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Musculação Para Crianças


gpresott

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A ginástica com pesos pode ser divertida, além de apropriada, oferecendo segurança para a criança e o treinamento de força nas meninas ajuda a evitar a osteoporose quando adultas.

Onde estão os anões? Uma pergunta freqüente que fazíamos quando alguém argumentava que os exercícios com pesos impediriam o crescimento estatural de crianças e adolescentes. Nós sabíamos de longa data, que a musculação só trazia benefícios aos seus praticantes, independente de idade, sexo e até mesmo de condições de saúde, apenas pela observação prática de muitas décadas. Embora pudéssemos citar dezenas, ou mesmo centenas de exemplos que respaldavam nossas afirmações, estes não eram suficientes para convencer os mais céticos, assim sendo, éramos forçados a ouvir afirmações do tipo: “É claro que impede o crescimento! O indivíduo cresce para cima e o peso empurra para baixo...” Entre outros absurdos, ditos muitas vezes até por profissionais das áreas da saúde.

A criança deve ser orientada para entender por que está num programa de força e saber exatamente quais serão as vantagens advindas do treinamento.

ESTA ANTIGA CONTROVÉRSIA TERMINOU

A ciência apresentou nos últimos 15 anos, centenas de estudos conclusivos a respeito, convencendo definitivamente os profissionais da saúde da eficiência e segurança do treinamento resistido para a população mais jovem. Vejamos por exemplo, a posição de entidades internacionalmente reconhecidas como a National Strength and Conditioning Association, American Orthopedic Society for Sports Medicine e Americam Academy of Pediatrics, ao relatar os principais benefícios de um programa de musculação para crianças: aumento da força muscular, aumento da capacidade de resistência muscular localizada, redução do risco de lesões na prática esportiva e recreativa, aumento da capacidade de desempenho nas atividades físicas.

Os receios se constituíam em pura fantasia, foi o que observaram os profissionais que se envolveram em treinamento de força para crianças e adolescentes, na medida em que se especializavam em programas específicos.

A partir de 1986, observou-se que o aumento da força muscular em crianças era possível e a pergunta agora era outra: como isso ocorria, não sendo observado o crescimento do músculo? Concluiu-se que as crianças aumentavam a força em função do aperfeiçoamento da capacidade funcional do sistema nervoso, e não pela hipertrofia, difícil de ser alcançada por crianças mais jovens. Este fenômeno viria a ocorrer apenas quando estes atravessassem a fase da puberdade.

CONCEITOS EQUIVOCADOS

O cinema, a TV e a imprensa em geral, propagam imagens de indivíduos adultos levantando grandes pesos ou exibindo músculos enormes e definidos.

São os levantadores e culturistas, atletas cujos esportes utilizam o peso como base de treinamento para superar os desafios e limites impostos pelos seus esportes.

Mas não são exemplos do treinamento de força ou treinamento resistido, embora muita gente ainda acredite nisso. Razão pela qual, pais e profissionais da educação física acabam por não aconselhar crianças a praticarem exercícios com pesos, imaginando que estas iriam se submeter a treinamentos tão pesados e intensos quanto o dos atletas.

Mas o objetivo não é levantar a máxima carga possível, nem desenvolver grande massa muscular, apenas melhorar o condicionamento, evitar as lesões e aumentar o desempenho do organismo, reduzindo o risco, ou mesmo evitando as fraturas e outros traumas, tão comuns entre crianças durante as atividades esportivas, de laser e recreação.

O culturismo, onde é necessário grande massa muscular e definição, é impossível fisiologicamente para crianças, embora possa-se sugerir para estas, alguns hábitos salutares dos culturistas como a disciplina na alimentação, no repouso e nos hábitos de vida em geral, a busca pelo equilíbrio no desenvolvimento dos diversos grupos musculares, etc.

Uma criança não é um adulto pequeno, ela ainda não tem a necessária disciplina para um trabalho mais sério, mas se bem conduzida, poderá apresentar excelentes resultados em curto espaço de tempo, que lhes serão muito úteis nos brinquedos de hoje assim como nas atividades da sua futura vida adulta, além de fonte segura para mais saúde em toda a sua existência.

Mesmo sem treinamento, a força nas crianças aumenta muito em função do processo de amadurecimento.

Grandes esforços devem ser evitados. O ideal é utilizar cargas que permitam um mínimo de seis repetições.

O CRESCIMENTO ESTATURAL

Ao observar que a maioria dos grandes atletas da musculação apresentam estatura mediana - embora existam os muito altos ou muito baixos - as pessoas concluíram que os exercícios com pesos fossem os responsáveis pelo fenômeno. Por analogia, seria sensato pensar-se que o basquetebol faz crescer. Na verdade, a estatura, maior ou menor, é apenas um dos inúmeros fatores de ordem genética que tornam os indivíduos mais ou menos capazes e aptos para as exigências das diversas especialidades esportivas.

Não se deve estimular a competição entre as crianças. Cada qual reage de forma diferente ao treinamento com resultados também diferentes.

A carga genética em relação a determinadas características como a estatura dos indivíduos, não pode ser modificada. Entretanto, má alimentação, doenças e sedentarismo podem influir negativamente, razão pela qual, um estilo de vida saudável, boa alimentação e exercícios podem otimizar a potencialidade dos gens da criança.

Nenhum trabalho científico disponível sobre o assunto, documentou qualquer malefício ou influência negativa para o desenvolvimento estatural de crianças e adolescentes que se submeteram a exercícios com pesos. Alguns até sugerem o contrário, considerando-se que as atividades físicas de alta intensidade como a musculação, são estimulantes para a produção do hormônio do crescimento, que aliado às forças compressivas nas articulações e linhas de crescimento, podem desencadear situação positiva para o crescimento estatural dos jovens.

Eu particularmente acredito nessa possibilidade: a musculação favorece também o crescimento estatural.

Bibliografia e Leitura Recomendada:

Treinamento de Força para Jovens Atletas

William Kraemer/ Steven Fleck

Editora Manole – Livraria Aratebi

FONTE: Artigo publicado na Revista Musculação & Fitness - Edição 51

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Eu tinha achado um artigo falando sobre isso, o mais interessante que eu é que eles fizeram um estudo com dois grupos de crianças, um que fazia musculação e outro que só praticava educação fisica na escola, o estudo seguiu por 3 meses e adivinhem qual grupo cresceu mais?

O grupo dos jovens bombadinhos!!! huahauahuahauahuahu

Não me lembro se els cresceram 1,5 cm ou 2 cm a mais que o outro grupo.

Se eu encotrar o artigo eu posto ele aqui.

Até mais

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Visitante contodefraldas2

Verdade! faze o que não muda ! sempre vai ser assim,

Os cara sempre vão querer pegar 100kg, quando so aguenta 12kg, o que é uma ridicula. O povo tem que aprender que pegar pouco peso não é uma oisa pra sentir vergonha, tem que sentir vergonha quem faz tudo errado, so vai em academia pra desfila, toma suas bombinhas nas "nedegas" e depois vem da uma de bom pra cima dos outros.

se Fizer corretamente desde "criança" o cara ia ter um corpo rasgado e forte com 20 anos... mais lembre-se precisa exercitar o cerebro também>!! ;)

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Encontrei o artigo que eu tinha falado:

Musculação para adolescentes: sim ou não?

Muitas pessoas me perguntam se o adolescente em fase de crescimento deve ou não fazer musculação. A principal dúvida é se a musculação atrapalha o desenvolvimento e o crescimento do jovem

Durante os anos em que tenho trabalhado como professora de Educação Física e Personal trainer, além de todos os cursos que fiz, muitos deles de musculação, não encontrei nenhum documento, pesquisa, enfim, nada que comprove que a musculação atrapalha o crescimento do adolescente.

Muito pelo contrário, há alguns estudos, pesquisas e testes, como o de um professor de Educação Física da Universidade de Taubaté - UNITAU que, além da parte teórica de pesquisas, testou dois grupos de jovens de 13 e 14 anos, onde um dos grupos fez somente as aulas de Educação Física

escolar e o outro grupo, além das aulas de Educação Física, fez também três aulas semanais de musculação.

Os dois grupos de 15 adolescentes foram examinados por um médico e avaliados por um professor no início e após 3 meses de testes. Durante este período, os adolescentes realizaram 3 aulas semanais de Educação Física no ginásio de esportes do colégio, sem pesos. Um dos grupos, além destas aulas, realizou 3 treinamentos por semana de musculação, com duração de 30 minutos, usando cargas pequenas.

Exercícios realizados

Salto de Polichinelo;

Elevação de pernas, suspenso no espaldar;

Extensão na mesa Romana;

Pullover;

Pulley frente;

Elevações laterais;

Rosca direta de Bíceps;

Tríceps francês.

Eram feitas 3 séries de 10 repetições.

Resultados obtidos

O grupo que só fez aulas no colégio, após 3 meses tinha crescido em média 1,50 cm. O grupo que praticou musculação, além das aulas do colégio, cresceu em média 2,83 cm.

Assim, comparando os valores obtidos, vemos que a musculação não mostrou desvantagens no crescimento da estatura, muito pelo contrário. Diversos autores já estudaram esta questão, como Dvorkin (1982), citado por Hegedus e Almeida (1986), que recomenda que o início (entre 11 e 13 anos) seja cuidadoso e orientado quanto ao levantamento de peso e trabalho resistido. Ele afirma que é um mito que os ossos se detenham em seu crescimento em conseqüência do treinamento com cargas.

Recentemente foi lançada no Brasil, uma excelente obra sobre o tema: “Treinamento de força para jovens atletas”. De qualquer forma, é essencial que o adolescente faça uma avaliação física antes de iniciar um treinamento com pesos e fazê-lo somente com acompanhamento de um bom profissional. O jovem, por ser muito ativo, costuma gostar muito de aulas dinâmicas, como os circuitos, onde são intercalados exercícios aeróbios (caminhada, corrida, bicicleta, step etc) com exercícios localizados (com pesos). Este é um bom começo.

Fonte: http://www1.uol.com.br/cyberdiet/colunas/0..._musculacao.htm

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