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Grasy Rastafada

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Histórico de Reputação

  1. Gostei
    Grasy Rastafada recebeu reputação de Broly75 em Que Luta Vocês Praticam?   
    "Descalço eu fico livre
    Meu pique é bem melhor
    Respeito eu sempre tive
    De covarde eu tenho dó"
    Prazer, o meu nome é Muay Thai

    "Se me acerta eu dou o troco
    Sorte que a luva diminui
    A potência do meu soco"
    Prazer, meu nome é Boxe

    "Tamo junto, tamo junto
    Só não vale brigar na rua
    Nem pensar que é o Van Damme
    Vem, vem, briga de homem é no tatame"

    To começando...
  2. Gostei
    Grasy Rastafada deu reputação a Xaxim em Quem É A Atleta?   
    Andrea Giacomi
  3. Gostei
    Grasy Rastafada deu reputação em Diário Da Grasy   
    De nada Grasy ! Jesus nos ensina a amar o outro como a nós mesmo , então dar um incentivo não faz mal , muito pelo contrario , faz com que as pessoas olhem para sí e vejam que são capazes . Abraços !
  4. Gostei
    Grasy Rastafada deu reputação a gpresott em Métodos E Sistemas De Treinamento [Com Vídeo Explicativo]   
    Bom, como o outro tópico simplesmente sumiu, ou apagaram, por enquanto vou postar estes métodos, com o tempo eu edito.
    O treinamento de força atualmente exerce um papel importante no condicionamento físico geral, na performance esportiva, na reabilitação de lesões e no aumento da massa muscular. Para se chegar aos objetivos desejados, existem diversos métodos e sistemas de treinamento, o que gera muita polêmica sobre a superioridade de um sobre o outro.

    Porém, esta questão deve ser vista com muito cuidado, pois existem poucos estudos sobre os vários métodos, e dificilmente alguém poderá afirmar que um é melhor que o outro. O que ocorre muitas vezes é que uma pessoa pode responder melhor ou pior a um determinado sistema, o que não significa que ele seja “o melhor ou o pior”, mas que este indivíduo respondeu de forma mais positiva ou negativa; afinal, quando falamos do aumento de massa muscular ou força, muitas variáveis devem ser levadas em consideração, e não somente o treinamento.

    O método de treinamento é uma categoria fundamental do processo de treinamento, pois é através dele que utilizaremos os exercícios específicos para obter resultados previamente planejados, ou seja, é a forma que se utiliza um determinado meio para atingir uma determinada direção. Sendo que, a seleção do método está ligada a direção do efeito potencial conseguido e este deverá estar de acordo com o efeito previamente planejado.

    Este artigo apresenta alguns métodos usados no treinamento de força voltado para hipertrofia, e possíveis explicações para seus mecanismos de atuação e manipulações para maximizar seus resultados.

    Antes de aplicá-los, é importante conhecê-los e ter consciência de usá-los racionalmente, na pessoa correta e no momento adequado. Pois o método só será eficaz se considerado três questões: a quem se destina, quando aplicá-lo e o que se quer obter desse método, isto é, qual a tarefa que será resolvida por ele (aumentar a força máxima, resistência muscular, hipertrofia muscular e outros).


    Método Isotônico

    Para o desenvolvimento da força através do método isotônico utiliza-se de 90 a 100 por cento da força máxima do grupo muscular a ser desenvolvido, utilizando-se de 4 a 6 grupos, tendo cada um deles de 1 a 4 repetições, dependendo do percentual de peso utilizado para o desenvolvimento de força pura. No treinamento de força pura, é necessário que a musculatura esteja bem recuperada para que o trabalho se realize em níveis ótimos.

    No trabalho de hipertrofia muscular devem ser utilizados 3 a 6 séries com 5 a 15 repetições. O descanso entre a realização das séries será de 30 segundos a 5 minutos, variando em função do esforço desenvolvido. Os efeitos produzidos por este treinamento se apresentam com o aumento da seção transversa do músculo com também o aumento da força muscular dinâmica, sendo esse um dos melhores métodos para esse desenvolvimento.

    A principal desvantagem do método isotônico é que se for empregada tensão isotônica em todo o percurso do movimento, somente em um ponto se atingirá a tensão máxima.

    O método isotônico pode ser subdividido em:

    Método das Múltiplas Séries - força, hipertrofia, resistência muscular e potência)

    Neste método utilizam-se mais de uma série por grupo muscular (sendo 2 ou 3 séries de aquecimento com cargas sucessivamente maiores, seguidas por várias séries com a mesma carga), e esse número depende do objetivo e do estado de treinamento do praticante. Não há regra exata sobre o número de séries, repetições ou exercícios.

    Essas variáveis serão ministradas conforme o tipo de treinamento, seja para aumento da massa muscular, resistência muscular, potência ou força máxima.

    Se o objetivo do treinamento for hipetrofia muscular, deve-se utilizar em média de 2 a 4 séries de 8 a 12 repetições, com cargas próximas às repetições máximas (de 70 a 90%) – dependendo no nível de adaptação do aluno – e utilizar um intervalo entre as séries de 1 minuto e 30 segundos a no máximo 2 minutos.

    No entanto, se o objetivo for desenvolver a força máxima, o número de séries deve ser superior ao citado acima (de 4 a 6 séries), variando entre 2 a 6 repetições e com um percentual de carga superior a 85% de 1RM (repetição máxima), utilizando um intervalo de no mínimo 3 minutos. Entretanto este treinamento deve ser realizado por indivíduos que já tenham um nível de adaptação no treinamento de força, ou seja, não deve ser utilizado por iniciantes.


    Método da Pirâmide - (força e hipertrofia)

    A pirâmide pode ser de dois tipos: crescente e decrescente.

    Pirâmide Crescente

    Atualmente, a pirâmide crescente é usada com repetições máximas ou submáximas – sem a preocupação aparente de não gerar fadiga – com uma progressiva diminuição das repetições e aumento das cargas. Desta forma, a pirâmide crescente consiste em aumentar a carga e diminuir o número de repetições ao longo da série.

    É comum ver a indicação deste método para ganhos de força ou como meio de se treinar com cargas altas. Tal prática sugere que, com a pirâmide, haja preparação para o uso de cargas elevadas, por meio do aquecimento da musculatura, tornando-a mais apta e preparada para as séries finais.

    Estudos recentes mostram que o uso de pirâmide crescente não produz vantagens adicionais para o ganho de força, sendo superada por diversos outros métodos. Com relação à hipertrofia, também se deve ter cuidado na aplicação da pirâmide, mantendo as repetições dentro de níveis controlados (como de 12 a 8). Caso contrário, corre-se o risco de gerar estímulos muito divergentes e em quantidade insuficiente para potencializar as adaptações necessárias para a hipertrofia (Gentil, 2005).

    A aplicação mais recomendada da pirâmide seria como artifício didático, como nos casos de alunos que estejam treinando com repetições altas há muito tempo e sintam dificuldade em utilizar repetições baixas e cargas altas. Nesses casos, as séries em pirâmides poderiam servir como preparação psicomotora.

    Pirâmide Truncada Crescente

    Esse método é a cópia do método pirâmide crescente, sendo que o indivíduo não necessita chegar aos 100% da força máxima do grupamento muscular, podendo atingir até aos 90% dessa força máxima (Rodrigues e Carnaval, 1985).

    Pirâmide Decrescente

    Na pirâmide decrescente utilizada atualmente, realiza-se um pequeno número de repetições como cargas elevadas, com progressiva redução da carga e aumento do número de repetições. Lembrando que nesta versão atual, as repetições são realizadas até a fadiga ou próximas a ela, na maior parte dos casos.

    Apesar de ser a versão menos conhecida, esta é a que encontra maior amparo da fisiologia. A utilização de cargas mais elevadas no começo da série aproveitaria o estado neural para fornecer estímulos tensionais. As séries seguintes, que porventura tenham características metabólicas, seriam iniciadas com estresse bioquímico mais acentuado, o que poderia ser benéfico para hipertrofia.

    Este método de treinamento seria útil para adaptar na transição de treinos tensionais para metabólicos em pessoas acostumadas a treinar com repetições baixas por muito tempo.

    Pirâmide Truncada Decrescente

    Esse método é a cópia do método pirâmide decrescente, sendo que o indivíduo não começa dos 100% de carga. Ele vai diminuindo a carga a partir de 90% da força máxima, respeitando-se o número de repetições de acordo com o percentual de peso utilizado (Rodrigues e Carnaval, 1985).


    Método Bi-Set - (hipertrofia)

    Consiste na realização de dois exercícios consecutivos, sem descanso, para o mesmo grupo muscular. O objetivo deste método é gerar um aumento da congestão sangüínea (aumento do fluxo sangüineo) na musculatura, fenômeno relacionado ao aumento da massa muscular.

    Podemos justificar o uso deste método por meio dos conceitos vistos no drop-set e na pré-exaustão, acrescentando a variação intencional no padrão motor. Ao final do primeiro exercício, um determinado número de unidades motoras não poderia mais ser recrutado, impedindo a execução do movimento, porém a mudança para um exercício com padrões motores diferentes (e cargas adequadas à nova condição) permitiria o prosseguimento do estímulo, aumentando o temo sob tensão e prolongando o estresse metabólico

    O maior tempo sob tensão seria interessante para aproveitar estímulos tensionais; já a contração prolongada poderá causar, além do acúmulo de metabólitos, aumento posterior na circulação, com maior disponibilidade de nutrientes.

    Neste método, utiliza-se de 3 a 4 séries, com 10 a 20 repetições, dando um intervalo mínimo entre os grupos, ou seja um exercício e o outro, e de 1 a 2 minutos entre as séries consecutivas.


    Método Tri-Set - (hipertrofia)

    Consiste na realização de 3 exercícios consecutivos, sem intervalos entre eles, para o mesmo grupo muscular. Sua base é similar à do bi-set, com um estímulo ainda mais prolongado.

    Os exercícios podem ser agrupados para estimular um único grupo com o objetivo de atingir porções distintas da mesma musculatura, procurando sempre isolar as porções do grupo muscular trabalhado, pode também ser usado para grupos musculares antagonistas ou diferentes. É um método muito usado para grupos musculares que possuem 2 ou 3 porções.

    O objetivo do método é gerar congestão sangüínea (aumento do fluxo sangüineo na região) e desenvolvimento das varias porções do grupo muscular. A ausência de intervalo entre as séries pode favorecer uma pequena melhora na aptidão cardiorespiratória.

    Neste método, utiliza-se de 3 a 4 séries, com 10 a 20 repetições, dando um intervalo mínimo entre os grupos, ou seja um exercício e o outro, e de 1 a 2 minutos entre as séries consecutivas, após três exercícios sem pausa.

    Deve-se levar em consideração uma limitação para este método, onde só há viabilidade a sua utilização nos horários de pouca movimentação na sala de musculação.


    Método Super-Set - (hipertrofia)

    Consiste na realização consecutiva de vários exercícios para o mesmo grupo muscular.

    - Para o mesmo grupo muscular – (hipertrofia)

    Consiste na realização de mais de 4 exercícios sem intervalo, ou seja, executar os exercícios de forma seguida, um atrás do outro, até completar o total superior a quatro exercícios sem pausa. Após a execução do último exercício, há uma pausa, para então realizar a segunda passagem e depois a terceira.

    Neste método, utiliza-se em média 3 séries, com 10 repetições, dando um intervalo de até 2 minutos após os quatro exercícios diretos.

    Agonísta / Antagonista - (força e hipertrofia)

    Este método lembra o bi-set, porém os exercícios executados são direcionados a grupamentos musculares antagônicos (exemplo: realiza-se extensão de joelhos seguida de flexão de joelhos). Ou seja, consiste na realização de dois exercícios sem intervalo, ou seja, executar os exercícios de forma seguida, porém respeitando a seqüência: primeiro o agonista, depois o respectivo antagonista. Após a execução do segundo exercício, segue-se a segunda passagem.

    A contração voluntária de um músculo faz com que o seu antagonista também seja ativado, supostamente com a finalidade de criar estabilidade articular, em um processo denominado co-contração. Portanto, por mais que se exercite um músculo, é mantido um certo grau de atividade na musculatura oposta. Esta atividade contínua durante o super-set pode ser útil na manutenção do estresse metabólico, aumentando a concentração de metabólicos.

    Agora se o intuito for produzir estímulos tensionais em seus níveis máximos, é importante observar o estado de fadiga e utilizar intervalos de descanso entre os exercícios, em vez de executá-los um após o outro, imediatamente.

    Quando formos calcular os intervalos no super-set, devemos ter em mente o tempo que se levará para retornar ao mesmo exercício, incluindo o tempo de deslocamento entre aparelhos e preparação em cada um. Por exemplo, se houver um intervalo de 40 a 60 segundos entre os exercícios, normalmente gastam-se, aproximadamente, 2 a 3 minutos para se retornar ao primeiro movimento. Se quisermos que o tempo de intervalo entre as séries de um mesmo exercício fique entre 45 a 75 segundos, devemos dar intervalos entre 0 a 15 segundos entre os exercícios.

    Entre as principais vantagens deste método estão seu dinamismo e a redução do tempo total de treino. Por possuir descansos reduzidos, os treinos em super-set promovem grandes elevações no metabolismo, elevando o gasto calórico e causando uma sensação de cansaço generalizado, diferente da maioria dos treinos.


    Método do Treinamento em Circuito - (condicionamento físico e resistência muscular)

    É, sem dúvida, o método de treinamento de força mais usado com iniciantes. Este método consiste em realizar diversos exercícios com um intervalo controlado mínimo (aproximadamente 15 segundos), ou sem intervalo, entre eles. Este método é um dos únicos em que a carga deve ser moderada. Isso significa trabalhar próximo de 40 a 60% de 1 RM (repetição máxima).

    O número de exercícios é definido conforme o objetivo e o grau de treinabilidade do praticante, e pode-se utilizar mias de uma passagem pelo circuito (nesse caso, em vez de utilizarmos a denominação duas séries, utilizamos duas passagens).

    Caso o praticante seja iniciante, é adequado que a seqüência dos exercícios esteja baseada na montagem alternada por segmento, o que significa alternar, por exemplo, exercícios para membros superiores e exercícios para membros inferiores.

    Neste método, utiliza-se em média 1 a 3 passagens, de 12 a 20 repetições, dando um intervalo de no máximo 15 segundos entre exercícios.


    Método da Pré-Exaustão - (força e hipertrofia)

    Consiste em realizar um exercício de isolamento (uniarticular) seguido de um exercício composto, ambos envolvendo um grupo muscular em comum. Apesar de não possuir um embasamento científico definido, este método é comumente usado com a finalidade de enfatizar a musculatura trabalhada de forma isolada no primeiro exercício.

    Segundo Fleck e Kraemer (1999), citados por Gentil (2005), na execução de exercícios para grupamentos musculares menores, antecedendo movimentos biarticulares, causariam sua menor ativação, devido à fadiga, impondo maior tensão aos demais músculos, ou seja a utilização prévia de um exercício de isolamento antes de um exercício composto fará com que haja menor ativação da musculatura trabalhada no primeiro momento, aumentando a atividade relativa dos músculos acessórios.

    O objetivo deste método é levar a musculatura a exaustão (fadiga), através da utilização de alavancas que favoreçam uma maior solicitação da musculatura principal. Alguns estudos sugeriram que unidades motoras adicionais seriam recrutadas para compensar a perda de funcionalidade de outras. Além das unidades motoras de um mesmo músculo, devemos levar em consideração a atividade de outros grupamentos musculares. Em movimentos complexos, a menor ativação de unidades motoras em um músculo é contornada por alterações do padrão motor, com maior ativação dos demais músculos envolvidos no movimento, inclusive recrutando, primariamente, músculos que outrora eram meros coadjuvantes.

    Tecnicamente, o uso da pré-exaustão, na verdade, estaria mais próximo ao uso do bi-set, produzindo as mesmas alterações fisiológicas.

    Neste método, utiliza-se de 2 a 4 séries, com 6 a 20 repetições, dando um intervalo de 1 a 2 minutos entre as séries.

    Deve-se levar em consideração uma limitação para este método, onde só há viabilidade a sua utilização nos horários de pouca movimentação na sala de musculação, e preferencialmente em aparelhos próximos uns dos outros.


    8 – Método da Exaustão - (força, hipertrofia e resistência muscular)

    Este método consiste em realizar as repetições até a exaustão. As repetições serão finalizadas quando a fase concêntrica do movimento não for completada (falha concêntrica momentânea), portanto, quando o padrão do movimento estiver comprometido.

    Neste método, utiliza-se em média 3 a 4 séries, com a máximo de repetições, dando um intervalo de 30 segundos para resistência muscular, até 1 minuto e 30 segundos para hipertrofia, e maior que 3 minutos para força máxima.


    Método de Repetições Forçadas (Excêntrica) - (força e hipertrofia)

    Durante as repetições forçadas, executa-se normalmente o movimento até a impossibilidade de mover a carga. Quando for detectada a falha na fase concêntrica, o ajudante (ou o próprio executante, quando possível) deve utilizar a quantidade de força necessária para que o movimento concêntrico prossiga em sua cadência natural. O movimento “forçado” deverá prosseguir até que es atinja a o objetivo desejado (tempo sob tensão, número de repetições, etc.) ou que haja necessidade de excessiva aplicação de força auxiliar.

    A ajuda só deve ocorrer nos momentos e ângulos em que a falha for detectada e somente com a força necessária para fazer o movimento prosseguir. Do contrário, o método não intensificará o exercício e sim o tornará mais fácil.

    Durante o movimento excêntrico, há facilidade de suportar cargas elevadas, mesmo com um menor número de unidades motoras sendo ativadas. Ao utilizar auxílio na fase concêntrica, pode-se progredir no exercício ainda que não haja mais possibilidade de se “levantar” a carga, o que trará uma maior tensão e maiores estímulos ao músculo.

    O uso de repetições excêntricas oferece maior tensão, no entanto produz alterações em outros fatores fisiológicos, como o acúmulo de metabólitos e níveis de lactato. Desta forma, é interessante usar cargas altas e intervalos mais longos durante o método de repetições forçadas, para melhor aproveitar o componente tensional, tendo em vista sua baixa alteração em parâmetros metabólicos.

    Segundo Gentil (2005), citando Folland et al., 2001, o método de repetições forçadas não é recomendado para alunos iniciantes e intermediários, tendo em vista que um treino intenso com repetições excêntricas realizadas pode levar a prejuízos nos ganhos de força por até 5 semanas.

    Na aplicação do método das repetições forçadas, devem-se observar alguns pontos:
    - Devido a sua alta intensidade, potencial de overtraining e lesões em ligamentos e tendões, não é recomendado seu uso por períodos muito longos de tempo (tempo recomendado: entre 4 e 6 semanas);
    - É importante adequar o volume de treino, evitando usar o método em um grande número de séries. Realizar repetições roubadas em 1 a 3 séries por treino parece ser eficiente e seguro, lembrando que a máxima “quanto mais, melhor” não se aplica aqui;
    - Os intervalos de descanso devem ser ajustados para manter a qualidade do treino, mantendo uma média de 2 a 4 minutos entre as séries;
    - só deve ser usado em alunos avançados.

    O objetivo deste método é o aumento da carga na fase excêntrica, que permite a desintegração das pontes cruzadas de actomiosina (componentes internos que formam as fibras musculares, e geram a ação da contração muscular), o que promove uma grande fricção interna.

    Através de repetições negativas há também uma maior retenção sangüínea fora do músculo e quando a musculatura relaxa há um aumento da perfusão sangüínea (entrada lenta e contínua de líquidos nos vasos sangüíneos), o que favorece a hipertrofia.


    Método Blitz - (hipertrofia)

    No método Blitz, diferencialmente dos outros, o que se promove é o trabalho sobre apenas um grupo muscular por dia ou sessão de treinamento.

    É muito empregado por fisiculturistas, mas, como na maioria dos métodos, não há comprovação científica sobre sua eficácia, pois o intervalo entre cada sessão de treino para o mesmo grupo muscular acaba sendo muito maior que 72 horas, chegando, na verdade, a uma semana, em alguns casos.

    Neste método, o praticante executará apenas um grupo muscular por sessão de treinamento, com alto volume e intensidade para o mesmo grupamento muscular. Podendo variar no número de exercícios de forma ilimitada, realizando entre 3 e 4 séries de 8 a 12 repetições, com cargas próximas a 1RM (repetições máximas).


    Método Drop-Set - (força e hipertrofia)

    O drop-set, ou série descendente pode ser caracterizado em três passos:
    1 – realização do movimento com técnica perfeita até a falha concêntrica;
    2 – redução da carga (em aproximadamente 20%), após a falha; e
    3 – prosseguimento do exercício com técnica perfeita até nova falha.
    Deve-se repetir o segundo e terceiro passos até se alcançar o objetivo estabelecido para o treino.

    Em exercícios de intensidades altas, ocorre progressiva queda na ativação de unidades motoras até chegar-se a um ponto em que a ativação das fibras disponíveis não seria suficiente para prosseguir o movimento, levando à interrupção do exercício. As quedas na carga, durante o drop-set, têm a finalidade justamente de contornar a fadiga, adequando o esforço às possibilidades momentâneas do músculo e, com isso, mantendo um trabalho relativo intenso por mais tempo (Gentil, 2005).

    Durante o drop-set, é possível manter um grande número de unidades motoras trabalhando em esforços máximos pro períodos longos, tornando-o indicado tanto para ganhos de força quanto de hipertrofia.

    Neste método, utiliza-se em média 3 a 4 séries, com um mínimo de 6 repetições nas primeiras execuções e indo até a exaustão nas passagens subsequentes, dando um intervalo de 2 a 3 minutos entre as séries.


    Método de Repetições Roubada - (força e hipertrofia)

    Neste método, o exercício é executado com a técnica correta até a falha concênctrica e, em seguida, altera-se o padrão de movimento com a finalidade de prosseguir por mais algumas repetições. As repetições roubadas só devem ser aplicadas em casos específicos, levando-se em conta a característica do indivíduo e do exercício, do contrário, os resultados serão irrelevantes diante do risco aumentado de lesões.

    O método das repetições roubadas não consiste simplesmente em realizar um movimento de maneira errada. As alterações no padrão motor só devem ocorrer diante da impossibilidade de execução de forma correta, ou seja, o movimento é executado de forma estrita até que não seja mais possível fazê-lo e só então o padrão motor é alterado. É essencial que haja um perfeito conhecimento não só da técnica correta, mas também dos aspectos biomecânicos dos exercícios, pois as alterações no padrão motor deverão ser aplicadas nos momentos e intensidades suficientes para vencer o ponto de quebra.

    Estas limitações tornam as repetições roubadas o último método a ser usado, dentro de uma escala temporal.

    A explicação para utilização deste método estaria próxima às repetições forçadas, com a vantagem de não depender de parceiros de treino. A alteração no padrão de movimento adapta o exercício à possibilidade de trabalho relativa do músculo, pois as modificações biomecânicas incluem músculos acessórios, outras fibras ou alteram a relação de alavancas, o que pode reduzir o esforço absoluto do músculo fadigado. Desse modo, pode-se prolongar o trabalho, aumentando a magnitude dos estímulos, inclusive para unidades motoras que não estejam fadigadas e que provavelmente seriam menos estimuladas se o exercício fosse interrompido.

    Tendo em vista a grande variedade de métodos conhecidos, seria pouco prudente e desnecessário utilizar repetições roubadas em alunos iniciantes e intermediários, ou mesmo em alunos avançados que não estejam habituados com determinado exercício. Nossa recomendação é que somente alunos avançados com vivência na tarefa motora específica o utilizem. Além da questão individual, a escolha do exercício também deve ser criteriosa. É comum ver pessoas se expondo perigosamente ao utilizar repetições roubadas em movimentos em que o método não seria recomendado como, por exemplo, agachamentos, levantamento terra e supinos com barras.


    Método da Fadiga Excêntrica - (hipertrofia e força)

    Este método consiste em levar as repetições forçadas ou roubadas até os limites extremos. Para se treinar com fadiga excêntrica é recomendável utilizar cargas elevadas – que permitam repetições entre 3 e 6 completas – realizando o exercício até a falha concêntrica e, em seguida, utilizar um dos 2 métodos acima para prosseguir com o movimento até que haja impossibilidade de sustentar a fase excêntrica.

    A fadiga excêntrica leva o trino a viveis elevadíssimos de intensidade e não deve ser usada por qualquer pessoa a qualquer momento, do contrário promoverá lesão, e não adaptação. Lembre-se de que nosso corpo é um sistema intimamente interligado e, por isso, a intensidade não se limita aos músculos, mas também envolve o estresse neural, articular, psicológico, e este estado geral deve ser levado em conta ao aplicar métodos intensivos.

    Devido à elevada intensidade da fadiga excêntrica, ela só deve ser usada em uma ou duas séries por treino, com intervalos de 7 a 10 dias, ou com mais freqüência, durante fases intensivas, conhecidas como microciclo de choque.

    Algumas observações práticas em relação a esse método:
    - Não usar este método por períodos muito longos de tempo (tempo sugerido: +/- 4 semanas);
    - Reduzir o volume de treino (1 a 2 séries para grandes grupos musculares);
    - Utilizar poucos movimentos complementares – ao usarmos a fadiga excêntrica em exercícios multiarticulares, deve-se levar em conta, além do estresse na musculatura principal, o trabalho dos músculos acessórios. No caso do supino, por exemplo, há a necessidade de reduzir também o volume e intensidade de ombro e tríceps. Caso contrário, poderá ocorrer excesso de treinamento e lesões articulares;
    - Ajustar o intervalo de descanso: 2 a10 minutos;
    - Usar a fadiga excêntrica em 1 a 3 séries por treino;
    - Utilizar, prioritariamente, em movimentos complexos.


    Método SuperLento ou Super Slow - (resistência muscular e hipetrofia)

    Este método consiste em realizar repetições de forma extremamente lenta, levando de 15 a 60 segundos para completar um ciclo de movimento. A proposição original de Ken Hutchins, conhecida com superslow, é a realização de repetições com cadências de 5 segundos para fase excêntrica e 10 segundos para fase concêntrica (Gentil, 2005).

    Para aproveitar adequadamente este método é importante não utilizar cargas deliberadamente baixas, pois a dor pode mascarar a intensidade real do exercício, desencorajando o executante a utilizar cargas maiores, apesar de seus músculos as suportarem. Isto garante um trabalho mais completo em nível de unidades motoras, pois o movimento lento, submáximo e como cargas reduzidas, ativaria principalmente as unidades motoras pequenas, com baixo limiar de excitabilidade.

    A combinação de cargas baixas e velocidade lenta, faz com que o método superlento promova baixo ganho de força, mas parece ser bom para desenvolvimento de hipertrofia e resistência muscular.

    Ao usar o método superlento, deve-se manter a técnica correta durante todo o movimento e enfatizar os pontos de quebra (desvantagem mecânica), senão os estímulos serão subaproveitados. Nesse caso, para se aproveitar melhor o método, é interessante enfatizar os ângulos próximos de 90º (cerca de 80 a 100º).

    Uma vantagem pratica deste método é o uso de cargas moderadas que são relativamente baixas (em relação aos outros métodos), podendo ser prescritos em períodos onde não se desejam sobrecarregar demasiadamente as estruturas conectivas. Além disso, é um bom método para trabalhar a consciência motora na execução dos movimentos.


    Método Ondulatório - (força, hipertrofia e potência)

    Este método baseia-se na forma de uma onda, em que o ventre superior reflete cargas altas e repetições baixas e no ventre inferior cargas moderadas, porém com altas repetições.

    A expllicação deste tipo de treino parece estar no conceito de potenciação pós-tetânica, segundo o qual, após uma contração muscular intensa, ocorrem favorecimento da ativação das fibras e maior capacidade de gerar força. Algumas explicações fisiológicas para o fenômeno são as alterações nas concentrações de neurotransmissores, fluxo dos íons de sódio e potássio, e acúmulo de íons de cálcio no sarcoplasma.

    O ponto ideal para se reiniciar o exercício é resultado da soma de diversos fatores, principalmente potenciação pós-tetânica e fadiga. Este período varia entre 3 a 10 minutos, meio-tempo em que há possibilidade de utilizar cargas mais elevadas do que se faria normalmente e, dessa forma, de proporcionar um maior estresse mecânico às estruturas musculares – o que favoreceria o processo de hipertrofia, dentro da abordagem dos treinos tensionais – e maiores adaptações neurais (força e potência).

    Há outros fatores que influenciam o fenômeno como tipos de fibras (melhores respostas nas fibras tipo II) e tempo de contração (quanto menor o tempo, maior a potenciação). Portanto, para o melhor aproveitamento da potenciação pós-tetânica é necessária a realização de repetições baixas com cargas máximas.

    Para reduzir a monotonia dos longos intervalos, podem ser intercalados exercícios para outros grupos musculares enquanto se espera o tempo para a realização de uma nova série, mesclando o método com o super-set. Há outras variações desse método, como alternar séries de 8 a 12 repetições, e suas variações crescentes e decrescente, levando em consideração o ajuste das cargas, sendo que este variação é conhecida como método de contraste.

    Deve-se ter cuidado com o abuso do método devido ao trabalho constante com cargas muito altas, tornando recomendável que se racionalize o uso da potenciação pós-tetânica dentro de um planejamento, para não expor as estruturas articulares às lesões. Este método não é recomendado para iniciantes, pois além do risco de lesões, foi verificado que o fenômeno da potenciação pós-tetânica não é bem aproveitado nesse grupo (Gentil, 2005).
    .

    Método da Pausa/Descanso - (força e resistência a fadiga)

    Este método é executado da seguinte forma:
    - Realizar o movimento até a falha concêntrica;
    - Dar uma pausa de 5 a 15 segundos;
    - Retornar ao movimento, até nova falha concêntrica;
    - Repetir o procedimento até atingir o objetivo estipulado (número de pausas, repetições, tempo, fadiga).

    As pausas curtas são usadas com a finalidade de restabelecer parcialmente o estado metabólico e neural, possibilitando que o exercício prossiga e fornecendo, assim, maior quantidade de estímulos. O tempo de intervalo iniciado de 5 segundos deve-se aos resultados de estudos feitos com contrações intensas, que mostraram a ocorrência de reações favoráveis à retomada do exercício nesse tempo, devido ao pico da potenciação pós-tetânica.

    Este método é muito útil para auxiliar na adaptação do aluno a determinado estímulo, principalmente metabólico. Muitas vezes, por exemplo, há dificuldades em realizar um número elevado de repetições devido à dificuldade em lidar com a dor, principalmente em indivíduos habituados a treinar com métodos tensionais. Nesses casos, a utilização das pausas pode promover adaptação progressiva, sem que haja necessidade de uma redução muito expressiva da carga absoluta.

    O uso de treinos de pausa-descanso pode ser interessante para ganhos de resitência de força, por estimular o organismo a se recuperar entre estímulos intensos.


    Método Repetições parciais (oclusão vascular)

    O método da oclusão vascular consiste em realizar contrações curtas intensas (estáticas ou dinâmicas) e em seguida prosseguir com o movimento completo.

    Normalmente, as unidades motoras são recrutadas seguindo o princípio do tamanho, partindo das menores (fibras lentas), para as maiores (fibras rápidas), porém quando o músculo é contraído sob condições isquêmicas e/ou estado de acidose, este princípio não se aplica e as unidades motoras maiores são recrutadas preferencialmente. Deste modo, supõe-se que, ao realizar as repetições curtas, há diminuição do fluxo sangüíneo, causando diminuição da entrega de oxigênio e, conseqüentemente, ativação das unidades motoras grandes (brancas), logo no início do movimento.

    Gentil (2005), citando os estudos de Takarada et al. (2000), relata que os resultados destes estudos trouxeram a sugestão de que contrações realizadas sob condições de elevado acúmulo de metabólitos sejam particularmente eficientes em produzir aumentos na massa muscular. Sugere-se assim, que a realização de repetições parciais poderia mimetizar esta condição, facilitando a obtenção de hipertrofia.

    Uma das grandes vantagens deste método é a utilização de cargas baixas, o que mantém elevado estresse muscular, enquanto recupera as estruturas articulares.


    Método Set 21 – (resistência muscular)

    O set 21 tradicional, muito usado na rosca bíceps, é composto por três fases:
    - Executar o movimento parcial, da extensão máxima até metade da amplitude completa (+/- 90º);
    - Executar o movimento encurtado, da metade do comprimento angular (+/- 90º) até a contração completa;
    - Executar o movimento completo.

    Habitualmente, são dadas duas explicações para o uso do set 21: uma que este é um trabalho específico para cada ângulo do movimento; e outra é ativação proprioceptiva de modo que o fuso muscular seria ativado na primeira parte, estimulando a contração a fim de facilitar a fase seguinte.

    Porém, nenhuma das duas explicações é satisfatória. Portanto, propormos uma adaptação do set 21 às evidências fisiológicas conhecidas. Nesta nova abordagem, organiza-se a ordem dos movimentos da seguinte forma:
    - Contração encurtada, com ênfase nos pontos de quebra;
    - Movimento completo;
    - Contração nos ângulos próximos ao alongamento.

    Desta forma, a acidose induzida com a contração inverteria o padrão de recrutamento (chamado unidades motoras maiores) e forneceria um ambiente metabólico ácido para os trabalhos posteriores. Ao iniciar o movimento completo nestas condições haveria maior estresse, apesar de a carga ser baixa, o que causaria fadiga em um grande número de unidades motoras. Com a progressão da fadiga haveria menor capacidade de gerar força, e seriam usadas as repetições parciais para prolongar o estímulo. Assim, seriam aliados os conceitos de oclusão vascular e das repetições parciais em um único método.

    O set 21 pode ser usado em vários movimentos além da rosca bíceps, como: elevação lateral, mesa extensora, mesa flexora, e crucifixo, porém ele é mais recomendável em movimentos uniarticulares com padrões circulares.


    Método das Repetições parciais pós-fadiga concêntrica - (força)

    Consiste na realização de repetições parciais e isométricas após a falha concêntrica. Aqui, se executa o movimento com a amplitude total e a técnica correta até que não seja mais possível fazê-lo. Em seguida, prossegue-se com a postura e técnicas corretas até os limites angulares possíveis.

    Em todos os exercícios, há ângulos onde é mais difícil mover a carga, o que se deve à baixa capacidade de as fibras se contraírem e/ou ao aumento do braço de resistência. Ao prosseguirmos o movimento até os ângulos em que seja possível fazê-lo é mantido um esforço relativamente alto com maiores estímulos para as fibras.

    Na realização deste método, recomenda-se que sejam realizadas insistências estáticas (2 a 4 segundos) para definir o ponto de quebra em todas as repetições parciais, realizando em média de 3 a 4 séries, dando um intervalo de 1 a 2 minutos entre as séries.


    Método Isométrico

    No desenvolvimento do método isométrico, ou estático, utilizaremos tensões máximas ou submáximas com durações de 5 a 10 segundos. Desenvolvendo de 3 a 10 tensões musculares para diferentes ângulos do movimento com intervalos de 1 a 3 minutos entre cada tensão.

    Atualmente o método isométrico é utilizado para o desenvolvimento da força em determinado ângulo articular e nas suas imediações; e para sanar deficiências em algum ponto do movimento de determinada articulação.

    As principais desvantagens do método isométrico são:
    - como no método isotônico, só se desenvolve tensão máxima nos determinados ângulos de trabalho;
    - não desenvolve de forma eficiente a força muscular dinâmica.

    Método Isocinético

    No método de trabalho isocinético utiliza-se em geral séries de 6 a 20 repetições para cada grupo muscular, realizando esforços musculares máximos em cada ângulo de movimento para que possamos obter vantagens, aproveitando o que de melhor há de nesse método de treinamento, que é o de fornecer resistência proporcional à força aplicada em cada ângulo do movimento, fato que não ocorre nos métodos isotônicos e isométricos.

    É importante enfatizar que o treinamento de força pelo método isocinético tem por finalidade melhorar a força de maneira geral e a resistência de força. Sua utilização no campo de treinamento desportivo fica limitada aos desportos que possuem movimentos do tipo isocinético, como, por exemplo, a natação.


    Método Pliométrico

    Consiste na realização de exercícios em que a musculatura é alongada rapidamente, produzindo através do “reflexo miotático” ou “reflexo de estiramento” um trabalho concêntrico maior. No exercício pliométrico (como em muitas outras situações nos desportos), a sobrecarga é aplicada ao músculo esquelético de forma a distender rapidamente o músculo (fase excêntrica ou de estiramento) imediatamente antes da fase concêntrica ou de encurtamento da contração. Essa fase de alongamento rápido no ciclo de estiramento-encurtamento facilita a seguir provavelmente um movimento mais poderoso considerado como capaz de aprimorar os benefícios de velocidade-potência dessa forma de treinamento (McArdle et al.,1998).

    O método pliométrico é um método onde a potência muscular é a valência física mais objetivada.

    Esse trabalho, específico para membros inferiores, é realizado com exercícios de salto vertical, saltos múltiplos, saltos repetitivos no mesmo lugar, saltos em profundidade ou descida a partir de uma altura de aproximadamente 1 metro, saltos com uma única perna ou com ambas as pernas e várias outras modificações.

    O trabalho no método pliométrico deve ser feito através de exercícios que representam com uma maior fidelidade o biomecânica do gesto desportivo que o atleta pratica, com a realização de 4 a 8 grupos de 8 a 10 repetições para cada exercício (Rodrigues e Carnaval, 1985).


    Conclusão

    Um ponto fundamental é a variação dos métodos e meios. A falta ou pouca variação dos métodos é uma das razões principais para a estagnação do desenvolvimento da massa muscular.

    Até os mais efetivos exercícios e métodos se aplicados em longo prazo, não nos levaria ao progresso e sim, acabaria nos levando a barreira de hipertrofia muscular. Pois, a experiência revela que nenhum método único de treino deve ser considerado o melhor ou absolutamente efetivo o tempo todo.

    Todos os recursos e métodos deveriam permanecer em um estágio determinado do processo de treinamento, dependendo do nível da condição do organismo, do caráter prévio da carga, dos objetivos do treinamento atual e do efeito acumulativo que este método deve provocar.


    Referências Bibliográficas:

    Gentil, Paulo. Bases Científicas do Treinamento de Hipertrofia. Rio de Janeiro: Sprint, 2005.
    McArdle, William D.; KATCH, Frank I. e KATCH, Victor I. Fisiologia do Exercício – Energia, Nutrição e Desempenho Humano. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 1998.
    Rodrigues, Carlos Eduardo Cossenza, e Carnaval, Paulo Eduardo. MUSCULAÇÃO: teoria e prática. 21. ed. - Rio de Janeiro: Sprint, 1985.
    Uchida, M.C. et al. Manual de musculação: uma abordagem teórica-prática do treinamento de força. 2.ed. – São Paulo:Phorte 2004

    Por: Raphael Lorete
  5. Gostei
    Grasy Rastafada deu reputação a Gusmão420 em Treinando Membros Inferiores Como Um Campeão!   
    Não existe nada mais desgastante para um praticante de musculação do que um bom treino de pernas. Muitas vezes negligenciado por muitos (profissionais do esporte ou amadores), um treino eficiente para os membros inferiores pode fazer toda a diferença quando se analisa a simetria de um atleta, ou até mesmo um bom físico na praia. Ainda assim, é pouco divulgado que, em trabalhos recentes, vem sendo ressaltada a importância de treinar pernas para a obtenção de melhores resultados no tronco, principalmente quando o objetivo é a hipertrofia.

    Durante muito tempo, pairava sobre os atletas e treinadores a seguinte dúvida: “como será a periodização mais eficaz para potencializar o ganho de volume no tronco e membros superiores? Já que o treino de pernas gasta muitas calorias, será que dentro de uma semana devemos “esquecer” das pernas e treinar mais vezes os grupos superiores? Ou então, devemos treinar perna com a mesma ênfase, e assim descansar mais as musculaturas superiores?” Pasmem! Aqueles que treinam mais os membros inferiores ganham mais músculos no upper-body (tronco e membros superiores) do que os que não treinam perna, e conseqüentemente acabam descansando menos as musculaturas superiores. Então, não é só uma questão de harmonia no físico. Treinar coxas ajuda a ganhar mais músculos no tronco, por incrível que pareça...

    Vale lembrar que os músculos crescem no descanso. Então, treinar muitas vezes repetidamente o mesmo grupo muscular com intervalos curtos para recuperação é uma atitude pouco prudente. O esforço demandado em um treino de pernas gera uma resposta anabólica capaz de beneficiar o corpo todo (falando de recuperação, de novo!...). E de uma vez por todas pare de se enganar, alegando para si mesmo “não preciso treinar coxas porque jogo futebol”. Ou então “eu ando muito diariamente”, ou ainda (a pior de todas as desculpas esfarrapadas) “não treino pernas porque faço spinning e aula de local...”.
    Exercícios aeróbios não aumentam a massa muscular, principalmente em pessoas não sedentárias. Quem acha que já faz muito pelas pernas correndo ou pedalando por aí, é melhor interromper a leitura aqui e passar para outras seções da revista.

    Tentaremos descrever a seguir a execução de alguns exercícios e suas variáveis dentro da academia, mas vale a recomendação de procurar um profissional (de preferência, que treine! Um professor de musculação não precisa necessariamente ser “saradão”, mas precisa treinar. Ou por acaso alguém se trata com um dentista banguela?) Para orientar em qualquer mudança na rotina de treino.

    Vale ainda uma lembrança, falando em recuperação:

    Algumas pessoas gostam de “dividir” o treino de pernas, fazendo em um dia todos os exercícios para o quadríceps, e em outro dia os para bíceps femoral... Nenhum problema, mas todos os movimentos para o frontal da coxa (com exceção da cadeira extensora...) Trabalham os femorais como sinergista, portanto, descanse pelo menos um dia entre esses treinos, quando for separar o trabalho das musculaturas posterior e frontal da coxa.

    Agachamento: vários treinadores de renome costumam afirmar: “se tivéssemos que resumir bodybuilding em um só exercício, seria o agachamento!” Por que então respeitar opiniões outras que afirmam ser este um “exercício proibido”? Proibido por quem? Ou para quem? Aliás, vamos aproveitar e esclarecer que não existem exercícios proibidos. Existem sim, pessoas proibidas ou limitadas em fazer determinados tipos de movimento, mas condenar qualquer exercício porque “saiu um trabalho dizendo...” É um artifício simples para gente preguiçosa (ou “franga”...) Fugir da missão de ensinar. Outra coisa para “desconfiar” são as novas literaturas lançadas recentemente onde professores que não têm mais o que inventar simplesmente sugere proezas e façanhas como colocar a barra nas costas e saltar! Isso é tudo, menos musculação. Lembre-se: exercícios resistidos não têm impactos, portanto não acredite em exatamente tudo que se vê nos livros ou que se aprende na faculdade, porque tem muita gente que nunca pegou num peso querendo “ensinar” e muitos teóricos (com 30 cm de braço...) Que baseiam seus resultados em trabalhos obscuros e duvidosos sem nunca ter experimentado o que pregam. Lembre-se de que as verdades na ciência mudam, e que daqui a dez anos os aparelhos de mensuração (leia-se eletromiógrafos, por exemplo...) De hoje serão sucata e o Arnold confiava “só” no seu instinto e no seu sistema nervoso central, para saber qual movimento pega o quê.

    Em todas as suas variáveis é importante a prática do agachamento tendo-se em mente que a cabeça direciona o movimento... Ou seja, olhe para cima (como fazem os atletas do powerlifting) e imagine o crânio puxando o resto do esqueleto para o final do movimento, ou olhe sua imagem no espelho. Para baixo, nunca! Outra recomendação válida (como procedimento para maior eficácia e segurança) é descer devagar e subir rápido, ou seja, executar a parte excêntrica do movimento de forma lenta e concentrada e a concêntrica com intenção rápida e explosiva.

    1) livre com a barra por trás do pescoço: todo praticante deveria pelo menos experimentar esse exercício, salvo aqueles com restrições médicas. Colocar um “calço” embaixo dos calcanhares só é necessário se o praticante não tiver os isquiotibiais alongados. O corpo todo participa do movimento, mas concentre-se em fazer força só nas coxas. Executar uma ou duas série com pouca carga como aquecimento é uma atitude prudente, mesmo se esse não for o primeiro exercício da rotina. Pés em paralelo ou levemente abduzidos dependem do conforto do praticante. Não existe “mais certo” ou “mais errado”. Tente! (com a supervisão do professor...).

    2) livre com a barra pela frente: recomendado apenas para praticantes avançados, de difícil execução por causa do equilíbrio exigido. Conseqüentemente grande número de fibras musculares requisitadas. Por causa da alavanca menor, não tente fazer com a mesma carga que consegue levantar com a barra por trás do pescoço. As maiores cargas serão aplicadas neste movimento quando realizado no smith machine (barra guiada).

    3) no multi ou smith machine – para quem nunca agachou, essa é a melhor forma de aprender, mas é preciso lembrar que os exercícios realizados livremente solicitam um número maior de fibras musculares do que aqueles feitos em máquinas. Descer completamente ou só até 90° de flexão do joelho depende da aptidão de quem executa, assim como as referências para a segurança e conforto. Sem questionamento, esse é um dos melhores exercícios para os glúteos, especialmente se o praticante descer bastante e conseguir realizar uma contração isométrica neste grupo ao final de cada repetição. Com os pés totalmente abduzidos e descendo até a linha paralela ao solo é um excelente trabalho complementar aos adutores (especialmente se realizar em super série com o adutor na máquina).

    4) na máquina articulada: infelizmente não são todas as academias que possuem esse equipamento, que possibilita uma variação interessante sob o aspecto da amplitude do movimento. O praticante pode literalmente “sentar” com a ajuda da máquina. Muitos profissionais também usam essa variação como artifício para se atingir um nível maior de fadiga, fazendo todas as séries de agachamento livre bem pesado e depois realizando uma drop set no articulado até “travar”, o que seria pouco seguro na barra livre.

    Leg press: com certeza um dos exercícios que possibilitam as execuções com bastante carga. Bodybuilders profissionais conseguem levantar até uma tonelada nesta máquina, em mais de seis ou oito repetições. Não é por isso que o praticante deve “enfeitar” a máquina com todas as anilhas da academia, chamar as recepcionistas para subirem também, e realizar meio movimento.... O importante neste exercício é a posição dos pés, no sentido de que: quanto mais para cima do apoio estiverem, maior será a requisição do bíceps femoral. Alguns atletas realizam inclusive os movimentos com os pés bem para cima e elevando levemente o quadril do banco (foto). A maneira mais segura de ensinar é a execução com o lombar totalmente apoiado, sem balançar o quadril, e sem levantar os calcanhares do apoio durante todo o movimento. Antigamente era muito popular nos “ginásios” a máquina em 90°, praticamente extinta nos dias de hoje, mas quem gosta dessa maneira “Old School” de treinar, pode fazer o exercício no smith machine, com as costas no chão e os pés na barra. Normalmente, por causa da carga elevada, não se recomenda começar a rotina de pernas por esse exercício. As máquinas de leg press com tijolinhos atendem somente os iniciantes, nem tente se enganar!

    Hack machine (carrinho): excelente exercício complementar ao agachamento e ao leg press, mas sem a pretensão de substituí-los. Boa alternativa também para aqueles que não gostam agachar com a barra apoiada no pescoço, ou até mesmo para ensinar um iniciante o movimento de agachar. Existem máquinas que permitem a execução na horizontal, muito eficazes para aquelas pessoas que não suportam muito bem a pressão “de cima para baixo”. Jamais substituirá com a mesma eficiência os movimentos livres, sob o aspecto de requisição de fibras musculares, mas é melhor do que simplesmente abolir.

    Avanço ou afundo: ele faz parte da rotina de todas as atletas profissionais que possuem um glúteo denso e fibrado. O movimento livre pode ser realizado com halteres nas mãos ou com a barra atrás do pescoço, o que exige muito equilíbrio e é muito eficaz quando faz parte de um tri set ou super série, por causa da pouca carga recomendada em sua execução. Maiores cargas podem entrar quando se realiza no smith machine, também com aquela contração isométrica no glúteo da perna de trás, que aliás o movimento não obriga, mas já que está fazendo, aproveite o exercício ao extremo. Cuidado com as execuções “circenses” utilizando bancos ou steps para apoiar o pé posicionado à frente. Nenhum problema, mas não se esqueça de que possui somente dois joelhos nesta vida...

    Cadeira extensora: como dito anteriormente, esse é o único exercício para os quadríceps onde os posteriores da coxa não atuam. Por incrível que pareça também, é o mais arriscado para a articulação dos joelhos quando executado com muita carga. Normalmente inicia-se ou termina-se uma rotina para frontais da coxa neste movimento, portanto, chute rápido, faça isometria em cima por dois ou três segundos até sentir os retos femorais arderem, desça vagarosamente e reveja as suas cargas. Finalizar um treino fazendo algumas séries na execução unilateral no-stop (de uma perna para outra, sem descanso.) É uma experiência inesquecível...

    Stiff: discorremos bastante sobre esse movimento (que é de alongamento...) Na seção “na prática” da edição número 54 desta revista... Importante lembrar (de novo!) Que é muito eficaz para os glúteos, especialmente quando realizado em super série com exercícios como a elevação pélvica ou o abdutor na máquina. Muitas destas combinações estão demonstradas nos dvds “Complete Body Workout 2” (com a atleta Andréa Carvalho) e First Pro Monster Workout 1 e 2 (com os atletas Celso Reis e Rafael Ranieri). Uma variação interessante para o seu treino seria começar a rotina de posteriores da coxa com esse exercício.

    Mesa flexora: a antiga “mesa romana” dos institutos de modelagem física evoluiu muito nos últimos anos, mas cuidado: nenhuma dessas máquinas, por mais moderna que seja trabalha os glúteos, simplesmente porque o movimento não cruza a articulação... Então, se alguém disser que “‘sente pegar os glúteos” neste movimento. É melhor colocar as mãos para trás do corpo para evitar um processo de assédio sexual... Brincadeiras à parte, esqueçam o glúteo neste movimento e preocupe-se com o ritmo, como se estivesse fazendo uma rosca direta: suba em “1, 2” segundos e desça em ‘1,2,3,4’ segundos. Procure sentir a contração do começo ao final do movimento (os americanos chamam de “full range of motion” – você já deve ter lido isso em algum lugar) Como procedimento de segurança, recomende aos iniciantes e intermediários para começarem sempre sua série por esse exercício. Aos avançados, começar a rotina de pernas treinando posteriores pode ser uma técnica para pré-exaustão dos quadríceps nos movimentos de cadeia cinética fechada. Experimente fazer o leg press só depois de ter treinado posterior. Possivelmente vai usar menos carga que o normal e o quadríceps será exigido ao máximo, já que a musculatura sinergista estará previamente exaurida. Só para executar o agachamento livre é melhor não utilizar esse mesmo procedimento, por razões óbvias. Alguns professores gostam de “mostrar serviço” pressionando o lombar do aluno durante o movimento neste aparelho.... Na maioria dos casos isso é desnecessário e pode até ser contra producente, se o aluno em questão tiver uma lordose acentuada ou a cadeia posterior da musculatura encurtada.

    A opção de colocar um halter entre os pés e fazer o mesmo movimento da máquina num banco livre, neste caso, por causa da ação da gravidade é menos eficaz. Experimente também, como uma variação, subir com as duas pernas e descer com uma de cada vez...

    Cadeira flexora: esse equipamento começou a surgir nas academias na década de 90, com a pretensão de atender melhor as pessoas que não gostam de deitar com o bumbum para cima, mas hoje os novos modelos visam atingir um ponto de contração (quando os pés estão embaixo do glúteo, na posição final) que dificilmente alguém conseguiria chegar deitado, sem levantar o abdome da mesa. Excelente para ser utilizado nas super séries, já que é muito mais confortável simplesmente sair da cadeira do que levantar-se da mesa para realizar o segundo exercício. Complementa o trabalho da mesa, não a substitui.

    Flexora unilateral: também inicialmente criado como a cadeira flexora, essa máquina tem só um problema: para os modelos que não possuem apoio para o abdomem permitem uma báscula muito grande do quadril e um movimento de “roubo” perigoso para o lombar. Evite executar com muita carga, prefira deixar esse exercício como o último de sua rotina, e faça as séries de uma perna para outra, alternadamente sem descanso (no-stop!).

    Adutor: aos preconceituosos que acham ser esse um “exercício para mulherzinhas”. Sugiro que assistam ao treinamento dos campeões internacionais... O próprio Ronnie Coleman afirmou em várias entrevistas que só conseguiu ganhar volume mesmo nas coxas depois de acrescentar esse exercício à sua rotina. A execução deve sempre ser em velocidade baixa e grande amplitude. Combinar com outros movimentos (como a elevação pélvica, por exemplo...) É uma maneira eficaz de aumentar a intensidade da rotina. Prefira as máquinas aos cabos e caneleiras... Menor possibilidade de erros na execução.

    Sissy squats: recomendado somente aos avançados. Muito popular entre os bodybuilders profissionais e um mistério para os professores de educação física que não treinam...

    Eficaz para acentuar a densidade e definição das porções vasto medial e reto femoral, especialmente se utilizado em tri sets ou super séries. Um movimento complicado de ensinar porque tem que seguir um ângulo de aproximadamente 45° em relação ao solo, sem equipamento. Iniciando-se de pé, flexiona-se os joelhos e os calcanhares saem do solo, ao mesmo tempo em que o quadril se direciona à frente e o peitoral para trás, forçando o praticante a olhar para o teto, enquanto avança em direção ao chão, sempre respeitando o ângulo inicial ( amplamente demonstrado nos dvd’s citados anteriormente ). Para complicar um pouco mais se adiciona uma anilha de 10, 15 ou 20 kg, abraçando-a na altura do peitoral. A ajuda do professor ou de um parceiro é valiosa nesse momento, mas se o aluno não quiser, deve apoiar-se em um aparelho ou em uma barra fixa. Experimente ficar por dez segundos na posição final do movimento depois de cada série.

    Boa sorte e bons treinos!

    Prof. Esp. Wagner Rocha
    contato@wagnerrocha.com
    www.wagnerrocha.com
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