Tecnicamente, a meia-vida de um esteroide anabolizante é o tempo necessário para metade da dose usada ser eliminada pelo organismo.
Na prática, saber a meia-vida ajuda a identificar informações importantes sobre um hormônio, como a sua velocidade de absorção, a frequência de injeções necessária para evitar oscilações e saber por quanto tempo ele permanecerá “funcionando” no corpo.
Neste texto, veremos uma tabela atualizada com a meia-vida dos esteroides anabolizantes mais usados, junto de informações importantes relacionadas ao tema.
Para que serve e a importância da meia-vida
A meia-vida de uma substância que pode ser administrada no organismo funciona como um “cronômetro” que indica o tempo necessário para que a quantidade dela caia pela metade, influenciando diretamente sua absorção e vida ativa no organismo.
Por exemplo, o enantato de testosterona possui uma meia-vida de 5 a 8 dias. Ao administrar 200 mg do hormônio, após uma meia-vida, ainda haverá cerca de 100 mg circulando pelo organismo. Após duas meias-vidas, esse número cai para 50 mg e assim por diante, até a droga ser eliminada completamente.
Compreender isso é importante por vários motivos, em especial para definir a frequência ideal de administração e manter níveis hormonais estáveis, otimizando os efeitos desejados e minimizando colaterais.
Além disso, saber a meia-vida é útil para iniciar o protocolo de TPC no momento correto, já que a devida recuperação da produção natural de testosterona só ocorrerá na ausência de hormônios anabólicos exógenos ainda circulando pelo organismo.
Tabela atualizada da meia-vida dos esteroides anabolizantes
Esteróide Anabolizante | Meia-vida aproximada |
---|---|
Durateston (mistura 4 ésteres de testosterona) | 15-20 dias |
Deposteron (cipionato de testosterona) | 7-8 dias |
Nebido (undecanoato de testosterona) | 20-30 dias |
Deca-Durabolin (decanoato de nandrolona) | 15-20 dias |
Oxandrolona | 8 horas |
Dianabol (metandrostenolona) | 4-6 horas |
Hemogenin (oximetolona) | 8 horas |
Stanozolol oral | 6-8 horas |
Stanozolol injetável | 1-2 dias |
Enantato de testosterona | 5-8 dias |
Propionato de testosterona | 1-2 dias |
Fenilproprionato de nandrolona (NPP) | 2-3 dias |
Acetato de trestolona (MENT) | 1-2 dias |
Undecilenato de boldenona | 10-12 dias |
Acetato de trembolona | 1-2 idas |
Enantato de trembolona | 5-8 dias |
Proviron (mesterolona) | 12 horas |
Masteron propionato (propionato de drostanolona) | 1-2 dias |
Masteron enantato (enantato de drostanolona) | 5-8 dias |
Primobolan enantato (enantato de Metenolona) | 5-8 dias |
Primobolan acetato (acetato de Metenolona) | 1-2 dias |
Turinabol (clorodesidrometiltestosterona) | 16 horas |
Halotestin (fluoximesterona) | 9 horas |
Primobolan acetato (acetato de Metenolona) | 1-2 dias |
Primobolan acetato (acetato de Metenolona) | 1-2 dias |
Primobolan acetato (acetato de Metenolona) | 1-2 dias |
Como você pode ver, a meia-vida não é uma ciência exata, onde cada hormônio possui uma faixa de tempo e não necessariamente um período fixo.
Isso ocorre principalmente porque a composição individual da substância e a individualidade biológica do usuário também têm um papel no tempo de absorção dos hormônios.
Por exemplo, no caso de hormônios com ésteres (enantato, propionato, decanoato, etc.), o corpo só é capaz de quebrar o éster e absorvê-los porque existem enzimas específicas chamadas esterases que fazem esse trabalho.
Não é possível considerar que os processos que envolvem o funcionamento dessas enzimas sejam idênticos em todas as pessoas e em todos os hormônios.
Logo, apesar da meia-vida ser definida principalmente pela estrutura química do composto, ela ainda pode mudar, mesmo que discretamente, já que algumas pessoas poderão metabolizar certos hormônios de forma mais rápida ou mais lenta.