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   O tema do vídeo, a proposta da derrubada de conselhos reguladores de profissão, surgiu em um momento em que considerável parte dos profissionais de Educação Física se queixam da escassa atuação destes órgãos, reclamando principalmente que só aparecem para cobrarem a anuidade.

 

   Não seria o caso de se cobrar uma melhor atuação então?

 

   Na minha profissão, que é outra, passo pelos mesmos problemas e estamos à cata de melhores representantes. Os anteriores, que deixaram a situação chegar a tal ponto, já sabe que jamais serão eleitos novamente. E, com o advento das redes sociais, a publicação de erros profissionais vem sendo cobrada com empenho, resultando em um número maior de punições,incluindo cassação da carteira do profissional envolvido.

 

   Pois bem, o que rola nas internas? Guedes, ministro da Economia do Bolsonaro, tem uma irmã, Elizabeth Guedes, presidente da Associação Nacional das Universidades Privadas. O que se pretende? Desmantelar-se as profissionais, quebrando-as em "maravilhosos" cursos básicos, acrescidos de "n" especializações onde qualquer um vá poder cursá-los, sem a necessidade do curso básico. Desta forma, as instituições de ensino privado multiplicarão seus lucros por oferecerem em sistema EaD todos os tais cursos de especialização, habilitando qualquer pessoa a atuar em um segmento que até então era minimamente fiscalizado por um órgão.

 

   Logo, a fé que o Twin traz, em apoiar tal ideia, crendo em uma auto-regulação do mercado, pode estar equivocada lá na frente. Se hoje, um formado ganha de 8 a 15 reais a hora em uma academia, o que é pouco, isso vai sumir, pois os supostos qualificados para exercerem a mesma atividade serão em número altíssimo. Ele ganha praticamente trezentos reais de um aluno que lhe pague mensalmente. Embora tenha ralado pra chegar em tal patamar glamoroso, pode estar se esquecendo de uma considerável fatia de profissionais que ralam na profissão pra ganhar pouco sem poder barganhar por saberem que outros, não qualificados, aceitam receber menos.

 

    Se não fosse isso, tomemos um contraexemplo: a OAB exige até que, quem vá lecionar história do Direito seja um advogado! Não pode ser um bacharel de história. Idem pra Medicina: o exercício ilegal leva à cadeia.

 

    Mas o rumo para o qual os jovens querem que a coisa vá hoje é este. Só o tempo mostrará que esta abertura, com dezenas de cursos com qualificação imediata e não fiscalizável, será melhor ou não.

 

--//--

 

   Agora, o que se está debatendo em paralelo neste mesmo tópico, uma coisa é importante se salientar: o Leandro Twin não é coach. Ele é um assessor técnico à distância. Prescreve séries de treino, modula os macros e esclarece dúvidas acerca das paradinhas. E só.

 

   Há portanto, a figura do assessor desportivo e do coach. Há ainda a figura do técnico, que não é comum no fisiculturismo.

 

   Coach é um cara com o qual a pessoa fica em contato quase que ininterrupto, por exemplo, no WhatsApp. Dieta, treino, qualidade de sono, paradinhas, fotos, vídeos de movimentos de exercícios, etc. É um trabalho cansativo. Geralmente atletas de alto desempenho fazem bom uso deste serviço para se concentrarem nas coisas a se fazer.

 

 

Editado por Vecchio
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