Para começar a falar eu vou só dizer que é um artigo da Nature lançado hoje, para quem não sabe a Nature tem o maior fator de impacto (Isso significa respeito no mundo acadêmico), tendo um fator de impacto maior que 42000, sendo que a maioria das revistas INTERNACIONAIS tem entre 2 e 7 mil, e as brasileiras menos ainda. Enfim, se tem um artigo científico na Nature, a veracidade dele, dos dados, da metodologia é praticamente impecável.

Agora vem o artigo que diz que não existem desculpas, eles mostram que fatores genéticos influenciam em cerca de 2,7% na perda de peso, o que condiz com o IMC da pessoa.
Não tem o artigo completo, mas fica somente o abstract dele para a leitura:

Obesity is heritable and predisposes to many diseases. To understand the genetic basis of obesity better, here we conduct a genome-wide association study and Metabochip meta-analysis of body mass index (BMI), a measure commonly used to define obesity and assess adiposity, in up to 339,224 individuals. This analysis identifies 97 BMI-associated loci (P < 5 × 10⁻⁸), 56 of which are novel. Five loci demonstrate clear evidence of several independent association signals, and many loci have significant effects on other metabolic phenotypes. The 97 loci account for ~2.7% of BMI variation, and genome-wide estimates suggest that common variation accounts for >20% of BMI variation. Pathway analyses provide strong support for a role of the central nervous system in obesity susceptibility and implicate new genes and pathways, including those related to synaptic function, glutamate signalling, insulin secretion/action, energy metabolism, lipid biology and adipogenesis.

Fonte: https://www.nature.com/nature/journal/v518/n7538/full/nature14177.html?WT.ec_id=NATURE-20150212#tables

Pena que para ler o artigo inteiro é só pagando. Parece ser algo bem interessante mesmo, além de ser um artigo que pode ajudar a quebrar vários paradigmas.

Algumas matérias feitas com o artigo como referência:

https://www.sciencedaily.com/releases/2015/02/150211131840.htm

https://www.sciencemediacentre.org/?p=25095&upm_export=print

No fim da página tem informação suplementar, as imagens, gráficos, tabelas e etc.

Pena que para ler o artigo inteiro é só pagando. Parece ser algo bem interessante mesmo, além de ser um artigo que pode ajudar a quebrar vários paradigmas.

Realmente uma pena. E a base de dados que eu tenho acesso (Web of Knowledge) não tem acesso a esse artigo...

Acho que o estudo é para pessoas normais e não atletas amadores que onde a genética sobressai e importa bastante, Porem tem que ler ele todo

Editado 13/02/2015 às 16:08 02/13, 2015 por KawaNx (veja o histórico de edições)

Acho que o estudo é para pessoas normais e não atletas amadores que onde a genética sobressai e importa bastante, Porem tem que ler ele todo

Isso que discuti com o Ricardo Queiroz, que talvez para atletas esses "3%" seja a diferença entre o campeonato ou não. Mas mesmo assim acredito que a maioria de nós somos incluídos em "pessoas normais", onde queremos um objetivo muitas vezes simples, perder peso por estar com muita fat.

Isso que discuti com o Ricardo Queiroz, que talvez para atletas esses "3%" seja a diferença entre o campeonato ou não. Mas mesmo assim acredito que a maioria de nós somos incluídos em "pessoas normais", onde queremos um objetivo muitas vezes simples, perder peso por estar com muita fat.

Sim mas e depois que perde o peso? Sobrepeso não é genético é hábitos agora localizadas eu acho que é genético mais não limitante com esforço você consegue tirar, Comigo que sou endomorfo quando entro em bulking o pessoal da academia me pergunta se eu estou ciclando ganho músculos muito rapido, Porem quando estou em cutting chega a dar raiva esta acabando o tempo estipulado e vê que ainda não está legal por causa das gorduras localizadas

Seria Besteira pensar que a genética poderia "barrar" a termodinâmica. Desculpa de gordo preguiçoso e comilão é falar que é genética. O Mesmo vale pros magrelos que não ganham massa. Claro que aí já pode ser um pouco mais influenciado pq construir músculos é diferente de simplesmente queimar gordura. Mas que vai aumentar a massa vai

Seria Besteira pensar que a genética poderia "barrar" a termodinâmica. Desculpa de gordo preguiçoso e comilão é falar que é genética. O Mesmo vale pros magrelos que não ganham massa. Claro que aí já pode ser um pouco mais influenciado pq construir músculos é diferente de simplesmente queimar gordura. Mas que vai aumentar a massa vai

Näo creio que seja simplesmente barrar a termodinâmica, mas sim o corpo passar a ser mais ou menos eficiente e utilizar mais ou menos energia para manter as atividades vitais.

Seria Besteira pensar que a genética poderia "barrar" a termodinâmica. Desculpa de gordo preguiçoso e comilão é falar que é genética. O Mesmo vale pros magrelos que não ganham massa. Claro que aí já pode ser um pouco mais influenciado pq construir músculos é diferente de simplesmente queimar gordura. Mas que vai aumentar a massa vai

Realmente barrar a 1 lei da termodinamica acredito que seja algo surreal para qualquer um de nos por aqui. Entretanto pensar que so a mesma dita a perda e ganho de massa, seja magra ou gorda eh jogar fora o principio da individualidade biologica!

ps: estou sem acentos devido ao teclado ruim!

Interessante.

Estava lendo hoje em algum lugar que eu não lembro onde, que a genética influência cerca de 15% do que apresentamos, os outros 85% estão relacionados ao nosso estilo de vida (hábitos alimentares, controle de stress, atividade física, sono..).

Lendo sobre nutrigêmona você vê o impacto dos nutrientes na expressão genética.

A Nature só me assegurou o que já pensava ser verdade: genética é desculpa. O homem moderno é um menino mimado querendo uma estrelinha na testa.

Gostaria de poder ler na integra, mas não tenho acesso aos bancos de dados aqui em casa. Gostaria de fazer uma pergunta: O artigo na parte discussão fala de perda de peso ou de perda de gordura? Fizeram testes com balança ou medida de bf?

Eu acredito nisso. Poxa eu tenho características típicas de ectomorfo clássico. Ossos pequenos, pulso fino, pouca MM. Mas meus hábitos alimentares eram tão ruins que eu acumulei muita gordura, e em locais chatos, como abdomen, flancos e peito. Enfim, hoje perdi muito, mas ainda tenho um pouco, e acho que o que eu demorei 20 anos pra acumular, não vão sair em apenas 1 ANO.

Como sou pesquisador, tenho acesso ao artigo! Atualizaram a base de dados e adicionaram o artigo..
Se alguém se interessar me manda PM

-

Realmente quem é endo/ecto/meso só influencia para mim no formato do corpo que a pessoa vai ter, quadris largos, ombros finos ou o que seja, mas não irá limitar o que aquela pessoa é capaz! (A não ser que tenha problemas hormonais()

Editado 20/03/2015 às 03:02 03/20, 2015 por Gus. (veja o histórico de edições)

Fiz upload do artigo pro docdroid: https://www.docdroid.net/v722/nature14177.pdf.html

Achei péssimo pra ler esse formato de artigos da Nature. Ao menos é bem completo.

Gostaria de poder ler na integra, mas não tenho acesso aos bancos de dados aqui em casa. Gostaria de fazer uma pergunta: O artigo na parte discussão fala de perda de peso ou de perda de gordura? Fizeram testes com balança ou medida de bf?

Fizeram testes com colesterol, triglicérides, gordura subcutânea, entre outros. Testes apenas com peso, acredito eu, seriam inconclusivos demais.

Pq vcs consideram genética apenas se o cara é ectomeso, mesoendo???

Uma coisa que eu venho pensando sobre a questão de genética/ganhos, é que genética não se aplica ao genótipo das pessoas, mas sim o quão a regulação e resposta dos hormônios influencia nos ganhos de uma pessoa, questão de receptores, maior predisposição para armazenamento de gordura ou ganho de massa depende da respostas do hormônios a seus receptores específicos.