Mais um estudo contribuindo com as coisas que normalmente falamos no fórum: Maximal intended velocity training induces greater gains in bench press performance than deliberately slower half-velocity training
Vou fazer uma tradução bem resumida do Abstract:
Abstract
O propósito desse estudo foi comprar os efeitos nos ganhos de força de dois sistemas de treinamento resistido que apenas diferem na velocidade concêntrica: velocidade máxima (MaxV) e metade da velocidade máxima (HalfV). Vinte participantes foram colocados nos grupos MaxV (n = 9) e HalfV (n = 11) e colocados para treinar 3 vezes por semana durante 6 semanas utilizando o supino. A velocidade das repetições foi controlada utilizando um transdutor de velocidade linear. Um estudo complementar (n = 10) feito para analisar se o acúmulo metabólico (lactato sanguíneo e amônia) e a resposta mecânica (perda de velocidade) era diferente nos protocolos de treinamento. Ambos os grupos aumentaram a força comparando antes do estudo com o fim do estudo, mas o grupo MaxV apresentou ganhos de força significativamente maiores que o grupo HalfV em todas as variáveis analisadas: uma repetição máxima (1RM) (18,2 vs 9,7%), velocidade desenvolvida em todas as cargas (20,8 e 10,0%), com carga leve (11,5 vs 4,5%) e carga pesada (36,2 vs 17,3%). Cargas leves e pesadas foram identificadas como aquelas movendo-se mais rápido ou mais lento que 0,80 m·s-1 (~60% de 1RM no supino). Lactato tende a ser significantemente maior para MaxV vs HalfV, com nenhuma diferença observada para a amônia, que ficou dentro dos valores de controle. Ambos os grupos obtiveram as maiores melhorias nas velocidades de treinamento (≤0.80 m·s-1). A velocidade do movimento pode ser considerada um componente fundamental da intensidade no treino resistido, já que, para um dado percentual da 1RM, a velocidade que a carga irá se mover determina os efeitos do treinamento. Os ganhos de força no supino podem ser maximizados quandos as repetições forem feitas com velocidade máxima.
Comentários:
Ou seja, o grupo que usou velocidade máxima conseguiu uma melhora de 18,2% na 1RM em 6 semanas, enquanto o grupo que fez repetições cadenciadas melhorou apenas 9,7%. Vejam que o segundo grupo acaba tendo uma TUT (time under tension ou tempo com a carga) maior, mas mesmo assim aqueles que fizeram as repetições explosivas tiveram uma resposta melhor.
Antes que perguntem, os indivíduos do estudo tinham de 2 a 4 anos de treinamento 'recreacional' com pesos.
Outro detalhe é que nenhum dos grupos foi levado até a falha. Se ambos os grupos trabalhassem com, por exemplo, 70% de 1RM, o primeiro grupo conseguiria executar mais repetições. Não foi esse o caso, eles, tinham um número pré-determinado de repetições que garantia que ambos conseguissem chegar até ela.