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Indústria do açúcar manipulou pesquisas antigas


Marlon Henrique01

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Indústria do açúcar pagou para que a gordura levasse culpa por doenças

 

Professor da Universidade da Califórnia descobriu que indústria pagou para que pesquisadores de Harvard linkassem doenças cardiovasculares à gordura, e não ao açúcar

 

Os antenados em dietas da moda já devem saber que alguns nutricionistas andam adeptos de alimentações ricas em gordura – inclusive com manteiga, bacon, e gema de ovo à vontade, argumentando que não é ela, e sim o açúcar o grande culpado por problemas de saúde.

 

À primeira vista, a geração que foi doutrinada a escolher “gorduras saudáveis” no mercado entra em parafuso. Mas, aos aflitos, a ciência vem com a resposta que faltava: aparentemente, a indústria do açúcar pagou cientistas nos anos 1960 para que eles fizessem todo mundo acreditar que era a gordura saturada a verdadeira monstra por trás das doenças do coração.

 

A descoberta foi feita por um pesquisador da Universidade da Califórnia, em São Francisco, e publicada nesta segunda (12/9) na revista científica “JAMA Internal Medicine”.

Stanton Glantz, pesquisador na universidade, cavou cinco décadas de documentos sobre a relação entre nutrição e doenças cardiovasculares para concluir que muitas das recomendações alimentares em voga atualmente vêm de pesquisas falsas, pagas pela indústria.

Os documentos mostram que a indústria do açúcar, reunida hoje num grupo chamado Sugar Association (Associação do Açúcar), pagou a três cientistas da renomada Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, o equivalente a US$ 50 mil dólares (cerca de R$ 162 mil) para publicarem, em 1967, um estudo sobre gordura, açúcar e doenças do coração.

O resultado da pesquisa, estampado na época no “New England Journal of Medicine”, minimizava o papel do açúcar nos problemas cardíacos enquanto apontava para a gordura saturada como a vilã. Tanto os cientistas como os executivos do açúcar responsáveis pela pesquisa já morreram.

“Foi uma coisa muito esperta que a indústria fez, porque pesquisas como essa, especialmente as publicadas em importantes revistas científicas, tendem a dar forma a discussão científica como um todo”, disse Glentz em entrevista ao jornal “New York Times”.

Em resposta ao artigo da “JAMA”, a Sugar Association soltou uma nota justificando apenas que em 1967 as revistas médicas não exigiam que pesquisadores revelassem seus patrocinadores ou possíveis conflitos de interesse. O “New England Journal of Medicine” passou a pedir alertas de patrocínio financeiro apenas nos anos 1980. No entanto, disse que pesquisas bancadas pela indústria são importantes para o debate científico.

http://www.metropoles.com/vida-e-estilo/nutricao/industria-do-acucar-pagou-para-que-a-gordura-levasse-culpa-por-doencas

Editado por Marlon Paradise
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Pois é... É complicado confiar totalmente na ciência justamente por causa do capitalismo. A ciência também é um negócio. A Coca-Cola, por exemplo, financia estudos que apontem que a falta de exercício e näo a alimentacäo é que é o principal factor para a obesidade.

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2 horas atrás, Marlon Paradise disse:

Fico pensando quantos artigos/estudos (além da nutrição) já foram alvos de manipulação. É uma pena.

 

Veja como a indústria farmacêutica é nojenta:

 

Os bastidores da Medicina

 

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Spoiler
 
Hoje, eu vou te levar num pequeno passeio por trás das cortinas do que realmente acontece com a educação médica e a grande indústria farmacêutica (Big Pharma) sob a minha perspectiva como um médico da comunidade. Às vezes eu esqueço que nem todo mundo entende isso, uma vez que muitos dos meus amigos são médicos.
 
Os médicos precisam ter uma Formação Médica Continuada (CME), através de eventos como palestras e conferências. A CME é necessária porque muitos médicos atuam há 30 ou 40 anos, e a medicina está mudando continuamente, de modo que não se pode confiar apenas no que foi ensinado na faculdade de medicina, por exemplo, na década de 1960. Os médicos são obrigados a ter um determinado número de horas de CME a cada ano.
 
Você pode imaginar que os médicos aprendam com especialistas imparciais dedicados a lecionar. Na verdade, nada está mais longe da verdade. O pequeno segredo sujo é que praticamente toda a CME é fortemente patrocinada pela industria farmacêutica desempenhando uma enorme influência sobre quais informações serão apresentadas aos médicos.
 
Cada nível da CME tem sido corrompido pelo $$$. Vamos começar por baixo.



 
Uma visão dos bastidores da Educação Médica
 
Artigo publicado por Jason Fung e traduzido por Regiany Floriano

 
A Big Pharma e as palestras para os médicos
 
Em praticamente todos os hospitais na América do Norte, há palestras chamados 'ciclos'. Elas acontecem em todas as especialidades e quase todos os dias, principalmente na hora do almoço. Que grande ideia. Os médicos passariam o almoço ensinando uns aos outros as complexidades de sua especialidade.
 
Desculpe, mas não. A maioria dos médicos tem preguiça de preparar um tópico para uma hora de palestra. E a maioria está ocupada demais para passar uma hora ouvindo uma palestra. Assim, o simpático representante de um laboratório da Big Pharma amavelmente recebe todos para o almoço. Almoço grátis! Isso ajuda a trazer o público, mas só isso não ajuda, pois eles ainda precisam de um palestrante.
GrandRounds2015.jpg
 
 
Mais uma vez, o representante de laboratório é capaz de providenciar palestrantes! A Big Pharma contrata médicos para dar palestras. É claro que esses médicos ainda estão ocupados demais para produzir a sua própria apresentação, então, por sorte, o laboratório dos medicamentos também prepara todo o kit de slides com notas completas, de modo que tudo que o médico precisa fazer é ser o “papagaio” das palavras escritas para ele. Ele só empresta seu nome para dar a essas palestras o brilho de respeitabilidade. Você pode ter certeza de que esses 'ciclos' sempre apoiam o uso de mais e mais medicamentos.

 
O valor normal para dar uma dessas palestras no Canadá é de R$1500 para uma única hora de trabalho. Muito lucrativo, mesmo que isso signifique que você precise se prostituir intelectualmente. Surpreendentemente, não faltam médicos dispostos a fazer essas apresentações. Alguns médicos dão palestras várias vezes por semana. Quase todos os médicos nas principais universidades estão disponíveis para serem alugados.


 
Jantares extravagantes em restaurantes de luxo
 
Há também as palestras no jantar. Estas, mais uma vez prestativamente organizadas pelos representantes dos laboratórios de medicamentos. Eles convidam os médicos locais para ouvir um 'expert'. Mais uma vez, o médico selecionado é 'convenientemente' fornecido com toda a apresentação para passar a mensagem exata que a Big Pharma quer, como um macaco treinado.
 
Quem são esses médicos selecionados para falar? Os que prescrevem a maioria das drogas, é claro. Então, eles não têm nenhum problema em ministrar essas palestras, porque eles já acreditam nisto. É basicamente um infomercial gigante.
 
Segundo os regulamentos, esses jantares não deveriam ser caros. Eles deveriam ser o equivalente às refeições do refeitório. Isso acontece? De modo algum! Estes jantares são realizados nos mais badalados restaurantes disponíveis. Claro, vem com vinho e uma sequência de 3 pratos, o que normalmente custaria cerca de US$150 por pessoa. O orador recebe US$1500 durante uma hora.
 
Devo confessar aqui. Eu fiz algumas dessas apresentações, mas fiz apenas uma nos últimos cinco anos, porque foi um pedido de um amigo meu. No entanto, eu apresentei apenas meu próprio material e eu não aceitei quaisquer restrições sobre o assunto.
 
Parei de dar essas palestras porque eu estava enojado. Os médicos na audiência estavam mais interessados em comer e visivelmente nem prestavam a atenção. Foi terrível. O dinheiro é bom, mas a minha alma pagou o preço.


 
"Legítimas" Organizações financiadas pelas empresas farmacêuticas
 
O próximo lugar que um médico pode esperar ter uma CME é através de conferências e outros simpósios. Muitas vezes, estes são organizados por organizações que parecem oficiais - geralmente algo como 'Associação Canadense de Conhecimento Médico Superior' (que não existe na realidade). O público, é claro, acha que estas são organizações são legítimas.
 
Os médicos sabem muito bem que estas organizações de marionetes são financiadas por várias empresas farmacêuticas. Isto lhes permite pagar salários aos médicos para fazer pouco mais do que ser a figura de frente - sempre de uma universidade de destaque para dar à organização um verniz respeitável. Sabe, um diretor de ciências, o Medical Science Liaison, etc.
Eles organizam um ou dois dias de conferências em hotéis que normalmente incluem cerca de 6-8 horas de aulas cheias de 'especialistas'. Estas conferências, se você tivesse que pagar pelo espaço do hotel e palestrantes normalmente custariam cerca de US$500 por pessoa. No entanto, os médicos normalmente só pagam US$25 pelos dois dias de palestras e isso inclui café da manhã, lanche e almoço! E com um piscadinha, geralmente acabam de graça.
 
É triste dizer, que estes são, mais uma vez, infomerciais de drogas mal disfarçados. Quase todos os oradores são médicos universitários, que conhecem um bom dia de pagamento quando o vêem. Eu assisti um desses há muitos anos. Dois professores universitários proeminentes fazendo uma apresentação sobre diabetes. "Há um maravilhoso tratamento que reduz o peso, pressão arterial e açúcar no sangue, sem efeitos colaterais. É chamado de exercício". Oh, isso soa promissor.
Ele então passou os próximos 59 minutos de sua palestra de 60 minutos falando sobre... drogas.
A próxima palestrante, que escreve as diretrizes do Canadian Diabetes disse: "A primeira, segunda e terceira linha de tratamento da diabetes é estilo de vida, estilo de vida e estilo de vida". Oh, isso parece promissor. Ela então passou os próximos 59 minutos de sua palestra de 60 minutos falando sobre ... drogas. Oh, que prostitutos das drogas.


 
Empresas de Medicamentos financiam pesquisas em universidades
Talvez você pense que as coisas sejam melhores nas principais universidades. Desculpe, realmente isso não é verdade. As pessoas que são promovidas na hierarquia universidade não são as mais inteligentes. Não, são aquelas que trazem a maior parte dos dólares para as pesquisas.

 
É claro, é extremamente difícil conseguir financiamento dos governos. Em vez disso, é muito mais fácil e muito mais lucrativo obter financiamento de uma empresa farmacêutica para a pesquisa. Isso é muitas vezes sob a forma de doações e cadeiras aprovadas. O maior puxa-saco da Big Pharma recebe as promoções.
É revoltante.
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O que acontece com todo o dinheiro que você doa para 'apoiar as pesquisas sobre diabetes'? Bem, a maior parte vai para pagar por hotéis elegantes, refeições sofisticadas e viagens de luxo. Oh, é claro, eles não podem chamar assim. Em vez disso, as conferências são realizadas em hotéis chiques em lugares distantes. Por que a maioria dos médicos vão para a 'Conferência Europeia do Incrível Conhecimento Médico'? (Isto na verdade não existe). Deixe-me te dizer, não é para obter um incrível conhecimento médico. Inferno! Que está disponível on-line, de graça!
 
Não, o principal objetivo é visitar Paris, ou Copenhague, ou Barcelona. Você pega os dólares da pesquisa doados de boa fé e gasta para ir para a Espanha. Você ouve uma palestra e passa os próximos 3 dias nos mais badalados restaurantes que encontrar - tudo para a pesquisa, é claro. Eu sei. O orçamento de pesquisa é usado para pagar passagem aérea, hotel e refeições. Claro, você costuma encontrar-se com representantes de medicamentos nas refeições ainda mais extravagantes. Eu fiz isso há 20 anos, quando eu era um estudante na universidade. Todo mundo conhece o jogo. Exceto você, é isso.
 
Muito duro? Bem, vamos pensar sobre isso logicamente. Considere as centenas de milhões de dólares levantados para diabetes e câncer de mama e doenças cardíacas e assim por diante. O que temos que mostrar por eles? Quase todas as drogas desenvolvidas para todas as doenças são produzidas pelas empresas farmacêuticas. Praticamente nada de útil sai das universidades.
 
A todo o financiamento já feito nas universidades acrescente um zero gigante. Se você pensasse que os médicos e acadêmicos das principais universidades estão imunes à influência da Big Pharma, você estaria extremamente enganado. Essas instituições estão tomando em uma escala maciça. Eles não pegam alguns dólares aqui e ali simplesmente, eles levam milhões de dólares.
 
Eles são as maiores prostitutas de drogas do planeta. Eles dão uma má reputação à palavra "prostituta". Pelo menos a profissional do sexo é sincera sobre o que está prestes a acontecer. Os médicos acadêmicos dão a todo o grupo um olho roxo. Eles tomam o dinheiro sujo e fingem que estão dando uma opinião imparcial.


A Coca-Cola chega em ação

 
A Universidade do Colorado, por exemplo, recebeu US$1 milhão da Coca Cola, para estabelecer um grupo de defesa que, surpresa! Iria minimizar o risco do açúcar. Você, como público teria presumido que este parecer exonerando o açúcar viria de médicos acadêmicos que estudaram muito e pesquisaram dia e noite sobre a melhor dieta. Você estaria totalmente errado.
 
O opinião deles, apoiada pelo nome de uma universidade de prestígio, está à venda pela melhor oferta. Estes mesmos médicos e pesquisadores são sempre os que falam que você não pode confiar em todos os pareceres na internet. Acontece que as últimas pessoas confiáveis seriam eles!
 
Dr. Blair, da Universidade do Colorado estava ocupado em culpar a mídia pela crise da obesidade enquanto ele estava tomando dinheiro sujo para alimentar a crise. Eles devolveu o dinheiro, mas apenas quando foi exposto no New York Times. Caso contrário, teríamos lido opiniões de quem acreditávamos serem os honestos de professores universitários, que mas nada mais eram do que infomerciais pagos.
 
A lista continua e continua. A Academia de Nutrição e Dietética recebeu US $ 1,7 milhões da Coca-Cola. Eles representam os nutricionistas da América. Será que eles têm nossos melhores interesses no fundo? Não, você não pode morder a mão que te alimenta. Então, com o açúcar está tudo bem e as calorias é que são o problema. Sim, porque comer 100 calorias de açúcar e 100 calorias de brócolis engorda do mesmo jeito. Certo.
A Coca Cola está sendo abandonada pelos Médicos e Nutricionistas
 
A Coca-Cola gastou US $ 120 milhões desde 2010 para financiar pesquisas. Pesquisas para mostrar, sem dúvida, que o açúcar não é o culpado pela obesidade. Isso faz com os poucos dólares do médico de comunidade parecer fichinha. US$120 milhões de dólares! E então os acadêmicos irão gritar sobre como devemos seguir a medicina baseada em evidências, quando toda a base de evidências foi corrompida por interesses comerciais. Hipócritas.
 
Considere o caso de Dr. John Sievenpiper. Ele é um dos mais declarados defensores ferrenhos do açúcar na dieta. Ele está constantemente na mídia defendendo o açúcar. Oh, acontece que ele recebe dinheiro da Associação dos Refinadores de Milho!
 
Em seu artigo na revista Annals of Internal Medicine, adivinhe, defendendo o açúcar, aqui está sua lista de conflitos de interesse:
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Resumo
 
Como médico, estou bem ciente de que as opiniões dos médicos acadêmicos estão à venda. É bastante óbvio. Eles passam seus dias lendo e escrevendo pesquisas. O que é ótimo, exceto que os médicos são pagos para atender os pacientes. Assim, os médicos acadêmicos muitas vezes não fazem tanto quanto seus colegas da comunidade. Eles fazem isso, tomando dinheiro das empresas farmaceuticas. Eles estão trocando o prestígio da sua instituição por dólares. Eu sei disso. Infelizmente, a maioria do público não.
 
Portanto, tenha cuidado a quem você ouve. Há um monte de infomerciais pagos lá fora, que você nem conhece. Em última análise, você deve decidir em quem confiar com base na sua mensagem, e não seus títulos. Sua vida, literalmente, depende disso.
 
Jason Fung
 
 

 

 

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