Excipientes: Drágeas: estearato de magnésio, povidone, silicato de magnésio,
açúcar granulado, goma arábica, amido de milho, carbonato de cálcio, goma
laca, corante vermelho bordeaux, corante verde mistura, q.s.p. 1 drágea.
Flaconetes: metilparabeno, sorbitol, essência de limão, ácido cítrico
monohidratado, levulose, álcool etílico 96º GL, água deionizada, q.s.p. 10
ml.
INFORMAÇÃO AO PACIENTE
Ação esperada do medicamento
ORNITARGIN ajuda a transformar produtos tóxicos, decorrentes da
metabolização de proteínas, em substâncias menos tóxicas, passíveis de serem
excretadas ou reaproveitadas.
Cuidados de armazenamento
Manter a embalagem fechada. Conservar em temperatura ambiente (temperatura
entre 15º C e 30º C). Evitar local quente (ambiente com temperatura entre
30º C e 40º C). Proteger da luz e umidade.
Prazo de validade
Drágeas: 24 meses a partir da data de fabricação. Flaconetes: 36 meses a
partir da data de fabricação. Atenção: Não utilizar o produto fora do prazo
de validade impresso na embalagem. Após este prazo, o medicamento poderá
perder gradativamente a eficácia, não se obtendo os resultados terapêuticos
esperados.
Gravidez e lactação
Informar seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou
após seu término. Informar ao médico se está amamentando.
Cuidados de administração
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e
a duração do tratamento.
Interrupção do tratamento
Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Reações Adversas
Informar seu médico o aparecimento de reações desagradáveis.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Ingestão concomitante com outras substâncias
Não são conhecidas quaisquer restrições ao uso de ORNITARGIN juntamente com
alimentos.
Contra-indicações e precauções
Informar seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do
início, ou durante o tratamento.
ORNITARGIN é contra-indicado para pacientes com hipersensibilidade ao
produto.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA A
SAÚDE.
INFORMAÇÃO TÉCNICA
Características
Os aminoácidos, além de serem biomoléculas constituintes de proteínas e
peptídeos em todos os organismos vivos, contribuem, através de sua oxidação,
com o fornecimento de 10 a 15% da energia total necessária, para que as
células desempenhem adequadamente suas funções. Essa degradação oxidativa se
dá principalmente durante a renovação ativa das proteínas estruturais,
quando há excessiva ingestão de aminoácidos, durante o jejum e exercícios
físicos e na Diabetes mellitus. Uma vez eliminado o grupo amino, são
formados os alfa-cetoácidos, cuja oxidação a gás carbônico e água, no ciclo
de Krebs, produz ATP, molécula que contém energia utilizável pela célula. O
outro metabólito produzido por essas reações é a amônia, molécula altamente
tóxica para inúmeros tecidos.
A remoção da amônia dos tecidos periféricos é realizada através de sua
coleta pelo sangue, com posterior remoção pelo fígado. Este órgão transforma
a amônia em uréia, composto solúvel, 40 vezes menos tóxico, excretado pela
urina.
O ciclo metabólico responsável pela transformação de amônia em uréia
chama-se ciclo de Krebs-Henseleit ou ciclo da uréia. Durante o ciclo, a
Ornitina capta uma molécula de amônia do sangue e se transforma em
Citrulina, que por sua vez retira mais uma molécula de amônia do sangue,
transformando-se em Arginina. A molécula de Arginina desdobra-se em uréia e
Ornitina, sendo a primeira excretada pelo rim e a segunda reiniciadora do
ciclo. Ao mesmo tempo em que se processa a captação de amônia do sangue, é
retirado também, gás carbônico (CO2), na forma de ácido carbônico. Estudos
experimentais em ratos intoxicados agudamente com amônia, demonstraram a
eficácia de ORNITARGIN.
Quanto maior for a capacidade de detoxicação hepática e o aporte de amônia
circulante, maior será a formação de uréia e seu nível na corrente
sangüínea. Contudo, em graves e extensas lesões hepáticas ou quando existe
um excessivo aporte de amônia na corrente sangüínea, a detoxicação da amônia
pode ser comprometida. Nesta última situação, a amônia, por si, interfere em
várias fases do ciclo da uréia e Krebs, pela inibição de várias enzimas.
Na fisiopatologia da encefalopatia hepática, participam diversos mecanismos
que resultam na depleção de neurotransmissores a nível do Sistema Nervoso
Central. A hiperamoniemia é um desses fatores. Para o tratamento desse
desequilíbrio metabólico, a oferta de Arginina, Ornitina e Citrulina, com a
finalidade de reduzir as taxas de amônia sangüínea, se constitui de uma
alternativa terapêutica.
A Arginina desempenha um importante papel no metabolismo muscular, pois além
de ser um veículo de transporte de amônia, é precursora de creatina-fosfato,
composto de grande importância na bioenergética dos músculos e nervos. A
Arginina tem ainda importante função na neoglicogênese, auxiliando o consumo
de ácido lático, formado durante a atividade muscular. Assim sendo, a
suplementação com ORNITARGIN pode ser de extrema valia nas atividades
físicas em virtude da elevada degradação de aminoácidos musculares, com
acúmulo de amônia e da diminuição das reservas musculares de
creatina-fosfato. Mesmo na instauração de suplementação alimentar a base de
aminoácidos, deficientes em Arginina e Ornitina, pode-se evidenciar uma
hiperamoniemia secundária.
Recentes publicações demonstraram que a L-Arginina é precursora do Óxido
Nítrico (ON), identificado como Fator Relaxante Derivado do Endotélio
(EDRF), um potente vasodilatador. Além disso, a produção de ON a partir de
L-Arginina tem sido citada como o mecanismo de defesa primário contra
microorganismos intracelulares, bem como patógenos como fungos e helmintos.
Estudos mostraram que animais deficientes de Arginina, perdem rapidamente o
colágeno contido nos tendões, ossos, cartilagens e tecido conjuntivo. Isso
pode ser explicado pelo fato da Arginina ser precursora da prolina,
principal aminoácido contido no colágeno, cuja síntese é estimulada por
incisões na pele.
INDICAÇÕES
Hiperamoniemia
Estados de astenia
Intoxicações exógenas
Tratamentos hiperproteicos
Como suplemento da dieta.
Na prática de exercícios físicos
CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade ao produto, insuficiência renal crônica, acidose
metabólica e respiratória.
PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS
Não são conhecidas até o presente momento.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Não são conhecidas até o presente momento.
EFEITOS COLATERAIS
ORNITARGIN pode ocasionar flatulência (gases) que tende a desaparecer após o
décimo dia da ingestão.
POSOLOGIA
Drágeas: 2 a 4 drágeas por dia, ou a critério médico.
Flaconetes: 2 a 3 flaconetes por dia, ou a critério médico.
SUPERDOSAGEM
Na eventualidade de superdosagem recomenda-se adotar as medidas habituais.
PACIENTES IDOSOS
ORNITARGIN pode ser usado por pessoas acima de 65 anos de idade, desde que
observadas as precauções do produto.