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Gabriel138

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Histórico de Reputação

  1. Gostei
    Gabriel138 deu reputação a danilorf em Bolsonaro Candidato À Presidencia   
    http://cepol24.pl/stb/ao_zacatek.html
     
    Operações ativas, ações operacionais
     
    Uma das principais atividades do serviço de inteligência do Departamento I do MV (Ministério do Interior) no exterior. O serviço de inteligência não tinha interesse somente na aquisição de documentos secretos e/ou interessantes em um ambiente estrangeiro, mas, principalmente em exercer política de influência no lugar onde atuava. Esta política era direcionada segundo os interesses da KGB e das tarefas do Partido Comunista da Checoslováquia. As ações operacionais (AO), podem ser definidas como atividades ofensivas dos serviços de inteligência contra pessoas, grupos de pessoas, organizações e instituições com o objetivo de exercer influência na sua maneira de pensar e no seu comportamento, em uma direção que trouxesse vantagens para estes serviços de inteligência. Por isso, as AO(s) eram uma das mais importantes formas de atividades do serviço de inteligência checoslovaco no exterior. Os funcionários do serviço de inteligência do Departamento I do MV, recebiam importantes condecorações, avanços e prêmios pelas AO(s) que fossem realizadas com sucesso.
    ver AO Družba
     
     




     
    Traçamos um panorama geral dos números de todas as rezidenturas (bases do serviço de inteligência no exterior) do serviço de inteligência tchecoslovaco (Departamento I da StB - era a divisão dentro do Ministério da Segurança Estatal responsável pelo serviço de inteligência no estrangeiro) na América Latina (exceto Cuba). Na tabela abaixo, estão especificadas os números de “agentes”, “figurantes” (em tcheco: typy) que eram contatos interessantes de algum modo para o serviço de inteligência, os “contatos secretos” (em tcheco: důvěrných styků) que eram colaboradores que de fato possuíam uma posição de agente (mas podiam também ser informantes inconscientes) e também os chamados “colaboradores ideológicos” (em tcheco: ideospolupracovníků) que eram cidadãos da Tchecoslováquia, membros do partido comunista, que trabalhavam no exterior e colaboravam de forma consciente com o servico de inteligência da StB, ou seja, colaboradores secretos, de fato eram agentes. Eis a situação em 5.5.1963
     

     
    A tabela mostra que antes do golpe no Brasil (ano 1964), foi justamente a rezidentura no Rio de Janeiro (juntamente com suas filiais em Brasília e São Paulo) que na época alcançou, pelo menos em número, os melhores resultados entre todas as rezidenturas na América Latina. Esta avaliação não inclui a rezidentura em Havana, que trabalhava em condições totalmente diferentes, já que, neste caso, tratava-se de um ambiente amistoso, aliado; não como um alvo operacional como os outros países da América do Sul e Central. Certamente seria mais interessante caso a tabela ainda incluísse uma coluna – a quantidade de oficiais de carreira do serviço de inteligência que trabalhavam em cada rezidentura. Isso nos possibilitaria uma avaliação ainda mais precisa de seu trabalho. No presente momento não possuímos esses dados; por enquanto, somente é sabido que, no Brasil, à época, trabalhavam 5 oficiais da StB, dos quais três no Rio de Janeiro, e dois, um criptógrafo e um funcionário, que foram alocados no consulado de São Paulo. Um dos funcionários que trabalhavam no Rio viajava regularmente para a nova capital, Brasília. Conhecemos os codinomes de todos os agentes, figurantes, contatos secretos e colaboradores ideológicos – e em todos os países da região observada, América Latina. Esta era a situação registrada em 5.5.1963. Como comparação: no ano de 1959, no Brasil, os oficiais da StB comandavam 10 agentes, “trabalharam” 9 figurantes e aproveitaram a ajuda de 6 colaboradores ideológicos. Neste ano, no Rio de Janeiro, também havia 3 oficiais operacionais da StB. Após o golpe de 1964 ocorreram mudanças, todos os dados estatísticos sobre o Brasil pioraram, o ambiente para o trabalho dos agentes, de amistoso tornou-se hostil, pois o golpe foi feito por forças militares com orientação de direita, que (ao contrário dos governos anteriores) não menosprezava o perigo comunista. Em 1963, no Brasil, trabalhavam os seguintes funcionários de carreira da StB: Peterka, Skořepa, Moldán (estes são codinomes, os nomes verdadeiros são: Kvita, Stehno, Mejstřík). Quanto aos figurantes trabalhados, podemos dizer que 2 deles tornaram-se contatos secretos em um período seguinte, mas, ao final a aquisação dos mesmos foi interrompida – em um dos casos, o figurante, a pedido de Moscou, foi passado para a KGB – assim foi feito, mas, o figurante faleceu logo após o golpe de 1964; quanto ao segundo caso – o “trabalho” sobre o figurante foi interrompido pelo golpe. O dito figurante emigrou para a Iugoslávia. Tentou, é verdade, adquirir asilo político na Tchecoslováquia, mas a StB negou o pedido argumentando que o figurante seria útil ficando entre os demais emigrados políticos brasileiros no Uruguai. Este plano não funcionou, pois Belgrado, neste caso, mostrou uma face mais amigável do comunismo. No período próximo ao golpe de estado, o dito figurante era um dos contatos de maior valor da StB no Brasil. O periodo anterior ao golpe de 31 de março de 1964 pode ser, sem dúvida, classificado como um período positivo no que diz respeito aos sucessos da StB no Brasil. A tabela demonstra, não entrando em detalhes sobre outros países da América Latina, que a residência no Rio alcançou, nesta época, os melhores resultados. Logicamente, não se pode excluir a possibilidade de que rezidenturas com menor número de funcionários, por ex., no México ou na Argentina, não pudessem, do ponto de vista do serviço de inteligência, ser bem producentes. Mas, por enquanto, nada aponta para isso. Seja como for, é claramente visível que o Brasil, aos olhos da StB, não era somente o maior país do continente, mas também, o mais importante – simplesmente é esse panorama geral dos números.
     
    Vladimír Petrilák
     
    https://www.facebook.com/notes/stb-no-brasil/am%C3%A9rica-latina-panorama-geral-ano-1963/625673604258462
     
    "Alguém lembra de Jair Bolsonaro comentando sobre os "porões" da Biblioteca do Palácio do Planalto? Pois bem, não só lembro, como fui atrás. Abaixo listei parte do acervo do Serviço Nacional de Informações e do Conselho Nacional de Segurança, do ano de 1964.
     
    A lista vai desde arquivos, dossiês e relatos dos militares do Regime de 64 até ligações criptografadas de comunistas brasileiros na Polônia.
     
    Jair Bolsonaro vinha falando deste acervo há 1 ano e meio atrás. Eu tomei a responsabilidade de procurar, e achei. Agora estou disponibilizando pra quem se interessar. Também estou divulgando na página do professorOlavo de Carvalho, pois julgo todas essas informações de caráter valiosíssimo.
    PS: Pra achar o arquivo, você deve copiar o código em parênteses e colar no próprio google.
     
    Listagem nominal de espiões da Alemanha nazista no Brasil. — (BR AN,RIO X9.0.TAI.1).
     
    Apostila “Extremismos e espionagem”, abordando a espionagem praticada pelo nazismo na Alemanha, pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e por outros países. — (BR AN,RIO X9.0.TAI.1/10)
     
    Apostilas “Ação educativa contra a ‘Guerra Revolucionária’”, abordando os seguintes temas: “Mobilização da opinião pública, propaganda e boato”; “Técnicas revolucionárias – psicológicas”; “Preservação da democracia, ação psicológica, propaganda e contrapropaganda”. — (BR AN,RIO X9.0.TAI.1/19-21)
     
    Apostila “Organização dos serviços de inteligência da União Soviética”, sobre a estrutura teórica e prática do serviço secreto soviético. — (BR AN,RIO X9.0.TAI.1/23)
     
    Relatório “Communist aggression in Latin America”, analisando a influência soviética nos países da América Latina, principalmente na Guatemala. — (BR AN,RIO X9.0.TAI.2/2)
     
    Texto “Associações propagandistas de teses aparentemente legais – urgência de providências eficazes para dissolução das mesmas”, prevenção e combate aos movimentos comunistas e suas infiltrações. — (BR AN,RIO X9.0.TAI.2/3)
     
    Texto “Pesquisas sobre o humanismo”, analisando a teoria marxista e o comunismo contemporâneo. — (BR AN,RIO X9.0.TAI.2/5)
     
    Pincelei os que eu achei mais relevantes, mas o conteúdo online tem MUITO MAIS documentos, arquivos, delações, diários, informes, manuais, absolutamente TUDO o que os militares registraram durante as investidas comunistas, desde nomes, datas, locais, agentes, questionários, TUDO SOBRE O PERÍODO MILITAR, do ponto de vista dos OFICIAIS.
     
    Há documentos ligando nomes de intelectuais, artistas, agentes, guerrilhas comunistas até na Polônia, Guatemala, Coréia do Norte, México.
     
    Está MUITO enganado quem pensa que os comunistas brasileiros se limitaram a União Soviética. Também está completamente equivocado quem acha que a intentona comunista só sequestrou e matou meia dúzia de militares.
     
    Enfim, é TANTO DOCUMENTO, que isso daria em um livro. Aqui vai o link onde você encontrará outra dezena de arquivos:
     
    http://www.portalan.arquivonacional.gov.br/…/Informante%20d…
     
    Bom proveito!
    "
  2. Gostei
    Gabriel138 deu reputação a danilorf em Bolsonaro Candidato À Presidencia   
    Sobre o regime militar:
     

    Nota oficial do 5º. Congresso do Partido Comunista do Brasil - 1960.

    O rostinho do sujeito no cruzeiro é ninguém menos que Lênin, um sujeito que, uns anos mais cedo, brincava de executar mais de 100 mil russos por tarde.
     

    Aqui podemos ver claramente 5 soldados militares espancando brutalmente um jovem que com toda a clareza do mundo só queria estudar.

    </ironia>

    (Trabalhadores civis removendo fisicamente um baderneiro da UNE em 1965).
     

    Misteriosamente este veículo policial acabou capotando numa manifestação pacífica e, durante o atrito do teto no solo, o asfalto desenhou as siglas da UNE - União Nacional dos Estudantes.

    </ironia>

    (Uma das primeiras manifestações marxista-leninista no Rio de 1964, que rapidamente foi dispersa pela polícia e, como podemos ver, no mesmo momento trabalhadores e policiais compartilharam o mesmo espaço sem qualquer problema).
     

    Flagrante de um estudante revisando a matéria na lateral de um ônibus, claramente pela falta de lousas de estudo.

    </ironia>

    (Já em 1963, antes do Parlamento dissolver o governo, o caderno de teses do PCdoB pregava a guerrilha urbana e a violência coordenada).
     

    Explosão de dois carros do jornal O GLOBO pelo grupo Ação Libertadora Nacional e Movimento Revolucionário Tiradentes, no ano de 1966.

    A ironia? É o professorzinho de história dizendo que quem queria censurar os jornais eram os militares, e não os guerrilheiros comunistas.
     

    24 de junho de 1968, Rio de Janeiro.

    Atentado com carro-bomba no centro, com o objetivo de causar o maior número de mortos possível. Com o incidente, o Governo decidiu fechar as Universidades do Rio por um período de 6 semanas até que apurasse o caso.

    A ironia?

    Diversos civis curiosos se aproximando do ocorrido, sem serem capturados pela "terrível polícia militar".
     

    Em 22 de setembro de 1966, a UNE decreta o Dia Nacional de Luta, que levou dezenas de "manifestantes pacíficos" para as ruas — como podem ver na imagem um deles atirando lascos de granito contra edifícios urbanos.
     

    Você acha que interromper a liberdade de ir e vir de milhares de trabalhadores é coisa recente do MST? Em 1968, estudantes da UNE já causavam dor de cabeça aos pais e mães de família que traziam o sustento de casa.

    Chamou a polícia pra remover fisicamente os incautos do meio das ruas? Tortura.
     

    Sede da UNE incendiada pelos militares? Não. Pelos próprios dirigentes da organização dias antes da polícia apreender fugitivos do PCB que participaram da Terceira Internacional, convocada por Lênin em 1919.

    Inquéritos confirmavam que a UNE guardava documentos e atas das conferências do Levante Insurrecional, no ano de 1935, que promovia em vários quartéis do país a mobilização de várias espécies de colunas guerrilheiras.
     

    Atentado terrorista praticado por membros da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) que matou em 12/10/68, na grande São Paulo, o capitão do exército norte-americano Charles Rodney Chandler. 

    Ele foi morto pelos terroristas comunistas brasileiros na frente da mulher e do filho, a mando do anistiado professor Quartim de Moraes.
     

    Atentado cometido pela Ação Popular no Aeroporto de Guararapes, Recife, em 25 de julho de 1966.

    Costa Silva ainda candidato a presidência deveria pousar na manha de 25 de julho de 1966 no Aeroporto Guararapes em Recife. Mas o auto-falante avisa que o avião sofreu uma pane e ele está vindo de carro. O dono de uma banca de jornais pede a um guarda-civil que leve ao balcão de achados e perdidos a maleta que alguém esqueceu.

    Dez para as nove o guarda dá alguns passos e a maleta explode: continha uma bomba acionada por controle remoto. Morrem uma almirante da reserva e um jornalista; treze pessoas ficam feridas. O secretário de Segurança Pública perde quatro dedos da mão e o guarda civil teve a perna amputada.

    Este atentado marcou a estréia dos atentados de esquerda, em consequencia cresceria a perseguição indiscriminada a todos quantos discordassem dos rumos que o país tomava.
     

    Mais uma manifestação pacífica da esquerda, em 1º de maio de 1968, na Praça da Sé, em São Paulo. Cena corriqueira durante seus atos.

    PS: quem está levando a paulada na cabeça não é um militar; mas um outro civil contrário ao marxismo-leninismo.
     

    Mais estudantes da UNE descendo a paulada alunos resistentes à luta de guerrilha propostas pela linha dissidente do PCB, em 1966.

    Vai impedi-los de matar outros pobres alunos? Tortura.
     

    Atentado com carro-bomba no estacionamento do Estadão de São Paulo, no ano de 1971, pelo grupo
     

    Atentado perpetrado por terroristas de esquerda, em julho de 1966, no aeroporto dos Guararapes, Recife, que matou duas pessoas e feriu 14.

    Quando uma bomba explodiu no saguão do aeroporto matando Edson Régis de Carvalho (jornalista) e Nelson Gomes Fernandes (almirante). Outras 14 pessoas foram feridas na explosão. Na manhã daquele dia, o Marechal Costa e Silva, então candidato à Presidência da República, era esperado por cerca de 300 pessoas que lotavam o Aeroporto. Segundo o escritor Jacob Gorender, militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), o mentor do atentado foi o padre Alípio de Freitas, da Ação Popular (AP).
     

    SEQUESTRO DO EMBAIXADOR JAPONÊS

    No início de 1970, a VPR começa a treinar para a guerrilha rural, no Vale do Ribeira. O dirigente do grupo, Mário Japa, sofreu um acidente, sendo socorrido pela polícia, que encontrara com ele armas e documentos compremetedores.

    Preso, Chizuo Ozava, o Mário Japa, poderia dizer onde era o campo de treino. Com ajuda do MRT, Movimento Revolucionário Tiradentes, e da Rede, Resistência Democrática, a VPR planeja o sequestro do cônsul japonês.

    No dia 11 de março, Okuchi deixa o consulado as 18 horas e vai para casa, na rua Piauí, Higienópolis. Na esquina da lagoa com a Bahia, o motorista freia para não bater no fusca azul que lhe corta a frente. Reclama de "barbeiragem" sem ver o rapaz que segurava uma metralhadora.

    Em segundos, três homens levam o cônsul para outro fusca, vermelho. No banco de trás vendado, cabeça no colo de um sequestrador, segue para casa de um sequestrador, em Indianópolis, em 12 de março.

    Jornais estampam a exigência: a libertação de cinco presos. São eles: Otávio Ângelo, dirigente da ALN; Diógenes Carvalho de Oliveira, da VPR; Chizuo Ozava e Damáris Lucena, viúva de Antônio Lucena, autor de outros atentados.
     

    SEQUESTRO DO EMBAIXADOR ALEMÃO

    No dia 11 de junho de 1970, às 17h45, o rádio da Kombi estaciona numa ruela de Santa Teresa, Rio, transmitia Inglaterra versus Tchecoslováquia, nas oitavas de final da Copa do Mundo no México, chave do Brasil.

    Tocava um jingle: "Noventa milhões em ação/ Pra frente Brasil/ Saaalve a seleção..." O Mercedes do embaixador alemão Von Holleben passará por perto. A ação se dará em três tempos: uma caminhonete abalroa o Mercedes; o embaixador é levado num Opala até a Kombi; a Kombi leva Von Holleben, dentro de um caixote, até o esconderijo.

    A segurança Von Holleben limitava-se a dois agentes federais. A camionete abalroou o Mercedes e, sob uma rajada de submetralhadora, a escolta se rendeu gritando: "Chega! Chega!" o guarda-costas tenta sacar a arma e um tiro o abate. Von Holleben, que deitou no chão do carro, é levado até a Kombi e, enfiado num caixote, desembarca numa casa do subúrbio.

    Uma gentil militante recebeu Von Holleben com chá e salgadinhos e o calmante Valium. A cordialidade inclui o domínio do inglês de um sequestrador, Alfredo Sirikis que narrou o episódio no livro Os Carbonários.
     

    SEQUESTRO DO EMBAIXADOR SUIÇO

    O embaixador suiço Giovanni Enrico Bucher é conhecido nos salões da diplomacia pelo bom humor e o domínio do português. Interceptaram seu Buick na manhã de 7 de dezembro de 1970; um tiro mata o agente federal que o escolta. Entre os sequestradores está Carlos Lamarca, o Paulista.

    Disfarçam Bucher vestindo-o com um guarda-pó e boné na cabeça. Tomaram mais cuidado: alugaram o cativeiro seis meses antes. Os jovens inquilinos estabeleceram uma política de boa vizinhança. Na passagem para 1971, deram festa ao som de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, com o sequestrado e um sequestrador no quartinho dos fundos.
     

    Atentado terrorista no dia 26/06/68 contra as instalações do antigo QG do II Exército (atual CMSE), em São Paulo-SP, praticado pela Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), matando o soldado Mário Kozel Filho. 

    O corpo do soldado foi despedaçado e saíram feridos gravemente outros seis militares. O atentado só não fez mais vítimas porque o carro-bomba não conseguiu penetrar no Quartel-General por ter batido em um poste. Dizem as más línguas que o ato foi idealizado e consumado por uma mulher que hoje está sentada em uma importante cadeira da República.
     

    Carro de Combate Militar claramente tocando o terror no meio de civis espantadíssimos com tamanha brutalidade.

    </ironia>
     

    Outra expressão de liberdade dos manifestantes de esquerda, demonstrando, já em 1965, o que era violência urbana, nas ruas de São Paulo. É claro que a polícia foi chamada pra intervir nos black blocks de 60'. Mas isso? Bem, o professor diz que é tortura.
     

    Mais estudantes da UNE, seguindo a cartilha de guerrilha proposta por Lamarca nas conferências do PCdoB, depreciando partes da Universidade do Rio, em 1966.
     

    Alunos da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo, no ano de 1968, após serem retirados da sala por causar desordem. Pelas expressões faciais exaustas e esbanjando cansaço mental, podemos ver como foram duramente torturados.
     

    Sala de aula do curso de Filosofia da Universdade de São Paulo após uma Conferência de militantes da esquerda.
     

    Fusca que foi explodido num atentado terrorista. O veículo era de um bispo da Arquidiocese de São Paulo.
     

    Aqui observa-se claramente dois soldados militares removendo outro baderneiro da UBES de uma manifestação pacífica de esquerda.

    </ironia>

    Trabalhadores, incomodados, retirando um militante de esquerda, enquanto outros civis e trabalhadores assistem em frente aos seus locais de serviço.
     

    Um militante da Ação Popular sendo expulso da Sede por estar possivelmente comprometido. Provavelmente deve ter sofrido o que os próprios comunistas da época chamavam por "justiçamento", que segundo desertores da guerrilha, nada mais era que o esquartejamento dos ditos "traidores da causa".
     

    Cavalaria do Batalhão de Polícia Militar de São Paulo compartilhando as vias, pacificamente, com diversos civis, enquanto alguns trabalhadores caminham para seus destinos, sem pressa.
     

    Desfile de Tanques de Combate do II Rec Mec do Exército, enquanto um civil atravessa a rua sem maiores preocupações.

    Aparentemente, nota-se extremo anseio e angústia do casal ao lado do primeiro Tanque.
     

    Comemoração de aniversário de militantes do Partido Comunista do Brasil, no ano de 1968, quando Lamarca já havia instaurado a linha armada de guerrilha.
     

    Exército prende oito guerrilheiros do MNR (Movimento Nacionalista Revolucionário) que tentavam implantar foco de "instabilidade" (terrorismo) na serra de Caparaó, divisa de MG-ES, no ano de 1966. No chão, vários rifles, suprimentos, explosivos e aparelhos de comunicação apreendidos.
     

    Rua Maria Antonia, no centro de São Paulo, em 3 de outubro de 1968, cenário do confronto entre os estudantes da USP e do Mackenzie.

    O choque teve início por conta de um pedágio cobrado pelos alunos da USP (tacando pedras na foto) para levantar fundos para o 30° Congresso da UNE.

    A rua Maria Antonia transformou-se numa verdadeira zona de guerra: a fachada do prédio da USP destruída, com janelas quebradas, sem contar os vários focos de incêndio e dezenas de feridos. Uma pessoa foi morta.
     

    Estudantes detidos e encarcerados no presídio Tiradentes, enquanto sorriam para os jornalistas e ainda presos, gozavam do direito à liberdade de expressão, mostrando cartazes de repulsa aos militares, no dia 16 de outubro de 1968.
     

    Fachada da Universidade de São Paulo, após pichações e depreciações feitas pelos estudantes .
     

    Arsenal da guerrilha VAR-Palmares (Dilma Rousseff). Com farto dinheiro em caixa após o roubo do cofre de Adhemar de Barros, a VAR Palmares pôde investir em armas. À medida que seus militantes “caíam”, a polícia descobria os arsenais. Entre as armas estavam pistolas, fuzis FAL e metralhadoras.
     

    Explosivos encontrados em “aparelho” do Colina em 1968. Após a queda do militante Ângelo Pezzuti, a polícia mineira descobriu três aparelhos do Colina. Em um deles foram encontradas armas e explosivos. Na foto, uma caixa de papelão estava com 702 bananas de dinamite. De acordo com laudo pericial que consta no processo, parte dos explosivos era de má qualidade.
     

    Uniformes da polícia encontrados em “aparelho” do Colina. Em uma das ações, militantes do Colina praticaram um assalto usando uniformes da Polícia Militar do Distrito Federal.
     

    Luís Travassos (à dir.) discursa no comício-relâmpago de encerramento do Congresso da União Nacional dos Estudantes, na Praça da Sé, São Paulo. Nos cartazes, "UNE pelo Ensino Grátis" e "UNE contra ditadura imperialista".
     

    Três documentos falsos apreendidos com Dilma no momento de sua prisão. Segundo ela disse em depoimento às autoridades na ocasião, a VAR Palmares tinha meios de fabricar documentos falsos.
     

    Revólveres, pistolas e munições da VAR Palmares apreendidas pela polícia no aparelho de João Batista de Souza, em Santo André (SP), em janeiro de 1970.
     

    Explosivos da VAR Palmares encontrados no aparelho de João Batista de Souza em Santo André (SP). Com o material, os militares acharam “papéis contendo instruções e croquis manuscritas (sic) para fabricação de explosivos”.
     

    Bombas incendiárias e uma lata com pólvora, de acordo com laudo técnico da polícia de Minas, apreendidos em aparelho do Colina, em Belo Horizonte.
     

    Aparelho da VAR Palmares onde vivia João Batista de Souza, em Santo André (SP). Na casa, a polícia encontrou armas e explosivos da VAR.
     

    Henning Albert Boilesen era um empresário dinamarquês, presidente da Ultragás, morto numa ação praticada em pela ALN em conjunto com o MRT - Movimento Revolucionário Tiradentes.

    Mais uma vez, polícia dividindo o mesmo espaço que civis, sem qualquer problema.
     

    Reportagem sobre o assalto ao Banco Leme Ferreira, em São Paulo, no dia 1º de julho de 1968, liderado por Carlos Marighella.

    A captura de armamento baseava-se no assaltos a quartéis, lojas de armas, empresas de segurança; roubos de militares, policiais e vigilantes. Em pedreiras e mineradoras eram obtidos explosivos (dinamite). Também eram “expropriados” automóveis para as ações, máquinas gráficas e equipamentos hospitalares (para socorrer militantes feridos).
     

    "Resistência", órgão do Movimento Revolucionário 8 de outubro (MR-8).

    MR-8 – Movimento Revolucionário 8 de Outubro: nome adotado pela Dissidência do PCB da Guanabara em setembro de 1969, durante o sequestro do embaixador Charles Elbrick, em ação com a ALN. Originalmente este nome, alusivo à data da morte de Che Guevara, era usado pela Dissidência de Niterói, que havia sido desarticulada pela repressão. No início de 1971, o capitão Carlos Lamarca ingressou no MR-8.
     

    "Palmares", publicação da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares).

    VAR-Palmares – Vanguarda Armada Revolucionária – Palmares: fusão de VPR e Colina em 1969. Responsável pelo roubo do cofre do ex-governador Adhemar de Barros, com US$ 2,5 milhões, um recorde mundial nas expropriações. Manteve o nome VAR-Palmares após a recriação da VPR e defendeu o recuo da luta armada. Era o grupo da jovem Dilma Rousseff, vinda do Colina e presa em 1970.
     

    MNR – Movimento Nacional Revolucionário: constituído incialmente no Uruguai, por militares atingidos pelo golpe de 1964 que se reuniam em torno do ex-governador Leonel Brizola. Em 26 de março de 1965, uma coluna de 21 membros do MNR, liderada pelo coronel Jefferson Cardim Osório, tomou a cidade de Três Passos, na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina. A coluna marchou até o interior do Paraná, onde foi capturada pelo Exército. O MNR teve apoio militar e financeiro do governo de Cuba, mas o fracasso de uma segunda tentativa, na Serra do Caparaó (entre Minas e Espírito Santo), em 1967, encerrou o projeto militar de Leonel Brizola. Militantes do MNR integraram-se à VPR, à Colina e ao PCBR.
     

    "Revolution Bresilienne", editado na França pelo Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR).

    PCdoB – Partido Comunista do Brasil: dissidência do PCB desde 1962, alinhou-se ao Partido Comunista da China (PCC) e adotou a tese da guerra popular prolongada, o “cerco da cidade pelo campo”. Desde1966 enviou militantes treinados na China para o rio Araguaia, entre o Pará e o atual Estado do Tocantins.

    PCR – Partido Comunista Revolucionário: dissidência do PCdoB formada no Nordeste, em 1966. Ateou incêndios em canaviais e sabotou usinas de açúcar. Desarticulado em 1973, reapareceu em 1978, no movimento estudantil do Recife.
     
     
     
    Mais sobre o regime militar:
     
    http://www.cepol24.pl/stb/spoluprace.html
     
    A colaboração entre a StB e a KGB
     
    No site da internet do “Instituto Tcheco para o Estudo dos Regimes Totalitários”  (em tcheco,Ústav pro studium totalitních režimů) é possível encontrar vários documentos representativos de acordos firmados entre o serviço de inteligência tchecoslovaco, a StB (em tcheco,  Státní bezpečnost) e o serviço de inteligência da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a KGB (em russo, Komitet Gosudarstvennoi Bezopasnosti ).
     
     
    Esses acordos estão relacionados com todos os aspectos de cooperação entre os serviços de inteligência das duas nações, incluindo as operações de inteligência. Em seus textos, é possível encontrar vários pontos que tratam concretamente das tarefas e planos relacionados com a América Latina. Também não faltam referências ao Brasil.
     
     
    O mais interessante, do nosso ponto de vista, é o documento chamado: “Nota sobre as negociações entre o Comitê de Segurança do Estado [a KGB] vinculado ao Conselho de Ministros da URSS e o Ministério do Interior da República da Tchecoslováquia” que trata sobre os acordos e a ampliação da cooperação para a coordenação de ações de inteligência e contra-inteligência e sobre a execução em comum de algumas dessas ações. Essas negociações sobre esse acordo ocorreram em Praga, nos dias 26 a 30 de junho do ano de 1961.
     
     
    Estiveram presentes, pelo lado soviético:
     
     
    Chefe do Comitê, camarada Chelepin, A.N.
     
     
    Chefe da 1 Diretoria Central, camarada Saharovski, A.M.
     
     
    Chefe da 2 DC, camarada Gribanov, O.M.
     
     
    Conselheiro principal da KGB na Rep. da Tchecoslováquia, camarada Pechehonov, F.W.
     
     
     
     
    De parte do Ministério do Interior da Rep. da Tchecoslováquia:
     
     
    Vide-chefe do governo da Rep. da Tchecoslováquia,camarada Barák R.
     
     
    Ministro do Interior, camarada Štrougal L.
     
     
    Vice-ministro do Interior, camarada Kudrna J. e camarada Klíma K.
     
     
    Suplente do chefe do I departamento, camarada Drábek B.
     
     
    Chefe do II. Departamento, camarada Matoušek V.
     
     
     
     
    Estamos publicando a nota na íntegra e os fragmentos referentes à América Latina estão sublinhados ou marcados.
     
     
    Também estamos publicando os documentos disponíveis nas páginas de internet do instituto estatal tcheco, que tem como fim, por determinação legal, pesquisar e divulgar documentos históricos dos dois períodos de regimes totalitários que governaram a Tchecoslováquia no passado, o nazista e o comunista.  Os documentos são de acesso público, segundo as leis da República Tcheca.
     
     
    Importante destacar que se trata de documentos históricos, com autenticidade atestada por autoridades públicas do governo tcheco.
     
     
    Com base nos acordos constantes no citado documento, segundo as negociações dos dois serviços de inteligência, conclui-se que ambos atuaram e cooperaram no continente sul-americano. Incluindo no Brasil.
     
     
    Além disso, apresentamos ainda um documento procedente de uma das pastas da StB, disponibilizada pelo arquivo do serviços de inteligência, a ABS (em tcheco, Archiv bezpečnostních složek), em Praga. Trata-se, concretamente, da pasta de objeto com número de registro 80960, elaborada pela seção responsável pela América Latina, mais precisamente a subseção Argentina.  Nessa pasta, encontra-se a correspondência trocada entre a central do serviço de inteligência em Praga e a sua residentura (base do serviço de inteligência no estrangeiro) em Buenos Aires, que trata da cooperação entre as “nações amigas”, ou seja, cooperação com os serviços de inteligência dos países socialistas, entre eles, o serviço de inteligência civil da URSS, a KGB. Tal pasta registra fatos do ano de 1961 até o ano de 1964. Na subpasta dedicada à cooperação com a KGB, encontramos uma nota sobre as negociações com os “amigos soviéticos”, ocorridas em Praga; sob a nota está a data de 15 de julho de 1961.
     
     
    Nesse documento de quatro folhas, são novamente mencionadas as teses contidas na “Nota sobre as negociações...”, citada acima; mas, aqui se trata de uma especificação mais detalhada sobre as atividades de inteligência acordadas durante as negociações, relacionadas exclusivamente com a América Latina. Nesse caso, a pasta argentina é uma prova de que não se tratava somente de acordos pontuais feitos em Praga entre funcionários do alto escalão dos dois governos, mas sim de que esses acordos foram depois enviados para as diferentes residenturasno continente americano, para que fossem aprimorados – nesse caso, pela residentura do serviço de inteligência tchecoslovaco em Buenos Aires. Não há dúvidas de que, essas mesmas instruções mais genéricas foram enviadas também para a residentura no Rio de Janeiro, assim como para os postos restantes do serviço de inteligência da StB no continente. Isso foi em razão tanto do conteúdo desses documentos, como também da lógica da questão. A primeira frase do documento chamado “Tarefas da seção 2 do departamento I do MV (Ministério do Interior), originadas das negociações com os representantes do serviço de inteligência soviético, ocorridas em Praga”, já aponta irrefutavelmente para a essência das atividades dos serviços de espionagem: “É necessário introduzir agentes nas instituições mexicanas, brasileiras, argentinas e nas demais instituições latino-americanos, que mantêm relações com os EUA e com as suas embaixadas, com o objetivo de revelar os planos e atividades dos EUA nesses países."
     
     
    Outra tarefa importante era reforçar e defender a Revolução Cubana; para isso, os serviços de inteligência deveriam inspirar e organizar discursos de ativistas importantes, organizar manifestações, publicar artigos, editar folhetos etc. Ou seja, está bem claro que, neste caso, tratava-se de criar artificialmente a impressão de que toda a América Latina era progressista e apoiava decididamente Cuba.  
     
     
    Além disso, também era uma tarefa importante “fomentar o movimento antiamericano” nos países da região, ou seja, organizar novamente algo que certamente possuía os seus apoiadores reais, mas, que provavelmente, não seria capaz de existir sem dinheiro, criação de organizações e uma forte militância.
     
     
    Isso demonstra que os serviços de inteligência trabalharam ativamente, juntos, na tentativa de fazer com que a América Latina se tornasse decididamente antiamericana, para causar a forte impressão de que havia uma simpatia a tudo aquilo que fosse comunista ou socialista. Para isso também serviam as campanhas de desinformação, organizadas pelos funcionários dos serviços de inteligência da Tchecoslováquia e da União Soviética. As vítimas dessas campanhas de desinformação eram geralmente políticos ou diplomatas dos EUA.
     
    Aqui, o documento Nota
     
    Aqui, o documento Negociações
     
    Ústav pro studium totalitních režimů Instituto para o Estudos dos Regimes Totalitários, link para a página do Instituto, onde encontram-se documentos sobre a colaboração entre a StB e a KGB


     
     
  3. Gostei
    Gabriel138 deu reputação a danilorf em Bolsonaro Candidato À Presidencia   
    Ética jornalista passou longe da Globosta, ein? O mais cômico disso tudo é ver idiotas como o Cormaya, o Norton e o Porcolítico repetindo essas mentiras descaradas:
     
    http://edition.cnn.com/2016/06/12/us/orlando-nightclub-shooting/
     
     
    Orlando shooting: 50 killed, shooter pledged ISIS allegiance
     
    http://www.foxnews.com/us/2016/06/12/florida-authorities-say-multiple-people-have-been-shot-at-orlando-nightclub.html
     
    ISIS claimed responsibility for the attack Sunday afternoon via its Amaq news agency, Reuters reported. Amaq said an "Islamic State fighter" carried out the assault. It was not clear, however, if the shooting was actually directed by the terror group or only inspired by it.
     
     
    http://www.foxnews.com/us/2016/06/12/orlando-gunman-tied-to-radical-imam-released-from-prison-last-year-say-law-enforcement-sources.html?intcmp=trending
     
     
    Orlando gunman tied to radical imam released from prison last year, say law enforcement sources
    http://www.usatoday.com/story/news/nation/2016/06/12/shooting-orlando-club/85785254/
     
     
    Islamic State linked to worst mass shooting in U.S. history
     
    Quanto à questão do desarmamento, deixo os números falarem por si mesmos:
     
    "
    Em 1992, nos Estados Unidos, com a população de 255,029,699, a taxa de estupro foi 42.8, a taxa de homicídios foi de 9.3 e a taxa de crimes violentos de 757.7 (taxas per capita, ou seja, a cada 100 mil habitantes). No mesmo período, a venda cumulativa de armas girava em torno de 15 milhões por ano.
    Em 2011, com uma população de 311,591,917 de pessoas e com a venda cumulativa de armas girando em torno de 120 milhões por ano, a taxa de estupro ficou em 26.8, a taxa de homicídios em 4.7 e a de crimes violentos em 386.3.
    "Ain, mas armas não resolvem! O problema no Brasil é econômico, cultural... É a cultura do estupro!"
    Calma, jovem, fecha o cu um pouco e veja os números abaixo:
    Em 1990, a expectativa de vida do brasileiro ao nascer era de 66.3 anos, a renda per capita era de 6.978 dólares e o IDH era de 0,600. Mais ou menos na mesma época, em 1994, o número a taxa de homicídios per capita no Brasil era de 21.4.
    Em 2011, a expectativa de vida do brasileiro era de 73.5 ao nascer, a renda per capita de 10.162 dólares e o IDH de 0,718. Em 2015 o IDH brasileiro ficou no número 0,755.
    Se o problema da violência e dos estupros no Brasil é economia e a "cultura do estupro", obviamente, os índices de violência teriam que ter caído nesse período, uma vez que houve uma significativa melhora nos parões da qualidade de vida dos brasileiros, correto?
    Agora, em 2011, a taxa de homicídios per capita no Brasil era de 27.1 e a taxa de homicídios em números absolutos foi de 52.198. Em 2014 chegamos à taxa de 29.1 para homicídios per capita e 59.697 para homicídios em números absolutos.
    Não consegui achar a reportagem, mas em 2015 ultrapassamos a marca dos 60 mil homicídios e, segundo a ONU, esses números devem ter ficado em mais de 65 mil.
    Então, pessoas, analisem bem o discurso de quem você vota quando o assunto é segurança pública. Se o cidadão quer te proibir de ter armas, ele está contribuindo para que você possa vir a ser estuprada no futuro."
     
    https://www.fbi.gov/about-us/cjis/ucr/crime-in-the-u.s/2011/crime-in-the-u.s.-2011/tables/table-1 (dados oficiais do FBI sobre a criminalidade nos EUA);
     
    http://www.nssfblog.com/infographic-gun-crimes-plummet-even-as-gun-sales-rise/ (dados da National Shooting Sports Foundation relativos à venda de armas);
     
    http://hdr.undp.org/sites/default/files/2015_human_development_report.pdf (dados relativos ao IDH do Brasil em 2015,  página 223 do arquivo digital);
     
    http://www.pnud.org.br/Noticia.aspx?id=2583 (outros números do IDH brasileiro em anos anteriores);
     
    http://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2014/Mapa2014_JovensBrasil_Preliminar.pdf
    http://www.mapadaviolencia.org.br/publicacoes/Mapa2006.pdf
    http://infogbucket.s3.amazonaws.com/arquivos/2016/03/22/atlas_da_violencia_2016.pdf  (dados relativos aos índices de criminalidade brasileiros).
     
    Quanto ao número de tiroteios públicos com múltiplas vítimas, vejam:
     
    "No geral, o que podemos concluir dessas duas figuras? Que os estados sem leis de direito a porte de armas tiveram mais mortes e ferimentos decorrentes de tiroteios públicos de múltiplas vítimas por ano, tanto em número absolutos, como numa taxa por 100.000 habitantes, durante o período de 1977 a 1997. Deve-se ter em mente também que, no período analisado, o número de estados com leis de direito a porte aumentou de 8 para 31, e a porcentagem da população americana vivendo nesses estados subiu de 8,5% para 50%. Porém, os estados sem leis de direito a porte ainda respondem pela grande maioria das mortes e ferimentos - em torno de 90%.
    Observando a Figura 15, podemos perceber que em praticamente todas as comparações que foram feitas quanto ao número de pessoas mortas e feridas em tiroteios públicos de múltiplas vítimas, nos estados que não possuem, os números desses dados foram maiores – de 42 comparações totais, os estados sem direito ao porte estão na frente em 34 dos casos.
    Vemos também que houve um surto de tiroteios no ano de 1996. E mesmo com uma queda em 1997, eles ainda continuaram altos em relação aos anos anteriores.
    [...]
    Na Figura 14, percebemos que os assassinatos com múltiplas vítimas diminuíram nos estados sem direito ao porte nos anos de 1996 e 1997. Mas, da mesma maneira, o número dos estados que não permitem o direito ao porte caiu rapidamente, e as taxas de assassinato e ferimentos medidas a cada 100 mil habitantes continuaram mais altas nos estados que negam esse direito, como ficou evidenciado na Figura 15.
    Como mostraram as colunas 1 e 3 da figura 14, em página anterior, houve uma tendência de alta nos assassinato e ferimentos decorrentes de tiroteios de múltiplas vítimas, entre 1977 e 1997, nos Estados Unidos. Porém, a Figura 16 mostra quedas acentuadas nesse tipo de criminalidade nos estados que não haviam adotado leis de direito ao porte mas passaram a adotar. Lott Jr.86 nos diz ainda que, nesses estados, “os assassinatos caìram cerca de 43% e os ferimentos em 30%”. Vejamos as próximas figuras.
    [...]
    Analisando esses dados, John Lott Jr. diz que “ao abrir os dados de criminalidade numa base anual, e olhando nos períodos próximos às datas de aprovação das leis, vemos que a maior queda ocorre majoritariamente no primeiro ano após a aprovação da lei” (ver Ano „1‟ na coluna „Anos anteriores e posteriores à adoção‟ da Figura 17).
    Também pode observar-se uma quantidade nula de assassinato em dois dos seis anos nos estados que adotaram leis de direto a porte. Ainda, o declínio nos tiroteios depois das leis de porte, não é resultado de poucos casos no período anterior a elas. As duas últimas colunas da Figura 17 “mostram que os dois piores ataques foram responsáveis por 55% da média de mortes anuais nos anos anteriores à adoção das leis de direito a portem comparado a 64% depois (excluindo os anos em que não houve vítimas de assassinato múltiplos)".
     
     
     
  4. Gostei
    Gabriel138 deu reputação a Born4Run em Qual Filme Você Assistiu Por Último? Dê Sua Nota!   
    Melhor filme do ano de HQ´s.
     
  5. Gostei
    Gabriel138 deu reputação a Aroma em [Oficial] Imagens Engraçadas/Memes   
    Abraço.
  6. Gostei
    Gabriel138 deu reputação a Aroma em [Oficial] Imagens Engraçadas/Memes   
    Abraço
  7. Gostei
    Gabriel138 deu reputação a manel007 em [Oficial] Imagens Engraçadas/Memes   
  8. Gostei
    Gabriel138 recebeu reputação de Bitchslayer em [Oficial] Imagens Engraçadas/Memes   
  9. Gostei
    Gabriel138 recebeu reputação de TsuG em [Oficial] Imagens Engraçadas/Memes   
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    Gabriel138 recebeu reputação de manel007 em [Oficial] Imagens Engraçadas/Memes   
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  18. Gostei
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  19. Gostei
    Gabriel138 recebeu reputação de Joe. em [Oficial] Imagens Engraçadas/Memes   
  20. Gostei
    Gabriel138 recebeu reputação de Buldoguii em [Oficial] Imagens Engraçadas/Memes   
  21. Gostei
    Gabriel138 deu reputação a manel007 em [Oficial] Imagens Engraçadas/Memes   
  22. Gostei
    Gabriel138 deu reputação a MrCrowley em [Oficial] Imagens Engraçadas/Memes   
    Só pra ficar ficar esperta. 
     
    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
     
  23. Gostei
    Gabriel138 deu reputação a FrangoEctomorfo em Impeachment - Dilma Rousseff   
    Tanto faz. Eu não votei no Temer. Vocês que defendem a Dilma que votaram.
    Eu tô pouco me fodendo para o que acontece em Brasília. Eu quero é ganhar dinheiro como todo pai de família brasileiro. Enquanto nossas rendas estiverem subindo, vou elogiar o governo. Meu partido é o dinheiro. Abraço.
  24. Gostei
    Gabriel138 deu reputação a danilorf em Religião.   
    A bíblia não prova nada. A bíblia só repete aquilo que pode ser provado por uma simples análise metafísica, e que já foi provado por todas as civilizações que existiram no mundo em todas as épocas. Que existe algo que possibilita a existência de tudo o mais. Nada sai do nada. O nada é não-ser, não-sendo, dele nada sai. O ser humano nem mesmo consegue pensar o nada absoluto. Faz a experiência você mesmo. No máximo que você vai conseguir pensar é numa escuridão, talvez uma branquidão, um espaço sem coisas dentro, etc. Mas isso já É algo. A sua própria existência já é uma prova de que há algo que possibilitou a sua existência. Porque você não saiu do nada.
     
    -
     
    Aproveito pra deixar esse trecho do livro do Mário Ferreira aqui embaixo:
     
    Se o Faaps conseguir provar que o MFS está errado, eu dou o toba:
     
    "[...] — Ora, Josias, você não negou ao homem um conhecimentodo mundo exterior? Não reduziu todo o seu saber a um ficcionalismo geral, afirmando que o mundo exterior nada mais é que uma imagem torpe de si mesmo, como a imagem desfalecida que as águas paradas dão do rosto de Narciso?
     
    — Foi.
     
    — Pois então? Temos aí um tema bem interessante, e que pode servir também de pento-de-partida para muitas análises futuras. Trata-se de saber qual o valor do nosso conhecimento. Você estabeleceu uma tese bem dogmática...
     
    — Dogmática? — Perguntou Josias com veemência.
     
    — Sim, bem dogmática. E' sempre difícil, Josias, que não caiamos no dogmatismo, por mais receio que haja de fazer afirmações decisivas. Mas você cometeu o erro de que acusa os outros: o dogmatismo.
     
    — Que dogmatismo, Pitágoras... qual nada!
     
    — Suas afirmações foram dogmáticas, Josias. Você deu um dogma, porque você sabe que todo nosso conhecimento é ficcional. Você sabe, sem a menor dúvida, sem vacilações, que o que conhecemos do mundo exterior é apenas uma imagem desfalecida de nós mesmos. O nosso mundo exterior é apenas um reflexo imperfeito de nós mesmos. Foi isso que você disse. E disse com convicção, com veemência, com certeza, como um dogma, como uma verdade pura você indiscutível, e sobre a qual não paira nenhuma dúvida.

    Josias resmungava alguma coisa. Olhou para todos, e notou que havia na maioria uma aprovação muda às palavras de Pitágoras, embora em Paulsen e Kicardo se notasse um desejo de que respondesse, de modo a evitar a maneira como Pitágoras havia colocado as suas palavras. A pausa de Pitágoras era uma atitude de combatente digno e nobre. Êle dava oportunidade ao adversário para realizar também o seu golpe. Esperava as palavras de Josias:
     
    — Já sei o que você quer. Quer colocar-me na posição de haver afirmado uma verdade, de que há alguma coisa que não é ficcional para mim, que seria, nesse caso, a afirmação pura e simples de que tudo quanto o homem constrói é ficcional.
     
    — Mas foi você que afirmou isso dogmàticamente. . .
     
    — Afirmei de certo modo, apenas. Essa verdade — e sublinhou com asco essa palavra — é apenas uma convicção minha. Eu estou convencido, eu, de que tudo quanto sabemos é ficcional, eu... Não afirmei que fora de mim tudo é ficcional, mas para mim e para o homem geral, o que êle constrói é ficcional.
     
    — Mas, caro Josias, por favor, sigamos a linha prometida, e responda-me apenas dentro das nossas normas. Tudo quanto o homem intelectualmente constrói é ficcional ou não?
     
    — É.
     
    — Então, a sua afirmação de que tudo é ficcional também o é, porque é uma realização intelectual do homem?
     
    — Sim, é ficcional também.
     
    — Quer, então, afirmar que no mundo exterior ao homem não há ficções, ou que as há?
     
    — Deve havê-las, porque não é o homem o único ser inteligente. Os animais também constroem ficções. O mundo do cão é outro que o nosso, é uma coisa feita por êle...
     
    — ... uma res ficta...

    — Seja. E fui bem claro, e todos podem afirmar que não quis fugir ao sentido de minhas palavras: o mundo do homem é o mundo feito pelo homem. E' uma res ficta, para usar suas palavras, o mundo. Quando afirmamos que tudo quanto construímos intelectualmente é uma res ficta, essa nossa afirmação não se exclui da ficcionalidade de nossa mente.
     
    — Mas isso então é uma verdade para você.
     
    — E' relativamente a mim mesmo. Se é em si mesma, fora de mim, não sei.
     
    — Nesse caso, admite que pode haver um erro em sua afirmação dogmática.
     
    — Admito.
     
    — Que, por exemplo, tudo poderia ser diferente. E esse ficcionalismo ser apenas um erro seu.
     
    — Pode ser...
     
    — Mas nós gostaríamos de buscar certezas e evidências. E nessa situação em que você se coloca, nada adiantamos. Não seria preferível que nós dois, como bons amigos, e bem fundados em nossas regras, procurássemos juntos uma solução?
     
    — Estou pronto a fazer o que me pede.
     
    — Aceita que eu tome o papel de interrogante, e garante que me responderá, seguindo fielmente as perguntas?
     
    — Pode começar.
     
    — Estamos, pois, ante um dilema; ou tudo quanto o homem constrói intelectualmente é ficção, ou nem tudo é ficção. Não é isso?
     
    — É.
     
    — Se tudo é ficção, todas as suas verdades são apenas ficções.
     
    — São ficções.
     
    — E a correspondência que tenham com a realidade exterior pode ser de duas maneiras: ou há uma correspondência que tem um fundamento na realidade fora do homem, ou, então, não há nenhuma correspondência.

    Josias nada respondeu. Aguardava as palavras de Pitágoras, que prosseguiu:

    — Se tudo quanto o homem constrói intelectualmente fosse puramente ficcional, e não tivesse correspondência em nenhum fundamento exterior à mente humana, essa mente seria, então, alguma coisa absolutamente outra que o mundo exterior. E, nesse caso, como poderíamos saber que o que a mente constrói intelectualmente é absolutamente outra coisa que o que há no meio exterior, sem poder surgir dessa comparação o divórcio total, o abismo entre os dois? Esse abismo afirmaria a impossibilidade da comparação, porque se o mundo exterior ao homem é absolutamente outro que ô que constrói em sua mente, não haveria jamais possibilidade de comparação e, consequentemente, seria também impossível afirmar que há esse absoluto divórcio.
    Josias meditava. Como Pitágoras fizera uma pausa, viu--se na contingência de falar:
     
    — Está certo. Seria impossível.
     
    — Naturalmente que o seria. Pois, poderíamos saber que o outro é absolutamente outro, se todo o nosso conhecer é dependente da estruetura e do funcionar de nossa mente, e tudo quanto ela produz é ficcional? Nada podemos nesse sentido afirmar, então. Portanto, a afirmação de que tudo é absolutamente ficcional em nossa mente é uma afirmação dogmática...
     
    — Bem, pensando desse modo há certo dogmatismo. — Concedeu Josias.
     
    — Mas, o pior é que sabemos que isso não pode ser assim.
     
    — Como sabemos?
     
    — Sabemos, Josias. E permita que lhe mostre. A nossa afirmação do divórcio absoluto não tem fundamento nenhum, e não poderia haver esse divórcio absoluto, mas apenas poderíamos nos colocar numa posição relativista aqui; ou seja, que as construções mentais nossas são certamente ficcionais de certo modo, mas absolutamente ficcionais não podemos afirmar.
     
    — Não podemos afirmar, porque nos é impossível fazer a comparação com a realidade em si das coisas, pois não podemos alcançá-las, uma vez que estamos prisioneiros da estruetura de nossa mente e do seu funcionar.

    — Muito bem, Josias. Gostei da sua coerência. Você quer evitar a pecha de dogmático, e prefere cair num dualismo anti-nônico e abissal. Há, assim, dois mundos irredutíveis para você: o da nossa mente e o mundo fora da nossa mente. Há duas realidades: a nossa, e a que nos escapa. A que .construímos do que está fora de nós é, pelo menos, relativamente ficcional. Não podemos afirmar que é absolutamente ficcional, porque, para tal afirmarmos, precisaríamos poder compará-las, o que nos é impossível, como disse você.
     
    — Mas admito que pode dar-se esse divórcio absoluto, esse abissal de que. você fala. Só que não podemos saber com absoluta certeza.
     
    — E bem fundadamente também não. E' o que você aceita.
     
    — E' isso. Mas, voltando ao que disse, onde está o meu dualismo de que você falou?
     
    — Sem dúvida, há esse dualismo. E podaríamos caracterizá-lo melhor, se você quiser. Vamos examinar bem este ponto. Acompanhe-me, pois, nos seguintes raciocínios: nossos conhecimentos — ficcionais para você — revelam que há uma ordem, uma coerência entre eles, pois, foi-nos possível construir um saber culto, uma ciência, uma matemática. Não é?
     
    — Sem dúvida.
     
    — E verificamos, ademais, que os factos, que captamos, suecedem com certa obediência a constantes, e a fórmulas gerais, que chamamos comumente de leis.
     
    — Sim, leis que construímos.
     
    — Sem dúvida, mas que correspondem a invariantes desses factos, que constituem o objeto de nossos conhecimentos. Há regularidades pasmosas, repetições que não podemos negar, e que nos permitem classificar e dar uma ordem ao conjunto dos acontecimentos.
     
    — Mas uma ordem também ficcional.
     
    — Não tanto ficcional assim, Josias, afirmou, com um sorriso, Pitágoras. Note que aqui já há alguma coisa que se distingue. O conjunto dos factos é caótico; desses factos ficcionais que constituem a matéria bruta do nosso conhecimento e das nossas experiências. Estas se dão numa heterogeneidade fascinante. Mas nós observamos que, em nosso conjunto de ficções, há normas que presidem como invariantes dos mesmos, que nos permitem ordená-los em classificações que são inerentes a outras, e que nos permitem, afinal, dar uma ordem unitária desse mundo ficcional, ordem que constitui a base de toda a nossa ciência, facilitando o fortalecimento do nosso saber culto. Você não pode negar isso.
     
    — Não nego.
     
    — No meio dessas ficções há uma regularidade impressionante. As ficções-laranj eiras geram sempre ficções-laran-jas, as ficções-sêres-humanos geram ficções-sêres-humanos, as ficções-químicas dão combinações ficcionais-químicas regulares, e assim na física, na matemática, em tudo. . . Não concorda?
     
    — Concordo.
     
    — Há, assim, uma ordem no mundo ficcional do homem. E o que o homem considera fora de si também oferece a mesma ordem. Quer dizer, as ficções, que constituem os conceitos e juízos do homem, correspondem às ficções que constituem o que parece ser o mundo exterior do homem. Está de acordo?
     
    — Estou.
     
    — Verifica-se, ademais, que o que constitui o corpo humano é composto de elementos ficcionais-químicos, que correspondem aos elementos ficcionais-químicos que encontramos nas pedras, na terra, nas plantas, no ar. Está de acordo?
     
    — Estou. — E acrescentou: — neste ponto, e dentro desse âmbito, estou.
     
    — Nesse mundo de ficções, o homem não é um outro absolutamente outro.
     
    — Não é.
     
    — Desse modo, o seu conhecimento do mundo exterior ficcional não é total e absolutamente divorciado do mundo ficcional mental do homem. Há um parentesco tão grande que se pode afirmar que a natureza ficcional do homem corresponde à natureza ficcional do que lhe parece ser o mundo exterior a êle.

    — Está certo.
     
    — Resta, então, apenas, saber se há um mundo exterior real ao mundo exterior que você afirma ser ficcional. Se não há nenhuma correspondência entre ambos, esse mundo exterior real, e fora da ficcionalidade, é absolutamente outro que o mundo da ficcionalidade do homem.
    Josias não respondeu. Mas Pitágoras vendo a sua vacilação, prosseguiu:
     
    — Como então? Se correspondem, há entre o mundo exterior ficcional e o mundo exterior real uma correspondência e, consequentemente, uma parte que se repete; ou seja, uma parte do mundo ficcional humano é o mesmo que o mundo exterior real. Há, então, alguma verdade no mundo ficcional humano que corresponde à verdade do mundo exterior real. Do contrário, há o divórcio absoluto.
    Teríamos, nesse caso, duas realidades: a do homem e a que não é o homem. E entre essas duas realidades, nada haveria em comum. Um seria absolutamente outro que o seu oposto. Estaríamos no dualismo. E toda a nossa discussão se deslocaria para saber se realmente é possível tal dualismo. Se é possível haver duas afirmações, duas positividades, duas realidades, sendo cada uma absolutamente diferente da outra.
     
    — Está certo. Prossiga. Quero ver até onde vai, para responder depois.
     
    — Não concorda você que no mundo ficcional do homem se verifica que todas as coisas têm entre si algo em comum? O homem e o animal ficcionais têm em comum algo na anima-lidade-ficcional, e os animais com as plantas em serem ficcionais seres vivos, e assim por diante. Não encontramos um dualismo absoluto aí. Todas as coisas ficcionais em seu último fundamento, revelam que têm uma origem comum em um ser que pode ser chamado com o nome que quiserem por enquanto, como matéria, ou energia, e a que prefiro dar, por ora, o nome comum de ser. Não vemos nesse mundo ficcional divórcios absolutos. Concorda?
     
    — Concordo.
     
    — No entanto, no mundo exterior real poder-se-ia dar o mesmo, ou não. Ou seja: que tudo quanto é realmente, também tem algo em comum. Nesse caso, o mundo exterior real teria um ser fundamental, certamente real em si mesmo.
     
    — Está certo.
     
    — O dualismo, portanto, estaria apenas entre o mundo ficcional do homem e o mundo real, pelo menos.
     
    — Pelo menos esse é possível.
     
    — Sim, porque se não há esse dualismo absoluto, então o nosso mundo ficcional não seria absolutamente ficcional. Nele haveria alguma coisa que corresponderia fielmente ao outro, não é?
     
    — É.
     
    — Nesse caso, nós nos encontramos já numa situação bem clara, sem dúvida. Resta-nos saber agora se há realmente esse dualismo, ou não.
     
    [...]
     
    — Perdoem-me que entre no diálogo. Na verdade, sou apenas um ouvinte. Mas, como tenho a certeza de que a minha opinião é semelhante à de todos os que nos cercam, creio que o tema ficou bem colocado, e o diálogo agora poderia manter-se em base mais segura. Compreendi, assim, o estado da questão: há uma realidade ficcional do homem, e outra realidade fora do homem. Ou são essas duas realidades absolutamente estanques, ou não. Resta saber, pois, se entre elas há uma comunicação, um ponto comum de identificação, ou se são duas paralelas, isto é, se são linhas que jamais se encontram.

    — Isso mesmo, acquiesceu Pitágoras, com o assentimento de Josias. E' nesse caminho que devem prosseguir agora as nossas buscas. Vou, portanto, tomar outra vez a palavra, seguindo essa ordem, e Josias me responderá.
     
    — Prossigamos — aprovou Josias.
     
    — Esse mundo ficcional do homem não pode ser um puro nada. E' uma ficção, está certo, mas é alguma coisa e não absolutamente nada, não é?
     
    — E'. Mas é uma ficção.
     
    — Sim, mas uma ficção é ficção de alguma coisa, é produzida por alguma coisa e não pelo nada.
     
    — E' produzida por nós.
     
    — Mas nós não seremos, então, puramente nada, mas alguma coisa.

    — Sim, mas poderíamos ser uma ficção de outra coisa.
     
    — Neste caso, essa outra coisa seria alguma coisa e não nada, e a sua ficção, se é nada, é nada de ficção. Ela é alguma coisa de qualquer modo. A ficção é, assim, alguma coisa, uma presença, e não uma absoluta ausência. Concorda?
     
    — Não poderia deixar de concordar.
     
    — Não sendo a ficção pura e absolutamente nada, é de certo modo um ser. Não sabemos como seja esse ser, mas sabemos que não é um puro nada.
     
    — Está certo.
     
    — Ora, sabemos em nosso mundo ficcional què o homem nem sempre existiu. Houve uma época em que o homem não era ainda.
     
    — E' uma das nossas ficções.
     
    — Sem dúvida, dentro da maneira em que nos colocamos, podemos partir dessa afirmativa, a qual nos impede de atribuir o puro nada à ficção. Nosso mundo pode ser ficcional, e nós, outras tantas ficções, mas não puros e absolutos nada e, portanto, ficção de alguma coisa que não é um puro nada. De qualquer forma, já sabemos que há alguma coisa que é, que nos antecede, e que não pode ser mera ficção, porque a ficção é ficção de alguma coisa. Se predicássemos à ficção o ser absolutamente ficção, nós a transformaríamos num puro nada. Concorda?
     
    — Não posso deixar de concordar.
     
    — Nesse caso, a ficção está a denunciar-nos que há alguma coisa que a sustenta, e que não pode ser mera ficção.
    Josias respirou fundo e com certa dificuldade. Não respondeu logo. Procurava, sem dúvida, o que responder. Depois de certo esforço, pronunciou estas palavras:
     
    — Sim, deve haver uma realidade, mas nós não a conhecemos.
     
    — Não a conhecemos frontalmente, concordo. Terá, contudo, de admitir que de certo modo a conhecemos.

    — Não temos dela uma visão realmente total.
     
    — Aceito. Mas sabemos que há, que há realmente, embora não possamos discriminar ainda como ela é em sua realidade, mas sabemos que ela existe realmente, pelo menos.
     
    — Sabemos... — essas sílabas saíram como que balbuciadas.
     
    — Neste caso, há certamente uma realidade que não é ficcional, e que é absolutamente real. E essa realidade é que sustenta a realidade ficcional do homem e das suas ficções. Discorda do que afirmo?

    — Bem. .., em última análise, deve haver uma realidade, assim como você diz. Senão, eu teria de afirmar a absoluta ficcionalidade de tudo.
     
    — E esse outro mundo exterior real, será ficcional também ?
     
    — Talvez seja a ficção de um outro ser.
     
    — Então teríamos que admitir que a realidade desse mundo exterior, que é outra que a nossa realidade ficcional, também se fundamenta em alguma coisa que tem de ser real, porque se todas as ficções fossem ficções, toda a série seria absolutamente nada, o que seria absurdo. Portanto, temos de admitir que todos os mundos ficcionais, que podemos admitir como possíveis, têm de se fundamentar, em última análise, em alguma coisa que é, e que é realmente, e não ficcionalmente.
     
    — Tenho de concordar.
     
    — E tem de concordar ainda mais que esse sustentáculo de todos os universos ficcionais possíveis é absolutamente real, e sem mescla de ficcionalidade nenhuma, porque qualquer ficcionalidade que haja, sustenta-se numa realidade última. Não concorda ?
     
    Josias não respondeu logo. Temia responder, e meditava. Pitágoras, com energia, prosseguiu:
     
    E' nosso dever, sem dúvida — acrescentou Pitágoras, corroborando as palavras de Ricardo —, e nosso dever ainda procurar esse elo comum. E, depois de achá-lo, poderemos cimentar um conjunto de normas, que nos favorecerão uma análise mais longa. Não acham?

    Todos concordaram. E Pitágoras, então, disse:
     
    — Pois, ponhamo-nos a caminho para buscar esse elo co-cum, e veremos o que vai surgir disso tudo.
     
    — Vamos, exclamaram Paulsen e Ricardo, com o apoio de todos, menos de Josias, que permanecia calado, aparentando indiferença, mas que, na verdade, reconhecia haver razão em tudo aquilo; senão, segundo seu temperamento, teria manifestado uma oposição decidida."
     
    Fonte: DOS SANTOS, Mário Ferreira. Filosofias da afirmação e da negação. Págs. 25 - 38.
     
     
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