ligabo Postado Junho 19, 2011 às 17:36 Postado Junho 19, 2011 às 17:36 Kawa Kawa Nome Científico: Piper methysticum G. Forst. Sinonímia Popular: Kava-kava, Ava, kawa pepper, kawa, Pimenta embriagante, makea, opu, wati, amekava e yangona. Parte Utilizada: rizoma. Habitat: encontrada nas ilhas do Pacífico Sul (Papua, Nova Guiné, Fidji, Samoa, Tahiti, Hawaii) e no continente da Oceania. Princípio(s) ativo(s): KAWA-KAWA possui lactonas ativas, as cavalactonas (ou cavapironas), dentre as principais, a Cavaína, Diidrocavaína, Yangonina, Desmetoxi-yangonina, Metisticina e Diidrometisticina. Além destes, possui taninos, flavonóides (flavocavaínas); glicídeos; sais minerais, mucilagens e glicusídeos. KAWA-KAWA é um extrato seco das raízes de Cava (Piper methystycum), planta originária de ilhas do sul do Pacífico. Esta era utilizada desde tempos remotos pelos nativos das ilhas em rituais religiosos, cerimoniais e como medicamento calmante e antiinflamatório. KAWA-KAWA possui lactonas ativas, as kavalactonas (ou kavapironas), dentre as principais, a Cavaína, Diidrocavaína, Yangonina, Desmetoxiyangonina, Metisticina e Diidrometisticina. Estas substâncias são responsáveis pelas propriedades ansiolítica e antidepressiva de KAWAKAWA. Pequeno arbusto trepador, perene, que em geral mede 2 metros, mas pode chegar a 6 metros. Possui folhas grandes, lisas e de cor verde em ambos os lados. Seu rizoma é cilíndrico esponjoso e fibroso. Suas inflorescências são altas e esbranquiçadas. O principal sítio de ação é o complexo amigdalino. Os efeitos nas estruturas límbicas podem explicar a promoção do sono mesmo em ausência de sedação. Não possuem interação significativa com receptores GABAérgicos e nem benzodiazepínicos no cérebro, não possuindo os efeitos colaterais dos benzodiazepínicos e dos ansiolíticos. As kavopironas em doses terapêuticas normais reduzem e excitabilidade do sistema límbico como um tranqüilizante, aumentando a disposição emocional e a performace cognitiva sem causar sedação. Composição Química Os princípios ativos são chamados de kavalactonas totais. Por volta de 3 a 20% da raiz da Kawa Kawa é feita de kavalactonas (ou kavapironas), o grupo ativo dessa planta. Dentre os compostos do grupo das kavapironas, a metisticina e a dihidrometisticina parecem proteger o cérebro das injúrias provocadas por pancadas. Cavaina, dihidrokavaina, metisticina e dihidrometisticina são os ativos com propriedade analgésica na planta. Dihidrokavaina e dihidrometisticina parecem ser responsáveis pelo efeito indutor do sono e tranqüilizante. Cavaina, dihidrometisticina e metisticina relaxam os músculos lisos e previnem convulsões. Assim como ocorre com a maioria dos medicamentos botânicos, os princípios ativos purificados não funcionam tão bem quanto o extrato contendo todo o seu conjunto de ativos. Cada uma das kavalactonas parece interagir entre si num sinergismo particular. A quantidade de ingrediente ativo encontrado nas raízes do Kawa Kawa varia significativamente. É por isso que os extratos padronizados são os mais utilizados nos estudos científicos e na prática médica. Isto assegura um padrão no conteúdo de kavalactona que é necessário para o efeito terapêutico. O extrato com 30% de cavalactonas, possui a composição mais similar ao da planta in natura. Ação Terapêutica Este possui um efeito potencializador da narcose sem ser propriamente um narcótico, é um excelente hipnótico para o tratamento de casos leves de insônia. As kavapironas melhoram o padrão do sono, aumentando as fases de sono profundo com tendência a diminuir a fase de adormecimento e sono leve. Produz relaxamento da musculatura esquelética através de pontos supra-espinhais. Possui também ação anticonvulsivante, ação anestésica local em membranas mucosas, ação analgésica não testada mas útil no controle da dor, pois potencializa a ação dos analgésicos comuns. Indicação Ansiedade; para tensão nervosa, stress, agitação e insônia; soluciona a ansiedade e funciona como psiquicamente relaxante; melhora a qualidade do sono e apóia o sono natural sem diminuir a vigilância ou a concentração. Tratamento de perturbações neuróticas e sedação sem efeito narcótico hipnótico. Trata também perturbações do climatério, combate dores de cabeça e musculares. Estudos Clínicos Em estudo duplo-cego, 2 grupos de 29 pacientes com síndrome de ansiedade não causada por desordens psicóticas foram testados com placebo e extrato de Kawa-Kawa. A escala de ansiedade revelou significante redução no grupo recebendo o fitoterápico durante 1 semana. Sendo que a diferença entre os 2 grupos de pacientes aumentou durante o estudo. Além disso, os resultados dos vários testes e avaliações feitas demonstraram a eficácia do extrato de Kawa-Kawa em pacientes com desordens de ansiedade. Outros estudos clínicos comparando extrato de Kawa-Kawa, Diazepan e placebo em 12 indivíduos (triplo cross-over randomizado), demonstraram que a ação de Kawa-Kawa parece ser mais prolongada, muito embora não seja possível fazer comparação direta entre a sua potência de ação com a do Diazepan com base nos testes realizados. Além disso, observou-se que o extrato de Kawa-Kawa estabilizou melhor as variações interindividuais de desempenho, melhorou o tempo de reação a estímulos simples e esperados após 2 horas e nitidamente após 6 horas. Ainda durante o mesmo estudo, o extrato de Kawa-Kawa reduziu o tempo de reação de escolha múltipla, ou medida da capacidade de reações rápidas por estímulos complexos, com melhorias altamente significativas em relação ao placebo. O extrato de Kawa-Kawa permite vantajosamente combinar as características "relaxamento e aumento da capacidade de desempenho", ao contrário dos benzodiazepínicos, além de não alterar as ondas cerebrais Beta, o que é típico dos benzodiazepínicos. KAWA-KAWA pode ser associado a outros antidepressivos sintéticos e inclusive naturais como o Hypericum, aumentando a ansiólise sem comprometimento do estado de vigília e reflexos. KAWA-KAWA permite ainda ser indicado em estados de estresse, fadiga, fraqueza, cefaléia e também como leve relaxante muscular, entre outros. Não foram relatados efeitos adversos durante o período de administração do extrato de Kawa-Kawa. Posologia Extrato seco padronizado com 30%: 100 a 300mg duas vezes ao dia (ou uma dosagem diária de 50 a 240 mg de kavalactonas). Dose recomendada para se obter efeito ansiolítico e de 45 a 70mg de cavalactonas três vezes ao dia. Para efeitos sedativos, uma dose entre 180 a 210mg de kavalactonas pode ser tomada uma hora antes de deitar. Contra-Indicação É contra-indicado na gravidez e em mulheres que estão amamentando. Também é contra-indicado para pacientes com depressão endógena, por poder aumentar nestes casos o perigo do suicídio. E não usar em crianças abaixo de 12 anos. Não usar na depressão endógena, pois pode conduzir ao suicídio. Precauções O álcool aumenta a toxicidade da Kawa Kawa; como ainda existem controvérsias com relação ao mecanismo de ação correto e de possíveis interações, recomenda-se não associar a outras drogas sedativas, hipnóticas, antidepressivas e antihistamínicas. Reações Adversas Seu uso em altas doses pode resultar em desordens de movimentos complexos, acompanhados de cansaço e tendência à sonolência. Pode haver raros casos de reações alérgicas e reações gastrintestinais. Podem surgir no início do tratamento cansaço matinal e diminuição dos reflexos e julgamentos dos motoristas. Sugestões de Fórmulas Kawa kawa .............................. 100mg Excipiente qsp.......................... 1 cápsula Posologia: 1 cápsula 3 vezes ao dia. Indicações: ansiedade, desequilíbrio emocional, tensão nervosa, dificuldade de concentração, problemas cardíacos e circulatórios de origem nervosa. Kawa kawa .............................. 200mg Hypericum ................................ 100mg Excipiente qsp.......................... 1 cápsula Posologia: 1 cápsula 2 a 3 vezes ao dia. Indicações: estados depressivos, distúrbios psicovegetativos acompanhados de ansiedade. Curiosidades Originária da Polinésia (sul do Pacífico), onde era utilizada há centenas de anos em rituais de danças religiosas e cerimoniais, e também como calmante e antiinflamatório. Antigamente, as nativas das ilhas mascavam as folhas e raízes para formar uma massa que cuspiam num vasilhame para então misturar com água, leite de côco e sucos de frutas, coquetel este, que depois de coado, era consumido em ocasiões especiais como casamentos, nascimentos e funerais. Hoje em dia se mantém esta cultura, exceto que em vez de serem mascadas, utiliza-se a planta pulverizada, embora esta formulação seja menos potente que a anterior. Normalmente uma visita é recebida com uma beberragem feita a base de kawa, como nós recebemos nossas visitas aqui no Brasil com o café. Como o efeito do kawa é sedativo, e muito rápido, auxilia nos relacionamentos entre as pessoas, evitando discuções, brigas e alterações de humor. O primeiro europeu que se referiu ao uso da kava foi um membro do grupo do Capitão James Cook, durante a viagem que realizou nas Ilhas da Oceania em 1775. Esta foi a primeira vez que o homem branco se referiu à bebida a base de kawa. Por volta de 1778, recebeu seu nome científico de Piper methysticum. Fontes: https://www.oficinadeervas.com.br https://www.pharmacotecnica.com.br Referências Bibliográficas: Batistuzzo J. A O, Itaya M, Eto Y. Formulário Médico Farmacêutico. São Paulo: ed. Tecnopress, 2002, 2º edição. 25,28 p. Revista Racine nº 51. Julho/Agosto 1999. COIMBRA, R. Manual de Fitoterapia. 2ª edição. 1994. SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos Livraria Editora. 2000. Gleitz J., Friese J., Beile A., Ameri A., Peters T. "Anticonvulsive Action Of (+/-)-Kavain Estimated From Its Properties On Stimulated Synaptosomes And Na+ Channel Receptor Sites". European Journal Of Pharmacology 315(1):89-97, 1996. Keledjian J, Duffield PH, Jamieson DD. Uptake into mouse brain of four Lindenberg, D. and Pitule-Schodel, H. "D,L-kavain in Comparison with Oxazepam in Anxiety Disorders: A Double-Blind Study of Clinical Effectiveness". Forschr Med 108: 49-55, 1990. Muller B, Komorek R. [Treatment with Kava--the root to ocombat stress]. [Article in German]. Wien Med Wochenschr 1999;149(8-10):197-201. Norton SA, Ruze P. Kava dermopathy. J Am Acad Dermatol 1994 Jul;31(1):89-97.
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