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Zafe

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  1. Gostei
    Zafe deu reputação a Lorenzo Matteo em Entendendo HIPOGONADISMO + Relato   
    E aí, pessoal, tudo certo?
    Me propus a escrever "O GUIA DO HIPOGONADISMO", aberto e de forma colaborativa, pra que todos aqui possam comentar e editarei o que possa vir a estar errado ou possa ser escrito de uma maneira melhor.
    Farei um resumão de hipogonadismo e eixo HPT, bem mastigadinho e básico, pro cara que não é de Medicina, como eu.

    Sabe aquele cara que se cura de câncer e abre uma ONG pra gerar CANCER AWARENESS? (Conscientização sobre o câncer)
    Então: não é pra tanto, mas é basicamente isso que to fazendo aqui. Quero trazer mais entendimento e conscientização sobre o HIPOGONADISMO no homem (vulgo testo baixa).

    É meu primeiro post aqui. Acompanho o fórum faz muito tempo e minhas leituras aqui, como pra todos vocês, acrescentaram DEMAIS no meu entendimento de nutrição, dieta, academia, suplementação e repouso, e principalmente no entendimento da MINHA CONDIÇÃO DE HIPOGONADISMO. Basicamente me ajudaram no meu maior objetivo pessoal, que é ME OTIMIZAR COMO INDIVÍDUO em tudo que eu puder e for factível. Não sou da área de saúde, então meu conhecimento vem de conversas com profissionais e muita leitura e estudo. Sintam-se à vontade pra complementar o meu texto, criticar, pedir alguma alteração, que estarei feliz em editá-lo e deixar cada vez mais coerente e correto!

    Assim, o intuito aqui, depois de absorver tanto conteúdo bom no fórum, é tentar dar de volta alguma singela contribuição, realmente esperando que essas infos aqui ajudem alguém que tenha passado pela mesma merda de qualidade de vida fudida que é o hipogonadismo.
    Um dos problemas que encontrei foi muita informação dispersa. Justamente por hipogonadismo englobar milhares de possíveis causas e tomar muitas formas diferentes (primário, com milhares de causas pra ser primário - ou secundário, com milhares de causas pra ser secundário), além da maioria dos médicos em Floripa e Balneario Camboriu (então imagina no interior??) não conseguirem ajudar e entender o problema, resolvi concentrar toda a informação pesquisada aqui, de forma útil e até mastigada, e também contar com a sabedoria coletiva de vocês para melhorar esse texto e corrigir erros.

    Vou fazer uma revisão resumida sobre Eixo HPT e sobre o hipogonadismo em si como condição de saúde, causas possíveis, alterações hormonais esperadas e interferências entre substâncias e hormônios. 

    Passei por maus bocados aí por quase 3 anos sofrendo de hipogonadismo, e um período dentro desse sofrendo de depressão maior também associada.
    Vi que meu caso poderia ter sido resolvido em talvez SEIS MESES, mas demorou 3 anos pela incompetência de diversos médicos: urologistas, (em especial urologistas não me pareceram adequados pra tratar hipogonadismo, não tinham expertise na área), neurologistas (porque meu hipogonadismo era secundário, mais pra frente explico a diferença) e endócrinos (são os médicos mais recomendados pra tratar isso, mas no começo eu não sabia nem o que eu tinha, então não sabia nem pra onde correr, além de passar por alguns médicos bem intencionados mas que não tinham o conhecimento pra resolver).

    Hoje em dia ficou tudo muito mais claro pra mim como diagnosticar um hipogonadismo, como definir se é Primário ou Secundário, e como buscar a causa raíz pra tratar. Não que seja fácil, mas vou tentar passar esse know-how pra vocês, na esperança de que ajude alguém na mesma condição pra poder pelo menos conversar melhor com seu médico, entender melhor o que está tomando, o que está sentindo, se está melhorando ou não. 
    NÃO É UM GUIA DE TRATAMENTO. 
    Somente um médico pode fornecer o tratamento adequado e avaliar a sua condição.
     

    COMEÇANDO PELO COMEÇO:
    O Hipogonadismo não é UMA DOENÇA em si. É "uma síndrome", é um conjunto de sintomas relativos à BAIXA TESTOSTERONA (medida pela manhã EM MAIS DE UMA OCASIÃO, pra descartar a possibilidade de um exame sair atipico por questões pontuais, então precisa ser medido mais de uma vez.) necessariamente associada A SINTOMAS CLÍNICOS.
    Significa que o nome "hipogonadismo" ingloba TODAS as possíveis causas e patologias associadas com A TESTO BAIXA. E isso pode ser temporário (por estresse, fatores externos, ciclos de anabolizantes), ou seja, todo mundo está sujeito a ele, e com certeza todo homem vai passar por períodos na vida de baixa testosterona, associados à alta gordura corporal (com mais células de gordura, mais tua preciosa testosterona vai ser aromatiza e converter pra estrogênio e hormônios feminilizantes), e todo mundo em situações de estresse, alto cortisol, alta prolactina, altas conversões de testo em E2/DHT, pode ter momentaneamente a testosterona baixa TEMPORARIAMENTE; ou não, que é o problema maior quando estamos falando de hipogonadismo em si (problema de testículo, hipófise ou hipotálamo, que não se resolve sozinho) e não é temporário. Não some de uma semana pra outra ou de um mês pro outro, é crônico.

    Só o teste de laboratório de testo baixa não define hipogonadismo se sua qualidade de vida é boa e não tem sintomas.
    Testosterona mais baixa não significa necessariamente qualidade de vida menor ou performance pior. Um cara pode ter os níveis basais de testosterona, em estado natural de equilíbrio, mais baixos que de outro cara, e mesmo assim ter mais libido, força, performance, ereções, saúde, bem-estar. Você não deve se avaliar em relação a outras pessoas diretamente dessa forma, mas em relação AO SEU equilíbrio, ao que é natural PRO SEU CORPO. No meu caso com HCG atingi concentrações de 1200 ng/dl de testosterona, enquanto minha testosterona basal normal, quando "doente", era de 150 ng/dl em média, medido mês após mês, ficava sempre entre 100 e ~260. Com Clomid conseguir passar pra 450 em torno de 3 meses e com mais 3 meses pra 768.
    Agora, tem vários caras naturais por aí que vivem muito bem com testo de 500 ng/dl. Pra mim, ter chegado a 768 foi muito acima do meu natural (que era deficiente) então senti uma qualidade de vida muito melhor. Então enquanto sofria de hipogonadismo tive testo de 100~260 mas imagino (só especulação minha) que minha TESTO BASAL NATURAL, com 23 anos hoje, deveria ser em torno de uns 500-700, sem nenhum problema, doença, sem deficiencias de vitaminas e minerais, e treinando e comendo bem. Não precisa de 1000 ng/dl, 3000 ng/dl de testo! -- claro que uma testo altíssima dessa tem muito seu mérito, em ciclos controlados, mas quem já sofre de hipogonadismo tem que cuidar ainda mais com alterações hormonais forçadas, pra não inibir ainda mais a produção natural. Os níveis de referência normais, geralmente entre 300-800 já são mais do que suficientes pra UMA VIDA NORMAL, natural, sem sintomas, sem teu corpo te puxar pra trás, sem depressão associada a hipogonadismo, sem diabetes associada a hipogonadismo, também pra ter resultados decentes na musculação (que vai depender da tua CONSISTÊNCIA em treino, dieta, descanso e suplementação, e aqui eu sou só um iniciante-intermediário).
     
    Se você acha que sua testo é baixa e quer aumentar ela por razões de performance, ótimo, bola pra frente! Busca fazer direito. Mas não é disso que estamos falando aqui, estamos falando DE PATOLOGIA, DE CONDIÇÃO ATÍPICA com sintomas claros no dia a dia, que são: baixa libido; disfunção erétil; fadiga; cansaço excessivo; sono não te recupera, mesmo assim precisa dormir muito e ainda acorda cansado; 

    Logo, por definição, Hipogonadismo = vários exames de testo baixa recorrentes + reclamações de sintomas no dia a dia.

    EIXO HPT:
    Eixo hipotálamo-pituitária-testículos:
    Super-simplificando como a testosterona é criada normalmente no organismo masculino, lembrando que faço Engenharia Química e não Medicina, então podem complementar ou corrigir:

    Basicamente a hipófise (também chamada de Pituitária) é uma glândula do tamanho de uma ervilha que, por mecanismos de feedback (vai avaliar se as quantidades dos teus hormônios estão altas ou baixas, e tentar controlar isso pelo chamado feedback), secreta LH (hormônio luteinizante) e FSH (hormônio folículo estimulante).

    Em linhas gerais, o trabalho do LH é avisar pros testículos que eles precisam produzir mais testosterona (através das células de Leydig, o que não importa muito aqui)
    E o trabalho do FSH é avisar pros testículos aumentarem a espermatogênese, ou seja, fertilidade, concentração, qualidade e mobilidade do esperma.
    Vindo de background de Engenharia, gosto de pensar no testículo como "os operários da fábrica". A hipófise seria o gerente, que manda os operários produzirem os produtos: testosterona e esperma. O LH e o FSH seriam AS MENSAGENS que mandam o operário produzir e O QUE produzir.
     
    Assim, Hipófise (gerente) viu que precisamos aumentar a testosterona (produto), assim, ela manda uma mensagem pra aumentar a produção de testosterona (essa mensagem é o LH) e o operário (testículo) produz mais. Mesma coisa pro FSH (mensagem) pra produzir mais esperma.
    Da mesma forma, se a testosterona estiver muito acima do normal, a hipófise, como um gerente de fábrica, quer evitar superprodução e estoque, e manda, reduzindo o LH, que o testículo produza menos testosterona.

    Assim, em um organismo normal o que deveria acontecer é:
    Aumentar LH ---> Aumenta testosterona  
    Aumentar FSH ---> Aumenta espermatogênese

    Aqui alguém pode pensar que é tudo muito fácil e simples.
    Se aumentar LH aumenta a testosterona, então:

    Pergunta: "Ahhh, que legal, Lorenzo! Então, eu, um homem normal, sem hipogonadismo, vou simplesmente aumentar meu LH absurdamente, socar LH pra dentro, me entupir de Clomid (clomid age como se fosse o LH no corpo), e minha testo vai explodir e aumentar indefinidamente sem necessidade de ciclo anabólico???"
    Resposta: Obviamente não e a vida não é tão fácil. Se você for um homem normal, com o eixo HPT em dia, você vai, SIM! conseguir um aumento em testosterona tomando Clomid/aumentando seu LH, mas isso é temporário e NÃO VAI SER ACIMA DOS TEUS LIMITES NORMAIS. Como já foi dito, a hipófise trabalha em sistema de feedback, nesse caso feedback negativo, que significa que quanto mais ela notar que alguma coisa existe, mais ela vai responder DE FORMA NEGATIVA, assim, se tu forçar teu LH a subir, pra forçar a testosterona a aumentar, tua hipófise naturalmente vai baixar a produção de LH. A hipófise vai pensar "Ah, já tem bastante testosterona, então não preciso sinalizar pro testículo pra produzir mais testo. Então vou baixar a concentração de LH."
     
    E se mesmo assim tu continuar jogando LH de fora do corpo pra dentro e aumentar tua testosterona, teu corpo vai forçar a testosterona a baixa pros limites mais normais, seja aromatizando pra estrogênio (feminilização, possível ginecomastia), seja reduzindo pra DHT (queda de cabelo, etc.), seja aumentando a prolactina (ginecomastia, baixíssima libido, etc), que são os mesmos efeitos de um ciclo de esteróides anabolizantes. Você está botando coisa exógena, e teu corpo naturalmente tende a querer buscar o equilíbrio, quer ficar nos níveis normais, então tende a bloquear essa quantidade extra da forma que conseguir. (Não tirando o mérito de ciclos anabolizantes. Só explicando que elevar a testosterona NECESSARIAMENTE faz o corpo querer buscar baixar ela, levando pra DHT, E2; aumentando prolactina, etc. Isso é um fato! Se você pode ou não bloquear isso é outra coisa. Os ciclos TEM SIM muito seu mérito em performance, sendo feitos de maneira controlada e planejada, com devida TPC).
    Agora, PODE SER, SIM, que um homem normal, saudável, se beneficie de uma dose baixa-média de clomid pra aumentar sua testosterona, dando "uma ajudinha" básica na produção e elevando pouco mas significativamente a concentração de Testo. Mas não estou afirmando isso. Acho que é provável e possível, sim, mas precisaríamos dar uma lida em estudos de Clomid em homens saudáveis (procurem no Scielo, ScienceDirect, etc. ) e não posso fazer isso agora, mas também fiquei curioso nesse ponto pra ler mais no futuro.

    Ou seja, melhorando nossa ilustração:
    Aumentar LH ---> Aumenta testosterona  
    Aumentar FSH ---> Aumenta espermatogênese
    MAAAAAASSSSSSSS
    Aumentar Testosterona  ---> Diminui LH
    Aumentar Testosterona ---> Aumenta conversão em estrogênio, DHT, pode aumentar Prolactina
    Aumentar Espermatogênese ---> Diminui FSH
     
    Lembre que o corpo sempre busca o equilíbrio! Agora, se você quer otimizar o corpo, e trabalhar um pouco acima do seu equilíbrio natural, ou seja, aumentar a produtividade e as funções, sempre é possível. Mas busque se pautar em ciência, empirismo, e entenda que isso deve carregar consequências indesejadas junto, aí cabe a você analisar se está disposto a arcar com elas ou se consegue bloquear elas.
    Seu corpo é seu bem mais precioso. Usar ele pra "chutes", sem conhecimento, no acerto-ou-erro, não é a melhor ideia quando estamos falando de sistemas que podem trazer danos irreversíveis (sistema hormonal, neurológico, etc.).

    Ok, então voltando ao HPT, queremos naturalmente níveis normais-altos (pense "classe média alta, ou um pouco rico; mas nada exagerado ou baixo") de testosterona, obviamente, com níveis normais-altos de LH, pra ter níveis saudáveis de testosterona sendo produzida e também queremos níveis normais-altos de FSH, pra ter uma boa fertilidade como macho reprodutor. Queremos também níveis de referência adequados de estrogênios (no fórum tem bastante info sobre isso, e em geral recomendam ter uma relação testosterona/E2 de 25 ou 30, ou seja, 25 ou 30 vezes mais testosterona que estriol) e níveis adequados de hormônio da hipófise, T3, T4 e também de DHT e DHEA.
    Parece bastante coisa, mas vamos por partes, focando em geral só na Testo e LH.
     
     
    EXCLUINDO CAUSAS PARALELAS
    Antes de começar a se aprofundar no hipogonadismo, ANTES DE PENSAR EM TRATAMENTO, em saber se é primário ou secundário, primeiro precisamos passar a NAVALHA DE OCCAM.
    Se você vê um cavalo listrado preto e branco, você assume que é uma zebra, e não um cavalo pintado. Começa buscando o mais óbvio e mais fácil.
    Vamos EXCLUIR todas as outras alternativas paralelas que poderiam estar causando esses sintomas. Vamos fazer um check-up geral.
    Verifique se tem anemia, se tem deficiência de qualquer vitamina que seja (em especial Vitamina D, que é comum a deficiência e está relacionada com produção de testosterona, e também vitaminas do complexo B ), níveis dede ferro, se teu hemograma tá em dia, glicemia em dia, colesterol em dia.
    Cheque os níveis de PROLACTINA, em especial também os HORMÔNIOS DA TIREÓIDE, TSH, t3, t4. Seu médico vai entender dessa parte e te ajudar.
    Esses sintomas poderiam facilmente estar relacionados com diabetes, com problemas da tireóide, e muitas outras causas. Então primeiro averigue O BÁSICO!
    Exame de sangue, vitaminas (especial complexo B e vit. D), hemograma, colesterol, glicemia, hormônios sexuais (LH, FSH, estriol, progesterona, testo, testo livre, SHBG, DHEA, DHT...), hormônios da tireóide (TSH,T3, T4...). 
    Consulte seu médico. Eu não sou médico.
     
    Avalie todos os fatores mais comuns que poderiam estar causando problema. Inclusive pode achar outros desbalanços do teu sistema corporal que você nem tava ciente e podem estar te jogando pra baixo. Esse check-up geral é IMPORTANTÍSSIMO, a ser realizado pelo menos uma vez em cada fase da vida, como sugestão. A cada 5 anos, por que não?
    Se você não fez nenhum desses exames, poderia ser interessante, caso tenha sintomas ou sinta que poderia estar trabalhando numa capacidade maior, ao menos fazer os exames pra pelo menos descartar essas hipóteses, caso esteja tudo certo.
     
    Hipogonadismo está altamente associado à depressão e à Diabetes. Então cuidado com essas duas.

    SEPARANDO HIPOGONADISMO PRIMÁRIO DE SECUNDÁRIO
    Bom, então você foi diagnosticado com hipogonadismo, certo?
    O que eu levei mais de 2 anos pra descobrir, coisa que meus médicos nunca mencionaram por possivelmente falta de especialização nessa área, foi que o próximo passo lógico seria determinar se o hipogonadismo é PRIMÁRIO ou SECUNDÁRIO.
    Primário ou secundário se refere à ORIGEM ANATÔMICA do problema. Basicamente se teu problema é no testículo ou no cérebro.

     
    HIPOGONADISMO PRIMÁRIO
    Se chama hipogonadismo PRIMÁRIO aquele hipogonadismo comprovado (exames de testo baixa + reclamações de sintomas) causado por problemas NO TESTÍCULO.
     
    Em torno de 95% da testosterona do homem é produzida no testículo, então se você não tiver um testículo, for um eunuco castrado, basicamente você vai sofrer de hipogonadismo, e esse hipogonadismo vai ser primário porque está associado a um problema de testículo - nesse caso específico a falta deles.
    Mesmo sem testículo você ainda produz alguma testosterona, mas como em torno de 95% dela vem do testículo, não dá pra depender dos 5%.
     
    Outras razões pro seu hipogonadismo ser primário podem ser, além da castração: trauma físico (sendo bem chulo: transou muitas vezes bêbado, anfetaminado, pegando a mina, por ex. de 4, posição em que a bolsa escrotal vai receber diversas pancadas no movimento de vai-e-vem, colidindo com a moça. Pode machucar!! Mas não precisam ficar com medo disso, teria que ser muito recorrente, forte, doloroso e absurdo, só com álcool ou anf pra não parar mesmo com as dores), pode ser causado também por alguma espécia de tumor (e a origem do tumor pode ser diversa: Radiação, propensão genética, xenoestrógenos, etc. - inclusive um dos urologistas que visitei, vou contar no relato, me disse que eu tinha um tumor na bola, praticamente DO NADA, e fazendo ultrassom descobri que era só um cisto).

    A ideia aqui é a seguinte: AVERIGUE seus testículos caso tenha hipogonadismo. O caminho mais prático é um ultrassom do testículo, pra verificar se as gônadas, epidídimo, etc., estão todos OK e saudáveis.
     
    O que se espera no exame de sangue: vamos voltar ao Eixo HPT. Sua produção de testosterona depende da hipófise e do testículo. Aqui, sua hipófise é saudável e atua OK, mas seu testículo tem problemas. Então o que vai acontecer? O testículo não consegue produzir testosterona, a testosterona no organismo fica baixa, a hipófise percebe isso e secreta LH pra sinalizar pro testículo produzir mais testo, mas ele não consegue produzir mais (ou não existe), e aí a hipófise secreta mais LH, mas o testículo não consegue produzir mais, e a hipófise secreta mais LH......................................... Mesma coisa para o FSH, onde a hipófise tenta aumentar a espermatogênese, já que sem testículo ou com testículo prejudicado você está infértil ou com muito baixa fertilidade, mas sem sucesso.
     
    Espera-se no exame de sangue do Hipogonadismo Primário: testo baixa + LH ALTO + FSH ALTO
    Como seu problema é no testículo, pra retornar a produção de testosterona ou você coloca testículos de volta, caso não tenha, aí dependeria de um transplante de testículo, que acho que nem fazem, por falta de tecnologia suficientemente avançada ou porque é imprático, não sei. Ou precisaria expurgar algum tumor/lesão e ver se o testículo volta ao normal, o que é difícil.
    Por isso, em geral, pra Hipogonadismo primário o tratamento mais comum é a TRT - Terapia de Reposição Hormonal. Você vai repor testosterona, colocando testosterona exógena, de fora do corpo, pra ficar com uma concentração normal de testosterona e conseguir viver uma vida normal. Resolve praticamente todos os seus problemas!
    Mas pensando pela hipófise, que está saudável, se você repor testosterona, vai acontecer o seguinte:
    Você põe testo de fora, então seus níveis ficam normais-altos, aí a hipófise entende que não precisa sinalizar mais pros testículos produzirem testosterona, então ela reduz o LH. Até aí tudo bem, já que, enquanto você tiver dinheiro e colocar testosterona de fora, não precisa mais do LH mesmo. O problema está na redução simultânea do FSH. Como a hipófise também vai reduzir o FSH, você vai ter uma espermatogênese diminuída e tende a infertilidade. Se você já não tem testículos, já sabia disso faz tempo e não é problema, mas se tem testículos que funcionam parcialmente, pode querer tentar retornar a fertilidade por algum método médico. 
    É ISSO que acontece nos ciclos esteróides: a hipófise vai buscar baixar o LH e FSH (além de aumentar conversão de testosterona em estrogenios, DHT, aumentar prolactina), e quando você PARA o ciclo, para de colocar testo externa, teu corpo ainda não tá produzindo testosterona normalmente. Mas como o cara é saudavel, novamente, o corpo tende ao equilíbrio, e só vai demorar um tempinho pra se ajustar, mas por isso é tão importante a TERAPIA PÓS CICLO! Pra retornar o Eixo HPT literalmente "aos eixos".
    E por isso que os remédios para hipogonadismo se assemelham e na maioria dos casos são os mesmos remédios utilizados tanto pra hipogonadismo como pra TPC!
    Só lembrando que acontece uma certa dessensibilização dos hormônios no uso prolongado, recorrente e contínuo de esteróides, então, teoricamente, pelo que a informação por aí diz, fazendo uso recorrente e prolongado de AEs, seu corpo tende, sim, a voltar ao equilíbrio, mas vai acontecendo também uma "degradação", uma dessensibilização, e cada vez que você "volta ao equilíbrio", seu nível natural (de testo, de produtividade do testículo e hipófise) é um pouco menor e mais fraco do que era antes. Por isso o cuidado com abuso, mesmo de forma controlada, pra quem quer viver naturalmente sem TRT - que não é nenhum problema viver com TRT. Um milhão de vezes melhor TRT do que hipogonadismo, não tem nem comparação, TRT não é algo ruim per se.
     
     
    HIPOGONADISMO SECUNDÁRIO
    Agora o problema do paciente não é nos testículos em si.
    Descobriu que não é primário pelo exame de sangue/pelo ultrassom/por estimulação do testículo com HCG/Clomid, etc.
    Como saber se os testículos respondem bem?
    Se você estimular a produção natural de testosterona (por meio de teste com HCG, GnRH, clomifeno. FONTE MUITO BOA SOBRE ISSO: https://www.sergiofranco.com.br/bioinforme/index.asp?cs=Endocrinologia&ps=testesFuncionaisGonadas), e a produção de testosterona RESPONDER ADEQUADAMENTE, em conjunto com os níveis de LH e FSH respondendo adequadamente, você já pode entender que SEU TESTÍCULO É SAUDÁVEL, e se ainda assim você tem hipogonadismo, então ele deve ser secundário, e você deve concentrar sua busca por soluções na hipófise e no hipotálamo.
    Aqui, o ecodoppler/ultrassom da bolsa escrotal mostrou que o volume dos testículos é normal, que não tem nenhum tumor ou nada errado, mas foi constatado problema no cérebro. No hipotálamo ou na hipófise POR RESSONANCIA MAGNETICA.
     
    A ideia aqui é a seguinte: AVERIGUE seu cérebro. O caminho mais prático é uma Ressonância Magnética de crânio, da sela túrcica, pra averiguar a hipófise.
     
    O que se espera identificar no exame de sangue?
    Novamente, vamos voltar ao Eixo HPT e olhar pela óptica dele: se a testosterona, por motivo qualquer, está muito baixa, o que deve acontecer é que a hipófise deve secretar mais LH pra sinalizar pro testículo que ele deve produzir mais testosterona.
    PORÉM, AQUI, no hipogonadismo secundário, o testículo é saudável, então se mandar ele produzir mais testo, ELE VAI PRODUZIR. O problema aqui é a hipófise ou hipotálamo mal-funcionando. A hipófise OU NÃO PERCEBE que precisa estimular a produção de testosterona (no meu caso um prolactinoma secretava prolactina que atrapalhava o funcionamento da hipófise), ou simplesmente não estimula, está defeituosa. Para cada caso um tratamento diferente. Assim, a testo do cara está baixa, e a hipófise não manda produzir mais. Ela não aumenta o LH e o FSH.
     
    Espera-se no exame de sangue do Hipogonadismo SECUNDÁRIO: testo baixa + LH BAIXO/normal + FSH BAIXO/normal
    Aqui tá o pulo do gato! Notou a diferença em relação ao hipogonadismo primário??
    Pelo exame de hormônios sexuais já dá pra começar a estudar melhor o caso avaliando NÃO SÓ A TESTO BAIXA, mas se o LH/FSH estão muito altos (primário) ou baixos/normais (hipog. secundário). 


    E o hipotálamo?

    Até agora não falamos do Hipotálamo nenhuma vez, fomos falando do Eixo HPT de trás pra frente: primeiro do testículo, depois da hipófise, agora falaremos um pouquinho do hipotálamo. A sinalização de testosterona, antes ainda da hipófise, funciona pela sinalização DO HIPOTÁLAMO , através de GnRH (O teste de GnRH que botei o link antes está relacionado com hipo-pituitarismo, baixo funcionamento da hipófise). Naquela minha analogia, é como se o Hipotálamo fosse "O DIRETOR" da indústria, e o GnRH (como o LH e o FSH também) é UMA MENSAGEM.
    Assim, deveria acontecer: Hipotálamo -> Hipófise -> Testículo.
    Hipotálamo, através da mensagem chamada GnRH, manda a Hipófise, que através da mensagem LH, manda o testículo, produzir mais testosterona.
    Então aqui agente nota que, já que o problema não tá no testículo, ou ele tá na hipófise ou tá no hipotálamo.
     
    Caso a) Se o problema estiver na hipófise, significa que ou ela NÃO PRODUZ LH e FSH, porque é
    a1) Hipófise incapaz (como no caso do hipogonadismo primário o testículo é incapaz, aqui a hipófise é incapaz), o que pode ser verificado através do teste de GnRH. Que basicamente estimula a hipófise.
    A hipófise saudável, quando estimulada com GnRH, vai aumentar a produção de LH e FSH,e se ela não for saudável ela não vai responder ao GnRH.
    a2) Agora, se A HIPÓFISE É SAUDÁVEL, o problema pode ser externo, de alguma coisa bloqueando o funcionamento dela, como um prolactinoma, onde a Prolactina muito alta faz com que a hipófise saudável não entenda que tem que produzir mais testosterona. No meu caso eu tive um adenoma de hipófise, um prolactinoma, que é tratado com Cabergolina. Mas você tem que ver com seu neurologista qual o seu caso e qual o tratamento adequado.
    b ) Hipotálamo incapaz: tumor ou alguma alteração no hipotálamo em si e na secreção do GnRH. Não sei muito dessa parte, então se alguém quiser expandir aqui eu edito.
    Teste do estímulo com Clomifeno pode atestar se o problema é de fato de patologia hipotalâmica. Ver TESTE DE CLOMIFENO: https://www.sergiofranco.com.br/bioinforme/index.asp?cs=Endocrinologia&ps=testesFuncionaisGonadas
     
    Essa parte cerebral deve ser avaliada pelo seu médico, em especial neurologistas para averiguar as ressonâncias magnéticas, em conjunto com seu endócrinologista que tratará o hipogonadismo como um todo e avaliará seu eixo hormonal.
     
    Lembrando que se houver qualquer erro no texto, ou se alguém quiser que eu adapte algo pra facilitara leitura e entendimento é só falar!
    Realmente espero que isso ajude a trazer do fundo do poço aqueles caras que sofrem com hipogonadismo, e muitas vezes nem sabem direito o que tá acontecendo.
     
    Um abraço a todos!
  2. Gostei
    Zafe deu reputação a Carlos 88 em 1° ciclo   
    Ciclos sem TESTOSTERONA e LOW DOSES (DUDU)
    Dudu Haluch / Artigos     Blz galera, voltando a escrever sobre ciclos aqui p vcs, p coclocar algumas ideias novas, já q parei de escrever pq estavam denunciando meu perfil.
    Vamos lá, esse texto serve principalmente p galera que cicla e faz TPC. O erro da galera está em achar que um ciclo como deca e testosterona (principalmente as de meia-vida longa) é um bom ciclo pq gera ganhos de ~8-12kg, mas a verdade é que esses ganhos são a maior parte ilusórios, pq são ganhos mto rápidos e de qualidade bem duvidosa (mta água em geral). E isso é feita às custas de uma grande supressão do eixo HPT, e tb com o risco de colaterais mais agressivos devido a forte variação hormonal causa da por esse tipo de ciclo pq, além de inibir LH e FSH, os níveis muito altos de hormônio tb afetam outros hormônios como estradiol, prolactina, DHT, além de seus efeitos no sistema nervoso central (efeitos a longo prazo sobre os sistemas serotoninérgicos e dopaminérgicos do cérebro), que acabam por te deixar fadigado após o ciclo, seu psico fica na merda.
    Infelizmente a maioria da galera q quer ciclar subestima esses colaterais, e muitos mesmo desistem de treinar, ficam depressivos após o ciclo, e acabam ficando pior do que antes. Não tenho dúvidas que a depressão pós-ciclo é dos piores colaterais de um ciclo de esteroides. Acredito que os novatos e usuários recreativos devem sempre ter na dieta a base de sua evolução, pq sabem que após o ciclo vc volta a ser natural, e se vc faz um ciclo mto supressivo pode levar meses para ter potencial para evoluir novamente, mesmo fazendo uma boa TPC, pq a agressão que um ciclo desses faz no organismo é algo que não tem uma recuperação rápida.
    Uma evolução lenta usando low doses é muito mais proveitosa pq torna a adaptação do organismo mais fácil, levando a uma recuperação do eixo mais rápida e tb não causando uma variação hormonal tão agressiva, ne um crash hormonal tão forte após o ciclo. Quando alguém diz: “se for ciclar, cicla direito”; ela está totalmente enganada em acreditar que qualquer droga ou dose usada vai causar o mesmo efeito deletério no organismo. Nem os ganhos serão tão grandes, mas os colaterais e supressão do eixo muito menos. É muito diferente vc usar drogas que causam uma forte supressão do eixo (como deca, trembolona, testosterona) ou drogas que ficam um longo tempo no corpo causando feedback negativo (durateston, boldenona, deca, cipionato, enantato), e usar drogas que causem uma supressão do eixo mais suave (sem zerar LH e FSH em doses baixas: oxandrolona, primobolan, dianabol), e que deixam o organismo rapidamente deixando de causar feedback, e propiciando um rápido ambiente hormonal para recuperação do eixo, drogas essas que tb causam variações hormonais menos agressivas. Então vc pode fazer um ciclo só com oxandrolona ou só dianabol, ou mesmo apenas stanozolol (parece ser mais supressivo e mtos reclamam de queda na libido com ele), usando doses moderadas, esperando ganhos de ~4-8kg em ~6-8 semanas, mas com uma recuperação pós-ciclo mto mais rápida, e consequentemente ganhos mais sólidos.
    Aí vc pode falar que testosterona é sempre a base de um ciclo por causa da libido e blabla, então eu te pergunto, “e depois do ciclo de um ciclo usando testo, como fica sua libido?”. Vc fica na merda, pq um ciclo com drogas como testosterona influenciam violentamente a libido, e toda excitação que vc teve durante o ciclo te deixa na merda depois do ciclo (quanto maior sua libido durante um ciclo, maior a chance de uma queda agressiva após o ciclo), então não se empolgue. Testosterona passou a ser base de ciclos justamente na época que os atletas passaram a se manter constantemente hormonizados, e quando os anti-estrogênicos se tornaram mais populares, parece que final dos anos 80 e anos 90. Antes disso os ciclos mais comuns eram com deca e dianabol, mas sem uma consciência e entendimento sobre recuperação do eixo HPT. Não estou falando mal da testosterona, estou querendo apenas tirar essa ilusão da necessidade de ciclar com testo, sendo que sua libido tende a cair de forma mais violenta após um ciclo usando testosterona (pela suapoderosa influência no LH, FSH, e tb em outros hormônios responsáveis pela libido, como estradiol, DHT e prolactina). Claro que vc pode ter uma queda na libido ciclando sem testosterona, usando oxandrolona, dianabol, primobolan, stanozolol ou turinabol, mas a tendência é não sofrer com isso após o ciclo e nem ter uma queda violenta durante o ciclo, e se isso for um incômodo mto grande basta usar uma testosterona de ação rápida apenas para melhorar sua libido.
    A mensagem que quero deixar aqui é que “grandes ganhos levam a problemas maiores”, e para um cara que pretende se manter natural após um ciclo, o mais eficiente no longo prazo para sua evolução e bem-estar é usar o esteroide como um aliado à sua dieta e treinamento, e não a única arma para sua evolução. Tenha certeza que é mto mais fácil para seu corpo lidar com uma variação hormonal suave que aumenta 5kg, do que uma variação hormonal que aumente 10kg e cause uma zona nos seus hormônios endógenos. A evolução mais lenta e consistente é a mais eficiente para seu corpo.
    EXEMPLOS DE LOW DOSES (sem fazer combinações):
    Diana: 20 a 30mg dia
    Oxandrolona ou Turinabol: 20 a 40mg dia
    Primobolan: oral ~30mg dia,  injetável~200-300mg semana
    boldenona: 200-300mg semana
    Stano: 0ral~20-40mg dia, injetável~50 a 75mg dsdn
    Dessas opções o stano parece ser o q mais suprime o eixo e provoca queda na libido, mas é mto usado pelos ratos de academia, e mtos ñ tem problemas com ele
    masteron ñ acho boa opção pelo fraco poder anabólico, mto menos proviron
    testosterona, deca e trembolona pela forte supressão do eixo, estão fora de cogitação nesse estilo de ciclo
    hemogenin pelos colaterais  e ganhos de baixa qualidade, mas já vi caras secos terem bom resultado com ele
  3. Gostei
    Zafe recebeu reputação de dosanj0s em 1° Ciclo Enantato de Testo e Deca de Nandrolona   
    acompanhando! 
  4. Gostei
    Zafe deu reputação a duduhaluch em Enantato X Cipionato, Existe Diferença? (Artigo) Dudu   
    Resolvi escrever esse pequeno artigo para tentar esclarecer a confusão que a maioria dos usuários faz em relação essas duas drogas.

    É muito comum os usuários afirmarem como um ato cego de fé que:

    - enantato de testosterona é uma droga para cutting ou clean bulk, porque ela ajuda na queima de gordura;
    - cipionato de testosterona é uma droga para Bulk, pois causa muita retenção.

    Essa crença não existe somente no Brasil, mas aqui ela foi perpetuada principalmente em alguns artigos traduzidos para o português de maneira parcial e que dá margem a esse tipo de interpretação, e pelo livro Guerra Metabólica (W. Guimarães).

    Essa crença é falsa pelo simples motivo que a testosterona só se torna ativa no corpo após a remoção do éster, e nesse acaso os ésteres são quase idênticos. Seus músculos estão vendo apenas a testosterona livre não importa o que éster foi usado para implantá-lo.
    Um éster é uma cadeia composta principalmente por átomos de carbono e hidrogênio. Esta cadeia é geralmente ligada ao hormônio esteróide na posição do carbono 17 (orientação beta), embora alguns compostos carregam ésteres na posição 3 (para os fins deste artigo não é crucial para entender a posição exata do éster). Esterificação de um injetável anabólico / androgênico basicamente realiza uma coisa, que retarda a liberação do pai de esteróides (testosterona) a partir do local da injeção. Isso acontece porque o éster terá notavelmente menor solubilidade em água do que o esteróide, e aumentará a sua solubilidade em lipídeos (gordura). Isso fará com que a droga para formar um depósito no tecido muscular, no qual vai lentamente entrar em circulação, uma vez que é pego em pequenas quantidades pelo sangue. Geralmente, quanto maior a cadeia de éster, menor a solubilidade em água do composto, e mais tempo vai demorar para a dosagem completa atingir a circulação geral.
    O que muda entre os diferentes ésteres de testosterona é o tamanho do éster o que vai determinar o seu tempo de ação no corpo, e isso de certa forma vai ter muita influência nos efeitos da droga.
    O éster não vai modificar os efeitos da testosterona (queima de gordura e retenção, por exemplo), mas sim o modo como esses efeitos vão atuar no corpo.
    Usando um éster de meia-vida curta, como propianato ou fenil, o tempo de ação da testosterona no corpo será menor e consequentemente os feitos androgênicos e anabólicos também terão pouco tempo para atuar, reduzindo as chances de conversão em DHT e aromatização. Isso significa ganhos menores, mas com menor retenção também, e menores efeitos colaterais.

    - Enantato: Estrutura Química C7H14O2.
    Enantato é um dos ésteres mais importantes utilizados na fabricação de esteróides (mais comumente visto com testosterona, mas também é usado em outros compostos, como Primobolan Depot). Enantato vai liberar um nível (ainda flutuando como todos ésteres) constante de hormônio por aproximadamente 10-14 dias. Embora na medicina compostos enantato são freqüentemente injetados em uma base bi-semanal ou mensal, os atletas irão injetar pelo menos semanalmente para ajudar a manter um nível uniforme no sangue.
    - Cipionato: Estrutura Química C8H14O2.
    Cipionato é um éster muito popular nos EUA, embora seja pouco encontrada fora dessa região. A sua duração de liberação é quase idêntico ao enantato (10-14 dias), e os dois são igualmente pensados para ser intercambiáveis na medicina dos EUA. Atletas comumente mantêm a crença de que cipionato é mais poderoso do que o enantato, embora de forma realista, há pouca diferença entre os dois. O éster enantato é de fato um pouco menor que cipionato, e, por isso, libera uma quantidade (talvez alguns miligramas) pequena de mais de esteróides, em comparação.

    A diferença entre os dois é de apenas 1 átomo de carbono, o que resulta em meia-vida e vida ativa muito semelhantes.
    Enantato - meia vida: 10,5 dias
    Cipionato – meia-vida: 12 dias
    Dan Duchaine, em seu Underground Steroid Handbook chegou a especular que o cipionato teria mais “kick” que o enantato, e também:
    "Se o atleta não tem reações graves à retenção de água, ele não faria diferença entre cipionato de testosterona e o enantato de testosterona".

    De qualquer forma, não deveria se esperar diferença significativa entre duas drogas com uma variedade tão grande de semelhanças, e separadas apenas por um átomo de carbono.


    DUDU HALUCH, abraços
  5. Gostei
    Zafe recebeu reputação de Colossauro em [RELATO] Acetato de Trembolona 75mg/ml + Duratestoland 250mg/ml+HCG+TPC [COM FOTOS]   
    Acompanhando! Posta foto atual com os detalhes de ganhos! Estou interessado nesse protocolo. 
  6. Gostei
    Zafe deu reputação a duduhaluch em Dieta Bulk E Cutting Para Hormonizados (Dudu)   
    Muitos atletas, usuários experientes de esteroides e pessoas com anos de musculação em geral dominam os aspectos básicos de construção de uma dieta para ganho de massa muscular (bulk) ou para definição (cutting, contest), mesmo que não dominem toda a base da teoria nutricional para montar uma dieta bem equilibrada em nutrientes e eficiente para o objetivo.
    De qualquer forma não existem estudos sérios que relacionem dieta ao uso de hormônios para finalidade estética, por motivos óbvios. No entanto é bem conhecido que ao usar hormônios, como esteroides androgênicos, GH e insulina, ocorrerá um aumento de eficiência metabólica por parte do organismo, ocorrendo aumento da síntese proteica, retenção de glicogênio e também queima de gordura (com esteroides e GH). Esse é o motivo também porque os esteroides funcionam melhor numa dieta de alta caloria [1]. “Quanto menor os níveis de carboidratos em uma dieta, menores níveis de insulina e insulinase, menor a eficiência dos esteroides. Agora você pode entender porque mesmo altos níveis de andrógenos não produziram grandes resultados em uma dieta muito restrita em carboidratos” [2]. Esse é um dos motivos que torna uma dieta cetogênica pouco eficiente durante o uso de esteroides, tanto pelos baixos níveis de glicogênio muscular, como também pelos baixos níveis de insulina, diminuindo a síntese proteica dos esteroides e o efeito anti-catabólico fornecido pela insulina [3].
    Mas o que pretendo abordar principalmente nesse artigo é como manipular os macros e calorias da dieta durante uma dieta bulk ou cutting.
    Segundo L. Rea, autor de Chemical Muscle Enhancement, os maiores ganhos de um ciclo acontecem entre 10 e 30 dias do início do ciclo, onde ocorre uma quebra de homeostase mais violenta [4]. Portanto a tendência é que não ocorram ganhos muito significativos à partir da 6ª semana, no entanto os colaterais podem se agravar (aromatização, retenção, etc). Os ganhos de um ciclo tendem a estagnar entre 6 e 8 semanas [5], após esse tempo o corpo tende a compensar a esse estado de anabolismo induzido farmacologicamente , provocando um aumento da produção de hormônios catabólicos (corticosteróides) e alteração da sensibilidade dos receptores hormonais para os esteroides anabolizantes androgênicos. Como resultado , ocorre o efeito anulador e aquele ciclo dessas drogas necessitaria ser reprojetado mudando-se as drogas e/ou aumentando-se a dosagem. Tal procedimento pode temporariamente prolongar o estado de anabolismo , porém fatalmente irá surgir outro efeito anulador. O que ocorre é que o organismo está sempre em ciclos de anabolismo-catabolismo de forma constante. As estruturas proteínicas estão sempre sendo construídas e degradadas e não existiria de maneira nenhuma do atleta estar permanentemente no estado de anabolismo ou de construção : se isso ocorresse , qualquer ser humano cresceria até ficar do tamanho de um prédio. Porém fato comprovado é que a fim de aumentar a massa muscular , o atleta precisar estar , na maioria das vezes , mais no estado de anabolismo do que no estado de catabolismo. Assim , é crucial que ele previna a ocorrência de estados prolongados de catabolismo , pois do contrário haverá grande perda do precioso tecido muscular [6].
    Sabendo que os ganhos são maiores no início do ciclo, e que após ~6-8 semanas os ganhos tendem a estagnar pelo aumento da produção de hormônios catabólicos pelo corpo, não é muito inteligente você tentar provocar um aumento dos ganhos do ciclo por uma manipulação da dieta, aumentando as calorias, uma vez que o estado anabólico não é mais tão favorável após as primeiras semanas do ciclo, e portanto um aumento das calorias da dieta nesse período tende a favorecer um aumento de gordura maior do que de massa muscular, a menos que você aumente também as doses de hormônios anabólicos. Por esse motivo acho muito importante que você comece sua dieta BULK com um número de calorias bem efetivo, acima de 500kcal do seu regime pre-ciclo, com um superávit médio de 1000kcal, dependendo da dose de hormônios que você vai usar (isso é apenas uma estimativa, baseada no feeling). Lembre-se que se você sobe as doses dos hormônios na metade do ciclo para potencializar os ganhos com aumento das calorias da dieta, ainda assim não terá a mesma eficiência e custo-benefício dos ganhos no início do ciclo, e ainda terá que lidar com o crash hormonal pós-ciclo, que pode levar boa parte dos seus ganhos embora, tornando todo trabalho em vão, por isso sempre tenha paciência e não almeje ganhos absurdos num único ciclo. Se você é experiente e pretende usar insulina num ciclo, você pode adicioná-la em algum momento no meio do ciclo para ajudar na quebra de platô e se manter em estado anabólico, e de preferência com GH (aumentando a dose de GH se você começou com ele desde o início do ciclo).
    Agora, se você está em uma dieta para definição (cutting, contest), então o que você quer basicamente é mais potencial metabólico de queima de gordura do que um efeito anabólico direto como num bulk, então para ter uma boa eficiência dos hormônios (principalmente efeito anti-catabólico e termogênico) você deve manter uma dieta bem equilibrada nos macronutrientes (proteína, carboidratos, gorduras), e sem começar com um déficit calórico muito grande, que fique na média de 1000kcal (enquanto para um natural a média fica em torno de 400-500kcal). Com o tempo você pode reduzir ainda mais as calorias da dieta para quebrar platô, por isso é importante não começar com um déficit calórico muito grande e também ser cauteloso inicialmente com o uso de termogênicos e exercícios aeróbicos. É sempre bom ter cartas na manga. Você também pode aumentar as doses de hormônios durante o cutting, mas lembre-se que em uma dieta muito restrita isso não será muito eficiente, principalmente no caso de esteroides androgênicos. No entanto com uma dieta low carb níveis endógenos de insulina menores favorecem ação do GH e dos termogênicos como a efedrina, cafeína [7], uma vez que insulina inibe a lipólise. O uso de hormônios da tireoide (T4, T3) também é de grande utilidade para os mais experientes, pois os níveis de T3 endógenos tendem a diminuir em uma dieta de baixa caloria e pouco carboidrato, diminuindo sua taxa metabólica [8]. Agora, lembre-se, que quanto mais variáveis você utiliza durante o ciclo, mais trabalho você terá para manter seu condicionamento após o ciclo (sem contar os colaterais devidos ao crash hormonal), principalmente se você não se mantém on fire. Se você é um user recreativo ou novato fique longe de hormônios da tireoide e insulina.
    Durante o cruise e a TPC a dieta é a última coisa que você vai modificar, primeiro tirando os aeróbicos termogênicos, se você estava em cutting, depois adaptando as calorias lentamente. Agora se você termina um bulk jamais deve aumentar as calorias da dieta na TPC, porque o quadro hormonal é totalmente favorável para perda de massa muscular (cortisol alto, testosterona baixa) e ganho de gordura (estrogênio alto, a menos que tenha usado um inibidor de aromatase, mas ainda assim terá que lidar com o desequilíbrio na relação testosterona/estradiol). Então o ideal durante o cruise e TPC é tentar manter as calorias da dieta aproximadamente estáveis, ou ir ajustando de acordo com seu percentual de gordura, lembrando que as perdas são inevitáveis, ainda mais para quem faz TPC, mas também depende da rapidez com que você recupera seu eixo e da sua estrutura física (quanto maior mais difícil manter os ganhos). Um protocolo de cruise e TPC bem feitos são fundamentais para a manutenção dos ganhos do ciclo [9, 10].
    abraços, DUDU HALUCH
    REFERÊNCIAS:
    [1] https://www.facebook.com/HormoniosEMusculacaoDuduHaluch/posts/486978104691293
    [2] https://www.duduhaluch.com.br/dieta-e-hormonios-insulina-leptina-e-esteroides/
    [3] https://www.facebook.com/HormoniosEMusculacaoDuduHaluch/posts/486315258090911
    [4] Chemical Muscle Enhancement, L. Rea.
    [5] Anabolics, WILLIAM LLEWELLYN, 9ª edição.
    [6] [Link automaticamente removido]
    Advanced Sports Nutrition – International
    School of Sports Nutrition and Human Performance

    [7] https://www.duduhaluch.com.br/efedrina/
    [8] Fisiologia Médica, Cap. 18, W. F. Ganong
    [9] https://www.duduhaluch.com.br/cruise-trh-dudu/
    [10] https://www.duduhaluch.com.br/terapia-pos-ciclo-protocolos/
    [11] Nutrição para o Treinamento de Força, S. M. Kleiner & M. Greenwood-Robinson, 3ª edição.
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