Respondo com o Quisso:
Não necessariamente você deve 'grindar' em todas as séries durante o treino inteiro. E sim, tentar por mais peso na barra todo dia, apesar de saber que é uma coisa que não vai acontecer sempre. Mas eu não consigo pensar em um motivo em se fazer um agacho por exemplo com 100kg pra 2 repetições e parar por aí, quando eu poderia fazer 105kg pra 2.
Quando eu digo que você não treina 100% o tempo inteiro é algo mais ou menos nessa linha, de que você sai muito pouco da sua zona de conforto - e sua zona de conforto é ficar longe de grinding reps e de colocar peso extra na barra.
O que vai mudar é o objetivo final que se tem em mente e as ferramentas que se usam para atingir tal objetivo. Mas a maneira de se usar as ferramentas é a mesma - esse tal de BYTAG do Quisso.
Depende do seu conceito de pesos leves para o LPO. Mas pra mim isso é besteira. A natureza do arranco e do arremesso já é explosiva, você não vai conseguir fazer eles de maneira lenta por assim dizer. No mais é aquela história que eu venho falando: escolha uma faixa de reps - que no caso do LPO eu não gosto nada acima de 3 - e BUIYTG.
Críticas ao 5/3/1: Porcentagens e deload.
E sim, você necessariamente tem que agachar pra agachar melhor, supinar para supinar melhor, terrar para terrar melhor. O que eu percebo é que muita gente aqui meio que distorceu esse conceito de rotação de exercícios do WSB pra esse conceito que você acabou de dizer aí em cima. Agacho frente não é agacho? Agacho com aquela barra aranha não é agacho? Agacho com a safety bar não é agacho? agacho na caixa não é agacho? Supino no board não é supino? Terra do bloco não é terra? E de novo, também não vejo nenhuma vantagem extra em se ficar rotacionando exercícios dessa maneira, a não ser pela quebra da monotonia. Toda essa história de SNC que o Louie fala é besteira.
E a questão de assistência é aquilo que eu já falei... Você sempre vai ter um ponto fraco. E há a questão ainda de se pensar em 'pontos fracos' como sendo músculos fracos e não partes do movimento fracas. Não deixei de acreditar nas assistências, só diminui bem o seu campo de aplicabilidade nos meus treinos. Se é assistência é acessório, se é acessório não é necessário. E outra, depois de 3 horas e 30 minutos de treino, o que eu menos quero é ficar mais 15 minutos pra fazer TKEs.
O problema é que focando demais em ser generalista, você não vai ser bom em nenhuma especialidade. Mas focando em uma especialidade, você vai ter uma transferência para o geral. Ricardo Nort só treina com barras e deitou naquele evento de strongman. Os ginastas não treinam com barra, mas se você colocar eles pra fazer um supino eles irão se sair bem, e assim por diante. Mas se eles focassem em muitas coisas ao mesmo tempo no treino isso não iria acontecer (há controvérsias na doutrina?).
E sinceramente, quem liga se você consegue fazer 300mil burpes seguidas de flexões plantados em pé de bananeira, rebolando os glúteos seguidas de tiros pulando corda e não consegue agachar com a barra baixa 2BW?
Espero ter esclarecido alguns pontos.