Qual é a meia-vida da durateston: o guia definitivo

Durateston tem uma meia-vida de 15 a 20 dias. Isso significa que, depois desse período, aproximadamente metade da dose inicial usada ainda estará no organismo. Por exemplo, ao usar 250 mg de Durateston, após 15 a 20 dias ainda haverá cerca de 125 mg sendo absorvidos.

Esse dado é fundamental para determinar a dosagem e a frequência de uso, o que é útil para obter níveis estáveis do hormônio no sangue e definir o tempo para iniciar a terapia pós-ciclo.

Nota: As informações contidas nesta página são meramente informativas e não tem como objetivo substituir a orientação de um médico.

Meia-vida de esteroides anabolizantes injetáveis: o básico obrigatório

A meia-vida é uma estimativa de tempo para que a dosagem de um hormônio injetado caia pela metade no organismo.

Especificamente falando de esteroides anabolizantes injetáveis, a meia-vida está principalmente relacionada ao tipo de éster do hormônio.

Um éster é uma cadeia química adicionada ao hormônio e age como uma espécie de temporizador de liberação.

Após injetar um hormônio esteroide, enzimas presentes no corpo, chamadas esterases, começam a “quebrar” esse éster, liberando o hormônio na corrente sanguínea na mesma velocidade que a ligação entre o hormônio e o éster é desfeita.

Na prática, quanto mais longo for o éster, maior será a meia-vida do hormônio, resultando em uma liberação prolongada do hormônio.

No caso de formulações que misturam múltiplos ésteres, a meia-vida do esteroide anabolizante sempre será definida pelo éster mais longo, o que mais leva tempo para ser quebrado.

Por fim, é importante salientar que meia-vida de hormônios esteroides não é uma ciência exata. Por isso, você verá que alguns hormônios têm uma vida de X a Y dias.

A velocidade que o corpo absorve um hormônio ainda pode variar discretamente devido a fatores como genética, metabolismo, idade, percentual de gordura corporal e saúde em geral.

Meia-vida da Durateston – implicações práticas para usuários de esteroides

A meia-vida da Durateston gira em torno de 15 a 20 dias por conta do seu éster mais longo, o decanoato, que é o último a sair do organismo.

Veja, estamos falando de um composto que mistura 4 ésteres de testosterona diferentes:

  • propionato, com uma meia-vida de 1-2 dias;
  • fenilpropionato, com uma meia-vida de 2-3 dias;
  • isocaproato, com uma meia-vida de 7-9 dias;
  • decanoato, com uma meia-vida de 15-20 dias.

Independente da mistura de ésteres e suas meias-vidas diferentes, na prática, o que define a meia-vida sempre será o éster mais longo; é ele que “sairá” por último e definirá o tempo total que o hormônio ficará no organismo.

As principais implicações práticas disso para usuários de esteroides envolvem a frequência de administração, início da terapia pós-ciclo e o tempo para o hormônio sair completamente do organismo.

Frequência de administração

Por conta da longa meia-vida do decanoato, a Durateston permite grande flexibilidade na frequência de aplicações, permitindo até mesmo aplicações a cada duas semanas.

Por isso, não é incomum ver médicos usando uma frequência de até uma aplicação a cada 3 semanas (21 dias!).

Contudo, para manter os níveis de testosterona mais estáveis, a maioria dos usuários adota um protocolo de injetar o hormônio uma ou duas vezes por semana.

Independente de o éster mais longo permitir mais flexibilidade na frequência de uso, usar Durateston de forma infrequente costuma causar oscilações de humor e aumentar alguns efeitos colaterais que são influenciados por esse fator.

Terapia pós-ciclo

Uma crença antiga sobre TPC é que a mesma deve começar logo após o término do ciclo ou exatamente depois do tempo da meia-vida do hormônio usado.

Contudo, na maioria das vezes, o indivíduo ainda estará com a produção natural de testosterona muito inibida, e ela continuará assim se ainda houver hormônios anabólicos acima dos níveis naturais circulando no organismo.

Na prática, para hormônios com ésteres longos, como o decanoato presente na Durateston, costuma-se esperar 4 a 5 semanas após a última aplicação para, então iniciar a TPC.

Após esse período, o decanoato ainda estará “agindo”, e a produção de testosterona continuará sendo inibida.

Porém, a TPC é iniciada estrategicamente nesse período, justamente para suavizar a queda da testosterona e fazer uma transição mais tranquila entre o fim de ciclo e a TPC.

Se fôssemos esperar o tempo real para o decanoato sair completamente do organismo para começar a terapia, isso levaria meses.

E, durante todo esse tempo, o usuário sofreria com os sintomas de baixa testosterona e perderia ainda os ganhos obtidos com o uso do esteroide.

Tempo para o hormônio sair do organismo

Uma regra prática muito usada na farmacologia é que uma droga leva, no mínimo, 5 meias-vidas para sair do organismo.

Como uma meia-vida da Durateston equivale a 15-20 dias. Adotando o lado seguro e considerando 20 dias, então 5 meias-vidas seriam 100 dias.

Esse período é suficiente para que mais de 95% da substância usada saia do organismo e, clinicamente falando, o efeito da substância usada não tenha efeito significativo.

Qual a implicação prática disso para a Durateston, se a TPC começa muito antes?

Simples. Dependendo da dose usada, se houver colaterais, saber quanto tempo leva para o hormônio ser eliminado terá influência no tempo que o usuário continuará tendo esses colaterais.

Em outras palavras, esse é um dado útil para saber antes mesmo de usar um hormônio. Quanto maior o tempo de ação, mais tempo demorará para a droga sair e mais difícil será manejar os colaterais.

Há também implicações no tempo de detecção da droga em exames toxicológicos e antidoping, mas esse assunto não pertence ao contexto do texto.

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