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round house kick_norris deu reputação a Lucas em Hypertrophy-Specific Training by Schrödinger
HST by Schrödinger
Vou explicar bem rápida e resumidamente como funciona o HST (Hypertrophy-Specific Training) e depois tentar explorar outras possibilidades e fazer algumas análises sobre os princípios.
O HST é baseado em quatro princípios fundamentais, quais sejam:
Tensão Mecânica
Como já mencionado em outros tópicos, tensão mecânica é exatamente o que o nome sugere, colocar tensão sobre os músculos.
Progressão de Cargas
Aqui a ideia é de progredir cargas mesmo (não tensão de forma genérica) a cada treino. Mais sobre progressão de cargas a seguir.
Estímulo Crônico
O estímulo crônico se traduz em alta frequência de treinamento. Com isso, objetiva-se ter sempre um alto estímulo anabólico, visto que síntese proteica, prostaglandinas, IGF-1 e mRNA voltam aos níveis normais após 36-48h.
Abordei a alta frequência no tópico Porque utilizar alta frequência de treinamento, onde cito vários estudos mostrando a superioridade de diluir o volume semanal em várias seções de treinamento, justamente por promover um estímulo crônico à hipertrofia e não agudo.
Descondicionamento Estratégico (SD)
Resumidamente, o SD é um período de descondicionamento posterior a um período de treinamento e anterior a um retreinamento. Com o tempo, a tendência é que a hipertrofia ocasionada pelo treino diminua até estagnar. O descondicionamento estratégico tem o objetivo de fazer com que aquele estímulo volte a dar resultados - inclusive com cargas menores do que as utilizadas no final do ciclo de treinos anterior. Há pesquisas que indicam que a massa muscular perdida - caso exista - é rapidamente recuperada e, em seguida, é alcançado um nível de hipertrofia superior ao anterior. É uma forma de driblar o platô ocasionado pelo Repeated Bout Effect (RBE), que é basicamente a adaptação do músculo às repetidas micro lesões. Algo parecido ocorre quando retornamos de um período de inatividade e a hipertrofia acontece em um ritmo mais acelerado por conta da "memória muscular".
Abaixo, segue imagem mostrando os seguintes fenômenos: doação dos mionúcleos pelas células satélite -> aumento do sarcoplasma -> posterior destreino e redução do sarcoplasma (porém com manutenção do número de mionúcleos) -> retreino, indicando o fenômeno da memória muscular, com o sarcoplasma retomando o tamanho anterior.
A Prática
O modelo de HST proposto por Bryan Haycock é composto por ciclos de 5 fases de 1-2 semanas:
SD: 1-2 semanas de descondicionamento estratégico (sem fazer absolutamente nenhuma atividade física, de preferência); 15s: 2 semanas realizando os exercícios escolhidos (preferencialmente compostos) utilizando séries de 15 repetições; 10s: 2 semanas com séries de 10 reps; 5s: 2 semanas com séries de 5 reps; 5s+: 1-2 semanas com séries de 5 reps tentando exceder as cargas do ciclo anterior. OBS.: Originalmente a ideia é realizar duas semanas apenas de excêntricas, fazendo 5 reps negativas com a 2RM – entretanto, me parece complicado de se executar isso na prática.
Antes de iniciar um ciclo, deve-se testar a 15RM, 10RM e 5RM. Depois disso, deve-se iniciar cada fase utilizando-se, ao menos, 80% da nRM (n = 15, 10 ou 5) e progredir a carga a cada treino ou a cada dois treinos até atingir 100% da nRM. Na quarta fase deve-se tentar PRs. Na verdade, utilizar no mínimo 80% da nRM é uma sugestão do Totz - membro do fórum thinkmuscle e criador do ebook do HST, que é avalizado pelo Bryan -, mas o Bryan originalmente não fez essa ressalva, como pode ser observado no exemplo de treino mais abaixo.
Exemplo prático
Aqui vou utilizar um exemplo meu e não o template padrão do Bryan, que considero ruim. O treino deve ter uma frequência mínima de 3x por semana, portanto vou utilizar um FB (igual nos 3 dias, mas é possível variar).
Seleção de Exercícios
É importante realizar, ao menos, 6 tipos de movimentos: (1) agachar; (2) estender o quadril; (3) empurrar horizontal; (4) puxar horizontal; (5) empurrar vertical; e (6) puxar vertical. Isoladores podem ser feitos, mas não é interessante realiza-los em baixas repetições. Exemplo:
Agachamento RDL Supino Reto Remada Curvada Militar Barra
Cargas
Digamos que sua 5RM no agachamento seja 85kg, sua 10RM seja 75kg e sua 15RM seja 60kg. Assim, deve-se iniciar a primeira semana com 80% da 15RM, ou seja, 48kg, em seguida aumentar até chegar a 100% da 15RM (60kg) no sexto treino, ao final da segunda semana. O mesmo deve ser feito para cada fase, exceto a última, quando deve-se tentar bater PR na 5RM.
Como o ganho de força não é muito grande nesse tipo de treino, não deve-se esperar grandes PRs, mas algo em torno de ao menos 5% de ganho de força deve acontecer para intermediários – iniciantes podem ganhar mais força e avançados menos.
Caso as cargas não sejam muito altas, os incrementos ficam muito pequenos, o que dificulta a aplicabilidade. Assim, é melhor incrementar as cargas a cada dois treinos ou realizar dois FBs distintos, de forma que haverá apenas 3 treinos pra cada exercício e, portanto, 3 incrementos.
Abaixo seguem, respectivamente, os links do ebook feito pelo usuário Totz, do FAQ book do Bryan Haycock e Borge Fagerli (Blade) e um artigo do T-Nation resumindo o HST:
https://www.lbs.co.il/LabTests/HST_Faq_book.pdf
https://www.mediafire.com/download/nz28u6ifk7h36he/HST_Ebook.pdf
https://www.t-nation.com/training/hypertrophy-specific-training
Abaixo, segue exemplo de ciclo de treino proposto pelo Bryan Haycock, contendo sugestão de exercícios e progressão de cargas:
Algumas Análises Teóricas
A ideia por trás dessa montagem é: (1) descondicionar os músculos; (2) iniciar com altas repetições para aproveitar os músculos descondicionados e lubrificar as articulações, preparando-as para as altas cargas; (3) Reduzir a faixa de repetições para continuar progredindo as cargas e, consequentemente, aumentar a tensão nos músculos; (4) progredir um pouco a força; (5) descondicionar novamente para sensibilizar o músculo ao estímulo, permitindo hipertrofia com cargas já superadas.
Há quem não goste das 15s e prefira utilizar uma faixa mais baixa de reps. Uma progressão de 12, 8 e 4 reps, por exemplo, é perfeitamente possível.
Bryan acredita que seja importante submeter os músculos a uma carga superior a anterior para driblar o Repeated Bout Effect (RBE). Entretanto, não é necessário aumentar as cargas em todas as seções. Acredita-se que a mesma carga seja efetiva para a hipertrofia por cerca de um mês. Agora um parêntese para falar de RBE e progressão de cargas:
Assim, é possível desenhar um modelo sem essa corrida desenfreada pela progressão de cargas todos os treinos. Isso faria com que a mesma carga fosse utilizada em mais seções, com apenas uma ou duas progressões em cada fase. Dessa forma, a carga inicial poderia ser mais alta – teria um percentual da nRM maior, o que tende a trazer maior ativação das fibras. Isto é mais importante nas altas repetições, já que acima de 80% da 1RM já há uma total (ou quase) ativação das fibras musculares.
Por outro lado, o descondicionamento faz com que as cargas submáximas não sejam tão submáximas quanto se poderia esperar. Tem também o fator recondicionamento das articulações e músculos e, nesse caso, a utilização de uma baixa intensidade relativa pode ser benéfica.
Pensando apenas nos princípios do HST, não me parece haver grande vantagem nas 15s. Talvez uma abordagem com incrementos menos frequentes – talvez semanais, em vez de diários – permita um início com uma faixa de repetições mais baixa, algo entre 8-12, além de menores variações na faixa de reps. Um exemplo seria iniciar com 10 e reduzir apenas 2 repetições pra acomodar os aumentos semanais de carga.
Outro aspecto importante é a frequência do descondicionamento estratégico (SD). Borge Fagerli, que contribuiu fortemente com a criação do HST, não mais acredita nestes períodos de SD a cada 6-8 semanas. Atualmente ele prefere apenas dois ou três períodos por ano.
Um detalhe importante sobre o HST, não mencionado neste texto, é o baixo volume recomendado inicialmente. Bryan se baseou em alguns estudos que não observaram diferenças em hipertrofia quando comparando únicas com múltiplas séries. A partir dessas dados, ele recomendava apenas 1-2 sets por exercício. Entretanto, sua forma de pensar mudou após a meta-análise de Wernbom (abordada no tópico Qual o volume ótimo pra hipertrofia?). Destarte, eu manteria a recomendação do tópico mencionado quanto ao volume “ótimo”.
Juntando Tudo em uma Nova Proposta
Hoje, se fosse fazer um treino pensando nos princípios do HST, faria algo parecido com o seguinte:
1 semana com 12 reps, utilizando 90-95%%12RM; 1 semana com 12 reps, utilizando 100%12RM; 1 semana com 8 reps, utilizando 90-95%%8RM; 1 semana com 8 reps, utilizando 100%8RM; 1 semana com 5 reps, utilizando 90-95%5RM; 1 semana com 5 reps, utilizando 100%5RM; 1-2 semanas com 5 reps, buscando novas marcas de repetições máximas (RM); Manteria o número de sets constante e apenas aumentaria esse volume, caso haja estagnação, ao final de um ciclo de treino; Faria SD apenas em caso de incômodos musculares e articulares excessivos.
Interessante observar que este modelo promove uma espécie de zig zag com as cargas. Segundo o Bryan isto não é um problema e pode ser bom pro ganho de força durante o ciclo, além de preservar o SNC (talvez por isso o ganho de força).
Essa faixa de reps (5-12) seria para os compostos. Para os isoladores, abusaria um pouco mais de estresse metabólico e faria algo na faixa de 8-20 reps, obedecendo o mesmo tipo de progressão de cargas e reps.
Um dos grandes problemas do HST é ter que fazer exercícios compostos desgastantes como terras e agachamentos pra 15 repetições. Por isso eu reduziria essa faixa como proposto acima. Já para os isoladores, o problema é justamente o oposto: realiza-los na faixa de 5 reps, com altas cargas – o que pode gerar sérios problemas articulares. Por isso essa diferença de faixas de repetições para cada tipo de exercício é importante.
Poder-se-ia utilizar uma faixa de intensidades diferente, mas acredito que pra quem tem o foco em hipertrofia, não é necessário e nem positivo ficar abaixo das 5-6 reps, onde ainda é possível um bom volume, sem uma demanda tão alta de tempo (descanso entre sets) e sem castigar tanto as articulações.
Pensamentos Finais
É claro que um modelo como esse precisaria ser testado e melhorado. Entretanto, ao acompanhar o HST e ler o material do Bryan, fica claro que o modelo padrão é apenas uma forma prática pensada por ele para aplicar os conceitos e ele deixa evidente que outras formatações são possíveis. O foco dele são os princípios. Infelizmente o livro nunca saiu e não temos como saber se outras variações e ideias (inclusive com atualizações com a ciência mais recente) estariam nele.
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round house kick_norris recebeu reputação de Lucas em Diário do gato de Schrödinger: LPO, powerlifting e umas paradinhas boribildi
Desse ângulo não dá pra ver direito,mas acho que tu tá não está com as escápulas aduzidas. Parece besteira, e é muito foda no início de acertar isso, mas dá uma diferença foda. Tu demora um pouco pra começar a estender o tronco, no caso espera as pernas estenderem quase que totalmente para começar a extensão do quadril.
Vi um vídeo aqui onde um treinador alemão diz para não hiperestender a cervical pois se perde tensão e tals, comecei a prestar atenção nisso e confesso que não senti muita diferença, muito talvez por que estou voltando aos treinos e pegando cargas relativamente leves.
Abraço
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round house kick_norris deu reputação a Trew em Instituto Xavier para Estudos Avançados
Desculpa me meter atrasado, sobre macros e queima de gordura, o que manda é o déficit com certeza, única diferença seria uma vantagem metabólica que existe em restringir carbo, fazer if, ciclar calorias, mas tudo a curto prazo mesmo, ngm vive de lowcarb.
No caso, o combustível primário é o carbo, enquanto tiver carbo (glicose) e o pâncreas liberar insulina, não vai ter queima de gordura, a pessoa vai ta em estado anabólico (criando tecido, seja banha seja massa), em low carb high fat, insulina baixa, glucagon alta, triglicerídeos livres sendo queimados. O problema é que aí começa os mitos e extremismos de não misturar gordura com carbo e de viver em lowcarb pq insulina engorda. Se comer uma refeição com carbos e gordura, o carbo vai ser queimado, toda gordura é estocada primariamente para posterior queima, então dps de algumas horas, a insulina vai baixar e a pessoa vai queimar gordura. Então é só uma vantagem, pequena, de restringir carbo, evitar carbo com gordura, fazer if. Estar depletado ajuda, mas quero ver alguém aguentar viver depletado só p queimar mais gordura... Quando começa a insistir em extremos, o cortisol vai subir tanto que a retenção é a proteinolise vai pegar.
No mais é bem o que vc falou Ric, déficit e seja feliz, coma seu sorvetinho em déficit, seus carbos e é isso.
Arrumei os erros de português corretor chato.
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round house kick_norris recebeu reputação de GuitarndIron2 em De iniciante a avançado da forma mais rápida – Fisiculturismo Natural e Powerlifting
Cara, tópico muito mas muito bom! Praticamente resumiu o livro do Greg e do Omar. hahaha
Parabéns pelo belo trabalho!
Abraço
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round house kick_norris deu reputação a GuitarndIron2 em De iniciante a avançado da forma mais rápida – Fisiculturismo Natural e Powerlifting
Gostaria de começar dizendo o quanto, ao longo do tempo que frequento-o, o fórum vem me auxiliado a expandir meus conhecimentos, aplicá-los e obter resultados nos meus treinos.
No entanto, lembro que quando era iniciante tinha pouca informação, ou pelo menos tinha pouca informação verdadeira do que realmente precisava saber.
A motivação de fazer este tópico vem de duas coisas: retribuir ao fórum o que venho aprendendo desde meados de 2012 e dar um norte aos iniciantes que são bombardeados de informações. Informações estas que muitas vezes não são verdadeiras e mais fazem um desserviço do que auxiliam os jovens gafanhotos.
Resumo:
Neste presente artigo/guia, tendo como referência fontes empíricas, inúmeros vídeos, artigos e publicações científicas, sintetizarei a forma de diminuir o hiato entre atleta iniciante e atleta avançado. Por atleta avançado entende-se um sujeito que está próximo do seu limite genético de aquisição de massa muscular e força. Ou seja, a maior parte dos ganhos de massa muscular e força possíveis para este atleta já foram atingidos. A ideia inicial da redação do mesmo veio através de experiências que tive ao iniciar minha jornada no treinamento com pesos, visto que a mesma foi frutífera em erros crassos resultantes de falta de informação sobre os tópicos que explanarei.
Objetivo:
Três tópicos delimitam o escopo do artigo, visando munir o iniciante do conhecimento necessário para otimizar os resultados dos seus esforços: nutrição, treinamento e fatores responsáveis pela recuperação. Em cada um dos tópicos supracitados, ater-me-ei aos principais fatores de sucesso para cada um. De forma resumida, aplicarei o Princípio de Pareto a todos estes tópicos, sempre citando outras fontes com hiperlink e as referências no final do tópico. Espero ajudar aos iniciantes, ou mesmo atletas mais experientes, com o conteúdo desse artigo.
1.Scientia potentia est
Conhecimento, ao longo da História, correlacionou-se com poder, posição social ou mesmo vantagem competitiva e bélica entre nações. Até tempos recentes, tal ativo intelectual, era restrito às classes dominantes e, em certo ponto, algumas nações o monopolizavam. Mais que qualquer outro fator, ainda hoje, o nível educacional da população é diretamente relacionado a indicadores como o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) dos países.
Faz-se necessário essa contextualização para destacar a revolução e democratização ao acesso à informação que os dias de hoje nos proporcionam. Nós, contemporâneos, com acesso à internet, temos ao nosso alcance uma quantidade próxima do infinito de informações. Diariamente, em torno de 2,7 trilhões de Gigabytes de dados são produzidos.
Mas o que isso tem a ver com musculação? Elementar, tem a ver com tudo. Pois esse dilúvio de informação tem um aspecto sombrio: de toda esta informação, apenas uma parte é verídica, cientificamente comprovada ou desmunida de interesses econômicos. No mundo da musculação, sobretudo, há uma grande quantidade de informação que é um desserviço às pessoas que buscam iniciar-se no mundo do treinamento resistido.
Táticas de marketing que ativam gatilhos mentais (digo com propriedade, por ter interesse por Marketing e estudar tal assunto) e valorizam meias verdades que compõem a maior parte do oceano de informação sobre o assunto. Visto da lógica mercadológica, fez-se de mentiras verdades para alavancar as vendas das empresas que compõem o mercado fitness e afins.
Este artigo, então, tratará das verdades que muitas vezes não estão claras para os iniciantes. Assim, os mesmos poderão poupar tempo, dinheiro e frustação em sua jornada na musculação.
1.1. Princípio de Pareto na musculação
Criando pelo economista italiano Vilfredo Pareto, o Princípio de Pareto diz que 80% da riqueza de um país está em posse de 20% da população. Após surgir atrelado à Economia, o conceito passou a ser aplicado nas mais diversas áreas, principalmente na área da Gestão da Qualidade.
Sua maior contribuição é na resolução de problemas que envolvem inúmeras causas, tornando visíveis as principais causas para o problema. De forma a diminuir drasticamente o problema ao sanar as principais causas e não todas as causas menos relevantes.
De forma gráfica, o Princípio de Pareto tem a seguinte configuração:
Mas, novamente, o que isso tem a ver com o mundo da musculação? Justamente, o objetivo deste artigo é tornar claro quais são estes 20% das causas que geram 80% dos resultados na musculação.
E o que isso tem a ver com as estratégias de marketing das empresas no mercado de suplementos e musculação em geral? A grande maioria dos produtos e artigos que a indústria produz foca-se nas inúmeras causas que geram pouquíssimos resultados, focam no que trás 20% dos resultados ao invés dos 80%. Por exemplo: fazem a frequência alimentar ou a nutrição pós-treino parecer algo muito mais importante (se é que é importante) do que é. Resultado: maiores vendas de suplementos, mais e mais variedades de suplementos no mercado, culminando em faturamento maior para estas indústrias.
Diversos Fisiculturistas e Halterofilistas da era pré-esteróides não tomavam whey, glutamina, pré-treino, BCAA, creatina e todo o resto. E obtiveram resultados excepcionais, refutando esta falácia criada pela indústria.
John Grimek, fisiculturista da era pré-esteróide
Steve Reeves, outro fisiculturista da era pre-esteróide.
*Obviamente os fisiculturistas citados acima possuem genéticas acima da média, não estou implicando que todos podem atingir um físico destes naturais.
E este é apenas um exemplo, outras dezenas de exemplos podem ser dados.
Feita a contextualização do cunho de grande parte das informações disponíveis sobre a musculação, iniciarei a explanação dos três tópicos principais para diminuir o tempo para você alcançar seus objetivos, quer seja com aspirações estéticas, quer seja com aspirações como powerlifter ou qualquer outro esporte de força, quer seja aspirando os dois (o que é perfeitamente possível).
2. Nutrição
Listarei aqui os princípios, em Nutrição, por ordem de importância. Para informações mais detalhadas, recomendo este tópico no fórum.
2.1. Ingestão Calórica
Para fins de transformação corporal esse é o principal fator. Se este fator não estiver condizente com seu objetivo, você simplesmente não irá alcança-lo. Logo, sugiro aprender a contar sua ingestão calórica para, assim, descobrir sua Taxa Metabólica Basal (TMB).
Sabendo sua TMB você tem duas opções: Bulking ou Cutting. A menos que você esteja com o BF acima de 20%, recomendo iniciar com o Bulking.
No Bulking, você irá ingerir mais calorias do que gasta, ou seja, irá ganhar peso. É nessa fase que você experimentará grandes ganhos de massa muscular e de força. Como regra geral, leve esse princípio: maximize seu tempo em Bulking e minimize seu tempo em Cutting. O maior progresso é feito quanto estamos em Bulking.
Como recomendação geral, faça Bulkings lentos: ganhos de 1.5-2 kg/mês durante o primeiro ano de treino, ganhos de 1 kg/ mês após isso e ganhos de 0,5 kg/ mês para atletas próximos do limite genético. Ressalto que, como natural, a abordagem lenta e gradual para bulking e cutting é a mais benéfica: se estiver ganhando peso rápido demais, diminua as calorias; se estiver perdendo peso demais, aumenta as calorias.
Recomendo fazer um bulking de 18-24 meses antes de iniciar seu primeiro cutting. Isso maximizará seus ganhos de iniciantes, pois eles serão cada vez mais difíceis. Quando for fazer seu cutting, faça com déficits pequenos e focando-se em manter a força. Essa é uma boa estratégia para fazer um Cutting que lhe custará o mínimo possível de massa muscular possível.
Tenha em mente sempre o resultado a longo prazo, sem essa mentalidade seus resultados não serão os melhores possíveis ao longo dos anos. Não aborte o bulking porque está com o BF um pouco alto ou diminua as colorias demais no cutting para secar mais rápido (o que não acontecerá de qualquer jeito, pelo sem custar massa muscular e reduzir a sua TMB significativamente). Para cutting, leve o lema: coma o máximo que puder e que lhe leve a perder peso.
Não seja esse cara.
2.2. Ingestão de Proteínas
Como segundo tópico mais importante em termos de nutrição vem a ingestão de proteínas. Se você ingerir o número de calorias e proteínas necessários para ganho de muscular, você já terá feito 95% do que é necessário em termos de nutrição.
A recomendação minha para ingestão de proteínas é de 1.5g-2g/kg. Já utilizei ingestões maiores e, pelo que notei, não houve diferença alguma em termo de ganhos. Mais proteína que isso será um desperdício de dinheiro, principalmente se você usar suplementos como fontes de proteína. Quando menor seu BF mais próximo de 2g/kg ficaria, quando maior seu BF mais próximo de 1,5g/kg ficaria.
Para mais informações, segue link do resumo de artigos, em inglês, sobre ingestão proteica.
2.3. Coisas que não são importantes
Aqui comentarei alguns tópicos que não são tão importantes quanto parecem.
2.3.1. Ingestão de carboidratos e gordura
Visto que sua ingestão calórica e proteica está em ordem, a divisão dos restante das calorias entre gorduras e carboidratos não é de grande relevância. A única exceção para essa regra é caso você consuma muita pouca gordura ou muito poucos carboidratos. Conte sua ingestão calórica e proteica, coma uma dieta balanceada com gorduras e carboidratos (sem necessidade de contá-los) e não haverá problema algum.
2.3.2. Janela anabólica
Não leve a sério esta falácia da indústria dos suplementos. Na prática, não faz a menor diferença se você toma whey com malto depois do treino, se come algo, se não come. No fim do dia, o que importa é ingestão diária de calorias e proteínas. Há evidências de que, se a janela anabólica realmente existe, ela duraria entre 4 e 6 horas após o treino; e não 30-45 minutos como dizem alguns bussinessmen.
Além disso, se você ingeriu algum alimento alguma hora antes de ir treinar você ainda estará ingerindo os mesmos e seus macro nutrientes. O mito da janela anabólica é uma estratégia de marketing, não se iluda com isso.
Lembrando que, nos EUA, muitas pesquisas são financiadas por instituições privadas, como indústrias que fabricam suplementos, o que torna muitas delas não confiáveis. Não é porque existe um estudo sobre X assunto que diz Y, que isto está correto. É necessário analisar, com conhecimento para tal, o estudo a fundo. Há muitos estudos que falham em conceitos básicos como correlação não implica causalidade. E muitos destes são usados como para compor a campanha de marketing dos suplementos.
Ao contrário do ramo farmacêutico, onde é necessário ter a comprovação científica da eficácia da droga que se quer comercializar, a indústria dos suplementos oferece muitas poucas barreiras ao lançamento de suplementos e, além disso, não exige que eles comprovem o que está escrito em seus rótulos. Eu poderia criar um suplemento misturando BCAA, Termogênicos e Creatina dizendo algo como: perca gordura 3x mais rápido e construa músculos ao mesmo tempo (com a foto de um cara que se entope de suplementos do mercado negro). E não estaria cometendo nenhum crime e comercializaria ele sem problema algum.
2.3.3. Frequência Alimentar
Como ilustrado analisado pelo Lyle McDonald aqui comentando estudos sobre o impacto da frequência alimentar, não há nenhuma evidência que mostre que comer 6 refeições no dia é mais benéfico do que comer 2 ou 3 refeições no dia.
Não há a menor necessidade, além de ser algo pouco prático, de alimentar-se de 3 em 3 horas. Cabe a cada um achar a frequência ideal. No meu caso ela muda de acordo com a agenda do dia. Eu adapto minha frequência alimentar de forma que fique mais prático para minha rotina. Algo entre 3-4 refeições diárias é o que prático na maior parte dos dias.
Crianças que vivem em tribos da Sibéria. Os povos nativos de locais geográficos de frio extremo, habitualmente, tem frequência alimentar reduzida, ficando alguns dias sem se alimentar. Os adultos podem ingerir, de uma só vez, quantias absurdas de carne e gordura (até 7 kgs). Para quem tem interesse, segue documentário icônico sobre os Inuits, nativos do Canadá.
Somos uma máquina de sobrevivência, somos um dos animais mais adaptáveis da natureza. Podemos ficar algumas horas sem comer.
2.3.4. Batata-doce e frango
De todos as besteiras que se fala em nutrição para adeptos da musculação, a maior delas é esse dogma de que é necessário comer apenas certos alimentos como batata-doce, arroz integral, peito de frango, patinho e por aí vai.
Isso é uma inverdade tremenda, está mais que comprovado que o IIFYM funciona tão bem quanto essa abordagem de “marombeiro”, fisiculturista do cretáceo e “Youtuber” que faz mais desserviço do que ajuda os iniciantes.
Busque informação a respeito do IIFYM, segue vídeo falando sobre a metodologia. Em suma: você pode comer comidas normais, ser um ser social, e atingir seus objetivos. Apenas precisa aprender a contar calorias e ingestão de proteínas. Pode comer seu McDonald's, Pizza, comida da vovó e todo o resto. Isso mesmo campeão, não precisa comer a batata-doce com frango xexelenta na Tupperware.
O fórum aqui é uma exceção, onde temos pessoas muito esclarecidas, mas a maioria dos praticantes de musculação reproduzem práticas nutricionais restritivas que não produzem diferenças em termos de ganhos. Aprenda a usar o IIFYM e sua adesão à musculação será muito mais fácil e prazerosa.
2.3.5. Álcool e os treinos
Ao contrário do que dizem, o álcool com moderação não prejudicará seus ganhos. Deve-se atentar a contar os macros do mesmos, para garantir a ingestão calórica conforme seu objetivo.
No entanto, vale ressaltar que se o hábito sair do controle podem haver prejuízos comportamentais, não tanto fisiológicos. Exemplos: faltar treino ou não render tanto por estar de ressaca, fugir dos macros porque "chutou o balde", ficar com preguiça de ir treinar por estar sob efeito do álcool, esse tipo de coisas.
Esse tipo de comportamento irá afetar seus ganhos, com toda a certeza. A consistência e performance nas sessões devem ser as melhores possíveis.
Como anedota, fica este estudo que comprova que cerveja e água tem o mesmo efeito de hidratação no pós-treino.
Pessoalmente, bebo algumas vezes final de semana e, mais raramente, durante a semana. Bebo pouco quando é durante a semana, uma long neck de cerveja artesanal quando bebo. Não tem problema chutar o balde em ocasiões especiais, desde que não seja algo muito frequente (2 ou mais vezes no mês).
3.Treinamento
De todos os fatores, o treinamento é o mais importante. Mesmo que sua nutrição for ruim, você dormir pouco, ainda será possível fazer alguns progressos apenas com o treino. Principalmente se você for iniciante.
Abaixo seguem os tópicos mais importantes relacionados a treinamento para Atletas Naturais e, no fim da secção, algumas sugestões de treinos para iniciantes, intermediários e avançados.
Quer seu objetivo seja estético ou de performance, como Powerlifting, os treinos para iniciantes serão os iguais. À medida que for se tornando mais avançado, os treinos para Estética e Powerlifting, para naturais, vão se diferenciando cada vez mais.
Como atleta natural visando estética, o Powerbuilding é o caminho mais rápido para o físico que você quer. Como atleta natural visando a performance, o ganho de massa muscular será o caminho mais rápido para as cargas que você quer levantar. Temos o ilustríssimo @craw69, membro pioneiro neste tipo de filosofia de treino aqui no fórum.
Para informações mais detalhadas sobre treinamento, visite este tópico do fórum.
3.1. Progressão de Cargas em Exercícios Compostos
Como atleta natural, você deve priorizar exercícios compostos ou multiarticulares, os quais envolvem diversos músculos simultaneamente. Exemplos: Agachamento Livre, Supino, Desenvolvimento em Pé, Levantamento Terra, Remada Curada. Confiram este tópico sobre a execução dos exercícios básicos.
Havendo a progressão de carga nestes exercícios, com uma ingestão calórica e proteica compatíveis com seus objetivos, os ganhos serão inevitáveis. Você não verá um atleta natural fazendo Remada Curvada com 100 kg ou mais para repetições e Levantamento Terra com mais de 200 kgs para repetições que não tenha um bom desenvolvimento de Dorsal. Existem outros fatores que influenciam no ganho de massa muscular, mas a força nos compostos é um ótimo indicador para a quantidade massa muscular para um atleta natural.
Destes exercícios compostos, virão 90% dos seus ganhos. Foque em aprender a executá-los de forma correta, filmando sua execução e comparando com vídeos (como os que têm no fórum).
Utilizaremos isoladores apenas para alguns músculos específicos: bíceps e panturrilhas (se necessário, algumas pessoas não precisam treiná-las diretamente).
3.2.Volume de Treino
Por volume de treino entende-se Peso x Repetições x Séries, é um fator que deve ser bem administrado nos seus treinos. Quanto mais avançado você for se tornando, maior o volume do seu treino se tornará.
A melhor estratégia é iniciar com um volume de treino baixo, como nos treinos que serão sugeridos, e ir aumentando à medida que for necessário. É interessante, também, aumentar o volume de treino quando um músculo corporal não responde tão bem ao estímulo.
Exemplo: você faz Rosca Direta na Barra para 3 séries de 10 repetições 2 vezes na semana, mas o bíceps está ficando para trás. Assim, aumentar para 5 séries de 10 repetições 2 vezes na semana pode ser uma boa estratégia.
3.3. Frequência de treino
Outro fator de extrema importância é a frequência de treino, quantas vezes na semana um grupo muscular é treinado. É consenso, como mostram o estudos, que treinar um músculo entre 2 e 5 vezes na semana é o ideal para atletas naturais.
Treinar cada músculo uma vez na semana, como muitos pregam, não é o melhor conselho para quem é natural. Os ganhos podem ser potencializados em muito pelo aumento da frequência.
3.4. Estrutura de Treino para Iniciantes
Para iniciantes, independente do objetivo, o recomendado são treinos Fullbody (onde se treina todos os grupamentos musculares em uma única sessão) realizados três vezes na semana.
Entre os mais famosos estão o Starting Strength, Stronglifts 5x5 e ICF 5x5. Também recomendo o Programa de Iniciantes do Powerlifting to Win, este com uma abordagem mais focada no Powerlifting, realizando os 3 básicos com maior frequência.
Minha recomendação é o Starting Strength. Não vejo necessidade de realizar tanto volume nos exercícios compostos como prega o StrongLifts e ICF. Fica a cabo de cada um pesquisar e ver o treino que mais lhe parece interessante, pois são todos muito parecidos.
Utilizei o Starting Strength com algumas modificações durante meu primeiro ano. Passei de 70 para 8 repetições no agachamento a 136 para 3 séries de 5 repetições.
O Split que usei era o seguinte:
A – Agachamento 3x5, Supino 3x5, Remada Pendlay 3x5, Rosca Direta 3x10
B – Agachamento 3x5, Desenvolvimento em Pé 3x5, Levantamento Terra 1x5, Supino Fechado 3x10
Para a progressão de cargas e todo o resto segui as instruções do Starting Strength. Sugiro que pesquisem e entendam como o treino funciona. USE O SEU PRIMEIRO TREINO ATÉ QUANDO PUDER, imagino que será hora de mudar para um treino intermediário quando alcançar algo em torno de:
Agachamento: 130-160x3x5 (de 130 a 160 kgs para 3 séries de 5 repetições)
Supino: 90-110x3x5
Desenvolvimento: 50-70x3x5
Remada Pendlay: 75-95x3x5
Levantamento Terra: 150-180x5
Friso que é importante continuar por tanto tempo com o treino quanto possível. Nestes treinos iniciais a progressão será treino a treino. Em conjunto com uma ingestão calórica positiva (bulking) ganhos tremendos serão feitos aqui.
Como iniciante, foque em alcançar os números propostos acima nos seus exercícios compostos. Você deve bater uma PR a cada 1-2 semanas como iniciante.
3.4. Treinos para Intermediários
Para atletas intermediários, que já possuem em torno de 1-2 anos de treinos e levantando cargas consideráveis, é necessário treinos com maior volume e, no geral, 4 sessões por semana. A partir daqui, a periodização começa a se tornar necessária, principalmente quando se torna um intermediário mais avançado (não vou entrar no mérito das subdivisões neste post, mas existe mais de um tipo de atleta intermediário, de acordo com a proximidade de ele se tornar avançado).
Para Hipertrofia/Estética seguem alguns treinos que recomendo: Candito Linear Program (Split para Hipertrofia), Upper/Lower x2, Generic Bulking Routine, Push (incluindo Agachamentos)/ Pull (incluindo as variações do Terra e que usam cadeia posterior) x2.
Para Powerlifting: Candito Linear Program (Split para Força), Candito 6 Week Program, Madcow 5x5, The Texas Method, Jim Wendler’s 5/3/1, Programas envolvendo DUP (Periodização Ondular Diária, ainda farei outro tópico extenso sobre o que é DUP para o fórum), TSA Intermediate Program, Programa Intermediário Powerlifting to Win (este não possui link com tradução no fórum), Korte 3x3.
Como intermediário, a ideia é utilizar splits com progressão de carga semanal até a progressão semanal ser muito difícil. Quando você não bater uma PR por mês, está na hora de ir para treinos mais avançados.
3.5. Treinos para Avançados
Atletas avançados são atletas já próximos do limite genético. Para que visa hipertrofia/estética, aqui você já vai estar próximo do limite genético de massa muscular e levantando cargas altas. Para quem visa Powerlifting/Performance, você vai estar em um nível competitivo, erguendo cargas consideráveis e com um nível considerável de massa muscular.
Neste ponto, os treinos terão que ter volume maior, possivelmente frequência (para Powerlifting) e maior número de sessões ou sessões de treino mais longas.
Treinos avançados para estética/hipertrofia: Push/Pull/Legs x2, PHAT.
De qualquer forma, você conhecerá seu corpo o suficiente para elaborar o próprio Split.
Treinos para Powerlifting: Sheiko (um dos mais diversos templates), Treinos por Periodização em Bloco, Treinos com maior frequência, Treinos com DUP, Método Conjugado como Westside (apesar de eu não ser fan deste para RAW).
Aqui os treinos vão ter que se dividir, ainda que não tenha esse nome explicitamente, em blocos de volume, transmutação, intensidade e realização. O ideal, nessa fase, é elaborar o próprio treino com base no conhecimento que vem sendo acumulando. Se possível, contratar um técnico ou ter um mentor (um atleta experiente e bem sucedido) é algo de grande valia. As PRs necessitarão de ciclos de treino cada vez mais longos, assim como trabalhar com periodização anual.
4. Fatores responsáveis pela recuperação
Neste tópico serei sucinto, pois a coisa é simples.
4.1. Horas de sono
O sono é a melhor arma para reuperação, no entanto poucas pessoas fazem o melhor uso dela.
Este estudo, mostra o impacto na perda de gordura e músculo em déficit calórico comparado pessoas que dormiram 8,5 horas por noite com outras que dormiram 5,5 horas. Os resultados falam por si mesmo:
Em azul: perda de gordura, em laranja: perda de massa magra.
4.2. Outro métodos
Outros métodos que ajudam na recuperação, ainda que muito menos importantes que o sono, são: alongamentos, massagem miofacial, banhos quentes, banhos gelados e recuperação ativa (aeróbico de baixa intensidade, como caminhada, por 20-30 minutos).
5. Conclusão
O artigo sintetizou os principais fatores para levar o iniciante ao status de atleta avançado, quer seu interesse seja fisiculturismo, powerlifting, um misto dos dois ou qualquer outro objetivo envolvendo treinamento resistido (Artes Marciais e desempenho esportivo em geral).
Pontos para se lembrar:
Conte sua ingestão calórica e proteica, de acordo com seu objetivo; Maximize seu tempo em bulking e minimize seu tempo em cutting; Progride as cargas nos exercícios compostos; Treine os músculos com, no mínimo, frequência de duas vezes na semana; Modifique seu treino conforme for evoluindo seu status de iniciante para intermediário e para avançado; Durma o máximo que puder.
6. Referências
Todas as referências estão nos hiperlinks que postei no artigo.
Mas, em grande parte, o conteúdo do texto reflete informações que obtive em:
https://www.strengtheory.com
www.bodyrecomposition.com
https://www.hipertrofia.org/forum/
https://www.powerliftingtowin.com/powerlifting-programs/
https://bayesianbodybuilding.com/the-myth-of-1glb-optimal-protein-intake-for-bodybuilders/
https://www.youtube.com/user/OmarIsuf
https://www.youtube.com/user/canditotraininghq
https://www.youtube.com/user/Team3DMJ
https://www.youtube.com/user/gnuckols
https://www.youtube.com/user/biolayne
https://www.youtube.com/user/gjmjblevins
7. Agradecimentos
É isso aí colegas de fórum, espero ter contribuído ao fórum e ajudar aos que estão iniciando nesta jornada a chegar ao seus objetivos de forma mais rápida.
Qualquer dúvida, fiquem à vontade para mandarem PM.
Abraços e bons treinos!
*Edit 1: adicionei algumas imagens e mais fontes em hiperlink (tópico de vídeos dos exercícios compostos e pirâmide de treino traduzida pelo Aless).
*Edit 2: adicionei, na sessão Nutrição, sobre a ingestão de álcool. Também adicionei mais um link sobre periodização na sessão de Treinamento.
*Edit 3: adicionei mais o Split Push/Pull x2 nos treinos para intermediário.
*Edit 4: adicionei mais 3 programas de treino.
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round house kick_norris deu reputação a MonsterFreak em 20 Mitos Da Nutrição Derrubados Pela Ciência
A nutrição atual está cheia de bobagens. Apesar dos avanços claros na ciência, os velhos mitos parecem está em qualquer lugar. Aqui estão 20 mitos tradicionais que foram desmascarados por pesquisas científicas. Mito 1: a dieta mais saudável é a de baixo teor de gordura, com muito carboidrato Várias décadas atrás, toda a população foi aconselhada a comer um baixo teor de gordura, dieta rica em carboidratos ( 1 ). Na época, nenhum estudo demonstrou que esta dieta realmente pode prevenir a doença. Desde então, muitos estudos de alta qualidade foram feitos, incluindo a Iniciativa de Saúde da Mulher, que é o maior estudo de nutrição na história. Os resultados eram claros ... esta dieta que não causa perda de peso, preveni o câncer ou reduz o risco de doença cardíaca ( 2 , 3 , 4 , 5 ). Mito 2: sal deve ser restrito, para baixar a pressão arterial e reduzir os ataques cardíacos e derrames O mito do sal ainda está vivo, embora nunca tenha havido qualquer bom suporte científico para isso. Apesar da redução de sal reduzir a pressão arterial por 1-5 mm / Hg, em média, isso não tem qualquer efeito sobre ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais ou morte ( 6, 7 ). Claro, se você tiver uma condição médica como hipertensão sensível ao sal, você pode ser uma exceção ( 8 ). Mas o conselho da saúde pública que todo mundo deve reduzir sua ingestão de sal (e tem que comer comida sem sal e sem graça) não se baseia em evidências. Mito 3: É melhor comer muitas refeições pequenas ao longo do dia para "Acelerar o metabolismo" Estudos discordam claramente com isso. Comer 2-3 refeições por dia tem exatamente o mesmo efeito sobre o total de calorias queimadas como comer 5-6 (ou mais) pequenas refeições ( 9 , 10 ). Há estudos que mostram que até mesmo comer muitas vezes pode ser prejudicial ... um novo estudo saiu mostrando recentemente que refeições mais freqüentes aumentaram dramaticamente gordura abdominal em uma dieta de alto teor calórico ( 11 ). Mito 4: Gemas devem ser evitadas porque elas são ricas em colesterol, o que leva a doença cardíaca O colesterol na dieta tem muito pouco efeito sobre o colesterol no sangue, pelo menos para a maioria das pessoas ( 12 , 13 ). Os estudos mostraram que os ovos elevam o "bom" colesterol e não aumentam o risco de doença cardíaca ( 14 ). Uma revisão de 17 estudos com um total de 263.938 participantes mostraram que a ingestão de ovos não teve nenhum efeito sobre o risco de doenças cardíacas ou acidente vascular cerebral em indivíduos não-diabéticos ( 15 ). No entanto ... tenha em mente que alguns estudos descobriram um aumento do risco de ataque cardíaco em diabéticos que comem ovos ( 16 ). Dizer às pessoas para jogar as gemas fora pode ser considerado o conselho mais ridículo da história da nutrição. Mito 5: Trigo Integral é um alimento saudável, e é essencial para uma dieta "equilibrada" Trigo tem sido importante para dieta durante um tempo muito longo, mas mudou devido à manipulação genética na década de 1960. O "novo" trigo é significativamente menos nutritivo do que as variedades mais velhas ( 17 ). Estudos preliminares mostraram que, em comparação com trigo mais velhos, trigo moderno pode aumentar os níveis de colesterol e marcadores inflamatórios ( 18 , 19 ). Ela também causa sintomas como dor, inchaço, cansaço e redução da qualidade de vida em pacientes com síndrome do intestino irritável ( 20 ). Além disso, não vamos esquecer que o rótulo "grão integral" é uma piada ... esses grãos foram geralmente pulverizados em farinha muito fina, para que eles tenham efeitos metabólicos semelhantes aos grãos refinados. Mito 6: Gordura saturada aumenta o colesterol LDL no sangue, aumentando o risco de ataques cardíacos Vários estudos de revisão maciça têm mostrado recentemente que a gordura saturada não está ligada a um aumento do risco de morte por doença cardíaca ou acidente vascular cerebral ( 21 , 22 , 23 ). A verdade é que as gorduras saturadas elevam o HDL (o "bom" colesterol) e alteram aspartículas de LDL de pequenas para grande, que é ligado a risco reduzido ( 24 , 25 ,26 ). Mito 7: O café é insalubre e deve ser evitado O café tem sido considerado insalubre, principalmente por causa da cafeína. No entanto, a maioria dos estudos realmente mostram que o café tem poderosos benefícios. Isto pode ser devido ao fato de que o café é a maior fonte de antioxidantes na dieta ocidental, superando os frutos e legumes. ( 27 , 28 , 29 ). Os bebedores de café têm um risco muito menor de depressão, diabetes tipo 2, doença de Alzheimer, Parkinson ... e alguns estudos ainda mostram que eles vivem mais tempo do que as pessoas que não bebem café ( 30 , 31 , 32 , 33 , 34 ). Mito 8: comer gordura faz você ficar gordo ... por isso, se você quer perder peso, você precisa comer menos gordura Na verdade, as dietas que são ricas em gorduras (mas pobre em carboidratos) consistentemente levam a mais perda de peso do que dietas de baixa gordura, mesmo quando os grupos de baixa gordura restringem calorias ( 35 , 36 , 37 ). Mito 9: Uma dieta rica em proteínas aumenta a pressão sobre os rins e aumenta o risco de doença renal Embora seja verdade que as pessoas com doença renal devem cortar proteína, isso é absolutamente não verdadeiro para pessoas saudáveis. Numerosos estudos, mesmo em atletas que comem grandes quantidades de proteína, mostram que um alto consumo de proteína é perfeitamente seguro ( 38 , 39 , 40 ). Na verdade, uma maior ingestão de proteína diminui a pressão arterial e ajuda na luta do diabetes tipo 2 ... que são dois dos principais fatores de risco para insuficiência renal ( 41 , 42 ). Também não vamos esquecer que a proteína reduz o apetite e ajuda na perda de peso, e a obesidade é outro fator de risco para insuficiência renal ( 43 , 44 ). Mito 10: produtos lácteos são ricos em gordura saturada e calorias ... aumentando o risco de doenças cardíacas e obesidade Os estudos não suportam isso. Comer produtos lácteos cheios de gordura não está associado a doenças cardíacas e está ainda associado a um menor risco de obesidade ( 45 ). Nos países onde as vacas são alimentados com capim , comer laticínios full-gordura é realmente associado com um risco 69% menor de doença cardíaca ( 46 , 47 ).. Mito 11: Todas as calorias são iguais, não importa quais os tipos de alimentos são provenientes É simplesmente falso que "todas as calorias são criados iguais ". Diferentes alimentos passam por diferentes vias metabólicas e têm efeitos diretos sobre a queima de gordura, os hormônios e os centros cerebrais que regulam o apetite ( 48 , 49 , 50 ). Uma dieta rica em proteínas, por exemplo, pode aumentar a taxa metabólica por 80 a 100 calorias por dia e significativamente reduzir o apetite ( 51 , 52 , 53 ). Mito 12:Alimentos com baixo teor de gordura são saudáveis porque tem poucas calorias e gordura saturada Quando as diretrizes de baixo teor de gordura surgiram pela primeira vez, os fabricantes de alimentos responderam com todos os tipos de baixo teor de gordura falando que eram " alimentos saudáveis ". O problema é ... esses alimentos ficam com gosto horrível quando a gordura é removida, de modo que os fabricantes de alimentos adicionam um monte de açúcar para evitar isso. A verdade é que o excesso de açúcar é incrivelmente prejudicial , enquanto a gordura naturalmente presente nos alimentos não é ( 55 , 56 ). Mito 13: Consumo de Carne vermelha aumenta o risco de todos os tipos de doenças ... incluindo doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e câncer Os maiores estudos (um com mais de 1 milhão de pessoas, o outro com mais de 400 mil) mostram que carne vermelha não processada, não está ligada a doenças cardíaca ou diabetes tipo 2 ( 57 , 58 ). Dois estudos de revisão também têm demonstrado que a ligação com o câncer não é tão forte como algumas pessoas gostariam que você acreditasse. A associação é fraca em homens e inexistente nas mulheres ( 59 , 60 ). Mito 14: As únicas pessoas que devem evitar glúten são pacientes com doença celíaca, Cerca de 1% da população Alega-se frequentemente que ninguém se beneficia de uma dieta livre de glúten, exceto pacientes com doença celíaca. Esta é a forma mais grave de intolerância ao glúten, que afeta menos de 1% das pessoas ( 61 , 62 ). Mas outra condição chamada de sensibilidade ao glúten é muito mais comum e pode afetar cerca de 6-8% das pessoas, embora não existam boas estatísticas disponíveis ainda ( 63 , 64 ). Os estudos mostraram também que as dietas sem glúten podem reduzir os sintomas da síndrome do intestino irritável, esquizofrenia, autismo e epilepsia ( 65 , 66 , 67 , 68 ). No entanto ... as pessoas devem comer alimentos que são naturalmente sem glúten (como plantas e animais), não sem glúten “processado” .Junk food sem gluten ainda é junk food. Mas tenha em mente que a situação glúten é realmente muito complicada e não há respostas claras ainda. Alguns novos estudos sugerem que pode haver outros compostos no trigo que provocam alguns problemas digestivos, e não o próprio glúten. Mito 15: para perder peso basta ter Força de Vontade, comer menos e exercitar mais A perda de peso (e ganho) é frequentemente associada a força de vontade e quantidade de kcal ingeridas Mas isso é completamente impreciso. O corpo humano é um sistema biológico altamente complexo com várias hormonas e centros cerebrais que regulam quando, o quê e quanto nós comemos. Genética, hormônios e vários fatores externos têm um enorme impacto sobre o peso corporal (69 ). Junk food pode também ser absolutamente viciante , fazendo as pessoas, literalmente, perder o controle sobre seu consumo ( 70 , 71 ). Embora ainda seja responsabilidade do indivíduo de fazer algo sobre o seu problema de peso, culpar a obesidade em algum tipo de falha moral é inútil e impreciso. Mito 16: gorduras saturadas e gorduras trans são similares ... Eles são o "mau" que precisamos evitar É verdade que as gorduras trans são prejudiciais. Elas estão ligados à resistência à insulina e problemas metabólicos, aumentando drasticamente o risco de doença do coração ( 72 , 73 , 74 ). No entanto, a gordura saturada é inofensiva, por isso não faz absolutamente nenhum sentido agrupar os dois juntos. Curiosamente, essas mesmas organizações também aconselham-nos a comer óleos vegetais como soja e óleo de canola. Um estudo descobriu que 0,56-4,2% dos ácidos graxos em si são as gorduras trans tóxicas ( 75 )! Mito 17: Proteína rouba cálcio dos ossos e aumenta o risco de osteoporose A verdade é que uma alta ingestão de proteína está ligada a um risco maciçamente reduzido de osteoporose e fraturas na velhice ( 76 , 77 , 78 ). Este é um exemplo de onde seguir cegamente a sabedoria convencional nutricional terá o efeito oposto do que se pretendia! Mito 18: Dietas Low-Carb são perigosas e aumentam o risco de doença cardíaca Low-carb têm ganhado popularidade. Profissionais da nutrição têm constantemente nos advertido que estas dietas vão acabar entupindo nossas artérias. No entanto, desde o ano de 2002, mais de 20 estudos têm sido realizados sobre a dieta low-carb. Dietas de baixo carboidrato realmente causam mais perda de peso e melhoram a maioria dos fatores de risco para doenças do coração mais do que a dieta de baixa gordura ( 79 , 80 ). Muitos "especialistas" ainda alegam que tais dietas são perigosas, em seguida, continuam a promover o dogma do baixo teor de gordura ,que a ciência tem demonstrado que é totalmente inútil. Claro, as dietas de baixo carboidrato não são para todos, mas é muito claro que elas podem ter grandes benefícios para as pessoas com obesidade, diabetes tipo 2 e síndrome metabólica ... alguns dos maiores problemas de saúde no mundo ( 81 , 82 ,83 , 84 ). Mito 19: O açúcar é prejudicial Principalmente porque fornece calorias "vazias" Praticamente todos concordam que o açúcar não é saudável quando consumidos em excesso. Mas muitas pessoas ainda acreditam que é ruim apenas, porque ele fornece calorias vazias. Quando consumidos em excesso, o açúcar pode causar graves problemas metabólicos ( 85 , 86 ). Muitos especialistas acreditam que o açúcar pode ser a condução de alguns dos maiores assassinos do mundo ... incluindo obesidade, doenças cardíacas, diabetes e até mesmo câncer ( 87 , 88 , 89 , 90 ). Embora o açúcar seja bom em pequenas quantidades (especialmente para aqueles que são fisicamente ativos e metabolicamente saudáveis), pode ser um desastre completo quando consumido em excesso. Mito 20: Sementes refinadas, óleos vegetais como óleos de soja e milho diminuem o colesterol e são super saudáveis. A verdade é que vários estudos têm mostrado que estes óleos aumentam o risco de morte, a partir de ambas as doenças de coração e do cancro ( 91 , 92 , 93 ). Mesmo que estes óleos tenha sido mostrados como causa de doença cardíaca e morte de muitas pessoas, as organizações de saúde tradicionais ainda nos dizendo para comê-los. Quando se substitui alimentos reais por alimentos processados, você se torna vulnerável a engordar e adoecer. Quantas décadas à mais de "pesquisa" será preciso para descobrir isso?
Fonte:https://authoritynutrition.com/20-mainstream-nutrition-myths-debunked/
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round house kick_norris deu reputação a GuitarndIron2 em Guitar e o Powerlifting Drug Free - Método Conjugado
Salve a todos do fórum, eis meu primeiro post.
Primeiramente, gostaria de iniciar dizendo que "o bom filho à casa torna". Participei ativamente no fórum há 2 anos atrás e sempre me acrescentou muito em termos de conhecimento, e os senso de comunidade construído que nos ajuda a alcançar os objetivos de treino. Hoje, volto buscando isso, mas também com o intuito de partilhar um pouco do conhecimento que venho acumulando e incentivar mais pessoas a conhecer o esporte.
Sou um ENTUSIASTA de powerlifting, nunca competi. Tenho pretensão de fazê-lo dependendo de fatores financeiros, mas não é prioridade, nem urgente, visto que estou bem focado em alguns fatores pessoais e profissionais. Me afastei por 6 meses do esporte em 2014, quando lesionei o bíceps femural por imprudência ao fazer Stiff com cargas elevadas. Fiquei uns 2 meses com dificuldade de andar e estender joelho, depois foi retornando os movimentos daquela perna. Hoje estou 100% quanto a lesões (sou bem mais prudente do que antes) e bem próximo ao patamar de força que tinha antes.
PRs atuais (Peso: 83-84 kgs):
Agachamento: 175 Kgs
Supino Pausado: 120 Kgs
Levantamento Terra Sumo: 205 Kgs
Obs: com exceção do Supino Pausado, nenhuma das PRs são de esforço máximo. As duas fiz com espaço para colocar mais 2,5-5 kgs, intencionalmente.
Segue uma breve introdução do meu histórico de treino ao longo dos anos e o que faço atualmente:
Idade: 23 anos (completos essa semana)
Altura: 1,77
Peso: 84 kgs
Tempo de Treino: 3,5 anos com afastamento de 6 meses.
Treinando consecutivamente desde: Novembro de 2014.
Treinos anteriores: Starting Strength, Chaos and Pain, Candito Linear Program, DoggCrapp, Max Ot, Basicão ABC.
Treino Atual: Periodização por Ondulação Diária (DUP, sigla em inglês) com Progressão Linear e conceitos de auto-regulagem. Qualquer dúvida posso explanar melhor sobre o conceito de DUP, auto-regulagem e afins (fiquem à vontade para perguntar!).
Template do Treino Atual (em anexo ele em planilha):
Dia 1:
Agachamento: 3x5 (séries x repetições) - Aumentando a carga em 2,5 kgs por sessão até chegar a RPE @10-9.5. Ao chegar nisso, abaixo o peso em 10 kgs e recomeço a progressão linear.
Supino: 4x7 @7.5-8 RPE (duas a três repetições sobrando) - Quando a última série está em RPE 7.5 (tenho 3 sobrando), aumento a carga.
Remada na Máquina: 3x6 @7.5-8 RPE - Mesma progressão do Supino.
Dia 2:
Levantamento Terra Sumo: 3x4 - Mesma progressão do agachamento.
Supino Pegada Fechada: 3x6 @7.5-8 - Mesma progressão do supino 4x7.
Remada Pendlay: 3x6 @7.5-8 - Mesma progressão do supino 4x7.
Dia 3:
Agachamento: 4x7 @7-7.5 - Mesma progressão do supino 4x7, se a última série for @7 RPE aumento a carga.
Desenvolvimento em pé: 3x8 @7.5-8 Mesma progressão do supino 4x7.
Remada na Máquina: 3x10 @7.5-8 RPE - Mesma progressão do Supino.
Rosca Alternada com Halteres: 3x8-12 - Movimento que entra mais por questão estética/ proporção corporal e saúde dos cotovelos. Quando chego a 3x12 com um peso, faço pro próximo halter.
Dia 4:
Supino: 3x5 - Mesma progressão do agachamento, mas aqui aumento 2,5 kgs a cada 2 semanas. Ex: semana 1 - 100 kgs, semana 2 - 100 kgs, semana 3 - 102,5 kgs, etc.
Levantamento Terra Sumo Pausado (Pause por 2 seg, assim que a barra sai com chão): 3x3 @RPE 8-7.5 - Mesma progressão do supino 4x7.
Remada Pendlay: 3x5 @7.5-8 RPE - Mesma progressão do Supino 4x7.
Atualmente estou em minha sexta semana seguindo este treino, bati PR com facilidade em todos os exercícios nesse tempo. Venho sentindo que a hipertrofia está boa, assim como a recuperação entre as sessões. Na planilha que anexei há algumas conclusões dos resultados do treino. Gosto de analisar o que vem dado certo e o que não vem dado certo, para ir aprimorando os treinos e resultados.
Antes deste treino que montei, com base no volume semanal que fazia em meu outro treino, textos e vídeos no YT sobre DUP (Dr. Mike Zordous, Dr. Layne Norton, Bryce Lewis, principalmente). O treino anterior era o treino linear do Candito. 2 vezes upper lower na semana, com uma sessão de força e outra mais leve. Tive ótimos resultados, é um 'ótimo programa.
O que venho estudando e testando são as relações entre intensidade x volume x frequência nos treinos. A ideia é ir gradualmente, à medida que for me tornando um atleta melhor, aumentando o volume (peso x repetições x séries) geral do treino; mas sem aumentos drásticos de volume que me forcem a ter que fazer muito volume pra progredir. "Fazer o mínimo de volume, para o máximo de progresso".
Periodização Macro do Treino:
Até o final do ano - manter o treino atual, progredindo linearmente. Focando em hipertrofia e ganho de força.
Do início do ano até o início das aulas - Treino de alta frequência, volume mais baixo e alta intensidade. Treino baseado no método búlgaro. Agachando e supinando 5-6x por semana. Objetivo de ganho de força.
Início das aulas das aulas até haver progresso - Iniciar treino DUP com Periodização por Blocos, com blocos de volume (cargas mais baixas e mais volume) de 3 semanas e blocos de intensidade (cargas mais altas e menor volume) de 3 semanas.
Dieta/Composição Corporal:
Sou adepto das filosofias de dieta flexível, IIFYM, há mais de 2 anos. No entanto, nos últimos meses, venho tornando meu IIFYM bem focado em alimentos com bastante micronutrientes. Sinto que há um ganho de disposição e bem estar ao ingerir grandes quantidades de frutas e verduras. Como batata-frita, tomo cerveja, tudo que vier, mas sempre consumo algo em torno de 3-6 frutas por dia, 1-3 porções de vegetais.
O plano é aumentar o peso, chegando em algo em torno de 92-94 kgs. No momento estou em 84 kgs com algo em torno de 14% de BF. Assim, a hipertrofia (fator importante para o Powerlifting é parte importante do meu treino. Por isso o alto volume em alguns dias) é algo presente é um objetivo nesse momento atual. No último ano ganhei algo em torno de 10 kgs (muito devido à memória muscular), agora foco em ganhar algo em torno de 1 kg por mês. Ingestão calórica em torno de 3300-3500 calorias nos dias de treino e em torno de 2800-3000 calorias em dias sem treino (às vezes mais).
O plano a longo prazo é competir (quando me formar e estabilizar financeiramente) na categoria 93 kgs da IPF.
Equipamentos que uso:
Cinto Powerlifting H-Power
Tênis Levantamento Olímpico Do-win (Agachamento)
Vans authentic (Levantamento Terra e Supino)
Pó de magnésio
Faixa de punho Valeo
No mais é isso, o grande objetivo disso é compartilhar e poder ajudar os outros, assim como ser ajudado. Meus levantamentos são medianos, mas acredito que o conhecimento não é sempre proporcional às proezas atléticas. Qualquer dúvida sobre montagem de treino, relação entre intensidade x volume x frequência, exercícios, etc, fico aberto a ajudar quem precisar. Tenho um enfoque bem grande na técnica dos exercícios, me filmo toda sessão e analiso no descanso entre as séries, então creio que posso ajudar as pessoas no quesito da técnica também.
Atualização do diário:
O plano é atualizar ele, no mínimo, semanalmente com algumas reflexões sobre os treinos. Provável que upe vídeos do treino também.
Forte abraço e bons treinos a todos!
Training 8.9-13.11 - DUP Linear Program.xlsx
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round house kick_norris deu reputação a RonaldoC em 8 Erros Comuns Em 8 Exercícios Comuns
Artigo de Brad Borland
Tradução de RonaldoC
Nós todos vemos: Caras arremessando peso ao redor sem o mínimo cuidado com a forma ou função. Mas será que estamos fazendo isso também?
Você sente às vezes que não obtém os resultados que deseja de um determinado exercício? Você batalha semana após semana executando um movimento específico e ganhando pouco, enquanto outros caras estão colhendo grandes ganhos? Talvez não é que você seja inadequado para esses exercícios, talvez você só precise de um pouco de ajuste aqui ou ali para fazer as coisas corretamente alinhadas e, finalmente, aproveitar o tipo de ganhos que seus esforços merecem.
Às vezes, o menor ajuste pode fazer ou quebrar um ótimo treino. Configurando seus ombros da maneira certa, alinhando os joelhos num determinado ângulo ou estabilizar seu core são apenas alguns itens menores na pauta para uma melhor experiência de treino.
Abaixo estão oito erros comuns em oito dos exercícios mais comuns. Dê a si mesmo uma avaliação honesta e tente algumas destas dicas, você pode ser agradavelmente surpreendido. Além disso, você só tem mais músculos e força a ganhar...
A Lista
Supino
A julgar pelo seu corpo, muitos levantadores parecem que estão involuntariamente presos sob a barra enquanto supinam. Seus ombros estão projetados para a frente, pontas de fora do banco e as pernas se agitando. Se você executar este exercício com halteres, barras, sobre um banco de superfície plana, inclinada ou declinada, o supino tem uma preparação específica antes do levantamento real.
Deitado no banco, pressione suas escápulas para baixo em direção aos quadris e de volta para o banco. Isso vai levantar sua caixa torácica para uma posição mais forte para os peitorais. Isso também irá criar um pequeno espaço entre a parte inferior das costas e o banco - apenas certifique-se que sua parte superior das costas e sua bunda ainda estão em contato contínuo com o banco. Os cotovelos devem ficar a cerca de 45 graus do seu corpo; não abrigados em suas costelas ou em linha reta para os lados.
Com os pés firme e diretamente plantados no chão, realize suas repetições com a técnica lenta e controlada - sem salto ou arremesso da barra. Abaixe a barra lentamente e propositalmente exploda de volta.
Agachamento
Ah, o agachamento. Indiscutivelmente o exercício mais incompreendido. Quando realizado corretamente, pode ser uma ferramenta inestimável para mais músculo e força ao mesmo tempo em que “liga o forno” da queima de gordura. Infelizmente, o maior culpado geralmente acaba sendo muito peso. Este, por sua vez, afeta a profundidade do agachamento e potencializa lesões de joelho, costas e quadril.
Em primeiro lugar, retire algum peso da barra. O objetivo é se agachar profunda e eficazmente - que é a única maneira de aumentar a força corretamente e colocar algum músculo apreciável nas pernas. Posicione a barra em suas omoplatas e segure a barra um pouco mais amplo que a largura dos ombros. Aponte os dedos dos pés para fora ligeiramente e destrave seus joelhos.
Desça soltando seus quadris como se estivesse sentando em um banquinho abaixo de você, mantenha os joelhos em linha com os dedos dos pés e tente manter as costas o mais reto possível. Além disso, tente evitar dobrar muito para a frente (uma ligeira curva é inevitável até certo ponto, especialmente para levantadores mais altos).
Quando seus glúteos estão mais baixos do que os joelhos, levante começando com seus quadris novamente, mantendo os joelhos em linha com os dedos dos pés e flexionando seu core para ajudar a manter as costas estáveis. Na posição superior mantenha uma ligeira curva em seus joelhos e realize sua próxima repetição.
Rosca direta
Nada é mais triste do que ver alguém fazer repetição após repetição de rosca direta jogando o corpo, sem ninguém mostrar isso a ele. Se algum peso é bom, mais deve ser melhor, certo? Eu vejo isso todos os dias, alguém carregar a barra com muito peso, arfando e jogando a barra para cima com toda a força aproveitável; costas, ombros, peito e até mesmo as pernas flexionando a barra para cima. Os pobres pequenos bíceps não têm uma chance.
Apesar do peso e intensidade serem obrigatórios para resultados ilícitos, ir a extremos enquanto sacrifica a boa forma e técnica é uma receita infalível para o desastre. Não só você vai negar qualquer benefício que você teria como também irá se expor a uma possível lesão ou lesões graves.
Mais uma vez, alivie a sua carga com um peso que seja administrável. Segure a barra com um aperto na largura dos ombros. Iniciar a partir de uma posição de braço completamente em linha reta e leve o peso para cima, mantendo os cotovelos preso aos lados do corpo e seu core flexionado para uma melhor estabilização de volta. Flexione os bíceps duramente na posição superior e inferior sob controle de volta para uma posição correta do braço.
Elevação lateral
Quando vejo uma elevação lateral feita incorretamente me lembra uma mariposa morrendo - agitando os braços, uma postura de pés juntos e um monte de flexões dos joelhos. Eu coço a cabeça e tento imaginar que diabos de treino é isso? Tudo, menos deltóides.
Para obter uma absoluta melhoria no levantamento lateral, comece com uma postura dos pés na largura dos ombros. Isto lhe dará estabilidade para que você possa se concentrar no músculo trabalhado e não se preocupar muito com o equilíbrio. Segure os halteres ao lado do corpo e não na frente como a maioria dos levantadores. Levante os halteres para os lados em um amplo arco, mantendo uma ligeira curvatura nos cotovelos.
Ao levantar para os lados leve com os dedos mindinhos e mantenha essa posição o tempo todo, segurando com os polegares. Esqueça o velho ditado de "fingir que você está derramando um jarro" do modelo. Liderando com seus mindinhos irá forçar os cotovelos a levantar e isolar melhor os deltóides médios. Abaixe de volta sob controle para os lados e repita.
Puxada frontal
Como uma irmã mais nova da barra fixa, a puxada frontal pode ser um exercício eficaz quando realizada corretamente. Execução é primordial com puxadas apesar dos cartazes horríveis muitas vezes vistos em sua academia. Sim, você adivinhou: muito peso é o problema. É comum balançarem a barra para baixo e para cima em uma elevação total do corpo.
Ignorar seu ego e aprimorar sua técnica é a única maneira de fazer uma boa execução da puxada como uma alternativa eficaz para a barra fixa. Sente-se diretamente sobre o assento e segure a barra numa amplitude maior que os ombros. Para começar, levante a sua cintura escapular (quase como a posição superior de um encolhimento de ombros) e segure firme a barra. Em um movimento, puxe a barra para baixo dobrando seus cotovelos enquanto força para baixo sua cintura escapular (posição inferior de um encolhimento de ombros) até que a barra atinja a parte superior do tórax no meio do peito. Segure e retorne a barra para a posição superior mantendo uma ligeira curva em seus cotovelos e elevando sua cintura escapular outra vez.
Outra dica importante é visualizar a puxada do peso com os cotovelos em vez das mãos. Isso vai enfatizar mais o envolvimento dos músculos laterais e menos os bíceps.
Flexão
Agora, eu sei que você está pensando como você poderia estragar uma flexão. Oh, deixe-me contar as maneiras. Posição incorreta das mãos, curvar as costas, repetições curtas e agitadas e pouca profundidade só para citar alguns.
Como a flexão pode ser realizada de muitas formas diferentes, tais como os pés elevados, fechadas, com as mãos elevadas, com mãos alternadas, sobre os cotovelos, etc., ainda existem algumas duras e rápidas regras ao executar quaisquer das versões.
Fique em uma posição normal para flexão: pés na largura dos ombros, com as mãos no chão para que haja um ângulo de aproximadamente 45 graus em relação ao corpo, o core contraído e a cabeça em um alinhamento neutro. Desça em direção ao chão lentamente até quase tocar o peito no piso, em seguida, erga o corpo de forma controlada sem travar os cotovelos e mantendo uma linha reta, mantendo também o seu abdômen contraído.
Barras Paralelas
Usados tanto como um construtor para peito ou tríceps, mergulhos nas barras paralelas são uma verdadeira medida de força e controle do peso corporal. No entanto, muitos levantadores são rápidos para adicionar peso extra sem aperfeiçoar sua execução. Repetições rasas, balanço das pernas e falta de uso correto do posicionamento superior do corpo são apenas algumas das asneiras vistas em todos os lugares.
Quando usado como um construtor peito lance seu corpo para a frente e abra os cotovelos ligeiramente. Isso irá posicionar o peito como o motor principal. Para tríceps, tente manter seu corpo na posição vertical (tão perpendicular ao chão quanto possível) e os cotovelos ao lado do corpo.
Se você não tem problemas nos ombros tente ir até os últimos 90 graus de seus cotovelos na posição inferior. Sentir um estiramento e depois subir até o topo. Se você está trabalhando o seu peito, evite o bloqueio os cotovelos. Se você está tentando enfatizar seu tríceps, certifique-se de contraí-los no topo.
Barra fixa
Como um dos exercícios mais difíceis e odiados ao redor, a barra fixa é muitas vezes encarada como um termômetro sobre boa forma e capacidade do indivíduo. Não, eu não estou falando sobre a barra fixa balançante que podemos ver em determinados ginásios nos dias de hoje; estou falando sobre a barra fixa à boa moda antiga, com forma e técnica adequadas e a garantia de não arrancar seu braço para fora do encaixe.
Tal como acontece com muitos dos exercícios listados acima a barra fixa pode ser realizada de várias maneiras – com pegada aberta, pegada fechada, pegada invertida, só para citar alguns. Para simplificar, vou entrar em detalhes sobre a execução com pegada média, mais comum.
Segure a barra numa largura de apenas um pouco além de seu ombro, com uma pegada pronada. Tal como acontece com a puxada alta, ajuste seus ombros em uma posição de “dar de ombros” para cima com uma ligeira curvatura nos cotovelos. Erga-se na tentativa de tocar o peito na barra e contraia as omoplatas ao mesmo tempo. Puxe com os cotovelos e não com suas mãos, visualize como se você tentasse partir a barra ao meio. Volte para a posição inicial mantendo a ligeira curva em seus cotovelos.
Estes são apenas alguns dos muitos exercícios avaliados de maneira honesta e correta para um treino mais benéfico e eficaz. Claro, todo mundo é constituído de forma ligeiramente diferente, assim você terá de ajustar algumas coisas de acordo com sua própria estrutura individual e habilidade.
Fonte do artigo original em inglês: https://www.primermagazine.com/2014/train/8-common-errors-in-8-common-exercises
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round house kick_norris deu reputação a Lucas em Qual o volume ótimo para a hipertrofia?
Olá,
Queria escrever esse tópico há algum tempo já. O problema é que é muito difícil traçar diretrizes claras sobre volume de treinamento pra hipertrofia. O que os autores mais renomados e estudos dizem? Vejamos:
Nesse artigo, Bryan Haycock, criador do HST, sugere 30 repetições pra cada grupo muscular (60 pra pernas), por seção de treinamento, três vezes por semana, numa faixa de intensidades de 70-85% da 1RM.
O Lyle McDonald fala em 40-60 repetições por grupo muscular, por seção de treinamento - mas sem falar em frequência -, com intensidade entre 60 e 85%, nesse outro artigo.
Ambos baseiam suas recomendações na famosa meta análise de Wernbom, que pode ser encontrada aqui. Fora essas recomendações de volume, me parece que Wernbom chegou a uma frequência ótima de 2-3 vezes por semana.
Segundo o Lyle pode-se utilizar qualquer combinação de reps x sets, 5x5 + 3x10, 4x6 + 2x12, ou até mesmo algo como o 8x8 do Vince Gironda, por exemplo. Entretanto, recentemente li esse artigo muito convincente de um novato da área, Nathan Jones, onde ele argumenta que o aspecto mais importante do volume seria o número de séries. Assim, seria diferente fazer 2x12 e 3x8, apesar do número total de reps ser idêntico - nesse caso o maior número de séries promoveria maior hipertrofia. Ele faz uma análise de diversos estudos pra chegar a essa conclusão, inclusive alguns recentes do Schoenfeld sobre o tema. No tópico Porque Utilizar Uma Ampla Faixa De Reps E Como Selecionar Os Exercícios Para Otimizar A Hipertrofia, eu escrevi como a faixa de repetições, ao menos entre 3 e 35 reps, não influenciam tanto na hipertrofia, quando o volume é igualado, o que condiz com as observações feitas pelo Nathan.
Segue quadro comparativo (retirado do mencionado artigo do Nathan Jones), contendo estudos avaliando hipertrofia, força e endurance em diferentes faixas de repetições:
Brad Schoenfeld defende a existência de uma correlação entre um aumento no volume e um aumento na hipertrofia. Entretanto, ele deixa claro que existe um teto de volume, a a partir do qual os resultados começam a diminuir (no artigo supramencionado do Lyle ele fala em uma faixa de 10-100 repetições como limiares mínimo e máximo encontrados por Wernbom).
Em um artigo do Borge Fagerli, encontrei esse gráfico bem bacana sobre essa relação de volume versus hipertrofia, que é uma curva em U invertido:
O gráfico dá a entender que 4-8 sets por grupo muscular, por seção de treinamento, é o ponto ótimo. Interessante a utilização de número de sets e não de número total de repetições, o que condiz com o artigo do Nathan Jones.
Então, de todas as informações acima, podemos chegar ao seguinte:
A faixa de intensidade ótima pra hipertrofia está mais ou menos compreendida entre 60 e 85%, o que equivale a uma faixa de reps entre 5~6 e 12~15 repetições; O número total de repetições por seção de treinamento é qualquer coisa entre 30 e 60 repetições totais; A faixa média de intensidades coincidentemente é igual a faixa clássica do bodybuilding, qual seja, 8-12 reps (eles sabem de alguma coisa, afinal!); O número de sets é mais importante do que o número total de repetições (salvo as situações extremas).
De todo o exposto, me parece razoável afirmar que o volume ideal pra hipertrofia é qualquer coisa entre 4-8 sets de 5-15 reps por seção de treinamento. Levando em consideração uma frequência média de 2-3 vezes por semana, caberia extrapolar pra um volume semanal de 8-24 séries por grupo muscular por semana (sendo 24 séries algo bem extremo em minha opinião, porém comum no mundo do bodybuilding). Eu dividiria ao menos pela metade esse número pros músculos ditos "pequenos" (ombros, bíceps, tríceps...).
Com o intuito de otimizar ainda mais a hipertrofia, é interessante utilizar uma ampla faixa de repetições, dentro das recomendações acima.
Pra complementar, falando sobre frequência, tentei expor no tópico Porque Utilizar Alta Frequência de Treinamento, que uma maior frequência de treinamento produz maiores ganhos de hipertrofia e força, caso o volume seja igualado.
Portanto, o volume recomendado (8-24 séries por semana) deve ser ajustado dentro da maior frequência possível/exequível (aqui o tempo de recuperação deve ser levado em consideração), utilizando uma ampla faixa de repetições.
Abraços,
Lucas
OBS: No decorrer do tópico tem mais algumas boas informações e discussões sobre volume.
OBS2.: Atualização do tópico: [Versão 2.0] Qual o volume ótimo para a hipertrofia?
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round house kick_norris recebeu reputação de Ney Felipe em De Nutricionista A Natural Bodybuilder
Muito bom! Acompanhando.
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round house kick_norris deu reputação a Ney Felipe em De Nutricionista A Natural Bodybuilder
“...e o bom filho à casa torna”
Grandes amigos do Hipertrofia.org, antes que a frase se delongue demasiada quero dizer logo QUE É MUITO BOM ESTAR DE VOLTA!
Quero dizer que esta noite é uma noite esperada por mim, pois decidi que hoje eu retomaria as coisas por aqui. Me sinto tipo aquele cara que fez uma viagem e retorna com algumas malas na mão e vocês me esperam na descida do busão pra eu contar o que eu vi. Me sinto exatamente assim porque pra poder voltar com bagagem nova é indispensável viajar. Sabe aquela viagem que você viu muita coisa, coisa tão incrível que se sente um verme perante a grandeza das coisas? Pois é, eu me sinto assim e espero me sentir pequeno assim pra sempre. Mas que viagem hein ? Foram um ano e quatro meses treinando coisas alternativas, bodyweight, skate, parkour, bicicleta, corrida (corrida de fundo e raso) dentre outras coisas mais. Foi um ano e pouco que pude me tornar um nutricionista mais completo no sentido de me doar pra outros esportes. Fazer coisas que meu físico bodybuilder não permitia antes, como marcar uma consulta e no meio da consulta agendar uma corrida no parque com o cliente ou dar uma pedalada com meu pai e ver o sol se por. Ou ainda, realizar os 5 km na faixa dos 24 minutos ou fazer uma meia maratona. Adicione aí algumas coisas tipo “cirque Du soleil” e “Frank medranices” . Foi ao mesmo tempo a libertação, o conhecimento e o laboratório (é muito interessante para minha bagagem profissional sentir qual o tipo do cansaço que se sente depois de uma meia maratona – o que é bem diferente do cansaço de um treino de pernas sinistro com o Pacholok por exemplo).
Vamos pensar então que nesse tempo eu fiquei fora do bodybuilding, mas meu “atleta interior” esteve mais vivo do que nunca. Não consigo olhar para nenhum lado e ver alguma paisagem ruim dessa viagem. Meu lado profissional foi polido , e mesmo não estando no bodybuilding meu conhecimento a respeito do esporte só aumentou. Uma vez que voce não está dentro de um esporte voce vê ele com menos sentimento e mais racionalidade. Voce decide estratégias para seus atletas sem a distorção que cada um tem da sua auto imagem, enfim. Um cara sensacional a que devo minha vida foi o Fabricio Pacholok que me procurou em um momento chave da sua vida (queria muito evoluir no BB ) e num momento chave da minha (eu queria aplicar o que eu sabia sem ser em mim). Com um plus a mais: ele é treinador. Ele treina tipo gente mesmo. Muito mais do que eu sonhei treinar então eu sabia que a minha dieta tava indo para um cara que treina muito bem. Ia dar certo. E a parceria deu certo para todos. Evangélico como é , creio que o Fabrício, na linguagem da religião dele, sabe que “Deus não joga dados” como diria Einstein e tudo se encaixa nessa muvuca que só parece desordenada.
Mas ficar um pouco menos apaixonado pelo BB me fez ver meus erros enquanto atleta e como ser humano. O quanto eu fiz coisas desnecessárias e o quanto me privei das coisas sem precisar. Até estava falando isso com o pessoal de um grupo do whats , se fosse hoje, ao invés de fazer AEJ eu ia fazer um trekking de 7horas subindo uma montanha que no final me desse aquele “visu” transcedental das obras do Criador. Somos prisioneiros de nós mesmos. Não descarto a utilidade e usualidade de uma esteira pra 30 minutos de AEJ, mas eu pensei nessas coisas sabe ? “Como não peguei a bike e não fui para um riacho , um lago, uma serra pedalar pra secar nos dias bonitos que se fizeram na minha preparação?” .
Mas enfim, pessoal. Passando essa introdução inicial decidi separar os temas para ajudar no andamento do tópico. Vamos La ?
NATURAL BODYBUILDING
Não sei quanto tempo atrás mas me lembro de uma conversa com o Dom, um querido cliente/ amigo meu de União da Vitória (imagino que uns 6 meses atrás) que eu falei que estava curioso sobre como seria praticar o BB 100% natureba agora já com essa mentalidade. E quando eu digo 100% natureba é sem 1mg de oxa. É sem Cruise, blast e afins. É natural , no seco. E eu comentei com ele que estava estudando bastante sobre o treino dos naturais (alguns nem tanto) nos boards gringos La fora. A questão muda em muitos aspectos práticos para se construir um shape forte, seco e natural (tanto em quantidade quanto em qualidade). Os aspectos particulares (treino, suplementação e dieta) irei abordar logo em seguida. Mas queria dizer que agora, voltando a puxar ferro (desde meu aniversário na pizzaria bodybuilding dem novembro de 2013 que eu avisei o Emmanuel , o Pacholok e o Pajé que iria parar tudo). E agora to aqui, recomeçando com o que sobrou dessa humirde carcaça para ver para onde vamos e como vamos responder sem drogas nenhuma. Não quero, por favor, que pareça que eu estou querendo dar uma de diferentão ou careta ou moralista ou não sei o que. Eu fiz essa opção (no drugs) em 2013 quando justamente cheguei no auge do meu físico num clean bulk (algo em torno de 98 kg, 46,5 de braço , 66 de coxa e 10% BF pra 1,76m) .Pensei “pra eu sair daqui terei que usar mais droga” e isso fez eu me sentir tipo o cara que fuma cigarro. Amarrado numa parada. E isso pra mim não era uma opção. Eu não seria o melhor BB do mundo então pra mim aí já era perda de tempo. Eu não tinha o futuro promissor do Manu ou do Pacholok. Eu não conseguiria comer mais 100g porque meu estomago já tinha desesistido de mim ...ah ..sagrado estomago que aceitou tantas coisas impostas pela minha mente desesperada. Uma hora ele não agüentou e me pediu para parar. Eu ouvi e tive momentos depressivos. Mas ao invés de ficar nisso eu me senti tipo me libertando de um casulo e fui curtir as coisas que eu tinha que curtir. Mas enfim, eu não tenho nada contra quem usa ta? Eu seria um hipócrita pois ainda oriento atletas que usam inclusive meus melhores amigos usam. O que eu quero dizer é que pra mim não dava. Hoje sou movido por algo muito gostoso que move a gente quando a gente inicia algo diferente: curiosidade! Eu to morrendo de curiosidade pra ver quanto eu chego de braço por exemplo natural. Tudo bem, não estou começando do zero porque, por incrível que pareça com todas essas corridas, pedaladas, etc eu devo ter ainda a honra dos meus 40tinha de braço kkkk mas to muito curioso pra ver que que isso vai dar. Quem poderá dizer ? Enfim, já que eu não posso ser o “maior” Ney, vou tentar ser o “melhor” Ney. E vamos ver juntos o que que rola!
DIETA DE UM NATURAL BODYBUILDER
Bom, algo que eu acho que não deixei claro ainda. Eu não vou começar hoje isso. Eu vou começar segunda dia 02 de março. Simplesmente porque as dietas devem começar nas segundas! Kkkk brincadeira.
Eu tirei essas duas ultimas semanas pra me adaptar, ir atrás de um bom whey (brincadeira kkk) etc. Mas é verdade. Fiz um tempo de adaptação de treino (La no treino vou falar melhor sobre isso) então aproveitei pra iniciar a dieta quando acabasse essa transição.
Eu não quero esgotar o tema dieta agora senão não preciso nem fazer o diário, afinal preciso por paulatinamente aqui as coisas até pra ver o que ocorre. Mas basicamente a estrutura da dieta se manterá como sempre fiz: carboidratos de alto IG no café da manha e no pós treino (agora mais do que nunca, preciso ter a insulina do meu corpo sempre certinha nos horários certos, já que não estarei transbordando de testo) , 2 a 4h de intervalo entre as refeições (essa coisa de comer de 3 em 3 h é arcaico) e vou jogando as estratégias conforme meu shape responda.
Algo importante da dieta : Não haverá um cutting ou um bulking propriamente demarcado.
Para quem treina natural, do meu ponto de vista, o ajuste deve ser muito fino. Um bulking nunca deve ser muito calórico pois no meu contexto de biótipo, hormonal, etc, não aproveitaria tanto e não deve ser tão restritivo, pois uma vez sem os venenos tenho pouca coisa para blindar o catabolismo. Então digamos que eu esteja num clean bulk e pretendo tocar assim até perto do meu casamento (outra grande coisa que vai mudar esse ano será meu estado civil kkkk)
SUPLEMENTAÇÃO
Sendo curto e grosso:
- Pre Treino: Um manipulado que ainda não defini mas carnitina, cha verde ornitina (minha vascularização que já é naturalmente legal responde muito bem com isso) cafeína vou evitar.
- Pós-Treino: Não quero usar esse espaçlo pra marketing, mas só pra falar , eu vou usar o pós –treino da minha marca que desenvolvi para o bulking do Pacholok , que é o Pòs-Treino Rumo Ao Sinistro.
- Whey: Whey vai ser tapa buraco de GAP nutricional. Não uso mais que uma dose por dia (ironia do destino agora que eu tinha meu whey não tomava muito kkkk).
TREINO
Pull/Push/Legs
Basicamente isso. Pesquisei até bastante o treino dos naturais e quero colocar as coisas da calistenia no meio. Hoje conto com um centro de treinamento calistenico aqui em Curitiba que treino somente com algumas amigos (não é aberto ao publico) e aos sábados será calistenia pura. Durante a semana vou colocar elementos de calistenia.
Pull : Costas , Deltoide posterior e medial, trapézio e biceos
Push: Peito deltóide anterior e tríceps
LEgs: perna completo.
Esse tipo de treino permite treinar o músculo 1,5 vezes por semana, o que gera um estimulo mais continuo ( e para quem esta off drugs acaba mantendo os momentos anabólicos sempre constantes).
Mas eu vou detalhando isso tudo com o tempo pessoal.
Estou muito feliz e curioso pra ver que bagunça rola dessa vez. Tenho que fazer uma antropometria, exames , fotos, etc para postar aqui. Vamos com calma....
Obrigado pra quem leu até aqui !
Ah, e segue o link do primeiro diário "De Nutricionista a Bodybuilder" , aonde conto sobre toda a preparação do Estrantes NABBA 2012 e Big Champion
https://www.hipertrofia.org/forum/topic/40440-de-nutricionista-a-bodybuilder/
Abraçosssss
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round house kick_norris recebeu reputação de gaspar em [Tradução] Treino Puxar/empurrar - T Nation
Barbaridade...
O link ta quebrado. Mals ae pessoal!
Upei aqui e esse deve estar em ordem:https://www.4shared.com/office/3xWL0giq/Siff-Verkhoshansky_-_Supertrai.html?
abraço
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round house kick_norris recebeu reputação de gaspar em [Tradução] Treino Puxar/empurrar - T Nation
https://rapidshare.com/#!download|752p9|412063318|Siff-Verkhoshansky_-_Supertraining.rar|54435|0|0
abraço
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round house kick_norris deu reputação a Luiz Bueno em [Tradução] The Biggest Training Fallacy Of All - Mark Rippetoe
O MAIOR DE TODOS OS EQUIVOCOS SOBRE TREINAMENTOS
Por Mark Rippetoe – 7/07/2011
É 15 de junho, e você decide que este é o ano em que você irá pegar um bronze - um glorioso, lindo e tropical bronzeado.
Então decide ir ao quintal dos fundos (para poupar vizinhos e transeuntes inocentes) para deitar-se na hora do almoço e pegar um ou dois raios de sol. Você se deita de frente por 15 minutos e virar de bruços por mais 15 minutos. Então se levanta, entra, almoça, e volta ao trabalho.
Esta noite, sua pele está um pouco avermelhada, então no próximo dia você só almoça, mas no dia seguinte estará novamente nos fundos para os seus 15 minutos de banho de sol para cada lado. Você é fiel à sua programação, gastando 30 minutos fora todos os dias naquela semana, pois esta é a pessoa disciplinada e determinada que você é. Ao fim da semana, você está com um bronze mais agradável, e, animado com seus resultados, resolve manter seus horários pelo resto do mês.
Então, aqui está uma questão crítica: que cor está sua pele ao fim do mês?
Se fizer esta pergunta a cem pessoas, noventa e cinco vão dizer que estará muito, muito escura, porém a verdade é que ela estará exatamente da mesma cor que estava ao fim da primeira semana. Porque deveria estar escura? Sua pele se adaptou à exposição ao sol escurecendo o suficiente para prevenir de queimar-se novamente. Esta é a única razão de ter escurecido, e adaptou-se exatamente e especificamente ao stress que a queimou.
Sua pele não “sabe” que você quer bronzeá-la; só “sabe” o que o sol a diz, e o sol só “falou” com ela 15 minutos. Ela não pode ficar mais bronzeada do que 15 minutos de exposição a faz ficar, pois os 15 minutos são o que ela está adaptada.
Se a pele escurecesse a cada vez que fosse exposta ao sol, todos deveríamos ser negros – especialmente aqueles que vivem em áreas ensolaradas – desde que todos nós saímos do carro para entrar em casa ou trabalho, várias vezes ao dia.
A pele não se adapta ao acúmulo de tempo exposto, mas ao tempo máximo de exposição – a pior exposição. Se quiser ficar mais bronzeado, terá que ficar um tempo maior ao sol para dar à pele um stress maior do que ela já está acostumada. A falha em compreender este aspecto é o motivo de tão poucas pessoas realmente entenderem uma programação de treino.
Exercícios seguem exatamente o mesmo princípio de bronzear-se – um stress é aplicado no corpo e este se adapta, mas só se este stress for corretamente designado. Você não deve ficar 2 minutos ao sol e achar que isso causaria um bronzeado, pois 2 minutos não são suficientes para causar uma adaptação.
Da mesma forma, somente um ignorante ficaria exposto durante 1 hora de cada lado no primeiro dia, pois o stress é demasiadamente prejudicial à pele que ela não se recuperaria de uma forma construtiva.
STRESS CAUSA ADAPTAÇÃO
Muitos iniciantes vão à academia e supinam o mesmo peso toda segunda e sexta por anos, nunca tentam aumentar a carga, séries, repetições, velocidade ou tempo entre séries. Alguns não se preocupam, mas muitos ficam intrigados de seus peitorais não desenvolverem, mesmo que não se perguntem o motivo.
E alguns supinam uma vez a cada três ou quatro semanas, ou talvez mais raramente que isso, usando algum peso arbitrário como o peso corporal para fazer 10 repetições, depois 9, depois 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, e finalmente 1 repetição, e imaginam porque seus peitorais não evoluem, ou porque estão doloridos por dias.
Sua força no supino não se adaptou ao total de vezes em que você esteve na academia ou suas mais sinceras esperanças de que ele vá melhorar. Ele se adapta ao stress imposto com o trabalho com a barra.
Além disso, ele se adapta exatamente ao tipo de stress imposto. Se você faz séries de 20, vai ficar bom fazendo 20. Se faz uma única repetição pesada, vai melhorar fazendo isso. Mas repetições únicas e 20 são muito diferentes, e você não melhora em uma praticando a outra.
Os músculos e o sistema nervoso funcionam de forma diferente fazendo essas duas coisas e requerem dois tipos diferentes de capacidade fisiológica, fazendo o corpo adaptar-se de forma diferente. A adaptação ocorre em resposta ao stress, e especificamente àquele tipo de stress, porque o stress é o que causa a adaptação.
Este é o porquê dos calos se formarem na mão onde a barra esfrega, e não em outras partes da mão ou no seu rosto, ou sobre todo o corpo. Eles obviamente não podem estar em outro lugar.
Além do mais, o stress tem que ser algo que te permita recuperar-se. Assim como as duas horas ao sol no primeiro dia ou 55 repetições no supino uma vez no mês, o stress deve ser apropriado para que o iniciante receba-o. Se o stress é tão grande que não permite uma recuperação adequada para aplicar mais tensão em um período de tempo que permita aumentar a adaptação obtida, isso é impraticável.
TREINAMENTO OU EXERCÍCIO?
Um conhecimento desse princípio da fisiologia como isso se aplica a atividade física é essencial para a modelagem de um programa de treino. Exercício e treino são duas coisa diferentes. Exercício é uma atividade física, um treino feito para o efeito que ele produz hoje, durante o treino ou logo após ele.
Treino é a atividade física feita com objetivos a longo prazo em mente, os treinos constituintes são especificamente designados para alcançar esse objetivo. Se um programa de atividades não for designado para torna-lo mais forte ou rápido ou melhor condicionado através da produção de um stress específico para que uma adaptação desejada possa ocorrer, você não pode chamar isso de treino. É somente exercício. Para muitas pessoas, exercícios são perfeitamente adequados – são certamente melhores que sentar para ver o canal de surf.
Mas para atletas, um aumento de força proporciona melhora na performance mais que qualquer outra adaptação, especialmente se o atleta já não for muito forte. Força é a base da habilidade atlética. Se você é um bom atleta, você é mais forte que um atleta “pior” no mesmo nível de habilidade. Então se quer ser um atleta melhor, seja mais forte.
Se você já é muito forte, então é necessário dedicar mais atenção ao desenvolvimento de outros aspectos de performance. Mas a verdade é que provavelmente você não seja tão forte. Você pode pensar que é muito forte, mas na verdade, você sabe que poderia ser mais forte, não é? Com certeza sabe. Você pode ter convencido a todos que é forte o suficiente; você pode ter se convencido. Seu treinador pode até te dizer isso também.
Isso não é produtivo, porque uma deficiência de força pode ser o motivo de você não ter um desempenho tão bom quanto você sabe que poderia ter. Se seu progresso está estagnado, e tem estado assim há algum tempo, fique mais forte e veja o que acontece. E para um treino de força, você deve fazer algo que exija que você seja mais forte, e isso deve ser inerente à concepção do programa.
O EFEITO INICIANTE
Quanto menos experiente for o atleta, mais simples o programa será, e quanto mais avançado atleta, mais complexo o programa deverá ser. Estamos tirando vantagem de um efeito que chamei de “Efeito iniciante”. Isso é simplesmente o que acontece quando uma pessoa que não treinava começa a levantar pesos – ela fica mais forte muito rapidamente primeiro, e depois cada vez mais lentamente. Nada mais é que o comumente observado princípio da diminuição dos resultados aplicados à adaptação fisiológica.
Iniciantes não são fortes o suficiente para obrigar a si mesmo a ir além das suas capacidades de recuperação, pois não estão completamente adaptados ao stress. Eles não tiveram quase nenhum progresso para a satisfação do seu potencial atlético e quase tudo que fizerem que não seja exageradamente abusivo irá causar adaptação.
Isso explica o porque de uma pessoa que nunca treinou ao começar uma rotina de treino, fica mais forte, não importa qual seja a rotina. Qualquer coisa que ele faça é fisicamente mais difícil do que ele estava fazendo previamente gerando stress para tudo que não estava acostumado, e a adaptação ocorrerá se ele descansar. E esse stress sempre causará um aumento de força, porque essa é a mais básica adaptação física para qualquer stress físico no corpo que requeira a produção de força.
Para iniciantes, andar de bicicleta fará com que seus supinos aumentem – por pouco tempo. Isso não significa que andar de bicicleta é um bom exercício para peitoral, só quer dizer que para uma pessoa completamente inadaptada, a bicicleta serve como um estímulo adaptativo.
O problema com a bicicleta para um iniciante é que rapidamente perde a capacidade de melhoras no supino visto que não produz um stress específico para a produção de força no supino.
BONS PROGRAMAS VS PROGRAMAS RUINS
O que diferencia um bom programa de treino de um pior é a capacidade de continuar estimulando a adaptação. Então, por definição, um programa que requeira um aumento regular em algum aspecto de stress é um programa efetivo para um novato, enquanto um que não o faz, é menos efetivo.
Para um novato, qualquer programa é melhor que nenhum programa, então todos eles trabalham com diferentes graus de eficiência. Esse é o motivo de todos acharem que suas rotinas de treino funcionam, e o porque de você sempre encontrar testemunhos honestos para todo novo programa de treino na TV ou internet. Mas nada funciona tão bem quanto um aumento moderado nas cargas de cada vez, por tanto tempo quanto a adaptação para o aumento ocorra, pois isso é especificamente projetado para a produção de ambos, stress e adaptação.
E desde que o melhor meio de produzir uma melhora atlética nos iniciantes é aumentar a força, um programa que aumente a força corporal como um todo de uma forma linear é o melhor para um atleta iniciante.
Parece evidente que essa pode ser a única maneira eficiente de planejar um treino com barra para um novato – um aumento linear na produção de força usando exercícios básicos que trabalham o corpo todo.
Essa abordagem sempre produz um aumento linear na força pois tira vantagem da mais básica regra da biologia: organismos se adaptam ao ambiente se o stress causa adaptação, até quando o stress não for demasiado em sua magnitude.
Iniciantes podem ser treinados perto do limite de suas habilidades cada vez que treinam, precisamente porque a habilidade está num nível relativamente baixo comparado ao seu potencial genético. Em outras palavras, um iniciante pode se recuperar de um treino relativamente pesado pois o treino não é realmente pesado em termos absolutos pois ele ainda é fraco. O resultado é, ele tonar-se forte relativamente rápido. Esse é o motivo de pessoas fracas poderem tornar-se fortes mais rápido do que pessoas mais fortes.
Mas isso muda rapidamente, e conforme você progride através do treinamento, o programa deve ficar cada vez mais complicado como um resultado das mudanças naturais da sua reação adaptativa. Um intermediário avançou ao ponto onde o stress requerido para mudanças é grande o suficiente que quando aplicado em treinos consecutivos, excede a capacidade de recuperação.
Intermediários são capazes de treinar tão pesado que que alguns subsídios para a ativação da recuperação devem ser incorporados à sua rotina de treino, mas o progresso ainda vem rapidamente para esses atletas quando são desafiados frequentemente por um esforço máximo.
Atletas avançados treinam em níveis próximos ao seu potencial genético por isso um grande cuidado deve ser tomado para assegurar variabilidade suficiente na intensidade, e o volume deve ser monitorado para que overtraining não se torne um problema. Esses princípios são discutidos mais afundo em Practical Programming for Strength Training, 2ª Edição (The Aasgaard Company, 2009).
Então, como regra, você precisa tentar aumentar as cargas a cada treino, até não poder fazê-lo mais. Este é o princípio básico de “treino de resistência progressiva”, e criando um programa desse modo é o que o torna diferente de um exercício. Por tanto tempo quanto for possível, tenha certeza que de pegar mais peso a cada treino. Qualquer um pode fazer isso por um tempo, e algumas pessoas podem fazer isso por mais tempo que outras, dependendo da capacidade genética individual, dieta e descanso.
Se você é desafiado, você irá adaptar-se, e se não for, não irá. Treinamento faz do desafio um evento agendado ao invés de um acidente, e certamente não uma ocorrência aleatória num programa de exercícios.
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Bom, como já falei em outro tópico, não sou nenhum expert em traduções, mas acredito que a ideia principal eu consegui passar tranquilo e melhor do que um google tradutor .... é um texto bem básico mesmo, sem muitas novidades pra quem já está acostumado com esse meio da musculação... mas para alguns pode abrir um pouco a mente sobre seus métodos de treino.
Como alguns aqui já defendem, o autor aborda bem a progressão de cargas e os efeitos dela sobre o corpo e adaptação causada por essa sobrecarga progressiva.
Caso alguém encontre algum erro de tradução, ou alguma frase que poderia estar melhor peço que me digam para eu arrumar. No mais é isso ai, espero que ajude o pessoal que não tem um inglês muito afiado!