

Cavernicola
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Cavernicola deu reputação a FabricioZanchetta em [Lpo] Levantamento De Peso Olímpico
O CT Bauer abriu acho que não tem nem 2 meses. O Dimas vai dar um seminário lá sobre LPO no final de março:
Também queria que tivesse algum ginásio parecido por aqui.
Se tem vontade de iniciar no esporte recomendo o livro do Dimas sobre LPO, é bem básico mas muito esclarecedor. Atualmente utilizo a metodologia dele para programa de treinamento.
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Cavernicola deu reputação a FabricioZanchetta em [Lpo] Levantamento De Peso Olímpico
Cifose torácica não tem problema não. O problema é se a pessoa ao aprender o deadlift já começa fazendo cifose torácica, aí quando passar pra lombar ela nem vai perceber. Provavelmente ao fazer o seu PR você percebeu que estava se curvando e imaginou ser grave, mas ao ver o vídeo percebeu que era apenas torácica.
Dá uma olhada nesse meu pr:
Quando eu fiz eu senti que curvei, e na mesma hora falei pra menina que filmou "foi muita cifose lombar?", na hora ela disse que não, eu até estranhei, e quando vi em casa realmente foi só cifose torácica. O que não é problemático. Se você pegar diversos atletas de powerlifting, eles também fazem cifose torácica.
Sobre gravar vídeo e ver a técnica, sugiro o programa Kinovea, ele permite traçar a trajetória da barra, calcular velocidade, ângulos, etc. Mas a filmagem precisa estar boa.
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Cavernicola deu reputação a FabricioZanchetta em [Artigo Cientifico]Os Bcaas São Anti-Catabólicos
Musculação por si só não é um esporte. Ela pode ser um exercício auxiliar a algum treinamento esportivo.
Inicialmente é importante entender a diferença do músculo volumoso e do músculo forte.
O que exerce função (contração) no tecido muscular são as unidades contráteis dentro das miofibrilas. O que dá volume ao tecido muscular é o sarcoplasma, equivalente ao citosol (ou citoplasma).
Todo treinamento de performance é relativo a frequência de treinamento. O corredor precisa correr com mais frequência pra tornar-se melhor na corrida (não necessariamente na distância). O levantador de peso precisa levantar peso com mais frequência, por exemplo fazer supino todos os treinos (no caso do powerlifter).
A musculação em si prega uma maior perfusão sanguínea no tecido muscular, o que resulta em maior volume do sarcoplasma. Em função disso o músculo fica mais volumoso (fisiculturismo). Do contrário, um treino voltado pra força geralmente vai se basear em potência. Em física, Potência é igual ao trabalho realizado pelo tempo, derivando a equação você tem que potência é igual a força vezes a velocidade. Portanto quanto menor o tempo de realização, maior é a potência gerada no exercício, esse é o princípio do levantamento olímpico, por exemplo.
Com base nisso, a gente entende que o atleta que faz treino pra levantamento de peso, utiliza poucas repetições, porque não quer chegar até a exaustão completa da musculatura, afinal, ele treina o músculo todos os dias que treina sem ter o descanso que um fisiculturista tem, por exemplo.
Colocando na situação que você disse, um treino mais voltado pra força em jejum, e com pouco carbo. O ideal seria a utilização do bcaa antes do treino e no pós treino.
Antes do treino eu consigo evitar que haja catabolismo muscular e fornecer energia através dos aminoácidos (o que na prática não é interessante, pois o efeito desejado dos aminoácidos é a estimulação da via anabólica via mTOR).
No pós treino para que, imediatamente, eu tenha sinalização para anabolismo, evitando o catabolismo que ocorre no pós treino, e já estimulando a recuperação. Mas de novo, na situação que você colocou, parte dos aminoácidos certamente serão utilizados para geração de energia. Afinal, uma das vias de geração de acetil-CoA (principal molécula para geração de energia no ciclo do ácido tricarboxílico) é a quebra de proteínas e consequente utilização dos aminoácidos.
Em atletas de levantamento de peso a dieta não costuma ser muito controlada, o mais importante é que o atleta esteja ingerindo comida suficiente pra gerar energia nos treinos (o que vocês chamam de calorias).
Mas é fundamental entender que em um exercício onde a contração é rápida e não é contínua prolongadamente, o principal combustível utilizado será a creatina-fosfato e o glicogênio.
Dificilmente você verá um levantador de peso que consome pouco carboidrato, pois isso vai permitir que ele tenha um melhor rendimento dentro do esporte dele.
A exemplo, eu sou paleoista (paleodieta), mas sou obrigado a consumir mais batata doce do que naturalmente precisaria pra poder fazer render meus treinos de levantamento olímpico. Caso contrário faltará energia no treino para geração de explosão. Eu costumo consumir a leucina logo ao final do treino. Pois não treino em jejum e levo cerca de meia hora depois do treino pra fazer uma refeição sólida.
A parte da fisiologia é possível fazer alterações metabólicas, mas aí entra o ponto chave de ser a dieta.
É importante salientar que a suplementação por si só não vai fazer milagre. Mesmo a leucina tendo atividade praticamente farmacológica, se não houver uma base que mantenha o organismo em homeostase, pouco da leucina será realmente utilizado para sinalização de via anabólica.
Eu passei o olho meio por cima pra mandar os artigos, porque estudei bastante disso durante o período da faculdade. Inclusive esse ano começo a dar palestras nessa área.
Minha intenção nunca fui parecer rude ou querer desmerecer alguém. Sou da área da saúde e costume ver muita informação equivocada sendo vinculada. Mas todo mundo quando entra na universidade acha que está no paraíso do conhecimento, eu também achava isso. Mas a verdade é que não é bem assim. Tanto que me prestei a te mostrar o site de periódicos da capes. No periódicos da capes é possível filtrar os artigos de todos os sites que o governo paga. Eu geralmente vou pelo pubmed que é da área médica e costuma ter mais estudos clínicos e pré clínicos.
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Cavernicola deu reputação a Victor Garcia em [Artigo Cientifico]Os Bcaas São Anti-Catabólicos
Obs¹: Creio que este artigo não seja direcionado para a maioria das pessoas deste fórum, mas ajudara muito a duvidas de pessoas novas sobre o BCAA, e o que eu mais gostei dele é que não foi financiado pela industria de suplementos, mas sim pelo Centro Nacional Sueco de Investigação de Desporto, da Escola Sueca de Desporto e Ciências da Saúde e do Karolinska Institutet.!
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Os atletas de musculação têm vindo a utilizar os BCAAs durante os seus treinos desde há décadas.
Acredita-se que os BCAAs inibem a degradação do tecido muscular, e parece que isso não é apenas uma ideia retirada da imaginação dos fabricantes de suplementos.
Cientistas de desporto do Laboratório de Astrand na Suécia estão prestes a publicar os resultados de um estudo que confirma isso no American Journal of Physiology – Endocrinology and Metabolism.
Tal como o próprio nome sugere, os BCAAs, ou aminoácidos de cadeia ramificada, são aminoácidos com uma cadeia lateral ramificada. A cadeia lateral faz o trabalho das enzimas nas células musculares, convertendo os aminoácidos em energia durante o esforço intenso, de forma mais fácil.
É por isso que durante uma sessão de treino intenso as células musculares convertem facilmente os BCAAs em energia, e é por isso que os atletas gostam de suplementos BCAAs.
Quanto mais BCAAs tiverem nos seus músculos, mais lentamente irão as células musculares degradar fibra muscular. O estímulo anabólico provocado pelo seu treino permanece o mesmo, mas sofre-se menos degradação muscular, de maneira que poderá desenvolver mais massa muscular.
Na verdade, a história não acaba aqui, já que os BCAAs também têm outros efeitos. A leucina é um estimulante anabólico para as células musculares, a leucina e a isoleucina estimulam a queima de gordura nas células musculares, e a isoleucina estimula a absorção de glicose pelas células musculares. Mas a ênfase neste novo estudo sueco é sobre o efeito anti-catabólico dos BCAAs.
Os investigadores realizaram uma experiência com sete voluntários saudáveis, que não faziam musculação de forma habitual. Os investigadores colocaram-nos a treinar pernas, mais especificamente a treinar na prensa de pernas. Depois de um aquecimento extensivo, eles fizeram 4 séries de 10 repetições a 89 por cento da sua 1RM, seguido por 4 séries de 15 repetições a 65 por cento da sua 1RM.
Os indivíduos do teste exercitaram uma perna, e descansaram a outra.
Numa ocasião, os indivíduos beberam uma bebida desportiva que não continha ingredientes activos; noutra ocasião foi-lhes administrada uma bebida que continha BCAAs.
Se quiser saber a composição exacta: os BCAAs eram constituídos por 45 por cento de leucina, 30 por cento de valina 30 e 25 por cento de isoleucina. Eles usaram produtos da marca Ajinomoto do Japão.
Os voluntários beberam um pouco antes, durante e logo após o seu treino, 150 ml da bebida desportiva, e depois mais 150 ml 15 e 45 minutos após o treino. No total, os indivíduos consumiram 900 ml da bebida desportiva. Eles consumiram 85 mg de BCAAs por kg de peso, o que equivale a 6,8 gramas de BCAAs. Não é uma dose extrema.
A suplementação aumentou a concentração de BCAAs nos músculos e sangue e ativou os clássicos sinalizadores moleculares nas células musculares, mTOR e p70S6K.
Até aqui nada de novo. A novidade é que os BCAAs reduziram a concentração da proteína catabólica MAFbx, e inibiu o aumento da catabólica MuRF-1 como resultado do treino. A MAFbx e MuRF-1 são ubiquitinas. Elas ligam-se às proteínas do músculo e, depois, atraem um destruidor molecular – a proteassoma – para as proteínas musculares que irão ser degradadas.
Os suecos concluíram:
Estas observações, juntamente com o aumento da fosforilação da p70S6K e atenuação da expressão da MAFbx e proteína total de MuRF-1 induzida pelos BCAAs, oferecem apoio adicional para a visão de que os BCAAs têm um efeito anabólico no músculo esquelético humano, um efeito que parece ser semelhante tanto nos músculos em repouso como nos músculos exercitados .
OBS:
Os investigadores não foram financiados pela indústria de suplementos, mas sim pelo Centro Nacional Sueco de Investigação de Desporto, da Escola Sueca de Desporto e Ciências da Saúde e do Karolinska Institutet.
Fontes: https://www.musculacao.net/os-bcaas-sao-anti-catabolicos/
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22127230