Seja em tratamentos de reposição hormonal (TRT) ou para propósitos estéticos (uso recreativo), muitas pessoas ficam em dúvida a respeito de quanto tempo demora para a Durateston fazer efeito — em outras palavras, quanto tempo leva para os efeitos do uso de testosterona exógena se tornarem visíveis.
Em geral, a Durateston começa a fazer efeito entre 2 a 4 semanas após o início do uso. Mesmo sendo composta por 4 formas diferentes de testosterona, e uma delas sendo de rápida absorção, mudanças perceptíveis levam tempo. Hormônios são apenas os mensageiros e não os responsáveis diretos pelos efeitos esperados.
Neste texto, você entenderá melhor essa questão e por que os efeitos esperados do uso de testosterona costumam demorar mais do que a maioria das pessoas imagina.
O que é Durateston?
Durateston é o nome comercial de uma combinação injetável de testosterona, misturando quatro tipos diferentes do hormônio:
– 30 mg de propionato de testosterona
– 60 mg de fenilpropionato de testosterona
– 60 mg de isocaproato de testosterona
– 100 mg de decanoato de testosterona
Totalizando 250 mg de testosterona por ml.
Propionato, fenilpropionato, isocaproato e decanoato, como vimos acima, são ésteres que, em termos simples, funcionam como um sistema de proteção que controla a velocidade de liberação do hormônio.
Em termos simples (bem simples!), você pode imaginar o éster como se fosse um remédio em forma de cápsula de liberação controlada.
Quanto maior e mais complexa a “cápsula” (o éster), mais tempo o corpo leva para quebrá-la e absorver a testosterona ativa.
Por isso, existem ésteres que agem rápido, como o propionato, e outros que demoram muito mais, como o decanoato.
Ao misturar quatro ésteres, a Durateston fornece testosterona em diferentes velocidades, da mais lenta a mais rápida, com o intuito de proporcionar os seus efeitos o quanto antes e mantê-los por mais tempo, diminuindo a necessidade de injeções frequentes (ao menos quando usada para fins terapêuticos).
Quanto tempo demora para a Durateston fazer efeito?
Mesmo possuindo um éster de absorção rápida, como o propionato, que é capaz de elevar a testosterona em menos de 2 dias, os efeitos esperados da Durateston ainda levarão semanas para surgir.
Os efeitos psicológicos, como aumento de bem-estar, confiança e libido, geralmente aparecem mais rápido e podem surgir já na segunda semana de uso.
Já os efeitos no aumento de massa muscular e força, ou seja, mudanças físicas, tendem a demorar mais e ainda dependem de outras variáveis, como alimentação, treino, descanso, estresse, recuperação, genética etc.
Considerando alguém que treina, faz dieta e tem uma genética minimamente boa para responder aos hormônios anabólicos, as primeiras alterações corporais começam a ser notadas de verdade a partir da quarta semana e continuarão a aumentar até a 10ª-12ª semana, considerando que a dose inicial não foi alterada durante todo o tempo de uso.
Para entender por que a testosterona “demora” para trazer os efeitos esperados, é essencial entender como ela age. Para isso, continue lendo.
Como a Durateston age no organismo?
A Durateston, ao ser injetada, introduz testosterona exógena (vinda de fora) no corpo e, como todo hormônio, atua como um mensageiro químico que circula pelo sangue até chegar ao seu destino, trazendo instruções específicas para o organismo fazer (ou deixar de fazer) algo.
No caso da testosterona, os destinos e as instruções são variados, já que o hormônio tem influência em inúmeros processos do organismo, que vão desde gerar características masculinas, controlar libido, humor e crescimento muscular (só para citar alguns).
Mas, pelo bem da simplicidade, vamos imaginar que estamos falando apenas do anabolismo muscular (ganhar massa muscular).
Quando a testosterona chega até as células dos músculos, ela traz várias instruções para que as células musculares priorizem a construção muscular.
No entanto, como vimos, a testosterona é apenas o mensageiro.
Os resultados esperados com o uso da testosterona – da Durateston, no caso – ainda dependem do quanto o corpo está apto a executar essas ordens.
Em outras palavras, mesmo com testosterona alta, o ganho de massa muscular ainda depende de outros processos para ocorrer, que podem acontecer ao seu tempo e dependendo de outras variáveis, como alimentação, treino, descanso e por ai vai.
Referências
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- BHASIN, S. et al. The effects of supraphysiologic doses of testosterone on muscle size and strength in normal men. The New England Journal of Medicine, v. 335, n. 1, p. 1–7, 1996. Disponível em: https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJM199607043350101?url_ver=Z39.88-2003. Acesso em: 30 abr. 2025.