hypocrazybr

Com devido respeito aos professores que orientaram você a passar a usar o smith irei discordar pelo textão a seguir.
 
Orientar um aluno a realizar agachamento no smith devido a restrições - desde que não sejam decorrentes de efetivas restrições, p. ex., acidente ou má formação congênita que o impeça - é como pedir para você usar uma moto para fazer uma atividade física de deslocamento que até então era feito de bicicleta por se sentir cansado ao pedalar.
 
Um agachamento realizado de forma problemática pode estar associado a diversas causas: falta de flexibilidade do tornozelo, encurtamento de isquiotibiais, distância estabelecida entre os pés imprópria, posicionamento incorreto do tronco, entre outras. Estas que eu citei eu tive e tenho todas. O que fiz foi trabalhar para diminuir, mitigar, tais restrições por meio dos exercícios de alongamento e mobilidade e dezenas - quase uma centena - de filmagens de perfil e de frente. Hoje em dia o meu agachamento está menos ruim do que aquele que eu fazia no passado. Posso chamá-lo hoje dia de "tolerável". Levei mais de um ano pra evoluir um tiquinho.
 
Face ao exposto, uma mente poluída poderia pensar que você tenha sido orientado a fazer o agachamento no smith para que você tivesse seu problema resolvido. Porém não foi. O problema foi contornado e pode continuar lá.
 
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Falando agora do aparelho de smith propriamente dito: é um equipamento acessório. Ele isola o trabalho principalmente do quadríceps. Seguramente se eu estivesse em uma academia fazendo um treino ABC, onde C seria o treino de pernas, eu iria inclui-lo. A sensação de tensão zero na lombar é agradável e permite que a gente se concentre em somente esgotar o trabalho do quadríceps.
 
No entanto, por ser um exercício guiado, o curso do movimento não segue à nossa cinesiologia, isto é, nossas articulações, se livres estiverem, não seguirão ao mesmo curso. Logo, como mencionei, por ser um acessório, é recomendável que trabalhe-se neste aparelho com intensidade voltada a repetições ou ainda com técnicas específicas, ao invés de intensidade com aumento de carga. Trocando em miúdos:
ao treinar agachamento, afundo, supino, leg press vertical, etc, no smith é melhor realizar séries com um número alto de repetições, coisa lá pra 12, 15 até 20 repetições, usar rest-and-pause ou ainda, se tiver com colegas ou com um personal, fazer um drop set.  não se deve usá-lo para teste de carga máxima ou low reps (repetições com força máxima na ordem de 1 a 6 repetições) por causa da cinesiologia mencionada observe ainda que ao se trabalhar em tal zona de intensidade, precisamos de duas barrinhas que salvam nossas vidas, chamadas safe bars, que não existem no aparelho de smith. Elas servem para segurarem a barra antes de esmagarem a gente, seja no agachamento ou no supino rotacionar o punho para retornar com a barra ao cavalete numa condição limítrofe, próxima da falha, não é tão fácil assim. Uma exceção a isto talvez seja o encolhimento de ombros e o treino de panturrilhas (gêmeos em pé). Eu pessoalmente, não me sinto cometendo um enorme pecado fazendo estes dois exercícios no smith e com mais peso Logo, se sua intenção seja comprar um aparelho de smith pra montar sua home-gym, é bom sondar o espaço, pois talvez vá necessitar de outros aparelhos, como mesa flexora e leg press. No entanto, se você, como eu, tem orçamento e espaço limitados pra isto, a melhor solução é um power-rack. Aliás, aquele power-rack que você citou também tem um outro exercício fundamental na musculação, que eu não mencionei, chamado de mergulho nas paralelas (DIPS).
 
 
Supino na máquina de smith é realizado, por exemplo, desta forma:
 
E, por fim, dê atenção a outras opiniões, pois com o tempo, sem querer, às vezes cada um puxa a sardinha pro seu lado. Há pessoas que simplesmente não suportam realizar exercícios compostos e outras não gostam de isoladores. E acabam criando dogmas em torno de uma ou de outra coisa.
 
Se você gosta de resistência muscular localizada, por exemplo, tem grana, tem espaço, invista em aparelhos, enfim, escute a si próprio também. Agora, se você gosta de realizar exercícios compostos, um power-rack, um banco e anilhas já fazem a festa. Ambos promovem ganho de massa muscular e hipertrofia. O melhor caminho é a combinação dos dois.

Pessoal, achei interessante vir aqui compartilhar sobre esse Half power rack (ou Squat Rack) que fiz, o grande diferencial dele é que ele possui um sistema retrátil muito prático. Fiz com base no PRX performance rack, vendido nos EUA. Ou seja, trata-se de uma réplica do modelo deles, tentei fazer o mais parecido possível para que o sistema retrátil funcionasse bem. Nos EUA essa Rack custa por volta de $1000, dependendo do modelo, passando para real e contando os 60% de imposto, daria uns R$ 9mil, isso sem contar frete, ninguém pagaria nem metade por um half power rack aqui no Brasil.
Ele foi construído com metalon 60x60 de 2,65mm de espessura, a barra chata são de 2" de largura por aproximadamente 9mm de espessura (não me lembro da medida exata em polegadas, acho que era 5/16).
Apesar das partes móveis, o maior trabalho foi a furação, os furos maiores para encaixe do j-hook são de 16mm e foram feitos com uma broca escalonada, talvez seria mais fácil com uma "broca serra copo".
A estrutura ficou muito firme, não balança ao fazer barra ou ao devolver a barra nos j-hook.
Utilizei para fazer esse rack: furadeira de bancada, maquina de solda, esmerilhadeira, e dobradeira (mas daria para dobrar cortando parcialmente com a esmerilhadeira e soldando)
Não faço ideia quanto que um serralheiro cobraria para fazer.
Se alguém tiver interesse em fazer eu tenho o projeto, fiz o desenho no SketchUp para facilitar a execução e diminuir as chances de erro.
A cor foi minha esposa que escolheu rsrsrs.