Terapia pós ciclo (TPC) para ciclos de SARMs

Existe bastante confusão a respeito da realização de TPC ao usar SARMS, se é realmente preciso fazer uma e, caso afirmativo, como fazer.

Realmente, dependendo do sarm usado, é necessário fazer uma TPC.

Sarms podem não compartilhar a maioria dos efeitos colaterais do esteroides anabolizantes, mas poderão suprimir a produção de testosterona da mesma forma.

Porém este efeito dependerá diretamente do sarm usado e este efeito é dose-dependente (quanto maior a dose e duração do ciclo, maior tende a ser a supressão).

Porque sarms precisam de TPC

Sarms ganharam a popularidade de serem “esteroides sem efeitos colaterais”, porém as coisas não funcionam dessa forma.

Qualquer – QUALQUER – substância com natureza andrógena (como os SARMS) poderão alterar como o seu organismo funciona e se está alterando o estado natural da sua fisiologia, isso vai causar consequências (grandes ou pequenas, mas vai).

Quando estamos falando de andrógenos, seu corpo não consegue diferenciar esteroides, dos sarms e da própria testosterona.

Basicamente, e de forma muito simplista, se há andrógenos demais disponíveis, seja por conta de esteroides, testosterona, sarms, prohormonais ou qualquer meio que seja, haverá supressão de testosterona.

Mas a supressão gerada por sarms dependerá diretamente da natureza específica do sarm usado, a dosagem e a duração do ciclo.

Por exemplo: um ciclo usando 20mg de RAD140 por 12 semanas, poderá causar mais supressão que um ciclo com 20mg de Ostarine com 8 semanas.

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Isto ocorre porque, miligrama por miligrama, o RAD140 é mais forte que Ostarine.

Tente entender da seguinte forma: qualquer substância que cause mudanças corporais alterando sua fisiologia, quanto maior a alteração, maior é o “coice”.

No caso de sarms com natureza androgênica, quanto mais a androgenicidade, maior poderá ser a supressão de testosterona.

A última questão que fica agora é, quão supressivo são esses sarms e quando é necessário, de fato, fazer uma TPC.

TPC para Ostarine

Na maioria das vezes, um ciclo com Ostarine não necessita de TPC.

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Dentre todos os sarms, ostarine é o mais fraco (menos androgênico), logo, ele é menos supressivo para a testosterona natural.

Não há relatos na literatura sobre o assunto, porém os relatos pessoais não mostram supressão nem mesmo em ciclos longos, como de 12 semanas, usando uma dosagem entre 20 a 30 miligramas por dia.

Se você quer adotar o lado seguro da moeda, em vez de adicionar mais uma droga na equação (como as comumente usadas em TPCs), use um estimulante natural de testosterona assim que terminar o ciclo.

Atualmente, o estimulante natural com maior potencial é o longjack, já que a maioria dos outros (incluindo o tribulus) falha em aumentar os níveis de testosterona, apesar de serem úteis para aumentar libido.

Longjack não é muito barato, pode custar até R$150 o pote (veja aqui), mas durar por várias TPCs. Cerca de 400mg dia é tudo o que você precisa.

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TPC para LGD4033, RAD140 e outros

Sarms como RAD-140, YK11, S23 e LGD-4033 são considerados mais fortes e potencialmente mais supressivos.

Qualquer ciclo com tempo e dose suficientes para gerar resultados também poderá gerar supressão.

Porém ainda não estamos falando da mesma supressão causada por esteroides anabolizantes e, portanto, dificilmente será necessário realizar uma TPC completa, usando, por exemplo, Tamoxifeno, Clomid e HCG.

A maioria dos relatos de uso mostram que doses baixas de tamoxifeno (10~20mg dia) por quatro semanas, são eficientes para reverter a supressão.

Assim como o uso de algum estimulante de testosterona também pode ser útil.

É válido lembrar que simplesmente não há um método científico por traz do uso de sarms e muito menos por traz de terapia pós ciclo.

Isto não é uma orientação médica e muito menos substitui uma, porém é uma amostra do que encontramos ao buscar relatos anedóticos.

Saber se há necessidade de TPC através de exames de sangue

Uma maneira eficiente e mais segura (porém mais cara) para saber se você precisa de uma TPC, é testar seu LH, FSH e testosterona total, antes e depois do ciclo.

LH e FSH controlam a atividade nos testículos, que por sua vez produzem testosterona. Eles são os primeiros hormônios suprimidos quando usamos drogas de natureza androgênica.

Se eles estiverem abaixo da referência após o ciclo, é óbvio constatar que houve supressão.

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Porém não basta apenas se guiar por estes dois hormônios.

Por exemplo: poderá haver uma leve queda neles, mas se a testosterona total ainda estiver dentro do parâmetro considerado normal, e você não estiver com sintomas de baixa testosterona, não há porque fazer TPC.

Palavras finais

SARMs poderão gerar supressão de testosterona assim como qualquer droga anabólica, porém a supressão tende a ser menor quando comparada aos esteroides e poderá ser revertida mais facilmente.

Tente entender que quando falamos de SARMs, boa parte desse território ainda é desconhecido e há pouquíssimas evidências científicas sobre o assunto.

Nunca trate informações encontradas na internet como uma orientação escrita em pedra.

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