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cao da noite

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Conheça o conceito da academia de "treino extremo" que molda astros de hollywood.

Dentro de um galpão sem número aqui em Salt Lake City, não muito distante de diversas lanchonetes fast-food e do clube de strip-tease Southern X-Posure, Robert MacDonald – apelido: Maximus – está torturando um grupo de pessoas.

Ou pelo menos é isso o que parece. Um homem, que gritava de agonia um segundo atrás, caiu em uma poça de seu próprio suor. Uma mulher limpa suas lágrimas. Alguns dos restantes estão mancando.

Maximus não demonstra simpatia. Afinal de contas, eles foram avisados. Está lá, no website: “Sua escolha foi livre e você a fez. Agora conviva com ela”.

Esse é o Gym Jones, um clube privado sem frescuras dirigido aos fãs do fitness extremo, atletas profissionais, membros das operações especiais militares e – do lado oposto da escala dos mimados mas apenas menos reservados – estrelas de cinema. (Jude Law não conseguiu aqueles peitorais definidos em 'Repo Men’ por acidente.) Sim, o nome é uma homenagem explícita a Jim Jones, o líder de seita que levou mais de 900 pessoas a cometerem suicídio em 1978. Não, o casal proprietário da academia, Lisa e Mark Twight, não enxergam nada de ofensivo nisso. “Nós sabemos que algumas pessoas poderiam dizer que somos um culto, então decidimos ser donos da piada”, diz Lisa.

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A devoção zelosa que os clientes têm pela academia e sua filosofia física, que muda tanto a psicologia quanto o físico, pode realmente ser um pouco assustadora. Imagine os cientologistas, só que com bíceps realmente grandes.

Um fã proeminente é Zack Snyder, diretor da Warner Brothers responsável pelo filme turbinado de testosterona '300’, que foi um sucesso global em 2007.

Foi a Gym Jones, usando uma mistura de levantamento de potência e calistenia, que chicoteou Gerard Butler, estrela do filme, até a forma física que comporta o uso de uma tanga. O próprio Super-Homem treinou recentemente aqui. Henry Cavill, escalado para interpretar o personagem-título em 'Man of Steel’, futuro filme de Zack Snyder, chegou com uma barriga 'tanquinho’, ou perto disso, proveniente de treinamentos feitos para outro filme. Mas a Warner chamou Mark Twight para moldar o ator britânico como um verdadeiro super-herói; os dois vêm treinando juntos desde abril.

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“Não são apenas os músculos”, diz Snyder. “Na verdade, eles são a parte menos importante. A academia tem maneiras de fazer com que você descubra coisas sobre você mesmo e é fantástico”.

Os treinadores que trabalham com esse calibre da elite tendem a desprezar as celebridades como amadores que desejam resultados sem nenhum esforço. E é melhor nem entrar no assunto, com esse pessoal do fitness sério, sobre o uso de esteroides em alguns redutos da indústria do cinema.

A Gym Jones não é exceção. Mas o casal Twight e MacDonald, o gerente da academia, também aprenderam a manter a mente aberta.

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“Jude Law, por exemplo”, diz MacDonald. “No começo eu não tinha o mínimo interesse nele. Ele fumava, bebia e estava fora de forma. Mas ele me surpreendeu e trabalhou muito duro. Ele me mostrou que eu estava errado”. Essa disposição em aceitar clientes famosos na verdade tem sido bem problemática para a Gym Jones. O dinheiro pago pelos estúdios é bom, e a notoriedade de '300’ foi recompensadora; uma versão de uma série de exercícios de '300’ desenvolvida para o elenco como um teste de graduação acabou tornando-se um viral e foi mencionada até pela Men’s Health. Mas os Twights preferem a privacidade. Eles não estão de olho em sua própria linha de suplementos nem querem fazer parte de nenhum reality show, e aceitam apenas de 30 a 40 clientes de cada vez. Se você está ouvindo falar neles por causa de seu trabalho com as estrelas de cinema, o que é uma parte mínima da academia, suas chances de entrar são praticamente nulas.

Os Twights normalmente exigem uma entrevista ou uma referência de algum cliente atual da academia, a realização de uma prova escrita que é mais um vestibular sobre fitness do que qualquer outra coisa e, se você passar por tudo isso, a realização de uma série com MacDonald, campeão mundial de artes marciais mistas. “Se eu não estiver rodeado por pessoas inferiores, eu mesmo não vou trabalhar tão duro”, diz MacDonald. Novamente, está tudo escrito no site: “Nós escolhemos os clientes. Os clientes não nos escolhem”.

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A Gym Jones tem outra razão para querer sua privacidade: seus clientes militares gostam dessa privacidade. Embora os Twights se recusem a falar muito sobre esse aspecto de seus negócios, que ocorrem dentro da academia e nas montanhas próximas, ele parece ser considerável e envolver pessoas que, teoricamente, deveriam ser invisíveis. Seis dos ex-alunos de Twight, por exemplo, estavam entre os 30 americanos – em sua maioria SEALs da Marinha, incluindo membros da equipe que matou Osama bin Laden – que morreram em agosto no Afeganistão, quando seu helicóptero foi abatido.

Mas não pergunte maiores detalhes: “'Não’ é uma resposta completa”, diz Lisa Twight. “Eu não preciso dar nenhuma razão”.

A Gym Jones, é claro, não é o único negócio de fitness prosperando em cima do amor bruto. Dos programas de campos de treinamento que se tornaram tendência nas grandes cidades, aos treinadores berradores de 'The Biggest Loser’ e a CrossFit, uma cadeia que tem ganhado atenção por promover exercícios de risco, os americanos parecem querer que suas séries de exercícios sejam acompanhadas por assobios e perdigotos.

As teorias para explicar essa tendência são abundantes. Os modismos tendem a oscilar: o fisiculturismo carateca turbinado por esteroides nos anos 1970 (que incrivelmente acompanhou a ascensão das mulheres no local de trabalho), deu lugar à aeróbica de Jane Fonda nos anos 1980 e ao spinning e terror cardíaco dos 1990. Em seguida vieram a ioga e o pilates. Mas recentemente, a perturbação econômica e política, sem mencionar duas terríveis guerras, moveram as pessoas na direção dos treinamentos de força e exercícios militares.

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A Gym Jones chama seus clientes de 'discípulos’ e mostra com destaque uma citação de 'Clube da Luta’, o filme de 1999 estrelado por Brad Pitt. Ela segue assim, em parte: “Desista do emprego. Comece uma briga. Prove que você está vivo”.

Mas, uma vez que você esqueça tudo isso, o humor na academia é surpreendentemente acolhedor. MacDonald, de 33 anos, tem uma presença física assustadora (com 1,90 m de altura, ele consegue levantar 249 quilos) e estilo brusco de falar, mas ele também costumava ser professor de jardim de infância. Lisa Twight, praticante de jiu-jitsu de 50 anos que lembra um gnomo, possui uma risada rápida e contagiante. Mark Twight, celebrado alpinista, é direto e agressivo, mas também muito gentil e generoso com seu tempo. E apesar de suas maneiras estoicas, Mark Twight ficou claramente emocionado por causa das mortes de seus ex-alunos no Afeganistão. “É diferente das muitas fatalidades que presenciei durante minha carreira como alpinista, mas o impacto mesmo assim é muito forte”, escreveu ele em um e-mail.

O método Gym Jones incrivelmente não envolve um programa centrado no fisiculturismo de sobrecarga de peso e superalimentação. Exigir tanto das pessoas, ao ponto de arriscá-las à rabdomiólise – condição que ocorre quando tecidos musculares severamente danificados liberam toxinas na corrente sanguínea – “é uma falha tremenda”, diz Lisa Twight. Ela acrescenta que a academia encoraja seus treinadores a conhecer pessoalmente seus clientes, mesmo que isso signifique acompanhá-los às compras no armazém depois dos exercícios ou disponibilizar um ombro amigo.

“É como sexo”, diz ela. “Você não pode simplesmente se levantar e ir embora, depois do ato. É um relacionamento”.

As redes de academias inspiradas na Gym Jones estão aparecendo por todo o território americano, principalmente abertas por pessoas que foram aprendizes de MacDonald e dos Twights. Parker é proprietário da Athena Fit em Albuquerque; uma em Saint Louis é chamada Project Deliverance.

Os Twights dizem que não têm planos de expandir para fora de Utah, mas têm aumentado o número de seus seminários, que custam US$ 1.500 a US$ 2.000 por pessoa e variam do curso fundamental de dois dias ao programa avançado de desenvolvimento e teoria, de cinco dias. Sessões com um treinador custam de US$ 100 a US$ 300 por hora; aparecem clientes que vêm durante alguns dias, e clientes que vêm regularmente.

Os Twights agora estão oferecendo filiações online, que começam em US$ 500 por ano; os participantes entram em GymJones.com, que tem mais de 70 vídeos e 17 planos de treinamento, entre outros materiais.

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Foi o programa avançado que MacDonald, descalço e vestindo bermudas cargo, estava ensinando no começo de agosto, que terminou em lágrimas e suor. Mas aquilo foi apenas uma pequena parte do curso. Os oito participantes passaram a maior parte do tempo na frente de uma lousa branca, nos fundos da academia. Lá, eles sentaram-se em cadeiras dobráveis e escutaram a uma palestra dada por MacDonald. Os membros da classe, alguns tendo viajado de lugares tão longínquos quanto Nova York e Londres, tomaram notas e seguiram as aulas em uma apostila de estudos de 135 páginas.

“Você nunca vai se livrar dos exercícios de resistência”, disse MacDonald, esfaqueando a lousa com uma caneta. “Se você tem de se livrar de alguma coisa, essa coisa é a sala de pesagem”.

Ele coloca a tampa na caneta. “E sempre – sempre – esteja preparado para se encontrar com seus lugares sombrios”, disse. “Agora, quem está pronto para se exercitar?”

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tinha lido esse artigo ja, mas nao sei pq o q eu li tinha era maior, continuava com um critico dizendo q esse tipo de treinamento e estilo de vida era insustentável ... lembro q ele comenta q é tao insustentável q se vc pegar o ator de 300 hj ele está obeso.

vou ver se acho q posto aqui.

Mas eu tinha vontad d experimentar uns dias nessa gym ai

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