Memória muscular – como recuperar massa muscular perdida

Entenda qual é a importância da memória muscular ao tentar recuperar massa muscular perdida.

Se você já treinou por algum tempo, precisou parar, e depois voltou com tudo, já deve ter notado que é mais fácil readquirir o corpo que tinha antes.

Pois é.

Este fenômeno é conhecido como memória muscular e será capaz de ajudar você a recuperar massa muscular perdida, independente do que tenha causado isto em primeiro lugar.

Veja bem.

Nossas células musculares são especialmente equipadas para crescer, elas são maiores que o comum e são multinucleadas (possuem vários núcleos).

E conforme nossos músculos vão crescendo, por conta do treino e dieta, mais núcleos serão adicionados às células.

Estes núcleos adquiridos são capazes de criar novas proteínas que, com ajuda da dieta adequada, sustentarão o aumento das fibras musculares – fazendo você ficar maior e mais forte.

Ok, se musculação faz com que mais núcleos sejam adicionados às fibras musculares, permitindo que elas fiquem maiores, o que acontece se pararmos de treinar ?

Por muitos anos acreditou-se que quando paramos de gerar estímulos para hipertrofia perdíamos os núcleos conquistados, explicando a perda dos ganhos obtidos com a  sobrecarga do treino.

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Veja também -> Voltando a treinar depois de um tempo parado

Enquanto realmente perdermos massa muscular e força quando paramos de treinar, até mesmo ao ponto de parecer que nunca treinamos na vida, as coisas não são tão simples assim.

Estudos (1) mostram que, quando paramos de treinar, a maioria dos núcleos adquiridos continuam dentro das células musculares.

Basicamente, as coisas ocorrem dessa forma:

  1. Quando treinamos pesado e nos alimentamos com o objetivo de sustentar crescimento muscular, mais núcleos são adquiridos nas células musculares;
  2. Nossos novos núcleos poderão sintetizar mais proteína e fazer com que as fibras musculares fiquem maiores;
  3. Agora, mesmo que você pare completamente de treinar e se alimentar, as fibras musculares poderão voltar ao tamanho original (fazendo parecer que você nunca treinou na vida), mas os núcleos continuam no mesmo lugar;
  4. Mais tarde, quando você voltar aos treinos e dieta, você não vai ter que lutar para adquirir mais núcleos nas células musculares, eles já vão estar lá prontos para sintetizar proteínas e deixar você maior, muito mais rápido.

É por isso que recuperar massa muscular perdida, sempre vai ser mais fácil do que ganhá-la pela primeira vez.

Mais importante ainda é que isto é válido para qualquer coisa que tenha causado a perda de massa muscular.

Talvez você tenha feito um cutting incorreto e acabou perdendo mais massa muscular do que imaginava.

Não há razão para ficar chateado e largar tudo, como se as perdas fossem definitivas.

Basta voltar a rotina antiga de treino e dieta, para ganhar massa muscular, e as perdas serão recuperadas facilmente.

Ou talvez você precisou se afastar dos treinos por vários meses e perdeu praticamente tudo o que ganhou.

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E agora você desanimou totalmente de voltar, porque pensa ter jogado no lixo todo o tempo, disciplina e dinheiro investidos.

Não!

A partir do momento que você conquistou um determinado corpo, ele é como se fosse seu por direito (mesmo que você não esteja com ele neste momento).

Basta voltar aos hábitos antigos, e você voltará rapidamente onde estava (ao menos mais rápido do que a primeira vez).

Palavras finais

Memória muscular não é exatamente uma “memória” no sentido da palavra, mas sim o acúmulo de núcleos dentro das células musculares que não é perdido quando nos afastamos do treino.

Como os núcleos auxiliam no crescimento das fibras musculares e eles não precisam ser adquiridos novamente, reganhar a massa muscular perdida sempre será mais rápido.

Também não é necessário fazer nada especial para “ativar” a memória muscular.

Memória muscular é algo que faz parte do seu corpo e vai “entrar em ação” toda vez que você perder massa muscular e querer voltar ao físico que estava antes.

Referências

  1. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18440990
  2. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1827108
  3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3698983
  4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12813146
  5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21040371
  6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20713720

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