retirado do site do Bruno Guimarães Pina
https://brunopina.com.br/
ÉSTERES, POR QUE AS INJEÇÕES DOEM E COMO EVITAR
Todo o conteúdo deste blog é meramente educativo. Antes de utilizar qualquer medicamento, consulte seu médico, não me responsabilizo por automedicações e/ou quaisquer outros atos oriundos das informações obtidas aqui.
ÉSTERES (o que são):
Éster – Um éster é uma modificação química onde um grupo alquil ou vários grupos são adicionados para aumentar o tempo de circulação de um composto esteroidal, o que controla o tempo de liberação do hormônio na corrente sanguínea. A primeira palavra do nome da substância é o éster e a segunda palavra é o nome do hormônio. Por exemplo: em “Propionato de Testosterona” o éster é “Propionato” e o hormônio é “Testosterona”.
Éster curto – Se quebra mais rapidamente e por conseguinte é absorvido pela corrente sanguínea mais rapidamente. Necessita de injeções TSD ou DSDN. Exemplos são propionato e acetato.
Éster longo – Permite uma quebra da substância mais lenta, neste caso utiliza-se geralmente um período mais longo entre as injeções, por exemplo toda Segunda-Feira e Quinta-Feira (2x na semana).
17aa – É a modificação (alfa alcalização) da décima sétima posição de um carbono de um hormônio para um hidrogênio duplo (C -> H2). Também conhecido como “Metil”. Esse processo protege o hormônio de sua primeira passagem pelo fígado, permitindo que uma quantidade ainda possa ser utilizada. Exemplos são M1T (Metil-1-Test) e M-Tren (Metrienolona) ou, mais conhecidos, Estanozolol (stano) e Oximetolona (hemogenin).
Suspensão – Este é um hormônio sem éster ou um 17aa que foi “suspenso” numa solução líquida para ser injetado ou utilizado oralmente. Mais comumente observado em soluções aquosas mas também podem ser encontrados em soluções oleosas. O exemplo mais comum é o Winstrol (Stanozolol) injetável. Muito doloroso devido à sua liberação rápida e injeções TSD ou DSDN também são encessárias. A única vantagem real de se usar substâncias em suspensão é que elas entram e saem da corrente sanguínea muito rapidamente, muito bom para controlar concentrações plasmáticas exatas e também para evitar testes (anti-doping).
QUAIS SÃO AS CAUSAS (NÃO RELACIONADAS À INFECÇÃO) DE DOR APÓS INJEÇÃO?
Para simplificar, os principais motivos são:
1. Quanto mais curto o éster, maior é o seu ponto de ebulição (essa é uma regra geral, porém existem exceções como o Cipionato que é longo porém tem um ponto de ebulição alto). Um dos motivos da dor é quando o óleo e solventes são absorvidos e os cristais ficam no local da injeção. Ésteres curtos são cristais mais duros e dolorosos e têm um ponto de ebulição em cerca de 100ºc. Um hormônio com ésteres longos (excluindo cipionato) pode ter um ponto de ebulição em torno de 20ºc-40ºc, o que é bem próximo da temperatura corporal humana e facilita a absorção.
2. A concentração do produto utilizado (mg por ml). Digamos que seu corpo leve 24 horas para absorver 1ml de uma certa combinação de óleo e solventes e 24 horas para absorver 50mg de Propionato de Testosterona (apenas um exemplo). Se 50mg (ou menos) estiverem nesse 1ml de óleo (50mg/ml), a injeção será indolor. Todavia, se você tiver uma solução de 100mg de Propionato de Testosterona em 1ml da mesma combinação de óleo e solventes, em 24 horas seu corpo terá absorvido todo o óleo, porém apenas 50mg do Propionato de Testosterona. Os 50mg que ficarem pra trás vão tornar a injeção dolorosa devido à uma inflamação e cristalização dos sais na região. Este é só um exemplo, mas dá pra ter uma boa noção.
3. Os solventes utilizados (Benzoato de Benzila em excesso ou de menos, Álcool Benzílico em excesso, entre outros). A maioria dos laboratórios “pharma-grade” (cujos produtos são os que encontramos na farmácia) utilizam só 0.5%/1% de BA (álcool benzílico), ao passo que a maioria dos laboratórios underground usam 2% ou até mais, podendo chegar até a 4/5% de BA, o que pode causar muita dor em usuários sensíveis à substância. O motivo pelo qual mais BA é utilizado nos laboratórios under é devido ao fato que, na maioria dos casos, por motivos óbvios o processo de assepsia/filtragem/esterilização é muito inferior ao de um laboratório de alto nível e é necessário compensar com maiores níveis de BA por segurança.
4. Injetar rápido demais. É de suma importância injetar devagar, cerca de 30-40s por ml é o ideal. Injetar rápido demais pode causar rompimento de fibras o que ocasionará formação de tecido fibroso cicatricial. Isto causará que não somente esta injeção seja dolorosa, como as próximas também, além de aumentar a chance de ocorrer um abscesso. Não faça isso.
5. Músculo virgem. Um músculo que nunca recebeu injeções antes certamente apresentará dores maiores nas primeiras injeções. O motivo pelo qual isso ocorre é que se o músculo nunca recebeu uma injeção com aquele hormônio antes, ele irá absorver o hormônio mais devagar mas o óleo/solvente com igual velocidade. Isso causará dor pelos motivos já ditos acima.
COMO EVITAR A DOR ANTES DE INJETAR?
1. Uma opção é diluir seu composto com óleo filtrado estéril, que pode ser adquirido pela internet. Caso não consiga um óleo esterilizado, outra opção é adquirir um óleo normal de cozinha (contanto que seja óleo de cártamo ou óleo de semente de uva) e um filtro whatman .22 ou .45 que pode ser adquirido em lojas de material de laboratório e filtrar o óleo pelo filtro dentro do frasco onde sua substância está, isso diminuirá a concentração da droga e amenizará a dor.
OBS.: Nem perca seu tempo fazendo isso se seus produtos são “pharma-grade”, só talvez se forem de um lab underground e não tentem se não souberem o que estiverem fazendo, é só mais uma opção.
2. Antes de injetar, uma opção é aquecer sua seringa já com o óleo antes de realizar a injeção (principalmente se for em suspensão). Aqueça a água no fogão e jogue em cima da seringa bem devagar por 1-2 minutos, balançando ela ao mesmo tempo. Isso irá diminuir a viscosidade do óleo e fará com que o êmbolo seja mais fácil de ser movimentado. Friccionar a seringa (já com a droga) fortemente entre as mãos por alguns minutos é também uma opção.
3. Injete devagar (já foi dito anteriormente). 30-40 segundos por ml.
4. Tome um banho bem quente logo antes de injetar, isso irá relaxar a musculatura e facilitar bastante a injeção.
5. Nunca injete com uma agulha que já foi utilizada para retirar a substância de um frasco ou que tenha encostado no fundo de uma ampola (caso seja ampola), sempre troque-a e utilize uma agulha nova p/ injetar, agulhas perdem o fio muito facilmente.
Se nada disso funcionar, o produto que você tem está sujo. Você pode puxar tudo para uma seringa de 10ml ou várias de 10ml caso seja um frasco grande e depois passar por um Filtro Whatman .22 ou .45 de volta pro frasco. NÃO FAÇA ISSO SE VOCÊ NÃO SABE O QUE ESTÁ FAZENDO, SÓ ESTOU DANDO UMA OPÇÃO A MAIS.
COMO FAÇO PARA LIDAR COM A DOR QUANDO JÁ TIVER ELA?
Dores podem ser causadas por vários motivos, depende muito do caso, se você estiver usando propionato ou acetato e estiver com uma dor muito grande e o local claramente cristalizado, usar gelo provavelmente não é uma boa opção porque só fará com que o cristal se desprenda mais ainda do óleo/solventes e isso causará mais dor ainda, mas gelo pode ser uma boa opção em diversos outros casos, 3x ao dia por 15-20 minutos envolto em um pedaço de pano para não queimar a pele.
Caso seja um caso claro de cristalização, a melhor coisa a se fazer é aquecer o local, isso ajudará que os cristais sejam mobilizados e derretidos. Um bom banho quente poderá amenizar a dor, uma compressa quente também.
Outra opção é o uso de Anti-Inflamatórios Não-Esteroidais (NSAIDS). Por ordem de eficiência e relação custo/benefício (na minha opinião): Ibuprofeno, Nimesulida, Meloxicam, porém fica o aviso, existem diversos estudos que apontam que tais substâncias podem diminuir o potencial anabólico, além de que com o tempo o corpo vai criando resistência a esses medicamentos, o que faz com que dosagens maiores sejam necessárias para suprimir a dor, isso sem mencionar que a maioria desses medicamentos causam algum desconforto abdominal na maioria das pessoas, o que pode em alguns casos até mesmo causar úlceras pépticas (gástricas/estomacais), por isso só utilize-os em último caso e caso venha a sentir qualquer dor abdominal, um medicamento antiulceroso como o Omeprazol é bastante eficaz nesse sentido.