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crisgdo

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Histórico de Reputação

  1. Gostei
    crisgdo deu reputação a Porcolitico em Impeachment - Dilma Rousseff   
    Exatamente, Verdura.
     
    O Temer montou um governo de ineptos.
     
    Isso em uma crise sem precedentes.
     
    O povão não entende de economia.
     
    Se continuar 6 meses e as panelas continuarem vazias, a plebe estara furiosa.
     
    A Folha já começou a justificar a queda de 10% da bolsa, só em maio.
     
    Disse que os investidores estão embolsando os ganhos pré impeachment KKKKKKK
     
    Já tem gente percebendo que esse governo Temer vai cair. Normalmente os grandes investidores pulam do barco primeiro.
     
    Quem tem ideologia é capitalista sem capital. Os capitalistas de verdade migram para outros mercados.
  2. Gostei
    crisgdo deu reputação a Norton em Impeachment - Dilma Rousseff   
    Rico, bem sucedido e corrupto. Com o dinheiro dos outros fica fácil, nenhuma novidade também.
  3. Gostei
    crisgdo deu reputação a MrCrowley em Impeachment - Dilma Rousseff   
    A corrupção não é a causa dos problemas, é apenas uma consequência natural do tamanho colossal da coisa pública. 
     
    "Existem hoje mais de 64 mil políticos democraticamente eleitos no Brasil, pagos com o dinheiro do seu imposto.
    Só em 2013, nosso Congresso, composto pela Câmara dos Deputados e o Senado Federal, teve um orçamento de R$ 8 bilhões. Falando assim, em números totais, parece apenas mais alguns dos nlhões gastos pelo governo todo ano. Mas não se deixe enganar: é realmente muito dinheiro. É um gasto, aproximado, de quase 16 mil reais por minuto. São 23 milhões de reais por dia.[...]
    De todos esses bilhões gastos pelo Senado brasileiro, R$ 1,3 bilhão são usados só para pagar aposentadorias de ex-senadores e ex-servidores da Casa – 35% do orçamento. Das despesas atuais, que somam R$ 2,3 bilhões – cerca de 63% –, pelo menos 8 milhões são destinados somente ao pagamento de horas extras[...].
    Considerando-se só os Cartões de Pagamento do Governo Federal, a presidência e suas entidades vinculadas gastaram R$ 21 milhões no ano de 2014. Mais uma vez, é um número que já não salta à vista do calejado contribuinte. Mas olhe novamente. Foram 21 milhões de reais gastos no cartão. E que foram cobertos pelos cofres públicos[...].
    No total, o Órgão Superior Presidencial gastou 7 bilhões no ano, valor superior ao custo de diversos Ministérios – como o Ministério das Comunicações e o Ministério do Planejamento, que juntos gastaram cerca de 6 bilhões no ano. A maior parte desse dinheiro foi para a Advocacia Geral da União, que consumiu 2,1 bilhões no ano.[...]
     
    Segundo a Confederação Nacional de Municípios, se todos os vereadores reajustarem seus salários em 26%, o mesmo valor do último reajuste que ocorreu na Câmara, você, contribuinte, precisaria bancar mais R$ 666 milhões esse ano. Seriam 873 milhões de reais sendo gastos todos os anos com vereadores de norte a sul do país.[...]
    Isso significará, depois do aumento nos combustíveis, na conta de luz, no transporte e na conta de água, que cada contribuinte ainda verá alguns aumentos nos impostos ao longo do ano, para custear os novos salários do Poder Federal, Estadual e, principalmente, Municipal.[...]
    Este é o grande banquete da democracia. Todos se esbanjam. Mas não se engane: não existe almoço grátis. A conta é sua. E no seu prato restam apenas as migalhas."
     
  4. Gostei
    crisgdo deu reputação a Born4Run em Impeachment - Dilma Rousseff   
    De Sarney a Dilma, história de Romero Jucá acumula cargos e escândalos
    " Logo que o PSDB deixou o Planalto Jucá se mudou para o PMDB, em 2003, e passou a articular o apoio da legenda ao governo Lula. Em 2005 assumiu o ministério da Previdência do governo petista, mas foi exonerado aós denúncias de corrupção, e voltou para o Congresso, onde liderou a bancada governista. Jucá manteve a liderança do governo até 2012, ficando por dois anos como líder do governo Dilma no Senado. Desde então, passou a criticar a falta de diálogo de Dilma com lideranças parlamentares e articulou a queda da petista." 
     
     
  5. Gostei
    crisgdo deu reputação a Born4Run em Impeachment - Dilma Rousseff   
    Jucá anunciou que pediu licença do cargo.
     
  6. Gostei
    crisgdo deu reputação a Norton em Impeachment - Dilma Rousseff   
    Não, era apenas para pôr no poder um corrupto de ideologia contrária, é o movimento Brasil para o roubo.
     

  7. Gostei
    crisgdo deu reputação a helb4o em Impeachment - Dilma Rousseff   
    Agora sim, quero ver o tempo que o JN vai dedicar a esse vazamento na edição de hoje.
  8. Gostei
    crisgdo deu reputação a Torf em Impeachment - Dilma Rousseff   
  9. Gostei
    crisgdo deu reputação a Torf em Impeachment - Dilma Rousseff   
    Com quantos você quiser. Sempre proporcional ao tempo de contribuicäo. Se contribuir 45 anos, recebe integral.
    O curioso é que curso universitário conta como tempo de contribuicäo. =)
  10. Gostei
    crisgdo deu reputação a Faabs em Impeachment - Dilma Rousseff   
    1º-
    O fiasco com a fosfoetanolamina mostra que “de boas intenções, o inferno está cheio”
    Esclarecimento: após a publicação deste artigo, algumas pessoas criticaram o uso da palavra “fiasco” no título, achando que se isso se refere à fosfoetanolamina. Na verdade, eu quis dizer que a decisão dos políticos de aprová-la sem as devidas provas de que ela funciona é um fiasco, e não a substância em si.
    Atualização: Hoje, 5 de abril, o STF decidiu proibir a fabricação de mais fosfoetanolamina, citando a falta de estudos (confiáveis) que atestem sua eficácia e segurança entre os motivos, que é exatamente o que abordo neste artigo. Parabenizo a lucidez do ministro Lewandowski!
    Em 23 de março, o Senado aprovou a “produção, manufatura, importação, distribuição, prescrição, dispensação, posse ou uso da fosfoetanolamina sintética (…) independentemente de registro sanitário, em caráter excepcional, enquanto estiverem em curso estudos clínicos acerca dessa substância”. O projeto agora segue para sanção presidencial. Como farmacêutico-bioquímico, fiquei muitíssimo perturbado com essa decisão, pois ela vai contra os mais elementares princípios científicos e medidas de segurança de saúde pública, já que a substância não foi devidamente testada para que saibamos quais possíveis efeitos negativos ela pode ter, ou mesmo se ela realmente tem algum efeito curativo. O que é mais grave ainda, essa decisão abre um precedente para que mais substâncias que não tiveram sua eficácia e segurança comprovadas sejam novamente aprovadas para uso, e desta vez para doenças mais comuns e menos mortais que o câncer. Este é meu verdadeiro medo.
    Nos próximos parágrafos, explicarei da forma mais simples possível tudo o que é necessário saber para entender esta questão. Meu objetivo é que você, leitor, mesmo que não tenha formação na área de saúde, possa entender perfeitamente por que aprovar essa substância em caráter excepcional para o tratamento de pessoas com câncer (que à primeira vista parece uma ação nobre e bem intencionada) na verdade é uma tragédia anunciada.
    Antes de mais nada, é fundamental entender o que é o efeito placebo.
    Mens sana, corpore sano
    “Placebo” é como é chamado um comprimido (ou pílula, ou líquido, ou qualquer outra forma pela qual um medicamento possa ser administrado) que não contém qualquer substância curativa, mas que tem a exata aparência do medicamento contendo essa substância, de forma que o paciente não tem como saber se o que ele está tomando contém a substância curativa ou não. Quando alguém toma um placebo crendo ser o medicamento real, e isso provoca alguma melhora perceptível no estado do paciente, dizemos que ocorreu o “efeito placebo”.
    Suponhamos que você está com dor e eu digo que irei te dar uma cápsula de dipirona (um analgésico). Porém, eu abro a cápsula e substituo o pó branco contendo dipirona por farinha (que também é um pó branco) sem que você veja, e dou para você tomar. Incrivelmente, você provavelmente relatará em breve que sua dor passou! Isto ocorre porque você acredita no efeito do remédio, e esta crença faz com que seu corpo libere substâncias que reduzem a dor. É muito provável que sua dor não teria diminuído se eu te contasse que eu troquei a dipirona por farinha, pois aí você não teria mais motivos para crer no remédio. O mais fascinante é que efeito placebo funciona para praticamente qualquer tipo de doença, inclusive o câncer e infecções (casos nos quais se supõe que a crença na cura fortaleça o sistema imunológico para combater as células cancerosas e micro-organismos invasores, respectivamente), e funciona também para outros procedimentos que não a tomada de um remédio, como por exemplo, a crença na ajuda de uma divindade (tenho fortes suspeitas de que pelo menos grande parte dos “milagres de cura” observados em cultos de igrejas sejam devidos ao efeito placebo).
    O efeito placebo é tão poderoso e importante que as empresas farmacêuticas gastam bilhões de dólares todos os anos dando placebos para os pacientes, através dos chamados estudos (ou ensaios) clínicos, apenas para tentar provar que seus remédios funcionam e que não é o efeito placebo que está provocando a melhora observada. Isto é, remédios que passam por estudos clínicos e eventualmente são introduzidos no mercado para consumo geral da população são mais eficazes que o efeito placebo por si só.
    A importância dos estudos clínicos
    Toda empresa farmacêutica que quiser que um novo medicamento que ela desenvolveu seja aprovado para comercialização em um determinado país precisa antes provar para a agência regulatória de saúde daquele país (que no caso do Brasil é a Agência de Vigilância Sanitária, ANVISA) que esse medicamento é mais eficaz do que o placebo. Isto é feito através de estudos clínicos, que geralmente duram mais de 10 anos e envolvem milhares de pacientes, ao custo de muitos milhões de dólares cada.
    Suponhamos que uma empresa farmacêutica queira aprovar o Parkisonix®, um novo medicamento que supostamente reduz os sintomas da doença de Parkinson. Antes de poder administrar o medicamento a qualquer ser humano, é exigido por lei que ele seja administrado a várias espécies de animais. Se qualquer delas tiver sintomas muito graves, a continuação do processo é barrada, o medicamento é considerado arriscado demais e a empresa é forçada a abandonar seu desenvolvimento.
    Tendo passado nessa fase inicial com animais, o medicamento é administrado a alguns poucos voluntários humanos saudáveis (sem Parkinson). Infelizmente, já aconteceu de medicamentos novos terem se mostrado completamente inofensivos em ratos, camundongos, cães, chipanzés e outros animais testados na fase inicial, mas que provocaram reações alérgicas gravíssimas quando foram aplicados aos voluntários humanos, inclusive matando-os. Assim, como você pode imaginar, a ocorrência dessas coisas em seres humanos saudáveis também acaba com quaisquer chances do medicamento ser lançado.
    A próxima fase é administrar o medicamento a voluntários doentes. No caso de Parkinsonix®, isso envolveria recrutar centenas ou milhares de pacientes com doença de Parkinson, administrar o medicamento a eles, e registrar se houve alguma melhora em seus sintomas. Porém, em geral, metade desses pacientes não recebe Parkisonix®, mas sim placebo. E relembrando que elas não terão forma de saber se é placebo ou não. Não adianta nem tentar perguntar para os funcionários do estudo que têm contato direto com os pacientes, pois eles também não saberão! A empresa farmacêutica não informa aos funcionários que cuidam dos pacientes quem está recebendo placebo ou não, para evitar quaisquer possibilidades de eles revelarem essa informação ao paciente, mesmo sem querer. Essa técnica de experimentação é chamada de “duplo-cego”, onde “duplo” significa “tanto o paciente quanto os médicos”.
    Se a metade dos pacientes que recebeu Parkisonix® não tiver melhora nos sintomas significativamente maior que a metade que recebeu placebo, concluir-se-á que Parkisonix®não funciona, e a empresa potencialmente terá gasto anos de trabalho e centenas de milhões de dólares para nada.
    Mas por que recrutar tantos pacientes? Por dois motivos principais: 1) Cada organismo é diferente, e algumas pessoas podem ter um metabolismo tão diferente da média que o medicamento não funciona direito para elas. Um grande número de pacientes significa que há maior probabilidade do estudo recrutar um desses pacientes “exceção”, e assim poder determinar se um aumento ou redução da dose faria o medicamento funcionar melhor para essas pessoas; e 2) Para tornar os dados estatisticamente mais confiáveis. Quanto maior o número de pacientes no estudo, menor a probabilidade que os resultados positivos observados (o medicamento funciona melhor que o placebo) sejam resultado apenas do acaso. Em outras palavras, quanto mais pacientes houver no estudo, maior a confiança com que se pode dizer que os resultados observados no estudo correspondem à realidade.
      Em resumo, todo este longo, caro e elaborado processo serve para garantir que a nova substância não é muito perigosa, que ela funciona, e que ela não tem efeitos indesejados muito graves mesmo após um longo tempo de uso. A fosfoetanolamina, no entanto, foi aprovada sem passar por nada disso. É possível que constataremos,  daqui a alguns anos, que 90% das pessoas que tomaram a fosfoetanolamina desenvolveram cirrose do fígado, por exemplo. Se ela houvesse passado por um estudo clínico como todas as outras substâncias candidatas a tratamento, essa situação haveria sido detectada e muitas vidas poderiam ter sido salvas. Assim, fica fácil perceber como essa aprovação da distribuição é um grave atentado à saúde pública e aos princípios científicos mais elementares.
    “Pílula do câncer” é um termo extremamente cretino
    A fosfoetanolamina vem sendo referida na mídia, de forma totalmente irresponsável, como a “pílula do câncer” ou mesmo “a cura do câncer”. Pergunto: qual câncer? Ao contrário do que comumente se pensa, “câncer” não é uma única doença, mas o nome que se dá a um conjunto de doenças completamente distintas. Os tratamentos que funcionam para o câncer de fígado podem não fazer qualquer efeito no câncer de tireoide, ou podem mesmo piorar a situação do paciente. Como explica o médico oncologista Dráuzio Varella em seu vídeo sobre a fosfoetanolamina, mesmo o câncer de mama tem mais de 20 subtipos, cada qual com suas características específicas, e portanto tratamentos específicos. Dizer que a fosfoetanolamina é a “cura do câncer”, sem dizer para qual exatamente das dezenas de tipos e subtipos de câncer ela serve, é de uma ignorância absurda. Esperar que uma substância cure qualquer câncer é tão válido quanto esperar que uma única substância cure a depressão, hipertensão arterial, vertigem, artrite, deficiência de vitamina D, pneumonia, hepatite e esquizofrenia, e ainda tire unhas encravadas.
    Mas é claro, não dá para saber para qual câncer a fosfoetanolamina serve, porque não deu tempo disso ser estudado antes dos políticos a aprovarem!
    Perguntas que os leitores provavelmente farão e suas respostas
    Uma pessoa que conheço usou a fosfoetanolamina e teve melhora em seu câncer, isso não é prova de que a substância funciona?
    Não. Relatos de melhora de algumas pessoas não valem como prova de nada, pois tal melhora pode muito bem ter ocorrido devido ao efeito placebo, ou mesmo por aleatoriedade (a melhora teria ocorrido de qualquer forma sem a pessoa tomar nada). Além disso, é comum que a doença dessas pessoas volte a piorar depois, ou a substância provoque algum efeito indesejado muito grave após certo tempo, e isso infelizmente não costuma ser espalhado aos quatro ventos como as histórias de melhora são. Somente após um estudo clínico ao longo de vários anos e com centenas de participantes é possível tirar conclusões válidas sobre a eficácia e segurança de uma substância.
    Se a fosfoetanolamina “furou a fila” em caráter excepcional, deve ser porque os estudos preliminares realizados até agora indicaram que ela pode funcionar, não é?
    Infelizmente, não. Na verdade, é justamente o contrário! Testes preliminares em células tumorais in vitro (isto é, células mantidas vivas em um tubo de ensaio em um laboratório, fora de um organismo vivo) indicaram que a fosfoetanolamina não possui nenhuma atividade antitumoral significativa. Isto não quer dizer, porém, que ela não possa ter essa atividade dentro de um organismo vivo, pois nesse caso há vários fatores metabólicos que entram em jogo e podem alterar a ação de uma substância. Mas para determinar se isso ocorre, são necessários estudos clínicos!
    A aprovação em caráter excepcional da substância não foi baseada em nenhum critério lógico ou científico. Simplesmente correram histórias de que ela estava funcionando para algumas pessoas (o que não é prova de nada, como respondido na pergunta acima). Isso gerou uma onda de esperança na comunidade de pacientes com câncer, que fez abaixo-assinados que foram entregues aos políticos, os quais não entendem nada do assunto. A decisão foi totalmente demagógica, e não científica, e nem sequer deveria ter sido feita pelos políticos, pois isso cabe à ANVISA! Em resposta a isso, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo tomou a corretíssima decisão de processar judicialmente e caçar a licença de médicos que prescreverem a fosfoetanolamina enquanto ela não for aprovada pela ANVISA.
    Se a pessoa já tentou de tudo e mesmo assim seu câncer continua piorando, qual é o problema de experimentar a fosfoetanolamina?
    A princípio não há grande problema, pois essa pessoa já terá tentado todos os procedimentos medicamente recomendados. A tragédia dos métodos alternativos e não validados de tratamento do câncer (urinoterapia, vitaminoterapia, homeopatia, cristaloterapia, florais de Bach, etc.) é que com alarmante frequência, os pacientes deixam de fazer quimioterapia, radioterapia ou outros tratamentos comprovadamente eficazes para tratarem-se APENAS com o novo método “milagroso”. Quando a pessoa finalmente percebe que o método não funciona, o tumor muitas vezes já terá crescido ou sofrido metástase (terá se espalhado para outras partes do corpo), e daí já será tarde demais para salvar o paciente.
    E sem falar que esses métodos alternativos frequentemente são oferecidos por charlatães, que cobram fortunas por procedimentos que praticamente não custam nada para serem realizados, se aproveitando do desespero, desinformação e credulidade da vítima.
    Isso tudo não seria um complô da indústria farmacêutica para evitar que a cura do câncer seja levada para frente, pois a indústria perderia muito dinheiro com os quimioterápicos que deixaria de vender?
    Este é um argumento comum que, à primeira vista, até faz sentido lógico. Mas o que as pessoas não percebem é que a indústria pode lucrar muito mais com uma cura! Um exemplo recente disto é o sofosbuvir, novo medicamento contra o vírus da hepatite C. Dos 327 pacientes tratados com o sofosbuvir em um estudo clínico, 295 (90%) não tinham mais o vírus  detectável no sangue 3 meses após pararem de tomar o medicamento (ou seja, estavam curados), um resultado sem precedentes. Se o argumento título desta pergunta fosse verdade, o desenvolvimento do medicamento teria parado por aí. Mas a empresa que desenvolveu o sofosbuvir foi além e realizou vários estudos clínicos adicionais combinando-o com outros medicamentos já existentes, e descobriu que a combinação de sofosbuvir com um medicamento chamado velpetasvir curou, em um desses estudos clínicos*, 618 dos 624 pacientes, ou seja, mais de 99%! É importante observar que nenhum dos 116 pacientes que receberam placebo foi curado.
    Um curso de tratamento completo com sofosbuvir + velpetasvir custa dezenas de milhares de dólares. Tendo em vista as 190 milhões de pessoas ao redor do mundo com hepatite C, o lucro potencial da empresa é de trilhões de dólares, muito mais do que ela ganharia vendendo medicamentos apenas paliativos.
    * O estudo em questão: Sofosbuvir and Velpatasvir for HCV Genotype 1, 2, 4, 5, and 6 Infection. N Engl J Med 2015;373:2599-607. DOI: 10.1056/NEJMoa1512610
    https://www.universoracionalista.org/o-fiasco-com-a-fosfoetanolamina-mostra-que-de-boas-intencoes-o-inferno-esta-cheio/
    O cientista e a síndrome de Cassandra: o dia em que a política me calou
    Primeiro vieram os shampoos que atuavam diretamente no DNA do seu cabelo. Mas eu não falei nada porque afinal, era só um shampoo. Eu ri muito do assunto com meus colegas do laboratório. Fizemos piadas de que o shampoo devia ser mutagênico, que deveria conter brometo de etídeo (um composto perigoso que atua realmente no DNA provocando mutações), comentamos como as pessoas são ingênuas de acreditar nessas bobagens, e até falamos do analfabetismo científico. Discutimos que se as pessoas soubessem que qualquer coisa que “atua no DNA” é perigosa, ninguém compraria o tal shampoo, e comentamos como as empresas usam a linguagem da ciência para vender. Mas logo voltamos ao trabalho, porque afinal, somos cientistas e temos mais o que fazer. E era só uma propaganda de shampoo. Que mal ia fazer?
    Depois vieram as bananas maduras que curam o câncer porque têm fator de necrose tumoral nas manchas escuras. E eu não falei nada, porque afinal, era só uma banana. E novamente rimos muito no laboratório, comentando como as pessoas são ingênuas e acreditam em qualquer coisa que leem na internet. Muito cultos, citamos Umberto Eco, fizemos piada sobre o fator de necrose em célula vegetal, até comentamos a pesquisa do grupo japonês que teria dado origem a mais um mito de internet. Mas logo voltamos ao trabalho, porque afinal, somos cientistas e temos nossas pesquisas para tocar. E era só uma banana. Que mal ia fazer?
    Então vieram as dietas detox, e eu não falei nada, porque afinal, era só uma dieta. Outra conversa na bancada do laboratório se seguiu, desta vez com um tom um pouco menos jocoso, um pouco mais preocupado, mas ainda assim nos perguntando como era possível alguém acreditar que ia eliminar toxinas do corpo seguindo uma dieta de frutas? Será possível que ninguém se perguntava que toxinas eram essas? Ninguém entendia qual a função do fígado no nosso organismo? E pior, por que alguém ia acreditar que, eliminando as toxinas que não existem, isso ia provocar emagrecimento? Alguns de nós até se aventuraram e tentaram explicar para a mídia que as pessoas estavam sendo enganadas. Que estavam gastando dinheiro à toa. Ficamos com inveja da quantidade de livros que foram vendidos sobre a dieta detox. Alguém certamente estava ganhando muito dinheiro à custa da ignorância da população. Mas logo voltamos ao trabalho. Era só uma dieta. Ninguém ia morrer de passar alguns dias só tomando suco de maçã com couve. Temos nossas pesquisas para tocar.
    Vieram as terapias alternativas. Homeopatia, acupuntura, cura pelas mãos, reiki, cristais terapêuticos. Era tanta pseudociência junta que não valia nem a pena comentar. Exceto por alguns casos extremos, em geral essas terapias só faziam mal para os bolsos das pessoas. E não tinham nenhum grande impacto sobre o andamento da ciência. Ninguém cortou nossa verba. Desperdiçou-se um montante para comprovar o óbvio: terapias alternativas não funcionam. A comunidade até se posicionou quando outros países baniram a homeopatia da rede pública de saúde. Comemoramos. Mas não aproveitamos a onda para pressionar o Congresso a fazer o mesmo no Brasil. Ainda temos faculdades de Farmácia que ensinam homeopatia. Ainda temos a vacina homeopática da dengue sendo distribuída na rede pública de saúde. Mas seguimos com nosso trabalho, porque afinal, as pseudociências sempre vão existir. 
    Mas aí veio a fosfoetanolamina. A cura do câncer. E o que era pior: ela veio de dentro. Ela nasceu ali, na nossa Universidade. Ninguém viu, e quem viu se calou, porque afinal, era só um louco produzindo umas cápsulas para população local de uma cidade pequena. Mas a fosfo cresceu. E quando eu decidi falar, porque enfim a situação era séria e perigosa, eu procurei minha voz e não encontrei. Minha voz tinha sumido. Eu nem sabia, porque não estava acostumada a usá-la. E quando finalmente consegui falar, ninguém me ouviu. E por que ouviriam? Ninguém sabia quem eu era. Cientistas? Eles só querem mesmo é que a gente fique doente para comprar os remédios que eles inventam. Cientistas brasileiros? Eles não sabem nada, tem que mandar investigar nos EUA. Cientistas? Eles não querem ajudar a população. Eles estão com inveja do único cientista sério, esse que descobriu a pílula do câncer. Esse sim é cientista. Ouvi dizer que ele é professor na USP. Deve saber o que diz.
    A população que não sabia o que era ciência, que não tinha como saber porque não foi educada para isso, adotou o “cientista” que sabia falar. Aquele que usou sua voz para fazer demagogia, para ludibriar, para dizer às pessoas o que elas queriam ouvir, porque afinal, quem não gostaria de saber que foi descoberta a “cura universal do câncer”, e, ainda por cima, na forma de uma pílula simples, basta tomar três por dia e pronto. Não precisa de hospital, não precisa de quimioterapia, não precisa de sofrimento. O cientista que vendia sonhos era muito mais atraente do que o cientista que vendia realidade.
    Quando eu quis falar, era tarde demais. Era tarde, porque eu nunca tinha falado antes. Eu não construí uma relação de credibilidade com a população. Eu nunca tive a preocupação de mostrar o meu trabalho. De cuidar deles. De dar satisfação para eles do dinheiro que recebo do governo, recolhido dos impostos que eles pagam.
    Silenciada pela demagogia política, a comunidade científica toda tentou falar. Mas é tarde. Já fomos todos acometidos pela síndrome de Cassandra. Não temos credibilidade. Ninguém acredita no que temos para dizer. Assim como Cassandra, nós tentamos alertar para o perigo de liberar uma substância que não foi devidamente testada. Todas as entidades de classe se posicionaram. A ANVISA recomendou o veto à presidente Dilma Roussef. A USP se pronunciou, assim como o INCA, a SBPC, a SBOC, o hospital AC Camargo, e tantos outros. Ninguém escutou.
    Calados e desvalorizados por uma população que não entende a importância da ciência e da tecnologia para a sociedade, nos deparamos também com cortes em nossas verbas. Milhões são alocados para a fosfoetanolamina. Milhões são cortados de nossas bolsas e nossos projetos de pesquisa. Já não podemos voltar ao trabalho. Logo estaremos todos desempregados ou fora do Brasil.
    Fechem a ANVISA. Cortem as bolsas. Cortem as verbas dos projetos de pesquisa. Deixem o Brasil ser dizimado por uma epidemia que poderia ter sido prevista e contida. Cortem os investimentos na educação. Deixem a população ser analfabeta e ignorante. Voltemos à idade das trevas. Usemos sanguessugas e sangria para tratar doenças. Combinaria perfeitamente com os sanguessugas que fazem ciência no Congresso Nacional. Já não somos necessários. A ciência brasileira está de luto. O Café na Bancada está de luto. Nós não falamos quando foi preciso. E agora não sobrou ninguém para falar por nós.
     
    “Vivemos em uma sociedade extremamente dependente da ciência e da tecnologia, em que quase ninguém sabe nada 
    sobre ciência e tecnologia. Isso é receita para o desastre.”  Carl Sagan
     
    https://cafe-na-bancada.com.br/index.php/sindore-cassandra/
     
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    2º já que é pra cortar gastos fúteis,que corte o salário dos deputados.O sistema de saúde no Brasil ja é precário,e esse boçal quer diminuir ainda mais a qualidade.
    3º a Igreja nao deve opinar em nada sobre o que o estado deve fazer ou não.
  11. Gostei
    crisgdo deu reputação a Torf em Impeachment - Dilma Rousseff   
    Pois é... Se quiser empreender na área da saúde, essa é a hora!
     
    Tamanho do SUS precisa ser revisto, diz novo ministro da Saúde
    https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/05/1771901-tamanho-do-sus-precisa-ser-revisto-diz-novo-ministro-da-saude.shtml
     
    Ministro que defende rever SUS foi financiado por dono de plano de saúde
    https://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/05/1772087-ministro-que-defende-rever-sus-foi-financiado-por-dono-de-plano-de-saude.shtml
  12. Gostei
    crisgdo deu reputação a Torf em Impeachment - Dilma Rousseff   
    Pois é... Näo importa o que fez, näo importa o que faz o que importa é que vote pelo impedimento pois o impedimento é a salvacäo do Brasil.
     
    Eu näo moro aí... Pra mim é meio que indiferente isso que está acontecendo mas eu acho que quem vai "cholar mais" väo ser aqueles que acreditam na figura do impedimento como a salvacäo do país. =)
  13. Gostei
    crisgdo deu reputação a Torf em Impeachment - Dilma Rousseff   
    Esse é o tipo de gente que está disposta a salvar o Brasil do PT:
    Condenado à prisão, Cassol defende impeachment por falta de credibilidade
    Em discurso, Ivo Cassol se apresenta como exemplo de administrador público e afirma que Dilma não tem credibilidade para continuar. Ele está condenado a quase cinco anos de prisão por fraude em licitação
    https://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/condenado-a-prisao-cassol-defende-impeachment-por-falta-de-credibilidade/
  14. Gostei
    crisgdo deu reputação a Torf em Impeachment - Dilma Rousseff   
    A questäo näo é deixar no poder ou näo... Um funcionário público, concursado, só pode ser exonerado se descumprir a lei. Se ele for preguicoso e fizer um trabalho ruim mas sempre cumprir a lei, näo vai haver base legal para sua demissäo.
     
    No caso de Dilma, o governo dela é sim péssimo, mas a questäo dos crimes atribuidos a elas têm que ser discutida. No meu modo de ver eu (ainda) näo a vejo como uma criminosa. O Senado terá até 180 dias para investigar e julgar os autos. Tal julgamento deveria ser estritamente técnico e jurídico, mas sabemos que isso näo vai acontecer.
     
    O que eu quero dizer é que se ela for deposta por motivos políticos, será uma mancha (mais uma) na história do Brasil. Se ficar comprovado que ela cometeu mesmo crimes, a lei é clara e ela deve perder o cargo.
     
    Imagine você, acusado de um crime. Aí você vai ser julgado e antes mesmo de sequer iniciar sua defesa, a maioria dos juízes fala que você é culpado, näo importa o que você fale. Você vai aceitar isso? =)
  15. Gostei
    crisgdo deu reputação a Torf em Impeachment - Dilma Rousseff   
    Ué, näo era o governo Dilma que era um balcäo de negócios? Temer nem assumiu e já está "dando ré" nas suas idéias???
     
    Pressionado por aliados, Temer deve adiar corte de ministérios
    Pressionado por dirigentes partidários que cobram cargos para apoiá­-lo no Congresso, o vice-­presidente Michel Temer (PMDB) já admite a aliados que deve adiar o anunciado corte de ministérios em sua eventual gestão.
    https://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/05/1767523-ministerio-esbocado-por-temer-desagrada-a-aliados.shtml
  16. Gostei
    crisgdo deu reputação a Torf em Impeachment - Dilma Rousseff   
    Janaina é "enganada" por senador e acaba defendendo impeachment de Temer
    O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) esperou até 1h da manhã desta sexta-feira (29) para poder pregar uma peça na autora do pedido de impeachment, Janaina Paschoal, na sessão dedicada a ouvir os denunciantes na comissão especial. Ele fez uma explanação apresentando a edição de decretos de créditos suplementares específicos e pediu, em seguida, a opinião de Janaína sobre esses documentos.
    A jurista defendeu que os créditos suplementares sem a autorização do Congresso Nacional configuram crime de responsabilidade e devem ser punidos com o impeachment. "Muito bem, fico feliz com sua opinião, porque a senhora acabou de concordar com o pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer", disse Randolfe. "Essas ações que eu li foram tomadas pelo vice".
    A professora ficou constrangida e tentou se explicar. Apenas algumas horas antes ela havia dito que não havia indícios suficientes para pedir o impeachment de Temer. "O Vice-presidente assina documentos por ausência do presidente, por delegação. Neste caso, não há o tripé de crimes continuados e intercalados entre si", tentou justificar.
     
  17. Gostei
    crisgdo deu reputação a Torf em Impeachment - Dilma Rousseff   
    O pagamento está sendo feito...
    Em nova investida para fugir da cassação, Cunha pressiona para emplacar aliado na CCJ
    Presidente da Câmara e seus aliados trabalham para colocar no comando da comissão o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR)
     
     
     
     
     
     
     
    https://veja.abril.com.br/noticia/brasil/em-nova-investida-para-fugir-da-cassacao-cunha-pressiona-para-emplacar-aliado-na-ccj
     
  18. Gostei
    crisgdo deu reputação a C.Golden em Impeachment - Dilma Rousseff   
    Começa pelo povo.
  19. Gostei
    crisgdo deu reputação a Torf em Objetivo de Shape   
    O curioso é a psicologia da transformacäo corporal.
     
    Pode ter certeza que se algum dia alguém conseguir chegar no shape que sonha, ele já terá outro shape em mente.
     
  20. Gostei
    crisgdo deu reputação a Torf em Impeachment - Dilma Rousseff   
    Claro... A família real britânica é um exemplo de família e nunca se envolveu em um escândalo...

    O que dizer da família real espanhola?

  21. Gostei
    crisgdo deu reputação a Torf em Impeachment - Dilma Rousseff   
    O pagamento a cunha já está saindo:
    Recursos podem levar processo de cassação contra Cunha à estaca zero
    https://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/04/1764103-recursos-podem-levar-processo-de-cassacao-contra-cunha-a-estaca-zero.shtml
     
    Parece que pau que dá em Chico näo dá em Francisco.
  22. Gostei
    crisgdo deu reputação a Torf em Impeachment - Dilma Rousseff   
    Contra a corrupcäo, eu voto sim!
    Preferido de Temer para Justiça assinou manifesto contra Operação Lava Jato
    https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2016/04/23/preferido-de-temer-para-justica-assinou-manifesto-contra-operacao-lava-jato/
  23. Gostei
    crisgdo deu reputação a Torf em Impeachment - Dilma Rousseff   
  24. Gostei
    crisgdo deu reputação a gabrieloliveira1608 em Impeachment - Dilma Rousseff   
    Enviado de meu OCTA usando Tapatalk
  25. Gostei
    crisgdo deu reputação a Verdura em Impeachment - Dilma Rousseff   
    Vai cortar nada, a não ser alguma maquiagem, como você disse aí em cima. Motivo: Pagar os compromissos assumidos com o pessoal que tá apoiando o impedimento. Aliás, os partidos já cobraram a tal "participação no futuro governo". Pode ser que acabe um ministério mas se crie mais umas 10 vice-presidências da Caixa, por ex.
    O que vai rolar é aumento de tributos e venda ou arrendamento de alguns ativos estatais para conseguir engordar o caixa da União e fechar as contas.
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