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  • 2 semanas depois...

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quando eu lembro do Dones, eu ligo duas coisas:

topico do colesterol

topico do leite

quando eu lembro do Quisso, eu ligo uma coisa:

topico sobre IIFYM

Daqui a pouco os dois vão ficar com a fama do Ice 5x5 rs

Dones coleiterol

Quisso iifym

Update: início das aulas dia 28.

Amanda: meu vô sempre diz "A coisa não tá tão boa como parece".

Sábias palavras.

vish

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  • 3 semanas depois...

Olá,

Vou fazer um baita parecer agora sobre o potencial eletrotônico, que ficou pra trás, e depois, em outro momento, vou comentar o que eu acho que deve ser comentado sobre as últimas aulas.

2v2zm6u.png

Tabela retirada do Lodish, 5ª edição, de biologia molecular. Já me desculpo pelo tamanho da imagem (ou de todas as imagens que eu usar aqui), são as que eu uso pras minhas apresentações em seminário, e precisam ser de alta resolução pra ficarem boas na projeção.

Na parte de cima as concentrações de íons e proteínas (o X-) no meio intra e extracelular do axônio de um polvo (os estudos originais foram feitos dessa forma), na parte de baixo, de mamífero.

São concentrações ditas normais. Dá pra fazer algumas observações com base nisso. Primeiro as concentrações de sódio e potássio, que todo mundo tá careca de saber. E como o dones mostrou no post dele, é foderosamente maior de um lado do que de outro. São íons monovalentes e tal, e se comparar com os bivalentes (cálcio e magnésio, no caso), dá pra ver que não só a concentração é bem mais baixa, como é mais baixa ainda no meio intracelular que no meio extracelular. E repare, esse ponto é bem importante, no conteúdo proteico (representado pelo X). Ele confere um potencial negativo a mais pra célula ("contrabalanceado", no meio extracelular, por cloretos).

Não lembro e nem refiz isso, mas se eu não me engano se somar tudo e tal a célula fica com uns digitozinhos negativos a mais (no meio intracelular) considerando essa tabela (o que não quer dizer muita coisa pra falar a verdade).

O que dá pra gente imaginar agora é a situação seguinte:

rkq13k.png

Essa imagem é minha (também por isso deu pra reduzir).

Agora, me diga, o que tá solubilizado? São os íons, não? Proteína faz parte da célula, e como a gente bem sabe, ela não vai sair dali (não em condições normais). E se eu te disser que, por mais que os canais voltagem-dependente de potássio fiquem fechados até a membrana alcançar um potencial positivo (já falamos sobre isso, então posso usar esses termos), ainda assim hajam canais na membrana pelos quais potássio pode passar livremente? O que você acha que aconteceria? Obviamente, o potássio tenderá a sair da célula. Mas todo o potássio da célula vaza por esses canais de vazamento? Pense bem, e não pense em bombas nem nada agora, só nessa situaçaozinha ali.

Eu te digo que não. Não tem como. Pode fechar tudo e abrir vários buracos pra passar só potássio, que não sai todo o potássio de lá de dentro. Tem alguma explicação plausível?

2ahw31t.png :D

Por mais que seja possível que vazem cátions de dentro da célula, eles não vão muito longe porque uma hora eles vão voltar. O potencial eletronegativo da célula é inerente a ele até por constituição (i.e. proteínas), então cátions são naturalmente atraídos pra dentro dela. E quanto mais cátion sair, maior vai ser a diferença entre os potenciais intracelular e extracelular (é uma briga eletrostática, mesmo), e em algum momento vai-se tender a formar um equilíbrio entre o que deixaria a célula e o que voltaria a ela.

É essa tendência eletronegativa, provinda das diferenças de concentração, que é o chamado potencial eletrotônico da membrana, ou potencial de repouso.

Concluindo: uma substância no interstício estaria sujeita tanto às leis de difusão (obedecendo o gradiente de concentração), quanto à atração elétrica, o que nos leva a pensar não só numa diferença química, mas numa diferença eletroquímica que ordena como as coisas se comportam.

Adendo importante:

Eu usei o exemplo dos canais de vazamento do potássio por ser mais visual, o potencial eletroquímico da célula não necessariamente tá relacionado só com isso.

Algo a se considerar:

Toda a literatura fala em potencial de membrana. Não é à toa, porque o potencial elétrico é muito mais relevante na membrana (i.e. periferia celular) do que no centro do citosol. Também por isso fica a afirmação (que gera muita confusão, admito) de que um potencial de ação não reverte concentração p*rr* nenhuma. Reverte localmente. Ou, como disse no post sobre potencial de ação, reverte "nas adjacências". Não precisa nem ir muito longe ou pensar, como disse, de maneira físico-química, mas é só imaginar o princípio da célula ser um grande economizador de energia. Pra que serviria uma bomba de sódio e potássio, se o gradiente se revertesse como um todo? Era só abrir canal que nem gastar energia não precisaria. Mas o gradiente ainda existe, principalmente se considerar a quantidade de solução que é o interstício, e o transporte contra esse gradiente, também como já foi dito, vai requerer gasto de energia.

a minha prova de fisiologia do dia 4/02 vai cair exatamente o que esse post fala, mais o conteúdo desse post

bingo, eis o material que preciso entender melhor

obrigado meus caros !

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Aula dia 25/09 - Bioquímica.

Espaço que tenha sido válida essa aula.

Tenho mais umas informações que adicionarei amanhã, pois preciso dar uma revisada nelas.

Espero que eu tenha aprendido alguma coisa.

Abraço à todos que acompnham.... e que venham las perguntas.

"All enzymes are beautiful, but ATP synthase is one of the most beautiful as well as one of the most unusual and important" – Paul Boyer

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  • 2 semanas depois...

Achei uma histórinha bem legal, achei interessante

vou colar aqui...

Para Refletir
Tínhamos uma aula de fisiologia na Escola de Medicina logo após a Semana da Pátria. Como a
maioria dos alunos havia viajado aproveitando o feriado prolongado,
todos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e assim a
excitação era geral. Um velho professor entrou na sala e imediatamente
percebeu que iria ter trabalho para conseguir silêncio. Com grande dose
de paciência tentou começar a aula, mas você acha que a turma correspondeu? Que nada!

Com um certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio
educadamente. Não adiantou, ignoramos a solicitação e continuamos firmes
na conversa. Foi aí que o velho professor perdeu a paciência e deu a
maior bronca que eu já presenciei.

Veja o que ele disse:
"Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez.

Desde que comecei a lecionar, isso já faz muitos anos, descobri que nós
professores, trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos
esses anos observei que de cada cem alunos, apenas cinco são realmente
aqueles que fazem alguma diferença no futuro. Apenas cinco se tornam
profissionais brilhantes e contribuem de uma forma significativa para
melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Os outros 95% servem apenas para fazer volume. São medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil.
O interessante é que esta porcentagem vale para todo mundo.

Se vocês prestarem atenção, notarão que de cem professores apenas cinco
são aqueles que fazem a diferença; de cem garçons, apenas cinco são
excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros
profissionais; e podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas
cinco são realmente especiais.

É uma pena muito grande não
termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível, eu
deixaria apenas os alunos especiais nessa sala e colocaria os demais
para fora, então teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e
dormiria tranqüilo sabendo ter investido nos melhores.
Mas infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo é capaz de mostrar isso.


Portanto terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos
especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto. Claro
que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá.
Obrigado pela atenção e vamos a aula de hoje."

Nem preciso dizer sobre o silêncio que ficou na sala e no nível de atenção que o professor conseguiu após aquele discurso.

Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, pois minha turma teve um
comportamento exemplar em todas as aulas de Fisiologia durante todo o
semestre: afinal, quem gostaria de espontaneamente ser classificado como
fazendo parte do resto?

Hoje não me lembro muita coisa das
aulas Fisiologia, mas a bronca do professor eu nunca mais esqueci. Para
mim, aquele professor foi um dos 5% que fizeram a diferença em minha
vida. De fato percebi que ele tinha razão e, desde então, tenho feito de
tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, não há
como saber se estamos indo bem ou não: só o tempo dirá a que grupo
pertencemos.

Contudo, uma coisa é certa: se não tentarmos ser
especiais em tudo que fazemos, se não tentarmos fazer tudo o melhor
possível, seguramente sobraremos na turma do resto.

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