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mah.carrara deu reputação a T. Wall em Heavy Duty – Uma Releitura Da Intensidade No Treinamento
Heavy Duty – Uma releitura da intensidade no treinamento
Prefácio
Saudações,
Sou conhecido como T. Wall dentro do Hipertrofia e, basicamente, atuo na área de Diários de Treinos. Possuo o meu diário nesta seção (endereço) e treino há aproximadamente três anos. Nos últimos tempos eu tenho estudado bastante sobre uma série de coisas e buscando compreender sistemas de treinamentos antigos, da época de ouro do fisiculturismo.
Hoje em dia, fala-se tanto na época “Oldschool”, entretanto poucos procuram compreender ou mesmo estudar a fundo os métodos de treinamento surgidos nesta época. Os corpos dos anos 70 à 90 até hoje são cultuados. Schwarzenegger, Zane, Ferringo, Mentzer, dentre outros. Tempos em que simetria, volume, alimentação e trabalho árduo eram extremamente valorizados.
Este é a primeira versão (conforme eu vá estudando e/ou me atualizando eu altero coisas aqui) desta releitura do Heavy Duty, o sistema de treinamento criado por Mike Mentzer e que até hoje gera polêmica. Aqui busco trazer fundamentos deste sistema de treinamento e adaptá-lo à realidade do nosso país e, também, contextualizá-lo numa abordagem mais atual.
Sumário
1. Mike Mentzer – O Criador
2. Heavy Duty – Fundamentos
3. A intensidade aplicada ao método
4. Recuperação e dieta
5. Etapas de Treinamento
5.1 Iniciante
5.2 Intermediário
5.3 Avançado
5.4 Super-Avançado
6. Principais técnicas utilizadas
7. Exemplos de rotinas
8. Considerações finais
1. Mike Mentzer – O Criador
Mike Mentzer começou a treinar aos doze (repito, DOZE) anos e passou a competir em concursos locais quando tinha dezoito anos. Sua primeira competição amadora foi em 1969. Em 1971, ele sofreu sua pior derrota, ficando em décimo lugar no AAU Mr. America, que foi ganho por Casey Viator. A competição foi importante para Mentzer, pois conheceu Viator, que o indicou o seu treinador Arthur Jones.
Para quem não sabe quem é Jones, segue trecho:
As ideias de Jones ajudaram a mover a noção do público do bodybuilding e do treinamento de força para longe da escola de treinamento de Arnold Schwarzenegger (método apadrinhado por Joe Weider), que envolvia horas na academia, para o treinamento da alta intensidade. Isto envolvia treinos breves, escolha de cargas suficientes para que se pudessem executar-se as séries até o fracasso muscular em boa forma e minimizando o impulso, que, de acordo com a ideologia do método, provoca o máximo crescimento muscular. (Wikipedia)
Simplificando: Arthur Jones foi um dos criadores do high-intensity training (HIT) aplicado ao levantamento com pesos. Você deve estar se perguntando: “Ué, mas o HIT não é um treinamento de aeróbico?”. A resposta é sim e não. O HIT é, na verdade, uma filosofia de treinamento onde a intensidade é o enfoque e não o volume do treinamento. Estudaremos isto mais a fundo depois.
Voltando ao Mentzer, após retirada de alguns anos, ele voltou às competições em 1975 no Mr. América, ficando em terceiro lugar atrás de Robby Robinson e Roger Callard. Mentzer ganhou essa competição no ano seguinte, em 1976. Em 1977 ganhou o North America Championships em Vancouver, o British Columbia, e competiu uma semana mais tarde no Mr. Universo, em Nîmes, França, ficando em segundo lugar, atrás de Kal Szkalak.
Em 1978, Mentzer ganhou o Mr. Universe em Acapulco, no México, com uma pontuação perfeita (algo inédito) de 300 pontos, o que o fez profissionalizar-se no esporte. No final de 1979, Mentzer venceu a categoria peso pesado do Mr. Olympia, outra vez 300 pontos, mas perdeu no geral para Frank Zane, que foi agraciado com o título pela terceira vez. Detalhe: Mentzer nesta época já tinha uma profunda desavença com os Weider que, por sinal, eram organizadores do Mr. Olympia. Motivo? Os Weiders defendiam o método clássico de treinamento com alto volume.
Em 1980, no Mr. Olympia, Mentzer ficou em quarto lugar (num empate com Boyer Coe) atrás de Arnold Schwarzenegger, Chris Dickerson e Frank Zane. Este resultado até hoje é muito contestado e polêmico. Arnold voltou a competir após anos afastados e, muitos dizem, que isto se devia ao verdadeiro burburinho causado por Mentzer e seu método de treinamento. Aposentou-se do fisiculturismo competitivo após o concurso, com 29 anos. Ele alegou que o concurso foi fraudado, até a sua morte, e nunca disse que achava que ele deveria ter ganhado, mas que Arnold não deveria, embora tivesse um relacionamento amigável com Schwarzenegger.
Mentzer está presente na enciclopédia de fisiculturismo de Arnold Schwarzenegger, na qual é colocado como um dos melhores posadores de todos os tempos, ao lado de Frank Zane.
2. Heavy Duty – Fundamentos
Em tradução livre, podemos compreender Heavy Duty como “Dever Pesado”.
Como já foi abordado no capítulo inicial, o treino criado por Mentzer é oriundo do HIT. Na realidade é uma abordagem a respeito do treino de alta intensidade. No seu livro Heavy Duty by Mike Mentzer, no capítulo II o autor traz o que chama de ‘uma abordagem racional’:
Muitos se iniciam no fisiculturismo com mais do que um simples desejo de desenvolver um corpo mais musculoso. Tomados pela sensação de que suas vidas são importantes, e uma grande realização é possível, eles aspiram conquistar os maiores títulos de fisiculturismo. Já que o que cada um pode conseguir no fim, em grande parte, é ditado pela sua programação genética, ninguém consegue antever o que conseguirá na sua carreira de fisiculturista ou quanto músculo conseguirá desenvolver. Uma coisa que você tem em comum com Dorian Yates, Lee Labrada e eu é que todos nós começamos infelizes com a nossa aparência e decidimos fazer algo a respeito. (MENTZER, Mike)
O ponto de partida da mudança corporal é o que ele chama de ‘paixão’. É aquela faísca íntima que nos move ao mundo da musculação. Muitas vezes a ‘paixão’ nasce sob o véu da ‘insatisfação’ [com o próprio corpo] ou mesmo da ‘decepção’ [amorosas, normalmente]. Não raro vemos casos de pessoas ou muito magras ou muito gordas que decidem entrar neste universo. E é então que somos apresentados ao racionalismo aplicado ao levantamento de peso:
A base para uma abordagem racional do fisiculturismo – ou qualquer outra área – é o reconhecimento de que apenas um conhecimento específico e apropriado pode leva-lo a agir da forma necessária para atingir seu objetivo. A razão da NASA ser tão espetacularmente bem sucedida em suas missões espaciais está enraizada no seu profundo conhecimento e entendimento dos princípios envolvidos nas viagens espaciais. Eles não “acham” ou “pensam que” sabem o que estão fazendo. Eles sabem, até o menor detalhe, precisamente o que é necessário. E quando cometem um erro, e isso acontece, eles sabem que tem as referências (realidade) e os meios (razão) necessários para corrigir o erro. (MENTZER, Mike)
A abordagem racional apontada aqui é um ponto fundamental para compreender os conceitos e fundamentos do Heavy Duty. A musculação, mundialmente falando, carrega consigo um teor híbrido de teoria e prática. Existe uma verdadeira briga entre as diferentes abordagens, métodos de treino, nutrição e outras coisas. De um lado, pessoas que se apegam às bases teóricas, estudos, artigos e, na outra ponta, os usuários comuns e atletas que são empiristas. São pessoas que aplicam em si mesmo os métodos e veem os resultados.
No Brasil, este empirismo é muito confundido com “achismo”. Infelizmente, toda pessoa que começa na musculação ao se deparar com pessoas maiores ou por “profissionais” são bombardeadas com informações dúbias, falsas. E isso só contribui para uma onda de ignorância que parece se alastrar não só pelo país, mas pelo próprio Hipertrofia.org que deveria ser um espaço de discussão qualificado.
Outra discussão pertinente que Mentzer aborda em seu capítulo dois é a sua grande crítica aos métodos de treinamento clássicos. Os treinamentos de alto volume. Aqui é preciso fazer uma distinção etimológica do que seria o “volume”. Volume, quando falando de musculação, são treinos longos com muitos exercícios para um mesmo grupo muscular (ou muitas séries) e isoladores. Ou seja, “volume” não tem nada a ver com cargas.
Não cometa o erro de se comparar com as outras pessoas. A única pessoa com a qual você pode se comparar com certeza é...VOCÊ! Você só crescerá quando se tornar mais forte e, se você se tornar mais forte de treino para treino, estará no caminho certo.
Como dito acima, fisiculturistas que não entendem que devem treinar a sua força, não sabem como direcionar seus esforços. Não sabendo como direcionar seus esforços, muitas vezes desperdiçam meses ou anos, durante os quais eles não veem nenhum ou quase nenhum resultado. É como se eles estivessem esperando um “ZAP!” saído do mundo místico de magos e desejos de onde um dia ele ganhará seus desejados músculos. (MENTZER, Mike)
Mentzer defende o treinamento de força, sobretudo para iniciantes. Seu método de treino intermediário envolve a rotina de HIT desenvolvida por Jones, a qual trataremos em momento oportuno. Desta forma, o autor trouxe a base de seu treinamento ou princípio que podemos elencar:
- Sistema árduo: alcançar o máximo de sua musculatura, falha extrema. Para isto, são utilizadas técnicas nas fases mais avançadas de treinamento.
- Sistema breve: treinamentos curtos, de baixo volume. Novamente, fazendo a distinção de “volume” acima explicado. Significa dizer no Heavy Duty são poucos exercícios e séries, mas isto não quer dizer que será menos desgastante.
- Sistema Infrequente: deve-se proporcionar treinamentos bem espaçados entre si, maximizando a recuperação do corpo. A recuperação é um ponto muito abordado por Mentzer.
- Sistema seguro: NUNCA, em hipótese alguma, o risco deve superar a necessidade de segurança em prol da produtividade. Significa dizer que o treinamento deve sempre buscar a execução perfeita e a cadência (velocidade) de cada repetição. Mentzer batia muito nesta tecla.
3. A intensidade aplicada ao método
Assim como há uma confusão etimológica com o termo “volume”, encontra-se o mesmo com o termo “intensidade”. Intensidade é o conceito fundamental do HIT e Heavy Duty.
Mentzer define “intensidade” como “porcentagem do esforço momentâneo requerido pra mover um peso”. Outro meio de definir intensidade seria como o grau de fatiga momentânea imposto em um músculo. Os proponentes do HIT ou Heavy Duty acreditam que a intensidade é o fator principal para a estimulação do crescimento, citando o princípio da sobrecarga. Tal princípio define que um músculo deve ser sobrecarregado com um trabalho além de sua capacidade normal para produzir crescimento.
Intensidade, portanto, não é simplesmente descansar pouco ou fazer exercícios conjugados (embora estas técnicas modifiquem este detalhe).
Um pergunta que me é feita constantemente é “Mike, se eu tentar o Heavy Duty, eu verei resultados em seis meses?”. Minha resposta é: “Você não precisa esperar seis meses, você verá resultados imediatamente – desde o primeiro treino”. Progresso deve ser significante e imediato, desde o momento em que você começar a usar a rotina e deve ser ininterrupto. Arthur Jones disse algo há alguns anos atrás de que esse progresso deve ser constante, desde o início dos treinos e o fisiculturista deve ser capaz de – usando um programa de treino correto, é obvio – atingir o seu grau máximo de desenvolvimento em dois anos. Não demora cinco anos, ou mais, para se desenvolver um físico musculoso. (MENTZER, Mike).
Parece loucura a princípio, não é? Ao menos não em condições normais. Não em condições “naturais”. Porém, segundo o autor, o treinamento de força e o princípio da sobrecarga garantem este crescimento e desenvolvimento muscular. Precedido, claro, do aumento de força. Por isto sua defesa por treinos de força. Se você observar todos os grandes fisiculturistas da história, sem exceção, e inclusive aqueles adeptos aos treinamentos clássicos de muito volume, todos realizam os chamados exercícios básicos, multiarticulares ou compostos. Exercícios como o Levantamento Terra, Agachamento Livre, Supino Reto, Desenvolvimento Militar. Por quê? Porque estes são exercícios fundamentalmente de força. E com o aumento de força, há o aumento de massa muscular em médio prazo.
Ao mesmo tempo em que você deve esperar um aumento de força com regularidade, nem todos podem esperar um aumento regular ou perceptível de massa. Para a maioria das pessoas, o aumento de força precede o aumento de tamanho. Em outras palavras, você ficará cada vez mais forte, por um período de tempo, sem que fique maior. Eu não quero desencorajar ninguém. É importante entender isso por questões de motivação. Conforme você cresce em termos de força, esse ganho de força eventualmente levará ao ganho de massa. O quanto de musculo você conseguira e quanto tempo isto levará, é algo definido pela genética. (MENTZER, Mike)
Observem o que o autor já preconizava em seus livros. O aumento de força, ou progressão de cargas, é a base do powerlifting, do stronglift, do fullbody, e uma série de treinamentos modernos. Mentzer já afirmava isto nos anos 80!
4. Recuperação e dieta
Outro ponto focal do sistema de treinamento Heavy Duty é quanto ao descanso, a recuperação. E quando falo descanso, não me refiro ao descanso entre as séries ou essas baboseiras. Ele fala do descanso corporal. Ao contrário do método clássico de treinamento, onde a maioria dos fisiculturistas passavam duas, três, quatro, cinco horas na academia, Mentzer foi um dos primeiros ao bater na tecla que o treino deve ser intenso e durar, no máximo, uma hora.
Novamente, isto não quer dizer que você tenha que “correr contra o tempo” para fechar seu treino. Não! Mas que ele não precisa durar (a fase de treinamento resistido com pesos) mais do que este tempo. O descanso apontado por Mentzer tem a ver com a infrequência dos treinamentos, do tempo elevado entre os ciclos. Segundo sua filosofia clássica, os grupos musculares devem ser espaçados de 3 a 6 dias de descanso. Ou seja, se você treinou Peito e Costas (exemplo) você só estaria “apto” a treiná-lo novamente a partir da quinta-feira. Dorian Yates, um de seus pupilos, em seus tempos áureos de Heavy Duty descansava uma semana inteira (7 dias) o seu treinamento de pernas.
"O treino, entendam, não produz crescimento muscular, mas serve simplesmente para estimular o mecanismo de crescimento do corpo. Quer dizer que o corpo é que produz crescimento, mas somente se deixado descansar por um período suficiente". (MENTZER, Mike)
Na filosofia Heavy Duty original, basicamente imagina-se que o treino deve estimular o músculo em quantidades suficientes e progressivas (sempre) para que ele possa posteriormente se desenvolver na recuperação, tanto com a síntese proteica, quanto com a supercompensação de glicogênio, entre outros princípios. Estimular o músculo demasiadamente, não trará um ambiente anabólico, nem na recuperação e, se quer no treinamento. Do contrário, trará um ambiente totalmente catabólico, o qual pode não possibilitar se quer a recuperação muscular.
Como todos os processos fisiológicos, normalmente, demoram a ocorrer, a síntese muscular não poderia estar à parte e, aliás, pode estar entre os processos fisiológicos mais demorados, pois segue vias como: A limitação do corpo; a necessidade de estímulos frequentes; a necessidade de manipulação da ingesta de alimentos; dos próprios quesitos bioquímicos relacionados as síntese proteica e de glicogênio; a necessidade de recuperação de aspectos neurológicos e psicológicos entre outros. (SENDON, Marcelo)
Mentzer acreditava piamente que o praticante da musculação não deveria dedicar todas suas horas diárias ao treinamento. Segundo sua filosofia, o tempo fora do ginásio deveria ser aproveitado para outras coisas como estudo, vida pessoal, etc.. Mas isso não quer dizer que deveria ser negligenciado. Como todos sabem (ou deveriam saber) musculação é um esporte que envolve outros aspectos, não apenas o treinamento.
Para uma boa recuperação, o descanso adequado e, sobretudo, uma dieta ajustada são fundamentais. Existem questões específicas de dieta no programa de treinamento de Mentzer, mas não vou me aprofundar muito nesta questões, pois esta releitura se atém ao método de treino.
5. Etapas de Treinamento
Mentzer acreditava que para um bodybuilder ganhar massa muscular por longos períodos seria necessário aumentar a intensidade do treino e não o seu volume. "Se o músculo não for levado ao seu limite sempre, ele irá estagnar em ganho de massa magra e força", dizia. Esse era o pensamento do Heavy Duty por isso ele fez a seguinte divisão entre os níveis de evolução do treinamento:
5.1 Iniciante
Para quem não pratica nenhum tipo de treinamento com pesos, iniciar uma atividade anaeróbica (como, por exemplo, aqueles treinos padrões passados por instrutores de academia) é um salto enorme em intensidade, isto falando de pessoas sedentárias. É por este motivo que quando você começa a treinar, constrói massa muscular tão rápido. Para continuar progredindo, um iniciante só precisa adicionar mais peso a barra ou diminuir o intervalo entre as séries. E tudo ocorre bem até que chega o dia em que o número da balança não sobe. Que a fita métrica vira sua inimiga número um. E seus amigos leigos começam a perguntar se você parou de "malhar" ou de "tomar bomba" (sendo que você nunca usou esteroides anabolizantes). Para Mentzer é a hora de realmente iniciar o treinamento do Heavy Duty.
5.2 Intermediário
Quando se passa pela fase iniciante, mais ou menos com um ano ou dois de treinamento sério, as pessoas chegam a um platô (estagnação). Neste ponto, buscam outros métodos de treinamento. Dentre eles, o Heavy Duty. Na fase intermediária, a intensidade é acrescentada com séries de pré-exaustão muscular, repetições forçadas e negativas. Por quê? Estas técnicas auxiliam para se obter o estágio de fadiga muscular momentânea, vulga "falha muscular". E isto é um dos princípios que norteiam do Heavy Duty.
Por exemplo, você faz uma série pré-exaustiva num exercício isolador (Peck Deck/Voador para peitoral, por exemplo) e, em seguida, (sem descanso) segue para uma série de supino reto até a falha muscular. As repetições negativas e outras técnicas entram para se alcançar o "além da falha positiva" e são usadas ocasionalmente e não em todo o treino. Quando se percebe que não é possível mais aumentar o peso e entrou em novo platô é quando sinaliza a chega ao nível avançado de treinamento.
5.3 Avançado
Neste nível, Mentzer percebeu que seu treino já estava tão intenso e sua força tão grande que o máximo esforço aplicado ao exercício provocavam um acúmulo de ácido lático e deficit de oxigênio praticamente instantâneo. Reações fortes o suficiente para interromper o exercício mesmo antes dele atingir a falha muscular, por conta da limitação cardiovascular. A questão de como ir além disto fez ele desenvolver um recurso novo.
Para tanto, a técnica chamada rest-pause foi utilizada por Mentzer no Heavy Duty. Porém, com uma abordagem completamente nova. Para tanto, ele utilizava o peso capaz de realizar apenas uma repetição máxima (RM), descansava por 10 segundos (tempo necessário para dissipação do ácido lático e reporte de oxigênio às céludas) e voltava a fazer mais uma repetição máxima, repetindo o processo de descanso. Faria isto três vezes, até fazer mais uma RM com a ajuda de um parceiro de treino (ou com 20% a menos de carga) e 15 segundo de descanso, até realizar quantas repetições fossem necessárias até se alcançar a falha positiva.
Como cálcular a sua Repetição Máxima? (Créditos do cálculo: Debew)
Existe um cálculo para se encontrar o seu grau de repetição máxima. É importante, antes de iniciar no Heavy Duty tirar uma semana para fazer treinamentos e tirar estas marcas, pois serão importantes na fase avançada.
Este cálculo, obviamente não é 100% exato, mas dá uma ótima base para a realização deste tipo de treinamento avançado.
5.4 Super-Avançado
O último degrau da escada Heavy Duty foi chamado por Mentzer de "Infitonic Training". Esse método de alta intensidade só pode ser realizado com ajuda de um personal ou parceiro de treino, devido a muitos fatores, principalmente para que você seja auxiliado no aumento de tensão na fase negativa do exercício. Basicamente a técnica Infitonic consiste em começar o exercício pela fase positiva subindo o peso o mais lento possível. Em seguida, uma breve pausa ao final da fase positiva (até 5 segundos). Agora vem a parte destruidora. Lentamente comece a baixar o peso (fase negativa do exercício), porém com seu parceiro forçando o peso para baixo e você lutando para baixar o mais lentamente possível. Descanse por 15 segundo e inicie uma nova repetição.
Mike ainda desenvolveu mais uma técnica que ele mesmo veio a dizer ser o nível mais alto do Heavy Duty. Ele chamou de "Omni-Contraction Training", em tradução livre seria "Todos em contração". Existem três tipos de contração muscular, quando você levanta o peso (positiva), quando você abaixa o peso (negativa) e quando você segura o peso (estática).
Nesta técnica, Mentzer impõe o treino com esforço máximo que as fibras musculares poderiam aguentar. Consiste em dar tudo o que você tem na fase positiva do exercício, seguido de uma fase negativa extremamente lenta e concentrada. Durante a fase negativa você para o peso e literalmente tenta ergue-lo novamente por três vezes (o que é praticamente impossível, considerando que estamos próximos de sua RM). Essas 3 pausas são deitas em três pontos diferentes da fase negativa. Uma logo que começar a baixar o peso, a segunda bem no meio da descida e a terceira na parte inferior da negativa. Cada pausa deve ter cerca de três segundos.
6. Principais técnicas utilizadas
O Heavy Duty, a fim de visar o máximo do trabalho muscular, utiliza de algumas técnicas a qual comumente são utilizadas na maioria das academias, mas infelizmente de maneira inadequada ou dentro de planejamentos os quais não são tão interessantes.
Entre as principais técnicas do Heavy Duty, podemos destacar:
Pré-exaustão: Trata-se da realização de exercícios isolados para um músculo antes dos compostos. Isso faz com que as fibras musculares alvo sejam trabalhadas e entrem em uma pré-exaustão antes dos músculos auxiliares e/ou estabilizadores dos movimentos compostos, os quais normalmente entram em fadiga antes do alvo. Por exemplo, executa-se o peck-deck antes do supino inclinado no Smith, executa-se o Pullover antes do Lat Pulldown e assim por diante.
Negativas e repetições forçadas: Visando o trabalho excêntrico da musculatura, o indivíduo quando não conseguir executar mais repetições, deve, com o auxílio de um parceiro, manter a fase apenas excêntrica do movimento, controlando o peso, enquanto o outro realiza ou auxilia na realização da fase concêntrica.
Repetições forçadas serão realizadas valorizando ambas as fases do movimento, deixando para que o atleta em realização do exercício, force ao máximo na fase concêntrica do movimento e que faça a excêntrica totalmente sozinho.
Manuais: Pouco utilizadas, essa técnica valoriza a fase excêntrica do movimento. Após a chegada à falha concêntrica, o indivíduo, com auxílio de um parceiro, deve ter a força resistida pelo mesmo. Por exemplo, imaginemos a rosca direta após a falha na subida da barra, o parceiro auxiliará na fase CONCÊNTRICA e dificultará a excêntrica, forçando a barra para baixo, enquanto o atleta que está executando o movimento resiste contra o peso.
Contrações estáticas: Também podendo ser chamada de isometria, essa técnica pode ser utilizada tanto a início de um exercício quanto ao final. Caso seja no começo, normalmente é usada como pré-exaustão. Porém, quando utilizada ao final, visa-se a máxima fadiga. Ela é obtida através da contração máxima e permanência da mesma até que não se consiga mais superar o peso em questão.
Pré-alongamento: O pré-alongamento visa uma pré-exaustão na miofibrila muscular antes do treinamento. Entretanto, alguns atletas e autores condenam essa prática pelo alto risco de lesão e por possíveis quedas de performance antes do exercício.
Superslow: Se há realmente uma técnica a qual seja utilizada largamente nesse sistema, essa é a Superslow. Técnica essa que valoriza as repetições em níveis extremamente lentos de movimentação. Normalmente, Mentzer utilizava de 10 segundos para a fase concêntrica e 5-10 segundos na fase excêntrica, a depender da utilização de máquinas ou pesos livres. Desta forma, Mentzer preconizava, dentro desse protocolo, cerca de 4-8 repetições na série.
A técnica em questão necessita de uma atenção extra: Mentzer dizia que trabalhos que ultrapassassem 70 segundos na continuidade, poderiam se tornar aeróbios, enquanto trabalho menores de 45 segundos eram ineficazes e submáximos. O resultado é que você terá de adaptar uma carga X tempo de execução das repetições X tempo médio de 50-60 segundos na realização da série para então obter os máximos benefícios.
Logicamente, séries com repetições forçadas seguem outros parâmetros, não necessitando estreitamente desta lógica.
7. Exemplos de rotinas
Como ficou claro, o sistema Heavy Duty é muito mais do que um simples método de treinamento. Há toda uma filosofia por trás que o norteia. Estas rotinas abaixo são apenas exemplos, mas é preciso compreender, sobretudo, a ideia de intensidade aplicada ao treino e as técnicas utilizadas para atingir este objetivo.
Rotina #1
Esta é a rotina Heavy padrão. Se regulada corretamente as seções de treinamento e os descansos, funcionará para a maioria das pessoas por até 6-9 meses. Quando o descanso de 6-7 dias não mais produzir resultados significativos, mude para a rotina de consolidação. Essa rotina deve ser usada somente se o individuo tiver uma pobre habilidade de recuperação e não tiver ganhado com a rotina padrão.
Rotina consolidada
Esta rotina severamente reduzida foi modificada recentemente por Mentzer. Ele acredita que é a única no livro que leva as pessoas ao overtraining. Inicialmente, descanse por 5 dias, e depois aumente conforme a evolução. Essa é a rotina que deve ser usada até se atingir os limites genéticos do individuo.
8. Considerações finais
Antes de tudo, espero que tenham gostado. Este não foi um mero trabalho de tradução ou apenas copiar e colar. Passei aproximadamente cinco dias estudando a fundo o Heavy Duty, lendo artigos e livros do próprio Mentzer até conseguir compreender seu método de treinamento.
Infelizmente, nós no Brasil (e boa parte do mundo) somos “domesticados” no método clássico de treinamento de volume. Por forte influência das empresas e pessoas por traz desse grande negócio chamado “mundo fitness”. Entretanto, olhar para o passado é importante. E esta foi a grande lição que tirei ao estudar o Mike Mentzer e seu Heavy Duty.
Espero que todos tenham gostado deste artigo, ele foi escrito com muito carinho e dedicação, justamente para produzir conteúdo de qualidade e contextualizado à nossa realidade. Uma pena que não tive como aprofundar em questões importantes, como o excesso de treinamento, dietas fracas, uso de suplementos. Mas isto fugiria do tema de estudo. Preferi me ater ao básico. Creio que vou transformar este artigo num e-book e distribuí-lo em breve aqui.
Se você gostou deste conteúdo, não deixe de dar o seu “curtir” e ajudar na divulgação deste treinamento clássico e, por vezes, esquecido.
Um abraço,
T. Wall.
Bibliografia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mike_Mentzer https://www.musclemass.com.br/heavy-duty/ https://www.hipertrofia.org/forum/topic/360-hevy-duty-by-mike-mentzer-capitulo-2/ https://dicasdemusculacao.org/heavy-duty-sistema-de-treinamento-criado-por-mike-mentzer/ https://www.hipertrofia.org/blog/2007/05/17/sistema-heavy-duty/ https://www.youtube.com/watch?v=VUfWMxvdid0&list=UUOOLLUHhjJ-I6dXTQ-5cq5g https://www.youtube.com/watch?v=Sft37E_SFrE https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxmaWxvc29maWFoaXR8Z3g6NGY0NjU1MzFjNjc5Yjg0OA (PS: Se algum moderador passar aqui, move para seção de artigos de treino).
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mah.carrara deu reputação a R.U.M. em Use Barras Grossas - Benefícios Do Treino Com Thick Bar
Traduzido e adaptado do T-Nation - https://tnation.t-nation.com/free_online_forum/sports_body_training_performance_bodybuilding/the_benefits_of_thick_bar_training
Os Benefícios do Treinamento com Barras Grossas
Tem havido uma redescoberta do treinamento com barras grossas: um estilo de treinamento que os Strongmen dos tempos antigos conheciam e utilizavam com grande efeito, mas que foi quase esquecido nos tempos modernos. Se você não está familiarizado, são simples barras/halters com um diâmetro superior ao da barra comum – cujo diâmentro é de mais ou menos 1 polegada. Uma fat bar pode ter entre 2 e 3 polegadas, e para quem não está acostumado, pode parecer um eixo de caminhão. Já pensou em supinar um poste telefônico? Um powerlifter experiente uma vez disse que era como pegar pesos pela primeira vez de novo. Muitos relatam uma experiência parecida.
Os strongmen dos tempos antigos costumavam ter barras assim em seu equipamento ou improvisavam algo de que podiam aproveitar nos ferros-velhos. Alguns feitos de força famosos o são especificamente pela espessura de seus punhos: como os Wheels of Apollon e o Halter de Thomas Inch.
Hoje em dia o treino com barras grossas é relativamente desconhecido entre o público fitness mas é bem usado por militares e atletas de elite – e cada vez mais pessoas, incluindo bodybuilders, graças á redescoberta das barras grossas por grandes treinadores de força, entre eles Joe DeFranco, Charles Poliquin, Dave Tate e Brooks Kubik – autor do lendário Dinosaur Training.
Como Esta Bagaça Funciona?
É compreensível o ceticismo ante uma mudança aparentemente tão simples. Mas há vários grandes motivos para as fat bars funcionarem tão bem:
1) Irradiação e maiores contrações musculares;
Pegadas grossas estimulam muito mais a ativação muscular nas mãos e antebraços, e em todo o superior do corpo. Quando se contrai um músculo fortemente, os músculos ao redor dele também se contraem. Para obter uma contração máxima do bíceps, você precisa contrair sues antebraços também (tente tirar medidas do biceps contraído com as mãos relaxadas...).
Esta é a chamada irradiação. O que ocorre é o que os impulsos nervosos dos músculos ao redor podem amplificar o efeito deste músculo. Como barras grossas fazem suas mãos e antebraços trabalharem mais, as contrações nos outros músculos também são maiores – bíceps, tríceps, e até ombros e tronco são muito mais estimulados. Maior ativação muscular = mais músculo e mais força.
2) Pontos fracos e inibição neural eliminados
O corpo é altamente sofisticado. Possui mecanismos protetores que minimizam o risco de desbalanceamentos e lesões, que podem segurar o desenvolvimento da força e tamanho de alguns músculos caso detecte que há outros músculos por perto que são muito fracos. Isto é conhecido como inibição neural.
Essa é uma razão pelo qual powerlifters trabalham pesado para construir costas poderosas – para melhorar o supino. Eles fazem isto porque sabem que o corpo precisa de equilíbrio e estabilidade. Parece contra intuitivo num primeiro momento, mas treinar seus “puxadores” vai melhorar seus “empurradores”.
Barras grossas fazem suas mãos, dedos e antebraços muito mais fortes, o que permite ao seu corpo deixar de bloquear os ganhos de força/tamanho no seu tronco e braços.
3) Treino em todos ângulos
Treinar com barras grossas automaticamente treina suas mãos, dedos e antebraços em todos os ângulos. Se você está supinando, a barra grossa vai treinar suas mãos e antebraços de uma maneira diferente de fazer barras fixas.
A barra grossa replica a função natural da mão humana – levantando objetos estranhos e pesados. Humanos evoluíram para usar suas mãos ao subir em árvores, rochas, carregar troncos e animais, e uma pegada gorda é uma excelente maneira de replicar isto.
4) Treino de grip vira um adendo
Treinar a pegada, mãos e antebraços torna-se apenas um adendo. Vários atletas fazem algumas extensões de punho e exercícios específicos, mas com barras grossas, você está treinando sua pegada e antebraços o tempo todo, tornando exercícios extras desnecessários.
5) Concentração
Por serem mais difícies de segurar, você precisa se concentrar muito mais para levantar pesos. Alguns até creditam este fator sozinho como o principal no desenvolvimento da força.
Comparada com uma barra olímpica, uma barra com 2 ou 3 polegadas parece um tronco. Você não pode confiar puramente no estilo, forma, tempo ou técnica para completar um levantamento – vai precisar de força pura.
6) Menos estresse nas juntas, menos lesões e desbalanços
A barra grossa acaba retirando o estresse das juntas e joga nos músculos, o que é muito vantajoso.
Acredita-se que o efeito surge porque uma vez que o peso está disposto em uma porção maior da mão, acaba sendo mais distribuído pelo braço inteiro – como a diferença entre tênis e altos altos. Como resultado, atletas que deixaram de lado alguns movimentos de “empurrar” por conta de lesões, puderam voltar a treiná-los sem dor.
A barra grossa também altera a biomecânica do levantamento de forma que quando você a segura, os extensores e flexores do antebraço trabalham em quantidades similares. Com barras normais, os flexores fazem quase todo o trabalho, o que pode levar a desbalanços, inibição neural, lesões, platôs e tendinite.
Como Usar Barras Grossas Para Melhorar Resultados
Simples: use-as para tudo. Barras, halteres e até suportes para barras-fixas grossos para todos os exercícios – supino, militar, barra-fixa, remadas, levantamento terra, roscas, extensões do tríceps.
É comum ter de reduzir pesos pela primeira vez (até significativamente), o que mostra as fraquezas que muitos de nós nunca percebemos. Mas em pouco tempo as cargas sobem e superam os máximos antigos.
Tome cuidado extra quando começar a incorporar trabalho com barras grossas – baixe as cargas, atenção no controle da barra. Em pouco tempo os antebraços começam a acompanhar o ritmo. É comum sentir dores nas mãos e braços nos primeiros dias (eu mesmo mal conseguia fechar os dedos médio e anelar de dor por uns dias).
Onde Encontro?
Esse é o único contratempo com barras grossas. Raramente são encontradas nas academias porque são muito caras – para não falar em jogos de halteres grossos. Temos duas opções:
1 – Comprar um adaptador para pegada (Fat Gripz, Grip4orce, Manus Grip, Iron Bull Grip) ou montar um caseiro. A vantagem é você poder usá-los como bem entender e são portáteis;
2 – Comprar alguns rolos de fita e passar numa barra comum até deixa-la num diâmetro adequado, entre 2~3 polegadas. Brooks Kubik até recomenda esse método no Dinosaur Training.
Aqui tem mais sobre como improvisar uma barra grossa/adaptador grosso (inglês).
Conclusão
Barras grossas desenvolvem níveis de músculo e força que não podem ser duplicados com equipamento padrão. Não é incomum até levantadores experientes terem ganhos significativos de músculo GERAIS só por usarem barras grossas. Compre/faça uma ou um adaptador e fique monstro.
Minha experiência pessoal (eu R.U.M.)
Comprei um par de Fat Gripz e tenho usado por um mês. Já percebo uma melhoria notória na minha grip e hipertrofia do antebraço. Fazer roscas, barra-fixa e farmer’s walk nessa bagaça é monstruoso. Fiquei com os antebraços doendo uns quatro dias, e a pegada frouxa por uma semana.
Não paguei barato – no total deu pouco menos de duzentos reais (importação e taxação... ainda peguei o dólar quando tava em 2,45), mas ainda assim recomendo fortemente. Só deixar de comprar uma merdinha como dois potes de qualquer suplemento/AE da moda.
Sem contar que o adaptador vai durar provavelmente por anos, não vejo esse negócio rasgando ou abrindo.
Comentem a bagaça, quem fez os improvisos, quem usa regularmente, vamo ae marombada.
Um abraço.
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mah.carrara deu reputação a Everard des Barres em Programa Smolov Jr.
Boa tarde,
Estava lendo esse programa e resolvi traduzi-lo, acho que muita gente aqui já deve ter ouvido falar do Smolov tradicional de 13 semanas, esse é um programa do mesmo autor, porém com apenas 3 semanas.
No final o autor diz que seria normal um aumento de aproximadamente 13 a 26+ kg na sua RM, oque é extraordinário para 6 semanas , ainda mais para um lifter avançado. Além disso é um programa de compreenção muito fácil.
Caso não entendam a tabela, acessem o link original, ele coloca uma tabela mais organizada, que está em lbs.
Futuramente pretendo testa-lo
Aproveitem!
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Programa Smolov Jr
Smolov Jr. E uma versão reduzida do Protocolo de agachamento Smolov. Ele também e muito usado para Supino. Para muito de vocês, esse programa de 4 dias por semana irá incluir muitos dos sets mais difíceis que vocês já tentaram. Entre tanto, se você testa-lo e adicionar peso inteligentemente, você deverá fazer grandes progressos em seus levantamentos. Essa pagina irá detalhar o protocolo Smolov Jr.
Visão geral do programa
Smolov Jr. e um programa de 4 dias por semana que se extende por um período de 3 semanas. Cada semana o mesmo esquema de repetições e repetido.
Dias Sets / Reps
Dia 1 (Segunda) 6 / 6
Dia 2 (Quarta) 7 / 5
Dia 3 (Sexta) 8 / 4
Dia 4 (Sábado) 10 / 3
Os pesos usados em cada dia são baseados na sua 1RM de acordo com a tabela abaixo. Cada semana, dependendo de como a última semana foi, você deverá adicionar peso, de acordo com a tabela abaixo.
Semana 1 -
Dia 1 - 6 x 6 @ 70%
Dia 2 - 7 x 5 @ 75%
Dia 3 - 8 x 4 @ 80%
Dia 4 - 10 x 3 @ 85%
Semana 2 -
Dia 1 - 6 x 6 @ 70% + 5 a 10lbs
Dia 2 - 7 x 5 @ 75% + 5 a 10lbs
Dia 3 - 8 x 4 @ 80% + 5 a 10lbs
Dia 4 - 10 x 3 @ 85% + 5 a 10lbs
*1lb = aprox. 500g
Semana 3 -
Dia 1 - 6 x 6 @ 70% + 10 a 20lbs
Dia 2 - 7 x 5 @ 75% + 10 a 20lbs
Dia 3 - 8 x 4 @ 80% + 10 a 20lbs
Dia 4 - 10 x 3 @ 85% + 10 a 20lbs
Não precisa quebrar sua calculadora, nós temos uma que irá automaticamente calcular as cargas baseadas em sua 1RM. A quantidade de peso adicionada por semana e subjetivo. Se você falhou nos sets ou está tão dolorido que está gingando por toda semana, deixe os pesos de lado. O mesmo para a semana seguinte. Se os levantamentos estão super fáceis adicione 10lb na 1 semana e outros 10 na 2 semana.
Exercícios Auxiliares
Normalmente é recomendado evitar-se fazer o trabalho de assistência surante um ciclo de Smolov Jr. Novamente, apenas com o aumento de pesos entre as semanas, você pode dizer como seu corpo irá responder, e fazer o julgamento. Treinar exclusivamente com Agachamentos e/ou Supino fará você ter um longo caminho. Se você decidir em fazer exercícios auxiliares, mantenha-os curtos.
Resultados
O bom em agachar ou supinar 4 dias por semana e que você pode ficar muito bom neles. Faça seu melhor focando na técnica durante seu ciclo de Smolov e isso trará amiores resultados. Não é incomum para alguém que fez 2 ciclos de Smolov (com intervalo de 1 semana entre eles) ver 30 a 60+ lbs a mais em seu agachamento. Esse será um trabalho duro, com certeza, mas terá um belo resultado no final.
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Calculadora Smolov Jr.: https://www.smolovjr.com/smolov-jr-calculator/
Texto original: https://www.smolovjr.com/smolov-squat-program/
Tradução: Davi Herrmann
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mah.carrara deu reputação a Aless em Então Você Acha Que Sabe Deadliftar
O próximo exercício é para o abdômen. Você não pode ignorar eles, deve treiná-los, frequentemente. Eles vão proteger as suas costas e auxiliar a continuar levantando cargas por um período maior de tempo.
0:38 - O que eu vou fazer é mostrar para ele reverse glute ham raise, que é um dos meus exercício preferidos, usando halteres de 50 a 100 libras, dependendo da sua força. Ele também não deixa apenas o abdômen mais forte mas também fortalece os flexores do quadril, que é muito importante. Quem já lesionou ele sabe o quanto é dolorido e o quanto isso vai te limitar.
0:59 - Esse tipo de trabalho pode evitar esses problemas, e ele vai mostrar algumas repetições.
1:27 - Sendo iniciante, intermediário ou avançado, é interessante trabalhar na faixa de 300 a 500 repetições por semana, e não é uma coincidência que caras que fazem isso tendem a ter muito menos problemas de lombar, é usado para aqueles que treinam raw ou equipados, e esse tipo de estratégia me ajudou muito.
2:10 - Garanta que você está treinando abdômen da forma mais 'pesada' possível e dê tanta atenção quanto aos outros músculos.
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mah.carrara deu reputação a Aless em Então Você Acha Que Sabe Deadliftar
Vamos para o próximo?
0:26 - Nós mostramos o levantamento terra convencional como exercício, a sumô como assistencial, nós mostramos o good morning, e agora vamos mostrar uma variação chamada straight leg deadlift (levantamento terra com pernas esticadas/retas). Você pode usar uma barra reta, halteres, ou o que você preferir.
0:41 - Eu gosto de usar essa máquina porque os cabos tendem a ativar os músculos de uma forma diferente e me colocar em uma posição diferente. Eu posso fazer com diferentes aberturas da perna, mas se o foco é ativação dos glúteos, que é o que está faltando nele, então eu trago os pés bem juntos e tento focar em manter as pernas o mais retas o possível e jogar a cabeça para cima e tentar utilizar o máximo ou perto de 100% dos glúteos para o movimento.
1:06 - Obviamente a lombar vai ser ativada também. Mas esse exercício é excelente para ativação dos glúteos, e ele vai mostrar 5 repetições.
1:23 - A primeira coisa que vamos focar é manter a curvatura da lombar e puxar pelos ísquios.
1:34 - Nós estamos tentando focar aqui, empurrar o quadril para a frente.
1:49 - Quando usar cargas pesadas, é melhor fazer com pegada pronada nas duas mãos. 75% do meu treino eu prefiro fazer com esse tipo de pegada, e quando eu não consigo mais eu inverto a pegada. A razão é que a maioria dos levantadores tem problemas de pegada, mas se você sempre pegar as coisas com essa pegada você vai ajudar no fortalecimento e a pegada não vai ser um problema em uma competição ou treino.
2:12 - Eu também não recomendo nenhum tipo de straps ou coisa do tipo. Se as suas mãos não conseguem segurar a carga, o seu corpo não está pronto para levantar aquela carga.
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mah.carrara deu reputação a Aless em Então Você Acha Que Sabe Deadliftar
Nós olhamos o levantamento terra convencional, e então o sumô, e agora falos falar os acessórios. O primeiro deles vai ser o good morning. Quando usávamos isso bastante para os dias de ME, começamos a nos dar conta que esse é um exercício melhor com mais repetições, então eu gosto de manter as repetições pelo menos acima de 6, mas também gosto de séries de 45 segundos, então se vocês querem experimentar alguma coisa nova, excelente.
0:57 - A primeira coisa com o levantamento terra, especialmente sendo o ponto fraco dele, você deve tentar manter as costas arqueadas (para o lado 'bom', é claro) o máximo possível, então não vai ser uma coisa apenas de ir para frente, eu quero que ele acentue o arco e mantenha manter a lombar arqueada pela maior quantidade de tempo que conseguir, e isso vai fazer 2 coisas.
1:14 - Vai ensinar ele a manter os músculos na região da lombar firmes e fortes e segundo vai aumentar a flexibilidade dos isquiotibiais o que vai melhorar a posição inicial no levantamento terra permitindo que ele esteja em uma posição mecanicamente mais favorável.
1:27 - Tendo dito isso, vamos fazer um good morning e ele vai descer o quanto conseguir mantendo o arco da lombar de forma apropriada.
1:44 - Ele vai ficar com a mesma posição dos pés e vai tentar arquear as costas o máximo possível e arquear a cabeça o máximo possível. Bom, e agora vamos tentar manter os joelhos o mais reto possível para manter trabalhando os músculos que nós precisamos que são da região da lombar e flexibilidade dos ísquios.
2:27 - Então o que nós estamos mostrando é um good morning específico para as fraquezas dele. E segundo, se você estiver fazendo esse exercício de forma correta, você deve 'sentir' ele nos ísquios por volta de 80% da tensão total. Se a lombar fatigar, a sua técnica não estava perfeita. A técnica perfeita vai colocar a tensão diretamente na parte de trás dos joelhos e isquiotibiais. É nessa região que ele precisa de mais flexibilidade e é por isso que a lombar vai ficar em segundo plano em relação ao trabalho os ísquios. Vamos fazer esse exercício em 3 séries de 45 segundos, aumentando a carga para um valor que 45 segundos seja o máximo que se possa fazer.
3:05 - Lembre-se que com trabalho assistencial você vai estar 60-70% do tempo tentando desenvolver massa magra funcional. Então fazer singles com esse tipo de exercício não vai ser sempre benéfico. Você vai conseguir mais benefícios através do volume, e vamos colocar uma carga que ele consiga 6 a 7 repetições ou 45 segundos (10, 12 ou 15 repetições) e construir massa magra funcional.
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mah.carrara deu reputação a Aless em Box Squatting - Louie Simmons
Box Squatting (agachamento na caixa)
Por: Louie Simmons
Agachamento na caixa é a forma mais efetiva de produzir um agachamento de primeira. Isto é, na minha opinião, a forma mais segura de agachar porque você não usa tanto peso quanto você normalmente usaria em um agachamento tradicional.
Deixe-me dizer primeiro que, não, você não vai machucar a sua espinha, você não usa 500Kg em uma caixa de 25 polegadas de altura, você não cai na caixa, você não apenas encosta e levanta, e não há nenhuma necessidade de fazer agachamentos tradicionais antes de uma competição. Você não usa bandas nos joelhos ou straps.
Fazendo séries de 2 repetições e pelo menos 8 séries com períodos de descanso curtos, você vai conseguir um carry over (transferência) de mais ou menos 90Kg para o agachamento normal. Dois dos nossos levantadores terminaram um ciclo antes de uma competição com 8 séries de 2 repetições de 505 libras (230Kg) em uma caixa levemente abaixo do paralelo, e ambos agacharam com 700 libras (318Kg) para conseguir um PR (personal record). Ambos melhoraram muito.
Há muitas vantagens em agachar na caixa. Uma das mais importantes é a recuperação. Você pode treinar mais regularmente agachando na caixa do que com agachamentos normais. O pessoal original do Westside (Culver City, CA) faziam isso três vezes por semana, o que eu acho ser um pouco extremo, mas eles solidificaram esse tipo de treinamento. Nós usamos ele para o nosso treino das sextas e às vezes nas segundas para construir força no quadril e lombar para o levantamento terra. O time de basquete de Utah (Utah Jazz) ele utiliza ele pela mesma razão: recuperação. Greg Shepherd, o treinador local, é um ex-membro da academia de Culver City.
A segunda razão é igualmente importante. É normalmente dito e aceito que você deve manter as canelas perpendiculars com o chão quando estiver agachando. Com o agachamento na caixa, você pode passar desse ponto (isso é, uma linha imaginária dos tornozelos até os joelhos e apontando para o corpo), o que coloca todo o estresse nos principais músculos do agachamento – quadril, glúteos, lombar e isquios. Isso é uma vantage gigantesca.
Terceiro, você não precisa perguntar para ninguém se está paralelo. Quando você estabelecer uma altura abaixo do paralelo, todos os seus agachamentos vão ser assim – abaixo do paralelo. Eu já vi isso diversas vezes: quando as cargas aumentam, os agachamentos ficam mais altos. Isso não acontece com a caixa.
Se o seu quadril é fraco, use uma caixa abaixo do paralelo com as pernas bem abertas. Se você precisa de força na lombar, use uma abertura menor, abaixo do paralelo. Se os seus quadríceps são fracos, trabalhe com uma caixa na altura do paralelo. Se você tem um ponto fraco (sticking point) 5 cm acima do paralelo, como é comum, então trabalhe com uma caixa 5 cm acima do paralelo. Todos os nossos atletas experientes usam caixas abaixo do paralelo. Isso aumenta tanto a força na saída da parte mais profunda do agachamento que não há alturas limitantes (sticking point).
Como um bônus, o agachamento na caixa vai ajudar no levantamento terra também já que ele trabalha quadril e lombar. A sua habilidade de explodir do chão vai aumentar consideravelmente. Um dos nossos levantadores, Jerry Obradovich, aumentou 50 libras (23Kg) no seu levantamento terra em três meses apenas fazendo agachamentos na caixa naquele período, indo de 672 libras (305Kg) para 722 libras (328Kg) no torneio APF Junior Nationals de 1994.
Agora, como que você agacha em uma caixa? Eles são feitos da forma normal. Encha o seu abdomen com ar, empurre o seu cinto. Empurre os joelhos para fora o mais longe possível para os lados com uma lombar levemente arqueada, agache para trás, não para baixo, até você chegar na caixa. Todos os músculos são mantidos tensionados enquanto estiver na caixa, com exceção dos flexores do quadril. Liberando e contraindo os flexores do quadril e arqueando as costas, você vai pular da caixa, construindo uma força de saída tremenda. Lembre-se de sentar para trás e para baixo, não apenas para baixo. Os isquios vão estar sendo fortalecidos ao máximo, o que é essencial. Muitos não sabem disso, mas os isquios são extensores do quadril. Atletas com grandes marcas no agachamento têm quadriceps grandes, outros não, mas todos eles têm ísquios grandes onde eles se ligam com os glúteos. Lembre-se de sentar na caixa completamente e flexionar para sair.
Agora, como saber o quanto você consegue agachar se você faz apenas agachamentos na caixa todo o tempo? Bem, vamos dizer que você agache com 600 libras (272Kg) em uma competição e então decidiu usar agachamento na caixa. Vamos dizer que você consiga agachar com 550 libras (250Kg) em uma caixa à paralela, isso significa 50 libras de carry-over (transferência). Agora você está apenas treinando com agachamentos na caixa em um ciclo de 4 a 6 semanas. Você alcança 575 libras (261Kg), um aumento de 25 libras (11Kg). Isso vai ser transferido para o seu melhor agachamento de 600 libras. Então você pode esperar conseguir 625 libras (284Kg) na próxima competição.
Eu recomendo que você treine com 65-82% da sua melhor marca para a mesma altura na caixa. Troque a altura da caixa a cada 3-4 semanas. Não baseie a altura do treinamento no seu recorde para o agachamento normal! Agachamentos na caixa são muito mais difíceis que os normais! Faça 8-12 séries de 2 repetições com 1 minuto de descanso. Isso é um treino difícil! Na semana que você alcançar 82%, reduza para 6 séries. Não treine com mais de 82%. Você pode testar o máximo (PR) depois de treinar com 82%. Se você vai para uma competição, use a carga 2 semanas antes. Na semana antes da competição use 70% para 6-8 séries.
Esse tipo de agachamento é difícil, mas cada repetição não deveria ser difícil. Não fique empolgado para fazer as suas series. Nós descobrimos que 2 repetições é o ideal porque qualquer repetição a mais pode causar tendinite bicipital e se você fizer 12 séries, você está fazendo 12 ‘primeiras repetições’. Afinal, a primeira repetição é a mais importante. Esta vai fazer o seu agachamento de competição muito melhor. Nossos levantadores mais talentosos vão fazer o melhor na primeira repetição e então se cansar na segunda repetição, enquanto aqueles que têm menos experiência vão fazer o melhor na segunda repetição porque eles usam a primeira repetição como ferramenta (para mostrar ao corpo onde está a caixa). Quando eles ficam mais experientes, a primeira repetição passa a ser a melhor.
Eu sei que agachamento na caixa não é comum, principalmente porque ninguém sabe como fazer. Depois de ler isso e olhar o meu video agachando você vai entender todos os benefícios. Muitos grandes levantadores têm feito isso, incluindo Marv Phillips, Larry Kidney, Roger Estep, Matt Dimel, e é claro George Fern, que agachou com 853 libras (387Kg) em 1970. Se agachamentos na caixa não funcionassem, nós não o usaríamos. Nós temos 20 levantadores que agacham mais de 700 libras (318Kg) em um campeonato.
Nota: ‘campeonato’ seria o mesmo que ‘meet’, que eu acho que eles se encontram para mostrar os resultados. Alguém que conhece bem o esquema WSB pode me corrigir.
Apenas um vídeo que eu peguei da EliteFTS
Original: link
Tradução: Aless
Revisão: mpcosta82
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mah.carrara deu reputação em [Treino Funcional] Pegada
Fala pessoal
Achei um artigo bem bacana no blog do betão
https://blogdotitiobe...o-parte-ii.html
Vou postar aqui, pode servir para alguns foristas.
ATENÇÃO: O YOUTUBE é seu amigo
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A dupla mãos/antebraços são componentes fortíssimos em uma competição. Não adianta ter força nos ombros, trapézio e não conseguir realizar o Farmer Walk porque a mão “abriu e o peso caiu”. Bíceps potentes de nada valerão se suas mãos não forem fortes o suficiente para segurar uma pedra de mais de 100kg. O atleta pode ter força nas pernas para puxar um ônibus mas se suas mãos não tiverem uma pegada extremamente forte, a corda que deveria servir de apoio só irá servir de enfeite. Dessa forma, fica claro que os extensores e os flexores do antebraço devem estar extremamente fortalecidos. Além desses, os músculos do polegar também devem estar aptos a receber essa pressão, o músculo oponente do polegar, o flexor curto do polegar, assim como os músculos interósseos palmares. Nessa primeira parte sobre STRONGMAN TRAINING veremos a metodologia utilizada em treinos de antebraço e sua rotina.
Antebraços. Quando você está de camiseta (ou uma camisa de manga curta), são eles que aparecem mostrando a diferença entre uma pessoa que treina e outra que não treina. Do ponto de vista de desempenho, os antebraços demonstram garra e poder. Eles literalmente fazem a diferença para um jogador de beisebol, um jogador de tênis, para um lutador marcial ou um powerlifter. Em muitos esportes, um aperto “freaky” pode lhe dar uma vantagem definitiva. E no WSM (World´s Strongest Man) não é diferente. Mas existem alguns tipos de “pegada” e “aperto” que se diferenciam uns dos outros e essa diferença é importantíssima para o competidor e para o desenvolvimento do treino específico de antebraços. Para entender melhor, vamos exemplificar os diferentes tipos de força de preensão.
1) Crushing Grip : Apertar um COC (Captain of Crush), uma pinça , ou a mão de alguém quando você o cumprimenta, exemplifica este tipo de força de preensão.
2) Pinch Grip : O melhor exemplo desse tipo de aperto é segurar duas anilhas juntas, e comprimí-las fortemente para que se possa retirá-las do chão. Isso exige força nos músculos do polegar.
3) Supportive Grip : É a pegada de apoio. Um exemplo é o Farmer Walk
4) Wrist Strength : Exercícios como rosca punho e suas variações (rotações de punho, por exemplo) em que o pulso é manobrado por diferentes intervalos de movimento, caracterizam o que pode ser chamado de “força de pulso” ou “força de punho”.
Gostaria de salientar que os tipos de força de preensão são bastante distintas. Talvez esse seja o ponto mais importante no que diz respeito à formação de séries e exercícios para se obter uma pegada extremamente forte. Um competidor pode sobressair-se em fechar um COC, mas pode ter um fraco desempenho em exercícios como Farmer Walk, onde força de aperto e de apoio são necessários.
Outra observação importante é que o diâmetro da barra influencia diretamente a força que nela será aplicada. O aumento do diâmetro da barra , força a mão a estar mais aberta, o que desloca a ênfase da pegada para o polegar. Ou seja, os competidores têm que treinar, e muito, de forma diversificada.
Agora que estabelecemos os diferentes tipos de força de preensão , aqui estão outros pontos que devem ser analisados e que influenciam o progresso do competidor:
1) Variar o ângulo do cotovelo. A força que se deve aplicar para levantar o peso varia, dependendo do grau de flexão do cotovelo, e normalmente é mais elevada em cerca de 90 graus. Devido a esta variabilidade, os atletas treinam com vários graus de flexão do cotovelo, incluindo exercícios em que o cotovelo é ativamente flexionado e extendido, enquanto seguram algum tipo de implemento, imitando a prova que realizarão no WSM.
2) Treinar um braço de cada vez. Levantadores normalmente têm uma mão com um aperto significativamente mais fraca que a outra. Os atletas de força, são tão fortes quanto seu elo mais fraco, por isso, faz sentido concentrar tanto esforço quanto possível no sentido de diminuir essa diferença. Muitos dos exercícios são executados um braço de cada vez, por esta razão.
3) Variedade. Por estarem sempre ativos, as mãos e antebraços se adaptam a um estímulo mais rápido do que outras partes do corpo. Alterando os exercícios (ou mesmo o ângulo do mesmo exercício) a cada 2-4 semanas irá garantir o progresso consistente. O mais importante, é que usando vários apertos e exercícios, evita-se lesões por esforço repetitivo (LER).
4) Manter as mãos sempre saudáveis. Dar mais atenção para essa parte do braço vai certamente dar-lhe um par de mãos poderosas, mas não tendo o cuidado adequado poderá deixá-lo incapaz de treinar. Há várias artmanhas utilizadas para garantir que as mãos se mantenham saudáveis. Mas existem 3 principais :
*Gelo — O gelo pode ser um grande aliado, de incontestável benefício (além de barato) como método de recuperação. Colocar as mãos em um balde de água gelada após o treinamento leva apenas um segundo e pode ajudar muito a longo prazo.
*Cuidado com os calos — É preciso explicar quais complicações os calos podem ocasionar para o atleta de STRONGMAN ? TODAS ! Como realizar as provas com um senhor calo ? Impossível … Alguns atletas usam a famosa pedra-pomes para eliminá-los e não perder um pedaço de pele durante a competição ou treinamento. Especialmente importante, cuidar dos calos pode ser a diferença entre ganhar ou perder.
*Recuperação ativa ou através de movimentos — Esta é outra ótima maneira de certificar-se que as mãos estarão sempre saudáveis : através do movimento. Colocando as mãos num balde cheio de areia fina, o atleta realiza movimentos de pegar e soltar a areia, esfregando-a na palma da mão. Feito um a dois dias depois de um treino de antebraço, esta é uma outra opção simples, mas de valor inestimável.
Os Exercícios – Treino de antebraços
Chegou a tão esperada hora. COMO TREINAR ????? O QUE TREINAR ??? Atletas procuram tanto a hipertrofia do antebraço, como força de aperto adicional. Geralmente dividindo os exercícios em que predominantemente usa-se o pulso / antebraço e aqueles que são baseados principalmente em força de preensão. A seguir, estão listados os principais exercícios que são realizados em academias e fora delas, além de exercícios “low tech” específicos e, no final do artigo, a tão destruidora rotina para antebraços.
Rosca pulso/punho : sentado em um banco, braços em 90° em relação ao antebraço (durante todo movimento), cotovelo apoiado no banco, assim como a região posterior dos antebraços , punhos fora do banco com as palmas das mãos voltadas para cima. Executar flexão e extensão do punho. A barra deve “escorregar” até as pontas dos dedos, abrindo-se a mão para tal. Apenas para entendermos a terminologia usada : flexão e extensão são movimentos angulares, ou seja, neles ocorre uma diminuição ou um aumento do ângulo existente entre o segmento que se desloca e aquele que permanece fixo. Quando ocorre a diminuição do ângulo diz-se que há flexão; quando ocorre o aumento, realizou-se a extensão.
Rosca punho inversa : Mesma posição e execução da rosca punho, no entanto a palma da mão, voltada para baixo
Rosca inversa : em pé, braços ao longo do corpo. A pegada na barra deve ter a mesma largura dos ombros e as palmas da mão devem estar voltadas para o corpo. Executar flexão e extensão do antebraço. Certifique-se de que você está mantendo os punhos retos o tempo todo.
Rotação de Punhos : sentado, região lateral do antebraço apoiada e punho para fora do banco, executa-se uma rotação de antebraço com a movimentação de pronação e supinação. (Pronação é o termo usado para rotação interna do antebraço. Rotação externa, também chamada de rotação para fora ou lateral é na direção oposta e é orientada para a superfície posterior de corpo, que caracteriza a Supinação). Rotação é o movimento em que o segmento gira em torno de um eixo longitudinal (vertical).
Adução e abdução de punhos : Sentado, antebraço apoiado no banco formando um ângulo de 90° com o braço, executar abdução de punho. Para a execução correta deste exercício, o ideal é possuir um halter montado em apenas um lado com anilhas. Outras variações podem ser feitas com barras maiores, dificultando a realização do exercício. (a grosso modo, adução é “aproximar” e abdução é “afastar”).
Encolhimento ou flexão de dedos : este exercício deve ser realizado na vertical (em pé), com os braços estendidos e um pouco a frente do corpo. Segura-se uma barra pela ponta dos dedos, sem que o polegar participe da pegada, e executa-se flexão e extensão dos dedos. A palma da mão fica voltada para o corpo.
Grip Machine : Executar flexão e extensão de dedos em aparelho específico. Só vi essa máquina uma vez na vida e o pessoal a chamava de “alicate”. Ficava num canto sombrio da academia, onde havia dezenas de anilhas e pesos enormes. Quase ninguém freqüentava aquela parte da academia ... só uns caras enormes ... e estranhos ...
Apoio de Dedos : É um exercício de isotensão, onde não há movimento. O atleta deve imitar o movimento realizado por um garçon, como se fosse carregar uma bandeja, dedos semi-flexionados na altura dos ombros. Uma anilha é utilizada no lugar da bandeja. Cronometra-se o tempo de realização do exercício. Uma variação muito utilizada, inclusive por lutadores, é executar uma flexão de braço no solo com as pontas dos dedos, sem encostar a palma das mãos no chão. À medida que o exercício vai se tornando fácil, retira-se um dedo de apoio.
Towel chins : uma maneira muito simples para treinar a aderência, é usar uma toalha enquanto realiza barra fixa. Basta jogar duas toalhas sobre uma barra e realizar o movimento. Variações podem ser feitas com uma mão só.
Sand Bag Catch : Utiliza-se um pequeno saco de areia do tamanho que se possa agarrar com uma mão. Pode ser bolas de chumbo, ou uma combinação de ambos. O atleta vai soltá-lo e pegá-lo no ar, ou alternando as mãos ou recapturá-lo com a mesma mão.
Farmer Walk : carregar dois halteres, um em cada mão. Esse exercício já foi explicado inúmeras vezes.
Pinch Grip com anilhas : Basta colocar duas (ou três) anilhas enfileiradas e segurá-las, tirando-as do chão e carregando-as em um exercício semelhante ao Farmer Walk. A pegada deverá ser forte o suficiente para que as anilhas não caiam no chão. Pode ser feito dinamicamente (andando) ou de maneira estática (isotensão, cronometrando-se o tempo)
Captain of Crush (COC) : Fechar o implemento e segurá-lo, realizando assim uma força isométrica.
Brick Pinching : funciona tão bem quanto o pinch grip. Basta pegar um tijolo entre os dedos e o polegar, descansar o braço do lado da cintura e rotacionar a mão em todas as direções.
Medicine Ball Grip : Outra maneira de se treinar a força de preensão é usar bolas de medicina parcialmente infladas. Quanto mais inflada a bola, maior e mais forte é a aderência necessária para segurá-la. Cronometra-se o tempo da pegada.
Towel Grip Dumbbell Curls : Uma toalha é enrolada em volta de um halter, e segura-se nas duas extremidades da toalha, para trabalhar a força isométrica.
Static Barbell Hold : Esse movimento aumenta a força de pegada. É um exercício muito simples que consiste em levantar uma barra e segurá-la por um tempo determinado. Usa-se uma toalha enrolada na barra para adicionar diferentes graus de estímulo. A toalha vai enfatizar mais a força do tipo pinch grip.
Wrist Rollers : Uma barra anexada a uma corda ao meio e amarrada em um peso na outra extremidade. Role o peso para cima e para baixo. Competidores aumentam o desafio, com alças mais grossas e variam a aderência em diferentes ângulos. Em algumas academias, existe uma máquina específica, geralmente, chamada de rolamento de punho.
Lever lifts : variação da adução/abdução de braços, é realizado com um objeto razoavelmente longo, geralmente uma barra, onde o atleta realiza um movimento de alavanca para cima e para baixo. Quanto mais longe estiver o peso da mão, mais difícil será o movimento.
Towel Twists : Torcer uma toalha grossa com ambas as mãos tanto quanto possível. Mantém-se por alguns segundos e repete-se na outra direção. Molhar a toalha irá aumentar a resistência para a torção.
Tearing Through Newspaper : atletas rasgam folhas de jornais, adicionando folhas para dificultar a ação e continuar progredindo. Também usam listas telefônicas (Ah ! isso você já viu em programas de calouros !!! E o tio Betão sabe fazer, hein)
Rubber Band Training : Coloque as pontas dos dedos dentro de uma faixa de borracha e estique-a o máximo possível. Mantenha o alongamento. Para aumentar a intensidade do exercício, aumente o número de faixas de borracha ou o número de voltas no elástico.
The Fist Squeeze : Segue o mesmo princípio do treinamento isométrico, segundo o qual a força de seu próprio corpo gera estresse sobre uma área de segmentação. Punho cerrado, com os dedos contra a palma da mão e aperte firmemente. Uma grande pressão é exercida nas pontas dos dedos e, com o tempo, esta área deve ficar muito mais forte.
Rope Hang : Realizado com uma grossa corda sobre uma viga de suporte ou algo semelhante. Segura-se a corda com as mãos e realiza-se a puxada (subida) ou simplesmente segura-se a corda enquanto se cronometra o tempo. Este exercício é ótimo para o fortalecimento do músculo do polegar.
Existem outras engenhocas como o Eagle Catcher (utiliza a resistência da mola opondo-se à mão), Eagle Loops e Finger Boards mas são menos utilizados por atletas e mais utilizados por pessoas que gostam de esportes de força.
O Programa de Treinamento
Tenha em mente que este é um programa-exemplo, pois existem, como vimos acima, inúmeros exercícios a disposição dos atletas de força. Mas o que irei descrever a seguir foi e ainda é utilizado por diversos competidores do WSM. O programa é dividido em dois treinos por semana, e geralmente é feito após o treino de alguma parte superior do corpo. Deve ser um treino intenso e de qualidade. O Dia 1 será composto de exercícios que enfatizam o punho e antebraço. O Dia 2 vai se concentrar mais no aperto (ou “pegada”). O programa abaixo é de 9 semanas.
VIDE LINK, A TABELA NÃO SAI AQUI
Lembrete importante : os atletas costumam variar o diâmetro das barras para fortalecer ainda mais a pegada.
Então aí está: o caminho das pedras para os antebraços maiores, mais fortes e aptos para competir no WSM. No próximo artigo da série, mostrarei como se separam os homens dos meninos : treino de pernas !!!!! See you
Betão Marcatto
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mah.carrara deu reputação a goFran em 10 Desculpas Esfarrapadas Para Vender Whey
ARTIGO - 10 desculpas esfarrapadas para vender Whey
Whey Protein é o suplemento mais conhecido entre ospraticantes de musculação e um dos mais vendidos no mundo, qualquer frequentadorde academia já ouviu falar desse produto. Muitos acreditam que se trata de umpó mágico capaz de alavancar ganhos até para os mais hardgainers. As indústriasde suplementos, famosas por exagerar no marketing de seus produtos, foram umadas principais responsáveis por criar essa fama de que a proteína do soro deleite é de alguma forma, superior as demais. Quantos adolescentes já não foramlevados por maliciosos vendedores de suplementos a acreditar que essa era a soluçãopara sua magreza? Você foi um deles? Montamos uma lista com 10 desculpasesfarrapadas usadas por vendedores e indústrias de suplementos para teconvencer a comprar Whey. Não seja enganado novamente!
#1 - Whey Protein tem valor biológico superior às outras proteínas.
A grande verdade sobre o valor biológico é que ele étotalmente irrelevante para quem consome grandes quantidades de proteínasdiariamente (2g/kg ou mais). Se você for um refugiado uruguaio que mora em umacomunidade carente e consome 30g de proteína por dia, é até importante queestas 30g sejam de alto VB. Nesse caso o valor biológico faz diferença. Porém,se você for um marombeiro que consome facilmente 150-200g de proteína por diavocê já está no limite da retenção protéica, aumentar o valor biológico nãofará diferença alguma, pois como dito, você já está no limite. Existem atébodybuilders vegans que conseguem excelentes resultados consumindo apenasproteínas de fontes vegetais. Se você garante seus 2g ou 3g de proteína por kgde peso corporal, não é necessário se importar com valor biológico de nenhumaproteína.
#2 - Whey Protein é uma proteína de rápida absorção.
Shake pós-treino só é algo urgentemente necessário para quemtreina em jejum ou semi-jejum. Se você faz uma refeição pré-treino, você jágarante aminoácidos durante todo o período intra e pós-treino. O fato de o Wheyser de rápida absorção não faz qualquer diferença na prática, já que diversosestudos comparam o uso de 30g de Whey x 30g de Caseína x 30g de proteína sólidae todos tiveram a exatamente a mesma resposta na síntese protéica. Não temporque achar que só porque ela é absorvida mais rápida, significa maismúsculos.Exemplo prático: Se você quer encher um copo com 200ml de água,faz diferença se você coloca de 20ml em 20ml ou 200ml de uma vez só, no final ocopo não está com 200ml do mesmo jeito? A velocidade mais rápida fez o copoficar mais cheio? Da mesma forma que 200ml de água sempre serão 200ml de águaindependente da velocidade que se coloca no copo, 30g de proteína sempre serão30g de proteína independente da velocidade absorvida.
#3 - Whey Protein tem maior quantidade de BCAA que as outras proteínas.
Qualquer proteína completa tem pelo menos 15-20% de BCAA. Umadieta hiperprotéica comum tem 30-40g só de BCAA. Você acha que os 5,5g a maisque o Whey Optimum possui irão fazer qualquer diferença na prática? Comparadoao resto da dieta, essa quantidade chega a ser insignificante.
#4 - Whey Protein possui maior quantidade de glutamina que as outras proteínas.
Mesmo caso do item anterior. Adicionar 4g de glutamina em umadieta hiperprotéica é adicionar uma gota d’agua em uma piscina.
#5 - Whey Protein eleva a síntese protéica, é anti-catabólico e ajuda na recuperação muscular.
Assim como toda e qualquer proteína. Próximo!
#6 - Whey Protein causa pico de insulina, portanto é anabólico.
Se o seu interesse é apenas na insulina, faça uma refeiçãopré-treino que sua insulina ficará elevada durante todo o treino e por váriashoras após o mesmo.
#7 - Whey Protein é antioxidante.
Se o seu interesse é apenas na ação antioxidante, use um bommultivitamínico.
#8 - Whey Isolado é melhor do que Whey Concentrado.
Mito. Para quem é intolerante/sensível a lactose pode até serinteressante apenas pela ausência desse carboidrato específico. Já que emalguns pode causar desconforto, diarréias, flatulências, e acne. Para todo orestante da população, Whey Protein Isolado tem exatamente os mesmos efeitosque o Concentrado. Com a desvantagem que durante o processo de filtragem sãoperdidos muitos nutrientes importantes. Outro ponto negativo é que quanto maisrápida a velocidade de absorção da proteína, mais chances ela tem de ser oxidada(usada como energia) já que os receptores dos peptídeos são ocupados com maiorrapidez.
#9 - Whey Hidrolisado é melhor que Whey Isolado.
Usar quantidades maiores do que 30g de Whey Hidrolisado deuma única vez é o mesmo que rasgar dinheiro. Nosso intestino tem quantidadeslimitadas de receptores de aminoácidos e peptídeos (os monômeros das proteínas).Quando se coloca na corrente sanguínea, grandes quantidades de proteína hidrolisada,todos os receptores são ocupados de uma vez só. E os aminoácidos que nãoconseguem encontrar um receptor vazio para serem absorvidos, são usados comosubstrato para a gliconeogênese (transformados em energia). Uma proteína sólidaou de lenta digestão não corre esse risco, pois os aminoácidos são liberados namesma velocidade que são absorvidos, e não ocupam todos os receptores de umavez (não há “fila” para usar os receptores, pois sempre tem um vazio). Quantomais rápida a absorção da proteína, mais receptores são usados de uma vez só, emais chances ela tem de ser oxidada.
#10 - Whey é uma proteína limpa de gorduras, colesterol e açúcares.
Outro grande mito que surgiu nos anos 70 e que até hojeassusta os menos informados é que gordura é o vilão da alimentação e deve sereliminado a todo custo. Gorduras possuem uma enorme lista de benefícios para ocorpo humano, inclusive as saturadas que foram injustamente acusadas de seremcausadoras de problemas cardíacos. Muitos estudos comparam 300kcal de leitedesnatado com 300kcal de leite integral e mostram que a resposta anabólicadesse último é superior ao primeiro. Colesterol tem importantes funções noprocesso de hipertrofia, é usado como carregador de testosterona, precursor de vitaminaD3, regulador da membrana plasmática. Açúcar pode até ser um problema paradiabéticos, mas pra quem tem hábitos de vida saudáveis e pratica musculação eleé útil como fonte de calorias e estimulador de insulina.
Afinal, existe vantagem em usar Whey Protein?
Sim, existe. Os vendedores de suplementos conseguem usar de suacriatividade e listar 300 “vantagens” para te convencer a comprar seus produtos.Infelizmente apenas 1% delas são verdadeiras e estão citadas a seguir:
#1 - Whey Protein émais prático que uma proteína sólida.
Uma das reais vantagens de usar uma proteína em pó é apraticidade. Basta misturar com leite/água e que já está pronto. Rápido e sembagunça.
#2 - Whey Protein émais fácil de ser ingerido.Para os ectomorfos que não conseguem comer o suficiente, ouso de proteína em pó pode ser interessante. Já que é mais fácil consumir200kcal de um shake líquido do que de carne.Conclusão Talvez você esteja se perguntando: Devo tirar o Whey Protein da minha alimentação? A resposta é NÃO. Você não deve eliminar o Whey simplesmente porque remover 30g de qualquer fonte protéica (e conseqüentemente 120 kcal) da dieta não faz nada além de atrasar seu crescimento. O grande ponto desse artigo é mostrar que o Whey Protein tem exatamente o mesmo potencial anabólico que 30g de proteína de carne ou 30g de proteína de ovo. Retirar qualquer uma destas da dieta não traz benefício algum. Entretanto você está completamente livre para trocá-las entre si. Em vez de tomar um scoop de Whey de R$259,00, apenas adicione duas ou três porções de frango ao seu jantar.Não substitua qualquer parte de sua dieta por suplementos, em vez disso, apenas adicione-os a sua dieta original. Não cometa o mesmo erro de muitos iniciantes em pensarem que estarão crescendo mais porque trocaram 30g de carne por 30g de Whey. Você cresceria mais se tomasse os 60g juntos.
#3 - Uso de proteínas hidrolisadas intra-treino:
Muitos praticantes de musculação notam uma significativa melhora na recuperação muscular quando usam uma pequena dosagem (15 a 20g) de proteínas hidrolisadas ou BCAAs ao longo do treino. O que permite treinar o mesmo músculo várias vezes na semana.
REFERÊNCIAS
Lyle McDonald - The Protein Book
Brad Pilon - How Much Protein
https://www.ncbi.nlm....pubmed/10658002
https://www.ncbi.nlm....pubmed/15570142
https://ajpendo.physi...1/E231.abstract
https://www.bodyrecom...rch-review.html
https://www.bodyrecom...e-recovery.html
https://www.bodyrecom...troduction.html
https://www.bodyrecom...estion-pt1.html
https://www.bodyrecom...ion-part-2.htmlhttps://www.bodyrecom...ion-part-3.html
Artigo feito por: https://www.orkut.com...263334210120929
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mah.carrara recebeu reputação de Gledsonvip em [Avaliem] -Ajuda- Treino Para Ectomorfo Iniciante
Cara, só encaixa paralelas no lugar de um dos dois de triceps, levantamento terra e/ou pull-ups no treino de costas e stiff legged deadlift (stiff) no treino de pernas no lugar da flexora porque geralmente flexora ferra com o joelho. Também muda ombro para o dia 1
Concordo com o Bruno N., 3x na semanha vira mais um 5x5 ou FB3x. Abraços