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Como Ser Alpha?


Samuelfaj

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conhece a Paris Hilton. Petistas são burros.

O cara não conhece a Paris Hilton. Ou ele tem 10 anos de idade, ou é gay ou é eleitor do PT. Uma das 3 ou as 3.

Se todo homem lesse Alita, nenhum cairia na mão de vadias ou do golpe do baú.

Calma cara você está generalizando. Isso é errado de se fazer vindo de alguém que defende a ciência. Viste o exemplo que supracitei?

Cada um tem seus motivos para acreditar em suas crenças políticas.

Eu não conheço tanto a filosofia do astrólogo Olavo de Carvalho, então podes me confirmar essas frases são dele?

"A Astrologia é um elemento obrigatório, por isto quem não a estudou, não estudou nada, é um analfabeto, um estúpido"

"Combustível fóssil não existe. Isso é uma farsa!"

"Cigarro não faz mal"

"o darwinismo é genocida em si mesmo, desde a sua própria raiz. Ele não teve de ser deformado por discípulos infiéis para tornar-se algo que não era."

"O evolucionismo foi o pai do comunismo e do nazismo"

"O cidadão chamado Albert Einstein achou que era preferível modificar a física inteira só para não admitir que não havia provas do heliocentrismo"

Se sim, podemos concluir que não há ser humano dominando o conhecimento supremo do universo, não é? Todos tem motivos para atacar/defender um ponto de vista. O que importa é a não agressão a "persona" e sim o uso de argumentos lógicos-factuais, certo?

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Calma cara você está generalizando. Isso é errado de se fazer vindo de alguém que defende a ciência.

Este não é o tópico para isso. Mas vamos lá. Eu defendo a ciência e uso a ciência para mostrar que petista é burro. Pelo menos metodologias estatísticas bastante sérias:

"A Triple Nine Society, uma organização cuja filiação é reservada exclusivamente para pessoas de altíssimo QI (pessoas que estão acima do 99,9º percentil), fez uma pesquisa sobre as opiniões políticas de seus membros. Os resultados não são nada surpreendentes: seus membros macicamente apóiam a descriminalização de todas as drogas, da prostituição e do jogo. Também apóiam o porte de armas e o livre mercado. São contrários à intervenção do estado na saúde e aos impostos sobre a renda."

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Como disse, este não é o tópico para isso. Envie-me um MP e conversamos de boa. Se tu tiver um bom argumento para mostrar inteligencia no PT, vou curtir.

Vocês elegeram dois presidentes, um que não sabia falar e um que não sabia falar e nem escrever.

A intelectual de vocês é uma mulher que fala que "a classe média é fascista" enquanto o presidente se orgulha de inchar a classe média. De botar o pobre na classe média.

A Marilena Chauí, filosofa-mor do PT, diz que é a favor do socialismo e que a classe média é fascista. Pode?

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Se a filósofa é assim, imagina o resto.

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Editado por FrangoEctomorfo
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Quando eu tiver um fim de semana com um tempo livre aviso sim com maior prazer cara. E aquelas do Olavo tu confirmas?

Também achei isso aqui...

A Volta da Astrologia (Olavo de Carvalho)

Ainda hoje, quando falamos em astrólogos, muita gente pensa em homens sinistros de chapéus pontudos, a contemplar o céu de suas altas torres e a interpretá-lo segundo seus delírios. E, no entanto, eles já estão penetrando nos gabinetes e laboratórios da ciência, misturando-se entre químicos, biólogos, meteorologistas, médicos e financistas. . . No século passado, Carl Gustav Jung anunciou a volta da astrologia às cátedras universitárias. Na época, isso era verdade apenas em algumas raras escolas de psicologia na Suíça, onde pioneiros corajosos, como o próprio Jung, incentivavam ou promoviam cursos semi-oficiais de astrologia, à noite, para os futuros clínicos, sob os olhos complacentes dos velhos reitores.



Hoje, a Universidade de Stanford, a Escola Técnica Superior de Zurique e mais sete universidades em todo o mundo promovem estudos regulares sobre a astrologia. Na Universidade de Paris (e a França é o pais mais conservador face a astrologia), o professor Robert Jaulin, no curso de etnologia, concede "créditos" suplementares aos alunos que frequentam aulas de astrologia, e outro etnólogo, Jacques Halbronn, fundos o Movimento Astrológico Universitario, que reúne centenas de estudantes e professores da mesma universidade, e promoveu o último Congresso de Astrologia, em Paris. Desse congresso participaram figuras do porte de um Eric Weil, professor de filosofia em Louvain e pensador de renome universal.

Que é que houve? Mudou a astrologia ou a opinião maciça dos intelectuais está realizando um 'mea culpa' coletivo perante a arte de Ptolomeu e Kepler, que ainda há algumas décadas era considerada apenas uma diversão de excêntricos amalucados ou prática excusa para iludir a boa fé popular? De onde proveio essa revolução, transformando o que ontem era engodo e ilusão no que hoje é pesquisa profunda e reflexão grave?

Em 1666, expulsa das cátedras universitárias

Para começo de conversa, quem expulsou a astrologia das cátedras universitárias não foi o avanço da ciência, como normalmente se supõe, mas uma interpretação apressada das descobertas de Copérnico. A expulsão foi decretada em 1666, por Colbert, ministro de Luís XIV, com a alegação de que a astrologia não tinha fundamento cientifico.

Na realidade, a ciência da época não tinha condições mínimas para averiguar isso realmente, e a primeira pesquisa estatística sobre o assunto foi feita só trezentos anos depois. O que Colbert supôs foi que, como os horóscopos eram desenhados geocentricamente - isto é, com a Terra no meio, e o Sol, a Lua, os signos e os Planetas em torno - não podiam funcionar, já que Copérnico havia demonstrado que o que estava no centro era o Sol e não a Terra.

Colbert simplesmente não percebeu que o horóscopo não era propriamente geocêntrico mas antropocêntrico, isto é, que representava o universo centralizado não na Terra enquanto realidade física, mas no Homem, no indivíduo. O horóscopo não era um mapa físico do universo (embora fosse também isto), mas um mapa do seu significado, um mapa do sentido do universo, tal como este se apresentava para determinado indivíduo na hora e no local em que este nascia. Para esses fins, o centro do universo, o centro da experiência individual, continuava a ser obviamente a Terra (excetuando-se a hipótese de o consulente ter nascido em Marte ou na Estrela Vega), e o próprio Kepler, que calculou as órbitas heliocêntricas dos planetas, continuou a desenhar horóscopos geocentricamente até o fim dos seus dias.

Enquanto o mapa astronômico era inteiramente objetivo e material, o mapa astrológico era ao mesmo tempo objetivo e subjetivo, tal como as mandalas tibetanas, que representam ao mesmo tempo o círculo do universo exterior e o interior do homem. Esta sutileza escapou a Colbert. As universidades alemãs e suíças, mais sensatas, preferiram deixar abertas suas cátedras de astrologia, embora sem ocupantes, e foi esta brecha que permitiu a Jung anunciar uma volta triunfal.

Em 1945, reabilitada pelas provas estatísticas

Essa volta não seria nada triunfal, entretanto, se não se houvesse descoberto, pouco depois, provas eloqüentes de que a relação astroHomem não é uma pura fantasia.

Essa descoberta veio quando, em 1950, o pesquisador francês Michel Gauquelin resolveu tirar a limpo, pela estatística (sua especialidade acadêmica), a questão das "influências astrais". Desde o começo do século, o grande astrólogo Paul Choisnard pedia aos estatísticos que fizessem isso. Mas era muito difícil, porque um único mapa astrológico (feito para a hora, data e local de nascimento de um indivíduo) tem mais de mil fatores a serem levados em conta.

Por volta de 1945, outro astrólogo, Léon Lasson, conseguiu finalmente formular um bom método de aplicar a estatística à astrologia. Gauquelin aperfeiçoou esse método e o empregou numa pesquisa que abrangeu cinco mil mapas astrológicos.

A pesquisa submeteu à prova uma única doutrina astrológica, porém antiga e fundamental: a de que não só determinados planetas estão associados a determinadas profissões (Júpiter à política e ao teatro, Saturno à ciência, Marte aos esportes e artes militares, Lua à literatura), como também tais planetas exercerão uma influência mais intensa, se no instante do nascimento do indivíduo estiverem colocados em determinados pontos privilegiados do céu. Esses pontos são, segundo a doutrina, o ascendente, que é a parte mais oriental da linha do horizonte, e o meio-do-céu, que é o ponto mais alto do Zodíaco (faixa dos signos) em relação a determinado lugar da Terra.

Se a teoria estivesse certa, pensou Gauquelin, determinados planetas estariam com maior freqüência no ascendente e no meio-do-céu no nascimento das pessoas cujas profissões estivessem relacionadas com esses planetas, do que no nascimento das outras pessoas. Saturno estaria com mais freqüência no ascendente e meio-do-céu dos cientistas, Marte no dos militares, Júpiter no dos políticos e atores, etc. Inversamente, seria raro um Saturno no ascendente ou meio-do-céu dos esportistas ou atores, e assim por diante. Mais ainda: seria preciso que essa freqüência ultrapassasse a média do acaso (no jargão dos estatísticos: freqüência teórica) de maneira significativa, para se poder acreditar que o fenômeno fosse algo mais do que mera coincidência.

Do ponto de vista cientifico, a hipótese a ser testada era um absurdo completo, mas as estatísticas foram mais favoráveis ao absurdo do que ao ponto de vista científico. Com uma freqüência que só seria possível atribuir ao acaso com uma possibilidade de 1 contra 10 milhões (isso mesmo), os planetas estavam lá onde os astrólogos diziam que estariam: Júpiter no ascendente e meio-do-céu dos atores e políticos, Saturno no dos cientistas, Marte no dos esportistas e militares, Lua no dos escritores. Inversamente, a Lua não estava no ascendente nem no meio-do-céu de quem não era escritor, Marte no de quem não era militar, etc.

Embora tudo isso parecesse uma trama diabólica dos astros para confundir o bom senso dos pobres cientistas, Gauquelin, com exemplar honestidade intelectual, publicou os resultados da pesquisa, que se tornaram imediatamente motivo de escândalo e protestos gerais. O diretor do Instituto Nacional de Estatística da França, Jean Porte, convidado pelos adversários de Gauquelin a desmascarar a farsa toda, refez os cálculos e informou depois de algum tempo: lamentavelmente, os cálculos estavam certos. Ainda assim, Gauquelin refez a pesquisa, desta vez reunindo nada menos que 25.000 mapas, na França, na Bélgica, na Holanda, na Itália e na Alemanha, e chegou novamente aos mesmos resultados. Novamente Jean Porte refez as contas, e novamente elas estavam impecáveis.

Recentemente, nos Estados Unidos, a revista The Humanist publicou um abaixo-assinado de 186 cientistas contra a astrologia. Em resposta, vieram centenas de cartas a favor, e The Humanist resolveu arbitrar a questão promovendo uma pesquisa igual à de Gauquelin, com amostragem menor mas controle estatístico maior. Os resultados, pela terceira vez, foram os mesmos. (No Brasil, durante um debate na TV, o abaixo-assinado de The Humanist foi exibido como o sumo argumento antiastrológico por um psiquiatra, que obviamente não contou a continuação da história . . .)

Agora, resta saber qual e natureza do fenómeno

Todos os debates que houveram serviram para mostrar que a astrologia é um assunto infinitamente mais completo do que seus opositores jamais imaginaram.

Exemplo. Quando não pôde mais negar os resultados da pesquisa, o mais feroz adversário francês da astrologia, o astrônomo Paul Couderc, então chefe do Observatório de Paris, julgou ter descoberto um argumento fulminante ao declarar que uma correlação era uma coisa, e um mecanismo de causa e efeito, outra; que a pesquisa Gauquelin havia estabelecido uma correlação entre os astros e o Homem, mas não havia de modo algum provado que os astros causam as ações humanas, "como pretendem os astrólogos".

Os astrólogos limitaram-se a exibir os textos clássicos da sua arte, desde a Tábua de Esmeralda de Hermes Trimegisto (milênios anterior a Cristo) e as Enéadas de Plotino (século 39) até os tratados de Paracelso (século 15), Kepler (século 16) e Robert Fludd (século 17), em que por toda parte se explica a relação entre os astros e os homens como um processo de semelhança, de analogia, de simpatia, de correlação, de sincronismo, e nunca de causa e efeito.

E completaram: nenhum astrólogo jamais disse que os astros causam as ações humanas, pela simples razão de que o principio de causa e efeito, tão importante para o cientista materialista, é, para os astrólogos, um principio menor e secundário. O princípio maior é a lei de analogia, mediante a qual o grande e o pequeno, o macrocosmo e o microcosmo, a matéria e a consciência, têm uma estrutura e uma dinâmica semelhante, já que são apenas faces diversas do mesmo fenômeno.

O pobre Couderc jamais imaginou que estivesse mexendo num vespeiro tão grande. Desde essa época, praticamente cessou a polêmica rasteira tipo pró-e-contra a astrologia, e desencadeou-se um debate teórico de alto nível sobre a natureza do fenômeno revelado pela pesquisa Gauquelin. Se não se tratava de uma relação de causa e efeito, que relação era então? Um sincronismo, como pretendia Jung? Ou, como afirmava o próprio Gauquelin, tenaz estudioso dos biorritmos, existe em cada ser vivo um "relógio cósmico" que o torna receptivo a todos os ritmos do universo ao seu redor? Qual era precisamente o sentido com que os antigos falavam em "analogia"? Não seria a analogia um instrumento mental utilizável pela ciência, para a análise de fenômenos demasiado grandes e complexos, como a dinâmica da vida social e política, os grandes sistemas ecológicos, a economia das grandes nações? Não teriam os antigos astrólogos tido, milênios atrás, a intuição de um método cientifico para a abordagem de grandes problemas? Não teriam feito, como disse Lucien Malavard, "ciências humanas avant Ia lettre"? Esse é hoje o grande debate astrológico, que envolve algumas das questões mais contundentes e vivas da cultura contemporânea e ocupa alguns dos melhores cérebros da atualidade.

Os astros na religião, na biologia, nas finanças . . .

Paralelamente, prosseguiram as pesquisas. No campo da história, foi possível obter uma vasta coleção de evidências em favor da tese da astróloga Marcelle Senard (e de todos os astrólogos tradicionalistas), segundo a qual o Zodíaco é uma espécie de chave universal de todas as religiões.

Aplicando um método estrutural a praticamente todas as religiões e mitologias do mundo, o historiador Jean-Charles Pichou descobriu que existem apenas doze mitos básicos em todos os povos e lugares, e que esses mitos se sucedem segundo uma ordem mais ou menos regular.

Essas estruturas básicas são nada menos que os doze signos do Zodíaco. O trabalho de Pichou é demasiado revolucionário e demasiado volumoso para poder ser endossado ou contestado em bloco, mas certamente permanecerá como um clássico na historiografia das religiões.

Os biólogos também descobriram algumas coisas agradáveis aos astrólogos. Primeiro, simples correlações entre ciclos planetários e o metabolismo de animais e plantas estabelecidas por Frank A. Brown, da Northwestern University, EUA (o que não tem valor astrológico direto, mas constitui indicio favorável ao tipo de interdependência postulado pelos astrólogos, e que até 40 anos atrás era considerado mera ficção). Depois, um vendaval de confirmações da antiga correlação - esta, puramente astrológica - entre a lua e a fertilidade. Um pesquisador tcheco, Eugen Jorias, médico e astrólogo, chegou a estabelecer um processo astrológico de previsão de períodos de fertilidade das mulheres pela posição da Lua no instante do seu nascimento. Uma pesquisa feita pelo governo tcheco encontrou 94 por cento de acerto no método Jonas.

Em seguida, o neurologista Leonard Ravitz, da Duke University, descobriu que mudanças marcantes de potencial elétrico emitido pelo corpo humano ocorriam segundo as fases da Lua e, mais ainda (coerente com a doutrina astrológica de que a Lua está relacionada com as doenças mentais, donde a palavra lunático), que nos pacientes psicóticos tais mudanças eram nitidamente mais agudas do que nas pessoas mentalmente sadias.

Mais recentemente o economista norte-americano L. Peter Cogan procurou averiguar em que medida os ciclos de pessimismo e otimismo dos investidores, com reflexos nítidos na bolsa de valores, coincidiam com posições planetárias. Abarcando o período de 1873 a 1966, seu estudo concluiu que tais ciclos respondiam simetricamente às posições do Sol com relação a Saturno e Urano (planetas que, segundo a astrologia, regem o capitalismo). Os ciclos de pessimismo correspondiam às relações de 180 e 90 graus (ângulos "maléficos", segundo a tradição astrológica).

"Bem-aventurado aquele que pode ler no céu estrelado"

Ao lado disso, o médico holandês Nicholas Kollerstrom, pesquisador do Medical Research Hospital de Londres, refazendo uma experiência do filósofo Rudolf Steiner, de
monstrou que certas reações químicas com tons metálicos têm seu resultado alterado quando realizadas sob determinadas conjunções planetárias. Kollerstrom observa que os planetas que tiveram o poder de alterar essas reações foram precisamente aqueles que, segundo a tradição astrológica, estão relacionados com os metais que, em solução, ele usou na experiência. Saturno, cujo metal tradicional é o chumbo, alterava as reações com sulfato de chumbo, e ficava indiferente às demais; a Lua, cujo metal é a prata, só mexia com o nitrato de prata; Vênus só alterava o sulfato de cobre, já que seu metal é o cobre; e Marte, que rege o ferro, alterava as reações de sulfato de ferro.

Paralelamente, médicos e biólogos de todo o mundo vêm estudando, até sob o patrocínio da Unesco, as relações entre os ciclos planetários e os ritmos biológicos e emocionais humanos, sob o nome de biometeorologia ou de biopsicometeorologia.

Diante da convergência de tantos caminhos em direção a um fenômeno que há algumas décadas era negado em bloco, os entusiastas da conexão entre homens e astros exultam de alegrias e esperanças. Mas o que importa não é isso, e sim estudar esse fenômeno, aprender a contempla-lo e a compreendê-lo. Épocas inteiras o ignoraram. Kant e sua época viam acima de si o céu estrelado e dentro de si a lei moral. Viam um universo dividido, onde a necessidade interior do homem, a lei moral, não tinha nenhuma relação com a realidade objetiva. Até muito recentemente foi assim.

Assim no inicio do século XX, entre os horrores da Grande Guerra, o pensador materialista Georg Lukacs dizia: "Bem-aventuradas as épocas que podem ter no céu estrelado o mapa dos caminhos que lhe estão abertos! Bem-aventuradas as épocas cujos caminhos são iluminados pela luz das estrelas! Para elas, tudo é novo, e entretanto familiar! Tudo é aventura, e tudo lhe pertence, pois o fogo que arde em suas almas é da mesma natureza das estrelas". Ao redescobrir a pista das relações entre o cosmo e o Homem, nossa época recomeça a ver, depois de uma longa escuridão, a lei moral no céu estrelado e as estrelas no coração do Homem."

Entrevista de Olavo de Carvalho a Roberta Tórtora
Porto do Céu, Recife, junho 2000

Como a Astrologia contribuiu para a sua formação?


Muito. Não existe possibilidade alguma de entendimento de qualquer civilização antiga sem o conhecimento da Astrologia. O modelo de visão do mundo baseado nos ciclos planetários e nas esferas esteve em vigor durante milênios e isto continua a estar, de certo modo, no "inconsciente" das pessoas. Apesar de algumas deficiências no modelo astrológico, foi ele quem estruturou a humanidade pelo menos a partir do império egípcio-babilônico, o que significa, no mínimo, cinco mil anos de história. A Astrologia é um elemento obrigatório, por isto quem não a estudou, não estudou nada, é um analfabeto, um estúpido. O trabalho mais vigoroso nas ciências humanas do século XX, por exemplo, só aconteceu depois da existência do Instituto Warburg, fundado em Londres por um milionário judeu fugido da Alemanha, que juntou, durante 20 anos, as melhores cabeças do século em torno de uma coleção de manuscritos astrológicos e alquímicos. Sem este estudo, a comunidade acadêmica nunca teria qualquer possibilidade de compreensão real das civilizações antigas.

Quais as conseqüências da perda deste conhecimento em nosso tempo?
A conseqüência é simplesmente não entender mais o passado. Se alguém não entende as civilizações antigas, não sabe mais onde está. É uma amnésia.

Como foi que o Sr. entrou em contato com a Astrologia?
Foi uma casualidade. O Dr. Müller contratou-me na época em que eu trabalhava no Jornal da Tarde para redigir um curso de psicologia baseado em astrologia, já que era argentino e não dominava muito bem o português. Depois destas aulas, um mundo sem limites se abriu para mim.

Qual é a sua relação com a Astrologia hoje?
O meu acerto de contas com a astrologia foi o curso "Astrocaracterologia", uma espécie de conclusão que tirei dos meus vinte anos de estudo e que fechou a minha contribuição para o assunto. Eu equacionei a Astrocaracterologia de tal modo que, para avançar de onde parei, só mesmo a pesquisa experimental. Para se formar uma ciência, é preciso levantar uma série de conceitos; destes conceitos, tirar hipóteses; das hipóteses, um método e dos métodos, as pesquisas. A parte teórica eu pude concluir, mas daí para frente, a Astrocaracterologia deixou de ser problema teórico para ser de investigação científica. Eu não tenho condições de dar continuidade a estas pesquisas porque precisaria de tempo, gente e dinheiro. Voltar a mexer neste assunto só me deixaria desesperado, porque eu não poderia realizar as investigações necessárias para responder as questões que levantei.

É possível resgatar a Astrologia tradicional nos dias de hoje?
Não sei. Isto é um tremendo abacaxi. Primeiro: não existe uma só astrologia tradicional, mas milhares. Quando falamos "tradicional", estamos nos reportando a certas épocas, onde esta Astrologia estava integrada completamente nas civilizações. Se a pergunta é "nas condições da nossa sociedade, é possível produzir uma astrologia tradicional?", a resposta é "não". Precisamos retomar o estudo astrológico de um outro plano, para estruturar uma ciência. Só que não fizemos nem uma coisa nem a outra. Os astrólogos não fizeram porque têm preguiça e os outros, porque têm preconceito. Só quem se interessou realmente pela Astrologia foram historiadores e filólogos, cuja função não é desenvolver a Astrologia, mas estudar o que ela foi e qual o lugar dela nas civilizações antigas. Estes fizeram a sua parte e levaram a coisa a sério.

O trabalho dos astrólogos, então, seria pesquisar junto aos textos antigos e desenvolver a astrologia enquanto ciência, já que é impossível o resgate da astrologia tradicional?
Eu não diria que esta é a única possibilidade. Você não imagina como esta sua pergunta é difícil. A resposta é: não sei (risos). Não sei.

O Sr. afirma no seu livro "Astros e Símbolos" que não é possível a compreensão da Astrologia sem a prática de um esoterismo vivente, só alcançado através de um compromisso com um exoterismo ortodoxo. É neste sentido que é impossível a compreensão desta e de outras ciências tradicionais em nosso tempo?
A própria descrição de esoterismo e exoterismo, que levei a sério por muito tempo, eu não aceito mais. Ela não é suficiente, é muito pobre, apesar de poder ser válida. Esoterismo e exoterismo são conceitos que só se aplicam tal e qual no conceito islâmico, onde existe uma fronteira, uma lei exotérica clara que funciona para todo mundo, e organizações esotéricas, que são para os que estão interessados. Esta fronteira, tão clara no mundo islâmico, não existe no mundo cristão e em outras tradições. Como é que podemos falar em esoterismo e exoterismo no contexto budista, por exemplo? Na obra de René Guenon, ele aplica este conceito a todas as tradições, mas isto é uma espécie de "islamização" das religiões e o próprio Guenon estava consciente disso.

A Astrologia, então, pode ser resgatada num contexto cultural, mas não a astrologia tradicional?
A Astrologia esteve integrada de algum modo às tradições, mas hoje em dia não temos mais tradição espiritual nenhuma. Temos, sim, uma devastação. Como é que podemos recuperar somente a Astrologia, se ela é apenas um pedaço do equipamento? Só podemos no sentido de estudo histórico, de compreensão do passado ou então sob uma forma de ciência, do modo como as ciências hoje são compreendidas.

Esta visão que o Sr. tem hoje é diferente da apresentada nos seus livros sobre Astrologia.
Os três livros que escrevi sobre Astrologia foram redigidos para um grupo de pessoas que estavam metidas até a goela no esoterismo islâmico. Para entender-se o que está escrito, é preciso saber para quem foi escrito. Nada do que está ali pode ser transposto para um público geral sem que sejam feitas as devidas conversões. Se eu fosse reeditar estes livros, no lugar de uma página, teria que escrever trinta. Com estas perguntas, você não tem idéia da complicação que me arrumou (risos). A maior parte das coisas que está me perguntando, eu terei que responder "não sei". São talvez as questões mais espinhosas da nossa civilização e, no entanto, tem gente que dá palpites sobre elas a torto e a direito.

Esta perda das tradições espirituais tem alguma coisa a ver com a era de Aquário?
A era de Aquário é exatamente isto, a era da farsa, e já estamos nela. O Anticristo já está aí. Hoje, através dos meios de comunicação, é possível que dez pessoas mintam simultaneamente para bilhões e a farsa fica estabelecida.

Existe alguma espécie de compensação para os homens que estão vivendo na nossa época?
Sim. As pessoas são julgadas com menos severidade. Deus, nesta época, suporta coisas que em outros tempos não suportaria. Nós estamos conversando sobre coisas aqui que, no passado, demoraríamos uns vinte anos para compreender, só depois de rezar muito. Hoje não precisamos passar por diversas práticas ou rituais de iniciação para compreendermos uma série de coisas. Esta é uma espécie de compensação natural ou sobrenatural, da mesma forma que o julgamento de Deus sobre as almas torna-se muito mais brando. Se você está no meio da confusão geral e ainda está tentando descobrir o que é o certo, no meio de pessoas que não sabem mais distinguir o bem do mal, então você já fez muito.

O Sr. não utiliza os planetas Urano, Netuno e Plutão em suas análises astrológicas. Acha impossível estabelecer um simbolismo correto para estes planetas?
Não sei. Deixei este assunto de lado, porque achei que ele era mais um abacaxi. Se há alguém que não pode opinar sobre o assunto, este alguém sou eu. Não atendo para leitura de mapas há uns vinte anos, mas foi exatamente depois que deixei de trabalhar profissionalmente que comecei a estudar mesmo a astrologia. Se você está em dúvida a respeito de tudo e mexendo nos pilares de uma ciência, não tem como trabalhar com ela no campo da prática diária. Não dá para desmontar um carro e andar nele ao mesmo tempo. O questionamento teórico da Astrologia é muito profundo. Não utilizei Urano, Netuno e Plutão porque percebi que isto me colocava perguntas muito mais complicadas do que aquelas com que eu estava lidando, utilizando apenas os sete planetinhas.

O que o Sr. pensa das interpretações atribuídas a estes planetas descobertos nos últimos séculos?
Urano, por exemplo, recebe uma interpretação já muito ligada ao próprio espírito moderno. Certas organizações esotéricas agem, ritualmente, no sentido da interpretação que elas próprias atribuíram ao planeta. Os ciclos destes astros começam a trabalhar mais neste sentido, porque são reforçados pela ação humana. Eu não acredito, realmente, que um planeta possa trazer a ideologia da revolução francesa. Agora, quando se quer realizar uma grande mudança no mundo, saber da existência de um novo planeta pode ser maravilhoso, já que possibilita a realização de toda uma reinterpretação da história, com base nos significados que você mesmo quis atribuir a ele. Acontece a mesma coisa com Netuno e Plutão, mas isto não quer dizer que estas interpretações não funcionem, porque parcialmente estes efeitos podem corresponder ao dos planetas, embora sejam apenas uma parte destacada do significado total daquele astro. Até o sétimo planeta, os astrólogos contavam com uma interpretação estável entre várias civilizações e não dá para justificar estas interpretações apenas como produto ideológico de tais civilizações. Mas nestes últimos, você tem interpretações específicas da astrologia ocidental, feita quase que totalmente por sociedades secretas. Essas interpretações não tem universalidade, apesar de poderem ser parcialmente válidas. Acho que somente lá perto do século XXV que será possível entender este problema. A gente pode perguntar tudo, mas não ter todas as respostas de uma vez.

A astrologia está, então, numa encruzilhada?
Sim, ela está em uma confusão miserável. Nunca um século foi tão difícil de ser entendido contemporaneamente como este. Nós estamos vivendo numa era verdadeiramente terrível. O número de coisas que dá para saber e utilizar como orientação é muito pequeno. A humanidade sempre soube mais ou menos o que estava acontecendo, as decisões de reis e príncipes não eram mistérios inimagináveis. Hoje são. As pessoas poderosas estão distantes, cercadas por muros e muros de segredos e mentiras. Os instrumentos de ocultação são monstruosos. Mais do que na era da informação, estamos na da ocultação.

Diante de todas estas confusões incorporadas à Astrologia nos dias de hoje, ainda vale a pena falar sobre o assunto?
Se é para as pessoas entenderem o que está acontecendo, é claro que vale a pena. As discussões públicas sobre isto são muito problemáticas, e é preciso ter paciência para explicar tudo, o que numa entrevista é impossível. Vale mais é ensinar para aqueles que estão dispostos a estudar ao longo dos anos.

Por que não sou um fã de Charles Darwin

As festividades bilionárias em comemoração aos duzentos anos de nascimento de Charles Darwin tornam momentaneamente invisíveis alguns fatos essenciais da vida e da obra desse homem de ciência.



Desde logo, Darwin não inventou a teoria da evolução: encontrou-a pronta, sob a forma de doutrina esotérica, na obra do seu próprio avô, Erasmus Darwin, e como hipótese científica em menções inumeráveis espalhadas nos livros de Aristóteles, Sto. Agostinho, Sto. Tomás de Aquino e Goethe, entre outros.

Tudo o que ele fez foi arriscar uma nova explicação para essa teoria – e a explicação estava errada. Ninguém mais, entre os autoproclamados discípulos de Darwin, acredita em “seleção natural”. A teoria da moda, o chamado “neodarwinismo”, proclama que, em vez de uma seleção misteriosamente orientada ao melhoramento das espécies, tudo o que houve foram mudanças aleatórias. Que eu saiba, o mero acaso é precisamente o contrário de uma regularidade fundada em lei natural, racionalmente expressável. O darwinismo é uma idéia escorregadia e proteiforme, com a qual não se pode discutir seriamente: tão logo espremido contra a parede por uma nova objeção, ele não se defende – muda de identidade e sai cantando vitória. Muitas teorias idolatradas pelos modernos fazem isso, mas o darwinismo é a única que teve a cara de pau de transformar-se na sua contrária e continuar proclamando que ainda é a mesma.

Todos os celebrantes do ritual darwiniano, neodarwinistas inclusos, rejeitam como pseudocientífica a teoria do “design inteligente”. Mas quem inventou essa teoria foi o próprio Charles Darwin. Isso fica muito claro nos parágrafos finais de A Origem das Espécies, que na minha remota adolescência li de cabo a rabo com um enorme encantamento e que fez de mim um darwinista, fanático ao ponto de colocar o retrato do autor na parede do meu quarto, rodeado de dinossauros (só agora compreendo que ele é um deles). Agora, graças à amabilidade de um leitor, tomei conhecimento dos estudos desenvolvidos por John Angus Campbell sobre a “retórica das ciências”. Ele estuda os livros científicos sob o ponto de vista da sua estratégia de persuasão. Num vídeo fascinante que vocês podem ver em http://www.youtube.com/watch?v=_esXHcinOdA, ele demonstra que o “design inteligente” não é apenas um complemento final da teoria darwinista, mas a sua premissa fundamental, espalhada discretamente por todo edifício argumentativo de A Origem das Espécies. O “design inteligente” é, portanto, a única parcela da teoria darwiniana que ainda tem defensores: e estes são os piores inimigos do darwinismo.

É certamente um paradoxo que o inventor de uma explicação falsa para uma teoria preexistente seja celebrado como criador dessa teoria, porém um paradoxo ainda maior é que a premissa fundante da argumentação darwiniana seja repelida como a negação mesma do darwinismo.

Puramente farsesco, no entanto, é o esforço geral para camuflar a ideologia genocida que está embutida na própria lógica interna da teoria da evolução. Quando os apologistas do cientista britânico admitem a contragosto que a evolução “foi usada” para legitimar o racismo e os assassinatos em massa, eles o fazem com monstruosa hipocrisia. O darwinismo é genocida em si mesmo, desde a sua própria raiz. Ele não teve de ser deformado por discípulos infiéis para tornar-se algo que não era. Leiam estes parágrafos de Charles Darwin e digam com honestidade se o racismo e a apologia do genocídio tiveram de ser enxertados a posteriori numa teoria inocente:

“Em algum período futuro, não muito distante se medido em séculos, as raças civilizadas do homem vão certamente exterminar e substituir as raças selvagens em todo o mundo. Ao mesmo tempo, os macacos antropomorfos... serão sem dúvida exterminados. A distância entre o homem e seus parceiros inferiores será maior, pois mediará entre o homem num estado ainda mais civilizado, esperamos, do que o caucasiano, e algum macaco tão baixo quanto o babuíno, em vez de, como agora, entre o negro ou o australiano e o gorila.”

Imaginem, durante as eleições americanas, a campanha de John McCain proclamar que Barack Hussein Obama estava mais próximo do gorila do que o candidato republicano!

Tem mais: “Olhando o mundo numa data não muito distante, que incontável número de raças inferiores terá sido eliminado pelas raças civilizadas mais altas!”

Para completar, um apelo explícito à liquidação dos indesejáveis:

“Entre os selvagens, os fracos de corpo ou mente são logo eliminados; e os sobreviventes geralmente exibem um vigoroso estado de saúde. Nós, civilizados, por nosso lado, fazemos o melhor que podemos para deter o processo de eliminação: construímos asilos para os imbecis, os aleijados e os doentes; instituímos leis para proteger os pobres; e nossos médicos empenham o máximo da sua habilidade para salvar a vida de cada um até o último momento... Assim os membros fracos da sociedade civilizada propagam a sua espécie. Ninguém que tenha observado a criação de animais domésticos porá em dúvida que isso deve ser altamente prejudicial à raça humana. É surpreendente ver o quão rapidamente a falta de cuidados, ou os cuidados erroneamente conduzidos, levam à degenerescência de uma raça doméstica; mas, exceto no caso do próprio ser humano, ninguém jamais foi ignorante ao ponto de permitir que seus piores animais se reproduzissem.”

Notem bem: não sou contra a hipótese evolucionista. Do que tenho observado até hoje, devo concluir que sou o único ser humano, no meu círculo de relações próximas e distantes, que não tem a menor idéia de se a evolução aconteceu ou não aconteceu. Todo mundo tem alguma crença a respeito, e parece disposto a matar e morrer por ela. Eu não tenho nenhuma.

No entanto, minha abstinência de opiniões a respeito de uma questão que considero insolúvel não me proíbe de notar a absurdidade das opiniões de quem tenha alguma. Há muito tempo já compreendi que os cientistas são ainda menos dignos de confiança do que os políticos, e os paradoxos da fama de Charles Darwin não fazem senão confirmá-lo. Meus instintos malignos impelem-me a pegar os darwinistas pela goela e perguntar-lhes:

– Por que tanta onda em torno de Charles Darwin? Ele inventou o “design inteligente”, que vocês odeiam, e a seleção natural, que vocês dizem que é falsa. Ele pregou abertamente o racismo e o genocídio, que vocês dizem abominar. Para celebrá-lo, vocês têm de criar do nada um personagem fictício que é o contrário do que ele foi historicamente. Não vêem que tudo isso é uma palhaçada?

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Quando eu tiver um fim de semana com um tempo livre aviso sim com maior prazer cara. E aquelas do Olavo tu confirmas?

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A Volta da Astrologia (Olavo de Carvalho)

Ainda hoje, quando falamos em astrólogos, muita gente pensa em homens sinistros de chapéus pontudos, a contemplar o céu de suas altas torres e a interpretá-lo segundo seus delírios. E, no entanto, eles já estão penetrando nos gabinetes e laboratórios da ciência, misturando-se entre químicos, biólogos, meteorologistas, médicos e financistas. . . No século passado, Carl Gustav Jung anunciou a volta da astrologia às cátedras universitárias. Na época, isso era verdade apenas em algumas raras escolas de psicologia na Suíça, onde pioneiros corajosos, como o próprio Jung, incentivavam ou promoviam cursos semi-oficiais de astrologia, à noite, para os futuros clínicos, sob os olhos complacentes dos velhos reitores.

Hoje, a Universidade de Stanford, a Escola Técnica Superior de Zurique e mais sete universidades em todo o mundo promovem estudos regulares sobre a astrologia. Na Universidade de Paris (e a França é o pais mais conservador face a astrologia), o professor Robert Jaulin, no curso de etnologia, concede "créditos" suplementares aos alunos que frequentam aulas de astrologia, e outro etnólogo, Jacques Halbronn, fundos o Movimento Astrológico Universitario, que reúne centenas de estudantes e professores da mesma universidade, e promoveu o último Congresso de Astrologia, em Paris. Desse congresso participaram figuras do porte de um Eric Weil, professor de filosofia em Louvain e pensador de renome universal.

Que é que houve? Mudou a astrologia ou a opinião maciça dos intelectuais está realizando um 'mea culpa' coletivo perante a arte de Ptolomeu e Kepler, que ainda há algumas décadas era considerada apenas uma diversão de excêntricos amalucados ou prática excusa para iludir a boa fé popular? De onde proveio essa revolução, transformando o que ontem era engodo e ilusão no que hoje é pesquisa profunda e reflexão grave?

Em 1666, expulsa das cátedras universitárias

Para começo de conversa, quem expulsou a astrologia das cátedras universitárias não foi o avanço da ciência, como normalmente se supõe, mas uma interpretação apressada das descobertas de Copérnico. A expulsão foi decretada em 1666, por Colbert, ministro de Luís XIV, com a alegação de que a astrologia não tinha fundamento cientifico.

Na realidade, a ciência da época não tinha condições mínimas para averiguar isso realmente, e a primeira pesquisa estatística sobre o assunto foi feita só trezentos anos depois. O que Colbert supôs foi que, como os horóscopos eram desenhados geocentricamente - isto é, com a Terra no meio, e o Sol, a Lua, os signos e os Planetas em torno - não podiam funcionar, já que Copérnico havia demonstrado que o que estava no centro era o Sol e não a Terra.

Colbert simplesmente não percebeu que o horóscopo não era propriamente geocêntrico mas antropocêntrico, isto é, que representava o universo centralizado não na Terra enquanto realidade física, mas no Homem, no indivíduo. O horóscopo não era um mapa físico do universo (embora fosse também isto), mas um mapa do seu significado, um mapa do sentido do universo, tal como este se apresentava para determinado indivíduo na hora e no local em que este nascia. Para esses fins, o centro do universo, o centro da experiência individual, continuava a ser obviamente a Terra (excetuando-se a hipótese de o consulente ter nascido em Marte ou na Estrela Vega), e o próprio Kepler, que calculou as órbitas heliocêntricas dos planetas, continuou a desenhar horóscopos geocentricamente até o fim dos seus dias.

Enquanto o mapa astronômico era inteiramente objetivo e material, o mapa astrológico era ao mesmo tempo objetivo e subjetivo, tal como as mandalas tibetanas, que representam ao mesmo tempo o círculo do universo exterior e o interior do homem. Esta sutileza escapou a Colbert. As universidades alemãs e suíças, mais sensatas, preferiram deixar abertas suas cátedras de astrologia, embora sem ocupantes, e foi esta brecha que permitiu a Jung anunciar uma volta triunfal.

Em 1945, reabilitada pelas provas estatísticas

Essa volta não seria nada triunfal, entretanto, se não se houvesse descoberto, pouco depois, provas eloqüentes de que a relação astroHomem não é uma pura fantasia.

Essa descoberta veio quando, em 1950, o pesquisador francês Michel Gauquelin resolveu tirar a limpo, pela estatística (sua especialidade acadêmica), a questão das "influências astrais". Desde o começo do século, o grande astrólogo Paul Choisnard pedia aos estatísticos que fizessem isso. Mas era muito difícil, porque um único mapa astrológico (feito para a hora, data e local de nascimento de um indivíduo) tem mais de mil fatores a serem levados em conta.

Por volta de 1945, outro astrólogo, Léon Lasson, conseguiu finalmente formular um bom método de aplicar a estatística à astrologia. Gauquelin aperfeiçoou esse método e o empregou numa pesquisa que abrangeu cinco mil mapas astrológicos.

A pesquisa submeteu à prova uma única doutrina astrológica, porém antiga e fundamental: a de que não só determinados planetas estão associados a determinadas profissões (Júpiter à política e ao teatro, Saturno à ciência, Marte aos esportes e artes militares, Lua à literatura), como também tais planetas exercerão uma influência mais intensa, se no instante do nascimento do indivíduo estiverem colocados em determinados pontos privilegiados do céu. Esses pontos são, segundo a doutrina, o ascendente, que é a parte mais oriental da linha do horizonte, e o meio-do-céu, que é o ponto mais alto do Zodíaco (faixa dos signos) em relação a determinado lugar da Terra.

Se a teoria estivesse certa, pensou Gauquelin, determinados planetas estariam com maior freqüência no ascendente e no meio-do-céu no nascimento das pessoas cujas profissões estivessem relacionadas com esses planetas, do que no nascimento das outras pessoas. Saturno estaria com mais freqüência no ascendente e meio-do-céu dos cientistas, Marte no dos militares, Júpiter no dos políticos e atores, etc. Inversamente, seria raro um Saturno no ascendente ou meio-do-céu dos esportistas ou atores, e assim por diante. Mais ainda: seria preciso que essa freqüência ultrapassasse a média do acaso (no jargão dos estatísticos: freqüência teórica) de maneira significativa, para se poder acreditar que o fenômeno fosse algo mais do que mera coincidência.

Do ponto de vista cientifico, a hipótese a ser testada era um absurdo completo, mas as estatísticas foram mais favoráveis ao absurdo do que ao ponto de vista científico. Com uma freqüência que só seria possível atribuir ao acaso com uma possibilidade de 1 contra 10 milhões (isso mesmo), os planetas estavam lá onde os astrólogos diziam que estariam: Júpiter no ascendente e meio-do-céu dos atores e políticos, Saturno no dos cientistas, Marte no dos esportistas e militares, Lua no dos escritores. Inversamente, a Lua não estava no ascendente nem no meio-do-céu de quem não era escritor, Marte no de quem não era militar, etc.

Embora tudo isso parecesse uma trama diabólica dos astros para confundir o bom senso dos pobres cientistas, Gauquelin, com exemplar honestidade intelectual, publicou os resultados da pesquisa, que se tornaram imediatamente motivo de escândalo e protestos gerais. O diretor do Instituto Nacional de Estatística da França, Jean Porte, convidado pelos adversários de Gauquelin a desmascarar a farsa toda, refez os cálculos e informou depois de algum tempo: lamentavelmente, os cálculos estavam certos. Ainda assim, Gauquelin refez a pesquisa, desta vez reunindo nada menos que 25.000 mapas, na França, na Bélgica, na Holanda, na Itália e na Alemanha, e chegou novamente aos mesmos resultados. Novamente Jean Porte refez as contas, e novamente elas estavam impecáveis.

Recentemente, nos Estados Unidos, a revista The Humanist publicou um abaixo-assinado de 186 cientistas contra a astrologia. Em resposta, vieram centenas de cartas a favor, e The Humanist resolveu arbitrar a questão promovendo uma pesquisa igual à de Gauquelin, com amostragem menor mas controle estatístico maior. Os resultados, pela terceira vez, foram os mesmos. (No Brasil, durante um debate na TV, o abaixo-assinado de The Humanist foi exibido como o sumo argumento antiastrológico por um psiquiatra, que obviamente não contou a continuação da história . . .)

Agora, resta saber qual e natureza do fenómeno

Todos os debates que houveram serviram para mostrar que a astrologia é um assunto infinitamente mais completo do que seus opositores jamais imaginaram.

Exemplo. Quando não pôde mais negar os resultados da pesquisa, o mais feroz adversário francês da astrologia, o astrônomo Paul Couderc, então chefe do Observatório de Paris, julgou ter descoberto um argumento fulminante ao declarar que uma correlação era uma coisa, e um mecanismo de causa e efeito, outra; que a pesquisa Gauquelin havia estabelecido uma correlação entre os astros e o Homem, mas não havia de modo algum provado que os astros causam as ações humanas, "como pretendem os astrólogos".

Os astrólogos limitaram-se a exibir os textos clássicos da sua arte, desde a Tábua de Esmeralda de Hermes Trimegisto (milênios anterior a Cristo) e as Enéadas de Plotino (século 39) até os tratados de Paracelso (século 15), Kepler (século 16) e Robert Fludd (século 17), em que por toda parte se explica a relação entre os astros e os homens como um processo de semelhança, de analogia, de simpatia, de correlação, de sincronismo, e nunca de causa e efeito.

E completaram: nenhum astrólogo jamais disse que os astros causam as ações humanas, pela simples razão de que o principio de causa e efeito, tão importante para o cientista materialista, é, para os astrólogos, um principio menor e secundário. O princípio maior é a lei de analogia, mediante a qual o grande e o pequeno, o macrocosmo e o microcosmo, a matéria e a consciência, têm uma estrutura e uma dinâmica semelhante, já que são apenas faces diversas do mesmo fenômeno.

O pobre Couderc jamais imaginou que estivesse mexendo num vespeiro tão grande. Desde essa época, praticamente cessou a polêmica rasteira tipo pró-e-contra a astrologia, e desencadeou-se um debate teórico de alto nível sobre a natureza do fenômeno revelado pela pesquisa Gauquelin. Se não se tratava de uma relação de causa e efeito, que relação era então? Um sincronismo, como pretendia Jung? Ou, como afirmava o próprio Gauquelin, tenaz estudioso dos biorritmos, existe em cada ser vivo um "relógio cósmico" que o torna receptivo a todos os ritmos do universo ao seu redor? Qual era precisamente o sentido com que os antigos falavam em "analogia"? Não seria a analogia um instrumento mental utilizável pela ciência, para a análise de fenômenos demasiado grandes e complexos, como a dinâmica da vida social e política, os grandes sistemas ecológicos, a economia das grandes nações? Não teriam os antigos astrólogos tido, milênios atrás, a intuição de um método cientifico para a abordagem de grandes problemas? Não teriam feito, como disse Lucien Malavard, "ciências humanas avant Ia lettre"? Esse é hoje o grande debate astrológico, que envolve algumas das questões mais contundentes e vivas da cultura contemporânea e ocupa alguns dos melhores cérebros da atualidade.

Os astros na religião, na biologia, nas finanças . . .

Paralelamente, prosseguiram as pesquisas. No campo da história, foi possível obter uma vasta coleção de evidências em favor da tese da astróloga Marcelle Senard (e de todos os astrólogos tradicionalistas), segundo a qual o Zodíaco é uma espécie de chave universal de todas as religiões.

Aplicando um método estrutural a praticamente todas as religiões e mitologias do mundo, o historiador Jean-Charles Pichou descobriu que existem apenas doze mitos básicos em todos os povos e lugares, e que esses mitos se sucedem segundo uma ordem mais ou menos regular.

Essas estruturas básicas são nada menos que os doze signos do Zodíaco. O trabalho de Pichou é demasiado revolucionário e demasiado volumoso para poder ser endossado ou contestado em bloco, mas certamente permanecerá como um clássico na historiografia das religiões.

Os biólogos também descobriram algumas coisas agradáveis aos astrólogos. Primeiro, simples correlações entre ciclos planetários e o metabolismo de animais e plantas estabelecidas por Frank A. Brown, da Northwestern University, EUA (o que não tem valor astrológico direto, mas constitui indicio favorável ao tipo de interdependência postulado pelos astrólogos, e que até 40 anos atrás era considerado mera ficção). Depois, um vendaval de confirmações da antiga correlação - esta, puramente astrológica - entre a lua e a fertilidade. Um pesquisador tcheco, Eugen Jorias, médico e astrólogo, chegou a estabelecer um processo astrológico de previsão de períodos de fertilidade das mulheres pela posição da Lua no instante do seu nascimento. Uma pesquisa feita pelo governo tcheco encontrou 94 por cento de acerto no método Jonas.

Em seguida, o neurologista Leonard Ravitz, da Duke University, descobriu que mudanças marcantes de potencial elétrico emitido pelo corpo humano ocorriam segundo as fases da Lua e, mais ainda (coerente com a doutrina astrológica de que a Lua está relacionada com as doenças mentais, donde a palavra lunático), que nos pacientes psicóticos tais mudanças eram nitidamente mais agudas do que nas pessoas mentalmente sadias.

Mais recentemente o economista norte-americano L. Peter Cogan procurou averiguar em que medida os ciclos de pessimismo e otimismo dos investidores, com reflexos nítidos na bolsa de valores, coincidiam com posições planetárias. Abarcando o período de 1873 a 1966, seu estudo concluiu que tais ciclos respondiam simetricamente às posições do Sol com relação a Saturno e Urano (planetas que, segundo a astrologia, regem o capitalismo). Os ciclos de pessimismo correspondiam às relações de 180 e 90 graus (ângulos "maléficos", segundo a tradição astrológica).

"Bem-aventurado aquele que pode ler no céu estrelado"

Ao lado disso, o médico holandês Nicholas Kollerstrom, pesquisador do Medical Research Hospital de Londres, refazendo uma experiência do filósofo Rudolf Steiner, de

monstrou que certas reações químicas com tons metálicos têm seu resultado alterado quando realizadas sob determinadas conjunções planetárias. Kollerstrom observa que os planetas que tiveram o poder de alterar essas reações foram precisamente aqueles que, segundo a tradição astrológica, estão relacionados com os metais que, em solução, ele usou na experiência. Saturno, cujo metal tradicional é o chumbo, alterava as reações com sulfato de chumbo, e ficava indiferente às demais; a Lua, cujo metal é a prata, só mexia com o nitrato de prata; Vênus só alterava o sulfato de cobre, já que seu metal é o cobre; e Marte, que rege o ferro, alterava as reações de sulfato de ferro.

Paralelamente, médicos e biólogos de todo o mundo vêm estudando, até sob o patrocínio da Unesco, as relações entre os ciclos planetários e os ritmos biológicos e emocionais humanos, sob o nome de biometeorologia ou de biopsicometeorologia.

Diante da convergência de tantos caminhos em direção a um fenômeno que há algumas décadas era negado em bloco, os entusiastas da conexão entre homens e astros exultam de alegrias e esperanças. Mas o que importa não é isso, e sim estudar esse fenômeno, aprender a contempla-lo e a compreendê-lo. Épocas inteiras o ignoraram. Kant e sua época viam acima de si o céu estrelado e dentro de si a lei moral. Viam um universo dividido, onde a necessidade interior do homem, a lei moral, não tinha nenhuma relação com a realidade objetiva. Até muito recentemente foi assim.

Assim no inicio do século XX, entre os horrores da Grande Guerra, o pensador materialista Georg Lukacs dizia: "Bem-aventuradas as épocas que podem ter no céu estrelado o mapa dos caminhos que lhe estão abertos! Bem-aventuradas as épocas cujos caminhos são iluminados pela luz das estrelas! Para elas, tudo é novo, e entretanto familiar! Tudo é aventura, e tudo lhe pertence, pois o fogo que arde em suas almas é da mesma natureza das estrelas". Ao redescobrir a pista das relações entre o cosmo e o Homem, nossa época recomeça a ver, depois de uma longa escuridão, a lei moral no céu estrelado e as estrelas no coração do Homem."

Entrevista de Olavo de Carvalho a Roberta Tórtora

Porto do Céu, Recife, junho 2000

Como a Astrologia contribuiu para a sua formação?

Muito. Não existe possibilidade alguma de entendimento de qualquer civilização antiga sem o conhecimento da Astrologia. O modelo de visão do mundo baseado nos ciclos planetários e nas esferas esteve em vigor durante milênios e isto continua a estar, de certo modo, no "inconsciente" das pessoas. Apesar de algumas deficiências no modelo astrológico, foi ele quem estruturou a humanidade pelo menos a partir do império egípcio-babilônico, o que significa, no mínimo, cinco mil anos de história. A Astrologia é um elemento obrigatório, por isto quem não a estudou, não estudou nada, é um analfabeto, um estúpido. O trabalho mais vigoroso nas ciências humanas do século XX, por exemplo, só aconteceu depois da existência do Instituto Warburg, fundado em Londres por um milionário judeu fugido da Alemanha, que juntou, durante 20 anos, as melhores cabeças do século em torno de uma coleção de manuscritos astrológicos e alquímicos. Sem este estudo, a comunidade acadêmica nunca teria qualquer possibilidade de compreensão real das civilizações antigas.

Quais as conseqüências da perda deste conhecimento em nosso tempo?

A conseqüência é simplesmente não entender mais o passado. Se alguém não entende as civilizações antigas, não sabe mais onde está. É uma amnésia.

Como foi que o Sr. entrou em contato com a Astrologia?

Foi uma casualidade. O Dr. Müller contratou-me na época em que eu trabalhava no Jornal da Tarde para redigir um curso de psicologia baseado em astrologia, já que era argentino e não dominava muito bem o português. Depois destas aulas, um mundo sem limites se abriu para mim.

Qual é a sua relação com a Astrologia hoje?

O meu acerto de contas com a astrologia foi o curso "Astrocaracterologia", uma espécie de conclusão que tirei dos meus vinte anos de estudo e que fechou a minha contribuição para o assunto. Eu equacionei a Astrocaracterologia de tal modo que, para avançar de onde parei, só mesmo a pesquisa experimental. Para se formar uma ciência, é preciso levantar uma série de conceitos; destes conceitos, tirar hipóteses; das hipóteses, um método e dos métodos, as pesquisas. A parte teórica eu pude concluir, mas daí para frente, a Astrocaracterologia deixou de ser problema teórico para ser de investigação científica. Eu não tenho condições de dar continuidade a estas pesquisas porque precisaria de tempo, gente e dinheiro. Voltar a mexer neste assunto só me deixaria desesperado, porque eu não poderia realizar as investigações necessárias para responder as questões que levantei.

É possível resgatar a Astrologia tradicional nos dias de hoje?

Não sei. Isto é um tremendo abacaxi. Primeiro: não existe uma só astrologia tradicional, mas milhares. Quando falamos "tradicional", estamos nos reportando a certas épocas, onde esta Astrologia estava integrada completamente nas civilizações. Se a pergunta é "nas condições da nossa sociedade, é possível produzir uma astrologia tradicional?", a resposta é "não". Precisamos retomar o estudo astrológico de um outro plano, para estruturar uma ciência. Só que não fizemos nem uma coisa nem a outra. Os astrólogos não fizeram porque têm preguiça e os outros, porque têm preconceito. Só quem se interessou realmente pela Astrologia foram historiadores e filólogos, cuja função não é desenvolver a Astrologia, mas estudar o que ela foi e qual o lugar dela nas civilizações antigas. Estes fizeram a sua parte e levaram a coisa a sério.

O trabalho dos astrólogos, então, seria pesquisar junto aos textos antigos e desenvolver a astrologia enquanto ciência, já que é impossível o resgate da astrologia tradicional?

Eu não diria que esta é a única possibilidade. Você não imagina como esta sua pergunta é difícil. A resposta é: não sei (risos). Não sei.

O Sr. afirma no seu livro "Astros e Símbolos" que não é possível a compreensão da Astrologia sem a prática de um esoterismo vivente, só alcançado através de um compromisso com um exoterismo ortodoxo. É neste sentido que é impossível a compreensão desta e de outras ciências tradicionais em nosso tempo?

A própria descrição de esoterismo e exoterismo, que levei a sério por muito tempo, eu não aceito mais. Ela não é suficiente, é muito pobre, apesar de poder ser válida. Esoterismo e exoterismo são conceitos que só se aplicam tal e qual no conceito islâmico, onde existe uma fronteira, uma lei exotérica clara que funciona para todo mundo, e organizações esotéricas, que são para os que estão interessados. Esta fronteira, tão clara no mundo islâmico, não existe no mundo cristão e em outras tradições. Como é que podemos falar em esoterismo e exoterismo no contexto budista, por exemplo? Na obra de René Guenon, ele aplica este conceito a todas as tradições, mas isto é uma espécie de "islamização" das religiões e o próprio Guenon estava consciente disso.

A Astrologia, então, pode ser resgatada num contexto cultural, mas não a astrologia tradicional?

A Astrologia esteve integrada de algum modo às tradições, mas hoje em dia não temos mais tradição espiritual nenhuma. Temos, sim, uma devastação. Como é que podemos recuperar somente a Astrologia, se ela é apenas um pedaço do equipamento? Só podemos no sentido de estudo histórico, de compreensão do passado ou então sob uma forma de ciência, do modo como as ciências hoje são compreendidas.

Esta visão que o Sr. tem hoje é diferente da apresentada nos seus livros sobre Astrologia.

Os três livros que escrevi sobre Astrologia foram redigidos para um grupo de pessoas que estavam metidas até a goela no esoterismo islâmico. Para entender-se o que está escrito, é preciso saber para quem foi escrito. Nada do que está ali pode ser transposto para um público geral sem que sejam feitas as devidas conversões. Se eu fosse reeditar estes livros, no lugar de uma página, teria que escrever trinta. Com estas perguntas, você não tem idéia da complicação que me arrumou (risos). A maior parte das coisas que está me perguntando, eu terei que responder "não sei". São talvez as questões mais espinhosas da nossa civilização e, no entanto, tem gente que dá palpites sobre elas a torto e a direito.

Esta perda das tradições espirituais tem alguma coisa a ver com a era de Aquário?

A era de Aquário é exatamente isto, a era da farsa, e já estamos nela. O Anticristo já está aí. Hoje, através dos meios de comunicação, é possível que dez pessoas mintam simultaneamente para bilhões e a farsa fica estabelecida.

Existe alguma espécie de compensação para os homens que estão vivendo na nossa época?

Sim. As pessoas são julgadas com menos severidade. Deus, nesta época, suporta coisas que em outros tempos não suportaria. Nós estamos conversando sobre coisas aqui que, no passado, demoraríamos uns vinte anos para compreender, só depois de rezar muito. Hoje não precisamos passar por diversas práticas ou rituais de iniciação para compreendermos uma série de coisas. Esta é uma espécie de compensação natural ou sobrenatural, da mesma forma que o julgamento de Deus sobre as almas torna-se muito mais brando. Se você está no meio da confusão geral e ainda está tentando descobrir o que é o certo, no meio de pessoas que não sabem mais distinguir o bem do mal, então você já fez muito.

O Sr. não utiliza os planetas Urano, Netuno e Plutão em suas análises astrológicas. Acha impossível estabelecer um simbolismo correto para estes planetas?

Não sei. Deixei este assunto de lado, porque achei que ele era mais um abacaxi. Se há alguém que não pode opinar sobre o assunto, este alguém sou eu. Não atendo para leitura de mapas há uns vinte anos, mas foi exatamente depois que deixei de trabalhar profissionalmente que comecei a estudar mesmo a astrologia. Se você está em dúvida a respeito de tudo e mexendo nos pilares de uma ciência, não tem como trabalhar com ela no campo da prática diária. Não dá para desmontar um carro e andar nele ao mesmo tempo. O questionamento teórico da Astrologia é muito profundo. Não utilizei Urano, Netuno e Plutão porque percebi que isto me colocava perguntas muito mais complicadas do que aquelas com que eu estava lidando, utilizando apenas os sete planetinhas.

O que o Sr. pensa das interpretações atribuídas a estes planetas descobertos nos últimos séculos?

Urano, por exemplo, recebe uma interpretação já muito ligada ao próprio espírito moderno. Certas organizações esotéricas agem, ritualmente, no sentido da interpretação que elas próprias atribuíram ao planeta. Os ciclos destes astros começam a trabalhar mais neste sentido, porque são reforçados pela ação humana. Eu não acredito, realmente, que um planeta possa trazer a ideologia da revolução francesa. Agora, quando se quer realizar uma grande mudança no mundo, saber da existência de um novo planeta pode ser maravilhoso, já que possibilita a realização de toda uma reinterpretação da história, com base nos significados que você mesmo quis atribuir a ele. Acontece a mesma coisa com Netuno e Plutão, mas isto não quer dizer que estas interpretações não funcionem, porque parcialmente estes efeitos podem corresponder ao dos planetas, embora sejam apenas uma parte destacada do significado total daquele astro. Até o sétimo planeta, os astrólogos contavam com uma interpretação estável entre várias civilizações e não dá para justificar estas interpretações apenas como produto ideológico de tais civilizações. Mas nestes últimos, você tem interpretações específicas da astrologia ocidental, feita quase que totalmente por sociedades secretas. Essas interpretações não tem universalidade, apesar de poderem ser parcialmente válidas. Acho que somente lá perto do século XXV que será possível entender este problema. A gente pode perguntar tudo, mas não ter todas as respostas de uma vez.

A astrologia está, então, numa encruzilhada?

Sim, ela está em uma confusão miserável. Nunca um século foi tão difícil de ser entendido contemporaneamente como este. Nós estamos vivendo numa era verdadeiramente terrível. O número de coisas que dá para saber e utilizar como orientação é muito pequeno. A humanidade sempre soube mais ou menos o que estava acontecendo, as decisões de reis e príncipes não eram mistérios inimagináveis. Hoje são. As pessoas poderosas estão distantes, cercadas por muros e muros de segredos e mentiras. Os instrumentos de ocultação são monstruosos. Mais do que na era da informação, estamos na da ocultação.

Diante de todas estas confusões incorporadas à Astrologia nos dias de hoje, ainda vale a pena falar sobre o assunto?

Se é para as pessoas entenderem o que está acontecendo, é claro que vale a pena. As discussões públicas sobre isto são muito problemáticas, e é preciso ter paciência para explicar tudo, o que numa entrevista é impossível. Vale mais é ensinar para aqueles que estão dispostos a estudar ao longo dos anos.

Por que não sou um fã de Charles Darwin

As festividades bilionárias em comemoração aos duzentos anos de nascimento de Charles Darwin tornam momentaneamente invisíveis alguns fatos essenciais da vida e da obra desse homem de ciência.

Desde logo, Darwin não inventou a teoria da evolução: encontrou-a pronta, sob a forma de doutrina esotérica, na obra do seu próprio avô, Erasmus Darwin, e como hipótese científica em menções inumeráveis espalhadas nos livros de Aristóteles, Sto. Agostinho, Sto. Tomás de Aquino e Goethe, entre outros.

Tudo o que ele fez foi arriscar uma nova explicação para essa teoria – e a explicação estava errada. Ninguém mais, entre os autoproclamados discípulos de Darwin, acredita em “seleção natural”. A teoria da moda, o chamado “neodarwinismo”, proclama que, em vez de uma seleção misteriosamente orientada ao melhoramento das espécies, tudo o que houve foram mudanças aleatórias. Que eu saiba, o mero acaso é precisamente o contrário de uma regularidade fundada em lei natural, racionalmente expressável. O darwinismo é uma idéia escorregadia e proteiforme, com a qual não se pode discutir seriamente: tão logo espremido contra a parede por uma nova objeção, ele não se defende – muda de identidade e sai cantando vitória. Muitas teorias idolatradas pelos modernos fazem isso, mas o darwinismo é a única que teve a cara de pau de transformar-se na sua contrária e continuar proclamando que ainda é a mesma.

Todos os celebrantes do ritual darwiniano, neodarwinistas inclusos, rejeitam como pseudocientífica a teoria do “design inteligente”. Mas quem inventou essa teoria foi o próprio Charles Darwin. Isso fica muito claro nos parágrafos finais de A Origem das Espécies, que na minha remota adolescência li de cabo a rabo com um enorme encantamento e que fez de mim um darwinista, fanático ao ponto de colocar o retrato do autor na parede do meu quarto, rodeado de dinossauros (só agora compreendo que ele é um deles). Agora, graças à amabilidade de um leitor, tomei conhecimento dos estudos desenvolvidos por John Angus Campbell sobre a “retórica das ciências”. Ele estuda os livros científicos sob o ponto de vista da sua estratégia de persuasão. Num vídeo fascinante que vocês podem ver em http://www.youtube.com/watch?v=_esXHcinOdA, ele demonstra que o “design inteligente” não é apenas um complemento final da teoria darwinista, mas a sua premissa fundamental, espalhada discretamente por todo edifício argumentativo de A Origem das Espécies. O “design inteligente” é, portanto, a única parcela da teoria darwiniana que ainda tem defensores: e estes são os piores inimigos do darwinismo.

É certamente um paradoxo que o inventor de uma explicação falsa para uma teoria preexistente seja celebrado como criador dessa teoria, porém um paradoxo ainda maior é que a premissa fundante da argumentação darwiniana seja repelida como a negação mesma do darwinismo.

Puramente farsesco, no entanto, é o esforço geral para camuflar a ideologia genocida que está embutida na própria lógica interna da teoria da evolução. Quando os apologistas do cientista britânico admitem a contragosto que a evolução “foi usada” para legitimar o racismo e os assassinatos em massa, eles o fazem com monstruosa hipocrisia. O darwinismo é genocida em si mesmo, desde a sua própria raiz. Ele não teve de ser deformado por discípulos infiéis para tornar-se algo que não era. Leiam estes parágrafos de Charles Darwin e digam com honestidade se o racismo e a apologia do genocídio tiveram de ser enxertados a posteriori numa teoria inocente:

“Em algum período futuro, não muito distante se medido em séculos, as raças civilizadas do homem vão certamente exterminar e substituir as raças selvagens em todo o mundo. Ao mesmo tempo, os macacos antropomorfos... serão sem dúvida exterminados. A distância entre o homem e seus parceiros inferiores será maior, pois mediará entre o homem num estado ainda mais civilizado, esperamos, do que o caucasiano, e algum macaco tão baixo quanto o babuíno, em vez de, como agora, entre o negro ou o australiano e o gorila.”

Imaginem, durante as eleições americanas, a campanha de John McCain proclamar que Barack Hussein Obama estava mais próximo do gorila do que o candidato republicano!

Tem mais: “Olhando o mundo numa data não muito distante, que incontável número de raças inferiores terá sido eliminado pelas raças civilizadas mais altas!”

Para completar, um apelo explícito à liquidação dos indesejáveis:

“Entre os selvagens, os fracos de corpo ou mente são logo eliminados; e os sobreviventes geralmente exibem um vigoroso estado de saúde. Nós, civilizados, por nosso lado, fazemos o melhor que podemos para deter o processo de eliminação: construímos asilos para os imbecis, os aleijados e os doentes; instituímos leis para proteger os pobres; e nossos médicos empenham o máximo da sua habilidade para salvar a vida de cada um até o último momento... Assim os membros fracos da sociedade civilizada propagam a sua espécie. Ninguém que tenha observado a criação de animais domésticos porá em dúvida que isso deve ser altamente prejudicial à raça humana. É surpreendente ver o quão rapidamente a falta de cuidados, ou os cuidados erroneamente conduzidos, levam à degenerescência de uma raça doméstica; mas, exceto no caso do próprio ser humano, ninguém jamais foi ignorante ao ponto de permitir que seus piores animais se reproduzissem.”

Notem bem: não sou contra a hipótese evolucionista. Do que tenho observado até hoje, devo concluir que sou o único ser humano, no meu círculo de relações próximas e distantes, que não tem a menor idéia de se a evolução aconteceu ou não aconteceu. Todo mundo tem alguma crença a respeito, e parece disposto a matar e morrer por ela. Eu não tenho nenhuma.

No entanto, minha abstinência de opiniões a respeito de uma questão que considero insolúvel não me proíbe de notar a absurdidade das opiniões de quem tenha alguma. Há muito tempo já compreendi que os cientistas são ainda menos dignos de confiança do que os políticos, e os paradoxos da fama de Charles Darwin não fazem senão confirmá-lo. Meus instintos malignos impelem-me a pegar os darwinistas pela goela e perguntar-lhes:

– Por que tanta onda em torno de Charles Darwin? Ele inventou o “design inteligente”, que vocês odeiam, e a seleção natural, que vocês dizem que é falsa. Ele pregou abertamente o racismo e o genocídio, que vocês dizem abominar. Para celebrá-lo, vocês têm de criar do nada um personagem fictício que é o contrário do que ele foi historicamente. Não vêem que tudo isso é uma palhaçada?

"A Astrologia é um elemento obrigatório, por isto quem não a estudou, não estudou nada, é um analfabeto, um estúpido" (confirmo)

"Combustível fóssil não existe. Isso é uma farsa!" (não confirmo)

"Cigarro não faz mal" (não confirmo, mas o Olavo não tá muito errado não: http://www.forces.org/)

"o darwinismo é genocida em si mesmo, desde a sua própria raiz. Ele não teve de ser deformado por discípulos infiéis para tornar-se algo que não era." (confirmo)

"O evolucionismo foi o pai do comunismo e do nazismo" (confirmo)

"O cidadão chamado Albert Einstein achou que era preferível modificar a física inteira só para não admitir que não havia provas do heliocentrismo" (não confirmo)

Eu não vi ele falar nenhuma destas frases. Mas te garanto uma coisa. O olavo dos vídeos, que fala estas bobagens, é um tipo de olavo muito diferente do olavo dos livros. Por isso que nós falamos de uma tal de "síndrome do olavo", quando você difama mas nunca refuta.

Leia o debate do Olavo com o Dugin. Traga a refutação de um parágrafo se quer. Muito difícil achar quando há um rigor ali. O Olavo gravou mais de 2 mil horas de programa de rádio comentando NOTÍCIAS. A chance de sair um monte de merda é gigantesca, uma vez que nossa mídia erra, dizendo que a pepsi usa fetos abortados, por exemplo. Precisa ser muito leviano para não entender algo basilar.

O olavo não é irrefutável. Inclusive eu ando a discordar mais do que a concordar do velho. O lance é que os seus detratores estão preocupados com enlamear através da caricatura de declarações vazias ao invés de atacar o âmago da sua filosofia.

O resultado é que quem leu o Olavo ri de vocês. Por exemplo, achar que a astrologia de que o Olavo fala é a astrologia de horoscopo é uma ignorância sem limites. Ele fala da astrologia simbólica, que é um sistema nominal como a matemática, que foi base para todas as civilizações antigas. Você não consegue entender as civilizações que vieram de 500 anos para atrás sem conhecer a a astrologia. Se você não estudou astrologia, você só pode conhecer os últimos 500 anos.

Você pode argumentar que podemos conhecer o passado. A visão do presente do passado não é conhecer a história. Conhecer a história é ver, também, como o passado viria a contemporaneidade. Este foi um exercício de muitos historiadores antigos. Pois o homem esta assentado em ombro de gigantes.

Quando o Olavo fala: "A Astrologia é um elemento obrigatório, por isto quem não a estudou, não estudou nada, é um analfabeto, um estúpido" se é que ele falou isso, ele tá fazendo uma hipérbole retórica grosseira para convidar os seus próprios leitores a estudar a filosofia dele mesmo (seus livros). Ele quer grana, quer novos leitores, que novos "intelectuais" para o gramscismo dele. O olavo é uma esquerda cultural com o sinal oposto, já notou?

Mas novamente, aqui não é o local correto. Eu ando tendo tantas desavenças com opiniões do olavo que ando até desanimado para convidar os seus detratores a ler os livros dele.

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Tirei do fórum PUA... é o desabafo da ex-namorada de um cara "bonzinho", interessante?

Quem transforma os homens em galinhas são as próprias mulheres, tudo bem. Queremos homens legais, bonitos, inteligentes e românticos... Muito fácil falar, pois quando aparece um assim, de bandeja, a primeira coisa que a gente pensa é : Oba, me dei bem.

Ficamos com ele uma vez, duas. Começamos a pensar que esse cara é o cara que as nossas mães gostariam de ter como genros. Se sair um namoro, vai ser uma relação estável. Ele vai buscá-la na faculdade, vocês vão no cinema, num barzinho, ele lhe mandará flores, será gentil, carinhoso, vai ter sexo toda a semana... Tudo básico, até virar uma rotina sem graça...

Você vai começar a ver que esse cara é "perfeitinho" demais, chega a ser desinteressante, vai lentamente ficar entediada com tudo isso, chega a ficar com raiva!

Você vai olhar os caras "maus", talvez até um ex-namorado, bem humorado indo pra noite arrasar com a mulherada e vai morrer de ciúme. Vai sentir falta daquele sujeito que te fez sofrer, mas você, sem saber o porque, era louca por ele... Vai sentir falta das fortes emoções de se relacionar com um cara canalha ou da vida de solteira, das baladas, das ficadas, das noitadas com as amigas...

Você pensa: "Acho que não estou pronta pra isso, pra me enclausurar pro resto da vida nesse namoro em que não tenho certeza dos meus sentimentos, não quero magoar o cara "bonzinho" ficando mais tempo com ele."

E o bom menino se transforma num "MALA", e aos poucos vai surgindo um nojo dele, uma aversão.



Quando tu vê o nome dele no celular, não dá vontade de atender, você pensa: "NÃO TÔ MAIS AFIM, NÃO GOSTO MAIS DELE, JÁ ERA."

Daí aquela promessa de vida estável vai por água a baixo, o menino não se dá conta, a gente começa ser indiferente, muito indiferente, às vezes grossa. E o pobre rapaz pensa: “O que eu fiz? não sou bonito, legal, inteligente, companheiro, bom o suficiente? Será que há outro, será que dá para confiar?”

Coitado, ele não fez nada e não há outro homem ou qualquer outra opção melhor que ele, a culpa é nossa mesmo... Então a gente termina tudo, afinal, não vamos magoar o cara "bonzinho" enrolando ele... Aí, a gente volta pra nossa vidinha, que a gente odiava até semanas atrás. A gente não vê a hora de sair, esquecer e arrasar na noite com a galera (galera aquela desprovida de caras bonzinhos como o nosso ex)..

Um dia até acaba voltando pra um cara "mau", voltando a ter fortes emoções ao lado de um cara que parece que não sabe o que quer, que lhe faz sofrer, mas que você, sem saber o porque, é louca por ele... Grande ilusão.

Você chega em casa depois da balada, às vezes sozinha e fica tentando descobrir porque você não está satisfeita. Ah! e pensa: "De repente foi porque o cara "mau", o lindo, gostoso, misterioso, ficou contigo, passou a mão, rolou algo mais (ou não)", mas nem sequer ligou pra você, e você no interior está insatisfeita sem saber direito qual a razão. Bom você diz: "vai ver ele não estava muito bem hoje, a galera não tava muito na pilha, foi uma situação ocasional, sei lá...", mas tenta arranjar um motivo para a tal insatisfação interior - FRUSTRAÇÃO.

Daí, por mais que você não queira, você pensa, de algum modo, no seu menino bonzinho que você deixou pra trás... (mas não admitindo muito, querendo fugir do tal pensamento, achando que é apenas um momento, que vai logo passar).

Enquanto isso, o bom menino, chateado, lesado, custa a entender o que ele fez pra ter te afastado dele... Daí essa dúvida vira angústia, ressentimento, que vira raiva. Aí o menino manda tudo a puta que pariu...



Não quer mais saber de nada, só de sair pegando muita mulher. Resolve não se envolver mais, pra não sair lesado, chutado, humilhado ou chateado... Muito bem, acabamos de criar um monstro...

O tempo passa e a gente continua na mesma... Volta a reclamar da vida e dos homens. Eles só querem as coisas com mulheres cachorras e não estão nem aí pra nós... Eles são assim por culpa nossa.

O homem canalha de hoje, era a bom menino de ontem... e assim sucessivamente...Provavelmente, esse nosso ex-bom moço, deve estar enlouquecendo a cabeça de outra garota por aí...

E eu o perdi para sempre, ele virou um homem enlouquecedor, um dia o encontrei na balada e ele nem olhou pra mim.

Este é um desabafo de uma ex-namorada arrependida!

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Se o David X não for um mentiroso, ele é um dos caras mais fodas que pode haver:

Eu fui o primeiro cara entre meus amigos a ter o seu próprio apartamento.

Naqueles dias, a vida era um pouco boa demais. Eu chegava em casa do

trabalho e teria 3 ou 4 mulheres lá. Então eu dizia “Quem está com tesão?”

Então eu comia elas antes mesmo de tomar um banho. Depois um amigo ou

dois apareciam e eu dizia “Qual de vocês quer transar com esse meu amigo,

e qual de vocês quer transar com o outro?” Todos os meus amigos

transavam no meu apartamento. AHHH, os bons e velhos dias!



PS: ele é um porco nojento também

Há muitas coisas que você pode fazer para mantê-las na linha. Eu amo

quando uma mulher lambe meu cú pois me dá uma incrível vantagem na

relação. A partir desse momento, assim que elas começam a me incomodar,

eu digo “Uma mulher que lambe meu cú não fala comigo desse jeito!” É

muito melhor que um soco na cara! O que ela vai dizer? Que eu sou um

porco? Ei não era a MINHA língua lá!

Editado por A_Almeida
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