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Maximus Decimus

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Histórico de Reputação

  1. Gostei
    Maximus Decimus recebeu reputação de Freis em Como A Proteína Gera Energia?   
    As proteínas podem ser substratos energéticos sim. Quase todos os aminoácidos podem ir pra uma via degradativa pra gerar NADH, que é utilizado como fonte de elétrons na fosforilação oxidativa (geração de energia) ou a via de geração de energia pode ser por oxidação direta, conversão em glicose e conversão em corpos cetônicos, que são oxidados em seguida.

    O destino só depende do estado fisiológico. Em jejum, por ex, o fígado pega os esqueletos de carbono dos aminoácidos pra produzir glicose, corpos cetônicos e CO2.
    No estado alimentado, o fígado pode pegar os intermediários do metabolismo dos aminoácidos e converter em glicogênio (carboidrato armazenado) e triacilgliceróis.

    Seu raciocínio ta certo, o balanço energético final não necessariamente tem que ser todo convertido pra geração de ATP, mas o balanço energético é usado como padrão pra quantificar tanto 1 -os substratos pra formação das células (pense em todos os sistemas do corpo, não só tecido muscular) quanto 2- a geração de ATP pra que tudo se mantenha funcionando e agregado (todas as células gastam energia pra se manterem com suas membranas firmes, citoesqueletos funcionantes pra mudança de forma, enzimas mudando de conformação, replicação celular, reparar e reciclar organelas, sinapses que gastam uma energia absurda, produção de compostos de matrizes extracelulares, crescimento, diferenciação e se for escrever tudo que gasta energia, vai levar o fórum todo)

    No caso, o corpo já vai ter, necessariamente, que utilizar macromoléculas pra realizar as funções normais, como vc citou acima: síntese de estrutuas, reconstrução tecidual, síntese hormonal, e todos os que eu citei, então, pra ganhar peso a gente tem que fornecer o que o corpo já vai realizar MAIS o que nós temos que dar de sobra, sacou?

    E ainda tem mais, pra as funções normais, se nós queremos manter, por ex, 5kg acima do nosso peso normal, nosso corpo vai ter que realizar as funções normais dele em mais 5kg de massa corporal. Se for massa muscular, essas funções normais gastam ainda mais energia, então a gente tem que fornecer mais energia ainda do que aquela antes fornecida.

    Também já fiquei viajando nisso. Se você for descendo o raciocínio pra o mais rudimentar possível, chega a viajar na energia contida nas ligações de moléculas inorgânicas, e até na equação de einstein, haha. E=mc², imagine quanto de energia nosso corpo não tem?

    (mas se ele fosse todo degradado, iam sobrar as moléculas inorgânicas e as ligações entre seus átomos, e claro a energia condensada em todos os átomos, o que faz o pensamento voltar só pra as moléculas orgânicas mesmo. Seria viajar demais)
  2. Gostei
    Maximus Decimus recebeu reputação de Freis em Como A Proteína Gera Energia?   
    Aí ainda não chega em einstein. Nossos compostos orgânicos geram energia porque proporcionam formação de ligações de energia. Complexos enzimáticos manipulam conformação de moléculas com quebra e formação de ligações e,

    voila, lá está uma molécula orgânica quebrada em outras duas e uma molécula de ADP se convertendo em ATP.

    Mas a molécula orgânica ainda é orgânica, se o corpo for quebrando ela até o fim, podemos obter CO2 e H2O no final. Essas são inorgânicas, não há como retirar energia delas in vivo

    Einstein ainda não entra aí. A água, por exemplo, ainda tem energia nas ligações entre oxigênio e hidrogênio.
    Einstein ainda não entra aí. Os átomos isolados agora têm seus núcleos, com prótons e nêutrons. Unidos por uma força fundamental.

    Einstein entra agora: tudo isso é massa, que é energia condensada e a energia pra manter a massa unida. Quando você manda um nêutron de encontro a um átomo de urânio, por exemplo, gera-se dois átomos de núcleos menores, alguns nêutrons livres e uma certa quantidade de energia.
    A massa dos nêutrons e dos dois átomos menores é ligeiramente menor do que a massa do urânio (e do nêutron lançado), essa massa era energia aprisionada no núcleo e que unia as partículas do núcleo.

    Massa virando energia, isso sim é MUITO DOIDO!
    .
  3. Gostei
    Maximus Decimus recebeu reputação de jean.pimenta em Noções Básicas De Fisiologia Do Exercício   
    Vou começar com um tópico simples, mas em torno do qual surgem muitos mitos, conversa fiada, tititi e isso dá espaço pra o demônio da broscience.



    SISTEMAS METABÓLICOS MUSCULARES DURANTE O EXERCÍCIO

    Obs: Os números, tempos e esportes são exemplos práticos aplicados a atletas de um modo geral pra o entendimento, deve-se considerar as particularidades de cada atleta, predominância de tipos de fibras treinadas (e porque não grupos musculares em um mesmo corpo), forma como os esportes são praticados e etc.

    As mesmas formas de metabolismo estão presentes nas partes do corpo também estão presentes nos músculos esqueléticos, então o entendimento e as medidas quantitativas são importantes pra o entendimento dos limites das atividades físicas, reposição de nutrientes (a velha história da depleção de glicogênio) e etc.

    ___________________________________________________________________________

    Antes de mais nada, entendendo o básico pra entender o básico:

    A vida só existe (um espaço aqui pra as crenças particulares de cada um) porque o curso da variabilidade genética/acaso trouxe u mecanismo básico de armazenar energia pra direcioná-la pra onde precisamos dentro da célula.

    O Trifosfato de adenosina (ATP) é uma molécula mais ou menos assim:

    (eu sou muito noob com edição, é melhor clicar pra a imagem ampliar)

    ATP > Adenosina -PO3 ~ PO3 ~ PO3-
    ADP > Adenosina -PO3 ~ PO3- (liberou 1 íon fosfato a partir do ATP)
    AMP> Adenosina -PO3- (liberou 2 íons fosfato a partir do ATP)
    Essas ligações com o fosfato são de alta energia (cada ligação armazena 7.300 calorias de energia por mol de ATP). Sendo assim, o ATP (adenosina com 3 fosfatos) pode ser convertido em ADP (adenosina com 2 fosfatos) e AMP (adenosina com 1 fosfato) e a energia liberada/absorvida com a formação/quebra dessas ligações pode ser canalizada pra o que precisa de energia nas células (contrações microtubulares, canais, e tudo mais).

    A quantidade de ATP presente nos músculos, mesmo de um atleta bem treinado, é suficiente para sustentar uma potência muscular máxima por apenas cerca de três segundos, então é essencial que novo ATP seja formado continuamente, a todo momento, e é sobre as formas de gerar ATP que vou discorrer abaixo.
    ____________________________________________________________________________________________

    As mesmas formas de metabolismo estão presentes nas partes do corpo também estão presentes nos músculos esqueléticos, então o entendimento e as medidas quantitativas são importantes pra o entendimento dos limites das atividades físicas, reposição de nutrientes (a velha história da depleção de glicogênio) e etc. [2]

    Esses sistemas são: (1)sistema da fosfocreatina-creatina, (2) Sistema do glicogênio-ácido lático e (3) sistema aeróbico


    1 - SISTEMA DA FOFOCREATINA-CREATINA

    A fosfocreatina é outro componente químico que também possui uma ligação de fosfato de alta energia:

    Creatina ~ PO3- (vou botar imagens melhores assim que aprender)

    Pode ser decomposta assim: Creatina ~ PO3- --> Creatina + íon fosfato + energia

    Então, dessa forma, essa molécula pode liberar/armazenar grandes quantidades de energia. Na verdade essa ligação tem quase 10.300 calorias por mol, mais do que a ligação fosfato de alta energia do ATP, Dessa forma, a fosfocreatina pode fornecer energia suficiente para reconstruir a ligação de alta energia do ATP. A maioria das células musculares possuem três vezes mais fosfocreatina que ATP, e como a transferência de energia da fosfocreatina para o ATP ocorre em uma pequena fração de segundo, TODA A ENERGIA MUSCULAR ARMAZENADA NA FOSFOCREATINA MUSCULAR ESTÁ INSTANTANEAMENTE DISPONÍVEL PARA A CONTRAÇÃO MUSCULAR. A combinação da quantidade de ATP + fosfocreatina na célula é chamada de sistema de energia do fosfágeno. Esse sistema pode fornecer potência muscular máxima por 8 a 10 segundos (quase suficiente para uma corrida de cem metros).

    A energia do sistema fosfágeno é suficiente, então, para pequenas solicitações de potência muscular máxima. Por exemplo:
    -100 metros rasos
    -Salto
    -Levantamento de peso
    -Arrancadas no futebol

    Taxa máxima de produção: 4 moles de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: 8 a 10 segundos

    2 - SISTEMA DO GLICOGÊNIO-ÁCIDO LÁTICO

    Glicogênio nada mais é do que polímeros de glicose. A glicose pode ser usada como energia (dá pra explanar mais sobre isso em outro tópico, vou me ater aos sistemas de energia).

    O primeiro estágio do processo que usa a energia contida na glicose ocorre no citoplasma das células, não precisa de oxigênio para acontecer e pode produzir moléculas de ATP 2,5 vezes mais rápido que o mecanismo que usa oxigênio (é o próximo sistema de energia), portanto, quando se exigem grandes quantidades de ATP em curtos períodos de de tempo, esse mecanismo básico pode ser usado para fornecer energia rápida.

    O mecanismo consiste em realizar apenas a primeira quebra da glicose em duas moléculas de ácido pirúvico e há liberação de energia para formar 4 moléculas de ATP para cada molécula de glicose. O ácido pirúvico entraria na mitocôndria para fornecer mais ATP (é o próximo sistema de energia), mas quando não há oxigênio suficiente para a realização desse modo, o ácido pirúvico é convertido em ácido lático, que é difundido para fora da célula.
    O ácido lático causa aquele desconforto que sentimos quando realizamos as atividades em que usamos relativa potência muscular por períodos consideráveis, por exemplo, arrancadas, natação de 200m, a própria musculação em exercícios com altas repetições.
    O sistema glicogênio-ácido lático pode ser usado para reconstituir fosfocreatina e ATP. A reconstituição desse sistema significa principalmente a remoção do excesso de ácido lático dos líquidos corporais, o que é importante porque o seu acúmulo causa fadiga extrema.

    Taxa máxima de produção: 2,5 moles de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: 1,3 a 1,6 minuto

    3 - SISTEMA AERÓBICO

    No sistema aeróbico, acontece a oxidação dos alimentos na mitocôndria para fornecer energia. em termos gerais: a glicose, ácidos graxos e aminoácidos (após alguns processos intermediários, que podem ser explanados em outro tópico tranquilamente) combinam-se com o oxigênio para liberar quantidades enormes de energia. Esse sistema é requisitado para atividades atléticas prolongadas e necessita de disponibilidade de oxigênio.
    O sistema aeróbico é utilizado o tempo todo para reconstituir os outros dois sistemas.

    Taxa máxima de produção: 1 mol de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: indeterminado (enquanto houver nutrientes e oxigênio)




    - Pronto, é um início.
  4. Gostei
    Maximus Decimus recebeu reputação de Mikee98 em Noções Básicas De Fisiologia Do Exercício   
    Vou começar com um tópico simples, mas em torno do qual surgem muitos mitos, conversa fiada, tititi e isso dá espaço pra o demônio da broscience.



    SISTEMAS METABÓLICOS MUSCULARES DURANTE O EXERCÍCIO

    Obs: Os números, tempos e esportes são exemplos práticos aplicados a atletas de um modo geral pra o entendimento, deve-se considerar as particularidades de cada atleta, predominância de tipos de fibras treinadas (e porque não grupos musculares em um mesmo corpo), forma como os esportes são praticados e etc.

    As mesmas formas de metabolismo estão presentes nas partes do corpo também estão presentes nos músculos esqueléticos, então o entendimento e as medidas quantitativas são importantes pra o entendimento dos limites das atividades físicas, reposição de nutrientes (a velha história da depleção de glicogênio) e etc.

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    Antes de mais nada, entendendo o básico pra entender o básico:

    A vida só existe (um espaço aqui pra as crenças particulares de cada um) porque o curso da variabilidade genética/acaso trouxe u mecanismo básico de armazenar energia pra direcioná-la pra onde precisamos dentro da célula.

    O Trifosfato de adenosina (ATP) é uma molécula mais ou menos assim:

    (eu sou muito noob com edição, é melhor clicar pra a imagem ampliar)

    ATP > Adenosina -PO3 ~ PO3 ~ PO3-
    ADP > Adenosina -PO3 ~ PO3- (liberou 1 íon fosfato a partir do ATP)
    AMP> Adenosina -PO3- (liberou 2 íons fosfato a partir do ATP)
    Essas ligações com o fosfato são de alta energia (cada ligação armazena 7.300 calorias de energia por mol de ATP). Sendo assim, o ATP (adenosina com 3 fosfatos) pode ser convertido em ADP (adenosina com 2 fosfatos) e AMP (adenosina com 1 fosfato) e a energia liberada/absorvida com a formação/quebra dessas ligações pode ser canalizada pra o que precisa de energia nas células (contrações microtubulares, canais, e tudo mais).

    A quantidade de ATP presente nos músculos, mesmo de um atleta bem treinado, é suficiente para sustentar uma potência muscular máxima por apenas cerca de três segundos, então é essencial que novo ATP seja formado continuamente, a todo momento, e é sobre as formas de gerar ATP que vou discorrer abaixo.
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    As mesmas formas de metabolismo estão presentes nas partes do corpo também estão presentes nos músculos esqueléticos, então o entendimento e as medidas quantitativas são importantes pra o entendimento dos limites das atividades físicas, reposição de nutrientes (a velha história da depleção de glicogênio) e etc. [2]

    Esses sistemas são: (1)sistema da fosfocreatina-creatina, (2) Sistema do glicogênio-ácido lático e (3) sistema aeróbico


    1 - SISTEMA DA FOFOCREATINA-CREATINA

    A fosfocreatina é outro componente químico que também possui uma ligação de fosfato de alta energia:

    Creatina ~ PO3- (vou botar imagens melhores assim que aprender)

    Pode ser decomposta assim: Creatina ~ PO3- --> Creatina + íon fosfato + energia

    Então, dessa forma, essa molécula pode liberar/armazenar grandes quantidades de energia. Na verdade essa ligação tem quase 10.300 calorias por mol, mais do que a ligação fosfato de alta energia do ATP, Dessa forma, a fosfocreatina pode fornecer energia suficiente para reconstruir a ligação de alta energia do ATP. A maioria das células musculares possuem três vezes mais fosfocreatina que ATP, e como a transferência de energia da fosfocreatina para o ATP ocorre em uma pequena fração de segundo, TODA A ENERGIA MUSCULAR ARMAZENADA NA FOSFOCREATINA MUSCULAR ESTÁ INSTANTANEAMENTE DISPONÍVEL PARA A CONTRAÇÃO MUSCULAR. A combinação da quantidade de ATP + fosfocreatina na célula é chamada de sistema de energia do fosfágeno. Esse sistema pode fornecer potência muscular máxima por 8 a 10 segundos (quase suficiente para uma corrida de cem metros).

    A energia do sistema fosfágeno é suficiente, então, para pequenas solicitações de potência muscular máxima. Por exemplo:
    -100 metros rasos
    -Salto
    -Levantamento de peso
    -Arrancadas no futebol

    Taxa máxima de produção: 4 moles de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: 8 a 10 segundos

    2 - SISTEMA DO GLICOGÊNIO-ÁCIDO LÁTICO

    Glicogênio nada mais é do que polímeros de glicose. A glicose pode ser usada como energia (dá pra explanar mais sobre isso em outro tópico, vou me ater aos sistemas de energia).

    O primeiro estágio do processo que usa a energia contida na glicose ocorre no citoplasma das células, não precisa de oxigênio para acontecer e pode produzir moléculas de ATP 2,5 vezes mais rápido que o mecanismo que usa oxigênio (é o próximo sistema de energia), portanto, quando se exigem grandes quantidades de ATP em curtos períodos de de tempo, esse mecanismo básico pode ser usado para fornecer energia rápida.

    O mecanismo consiste em realizar apenas a primeira quebra da glicose em duas moléculas de ácido pirúvico e há liberação de energia para formar 4 moléculas de ATP para cada molécula de glicose. O ácido pirúvico entraria na mitocôndria para fornecer mais ATP (é o próximo sistema de energia), mas quando não há oxigênio suficiente para a realização desse modo, o ácido pirúvico é convertido em ácido lático, que é difundido para fora da célula.
    O ácido lático causa aquele desconforto que sentimos quando realizamos as atividades em que usamos relativa potência muscular por períodos consideráveis, por exemplo, arrancadas, natação de 200m, a própria musculação em exercícios com altas repetições.
    O sistema glicogênio-ácido lático pode ser usado para reconstituir fosfocreatina e ATP. A reconstituição desse sistema significa principalmente a remoção do excesso de ácido lático dos líquidos corporais, o que é importante porque o seu acúmulo causa fadiga extrema.

    Taxa máxima de produção: 2,5 moles de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: 1,3 a 1,6 minuto

    3 - SISTEMA AERÓBICO

    No sistema aeróbico, acontece a oxidação dos alimentos na mitocôndria para fornecer energia. em termos gerais: a glicose, ácidos graxos e aminoácidos (após alguns processos intermediários, que podem ser explanados em outro tópico tranquilamente) combinam-se com o oxigênio para liberar quantidades enormes de energia. Esse sistema é requisitado para atividades atléticas prolongadas e necessita de disponibilidade de oxigênio.
    O sistema aeróbico é utilizado o tempo todo para reconstituir os outros dois sistemas.

    Taxa máxima de produção: 1 mol de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: indeterminado (enquanto houver nutrientes e oxigênio)




    - Pronto, é um início.
  5. Gostei
    Maximus Decimus recebeu reputação de tico mendes em Noções Básicas De Fisiologia Do Exercício   
    Vou começar com um tópico simples, mas em torno do qual surgem muitos mitos, conversa fiada, tititi e isso dá espaço pra o demônio da broscience.



    SISTEMAS METABÓLICOS MUSCULARES DURANTE O EXERCÍCIO

    Obs: Os números, tempos e esportes são exemplos práticos aplicados a atletas de um modo geral pra o entendimento, deve-se considerar as particularidades de cada atleta, predominância de tipos de fibras treinadas (e porque não grupos musculares em um mesmo corpo), forma como os esportes são praticados e etc.

    As mesmas formas de metabolismo estão presentes nas partes do corpo também estão presentes nos músculos esqueléticos, então o entendimento e as medidas quantitativas são importantes pra o entendimento dos limites das atividades físicas, reposição de nutrientes (a velha história da depleção de glicogênio) e etc.

    ___________________________________________________________________________

    Antes de mais nada, entendendo o básico pra entender o básico:

    A vida só existe (um espaço aqui pra as crenças particulares de cada um) porque o curso da variabilidade genética/acaso trouxe u mecanismo básico de armazenar energia pra direcioná-la pra onde precisamos dentro da célula.

    O Trifosfato de adenosina (ATP) é uma molécula mais ou menos assim:

    (eu sou muito noob com edição, é melhor clicar pra a imagem ampliar)

    ATP > Adenosina -PO3 ~ PO3 ~ PO3-
    ADP > Adenosina -PO3 ~ PO3- (liberou 1 íon fosfato a partir do ATP)
    AMP> Adenosina -PO3- (liberou 2 íons fosfato a partir do ATP)
    Essas ligações com o fosfato são de alta energia (cada ligação armazena 7.300 calorias de energia por mol de ATP). Sendo assim, o ATP (adenosina com 3 fosfatos) pode ser convertido em ADP (adenosina com 2 fosfatos) e AMP (adenosina com 1 fosfato) e a energia liberada/absorvida com a formação/quebra dessas ligações pode ser canalizada pra o que precisa de energia nas células (contrações microtubulares, canais, e tudo mais).

    A quantidade de ATP presente nos músculos, mesmo de um atleta bem treinado, é suficiente para sustentar uma potência muscular máxima por apenas cerca de três segundos, então é essencial que novo ATP seja formado continuamente, a todo momento, e é sobre as formas de gerar ATP que vou discorrer abaixo.
    ____________________________________________________________________________________________

    As mesmas formas de metabolismo estão presentes nas partes do corpo também estão presentes nos músculos esqueléticos, então o entendimento e as medidas quantitativas são importantes pra o entendimento dos limites das atividades físicas, reposição de nutrientes (a velha história da depleção de glicogênio) e etc. [2]

    Esses sistemas são: (1)sistema da fosfocreatina-creatina, (2) Sistema do glicogênio-ácido lático e (3) sistema aeróbico


    1 - SISTEMA DA FOFOCREATINA-CREATINA

    A fosfocreatina é outro componente químico que também possui uma ligação de fosfato de alta energia:

    Creatina ~ PO3- (vou botar imagens melhores assim que aprender)

    Pode ser decomposta assim: Creatina ~ PO3- --> Creatina + íon fosfato + energia

    Então, dessa forma, essa molécula pode liberar/armazenar grandes quantidades de energia. Na verdade essa ligação tem quase 10.300 calorias por mol, mais do que a ligação fosfato de alta energia do ATP, Dessa forma, a fosfocreatina pode fornecer energia suficiente para reconstruir a ligação de alta energia do ATP. A maioria das células musculares possuem três vezes mais fosfocreatina que ATP, e como a transferência de energia da fosfocreatina para o ATP ocorre em uma pequena fração de segundo, TODA A ENERGIA MUSCULAR ARMAZENADA NA FOSFOCREATINA MUSCULAR ESTÁ INSTANTANEAMENTE DISPONÍVEL PARA A CONTRAÇÃO MUSCULAR. A combinação da quantidade de ATP + fosfocreatina na célula é chamada de sistema de energia do fosfágeno. Esse sistema pode fornecer potência muscular máxima por 8 a 10 segundos (quase suficiente para uma corrida de cem metros).

    A energia do sistema fosfágeno é suficiente, então, para pequenas solicitações de potência muscular máxima. Por exemplo:
    -100 metros rasos
    -Salto
    -Levantamento de peso
    -Arrancadas no futebol

    Taxa máxima de produção: 4 moles de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: 8 a 10 segundos

    2 - SISTEMA DO GLICOGÊNIO-ÁCIDO LÁTICO

    Glicogênio nada mais é do que polímeros de glicose. A glicose pode ser usada como energia (dá pra explanar mais sobre isso em outro tópico, vou me ater aos sistemas de energia).

    O primeiro estágio do processo que usa a energia contida na glicose ocorre no citoplasma das células, não precisa de oxigênio para acontecer e pode produzir moléculas de ATP 2,5 vezes mais rápido que o mecanismo que usa oxigênio (é o próximo sistema de energia), portanto, quando se exigem grandes quantidades de ATP em curtos períodos de de tempo, esse mecanismo básico pode ser usado para fornecer energia rápida.

    O mecanismo consiste em realizar apenas a primeira quebra da glicose em duas moléculas de ácido pirúvico e há liberação de energia para formar 4 moléculas de ATP para cada molécula de glicose. O ácido pirúvico entraria na mitocôndria para fornecer mais ATP (é o próximo sistema de energia), mas quando não há oxigênio suficiente para a realização desse modo, o ácido pirúvico é convertido em ácido lático, que é difundido para fora da célula.
    O ácido lático causa aquele desconforto que sentimos quando realizamos as atividades em que usamos relativa potência muscular por períodos consideráveis, por exemplo, arrancadas, natação de 200m, a própria musculação em exercícios com altas repetições.
    O sistema glicogênio-ácido lático pode ser usado para reconstituir fosfocreatina e ATP. A reconstituição desse sistema significa principalmente a remoção do excesso de ácido lático dos líquidos corporais, o que é importante porque o seu acúmulo causa fadiga extrema.

    Taxa máxima de produção: 2,5 moles de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: 1,3 a 1,6 minuto

    3 - SISTEMA AERÓBICO

    No sistema aeróbico, acontece a oxidação dos alimentos na mitocôndria para fornecer energia. em termos gerais: a glicose, ácidos graxos e aminoácidos (após alguns processos intermediários, que podem ser explanados em outro tópico tranquilamente) combinam-se com o oxigênio para liberar quantidades enormes de energia. Esse sistema é requisitado para atividades atléticas prolongadas e necessita de disponibilidade de oxigênio.
    O sistema aeróbico é utilizado o tempo todo para reconstituir os outros dois sistemas.

    Taxa máxima de produção: 1 mol de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: indeterminado (enquanto houver nutrientes e oxigênio)




    - Pronto, é um início.
  6. Gostei
    Maximus Decimus recebeu reputação de GY2J em Quem Te Inspira?   
    1 - qual o fisiculturista que tem o físico, na opinião de cada um, mais peirfeito do mundo?

    2 - qual a pessoa que mais te inspira a treinar e puxar ferro? (pela determinação, espírito, irreverência ou conquistas)
  7. Gostei
    Maximus Decimus recebeu reputação de surf em Noções Básicas De Fisiologia Do Exercício   
    Vou começar com um tópico simples, mas em torno do qual surgem muitos mitos, conversa fiada, tititi e isso dá espaço pra o demônio da broscience.



    SISTEMAS METABÓLICOS MUSCULARES DURANTE O EXERCÍCIO

    Obs: Os números, tempos e esportes são exemplos práticos aplicados a atletas de um modo geral pra o entendimento, deve-se considerar as particularidades de cada atleta, predominância de tipos de fibras treinadas (e porque não grupos musculares em um mesmo corpo), forma como os esportes são praticados e etc.

    As mesmas formas de metabolismo estão presentes nas partes do corpo também estão presentes nos músculos esqueléticos, então o entendimento e as medidas quantitativas são importantes pra o entendimento dos limites das atividades físicas, reposição de nutrientes (a velha história da depleção de glicogênio) e etc.

    ___________________________________________________________________________

    Antes de mais nada, entendendo o básico pra entender o básico:

    A vida só existe (um espaço aqui pra as crenças particulares de cada um) porque o curso da variabilidade genética/acaso trouxe u mecanismo básico de armazenar energia pra direcioná-la pra onde precisamos dentro da célula.

    O Trifosfato de adenosina (ATP) é uma molécula mais ou menos assim:

    (eu sou muito noob com edição, é melhor clicar pra a imagem ampliar)

    ATP > Adenosina -PO3 ~ PO3 ~ PO3-
    ADP > Adenosina -PO3 ~ PO3- (liberou 1 íon fosfato a partir do ATP)
    AMP> Adenosina -PO3- (liberou 2 íons fosfato a partir do ATP)
    Essas ligações com o fosfato são de alta energia (cada ligação armazena 7.300 calorias de energia por mol de ATP). Sendo assim, o ATP (adenosina com 3 fosfatos) pode ser convertido em ADP (adenosina com 2 fosfatos) e AMP (adenosina com 1 fosfato) e a energia liberada/absorvida com a formação/quebra dessas ligações pode ser canalizada pra o que precisa de energia nas células (contrações microtubulares, canais, e tudo mais).

    A quantidade de ATP presente nos músculos, mesmo de um atleta bem treinado, é suficiente para sustentar uma potência muscular máxima por apenas cerca de três segundos, então é essencial que novo ATP seja formado continuamente, a todo momento, e é sobre as formas de gerar ATP que vou discorrer abaixo.
    ____________________________________________________________________________________________

    As mesmas formas de metabolismo estão presentes nas partes do corpo também estão presentes nos músculos esqueléticos, então o entendimento e as medidas quantitativas são importantes pra o entendimento dos limites das atividades físicas, reposição de nutrientes (a velha história da depleção de glicogênio) e etc. [2]

    Esses sistemas são: (1)sistema da fosfocreatina-creatina, (2) Sistema do glicogênio-ácido lático e (3) sistema aeróbico


    1 - SISTEMA DA FOFOCREATINA-CREATINA

    A fosfocreatina é outro componente químico que também possui uma ligação de fosfato de alta energia:

    Creatina ~ PO3- (vou botar imagens melhores assim que aprender)

    Pode ser decomposta assim: Creatina ~ PO3- --> Creatina + íon fosfato + energia

    Então, dessa forma, essa molécula pode liberar/armazenar grandes quantidades de energia. Na verdade essa ligação tem quase 10.300 calorias por mol, mais do que a ligação fosfato de alta energia do ATP, Dessa forma, a fosfocreatina pode fornecer energia suficiente para reconstruir a ligação de alta energia do ATP. A maioria das células musculares possuem três vezes mais fosfocreatina que ATP, e como a transferência de energia da fosfocreatina para o ATP ocorre em uma pequena fração de segundo, TODA A ENERGIA MUSCULAR ARMAZENADA NA FOSFOCREATINA MUSCULAR ESTÁ INSTANTANEAMENTE DISPONÍVEL PARA A CONTRAÇÃO MUSCULAR. A combinação da quantidade de ATP + fosfocreatina na célula é chamada de sistema de energia do fosfágeno. Esse sistema pode fornecer potência muscular máxima por 8 a 10 segundos (quase suficiente para uma corrida de cem metros).

    A energia do sistema fosfágeno é suficiente, então, para pequenas solicitações de potência muscular máxima. Por exemplo:
    -100 metros rasos
    -Salto
    -Levantamento de peso
    -Arrancadas no futebol

    Taxa máxima de produção: 4 moles de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: 8 a 10 segundos

    2 - SISTEMA DO GLICOGÊNIO-ÁCIDO LÁTICO

    Glicogênio nada mais é do que polímeros de glicose. A glicose pode ser usada como energia (dá pra explanar mais sobre isso em outro tópico, vou me ater aos sistemas de energia).

    O primeiro estágio do processo que usa a energia contida na glicose ocorre no citoplasma das células, não precisa de oxigênio para acontecer e pode produzir moléculas de ATP 2,5 vezes mais rápido que o mecanismo que usa oxigênio (é o próximo sistema de energia), portanto, quando se exigem grandes quantidades de ATP em curtos períodos de de tempo, esse mecanismo básico pode ser usado para fornecer energia rápida.

    O mecanismo consiste em realizar apenas a primeira quebra da glicose em duas moléculas de ácido pirúvico e há liberação de energia para formar 4 moléculas de ATP para cada molécula de glicose. O ácido pirúvico entraria na mitocôndria para fornecer mais ATP (é o próximo sistema de energia), mas quando não há oxigênio suficiente para a realização desse modo, o ácido pirúvico é convertido em ácido lático, que é difundido para fora da célula.
    O ácido lático causa aquele desconforto que sentimos quando realizamos as atividades em que usamos relativa potência muscular por períodos consideráveis, por exemplo, arrancadas, natação de 200m, a própria musculação em exercícios com altas repetições.
    O sistema glicogênio-ácido lático pode ser usado para reconstituir fosfocreatina e ATP. A reconstituição desse sistema significa principalmente a remoção do excesso de ácido lático dos líquidos corporais, o que é importante porque o seu acúmulo causa fadiga extrema.

    Taxa máxima de produção: 2,5 moles de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: 1,3 a 1,6 minuto

    3 - SISTEMA AERÓBICO

    No sistema aeróbico, acontece a oxidação dos alimentos na mitocôndria para fornecer energia. em termos gerais: a glicose, ácidos graxos e aminoácidos (após alguns processos intermediários, que podem ser explanados em outro tópico tranquilamente) combinam-se com o oxigênio para liberar quantidades enormes de energia. Esse sistema é requisitado para atividades atléticas prolongadas e necessita de disponibilidade de oxigênio.
    O sistema aeróbico é utilizado o tempo todo para reconstituir os outros dois sistemas.

    Taxa máxima de produção: 1 mol de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: indeterminado (enquanto houver nutrientes e oxigênio)




    - Pronto, é um início.
  8. Gostei
    Maximus Decimus recebeu reputação de CarlosElite em Noções Básicas De Fisiologia Do Exercício   
    Vou começar com um tópico simples, mas em torno do qual surgem muitos mitos, conversa fiada, tititi e isso dá espaço pra o demônio da broscience.



    SISTEMAS METABÓLICOS MUSCULARES DURANTE O EXERCÍCIO

    Obs: Os números, tempos e esportes são exemplos práticos aplicados a atletas de um modo geral pra o entendimento, deve-se considerar as particularidades de cada atleta, predominância de tipos de fibras treinadas (e porque não grupos musculares em um mesmo corpo), forma como os esportes são praticados e etc.

    As mesmas formas de metabolismo estão presentes nas partes do corpo também estão presentes nos músculos esqueléticos, então o entendimento e as medidas quantitativas são importantes pra o entendimento dos limites das atividades físicas, reposição de nutrientes (a velha história da depleção de glicogênio) e etc.

    ___________________________________________________________________________

    Antes de mais nada, entendendo o básico pra entender o básico:

    A vida só existe (um espaço aqui pra as crenças particulares de cada um) porque o curso da variabilidade genética/acaso trouxe u mecanismo básico de armazenar energia pra direcioná-la pra onde precisamos dentro da célula.

    O Trifosfato de adenosina (ATP) é uma molécula mais ou menos assim:

    (eu sou muito noob com edição, é melhor clicar pra a imagem ampliar)

    ATP > Adenosina -PO3 ~ PO3 ~ PO3-
    ADP > Adenosina -PO3 ~ PO3- (liberou 1 íon fosfato a partir do ATP)
    AMP> Adenosina -PO3- (liberou 2 íons fosfato a partir do ATP)
    Essas ligações com o fosfato são de alta energia (cada ligação armazena 7.300 calorias de energia por mol de ATP). Sendo assim, o ATP (adenosina com 3 fosfatos) pode ser convertido em ADP (adenosina com 2 fosfatos) e AMP (adenosina com 1 fosfato) e a energia liberada/absorvida com a formação/quebra dessas ligações pode ser canalizada pra o que precisa de energia nas células (contrações microtubulares, canais, e tudo mais).

    A quantidade de ATP presente nos músculos, mesmo de um atleta bem treinado, é suficiente para sustentar uma potência muscular máxima por apenas cerca de três segundos, então é essencial que novo ATP seja formado continuamente, a todo momento, e é sobre as formas de gerar ATP que vou discorrer abaixo.
    ____________________________________________________________________________________________

    As mesmas formas de metabolismo estão presentes nas partes do corpo também estão presentes nos músculos esqueléticos, então o entendimento e as medidas quantitativas são importantes pra o entendimento dos limites das atividades físicas, reposição de nutrientes (a velha história da depleção de glicogênio) e etc. [2]

    Esses sistemas são: (1)sistema da fosfocreatina-creatina, (2) Sistema do glicogênio-ácido lático e (3) sistema aeróbico


    1 - SISTEMA DA FOFOCREATINA-CREATINA

    A fosfocreatina é outro componente químico que também possui uma ligação de fosfato de alta energia:

    Creatina ~ PO3- (vou botar imagens melhores assim que aprender)

    Pode ser decomposta assim: Creatina ~ PO3- --> Creatina + íon fosfato + energia

    Então, dessa forma, essa molécula pode liberar/armazenar grandes quantidades de energia. Na verdade essa ligação tem quase 10.300 calorias por mol, mais do que a ligação fosfato de alta energia do ATP, Dessa forma, a fosfocreatina pode fornecer energia suficiente para reconstruir a ligação de alta energia do ATP. A maioria das células musculares possuem três vezes mais fosfocreatina que ATP, e como a transferência de energia da fosfocreatina para o ATP ocorre em uma pequena fração de segundo, TODA A ENERGIA MUSCULAR ARMAZENADA NA FOSFOCREATINA MUSCULAR ESTÁ INSTANTANEAMENTE DISPONÍVEL PARA A CONTRAÇÃO MUSCULAR. A combinação da quantidade de ATP + fosfocreatina na célula é chamada de sistema de energia do fosfágeno. Esse sistema pode fornecer potência muscular máxima por 8 a 10 segundos (quase suficiente para uma corrida de cem metros).

    A energia do sistema fosfágeno é suficiente, então, para pequenas solicitações de potência muscular máxima. Por exemplo:
    -100 metros rasos
    -Salto
    -Levantamento de peso
    -Arrancadas no futebol

    Taxa máxima de produção: 4 moles de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: 8 a 10 segundos

    2 - SISTEMA DO GLICOGÊNIO-ÁCIDO LÁTICO

    Glicogênio nada mais é do que polímeros de glicose. A glicose pode ser usada como energia (dá pra explanar mais sobre isso em outro tópico, vou me ater aos sistemas de energia).

    O primeiro estágio do processo que usa a energia contida na glicose ocorre no citoplasma das células, não precisa de oxigênio para acontecer e pode produzir moléculas de ATP 2,5 vezes mais rápido que o mecanismo que usa oxigênio (é o próximo sistema de energia), portanto, quando se exigem grandes quantidades de ATP em curtos períodos de de tempo, esse mecanismo básico pode ser usado para fornecer energia rápida.

    O mecanismo consiste em realizar apenas a primeira quebra da glicose em duas moléculas de ácido pirúvico e há liberação de energia para formar 4 moléculas de ATP para cada molécula de glicose. O ácido pirúvico entraria na mitocôndria para fornecer mais ATP (é o próximo sistema de energia), mas quando não há oxigênio suficiente para a realização desse modo, o ácido pirúvico é convertido em ácido lático, que é difundido para fora da célula.
    O ácido lático causa aquele desconforto que sentimos quando realizamos as atividades em que usamos relativa potência muscular por períodos consideráveis, por exemplo, arrancadas, natação de 200m, a própria musculação em exercícios com altas repetições.
    O sistema glicogênio-ácido lático pode ser usado para reconstituir fosfocreatina e ATP. A reconstituição desse sistema significa principalmente a remoção do excesso de ácido lático dos líquidos corporais, o que é importante porque o seu acúmulo causa fadiga extrema.

    Taxa máxima de produção: 2,5 moles de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: 1,3 a 1,6 minuto

    3 - SISTEMA AERÓBICO

    No sistema aeróbico, acontece a oxidação dos alimentos na mitocôndria para fornecer energia. em termos gerais: a glicose, ácidos graxos e aminoácidos (após alguns processos intermediários, que podem ser explanados em outro tópico tranquilamente) combinam-se com o oxigênio para liberar quantidades enormes de energia. Esse sistema é requisitado para atividades atléticas prolongadas e necessita de disponibilidade de oxigênio.
    O sistema aeróbico é utilizado o tempo todo para reconstituir os outros dois sistemas.

    Taxa máxima de produção: 1 mol de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: indeterminado (enquanto houver nutrientes e oxigênio)




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  9. Gostei
    Maximus Decimus recebeu reputação de Hipertrofia Máxima em Assimetria Biceps. O Que Fazer Para Concertar?   
    faz os dois crescerem. Grandes eles vão parecer dois bíceps grandes.
  10. Gostei
    Maximus Decimus recebeu reputação de NetoGym em Noções Básicas De Fisiologia Do Exercício   
    Vou começar com um tópico simples, mas em torno do qual surgem muitos mitos, conversa fiada, tititi e isso dá espaço pra o demônio da broscience.



    SISTEMAS METABÓLICOS MUSCULARES DURANTE O EXERCÍCIO

    Obs: Os números, tempos e esportes são exemplos práticos aplicados a atletas de um modo geral pra o entendimento, deve-se considerar as particularidades de cada atleta, predominância de tipos de fibras treinadas (e porque não grupos musculares em um mesmo corpo), forma como os esportes são praticados e etc.

    As mesmas formas de metabolismo estão presentes nas partes do corpo também estão presentes nos músculos esqueléticos, então o entendimento e as medidas quantitativas são importantes pra o entendimento dos limites das atividades físicas, reposição de nutrientes (a velha história da depleção de glicogênio) e etc.

    ___________________________________________________________________________

    Antes de mais nada, entendendo o básico pra entender o básico:

    A vida só existe (um espaço aqui pra as crenças particulares de cada um) porque o curso da variabilidade genética/acaso trouxe u mecanismo básico de armazenar energia pra direcioná-la pra onde precisamos dentro da célula.

    O Trifosfato de adenosina (ATP) é uma molécula mais ou menos assim:

    (eu sou muito noob com edição, é melhor clicar pra a imagem ampliar)

    ATP > Adenosina -PO3 ~ PO3 ~ PO3-
    ADP > Adenosina -PO3 ~ PO3- (liberou 1 íon fosfato a partir do ATP)
    AMP> Adenosina -PO3- (liberou 2 íons fosfato a partir do ATP)
    Essas ligações com o fosfato são de alta energia (cada ligação armazena 7.300 calorias de energia por mol de ATP). Sendo assim, o ATP (adenosina com 3 fosfatos) pode ser convertido em ADP (adenosina com 2 fosfatos) e AMP (adenosina com 1 fosfato) e a energia liberada/absorvida com a formação/quebra dessas ligações pode ser canalizada pra o que precisa de energia nas células (contrações microtubulares, canais, e tudo mais).

    A quantidade de ATP presente nos músculos, mesmo de um atleta bem treinado, é suficiente para sustentar uma potência muscular máxima por apenas cerca de três segundos, então é essencial que novo ATP seja formado continuamente, a todo momento, e é sobre as formas de gerar ATP que vou discorrer abaixo.
    ____________________________________________________________________________________________

    As mesmas formas de metabolismo estão presentes nas partes do corpo também estão presentes nos músculos esqueléticos, então o entendimento e as medidas quantitativas são importantes pra o entendimento dos limites das atividades físicas, reposição de nutrientes (a velha história da depleção de glicogênio) e etc. [2]

    Esses sistemas são: (1)sistema da fosfocreatina-creatina, (2) Sistema do glicogênio-ácido lático e (3) sistema aeróbico


    1 - SISTEMA DA FOFOCREATINA-CREATINA

    A fosfocreatina é outro componente químico que também possui uma ligação de fosfato de alta energia:

    Creatina ~ PO3- (vou botar imagens melhores assim que aprender)

    Pode ser decomposta assim: Creatina ~ PO3- --> Creatina + íon fosfato + energia

    Então, dessa forma, essa molécula pode liberar/armazenar grandes quantidades de energia. Na verdade essa ligação tem quase 10.300 calorias por mol, mais do que a ligação fosfato de alta energia do ATP, Dessa forma, a fosfocreatina pode fornecer energia suficiente para reconstruir a ligação de alta energia do ATP. A maioria das células musculares possuem três vezes mais fosfocreatina que ATP, e como a transferência de energia da fosfocreatina para o ATP ocorre em uma pequena fração de segundo, TODA A ENERGIA MUSCULAR ARMAZENADA NA FOSFOCREATINA MUSCULAR ESTÁ INSTANTANEAMENTE DISPONÍVEL PARA A CONTRAÇÃO MUSCULAR. A combinação da quantidade de ATP + fosfocreatina na célula é chamada de sistema de energia do fosfágeno. Esse sistema pode fornecer potência muscular máxima por 8 a 10 segundos (quase suficiente para uma corrida de cem metros).

    A energia do sistema fosfágeno é suficiente, então, para pequenas solicitações de potência muscular máxima. Por exemplo:
    -100 metros rasos
    -Salto
    -Levantamento de peso
    -Arrancadas no futebol

    Taxa máxima de produção: 4 moles de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: 8 a 10 segundos

    2 - SISTEMA DO GLICOGÊNIO-ÁCIDO LÁTICO

    Glicogênio nada mais é do que polímeros de glicose. A glicose pode ser usada como energia (dá pra explanar mais sobre isso em outro tópico, vou me ater aos sistemas de energia).

    O primeiro estágio do processo que usa a energia contida na glicose ocorre no citoplasma das células, não precisa de oxigênio para acontecer e pode produzir moléculas de ATP 2,5 vezes mais rápido que o mecanismo que usa oxigênio (é o próximo sistema de energia), portanto, quando se exigem grandes quantidades de ATP em curtos períodos de de tempo, esse mecanismo básico pode ser usado para fornecer energia rápida.

    O mecanismo consiste em realizar apenas a primeira quebra da glicose em duas moléculas de ácido pirúvico e há liberação de energia para formar 4 moléculas de ATP para cada molécula de glicose. O ácido pirúvico entraria na mitocôndria para fornecer mais ATP (é o próximo sistema de energia), mas quando não há oxigênio suficiente para a realização desse modo, o ácido pirúvico é convertido em ácido lático, que é difundido para fora da célula.
    O ácido lático causa aquele desconforto que sentimos quando realizamos as atividades em que usamos relativa potência muscular por períodos consideráveis, por exemplo, arrancadas, natação de 200m, a própria musculação em exercícios com altas repetições.
    O sistema glicogênio-ácido lático pode ser usado para reconstituir fosfocreatina e ATP. A reconstituição desse sistema significa principalmente a remoção do excesso de ácido lático dos líquidos corporais, o que é importante porque o seu acúmulo causa fadiga extrema.

    Taxa máxima de produção: 2,5 moles de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: 1,3 a 1,6 minuto

    3 - SISTEMA AERÓBICO

    No sistema aeróbico, acontece a oxidação dos alimentos na mitocôndria para fornecer energia. em termos gerais: a glicose, ácidos graxos e aminoácidos (após alguns processos intermediários, que podem ser explanados em outro tópico tranquilamente) combinam-se com o oxigênio para liberar quantidades enormes de energia. Esse sistema é requisitado para atividades atléticas prolongadas e necessita de disponibilidade de oxigênio.
    O sistema aeróbico é utilizado o tempo todo para reconstituir os outros dois sistemas.

    Taxa máxima de produção: 1 mol de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: indeterminado (enquanto houver nutrientes e oxigênio)




    - Pronto, é um início.
  11. Gostei
    Maximus Decimus recebeu reputação de Mateuzz em Noções Básicas De Fisiologia Do Exercício   
    Vou começar com um tópico simples, mas em torno do qual surgem muitos mitos, conversa fiada, tititi e isso dá espaço pra o demônio da broscience.



    SISTEMAS METABÓLICOS MUSCULARES DURANTE O EXERCÍCIO

    Obs: Os números, tempos e esportes são exemplos práticos aplicados a atletas de um modo geral pra o entendimento, deve-se considerar as particularidades de cada atleta, predominância de tipos de fibras treinadas (e porque não grupos musculares em um mesmo corpo), forma como os esportes são praticados e etc.

    As mesmas formas de metabolismo estão presentes nas partes do corpo também estão presentes nos músculos esqueléticos, então o entendimento e as medidas quantitativas são importantes pra o entendimento dos limites das atividades físicas, reposição de nutrientes (a velha história da depleção de glicogênio) e etc.

    ___________________________________________________________________________

    Antes de mais nada, entendendo o básico pra entender o básico:

    A vida só existe (um espaço aqui pra as crenças particulares de cada um) porque o curso da variabilidade genética/acaso trouxe u mecanismo básico de armazenar energia pra direcioná-la pra onde precisamos dentro da célula.

    O Trifosfato de adenosina (ATP) é uma molécula mais ou menos assim:

    (eu sou muito noob com edição, é melhor clicar pra a imagem ampliar)

    ATP > Adenosina -PO3 ~ PO3 ~ PO3-
    ADP > Adenosina -PO3 ~ PO3- (liberou 1 íon fosfato a partir do ATP)
    AMP> Adenosina -PO3- (liberou 2 íons fosfato a partir do ATP)
    Essas ligações com o fosfato são de alta energia (cada ligação armazena 7.300 calorias de energia por mol de ATP). Sendo assim, o ATP (adenosina com 3 fosfatos) pode ser convertido em ADP (adenosina com 2 fosfatos) e AMP (adenosina com 1 fosfato) e a energia liberada/absorvida com a formação/quebra dessas ligações pode ser canalizada pra o que precisa de energia nas células (contrações microtubulares, canais, e tudo mais).

    A quantidade de ATP presente nos músculos, mesmo de um atleta bem treinado, é suficiente para sustentar uma potência muscular máxima por apenas cerca de três segundos, então é essencial que novo ATP seja formado continuamente, a todo momento, e é sobre as formas de gerar ATP que vou discorrer abaixo.
    ____________________________________________________________________________________________

    As mesmas formas de metabolismo estão presentes nas partes do corpo também estão presentes nos músculos esqueléticos, então o entendimento e as medidas quantitativas são importantes pra o entendimento dos limites das atividades físicas, reposição de nutrientes (a velha história da depleção de glicogênio) e etc. [2]

    Esses sistemas são: (1)sistema da fosfocreatina-creatina, (2) Sistema do glicogênio-ácido lático e (3) sistema aeróbico


    1 - SISTEMA DA FOFOCREATINA-CREATINA

    A fosfocreatina é outro componente químico que também possui uma ligação de fosfato de alta energia:

    Creatina ~ PO3- (vou botar imagens melhores assim que aprender)

    Pode ser decomposta assim: Creatina ~ PO3- --> Creatina + íon fosfato + energia

    Então, dessa forma, essa molécula pode liberar/armazenar grandes quantidades de energia. Na verdade essa ligação tem quase 10.300 calorias por mol, mais do que a ligação fosfato de alta energia do ATP, Dessa forma, a fosfocreatina pode fornecer energia suficiente para reconstruir a ligação de alta energia do ATP. A maioria das células musculares possuem três vezes mais fosfocreatina que ATP, e como a transferência de energia da fosfocreatina para o ATP ocorre em uma pequena fração de segundo, TODA A ENERGIA MUSCULAR ARMAZENADA NA FOSFOCREATINA MUSCULAR ESTÁ INSTANTANEAMENTE DISPONÍVEL PARA A CONTRAÇÃO MUSCULAR. A combinação da quantidade de ATP + fosfocreatina na célula é chamada de sistema de energia do fosfágeno. Esse sistema pode fornecer potência muscular máxima por 8 a 10 segundos (quase suficiente para uma corrida de cem metros).

    A energia do sistema fosfágeno é suficiente, então, para pequenas solicitações de potência muscular máxima. Por exemplo:
    -100 metros rasos
    -Salto
    -Levantamento de peso
    -Arrancadas no futebol

    Taxa máxima de produção: 4 moles de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: 8 a 10 segundos

    2 - SISTEMA DO GLICOGÊNIO-ÁCIDO LÁTICO

    Glicogênio nada mais é do que polímeros de glicose. A glicose pode ser usada como energia (dá pra explanar mais sobre isso em outro tópico, vou me ater aos sistemas de energia).

    O primeiro estágio do processo que usa a energia contida na glicose ocorre no citoplasma das células, não precisa de oxigênio para acontecer e pode produzir moléculas de ATP 2,5 vezes mais rápido que o mecanismo que usa oxigênio (é o próximo sistema de energia), portanto, quando se exigem grandes quantidades de ATP em curtos períodos de de tempo, esse mecanismo básico pode ser usado para fornecer energia rápida.

    O mecanismo consiste em realizar apenas a primeira quebra da glicose em duas moléculas de ácido pirúvico e há liberação de energia para formar 4 moléculas de ATP para cada molécula de glicose. O ácido pirúvico entraria na mitocôndria para fornecer mais ATP (é o próximo sistema de energia), mas quando não há oxigênio suficiente para a realização desse modo, o ácido pirúvico é convertido em ácido lático, que é difundido para fora da célula.
    O ácido lático causa aquele desconforto que sentimos quando realizamos as atividades em que usamos relativa potência muscular por períodos consideráveis, por exemplo, arrancadas, natação de 200m, a própria musculação em exercícios com altas repetições.
    O sistema glicogênio-ácido lático pode ser usado para reconstituir fosfocreatina e ATP. A reconstituição desse sistema significa principalmente a remoção do excesso de ácido lático dos líquidos corporais, o que é importante porque o seu acúmulo causa fadiga extrema.

    Taxa máxima de produção: 2,5 moles de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: 1,3 a 1,6 minuto

    3 - SISTEMA AERÓBICO

    No sistema aeróbico, acontece a oxidação dos alimentos na mitocôndria para fornecer energia. em termos gerais: a glicose, ácidos graxos e aminoácidos (após alguns processos intermediários, que podem ser explanados em outro tópico tranquilamente) combinam-se com o oxigênio para liberar quantidades enormes de energia. Esse sistema é requisitado para atividades atléticas prolongadas e necessita de disponibilidade de oxigênio.
    O sistema aeróbico é utilizado o tempo todo para reconstituir os outros dois sistemas.

    Taxa máxima de produção: 1 mol de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: indeterminado (enquanto houver nutrientes e oxigênio)




    - Pronto, é um início.
  12. Gostei
    Maximus Decimus recebeu reputação de Rogerxcmer em Noções Básicas De Fisiologia Do Exercício   
    Vou começar com um tópico simples, mas em torno do qual surgem muitos mitos, conversa fiada, tititi e isso dá espaço pra o demônio da broscience.



    SISTEMAS METABÓLICOS MUSCULARES DURANTE O EXERCÍCIO

    Obs: Os números, tempos e esportes são exemplos práticos aplicados a atletas de um modo geral pra o entendimento, deve-se considerar as particularidades de cada atleta, predominância de tipos de fibras treinadas (e porque não grupos musculares em um mesmo corpo), forma como os esportes são praticados e etc.

    As mesmas formas de metabolismo estão presentes nas partes do corpo também estão presentes nos músculos esqueléticos, então o entendimento e as medidas quantitativas são importantes pra o entendimento dos limites das atividades físicas, reposição de nutrientes (a velha história da depleção de glicogênio) e etc.

    ___________________________________________________________________________

    Antes de mais nada, entendendo o básico pra entender o básico:

    A vida só existe (um espaço aqui pra as crenças particulares de cada um) porque o curso da variabilidade genética/acaso trouxe u mecanismo básico de armazenar energia pra direcioná-la pra onde precisamos dentro da célula.

    O Trifosfato de adenosina (ATP) é uma molécula mais ou menos assim:

    (eu sou muito noob com edição, é melhor clicar pra a imagem ampliar)

    ATP > Adenosina -PO3 ~ PO3 ~ PO3-
    ADP > Adenosina -PO3 ~ PO3- (liberou 1 íon fosfato a partir do ATP)
    AMP> Adenosina -PO3- (liberou 2 íons fosfato a partir do ATP)
    Essas ligações com o fosfato são de alta energia (cada ligação armazena 7.300 calorias de energia por mol de ATP). Sendo assim, o ATP (adenosina com 3 fosfatos) pode ser convertido em ADP (adenosina com 2 fosfatos) e AMP (adenosina com 1 fosfato) e a energia liberada/absorvida com a formação/quebra dessas ligações pode ser canalizada pra o que precisa de energia nas células (contrações microtubulares, canais, e tudo mais).

    A quantidade de ATP presente nos músculos, mesmo de um atleta bem treinado, é suficiente para sustentar uma potência muscular máxima por apenas cerca de três segundos, então é essencial que novo ATP seja formado continuamente, a todo momento, e é sobre as formas de gerar ATP que vou discorrer abaixo.
    ____________________________________________________________________________________________

    As mesmas formas de metabolismo estão presentes nas partes do corpo também estão presentes nos músculos esqueléticos, então o entendimento e as medidas quantitativas são importantes pra o entendimento dos limites das atividades físicas, reposição de nutrientes (a velha história da depleção de glicogênio) e etc. [2]

    Esses sistemas são: (1)sistema da fosfocreatina-creatina, (2) Sistema do glicogênio-ácido lático e (3) sistema aeróbico


    1 - SISTEMA DA FOFOCREATINA-CREATINA

    A fosfocreatina é outro componente químico que também possui uma ligação de fosfato de alta energia:

    Creatina ~ PO3- (vou botar imagens melhores assim que aprender)

    Pode ser decomposta assim: Creatina ~ PO3- --> Creatina + íon fosfato + energia

    Então, dessa forma, essa molécula pode liberar/armazenar grandes quantidades de energia. Na verdade essa ligação tem quase 10.300 calorias por mol, mais do que a ligação fosfato de alta energia do ATP, Dessa forma, a fosfocreatina pode fornecer energia suficiente para reconstruir a ligação de alta energia do ATP. A maioria das células musculares possuem três vezes mais fosfocreatina que ATP, e como a transferência de energia da fosfocreatina para o ATP ocorre em uma pequena fração de segundo, TODA A ENERGIA MUSCULAR ARMAZENADA NA FOSFOCREATINA MUSCULAR ESTÁ INSTANTANEAMENTE DISPONÍVEL PARA A CONTRAÇÃO MUSCULAR. A combinação da quantidade de ATP + fosfocreatina na célula é chamada de sistema de energia do fosfágeno. Esse sistema pode fornecer potência muscular máxima por 8 a 10 segundos (quase suficiente para uma corrida de cem metros).

    A energia do sistema fosfágeno é suficiente, então, para pequenas solicitações de potência muscular máxima. Por exemplo:
    -100 metros rasos
    -Salto
    -Levantamento de peso
    -Arrancadas no futebol

    Taxa máxima de produção: 4 moles de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: 8 a 10 segundos

    2 - SISTEMA DO GLICOGÊNIO-ÁCIDO LÁTICO

    Glicogênio nada mais é do que polímeros de glicose. A glicose pode ser usada como energia (dá pra explanar mais sobre isso em outro tópico, vou me ater aos sistemas de energia).

    O primeiro estágio do processo que usa a energia contida na glicose ocorre no citoplasma das células, não precisa de oxigênio para acontecer e pode produzir moléculas de ATP 2,5 vezes mais rápido que o mecanismo que usa oxigênio (é o próximo sistema de energia), portanto, quando se exigem grandes quantidades de ATP em curtos períodos de de tempo, esse mecanismo básico pode ser usado para fornecer energia rápida.

    O mecanismo consiste em realizar apenas a primeira quebra da glicose em duas moléculas de ácido pirúvico e há liberação de energia para formar 4 moléculas de ATP para cada molécula de glicose. O ácido pirúvico entraria na mitocôndria para fornecer mais ATP (é o próximo sistema de energia), mas quando não há oxigênio suficiente para a realização desse modo, o ácido pirúvico é convertido em ácido lático, que é difundido para fora da célula.
    O ácido lático causa aquele desconforto que sentimos quando realizamos as atividades em que usamos relativa potência muscular por períodos consideráveis, por exemplo, arrancadas, natação de 200m, a própria musculação em exercícios com altas repetições.
    O sistema glicogênio-ácido lático pode ser usado para reconstituir fosfocreatina e ATP. A reconstituição desse sistema significa principalmente a remoção do excesso de ácido lático dos líquidos corporais, o que é importante porque o seu acúmulo causa fadiga extrema.

    Taxa máxima de produção: 2,5 moles de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: 1,3 a 1,6 minuto

    3 - SISTEMA AERÓBICO

    No sistema aeróbico, acontece a oxidação dos alimentos na mitocôndria para fornecer energia. em termos gerais: a glicose, ácidos graxos e aminoácidos (após alguns processos intermediários, que podem ser explanados em outro tópico tranquilamente) combinam-se com o oxigênio para liberar quantidades enormes de energia. Esse sistema é requisitado para atividades atléticas prolongadas e necessita de disponibilidade de oxigênio.
    O sistema aeróbico é utilizado o tempo todo para reconstituir os outros dois sistemas.

    Taxa máxima de produção: 1 mol de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
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  13. Gostei
    Maximus Decimus recebeu reputação de Aless em Nutrition 101   
    tava lendo do início, mas tava tudo belezinha até agora, não tinha dito nada. (Nutrition ta aproveitando isso aqui pra fazer resumo, ein? O fórum virou caderno agora rsrs)

    vou dar só um pitaco (iniciando minha participação):

    O que ta bem batido até é que vitamina D tem participação em regulação autócrina e parácrina na regulação da resposta imune. A forma ativa da vit D diminui a proliferação de linfócitos T e B e diminui a síntese das imunoglubilinas pelos linf B. É importante demais na regulação da resposta imune então, a falta dela vem com repercussões em doenças inflamatórias e etc

    esse metabólito-muito-importante deve ser 25-OH-colecalciferol, que é a forma circulante que anda no plasma com a alfa-globulina (alguém sabe escrever as letrinhas gregas no teclado? sempre quis), daí no rim ela pode ser hidroxilada na posição C1 (gera a forma ativa da vitamina D) ou C24 (gera a forma inativa).

    Como ela vai ser hidroxilada de qualquer jeito, algumas coisas regulam a proporção das hidroxilações em c1 ou c4 (principalmente cálcio e fosfato, onde entra a principal função da vit D). Mas eu to bem por fora dessa história também de macrófago induzir CYP que favorece produção da forma ativa, deve fazer parte da mesma regulação?. Onde é mais ou menos que vc leu isso?

    Não sabia dessa história de ser substrato pra as quimiocinas. Substrato como? substrato ficou meio vago, ou eu que to deixando alguma coisa passar, enfim, queria aprender tbm



    mas vai culminar em uma transportadora no final, sei que vc sabe, mas só pra ele entender:

    A insulina não transporta, ela é um sinalizador, quem transporta nesse caso são as proteínas GLUT-4. A insulina circula no sangue até se ligar ao seu receptor numa proteína na membrana da célula muscular, por exemplo. Essa ligação desencadeia uns processos (subunidade alfa > beta > tirosina cinase > PI3 cinase > ) que fazem produzir uma proteína AKT que estimula síntese e deslocamento das GLUT-4 pra a membrana.

    Aí sim essas GLUT-4 vão fazer o transporte, sacou? mas o raciocínio tava correto, só o exemplo que não estava.
  14. Gostei
    Maximus Decimus deu reputação a Andre Pajé em De Nutricionista A Bodybuilder   
    Em relacao ao antebraço a questao eh a seguinte,

    quando comecei a treinar lá atras era franzino magrelo sem qualidade, nao pesava nem 60kg, viciei no ferro e tal, e sempre sentia muita dor, queimacao e encomodo na regiao do antebraço e do punho nos treinos de costas, parece que aquela parte era a que mais sofria e nao conseguia sentir muito as costas

    todos meus amigos começaram a usar straps etc pra facilitar a pegada, eu conclui que os antebraços tinham que ser fortalecidos sem strap porra nenhuma, se quero puxar aquele peso tenho q ser capaz de agarrá-lo com meus proprios punhos "campeonato de powerlifiting vcs acham q tem straps?"

    posso dizer assim, construi meus antebraços na parte de volume com a rosca inversa e aperfeicoei com a rosca pajé, que eh um enrolador sem o peso amarrado porque nao tem necessidade

    basicamente a questao eh a seguinte, facil de falar mas nem tao facil de fazer, se vc quiser ficar com antebraços grandes faça por primeiro a rosca inversa e só pare de fazer ela a hora atingir o peso exatamente igual ao q vc fazia (faz) na rosca direta

    faz a rosca inversa, depois rosca alternada digamos, concentrada ou scoth e no final rosca pajé nos dias de braço, começa e fecha com antebraço, nao pensem q biceps será menos requisitados nessa modalidade, ficarao surpresos com o q acontecerá

    em relacao a rosca inversa, nao pegar embalo e controle total flexionando os punhos enrolando mais pra cima a hora q vai chegando no queixo, segura um micro-segundo naquela posicao e vai descendo voltando o punho ao normal de forma q no meio do movimento, a noventa graus o punho esteja reto novamente

    em relacao a rosca pajé, importantissimo colar os dois cotovelos nos dorsais, ao lado do tronco e segurar a barra em noventa graus sem mexer em hipotese nenhuma nesse angulo reto. A grande questao da rosca pajé é ficar na isometria do bracorradial ali em noventa graus enquanto sustenta o enrolamento da extensao e flexao dos musculos do antebraço e do punho, vc tem q girar enquanto uma mao esta lá em cima a outra lá em baixo dando a mair amplitude como se fosse dois pistoes num virabrequim que um vai la pra cima e o outro la pra baixo mas prestem bem atencao nao mexe no angulo do braço, vcs tem q ser capazes de girar com o antebraço colado ao lado do torax sem abrir as asas parece um frango e sem ir dobrando os punhos e nao conseguindo dar amplitude...

    e assim terao os antebraços
  15. Gostei
    Maximus Decimus deu reputação a mpcosta82 em Seminário De Bioquímica.   
    Jejum e redução/aumento no metabolismo:
    Enhanced thermogenic response to epinephrine after 48-h starvation in humans
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2405717

    Resting energy expenditure in short-term starvation is increased as a result of an increase in serum norepinephrine
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10837292
    "Resting energy expenditure increased significantly from 3.97 +/- 0.9 kJ/min on day 1 to 4.53 +/- 0.9 kJ/min on day 3" (aumento no metabolismo em
    193 kcal/d)

    Leucine, glucose, and energy metabolism after 3 days of fasting in healthy human subjects.
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3661473
    Após 60 horas, redução de 8% no metabolismo.

    De acordo com o Martin Berkhan:
    This makes sense from an evolutionary perspective. Epinephrine and norepinephrine (adrenaline/noradrenaline) sharpens the mind and makes us want to move around. Desirable traits that encouraged us to seek for food, or for the hunter to kill his prey, increasing survival. At some point, after several days of no eating, this benefit would confer no benefit to survival and probably would have done more harm than good; instead, an adaptation that favored conservation of energy turned out to be advantageous. Thus metabolic rate is increased in short-term fasting (up to 60 hours).
  16. Gostei
    Maximus Decimus deu reputação a AlvinhoRJ em Seminário De Bioquímica.   
    Janela de oportunidade:
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21289204

    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15932964
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3316914

    Hormônio T3 e jejum:
    http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/0026049579902063
    http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/002604959290126U

    Dieta e acne:
    http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0738081X07002027

    Jejum:
    http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S095528630900031X
    http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1568163706000523
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16011467
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19943985?ordinalpos=&itool=EntrezSystem2.PEntrez.Pubmed.Pubmed_ResultsPanel.SmartSearch&log$=citationsensor
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9155494

    Treino em jejum:
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20837645
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21051570
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15705646
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3536834

    Miostatina, testosterona e idade:
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19356623

    Vitamina D e testosterona:
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21154195

    Relação entre lactato sérico e oxidação de gordura:
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14750010

    Ingestão protéica e hipertrofia:
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21092368

    Soja dificulta absorção de iodo:
    http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S002203027185782X
    http://endo.endojournals.org/content/61/5/570.short
    http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1241182/
    http://online.liebertpub.com/doi/abs/10.1089/thy.2006.16.249
    http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM196002182620707
    http://jn.nutrition.org/content/17/6/545.short
    http://jn.nutrition.org/content/138/6/1244S.short
    http://pediatrics.aappublications.org/content/96/1/148.short
    http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1570023202002143
  17. Gostei
    Maximus Decimus deu reputação a AlexandreDM em Cargas Fisiculturistas.   
    Não teve uma brasileira que ganhou o Miss Bikini né?
    O Eduardo Correa não ficou em terceiro na categoria 212 né?

    E você tá certo... o maior problema do país é o preço do Whey
  18. Gostei
    Maximus Decimus deu reputação a 14th em Cargas Fisiculturistas.   
    Podia fazer um curso de português profissionalizante também..
  19. Gostei
    Maximus Decimus deu reputação a Labarra em De Nutricionista A Bodybuilder   
    Fala, Ney.
    Rapaz: eu frequento o site a muito pouco tempo, talvez um pouco mais de um ano. Mesmo assim, fazia uns 6 meses que não passava por aqui. No entanto,motivado em realizar algumas pesquisas aqui pelo fórum, acabei vindo de encontro a esse diário - isso foi no dia 26 passado. Desde o segundo dia de contato, notei de saída que o bom d-us havia me presenteado com uma fantástica experiência de leitura virtual sobre um cara extraordinário, para mim vertente viva não apenas de conhecimentos verdadeiramente experimentados, como também inspiração para todas as pessoas que, como eu, têm metas a serem alcançadas nessa fascinante caminhada que se chama vida.
    Camarada, esse diário é minha novela virtual: todo santo dia (e até os que não são santos também) dedico pelo menos uns 30min do meu tempo para ler um pouco mais sobre a incrível historia de um guerreiro em busca de seus objetivos pessoais. Estou na metade da leitura (página 119, num universo de 212). Estou bem na parte em que faltam duas semanas para o campeonado de 17-março! Estou ancioso....pq agora ainda não sei como tu foi.....e não me conta porque não quero saber por antecipação! Afinal de contas, não tem graça nenhuma alguém contar o final de uma trama sem a novela acabar(heheheh).
    Bueno, meu velho: só passei aqui pra te agradecer por tudo o que tem me proporcionado nessa minha leitura. Obrigado também por toda a paciência que demonstras com tanta pergunta intransigente e desrespeitosa que até agora eu já li nesse teu diário. Mto obrigado por ser para mim e para tantas outras pessoas uma verdadeiro instrumento de motivação nas nossas vida. Ano que vem pretendo ir iniciar um novo cutting e certamente farei um acompanhamento contigo, nem que eu tenha que ir até aí em curitiba mesmo. Além da certeza de que terei um profissional qualificado como meu orientador, também terei o privilégio de conhecer um ser humano de valia incalculável para o grande D-us!
    De coração, um grande abraço!


    Cara...
    Vou ter a audácia de responder pelo cara pq eu conheço esse diário de cor e salteado já (pelo menos até a página 119! heheh).
    Ele já tomou sim e recomenda. Na época em que o cara era universitário e sem grana, utilizou mto a proteína texturizada para pós treino, até pq naquele período ele ainda não havia tido contato com o colágeno hidrolizado! BAH...se tivesse uma prova desse diário aqui eu tiraria 10! rsrsrsrsrs....
    .....
    Agora, falando por mim:
    Meu bruxo: até 6 anos atrás, eu era um bambu ambulante de 1,79m e com 66kg! Nos primeiros três anos, POR PURA IGNORÂNCIA, nem sabia o que era "Whey"! Atingi 84kg só na base da proteína de soja, especificamente o TOTAL PROTEN DA DNA. Utilizava no desjejum, pré e pós. Pelo que li, a soja também funciona como estimulante à testosterona. Vale mto a pena. Embora hoje eu esteja consumindo uma gama mto mais abrangente de proteínas, a de soja eu nunca abri mão. Tomo ela misturado com a albmunina 40min pós o desjejum.
    É uma boa alternativa para quem realmente não tem como investir em uma boa matriz suplementar, ainda mais quando tem resistência à albumina.
  20. Gostei
    Maximus Decimus deu reputação a Xirulito em Um Dia Na Vida De Um Fisiculturista- Kai Greene (Legendado)   
    http://www.youtube.com/watch?v=XHn-ON-VrGA&feature=player_embedded
  21. Gostei
    Maximus Decimus recebeu reputação de pereiraRJ em Noções Básicas De Fisiologia Do Exercício   
    Vou começar com um tópico simples, mas em torno do qual surgem muitos mitos, conversa fiada, tititi e isso dá espaço pra o demônio da broscience.



    SISTEMAS METABÓLICOS MUSCULARES DURANTE O EXERCÍCIO

    Obs: Os números, tempos e esportes são exemplos práticos aplicados a atletas de um modo geral pra o entendimento, deve-se considerar as particularidades de cada atleta, predominância de tipos de fibras treinadas (e porque não grupos musculares em um mesmo corpo), forma como os esportes são praticados e etc.

    As mesmas formas de metabolismo estão presentes nas partes do corpo também estão presentes nos músculos esqueléticos, então o entendimento e as medidas quantitativas são importantes pra o entendimento dos limites das atividades físicas, reposição de nutrientes (a velha história da depleção de glicogênio) e etc.

    ___________________________________________________________________________

    Antes de mais nada, entendendo o básico pra entender o básico:

    A vida só existe (um espaço aqui pra as crenças particulares de cada um) porque o curso da variabilidade genética/acaso trouxe u mecanismo básico de armazenar energia pra direcioná-la pra onde precisamos dentro da célula.

    O Trifosfato de adenosina (ATP) é uma molécula mais ou menos assim:

    (eu sou muito noob com edição, é melhor clicar pra a imagem ampliar)

    ATP > Adenosina -PO3 ~ PO3 ~ PO3-
    ADP > Adenosina -PO3 ~ PO3- (liberou 1 íon fosfato a partir do ATP)
    AMP> Adenosina -PO3- (liberou 2 íons fosfato a partir do ATP)
    Essas ligações com o fosfato são de alta energia (cada ligação armazena 7.300 calorias de energia por mol de ATP). Sendo assim, o ATP (adenosina com 3 fosfatos) pode ser convertido em ADP (adenosina com 2 fosfatos) e AMP (adenosina com 1 fosfato) e a energia liberada/absorvida com a formação/quebra dessas ligações pode ser canalizada pra o que precisa de energia nas células (contrações microtubulares, canais, e tudo mais).

    A quantidade de ATP presente nos músculos, mesmo de um atleta bem treinado, é suficiente para sustentar uma potência muscular máxima por apenas cerca de três segundos, então é essencial que novo ATP seja formado continuamente, a todo momento, e é sobre as formas de gerar ATP que vou discorrer abaixo.
    ____________________________________________________________________________________________

    As mesmas formas de metabolismo estão presentes nas partes do corpo também estão presentes nos músculos esqueléticos, então o entendimento e as medidas quantitativas são importantes pra o entendimento dos limites das atividades físicas, reposição de nutrientes (a velha história da depleção de glicogênio) e etc. [2]

    Esses sistemas são: (1)sistema da fosfocreatina-creatina, (2) Sistema do glicogênio-ácido lático e (3) sistema aeróbico


    1 - SISTEMA DA FOFOCREATINA-CREATINA

    A fosfocreatina é outro componente químico que também possui uma ligação de fosfato de alta energia:

    Creatina ~ PO3- (vou botar imagens melhores assim que aprender)

    Pode ser decomposta assim: Creatina ~ PO3- --> Creatina + íon fosfato + energia

    Então, dessa forma, essa molécula pode liberar/armazenar grandes quantidades de energia. Na verdade essa ligação tem quase 10.300 calorias por mol, mais do que a ligação fosfato de alta energia do ATP, Dessa forma, a fosfocreatina pode fornecer energia suficiente para reconstruir a ligação de alta energia do ATP. A maioria das células musculares possuem três vezes mais fosfocreatina que ATP, e como a transferência de energia da fosfocreatina para o ATP ocorre em uma pequena fração de segundo, TODA A ENERGIA MUSCULAR ARMAZENADA NA FOSFOCREATINA MUSCULAR ESTÁ INSTANTANEAMENTE DISPONÍVEL PARA A CONTRAÇÃO MUSCULAR. A combinação da quantidade de ATP + fosfocreatina na célula é chamada de sistema de energia do fosfágeno. Esse sistema pode fornecer potência muscular máxima por 8 a 10 segundos (quase suficiente para uma corrida de cem metros).

    A energia do sistema fosfágeno é suficiente, então, para pequenas solicitações de potência muscular máxima. Por exemplo:
    -100 metros rasos
    -Salto
    -Levantamento de peso
    -Arrancadas no futebol

    Taxa máxima de produção: 4 moles de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: 8 a 10 segundos

    2 - SISTEMA DO GLICOGÊNIO-ÁCIDO LÁTICO

    Glicogênio nada mais é do que polímeros de glicose. A glicose pode ser usada como energia (dá pra explanar mais sobre isso em outro tópico, vou me ater aos sistemas de energia).

    O primeiro estágio do processo que usa a energia contida na glicose ocorre no citoplasma das células, não precisa de oxigênio para acontecer e pode produzir moléculas de ATP 2,5 vezes mais rápido que o mecanismo que usa oxigênio (é o próximo sistema de energia), portanto, quando se exigem grandes quantidades de ATP em curtos períodos de de tempo, esse mecanismo básico pode ser usado para fornecer energia rápida.

    O mecanismo consiste em realizar apenas a primeira quebra da glicose em duas moléculas de ácido pirúvico e há liberação de energia para formar 4 moléculas de ATP para cada molécula de glicose. O ácido pirúvico entraria na mitocôndria para fornecer mais ATP (é o próximo sistema de energia), mas quando não há oxigênio suficiente para a realização desse modo, o ácido pirúvico é convertido em ácido lático, que é difundido para fora da célula.
    O ácido lático causa aquele desconforto que sentimos quando realizamos as atividades em que usamos relativa potência muscular por períodos consideráveis, por exemplo, arrancadas, natação de 200m, a própria musculação em exercícios com altas repetições.
    O sistema glicogênio-ácido lático pode ser usado para reconstituir fosfocreatina e ATP. A reconstituição desse sistema significa principalmente a remoção do excesso de ácido lático dos líquidos corporais, o que é importante porque o seu acúmulo causa fadiga extrema.

    Taxa máxima de produção: 2,5 moles de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: 1,3 a 1,6 minuto

    3 - SISTEMA AERÓBICO

    No sistema aeróbico, acontece a oxidação dos alimentos na mitocôndria para fornecer energia. em termos gerais: a glicose, ácidos graxos e aminoácidos (após alguns processos intermediários, que podem ser explanados em outro tópico tranquilamente) combinam-se com o oxigênio para liberar quantidades enormes de energia. Esse sistema é requisitado para atividades atléticas prolongadas e necessita de disponibilidade de oxigênio.
    O sistema aeróbico é utilizado o tempo todo para reconstituir os outros dois sistemas.

    Taxa máxima de produção: 1 mol de ATP/min (taxa máxima de geração de potência)
    Tempo de resistência: indeterminado (enquanto houver nutrientes e oxigênio)




    - Pronto, é um início.
  22. Gostei
    Maximus Decimus deu reputação a kyo22 em Kai Greene - Eu Nunca Vou Ser Um Levantador De Peso   
    E eu parei de te levar a sério depois que eu vi esse vídeo

    http://www.youtube.com/watch?v=8YOMLL15ZPM

    Você não faz nada do que pregou aqui, execução super normal, 0 cadência e cargas que... hahahaha

    Olha no cross, corpo todo inclinado pra frente, colocando o peso todo do corpo pra ajudar. Isso na minha opinião não é alguém que tem anos de experiência e sabe contrair milagrosamente os músculos.

    Seu shape não é ruim como um todo, e tendo em vista a qualidade que você mostrou ali, um natural que treina sério não faz feio perto de você por nada.

    E ta preocupado em lesionar o ombro treinando peito? hahahahahaha
    Isso aí é o resultado de anos e anos de máquinas e isoladores, articulações enfraquecidas, auxiliares desbalanceados.

    E um aquecimento muito melhor seria umas 3 séries de supino com 30-50% da sua RM, simplesmente porque é um exercício composto, com a mecânica similar ao exercício que você vai fazer e desta forma você estaria preparando não apenas o ombro, como os demais auxiliares.
  23. Gostei
    Maximus Decimus recebeu reputação de Twisted Metal em Pra Quem Gosta Do Estilo Ogro   
    tem uma galera que gosta de duvidar das coisas, nossa senhora.
    Se o cara disse que tem 57 de antebraço, seu antebraço vai aumentar se vc descobrir que ele não tem?
    GH ele tomou sim, ele mesmo disse. Olha também o queixo do cara, olha o tamanho das falanges dele.

    Não dá pra tirar o mérito da ogritude dele (pelo estilo de competição/treino) e da genética, ele é muito grande e denso.
    Ta cheio de poser aí falando de GH, mas quero ver quem é que fica desse tamanho
  24. Gostei
    Maximus Decimus recebeu reputação de zxjr em Pra Quem Gosta Do Estilo Ogro   
    tem uma galera que gosta de duvidar das coisas, nossa senhora.
    Se o cara disse que tem 57 de antebraço, seu antebraço vai aumentar se vc descobrir que ele não tem?
    GH ele tomou sim, ele mesmo disse. Olha também o queixo do cara, olha o tamanho das falanges dele.

    Não dá pra tirar o mérito da ogritude dele (pelo estilo de competição/treino) e da genética, ele é muito grande e denso.
    Ta cheio de poser aí falando de GH, mas quero ver quem é que fica desse tamanho
  25. Gostei
    Maximus Decimus deu reputação a busarello em De Nutricionista A Bodybuilder   
    Um velho monge e um jovem monge estavam andando por uma estrada quando chegaram a um rio que corria veloz. O rio não era nem muito largo nem muito fundo, e os dois estavam prestes a atravessá-lo quando uma bela jovem, que esperava na margem, aproximou-se deles. A moça estava vestida com muita elegância, abanava o leque e piscava muito, sorrindo com olhos muito grandes.
    – Oh – disse ela –, a correnteza é tão forte, a água é tão fria, e a seda do meu quimono vai se estragar se eu o molhar. Será que vocês poderiam me carregar até o outro lado do rio?
    E ela se insinuou sedutora para o lado do monge mais jovem.
    O jovem monge não gostou do comportamento daquela moça mimada e despudorada. Achou que ela merecia uma lição. Além do mais, monges não devem se envolver com mulheres. Então ele a ignorou e atravessou o rio. Mas o monge mais velho deu de ombros, ergueu a moça e a carregou nas costas até o outro lado do rio. Depois os dois monges continuaram pela estrada.
    Embora andassem em silêncio, o monge mais novo estava furioso. Achava que o companheiro tinha cometido um erro ao ceder aos caprichos daquela moça mimada. E, pior ainda, ao tocá-la tinha desobedecido às regras dos monges. O jovem reclamava e vociferava mentalmente, enquanto eles caminhavam subindo montanhas e atravessando campos. Finalmente, ele não agüentou. Aos gritos, começou a repreender o companheiro por ter atravessado o rio carregando a moça. Estava fora de si, com o rosto vermelho de tanta raiva.
    – Ora, ora –, disse o velho monge. - Você ainda está carregando aquela mulher? Eu já a pus no chão há uma hora.
    E, dando de ombros, continuou a caminhar.
    Ice, relaxa. Saber separar o joio do trigo significa ter que lidar com ambos, o joio e o trigo.

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