Remada em pé no smith: execução, benefícios e músculos recrutados

A remada em pé no smith (ou remada vertical no smith) é uma variação da remada em pé que pode ajudar a desenvolver os músculos do deltoide e trapézio.

O smith é a ferramenta perfeita para a remada vertical, um movimento meticuloso que requer controle e atenção a cada repetição.

E quando falamos “meticuloso” estamos dizendo que você vai se lesionar se não levar esse movimento a sério.

Neste texto veremos tudo o que você precisa fazer para extrair ao máximo do exercício, com a devida segurança.

Como fazer a remada em pé no smith

Se há um exercício com o qual você deseja ter cuidado extra, é a remada em pé (qualquer variação).

Este não é um exercício para fazer sem que você tenha alguma maturidade muscular e experiência de treino.

Por quê?

Remada em pé tem o potencial de causar impacto desnecessário na articulação do ombro quando realizada incorretamente.

Isto pode ser sanado com a técnica adequada, mas em eventuais problemas, um iniciante – com várias fraquezas em potencial – poderá se machucar com muito mais facilidade.

Além disso, em todos os casos, é recomendável deixar a remada em pé sempre para quando já estamos aquecidos, ou seja, nunca como o primeiro exercício do treino de ombros.

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Configuração da barra

Antes de começar a remada, certifique-se de que a barra esteja presa no smith em uma altura apropriada, geralmente em algum lugar ao redor da área do meio da coxa, para que você possa obter a extensão total do braço durante a descida do peso.

Posição do corpo e das mãos

A posição das mãos ou largura da pegada será o passo mais importante na execução do movimento.

Evite pegadas com as mãos muito próximas, isso exigirá maior rotação interna dos ombros ao levantar a carga, o que significa mais tensão na articulação (e não necessariamente no músculo alvo).

Portanto, use uma pegada mais larga do que a largura dos ombros na barra, o que abrirá naturalmente os ombros e os colocará em uma posição de rotação externa.

Execução do movimento

Fique imediatamente à frente da barra e, com uma pegada maior que a largura dos ombros, gire a barra para desprendê-la do smith.

Agora, com o peso sendo suportado por você, puxe a carga diretamente para cima com os cotovelos guiando o movimento.

A barra não precisa e não deve subir além da linha dos ombros, subir o peso até a linha dos mamilos, ou entre os mamilos e axilas, é mais do que suficiente para ativar o músculo alvo.

Quais músculos são usados durante a remada em pé

Os principais músculos recrutados durante a remada em pé no smith (e em qualquer outra variação) são:

  • Deltoides
  • Trapézio
  • Porção superior das costas

Basicamente, o músculo mais exigido durante o movimento é a porção lateral do deltoide, algumas porções do trapézio funcionam como sinergistas enquanto outras servem apenas para estabilização do movimento, assim como a porção superior das costas.

Vale a pena fazer remada em pé no smith?

A remada em pé é uma das poucas alternativas que temos para isolar a porção lateral do deltoide, além da elevação lateral.

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O fato de usar especificamente o smith nos permite eliminar parte da necessidade de equilíbrio e estabilização do movimento, as vezes, quando queremos focar apenas na execução e isolamento, isso pode ser muito bem vindo.

A respeito do potencial “lesivo” da remada em pé somado ao fato de que o smith também pode amplificar certos aspectos que causam problemas, sinceramente isso está mais relacionado a qualidade da execução e quem está executando o movimento.

Pessoas com pouca experiência de treino e/ou problemas na articulação do ombro obviamente deverão ter cuidado extra na remada em pé ou até mesmo optar por outros movimentos por enquanto.

E sempre tenha em mente que, jamais – eu repito, JAMAIS – faça um movimento que cause dor articular.

Dicas fundamentais

1 – Experimente os dois lados do smith

Algumas máquinas smith possuem um pequeno ângulo no trilho pelo qual a barra viaja, o que pode tornar um dos lados em uma opção mais confortável para você.

2 – Remada em pé não é um exercício para progredir cargas

Não há qualquer benefício em tentar bater recordes de carga na remada em pé, que é um exercício voltado ao isolamento.

A qualidade da execução sempre deverá vir antes do aumento de cargas.

E, mesmo com menos peso, jamais busque a falha muscular ao custo da qualidade da execução. Assim que sua forma deteriorar, a série deve ser finalizada.

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