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Off Cycle Therapy (Oct)


Geno

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Senhores, tive acesso recentemente ao Livro Anabolics 2010 (10 ª edição), certamente uma das referencias sobre esteróides anabolizantes. A principal novidade desta edição é o novo capítulo sobre a terapia fora do ciclo – Off Cycle Therapy (OCT). Fiz uma tradução amadora sem tradutores automáticos infames. Espero que seja de alguma valia. No texto existem alguns pontos de controvérsia e que podem ser discutidos (Por exemplo, (Lliwellyn tem conflito de interesse pois é detentor da patente do ácido araquidônico, porque a não utilização destes suplementos as infinitum e não apenas na OCT e etc). Inclusive os tenho, mas a título de manter este post mais imparcial e limpo, devo fazê-lo só em posts ulteriores. Abraços.
Terapia Fora do Ciclo (de Off-Cycle Therapy, de Anabolics 10th Edition, William Lliwellyn Tradução de Geno)
O objetivo da terapia com esteroide anabolizante (quando aplicações não-médicas estão envolvidas) é obter benefícios desejados com a menor exposição cumulativa aos efeitos colaterais. Isto normalmente inclui diligência com otimização de todos os aspectos do treinamento, repouso e dieta, bem como aderir a TPC ao final de cada ciclo de esteróides. Por um lado, desejamos que casa ciclo seja o mais produtivo possível, De outro, queremos manter a maioria dos ganhos até o próximo ciclo. Quando todos os aspectos estão em questão, o resultado deveria ser necessidade de menores doses totais, menores ciclos (maior duração de abstinência) e menor duração de uso.
Dada a importância de manter nossos ganhos musculares e de força, contudo, nossos esforços não deveriam ser concluídos na TPC. Com efeito, para obter os maiores benefícios em longo prazo da terapia com anabolizantes é igualmente recomendável iniciar a terapia fora do ciclo quando terminar a TPC. O foco da PCT é tipicamente usar todas as substâncias naturais (suplementos dietéticos) que favorecerem reter os ganhos musculares, na medida em que permite que ocorra o equilíbrio hormonal e fisiológico. Enquanto é saudável e mesmo recomendável encarar os suplementos com certo grau de ceticismo, o campo tem avançado bastante para que nós com certo valor. Nós podemos encontrar caminhos para tornar nossos programas efetivos na ausência de fármacos.
Uma OCT bem-estruturada dura um mínimo de 6-8 semanas e consiste de 3 componentes distintos. O primeiro é o “suporte a testosterona” que procura manter o objetivo da TPC, porém com uma abordagem mais básica e distinta. O segundo componente é “ressensibilização da célula muscular”. Treinos pesados rompem as membranas celulares musculares que tornam os músculos menos responsivos ao estimulo do exercício. Queremos atuar nisto durante a OCT e preparar os músculos para o próximo de treinamento intenso. Por último, queremos incluir uma ou mais substâncias naturais construtoras de músculos, chamemos de “suplementação anabólica”. Todas as três ocorrem simultaneamente, por vezes até o início do próximo ciclo.
Parte I: Suporte a Testosterona
A abordagem de suporte a testosterona de nosso programa de OCT é substancialmente diferente da usada na TPC tradicional. Não procuramos procurar auxiliar a produção de testosterona endógena com drogas antiestrogênicas como tamoxifeno ou clomifeno, nem se usamos fármacos que mimetizem LH tal como hCG. Todas as estratégias farmacêuticas foram concluídas nesta altura e espera-se que tenham atingido os efeitos desejados. Durante a OCT, queremos disponibilizar aos nossos corpos alguns componentes naturais usados na síntese de testosterona. Nós queremos aumentar nossos próprios processos naturais e não substitui-los.
Vitamina D/Cálcio/Zinco
A primeira coisa para se atentar durante a OCT é nosso status mineral e de vitaminas, particularmente desses componentes que são fundamentais a biossíntese de testosterona. Inclui-se a vitamina D, cálcio e zinco. Para começar, estudos clínicos demonstram que maiores níveis de vitamina D são associados a aumento da secreção de testosterona (359). Então, suplementação de vitamina D pode ser vantajosa durante um período longo da PCT, quando você confiará somente em sua testosterona natural como suporte hormonal do anabolismo. Cálcio é outro nutriente envolvido na função hormonal, especialmente em que se refere à testosterona biodisponível (ie; testosterona livre) (360). A dose daria de 500-1.000mg pode ser útil se fontes dietéticas são insuficientes. Por último, uma pequena dose de zinco pode ser ingerida se necessário, tendo em vista que este mineral também é ligado a biossíntesse de androgênios (361). Qualquer deficiência de zinco irá provavelmente se traduzir em menor secreção de testosterona.
Ácido D-Aspártico
Ácido D-aspártico (DAA) pode ser útil durante OCT. DAA é um aminoácido que é naturalmente encontrado nos sistemas nervoso e endócrino, e acredita-se que exerça papeis em processos como neurotransmissão, espermatogênese e biossíntese hormonal. Estudos Clínicos que ofereceram 3,2g/dia de DAA (como sal de sódio) a homens saudáveis resultou em aumento de 42% de testosterona na maioria dos indivíduos (362). Esta mesma dose é recomendada durante OCT.
Parte II: Ressensibilização
Repetir exercícios de alta intensidade, especialmente treino de resistência, causa ruptura das membranas celulares. Esta ruptura é em muitas vezes desejável, como necessário para deflagrar o crescimento muscular e reparo. Sem lesão, não existe progresso. Não obstante, existem algumas desvantagens para haver necessidade de modular a ruptura das células musculares. As membranas externas das células musculares (que consistem principalmente de componentes de ácidos graxos demoninados fosfolipídos) são rearranjados. Em particular, a concentração de ácido aracdônico (ARA) é reduzida (363). Certamente, sua depleção é um dos fatores comuns na estagnação do treino.
Ácido araquidônico
Para auxiliar a reposição de fosfolipídio e restaurar a resposta muscular ao treinamento, ácido aracdônico deveria se suplementado durante a OCT. A dose diária de 250mg é recomendada, que representa 50-100% da ingestão diária de ARA. Esta quantidade deve ser suficiente para reposição de fosfolipídio e a aceitável para uso em longo prazo. Doses maiores (500-1.000mg/dia) podem promover um efeito de construção muscular mais distinto, porém deveria ser limitado a 6-7 semanas.
Óleo de peixe
Pode ser útil suplementar óleo de peixe durante OCT. Os principais componentes do óleo de interesse são o ácido docosahexanoico (DHA) e eicosappentanoico (EPA), dois ácidos graxos essenciais Omega-3 que são importantes componentes dos fosfolipídios das membranas celulares musculares. Ademais, estudos sugerem que os Omega-3 podem aumentar o estoque de ARA sob algumas condições e que pode indiretamente auxiliar nos efeitos pró-anabólicos (365). Dose diária de 2g de óleo de peixe é tipicamente recomendado durante OCT.
Parte III: suplementação anabólica
Um programa de OCT ótimo deveria incluir produtos naturais com propriedades anabólicas/anti-catabólicas. Vários usuários de EA são céticos em relação aos suplementos para construção muscular e com razão. O mercado pode ser muito pouco confiável, mesmo os melhores produtos estão muito longe dos EA em termos de eficácia e confiabilidade. Mesmo assim, o campo tem tido um progresso ao passar dos anos e existem vários produtos de valor. É recomendável limitar a suplementação a somente ingredientes com efeitos provados em seres humanos. Para mais detalhes acerca de suplemenos anabólicos naturais, por favor consulte William Llewellyn’s Sport Supplement Reference Guide (366).
Monoidrato de Creatinina
Monoidrato de creatina é considerado como suplemento anabólico “original”, foi o primeiro a demonstrar melhoras substanciais de desempenho e na composição corporal na maioria dos usuários. É tipicamente tomado 8-12 semanas ou mais (as vezes o período inteiro da OCT) na dose de 5g/dia. Os aumentos no tamanho muscular e perfomance são a inúmeros mecanismos. Dois mais proeminentes são a volumização muscular (retenção hídrica) e aumento de energia (ressíntese celular de ATP), apesar da suplementação de creatina também ter propriedades diretas na síntese protéica e como anti-catabólico (367).
Beta-Alanina
Beta-Alanina é um aminoácido não-essencial que serve como precursor da carnosina. Durante o exercício, íons de hidrogênio são produzidos nas células musculares, que resultam em queda do pH. Isto precipita a fadiga muscular. Carnosina age como um agente tampão intramiocaelular, mitigando a queda de pH. A conversão de beta-alanina consiste em etapa limitante da síntese da carnosina. Beta-alanina é um forte estabilizador do pH muscular (368). A dose 3-6g/dia é tipicamente usada, que deveria permitir o indivíduo exercer maior tempo de treino. Enquanto isso pode não ter um efeito anabólico direto, com o tempo o aumento da estimulação do treino pode levar ao maior ganho/preservação de músculos.
Aminoácidos de Cadeia Ramificada
Existem três aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) – leucina, isoleucina e valina. Estes aminoácidos são muito abundantes no pool das proteínas musculares esqueléticas, perfazendo 14-18% do conteúdo total (369) (370). Suplementação com BCAA é desejável por algumas razões. A primeira é que eles são blocos de construção para síntese de nova proteina muscular. Do ponto de vista nutritivo, BCAA são muito úteis. Além do mais, BCAA parece estimular células musculares e sintetizar e reter proteína (371). Eles são, de fato, entre a pequenina seleção de suplementos anabólicos validados em humanos. A dose de 10g/dia (pós-treino) é frequentemente utilizada.
Typical OCT Program (8-12 Weeks)
Testosterone Support:
Vitamin D 3000 IU/day
Calcium 500 mg/day
Zinc Sulphate 250 mg/day
D-Aspartic Acid 3.2 g/day
Muscle Cell Re-sensitization:
Arachidonic Acid 250 mg/day
Fish Oil 2 g/day
Anabolic Supplementation:
Creatine 5 g/day
Beta-Alanine 3-6 g/day
Referências
359. Association of vitamin D status with serum androgen levels in men. Wehr E, Pilz S, Boehm BO, März W, Obermayer-Pietsch B. Clin Endocrinol (Oxf ). 2009 Dec 29. [Epub ahead of print]
360. Testosterone levels in athletes at rest and exhaustion: effects of calcium supplementation. Cinar V, Baltaci AK, Mogulkoc R, Kilic M. Biol Trace Elem Res. 2009 Summer;129(1-3):65-9. Epub 2008 Dec 20.
361. Impact of oral zinc therapy on the level of sex hormones in male patients on hemodialysis. Jalali GR, Roozbeh J, Mohammadzadeh A. et al. Ren Fail.2010 May;32(4):417-9.
362. The role and molecular mechanism of D-aspartic acid in the release and synthesis of LH and testosterone in humans and rats. Topo E, Soricelli A, D'Aniello A, Ronsini S, D'Aniello G. Reprod Biol Endocrinol. 2009 Oct 27;7:120.
363. Fatty acid profile of skeletal muscle phospholipids in trained and untrained young men. Andersson, A., A. Sjodin, A. Hedman, R. Olsson, and B. Vessby. Am J Physiol Endocrinol Metab. 279:E744-751, 2000.
364. The COX-2 pathway regulates growth of atrophied muscle via multiple mechanisms. Bondesen BA, Mills ST, Pavlath GK. Am J Physiol Cell Physiology 2006 Jun; 290(6): C1651-9. Epub 2006 Feb 8.
365. Eicosapentaenoic acid and arachidonic acid: collaboration and not antagonism is the key to biological understanding. Horrobin DF, Jenkins K, Bennett CN, Christie WW. Prostaglandins Leukot Essent Fatty Acids. 2002 Jan;66(1):83-90.
366. Sport Supplement Reference Guide. William Llewellyn © 2009-2010. Molecular Nutrition, USA.
367. Creatine in sports. Kreider RB. Essentials of Sport Nutrition & Supplements. Humana Press. Totowa, NJ. 2007.
368. Influence of beta-alanine supplementation on skeletal muscle carnosine concentrations and high intensity cycling capacity. C.A. Hill et al. Amino Acids, 2007 Feb;32(2):225-33
369. Riazi R, Wykes LJ, Ball RO, Pencharz PB. J Nutr. 2003 May;133(5):1383-9.
370. Dietary protein impact on glycemic control during weight loss. Layman DK, Baum JI. J Nutr. 2004 Apr;134(4):968S-73S.
371. Nutraceutical effects of branched-chain amino acids on skeletal muscle. Shimomura Y, Yamamoto Y, Bajotto G, Sato J, Murakami T, Shimomura N, Kobayashi H, Mawatari K. J Nutr. 2006 Feb;136(2):529S-532S
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Otimo suporte !

o conhecimento transmitido pelo texto é de grande valia para nós usuários de ergogênicos esteróides anabolizantes

Em suma o texto disse oque eu ja planejava fazer na minha próxima tpc,visando manuntenção dos resultados.

Parabéns e continue com o excelente trabalho !

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E aquela história de "nao mexer" nos receptores beta ? Pergunto isso por causa da beta alanina e tal.

Vi isso num outro topico do Leandro falando sobre TPC...

Só adicione aí que o DAA deve ser administrado uma semana antes da TPC pois ele demora um pouco pra ter o efeito...

Muito obrigado pelo material mano!

Editado por emanuellarini
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E aquela história de "nao mexer" nos receptores beta ? Pergunto isso por causa da beta alanina e tal.

Vi isso num outro topico do Leandro falando sobre TPC...

Só adicione aí que o DAA deve ser administrado uma semana antes da TPC pois ele demora um pouco pra ter o efeito...

Muito obrigado pelo material mano!

A respeito a beta-alanina, não tem relação direta com receptores beta-adrenérgicos, o beta no termo beta-alanina se refere a um isômero da alanina (beta se refere que o radical amina se liga ao carbono beta da cadeia ácido carboxílico), o outro seria alfa-alanina (amina se liga ao carbono alfa do cadeia do ácido carboxílico), este utilizado como bloco para síntese de proteínas. Alfa-alanina e beta-alanina são isomeros (ie; apresentam a mesma quantidade de átomos - mesma formula química, porém a forma como é estruturado em cadeia tridimensional é diferente e por isso apresentam funções no organismo distintas). Uma imagem vale por mil palavras:

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/92/Beta_alanine_comparison.svg

O objetivo foi só traduzir o texto integralmente de WL sem correções ou sugestões, mas sua crítica é válida qualquer outra informação pode ser adicionada nos post vindouros! Podem dar mais sugestões. Abraços

Editado por Geno
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