos com amplitude completa e sobrecargas elevadíssimas e possuem os joelhos mais estáveis que a grande maioria dos indivíduos (CHANDLER et al 1989).

    Em 1961, KLEIN publicou um estudo onde se afirma que o agachamento profundo afetaria negativamente a estabilidade dos joelhos. Para chegar a esta conclusão o autor analisou diferentes grupos de atletas e depois procurou dar suporte às suas conclusões através de análises cadavéricas, segundo o autor os ligamentos colaterais ficam expostos a tensão excessiva durante o agachamento profundo, além de ocorrer uma rotação natural do fêmur sobre a tíbia que poderia causar compressão dos meniscos, fato que também é usado por RASCH para condenar o agachamento profundo. Porém a significância destes fatos e nem sua ocorrência foram verificadas in vivo.

    Dentre os fatores analisados na articulação do joelho podemos ressaltar o ligamento cruzado anterior, ligamento cruzado posterior, a patela e as forças compressivas.

    Ligamento cruzado anterior

    Em pesquisa realizada por YACK et al (1993) concluiu-se que o agachamento minimiza a tendência de deslocamento anterior da tíbia, sendo mais indicado, em comparação com a mesa extensora diante de lesões no ligamento cruzado anterior. Diversos autores também corroboram com essa afirmação, é o caso de um estudo feito por MORE et al (1993) onde se conclui que os isquiostibiais atuam sinergisticamente com o ligamento cruzado anterior na estabilização anterior do joelho durante a realização do agachamento, o que leva os autores a considerarem esse exercício útil na reabilitação de lesões no ligamento cruzado anterior. De acordo com ESCAMILLA (2001) o agachamento produz menor tensão nesta estrutura que atividades consideradas seguras, como a caminhada .

    Durante o agachamento, a tensão no ligamento cruzado anterior só é significativa entre 0 e 60° de flexão, sendo que seu pico mal atinge ¼ da capacidade deste ligamento resistir a tensão (+/- 2000 N), mesmo com cargas superiores a 200 quilos (NISSEL & EKHOLM, 1986).

    Ligamento cruzado posterior

    Em um estudo feito por MACLEAN et al em 1999, foram analisados dois grupos: um composto por indivíduos sedentários saudáveis e outro por atletas lesionados no ligamento cruzado posterior. O objetivo era verificar se um treino de agachamento era eficaz na melhora da função, ganho de força e sintomatologia (no caso dos indivíduos com lesão). Depois de 12 semanas, observou-se aumento de funcionalidade no grupo lesionado, concluindo que o treinamento de agachamento é viável para reabilitar insuficiências crônicas do ligamento cruzado posterior.

    Dificilmente será imposta ao ligamento cruzado posterior uma tensão maior que sua capacidade, tendo em vista que mesmo ao realizarmos agachamentos profundos com mais de 380 quilos, não se chega nem a 50% de sua capacidade de suportar tensão (RACE & AMIS, 1994).

    Patela
    Em 2000 WITVROUW et al compararam a eficiência dos exercícios de cadeia cinética fechada (agachamento) com os de cadeia cinética aberta (extensora de perna) no tratamento de dores patelofemorais. De acordo com os dados, apesar de ambos os protocolos serem eficientes, os melhores resultados foram proporcionados pelos exercícios de cadeia cinética fechada.

    A tração do tendão patelar chega a 6000 em 130° de flexão de joelhos com um agachamento de 250 quilos (NISSEL & EKHOLM, 1986) cerca de 50% do valor máximo estimado para esta estrutura, que varia de 10000 a 15000 N (ESCAMILLA 2001).

    Forças compressivas

    As forças compressivas chegam próximas a 8000 N durante o agachamento com cargas elevadas (250 a 382,50 kg), sendo praticamente a mesma nos ângulos entre 60 a 130 de flexão de joelhos (NISSEL & EKHOLM, 1986), porém ainda não foi estudado um valor limite para as estruturas resistirem a forças compressivas. Deve-se lembrar, no entanto, que da mesma forma que a compressão excessiva pode ser lesiva para meniscos e cartilagens, elas tem um papel importante na estabilidade dos joelhos (NISSEL & ELKHOLM, 1986; MARKOLF et al, 1981; SHOEMAKER & MARKOLF, 1985; YACK et al, 1994.

    ZHENG et al, 1998 verificou um pico de força compressiva patelofemoral no agachamento de cerca de 3134 N, no leg press, 3155 N e na extensão 3285 N, não havendo diferença estatística entre os exercícios. Os autores alertaram que estudos anteriores superestimavam as forças compressivas patelofemorais por não levar em conta a co-ativação dos antagonistas e a curva de comprimento-tensão.

    Conclusões

    1. As forças tensionais e compressivas desse tipo de exercício estão totalmente dentro de nossas capacidades fisiológicas e articulares. Se durante os treinos forem respeitados os fundamentos científicos que norteiam o treinamento de força com ênfase na técnica perfeita de execução, com certeza as estruturas ósseas e articulares estarão sendo preparadas para isso.

    2. Não podemos generalizar e deixar que todos os indivíduos realizem a prática indiscriminada de agachamentos. Em casos de lesões o ideal é fazer um tratamento onde, profissionais de ortopedia e educação física trabalhem juntos analisando cada caso.

    1.. Para realizarmos o movimento completo (agachar mais profundo), é inevitável que se use uma menor quantidade de peso (sobrecarga absoluta), sendo assim, por mais que haja maior tensão em estruturas do joelho e coluna para a mesma carga, deve perguntar até que ponto isto é significativo em relação a sobrecarga utilizada e, principalmente, em relação ao trabalho da musculatura da coxa e quadril? Deve-se ter em mente que quando se agacha com amplitude limitada se usa cargas bem mais altas, o que pode levar a um aumento ainda maior das forças tensionais e compressivas.
    2.. A amplitude do agachamento é muito importante, pois conforme se aumenta a flexão do joelho ("profundidade") aumentam-se as ações musculares. O que não pode acontecer, é o individuo durante a fase excêntrica (principalmente quando o ângulo começa a ficar menor que 90 graus) deixe o movimento "despencar", pois desta forma as tensões que deveriam estar sobre a musculatura, irão se incidir nas estruturas articulares do joelho (ESCAMILA et al, 2001).
    3.. Parece que ângulo de 90 graus, sugerido por diversos autores e treinadores, foi criado pela imaginação destas pessoas, uma vez que grande parte dos estudos e recomendações limitando o movimento se referem ao "agachamento paralelo", realizado até que as coxas fiquem paralelas ao solo, o que gera amplitudes maiores que 90 graus de flexão dos joelhos. Portanto, não se fixe a este ângulo!
    4.. Pesquisas mostrando aumento no torque, tensão e força eles não significam que este exercício necessariamente se torna perigoso ao joelho. Mas sim que esses parâmetros aumentaram, e só. As análises feitas, com agachamentos profundos, pelo que consta não mostraram nenhum prejuízo para o joelho. As lesões geralmente são causadas pela combinação de 3 variáveis: excesso de peso, overtraining e técnica inapropriada. Com treinos progressivo e inteligente os agachamentos profundos certamente são seguros e eficientes.

    REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    CHANDLER TJ, WILSON GD, STONE MH The effect of the squat exercise on knee stability. Med Sci Sports Exerc 1989 Jun;21(3):299-303

    ESCAMILLA RF, FLEISIG GS, ZHENG N, BARRENTINE SW, WILK KE, ANDREWS JR Biomechanics of the knee during closed kinetic chain and open kinetic chain exercises. Med Sci Sports Exerc 1998 Apr;30(4):556-69

    ESCAMILLA RF. Knee biomechanics of the dynamic squat exercise Med Sci Sports Exerc 2001 Jan; 33(1):127-41

    SEAR JA, ERICKSON JC, WORRELL TW. EMG analysis of lower extremity muscle recruitment patterns during an unloaded squat. Med Sci Sports Exerc 1997Apr;29(4):532-9

    KLEIN KK. The deep squat exercise as utilizaed in weight training for athletes and its effectos on the ligaments of the knee. JAPMR 15(1):6-11, 1961.

    MACLEAN CL, TAUNTON JE, CLEMENT DB, REGAN WD, STANISH WD. Eccentric kinetic chain exercise as a conservative means of functionally rehabilitating chronic isolated insufficiency of the posterior cruciate ligament. Clin J Sport Med 1999 Jul;9(3):142-50

    MARKOLF KL, BARGAR WL, SHOEMAKER SC, AMSTURZ HC. The role of joint load in knee stability. J bone Joint Surg 63:570-585, 1981.

    MEYERS EJ. Effect of selected exercise variables on ligament stability o fthe knee Res Q 49:411-422, 1971

    MORE RC, KARRAS B, NEIMAN R, FRITSCHY D, WOO S & DANIEL D Hamstrings-an anterior cruciate ligament protagonist. An in vitro study. Am J Sports Med 1993 Mar-Apr; 21(2): 231-7

    NEITZEL, J.A., & DAVIES, G.J. The Benefits and Controversy of the Parallel Squat in Strength Traing and Rehabilitation. "Strength and Conditioning Journal". Vol 22(3):30-37,2000

    NISSEL R, & EKHOLM J. Joint load during the paralel squat in powerlifting and force analysis of in vivo bilateral quadríceps tendon rupture. Scand J Sports Sci, 8(2):63-70, 1986.

    PANARIELLO RA, BACKUS SI, PARKER JW. The effect of the squat exercise on anterior-posterior knee translation in professional football players. Am J Sports Med 1994 Nov-Dec;22(6):768-73 Sports Medicine, Performance, and Research Center, Hospital for Special Surgery, New York, NY 10021

    RACE A & AMIS AA. The mechanical properties of the two bundles of the human posterior cruciate ligament. J Biomech 27:13-24, 1994.

    RASCH PJ Cinesiologia e Anatomia Aplicada. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan 1989

    SHOEMAKER SC & MARKOLF KL. Effects of joint load on the sriffness and laxity of ligamen-deficient knees: an in vitro study of the anterior cruciate and medial collateral ligaments. J Bone Jont Surg 67:136-146, 1985.

    WITVROUW E, LYSENS R, BELLEMANS J, PEERS K, VANDERSTRAETEN G. Open Versus Closed Kinetic Chain Exercises for Patellofemoral Pain. A Prospective Randomized Study American Journal of sports and Medicine Volume 28, Number 5, September/October 2000

    YACK HJ, COLLINS CE, WHIELDON TJ. Comparison of closed and open kinetic chain exercise in the anterior cruciate ligament-deficient knee. Am J Sports Med 1993 Jan-Feb;21(1):49-54

    YACK HJ, WASHCO LA, WHIELDON T. Compressive forces as a limiting factor of antgerior tibial translation in the ACL-deficient knee. Clin J Sports Med 4:233-239, 1994.

    ZHENG N, FLEISIG GS, ESCAMILLA RF, BARRENTINE SW. An analytical model of the knee for estimation of internal forces during exercise. Journal of Biomechanics 31 (1998) 963-967
  13. Gostei
    greco-romano deu reputação a agaboy em Bodyweight Training - Links, Discussão   
    Links de ótimos tópicos do fórum envolvendo o treino com o peso corporal:
    Integrando Treinamento Com Peso Corporal E Barras - Por: cclm
    Condicionamento Físico Para Atletas - Por: cclm
    Crossfit Wod’S - Por: Gaspar
    Listão De Exercícios Usando O Peso Do Corpo - Por: aGaBoY
    Iniciando no Bodyweight Training 2.0 - Por: aGaBoY
    Tradução: Calistênicos 4 pontos cruciais resolvidos - Por: mauricioblaster


    Links para posts interessantes do próprio tópico:
    *dividindo os exercícios em categorias, LINK
    *exemplo de uma possível progressão no front lever, dragon flag, planche, muscle-up, LINK
    *Sobre: Muscle-Up, Handstand, L-Sit, Dragon Flag, Human Flag, Headstand Push-Up,Front Lever, Back Lever, Handstand Push-Up, Planche, Front Lever Pull-Up, Planche Push-Up. LINK
    *Sobre: One Leg Squat (pistols), One Arm Push-Up, One Arm Chin-Up e One Arm Pull-Up. LINK


    ----------------------------------------------
    Mandem mensagem com links que podem ser colocados aqui.
  14. Gostei
    greco-romano deu reputação em Controlando O Volume De Um Treino De Força   
    Por Quisso

    INTRODUÇÃO

    Recentemente vem crescendo no fórum o contexto de treinos de força e funcionais em geral planejados individualmente, e mesmo de modificações de templates já prontos de forma a satisfazerem um objetivo individual.
    Não havendo, porém, um conteúdo específico sobre o controle de algumas variáveis fundamentais no planejamento atlético, decidi fazer rapidamente essa revisão.


    OBJETIVO

    Introduzir o conceito da Tabela de Prilepin e apresentar formas de controlar o volume de treino para intermediários e avançados.


    A TABELA DE PRILEPIN


    A tabela de Prilepin é, basicamente, uma compilação de faixas de intensidade de treino por limiares de repetição por série, das quais se tira ainda um número ótimo e um limiar total de repetições a se executar num treino de modo a se desenvolver de maneira ótima força, explosão, velocidade e forma nos levantamentos. O princípio todo foi com base numa série de estudos em uma população considerável de levantadores olímpicos soviéticos (OLESHKO e LAPUTIN, 1982), e de lá dos anos 1970 pra cá já foi adaptada pra uma série de outros esportes, desde o mais conhecido, o powerlifting, pelo Louie Simmons (não tenho certeza se ele leva o crédito todo), até treinos calistênicos, como publicado no Overcoming Gravity, pelo Steven Low.

    Vou tentar abordar aqui mais o lado do treino com pesos, uma vez que não estudei suficiente a aplicação do método pra treinos calistênicos.



    Essa é a versão do Prilepin, publicada no Managing the Training of Weightlifters e só explicando ela rapidamente então, intensidade refere-se a porcentagem sobre 1RM, o Limiar de Reps (LiR) indica o número de repetições a serem feitas em uma série, o Total de Reps (ToR) é a soma de todas as repetições feitas em todas as séries, obedecendo então a um volume específico já determinado, e Reps Ótimo (ReO) é o volume ótimo dentro de uma determinada faixa de intensidade. As intensidades mais baixas são usadas pra trabalhar velocidade e explosão, e as mais altas pra trabalhar força (LAPUTIN e OLESHKO, 1974).

    Em suma, o que ela significa é que, por exemplo, se você levanta 100kg num determinado levantamento, você vai treinar com 70kg, 3 a 6 repetições, sendo o volume ótimo de treino de 18 repetições (6x3 ou 3x6), podendo fazer no mínimo 12 repetições (4x3, 3x4 ou 2x6) e no máximo 24 (8x3, 6x4 ou 4x6), sendo que volumes abaixo de 12 repetições seriam pouquíssimo estimulantes ao desenvolvimento de qualquer aptidão, e acima de 24 repetições haveria prejuízo em algum dos aspectos ligados ao levantamento e/ou a recuperação do treino (seja diretamente, em função do volume aumentado no levantamento em si, ou indiretamente tanto pelo prejuízo a um dos aspectos do levantamento devido a fadiga, como pela influência no volume geral do treino).

    Outra observação a se fazer é que não são feitas repetições acima de 6. Isso é devido a natureza dos levantamentos, cuja forma tende a decair muito com o aumento do número de repetições (e.g. em função da fadiga) (OLESHKO e LAPUTIN, 1982).

    Uma outra versão ficou popular, até onde eu sei, com a Elite FTS, e que reflete a abordagem da Westside Barbell com relação ao uso de limiares de intensidade abaixo de 70% de RM, nas quais se baseiam os dias de treino dinâmico (Dynamic Effort, DE) e que foram uma adaptação do método original (fundamentado em levantadores olímpicos) ao powerlifting (KONTOS, 2007).



    E também essa tabela passa a trabalhar com ranges de intensidade. Por que isso difere da outra? Aquela dá intensidades específicas. Então se você decidir trabalhar com 75% de RM você acaba ficando entre duas faixas de intensidade, sem saber ao certo qual das duas usar como parâmetro pra definir o número total de repetições a serem feitas.




    Particularmente, prefiro essa representação pra mesma tabela, e não passa disso mesmo, só uma representação diferente.

    Mas ainda tem um problema, a tabela usa números pra apenas um exercício em um treino. Num treino com diretrizes bastante específicas com relação às assistências e que usa da tabela somente pro “exercício central” como são os métodos da Westside Barbell isso pode até funcionar bem. Mas à partir do momento em que você passa a um contexto de treino diferente, como se populariza aqui no fórum os ABs e fullbodies com um enfoque a mais em força, e mesmo qualquer planejamento de treino com enfoque funcional, você tem, por exemplo, o seguinte viés:

    Um treino usando diferentes faixas de intensidade, dadas elas 90%, 75% e 50%. Usando os números ótimos de treino pro mesmo exercício em faixas diferentes, você teria então 24+18+7 levantamentos, ao todo, 49 levantamentos, incluindo um exercício explosivo e um extremamente pesado. Das duas uma, ou não daria pra completar o treino ou ele não daria certo, seja individualmente, seja num mesociclo inteiro.

    HRISTOV (2005) publicou um método sobre como lidar com esse problema e sobre como planejar microciclos de treino de forma a poder planejar melhor os ciclos que se conformam. E é o que sumarizarei à seguir.

    Escore de Número de Levantamentos de Prilepin (Prilepin Number of Lifts Score) (PNLS)


    O PNLS é uma forma de relacionar o número de levantamentos em uma dada faixa de intensidade com os de outra, ambos dentro de um mesmo treino.
    Admite-se para o limite superior de ToR o valor 1, obtendo-se os seguintes dados:



    Portanto, sempre que se fizer o número máximo de levantamentos (segundo a tabela) em uma determinada faixa de intensidade, ter-se-á um PNLS de 1, e calcula-se ele usando-se a seguinte fórmula:
    PNLS=(ToR em uma determinada zona)/(ToR superior)
    Sendo assim, tendo-se em um treino séries 2x6@60% (duas séries de seis repetições à 60% de RM) pra um supino, teríamos 12/30=PNLS, PNLS=0,4. As tabelas dizem pra gente que o PNLS máximo é 1. Então, pra se adequar mais a isso, adicionamos 3x5@75%, tendo então um PNLS de 0,625, e um total pro exercício de 1,025 (0,4+0,625). A maior parte das zonas de intensidade cairão entre 0,7 e 0,8.

    Mas surge então outro problema:
    6x4@72%
    6x4@77%

    Ambas as abordagens terão PNLS de 1, mas a número 2 será mais difícil. Falta, portanto, uma correlação direta entre a intensidade aplicada e o número de levantamentos.

    HRISTOV (2005) fez então uma nova correlação de dados, sendo dessa vez - ainda usando como base os dados da tabela de Prilepin – uma correlação entre o ToR, que passa a ser chamado de NOL (número de levantamentos, Number Of Lifts), pra denotar a característica variável dele:





    Observa-se que somando intensidade e o número superior do total de reps a serem feitas em uma determinada intensidade obtém-se um valor próximo de 100. À partir dessa observação propôs-se a seguinte fórmula, correlacionando diretamente o total de reps feitas (NOL)com a intensidade, chamando-se o índice obtido de INOL:
    INOL (de uma série) = NOL/(100 – Intensidade)
    Se usarmos ela com os exemplos anteriores teremos:
    6x4@72%
    INOL=24/(100-72) = 0,86
    [*]6x4@77%

    INOL=24/(100-77) = 1,04
    [*]Supino (2x6@60% + 3x5@75%)

    INOL = [12/(100-60)]+[15/100(-75)] = 0,3 + 0,6 = 0,9



    A nova formula favorece um maior volume com intensidades menores e menor volumes com maiores intensidades.
    E a diferença entre 5x2@80% e 2x5@80%?
    5x2@80%
    INOL=10/(100-80) = 0.1 + 0.1 + 0.1 + 0.1 + 0.1 = 0,5
    [*]2x5@80%

    INOL=10/(100-80) = 0,25 + 0,25 = 0,5



    Ambos os INOLs são iguais, porém, no primeiro caso, ele tá distribuído em mais séries, ao contrário do segundo que concentra a mesma intensidade em menos séries, o que denota maior dificuldade.

    O índice INOL é calculado pra cada exercício individualmente, então um treino com vários exercícios terão pra cada um um INOL diferente.
    Na avaliação do autor, o INOL semanal pra um determinado exercício (somando os INOLs de todos os treinos da semana pra um exercício) seria o seguinte:






    Em geral treinos com INOL individual de 0,6 a 1 tendem a funcionar melhor pra grande parte das pessoas, e separar o INOL semanal em treinos mais frequentes com INOLs mais baixos também tende a ser mais produtivo.


    CONCLUSÂO

    A criação de índices comuns e formas de mensurar variáveis como a do volume de treino são fundamentais no planejamento de um treino com objetivo de desenvolver aptidões físicas de maneira otimizada.
    Os índices apresentados aqui têm fundamento na tabela de Prilepin e têm como foco a aplicação prática a levantadores experientes, assim como possivelmente a análise subjetiva de demais treinos.

    No aspecto da construção estrutural de atletas (e.g. fisiculturismo) mostra-se cada vez mais importante a observação da consistência de treino e progressão constante, onde índices que equalizem treinos que muitas vezes não são perfeitamente iguais e/ou lineares podem ser de grande ajuda na eliminação de fatores que atrapalhem o desenvolvimento do atleta.


    REFERÊNCIAS

    LAPUTIN, Nikolai P.; OLESHKO, Valentin G. Managing the Training of Weightlifters. Sportivny Press, 1982.
    KONTOS, Tim. Prilepin’s Chart. Articles Elite FTS, 2007. Disponível em: < http://articles.elit...™s-chart/ >. Acesso em: 01 de novembro de 2012.
    HRISTOV, Hristo. How to Design Strength Training Programs using Prilepin's Table, 2005.





    Perguntas frequentes
  15. Gostei
    greco-romano recebeu reputação de Danny Muñoz em Avaliação De Treino - Definição.   
    Pode trocar isolada por concentrada, a única diferença relevante entre os dois é o preço.

    Sobre o treino... Intervalo de 30 segundos é muito pouco pra trabalhar cargas altas. Eu diminuiria o volume de exercícios (tirar um monte desses isoladores aí) e me concentraria na progressão de cargas dos básicos.
  16. Gostei
    greco-romano deu reputação a duduhaluch em Concentração Das Drogas Para Diferentes Esteres (Dudu)   
    Um éster é uma cadeia composta principalmente por átomos de carbono e hidrogênio. Esta cadeia é geralmente ligada ao hormônio esteróide na posição do carbono 17 (orientação beta), embora alguns compostos carregam esteres na posição 3 . Esterificação de um injetável anabólico / androgênico basicamente realiza uma coisa, que retarda a liberação dos esteróides a partir do local da injeção.

    Outra diferença entre os esteres reside sobre o seu peso molecular. Apesar de muito importante, esse fator costuma ser negligenciado pela maioria dos usuários. Como o peso molecular do éster influência diretamente na quantidade de hormônio que será liberada no organismo, o peso do éster deve ser levado em consideração quando a dosagem do ciclo for estabelecida. Dessa forma, quanto maior o éster atrelado ao hormônio, menos hormônio será liberado na corrente sanguínea, necessitando assim de uma maior quantidade de hormõnio esterificado para atingir uma determinada dosagem. Para ilustrar melhor este conceito, vamos tomar como exemplo dois ciclos, sendo um deles com 500mg de propionato de testosterona por semana e outro com 500mg de enantato de testosterona por semana. Nos ciclos citados, ambos estão usando quantidades iguais de testosterona esterificada, dando uma falsa impressão que a quantidade de testosterona administrada é igual nas duas situações. Contudo, no ciclo com propionato de testosterona, o peso molecular do éster corresponde a cerca de 20% da quantidade total administrada na semana, enquanto que no ciclo contendo enantato de testosterona, esta porcentagem sobe para 30%. Desta maneira, o primeiro ciclo conta com algo em torno de 400mg de testosterona por semana. Já o segundo ciclo conta com apenas 350mg de testosterona por semana. Assim, é importante que o usuário ajuste a quantidade de testosterona esterificada a ser administrada de acordo com o peso do éster

    Miligramas abaixo são a quantidade estimada de hormônio ativo por 100mg de hormônio e éster.

    Boldenone base: 100mg
    Acetato de boldenona: 83 mg
    Boldenona Propionato: 80mg
    Boldenona Cipionato: 69 mg
    Boldenone undecilinato: 61 mg

    Clostebol Base: 100mg
    Acetato de clostebol: 84mg
    Clostebol Enantato: 72 mg

    Masteron
    Drostanolona Base: 100mg
    Drostanolona Propionato: 80mg
    Drostanolona Enantato: 71mg

    Primobolan
    Metenolona Base: 100mg
    Acetato de metenolona: 82 mg
    Metenolona Enantato: 71mg

    Nandrolona Base: 100mg
    Nandrolona Cipionato: 69 mg
    Nandrolona Fenilpropionato: 63 mg
    Decanoato de nandrolona: 62 mg
    Nandrolona undecilinato: 60mg
    Nandrolona Laurato: 56mg

    Stenbolona Base: 100mg
    Acetato Stenbolona: ​​84mg

    Base de Testosterona: 100mg
    Acetato de testosterona: 83 mg
    Propionato de testosterona: 80mg
    Isocaproato testosterona: 72 mg
    Enantato de testosterona: 70mg
    Testosterona Cipionato: 69 mg
    Testosterona Fenilpropionato: 66 mg
    Decanoato de testosterona: 62 mg
    Undecanoato de testosterona: 61 mg

    Trembolona Base: 100mg
    Acetato de trembolona: 83 mg
    Trembolona Enantato: 68 mg
    Trembolona Hexahydrobenzyl Carbonato: 65 mg *
    Trembolona cyclohexylmethylcarbonato: 65 mg *


    Os esteres e taxa de liberação são importantes para saber a meia-vida dos esteróides, em caso de fazer o teste antidopping, fazendo shows e para iniciar TPC.
    Também o conhecimento importante para a administração e combinações.

    http://juicedmuscle.com/archive/index.php/t-5133.html

    abraços, DUDU HALUCH
  17. Gostei
    greco-romano deu reputação em [Ws4Sb] Westside For Skinny Bastards - Part1   
    B. UNILATERAL MOVEMENT - 3-4 sets de 8-15 repetições.

    Escolha um destes exercícios:

    * Single leg squats, back leg elevated




    * Barbell step-ups with knee lift




    * Barbell reverse lunges




    * Barbell reverse lunges, front foot elevated




    * Barbell reverse lunges, front foot elevated (with knee lift)




    * Low-pulley split squats, front foot elevated




    * Walking lunges




    * "Speed-skater" squats (1 and a half rep single leg squats)




    * Barbell step-ups




    C. HAMSTRING / POSTERIOR CHAIN MOVEMENT - 3-4 sets de 6-10 repetições.

    Escolha um destes exercícios:

    * Leg curls



    * Glute-ham raises (various resistance, iso-holds, negatives)




    * Romanian deadlifts




    * Seated or standing good mornings




    * Stability ball hamstring lifts



    * Pull-throughs




    * Reverse hypers




    D. GRIP TRAINING - 3 sets cronometrados.

    Escolha um dos exercícios:


    * Thick bar or heavy dumbbell holds




    * Plate pinch gripping




    * Captains of Crush gripper - 3 sets of max reps each hand.




    * Wrist roller




    REPETIÇÃO PARA A PARTE SUPERIOR [sEXTA]

    Eu substitui dias de esforço dinâmico por dias de repetição para a parte superior do corpo. Esta pode ser a maior mudança
    do template Westside tradicional. Eu também achei que fosse uma das chaves para o sucesso para o crescimento muscular em
    meus atletas mais jovens. Simplificando, dias dinâmicos apenas não são tão produtivos para os magrelos fudidos!

    Lembre-se que este programa foi modificado junto para atletas que possuem pouca massa muscular. Bem, o método de repetição
    é uma maneira incrível de obter hipertrofia muscular. Comparado a um músculo menor, uma músculo maior tem uma melhor chance
    de se tornar mais forte. O treino de repetição garantirá uma base para os treinos dinâmicos que virão.

    Eu mesmo substituo dias dinâmicos por dias de repetições para os meus jogadores de futebol da NFL durante as fases iniciais
    do período Off-Season. Isso porque o trabalho de repetição é mehor para preparar as articulações após uma temporada cansativa
    e é uma ótima maneira de recuperar qualquer músculo que foi machucado durante a temporada.

    A. REPETITION LIFT - 3 sets de máximas repetições, descanse 60 segundos entre sets.

    Escolha um dos exercícios:

    * Barbell bench press (max reps on 95lbs., 135lbs., 185lbs. or 225lbs.)




    * Regular push-ups, bar push-ups or suspended chain push-ups




    * Bodyweight dips




    * Dumbbell benches on Swiss ball, flat bench or incline bench




    B. SUPPLEMENTAL LIFT (triceps) - 3-4 sets de 5-10 repetições.

    Escolha um desses exercícios:

    * Dumbbell triceps extensions (flat, incline or decline bench)




    * Dumbbell floor presses




    * Rolling triceps extensions




    * Rope pushdowns




    * Skull crushers (EZ bar or straight bar)




    C. VERTICAL PULLING - 4 sets de 8-12 repetições.

    Escolha um dos exercícios:

    * Lat pulldowns (various bars)




    * Chin-ups or Pull-ups




    D. MEDIAL DELT or TRAP EXERCISE - 3 sets de 10-15 repetições.

    Escolha um dos exercícios:

    * Dumbbell side press (single arm)




    * Dumbbell shoulder press (seated or standing)




    * Lateral raises (dumbbell or cable)




    * Barbell or dumbbell shrugs




    * Bradford presses




    E. ELBOW FLEXION EXERCISE - 3 sets de 8-10 repetições.

    Escolha um dos exercícios:

    * Thick bar curls




    * Preacher curls (EZ bar or straight bar)




    * Regular barbell curls




    * Hammer curls




    * Alternate dumbbell curls (standing or seated incline)





    F - CIRCUITO DE ABDOMINAIS

    Basta escolher uma variedade de exercícios abdominais e executá-los em forma de circuito sem descanso entre os exercícios.

    NOTA: Os atletas que estão se aproximando de sua temporada e quer incorporar corridas / condicionado / trabalho de GPP em
    seu programa pode quebrar a semana da seguinte forma:


    * SEGUNDA-FEIRA (manhã) - Esforço Máximo parte superior do corpo.
    * SEGUNDA-FEIRA (tarde) - Corridas, treinamento condicionado GPP, ou habilidade.
    * TERÇA-FEIRA - OFF ou técnicas de recuperação.
    * QUARTA-FEIRA - Corridas, treinamento condicionado GPP, ou habilidade.
    * QUINTA-FEIRA - Repetição parte superior do corpo.
    * SEXTA-FEIRA - Corridas, treinamento condicionado GPP, ou habilidade.
    * SÁBADO - Esforço máximo parte inferior do corpo.
    * Domingo - OFF ou técnicas de recuperação.

    ATENÇÃO: O Google tradutor é meu camarada

    Abraço

    *********************************

    Outros tópicos relacionados: Meu feedback, 1 ano de StrongLifts com thick bar, O treino perfeito, Sldl vs Rdl vs Dimel, Aquecendo para PR's, Ciclo de treinamento e a progressão simples, Deadlift com estilo, Ajuste sua técnica de pull-up para um supino maior, Condicionamento do homem gordo, Por que Bodybuildings são mais musculosos que Powerlifters, Mulheres - Sejam mais, não menos!, Comentários sobre Dips Pesados, Você é Medíocre? e Acessório vs Suplementar.


  18. Gostei
    greco-romano deu reputação a Aless em O Que Significa Low Bar Squat E High Bar Squat?   
    O que significa Low Bar Squat e High Bar Squat?





    Eu peguei essa imagem de um site de CrossFit, mas na verdade ela vem do Starting Strength do Mark Rippetoe e Lon Kilgore. Lon desenhou essa série de estilos de agachamento para mostrar a diferença entre agachamento frontal, agachamento com barra alta (high bar) e agachamento com a barra baixa (low bar). Em qualquer levantamento com barra onde o levantador encontra-se de pé no chão, a eficiência mecânica é alcançada pela barra tendo uma relação vertical com o meio dos pés. Se ela viaja à frente ou atrás desse ponto, então há uma desvantagem mecânica devido à criação de um momento (braço de alavanca).



    A localização da barra vai mudar a necessidade de posicionamento para manter a relação barra/meio dos pés. O agachamento frontal tem a barra encaixada nos deltoides, então para manter a barra sobre o meio dos pés, o torso deve ser bem vertical. No agachamento com barra alta, a barra vai ser posicionada no trapézio (mas não na sétima vértebra cervical) e o levantador tem uma leve inclinação para frente, mas ainda se mantém quase na vertical para manter a relação com os pés. Ao contrário dessas duas, no agachamento com barra baixa (à direita na imagem acima) a barra é movida para baixo e fica nos deltoides e em cima da espinha da escápula. Nesta posição, o levantador precisa inclinar o torso ainda mais para frente para manter a relação com os pés. Também note que a verticalidade do agachamento muda a posição dos joelhos; quanto mais vertical o agachamento, mais à frente encontram-se os joelhos. Isto é importante para entender o recrutamento muscular.


    O agachamento com barra alta é simplesmente um movimento “vá para baixo, agache”. Em contraste, o agachamento com barra baixa requer muito mais atenção aos detalhes e é mais difícil de praticar corretamente. Ele tem foco em criar um reflexo de estiramento com os ísquios-tibiais na parte inferior e é um movimento “dirigido pelo quadril” para colocar ênfase nos extensores do quadril durante a subida.



    Diferenças no recrutamento muscular



    A posição da barra irá ditar qual mecânica deve ser utilizada para manter o levantamento com eficiência. A mecânica irá definir quais músculos serão utilizados. De forma resumida, agachamento mais vertical utiliza mais quadril e glúteos como músculos primários para o movimento, enquanto a barra baixa utiliza ao máximo a cadeia posterior (particularmente ísquios) para estender o quadril. O agachamento com a barra baixa também fornece um balanço de forças anteriores/posteriores nos joelhos porque a contração dos isquiotibiais puxa para trás os joelhos. Em contraste, o agachamento com barra alta coloca mais estresse na cadeia anterior já que os quadríceps são utilizados primariamente para mover e são anexados às patelas do joelho. Há envolvimento dos quadríceps no agachamento com barra baixa, mas de forma alguma ele se compara com a barra alta. Também há envolvimento dos posteriores de coxa no agachamento com barra alta (veja abaixo), mas não se compara com o agachamento com barra baixa.


    O avanço dos joelhos no agachamento frontal e de barra baixa resulta em um ângulo agudo (menor de 90 graus) nos joelhos. Esse ângulo agudo significa que posteriores de coxa – que atravessam o joelho e articulações do quadril – são contraídos e encurtados. Se os posteriores de coxa estiverem completamente contraídos, então eles não podem contrair-se para ajudar estender o quadril quando se inicia o movimento de subida. Isso quer dizer que em agachamentos de estilo vertical, não há nenhum envolvimento dos posteriores de coxa na parte mais baixa do movimento, e envolvimento limitado na fase ascendente. No entanto, repare na pequena diferença do torso entre o agachamento frontal e de barra alta; a inclinação no agachamento de barra alta beneficia um ângulo que permite alguma tensão nos posteriores de coxa. Na subida, 2/3 da parte alta, pode haver uma assistência dos posteriores de coxa para garantir o ângulo nas costas (da mesma forma que eles agem no low bar e levantamento terra). Isso faz sentido já que a posição pode re-aplicar tensão nos posteriores de coxa uma vez que os joelhos não estejam mais em ângulo agudo. Eu já percebi isso durante o agachamento, mas você pode ver isso nessas séries de Max Aita no California Strength:





    Para esclarecer o envolvimento dos posteriores de coxa durante o agachamento com barra alta: na descida ocorre, os joelhos se flexionam de forma aguda na parte mais baixa do movimento, a subida inicia com zero de tensão nos posteriores de coxa devido à flexão dos joelhos, assim que o ângulo abre eles começam a receber tensão novamente, e então há tensão no resto da subida. Repare que essa tensão não é o que causa o movimento de forma primária devido ao ângulo do torso.


    Por outro lado, o agachamento com barra baixa mantém a tensão durante toda a descida, cria um reflexo de estiramento para impulsionar a contração dos isquiotibiais, então os utiliza para estender o quadril. Durante a subida, os quadríceps estendem os joelhos e ajudam a criar um equilíbrio em torno dos joelhos de forma que o movimento do quadril não jogue o torso para frente (o torso obviamente precisa manter o seu ângulo na parte inferior do movimento). Já que este estilo de agachamento é dependente dos posteriores de coxa, a posição do corpo – especialmente joelhos – é muito mais importante. Se os joelhos avançarem na parte inferior, então a tensão nos isquiostibiais irá ser reduzida e não resultará em nenhum “reflexo para impulsionar”. Discutir outras falhas neste estilo de agachamento está fora do tópico neste post.



    Prós e Contras do agachamento com barra baixa



    É dito que o agachamento com barra baixa “utiliza mais músculos” que outros estilos. Esta afirmação não é muito precisa, pois todos os estilos irão utilizar músculos da coxa e quadril, mas certamente eles o fazem de uma forma diferente. Ele utiliza ao máximo a cadeia posterior; isso faz com que seja muito útil para treinos genéricos de força em atletas e powerlifters. Praticantes de exercícios e atletas precisam ficar o mais forte possível dentro do tempo que eles têm para treinar, então agachar com foco nos posteriores de coxa pode ajudar. A maioria das pessoas e atletas tem a cadeia posterior enfraquecida. Para levantadores raw (sem equipamentos), eles serão capazes de levantar mais peso no final das contas devido à eficiência na utilização de toda a musculatura durante a competição de agachamento. Nos primeiros anos de treinamento, powerlifters vão conseguir o seu melhor utilizando o agachamento com barra baixa.


    O agachamento com barra baixa também pode ajudar iniciantes que ainda são fracos a melhorar a segunda puxada (second pull) dos Levantamentos Olímpicos. Durante a minha progressão linear, eu vi uma relação direta entre os valores do meu agachamento com barra baixa e meus Power snatch e Power clean. Eu também vi isso com outros levantadores e faz sentido; a cadeia posterior é responsável pela rápida extensão do quadril no clean ou snatch. O propósito deste tópico não é discutir programas de Levantamento Olímpico, mas o agachamento com barra baixa não é produtivo para ensinar a técnica correta de recebimento para o snatch ou clean, uma vez que o tronco fica muito mais inclinado no agachamento low-bar do que nas posições de recebimento do clean e snatch. Ele irá treinar os músculos da coxa e quadril de forma diferente, e o agachamento de barra alta se assemelha mais com os movimentos do snatch e clean e, portanto deve ser utilizado regularmente.


    Pessoas normais ou atletas talvez não precisem fazer o full clean ou snatch para melhor a habilidade de desenvolver explosão/força, então o agachamento com barra alta pode não ser necessário para eles. Mas, como sempre, isso depende de cada indivíduo. Não há muitas pessoas que tem uma cadeia posterior dominante, mas se isso existisse, o agachamento com barra alta ajudaria a melhorar e balancear. Note que um levantamento terra pesado não é a representação de uma cadeia posterior forte.

    Um dos problemas do agachamento com barra baixa está na sua dificuldade. Não é fácil fazê-lo com a técnica correta. Isso não quer dizer que ele deva ser evitado, mas algumas pessoas fazem merda coisa errada e seria melhor que esperassem e fossem ensinados a técnica correta. Também, algumas pessoas não tem a flexibilidade necessária nos ombros para colocar a barra na posição correta. Quando eles tentam fazer isso, resulta em dores nos ombros, pulsos e cotovelos. Se os problemas nessas articulações começarem a debilitar o treinamento, as pessoas devem utilizar uma técnica diferente de agachamento até que elas a) aliviem os sintomas da dor e – mais importante – resolvam o problema de mobilidade que está causando a dor.

    Outra vantagem do agachamento com barra baixa é o equilíbrio de forças nos joelhos já que os isquiotibiais estão puxando a tíbia por trás. Pessoas com dores nos joelhos vão preferir o agachamento com barra baixa. Se as dores nos joelhos são provenientes de uma patologia, este talvez seja o estilo preferido de agachamento. Se a pessoa é jovem e saudável e sente os joelhos doerem durante o agachamento, este estilo de agachamento pode reduzir o estresse aplicado na frente dos joelhos e agir como um exercício de transição para outros estilos de agachamento.

    Resumo: O agachamento de barra baixa é bom para treinamentos de força genérica e powerlifting, mas ele é difícil de aprender a técnica correta. Ele pode ter lugar – assim como supino reto – em um iniciante em Levantamentos Olímpicos dependendo das fraquezas do atleta, mas provavelmente não deve ser utilizados nos estágios mais avançados.


    Prós e Contras do agachamento com barra alta



    Enquanto o agachamento com barra baixa utiliza mais a cadeia posterior do que com a barra alta, isso não quer dizer que a barra alta seja sem utilidade. Os isquiotibiais vão crescer com o low bar, mas os quadríceps talvez não alcancem todo o seu potencial. O agachamento com barra alta utiliza o quadríceps e pode ajudar a desenvolver a parte anterior das coxas – em outras palavras, ele ajuda a criar um quadríceps ‘abaulado’. Ele não é limitado à estética, já que ele vai desenvolver força nos quadríceps também. Eu já vi diversos atletas que apenas utilizavam agachamento com barra baixa que tinham deficiências nos quadríceps. Quando eles adicionam o agachamento frontal ou agachamento com barra alta no seu programa, a técnica no agachamento com barra baixa melhora. Mike, por exemplo, utiliza o agachamento com barra alta no treinamento avançado do Texas Method (o que é discutido em detalhes na Parte 2 do Texas Method e-book). Se você tem utilizado apenas o agachamento com barra baixa por pelo menos 1 ano, considere utilizar o agachamento com barra alta para balancear o treinamento.


    O uso crônico do agachamento com barra alta pode negligenciar os isquiotibiais, e é por isso que eu sempre aponto programas de RDLs com agachamento de barra alta. Tenha em mente que o propósito do agachamento com barra baixa é utilizar a cadeia posterior, mas ainda assim existem algumas pessoas que utilizam apenas ele e não tem um bom desenvolvimento da mesma. Agachamento com barra baixa não é uma garantia de isquiotibiais fortes.

    Se a pessoa tem uma patologia nos joelhos, então o agachamento com barra alta talvez forneça uma força anterior muito alta e resulte em dores nos joelhos. Se ele é jovem e não sofreu nenhuma lesão, e sente dores com o agachamento de barra alta, eles devem verificar se não estão praticando o ATG “ass to Grass/ground, bunda no chão”, ( o que não é necessário até que se alcance níveis avançados de Levantamento Olímpico) e permitir que os joelhos se adaptem a duas ou três sessões por semana antes de ter uma frequência maior.

    Agachamentos com barra alta obviamente são ideais para Levantadores Olímpicos já que o agachamento imita a posição de recebimento do snatch e clean. E também, se o atleta tem utilizado o agachamento com barra baixa por muito tempo, ele terá desenvolvido a musculatura para dar suporte à mecânica desses movimentos. Pela barra alta, eles podem criar um balanço na musculatura que irá favorecer os levantamentos. Por exemplo, quando eu comecei com Levantamentos Olímpicos após nove meses com agachamento de barra baixa, eu tive problemas com agachamentos frontais pesados e a posição acima da cabeça no agachamento. Depois de agachar com a barra na frente, minha posição melhorou. Naquele momento, eu não praticava com a barra alta, mas eu o faço hoje em dia e percebo a utilidade nos Levantamentos Olímpicos.

    Se o agachamento com barra baixa é difícil ou lesivo aos ombros, então o faça com a barra alta. O agachamento com barra baixa pode ser mais útil para a maioria das pessoas, mas se ele for debilitante outras formas devem ser usadas. Além disso, a cadeia posterior pode ser treinada propriamente com exercícios assistenciais, mas eles não serão tão efetivos quando o agachamento com barra baixa.

    Resumo: O agachamento com barra alta é superior para Levantamento Olímpico porque ele ensina a técnica correta para “receber” a barra no clean/snatch. Se há problemas com o agachamento de barra baixa, então a barra alta pode ser utilizada para balancear a musculatura ou manter a frequência de agachamentos. No entanto, ele não utiliza o reflexo de estiramento dos isquiotibiais nem ajuda a desenvolver a cadeia posterior.



    Veredito



    Não faz a menor diferença. É sério. Há umas semanas atrás um piá me perguntou quais músculos o exercício de assistência que eu estava fazendo trabalhava, e após explicar de forma resumida, eu terminei com “Mas tudo que você realmente precisa é agachar. Não se preocupe com outras merdas.”

    Se você vai ser um levantador de peso, use a barra baixa. Se você vai competir como Levantador Olímpico, utilize a barra alta. Se você tem deficiências em alguma área, então utilize o agachamento que vai ajudar a melhorar. Se você consegue executar ambos de forma correta e não está treinamento para nenhum esporte específico, então utilize ambos.

    No powerlifting o agachamento com barra alta pode ajudar a melhorar os 2/3 superiores no movimento de subida no agachamento de competição, mas seria apenas utilizado por levantadores experientes. Atletas normais deveriam apenas se preocupar com as suas fraquezas. Se eles têm um bom balanceamento, eles não devem se preocupar com isso e utilizar o agachamento que vai ajudar a alcançar os objetivos. E isso realmente importa: use o levantamento que vai auxiliar a alcançar os objetivos, como desenvolvimento muscular, força ou mecânica.


    Para aprender como agachar com a barra baixa, leia o Starting Strength. Para aprender como agachar com a barra alta, apenas coloque uma barra nas costas e agache. Há utilidade em ambos. Se você está confuso, escolha um e pratique por pelo menos duas semanas.



    Fonte: http://70sbig.com/blog/2012/01/low-bar-vs-high-bar-squatting/


    Tradução: Aless
    Revisâo: mpcosta82
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    Extra:

  19. Gostei
    greco-romano recebeu reputação de Orphee13 em Esteroides Versus Naturais   
    Pesquisa incompleta, ficou faltando o quinto grupo:

    1 - sem exercício e sem AE's
    2 - sem exercício e com AE's
    3 - com exercício e sem AE's
    4 - com exercício e com AE's
    5 - com exercício e sem AE's, mas com açúcar mascavo

    1 - não mudou nada
    2 - ganhou 3 kg de músculo
    3 - ganhou 2 kg de músculo
    4 - ganhou 6 kg de músculo
    5 - ganhou 8 kg de músculo e perdeu 4 kg de gordura
  20. Gostei
    greco-romano deu reputação a Gui312 em [Artigo] Frequência - A Chave Para O Sucesso   
    O Gaspar recentemente deu a ideia de traduzir uns artigos do T Nation e o Rodrigo Souto sugeriu esse.
    Já tem um tópico razoavelmente grande sobre esse assunto, mas acho esse artigo muito bom, ainda mais porque essas ideias são cada vez mais populares aqui no fórum



    Frequência: A Chave para o Sucesso
    por Chad Waterbury


    Eu vou admitir abertamente. Estive extremamente relutante em sentar e escrever esse artigo.
    Por quê? Bem, are razões são várias, mas basicamente se resume a relutância da comunidade do exercício

    Certos valores são considerados sagrados como 34 DDs[1] acima de um abdômen rígido e glúteos de aço (está bem, talvez esses sejam meus valores sagrados). Mas, depois de discutir meu funcionamento interno com Tim "Big Man on Campus" Patterson, ele me convenceu que os demônios da Tasmânia na minha cabeça têm que ser liberados da opressão (ou algo nesse sentido). Sendo assim, eu te convido a informação dada, com uma ressalva: Você tem que possuir uma mente aberta.

    A taxa em que você vai atingir seu melhor físico é diretamente ligada a quantidade de estímulo a que seus músculos são expostos. Na verdade, como a quantidade de estimulo é positivamente ligada ao número de sessões de treinamento, você pode determinar que frequência é o elemento mais importante que determina a sua taxa de desenvolvimento. (Obviamente, outras variáveis como parâmetros também são importantes, mas vamos nos focar em sessões de treinamento).

    Esse raciocínio pode ser, simplificadamente, reduzido ao seguinte exemplo quantitativo.
    Digamos que o atleta[2] X treina cada parte do corpo uma vez a cada cinco dias. Agora, digamos que o atleta Y treina cada parte do corpo uma vez a cada dois dias. Ao final do ano, essa é a diferença em termos de treinamento anual por partes do corpo

    Macrociclo anual
    Atleta X = 73 treinos/parte do corpo
    Atleta Y = 182 treinos/parte do corpo

    Apesar da matemática - e do princípio - por trás desse exemplo serem enganosamente simples, eu sinto que essa observação é muitas vezes é negligenciada e inapreciada.
    De fato, ninguém pode argumentar que um atleta que é exposto a 73 treinos/ano por parte do corpo pode competir com o desenvolvimento de um atleta que treinou a mesma parte do corpo 182 vezes.

    Sem muito exagero, você pode até dizer que o atleta Y pode esperar mais que o dobro de desenvolvimento do que o atleta X.

    O exemplo supracitado leva ao ceticismo óbvio de que 182 treinos por parte do corpo em apenas um ano levariam, sem sombra de dúvidas, ao overtraining. Caramba, talvez até mesmo um regresso de desenvolvimento, certo? Por exemplo, olhe com que frequência corredores de maratona estão expondo seus músculos a estímulos e eles são alguns dos mais magricelas de todos os seres.

    Não tão rápido, Watson! Eu menciono esse exemplo porque ele frequentemente aparece pela internet em brigas de espadas entre os levantadores de peso. Obviamente, sessões de treino com peso - ao contrário de corridas de longa distância - envolvem níveis de intensidade significantemente maiores que atingem unidades motoras em maiores números e com maior profundidade de crescimento. Em adição, bodybuilders entendem e aplicam praticas naturais efetivas para crescimento e recuperação suficientes.

    Eu poderia continuar, mas queria tirar isso do caminho. Voltaremos a esse assunto depois.

    Músculos magnificamente maleáveis

    Por sorte, o sistema muscular esquelético é o mais adaptável de todos os sistemas. Se não fosse, nós teríamos sido extintos muito tento atrás. Ou você pode simplesmente dizer que aqueles que não possuíssem sistemas musculares adaptáveis o suficiente para atingir a demanda de sobrevivência, seriam vitimas do Darwinismo. Mas, se você está cético lendo esse artigo, eu posso assumir que seus ancestrais possuíram músculo esquelético maleável o suficiente.

    Desde que foi cientificamente verificado que nossos músculos são extremamente adaptáveis, veio a questão: O quão adaptáveis são nossos músculos? Esse é uma questão que venho ponderando a anos. Apesar de experimentar muito, e de um grande uso do meu cérebro, eu cheguei a profunda percepção de que nossos músculos são significantemente mais adaptáveis do que nossas atuais psiques humanas estão atualmente dispostas a aceitar. Como eu cheguei a essa percepção? Por simplesmente observar o mundo.

    O propósito da ciência é experimentar com protocolos inovadores que nos ajudem a entender melhor como nosso corpo funciona. Muitas vezes esses protocolos são baseados em observações feitas em outros relevantes, ou não relevantes, experimentos.
    Além disso, experimentos muitas vezes são concebidos de observações que cientistas fizeram no "mundo real".

    Minha frase preferida relativa a ciência é que "ciência é observar o mundo a sua volta". Sendo assim, vamos discutir aqueles que possuem os níveis mais apreciáveis de desenvolvimento muscular.

    Para fazer essa observação mais válida, vou omitir qualquer elite, atleta de nível olímpico que foram criados por dois indivíduos que, miraglosamente, possuem o entrelaçamento genético de deuses gregos. Além disso, vamos deixar essa discussão ainda mais relevante focando em duas partes do corpo que são famosos por serem presos à predisposição genética: panturrilhas e antebraços

    Panturrilhas, Antebraços e Frequência

    Quando eu te pergunto quem são aqueles que possuem o melhor nível de desenvolvimento das panturrilhas, quem vem a mente? Se você foi minha sombra nos últimos dez anos, saberá que algumas das panturrilhas mais impressionantes são as dos jogadores de futebol.

    Agora, deixe-me perguntar isso: Você diria que esses atletas de elite anualmente treinam suas panturrilhas com mais freqüência e por maiores períodos de tempo do que os bodybuilders? Eu aposto que sim! Isso é porque é absolutamente verdade. Jogadores de futebol treinam suas panturrilhas praticamente todos os dias e por grandes períodos de tempo (horas).

    Eu não conheço nenhum bodybuilder - além de Arnold - que dedicou tampo tempo treinando uma única parte do corpo. Ah sim, Arnold! O cara que costumava esconder suas panturrilhas ficando na água quando era fotografado porque seu desenvolvimento inicial das panturrilhas era tão patético; o mesmo cara que depois bombardeou suas panturrilhas com ferocidade; a mesma pessoa que disse que levam 500 horas para construir panturrilhas impressionantes; e o mesmo que mostrou um dos melhores desenvolvimentos de panturrilhas da história



    Mas espera, isso não é relevante já que ele é geneticamente superior, certo? Bom, seu desenvolvimento inicial de panturrilha - diferentemente do seu desenvolvimento inicial de bíceps - com certeza não era superior!

    Que tal o desenvolvimento de antebraços? Mais uma vez, se você esteve no meu pescoço, observou que a maioria dos mecânicos possui níveis de desenvolvimento de antebraços que fariam Popeye correr para as colinas. A mecânica desafia a musculatura dos seus antebraços todos os dias e por horas? Pode apostar que sim! Se você questiona o validamento dessa afirmação, recomendo que você corra para a "garagem das antigas" mais próxima para analisar os antebraços de um mecânico veterano. Só não vá muito perto, porque se ele segurar seu pescoço, você também perceberá que força e tamanho andam juntas!

    Se você não entendeu o que digo, meu ponto é o seguinte: desenvolvimento muscular superior leva tempo pra caramba, portanto, treino sessões de treino mais frequêntes são necessárias para aqueles que procuram um desenvolvimento mais rápido. Eu escolhi o jogador de futebol e o mecânico de propósito para demonstrar meu ponto, já que ambos expõem suas panturrilhas e antebraços a frequência e volume extraordinários.

    A divisão da frequência

    Eu fiquei preso nesse dilema por anos antes da solução obvia - treinar cada parte do corpo todos os dias por horas - não é nem efetiva nem possível para a maioria. Quando consideramos jogadores de futebol e mecânicos, precisamos entender que nenhum deles expõem suas musculaturas a níveis exaustivos em alta intensidade. Se eles o fizessem, não seriam capazes de manter o nível de atividade necessário. Também precisamos entender que eles construíram a capacidade de resistir a frequências de "treino" tão altas

    Com referência a adaptabilidade dos músculos, eu realmente acredito que nós podemos aumentar significantemente a taxa com que nossos músculos se recuperam do treino. Como? Expondo nossos músculos a frequência de treino maiores, para começar.

    Mas precisamos ser cuidados para não exagerar nos estímulos nessa área complicada.
    Todos nós possuímos taxas diferentes de desenvolvimento para qualquer parte do corpo. Em adição, nossas taxas de recuperação mudam constantemente baseadas na quantidade de descanso, nutrientes e fluxo de sangue em qualquer período de tempo. Sem revelar meus textos futuros, e sem dar alguns dos conselhos inovadores que vão aparecer no meu elusivo livro, vou me focar na dor e na fadiga.

    Aprimorando a recuperação através da necessidade

    Se você quer melhorar sua taxa de recuperação muscular, você precisa treinar através da dor enquanto a minimiza. Quando me consulto (isto é, bebo cerveja) com meus amigos jogadores de futebol e giradores de porcas, muitas vezes os pergunto do que acharam da exposição inicial a suas profissões. Especificamente, quero saber como seus músculos se sentiram durante os primeiros meses.

    Ambos responderam, enfaticamente, "eles doíam muito, o tempo todo!". Em outras palavras, eu quero que você aprenda a treinar através da dor. Enquanto alguma dor é inevitável, precisamos entender que é um sinal de esforço, força, tensão, fadiga e uma falta básica de recuperação (ou assim parece). Mas uma coisa é certa, se você não forçar seus músculos a desenvolverem taxas maiores de recuperação treinando mesmo com dor, eles nunca terão uma razão para fazer isso. Você tem que providenciar a demanda para que seus músculos se adaptem conformemente!

    Há muitos modos de aprimorar a recuperação, mas inicialmente eu recomendarei duas, que eu acho as mais efetivas: massagens geladas e sessões de recuperação ativas.
    Massagens geladas é um modo efetivo de minimizar a dor e melhorara recuperação. Eu sugiro que você pegue o Cryocup[3], já que ele deixa a vida muito mais fácil. Ou você pode simplesmente usar dois pequenos copos de papel cheios de gelo. Em qualquer um dos casos, você usará um Cryocup ou um papel de copo inteiro em cada músculos.

    Charles Staley tocou nesse assunto em seus artigos, mas eu vou dar uma rápida recapitulada.

    - Use longas e profundas "pancadas" que percorram todo seu músculo

    - Use um copo inteiro em cada lado do corpo

    - Faça a massagem gelada algumas horas antes de seu treinamento

    O outro método que funciona excepcionalmente bem para recuperação é uma sessão de recuperação ativa. Eu falo sobre isso em meu artigo 100 Reps to Bigger Muscles. Basicamente, você vai escolher um exercício para o músculo que você está tentando melhorar. Utilize uma carga extremamente baixa (20-25% da 1RM) e faça 50 repetições 2x por dia, ou 25 repetições 4x por dia (igualmente espaçadas em ambos os casos) em dias sem treinamento para aquele músculo em particular.

    Portanto, se você começa a treinar sua parte do corpo que está ficando para trás dia sim, dia não, você irá fazer a sessão de recuperação ativa entre os dias. Por exemplo, digamos que você está tentando melhorar o desenvolvimento do seu peito e fez 5x5 para o supino na segunda feira.

    No dia seguinte, você fará 100 repetições de supino com halteres com os parâmetros mencionados acima. Essa sessão de recuperação ativa vai enviar a corrente sanguínea e nutrientes para a musculatura fadigada e vai expor seus músculos a uma frequência de treino maior sem excesso.

    O futuro da metodologia Waterbury

    Você provavelmente está se perguntando porque eu não escrevo nenhum parâmetro específico baseado no problema da frequência aumentada. Há algumas razões. Primeiro, esse artigo essa apenas para ser um vislumbre dos meus textos "ainda a virem"

    Mas vou te falar o seguinte: se você quer incorporar imediatamente essa informação no seu regime de treinamento, sugiro que você foque em uma ou duas partes que estão ficando para trás. Não aplique essas informações no seu corpo todo ou você está estará overtrained

    Lembra-se do meu exemplo de jogadores de futebol e mecânicos? Tem que se entender que eles apenas expõem certos músculos à alta frequência de treinamento, não seus corpos todos.

    Enquanto é certamente possível (na minha humilde opinião) construir sua capacidade de trabalho ao ponto em que você consegue treinar seus músculos primários em 6-12 sessões/semana, não é uma coisa fácil. Estou calmamente construindo minha pilha de informação para que eu não bombardeie a comunidade de procura de músculos com muita informação, muito rápido.

    Tendo isso dito, aqui está um exemplo do que você deve ambicionar para melhorar sua taxa de recuperação e seu desenvolvimento muscular.

    1. Comece treinando os músculos fracos a cada 48h
    2. Não treine até a falha em nenhuma série
    3. Minimize a porção excêntrica (abaixe, sob controle, em um segundo ou menos).
    4. Use parâmetros diferentes para cada treino através da semana. Isso é imperativo. Quanto mais variações e séries, repetições e carga, melhor
    5. Use exercícios diferentes para cada treino através da semana. Quanto maior a variação de exercícios, melhor. Mas apenas mudar sua postura, posição das mãos, ou trocar a barra por halteres normalmente é suficiente.
    6. Faça sessões ativas de recuperação e a massagem gelada

    Eu te encorajo a ponderar as informações nesse artigo e aplicar o seis passos para um ou dois grupos musculares fracos. Enquanto isso, eu estarei trabalhando no meu livro e trabalhando em futuros artigos que te ajudarão a acelerar sua construção de músculos a níveis que nossas estreitas mentes simplesmente não aceitam. Bem, atualmente longe!

    Notas:
    [1] Aqui ele se refere ao tamanho do sutiã.
    [2] Atleta aqui significa aquele que pratica levantamentos de peso, não necessariamente um profissional de alto nível. A palavra no artigo usado original é trainee.
    [3] É uma ferramenta de massagem gelada

    Texto original em http://www.t-nation...._to_success&cr=

    Me avisem se houverem erros de tradução
    Não consegui colocar na área de artigos, então coloquei aqui mesmo, qualquer coisa mandem ele para lá
  21. Gostei
    greco-romano deu reputação em Programa Mitos E Verdades Com F. Sardinha   
    Afinal de contas eu ganho muito dinheiro com o que eu faço.

    Afinal de contas os meus patrocinadores que vendem whey e dextrose querem que eu diga pras pessoas que elas podem, tranquilamente, substituir o whey deles por alguns ovos, talvez frango, carne ou PTS ao longo do dia, sem se preocupar com a janela de oportunidade ou com o pico de insulina depois do treino, porque o resultado vai ser igual.

    Afinal de contas a revista que me patrocina, e que publica minhas fotos e eventualmente a publicidade de alguma caridosa indústria de suplementos que disponibiliza a melhor cianocobalamina e o melhor ZMA do mercado a um custo baixíssimo quer que eu diga, e me paga pra dizer, que cianocobalamina é uma substância de baixa qualidade, que ZMA é jogar dinheiro fora e que 1) não precisa comer antes de dormir porque não cataboliza e que 2) se comer não precisa ser nem clara nem gema de ovo, muito menos comer algo com azeite, muitíssimo menos comprar a mais cara das caseínas, por motivos que eu discorro maravilhosamente bem.

    Afinal de contas eu ganho dinheiro pra ensinar sobre dinâmica de fluidos corporais e fisiologia básica, já que atrai publicidade eu dizer por aí que sódio não é o vilão que todo mundo pensa, que você pode comprar o leite mais barato sem se preocupar com os conservantes dele, que você pode comer seu nugget caso não tenha dinheiro ou possibilidade de comer outra coisa na casa da sua vó ou da sua na morada.

    Afinal de contas eu ganho muito dinheiro vendendo equipamentos anunciados no site que me patrocina, já que eu digo que cinto não te traz benefício nenhum, só serve pra carryover, e que straps você faz com uma alça de bolsa velha, ou ainda que você não precisa de um foam roller, uma garrafa d'água serve, ou que você não precisa de uma bola pra massagem, que teu cotovelo serve.

    Afinal meu patrocinador, que faz publicidade também de clínicas de fisioterapia, de massagistas, de serviços de osteopatia, RPG, pilates e yoga, me paga não só pra dizer que você não precisa desse tipo de coisa, mas também pra ensinar a como tratar a fisgada na lombar que você teve porque meu amigo Costela-Dedo te ensinou um hip-drive, ou teu estalo no ombro que virou uma dorzinha depois que o supracitado te ensinou a fazer um encolhimento no final de um desenvolvimento. Ou melhor, resolver uma epicondilite lateral que te apareceu depois de um crucifixo que alguém viu que algum peixe indicou porque espremia o peito (depois de ter falhado tantas e tantas vezes nas tantas e tantas séries de outros exercícios antes desse)?

    Afinal de contas eu ganho rios de dinheiro dos meus parceiros nutricionistas, que publicam livros e dão palestras, por não indicar eles e rebater o conteúdo dos livros deles e por falar que a dieta de alguém pode muito bem ser muito mais amigável e barata do que beber shake de aveia com adoçante (ou clight) e whey entre uma refeição de batata doce com frango seco,

    Afinal de contas eu ganho cinco e cinquenta pra cada vez que eu digo pra alguém que IG 1) não é parâmetro pra nada e 2) não é relevante pra ninguém.

    Afinal de contas eu sou grande, forte, falo muito bem, escrevo melhor ainda, vivo da minha imagem e agora vou ser pago pra afirmar todas essas coisas que eu disse anteriormente (melhorando ainda mais a minha imagem perante os meus patrocinadores, amigos e parceiros) na televisão, pra milhares de pessoas me verem e verem como eu sou bem sucedido, e que vai fazer um bem danado pro meu esporte, já que milhares de novos praticantes, com as minhas esplêndidas ideias sobre suplementação pré, peri e pós-treino e pré-sono. e de treino, e de vida e do que for, já que o motivo pra eu ser grande, forte e bem sucedido no meu esporte são, obviamente, essas estratégias, e que seguindo elas todo mundo sairá ganhando, exceto uma minoria de cabeça fraca que depende de comida e convívio social pra se manter lúcido e não aguenta um bom treino hardcore, bem intenso, e a vida de um bodybuilder dedicado.

    É por todos esses motivos que eu, Quisso, tô errado e tô ficando milionário às custas dos iniciantes que se impressionam com a minha intelectualidade, e que outros estão certos por serem "bastante humildes", não interagirem com a comunidade, não aceitarem críticas, não estarem abertos à discussão e por disseminarem a verdade que eu tanto combato.
  22. Gostei
    greco-romano deu reputação em Programa Mitos E Verdades Com F. Sardinha   
    Não é questão de defender algo "diferenciado". É de instigar pensamento crítico. É questão de promover adesão. E de que me adianta promover adesão a uma estratégia que é inferior a que um "fisiculturista old school" usa? Eu taria no mesmo caminho deles: de prejudicar quem me lê. E como eu posso provar que uma estratégia é igual, senão superior, a outra, se pra mim, pessoalmente, não faz diferença nesse aspecto? Uso outras referências anedóticas e estudos científicos.

    Pra mim, pessoalmente, não faz diferença como eu me pareço, quanto eu peso ou o que for - aliás, o mais próximo de aplicar o que eu sei de nutrição em mim mesmo seria me encaixar em uma categoria de peso; o meu conhecimento acadêmico geral eu aplico em mim pra fazer o que todo mundo faz corriqueiramente, que é andar, subir uma escada, sentar e levantar (e levantar alguns pesos, por que não?), e eu faço: eu ando, eu subo escada, não uso bengala, ainda não precisei recorrer a nenhuma cirurgia, e, de quebra, tenho aspirações a competir (em PL).

    Eu não tenho problema nenhum com "old schools" ou com quem não tá a par do básico de nutrição (que é o que IIFYM é, nutrição básica), eu tenho contra quem usa isso pra ganhar dinheiro. Não porque eles tão ganhando dinheiro, mas porque eles tão ganhando dinheiro em detrimento 1) da adesão alheia e 2) do aprimoramento alheio ao afirmar que IIFYM não funciona, que você precisa de whey pós-treino, que você precisa de insulina pós-treino, que você precisa disso daquilo e daquele outro.

    Da mesma forma que tem gente que não tá nem aí pra isso e que não levanta bandeira nenhuma - como falaram, ao contrário de mim, não vão em todo tópico sobre o assunto atacar determinado contexto ou pessoa - tem gente que não se importa com a política do município, do lobby e do protecionismo que impera em algumas áreas. Eu, pessoalmente, tenho como compromisso promoção da saúde, e promover adesão a uma dieta que não dependa de você sacrificar tua família, teu convívio social e teu psicológico é uma forma de promover saúde, não só pra você, mas pra todo mundo ao teu redor. Da mesma forma que ir contra scams da indústria de suplementos (caseína antes de dormir, ZMA antes de dormir, isso antes do treino, aquilo depois, etc) permite maior adesão à prática esportiva, permite maior adesão à dieta... Enfim, não sei por que eu tô postando isso, porque se eu tenho que explicar isso é porque provavelmente nada do que eu faço serviu pra alguma coisa até o momento.
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    greco-romano recebeu reputação de gaspar em Lara Luiz O.o (Filha Do Fernando Sardinha)   
    Derdrake, quantos perfis tu já criou no fórum este ano? Já bateu uma dúzia?

    Toda vez é a mesma coisa: cria um perfil, entra num tópico polêmico, fala as mesmas besteiras, é rebatido, fica sem resposta, cria outro perfil, etc.

    Tu não cansa dessa vida?
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    greco-romano recebeu reputação de danilorf em Lara Luiz O.o (Filha Do Fernando Sardinha)   
    Derdrake, quantos perfis tu já criou no fórum este ano? Já bateu uma dúzia?

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    greco-romano recebeu reputação de Heisenberg em Lara Luiz O.o (Filha Do Fernando Sardinha)   
    Derdrake, quantos perfis tu já criou no fórum este ano? Já bateu uma dúzia?

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