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Repostagem Revista Isto É


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Pessoal aí vai uma reportagem que achei interessante e resolvi compartilhar. É um estudo do Incor e que será publicado na Medicine & Science in Sports & Exercise, portando acho que credibilidade é o que não falta, pois pra ser publicado em um periódico desse nível o artigo tem que ser bom hehehe. Só lembrando que a reportagem não reflete minha opinião sobre o assunto nem nada disso... apenas li e achei válido postar. Caso a moderação ache necessário pode mover para a área de artigos, pois não consegui postar lá. Ah e se possível corrijam o título do tópico... repostagem o certo seria reportagem :(

Grande abraço a todos e feliz ano novo! Que os magricelos fiquem ogros e os gordinhos percam a graxa em 2010! :D

O dano dos Anabolizantes

Pesquisa inédita revela que essas substâncias degeneram a saúde do coração, do cérebro e elevam o risco de morte súbita

Mônica Tarantino

Pela primeira vez, a medicina conseguiu descrever o impacto provocado pelo uso de esteroides anabolizantes no coração e no cérebro. Em um estudo que teve duração de quatro anos, a cardiologista Janieire Alves, da Unidade de Reabilitação Cardíaca e Fisiologia do Exercício do Instituto do Coração, de São Paulo, avaliou 40 homens com idades entre 18 e 40 anos que assumidamente se automedicavam com doses regulares dessas substâncias havia dois anos. Essas drogas imitam o hormônio masculino testosterona e são usadas com a finalidade de aumentar a massa muscular e reduzir a fadiga.

Os prejuízos ao corpo são impressionantes. “Os usuários apresentam um risco cinco vezes maior de ter acidente vascular cerebral, parada cardíaca ou morte súbita do que a população em geral”, afirma a médica Janieire. As conclusões do trabalho serão publicadas em maio de 2010 pela mais renomada revista científica de medicina do esporte, a “Medicine & Science in Sports & Exercise”, do American College of Sports Medicine. “É um avanço mundial no conhecimento sobre a utilização desses compostos”, afirma Carlos Eduardo Negrão, que participou da pesquisa.

Os voluntários do estudo foram submetidos a testes de sangue e a exames para medir a capacidade pulmonar e cardíaca de oxigenar o corpo a cada quatro meses. Porém, essa exigência reduziu o número final de participantes. Só 12 fizeram todos os testes. Além disso, dois tiveram morte súbita e um ficou com câncer de fígado. Os exames revelaram uma preocupante redução do colesterol bom (HDL) e o aumento do ruim (LDL) e dos níveis de pressão arterial (leia mais no quadro), o que eleva o risco de entupimento dos vasos sanguíneos cerebrais e do coração.

A cardiologista Janieire também identificou uma intensa mudança no ritmo do sistema nervoso simpático, que regula a contração dos vasos, a aceleração dos batimentos cardíacos e a concentração do hormônio noradrenalina no sangue. Essas modificações aumentam o esforço do coração para bombear o sangue. “Há casos em que os músculos e áreas do próprio coração recebiam apenas 40% do sangue necessário”, diz a cardiologista.

A associação dessas alterações aumenta as chances de insuficiência cardíaca precoce. O que os pesquisadores não conseguiram saber é se esses efeitos são reversíveis, com a interrupção do uso. “Não foi possível ter essa resposta porque os voluntários voltavam a tomar as substâncias quando sentiam uma perda de massa muscular”, lamenta Janieire.

A “bomba” é ainda pior

Nova pesquisa alerta para os perigos dos anabolizantes. E revela que eles podem levar à morte súbita de seus usuários

Por Monica Tarantino

O efeito dos anabolizantes sobre o coração e o cérebro é muito mais perigoso do que se suspeitava. Pesquisa recente, coordenada pela cardiologista Janieire Nunes Alves, da Unidade de Reabilitação e Fisiologia do Exercício do Instituto do Coração, em São Paulo, revelou que os usuários dessas substâncias têm cinco vezes mais riscos de sofrer um derrame ou parada cardíaca. E que o uso de anabolizantes pode causar câncer e até levar à morte súbita. Confira, abaixo, a entrevista exclusiva que a especialista concedeu a ISTOÉ Online.

ISTOÉ – Quem participou da sua pesquisa?

Janieire Alves – Homens com idade entre 18 e 40 anos que tomavam essas substâncias havia dois anos. Para achá-los, eu fui a várias academias, especialmente a algumas em que se sabia serem pontos de consumo regular de anabolizantes, para perguntar quem gostaria de participar da pesquisa. Mas foi muito difícil conseguir voluntários. As pessoas têm muito medo de ser expostas. Eles só aceitaram participar com a garantia de sigilo absoluto de seus nomes. Um dos motivos é a sua participação em competições, pois o uso de anabolizantes é ilegal. Consegui 40 pessoas, mas apenas 12 fizeram todos os testes necessários.

ISTOÉ – Os testes de rotina, feitos por atletas, não detectam os anabolizantes?

Janieire Alves – Detectam, mas há vários meios de mascarar esses resultados durante o período de competições. Para fazer nosso estudo, por exemplo, a sensibilidade do teste de urina feito inicialmente para atestar o uso foi aumentada dez vezes. Esses exames foram realizados em parceria com a professora Regina Moreau, no Laboratório de Toxicologia da Faculdade de Farmacologia da USP.

ISTOÉ – Como essas substâncias são ingeridas?

Janieire Alves – Por injeção ou via oral. No grupo estudado, vi que o uso se dá em ciclos. As pessoas tomam por cerca de dois meses, depois param algum tempo e voltam quando sentem que a musculatura começa a diminuir.

ISTOÉ – Algum dos voluntários deixou de tomar anabolizantes depois de conhecer mais sobre os efeitos que essas drogas estavam provocando no organismo?

Janieire Alves – Não. De todas as pessoas que participaram, apenas três aceitaram receber apoio psicológico para não usar mais. Um deles estava com sintomas iniciais de câncer de fígado, que é outro efeito colateral do uso constante dessas drogas.

ISTOÉ – Os anabolizantes causam alguma dependência física ou psicológica?

Janieire Alves – Pude observar que a maioria dos voluntários manifesta um transtorno de imagem conhecido como vigorexia. Por mais musculosos que estejam, eles se vêem pequenos e, por isso, precisam ganhar mais massa muscular. É praticamente o oposto da anorexia, em que a pessoa se julga gorda, ainda que isso não corresponda ao peso apontado pela balança ou à imagem refletida no espelho.

ISTOÉ – Qual é a substância mais consumida?

Janieire Alves – No grupo analisado, o estanozolol. É uma droga injetável, indicada para uso veterinário. Ela é mais consumida por ser mais acessível e de baixo custo. Promove a recuperação da musculatura dos animais. Mas existem dezenas de outras substâncias.

ISTOÉ – A musculatura obtida com anabolizantes é igual a conquistada com muita malhação?

Janieire Alves – Nosso estudo mostrou que o ganho excessivo de musculatura, o aumento do tamanho do músculo cardíaco e alterações de pressão acontecem também com as pessoas que praticam musculação em alta intensidade, ou participam das competições de halterofilismo, porém em magnitude muito inferior àqueles que tomam anabolizantes. Na população estudada por nós, identificamos que há uma piora significativa da irrigação dos tecidos. Em testes para avaliar a capacidade cardíaca e respiratória, vimos que essas pessoas ganham força, mas não têm condicionamento ou resistência equivalentes.

ISTOÉ – Existe uma dose segura de anabolizantes?

Janieire Alves - Os anabolizantes são substâncias análogas à testosterona, fabricada nos testículos. Se ela já existe em quantidade suficiente no organismo, doses adicionais inibirão a produção orgânica (natural). A questão é que as substâncias sintéticas não são aceitas da mesma forma que a testosterona natural por outras glândulas, o que inicia um desequilíbrio na troca de mensagens entre os hormônios que regulam os ritmos do corpo. Em consequência, isso leva aos efeitos indesejáveis. Na minha opinião, não se deve tomar se não existe carência provada em exames laboratoriais. O estudo que fizemos fornece sólido embasamento científico mostrando que, para o sistema cardiovascular, essas substâncias são muito deletérias. Elas agem, por exemplo, sobre a glândula supra-renal, estimulando a maior liberação de noradrenalina, que pode aumentar o risco de desenvolvimento de arritmias cardíacas (alterações do ritmo cardíaco), podendo levar até à morte súbita.

Link da reportagem: O dano dos anabolizantes

Editado por Don_alemao
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Janieire Alves – No grupo analisado, o estanozolol. É uma droga injetável, indicada para uso veterinário. Ela é mais consumida por ser mais acessível e de baixo custo. Promove a recuperação da musculatura dos animais. Mas existem dezenas de outras substâncias.

Estano é caro pow, custo x benefício meio ruim

Janieire Alves – Por injeção ou via oral. No grupo estudado, vi que o uso se dá em ciclos. As pessoas tomam por cerca de dois meses, depois param algum tempo e voltam quando sentem que a musculatura começa a diminuir.

Quando começa a diminuir... Entendo.

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na moral quem usa com "conciencia" sabe o que esta fazendo,sabe dos risocs e com certeza esta disposto a arcar com as consequencias que praticamente sao em sua maior parte desconhecidas eu ainda nao faço uso,mas talvez daqui uns anos eu possa usar mas ja sei das merda que isso pode dar e vou correr esse risco

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Janieire Alves – Por injeção ou via oral. No grupo estudado, vi que o uso se dá em ciclos. As pessoas tomam por cerca de dois meses, depois param algum tempo e voltam quando sentem que a musculatura começa a diminuir.

quando sentem a musculatura diminuir? imagina como eram os ciclos.. pós ciclo e etc

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ISTOÉ – A musculatura obtida com anabolizantes é igual a conquistada com muita malhação?

Janieire AlvesNosso estudo mostrou que o ganho excessivo de musculatura, o aumento do tamanho do músculo cardíaco e alterações de pressão acontecem também com as pessoas que praticam musculação em alta intensidade, ou participam das competições de halterofilismo, porém em magnitude muito inferior àqueles que tomam anabolizantes. Na população estudada por nós, identificamos que há uma piora significativa da irrigação dos tecidos. Em testes para avaliar a capacidade cardíaca e respiratória, vimos que essas pessoas ganham força, mas não têm condicionamento ou resistência equivalentes.

Não concordo com isso, se um cara malha "limpo" pode ter problemas de saúde(coração e bla bla)só porque malha pesado? O máximo que pode acontecer e que ele(a)vai parar em uma sala de fisioterapia por causa de alguma lesão.

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Parabéns pelo tópico meu amigo.

Valeu Luciano!

A reporter perguntou uma coisa e a resposta foi outra.

Logico que não dá pra conquistar a musculatura obtida com anabolizantes, sem o uso dessas substancias

É como um fusca querer correr como uma Ferrari

Na verdade eu acho que ele já respondeu subentendendo-se que a resposta primária era sim a musculatura é a mesma mas com certos prejuízos na parte de irrigação, circulação e capacidade respirátoria que fazem com que essa musculatura não tenha a mesma capacidade que talvez tivesse em um organismo onde a parte respiratória e circulatória (irrigação do músculo) não esteja comprometida.

quando sentem a musculatura diminuir? imagina como eram os ciclos.. pós ciclo e etc

É verdade na reportagem pelo menos não fica claro se as pessoas que participaram do estudo faziam ciclos dos mais corretos possiveis. É bem possível que no artigo sim eles citem como foram cada ciclo. Acho que tiveram sim ciclos certinhos e ciclos beeeem toscos.

Não concordo com isso, se um cara malha "limpo" pode ter problemas de saúde(coração e bla bla)só porque malha pesado? O máximo que pode acontecer e que ele(a)vai parar em uma sala de fisioterapia por causa de alguma lesão.

Isso é verdade sim Thiago, já está provado que o treino de alta intensidade causa aumento da musculatura cardíaca e alterações de pressão. Mas é bem como ele disse mesmo são bem inferiores. Pelo que eu sei isso só é mais propenso nas pessoas que se preocupam somente com os treinos com pesos e esquecem dos exercícios aeróbicos.

Bom artigo, mas não vai mudar em nada quem ja decidiu ciclar, rs.

Também acho Leandrão mas nem foi com essa intenção que eu postei e acredito que o estudo também nem teve lá tanta intenção de fazer isso viu... acho que pra eles vale muito mais o valor científico da coisa e de conseguir mensurar os prejuízos que já era conhecidos mas não tinham sido medidos.

Abração!

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