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DMF

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Histórico de Reputação

  1. Gostei
    DMF deu reputação a 2drafael em Relato Ganhos De Mobilidade/flexibilidade   
    Valeu por acompanhar. Espero que o tópico lhe seja útil!

    _____________________________________-


    Hoje foi dia de trabalhar com lower body. Ontem viajei o dia inteiro, então hoje estava com dores na lombar e me sentindo todo "travado".

    Lendo o diário do Aless esses dias, vi que ele postou esse artigo. Como eu sei que tenho alguns encurtamentos na panturrilha e cadeia posterior, resolvi focar o dia de hoje nesses músculos.





    Ok, então comecei fazendo o seguinte teste:



    Vamos ao trabalho! Comecei com um alongamento dinâmico bem simples que o Eric Cressey ensina no DVD Magnificent Mobility. A posição é https://www.youtube.com/watch?v=91LTXkFOFhg, mas o exercício tem movimento. Você levanta depois abaixa o pé que está em baixo.

    Próximo passo foi pegar minha garrafa pet foam roller e "soltar" as panturrilhas. Foi um pouco dolorido, mas vale muito a pena.

    Depois disso parti pra alongamentos estáticos. Alongamentos básicos, que todo mundo conhece. Segurando 1~2min cada por 3 séries cada. Feito isso, temos o re-test:


    Apesar de a câmera ter ficado em uma posição diferente, dá pra perceber que melhorou.

    Feito isso, peguei meu foam roller e uma bolinha de tênis. Rolei as pernas pela garrafa livremente até achar pontos doloridos. Achei poucos, mas os que eu achei estavam muito doloridos. Depois usando a bolinha de tênis tentei atingir tecidos que não tinha atingido com a garrafa. Rolei quadris, psoas e glúteos em cima da bolinha. Esse trabalho com a bolinha de tênis dói pra caramba, mas vale muito a pena.

    Descansei e fui tentar fazer um 10min deep squat. Com os pés retos e na posição ATG, não consegui abrir os joelhos sem tirar os pés do chão. Então fiz esse MWod e tentei de novo. BOOM! Joelhos abriram bem sem tirar os pés do chão. Ainda tem muito o que melhorar, mas tive boa evolução hoje.

    Analisando as 2 fotos que eu tirei, lado-a-lado, reparem nas marcações:



    Na marcação em vermelho, dá pra perceber que antes minhas costas estavam simétricas (lado esquerdo e lado direito). Depois que eu alonguei, o lado esquerdo ficou mais levantado. Durante os alongamentos, percebi que tinha muito mais dificuldade em alongar o lado esquerdo e provavelmente ele foi menos trabalhado. Nos próximos alongamentos, prestarei mais atenção à esses detalhes.

    E na marcação em preto, reparem que na primeira imagem, os joelhos estão juntos. E na segunda, eles estão separados. Preciso continuar melhorando essa rotação para obter melhor execução no agachamento. Então hoje vi resultado positivo. Vou continuar trabalhando pra continuar melhorando.

    E por hoje é só isso. Qualquer dúvida/crítica/sugestão/comentário, por favor, poste.

    Sobre as fotos, eu as redimensionei para 800x600. Ficaram em tamanhos bons?

    Abraço!
  2. Gostei
    DMF deu reputação a 2drafael em Relato Ganhos De Mobilidade/flexibilidade   
    Estava conversando com o
    Aless e ele me sugeriu que criasse esse tópico, relatando ganhos/melhoras de flexibilidade/mobilidade, usando tanto alongamentos estáticos quanto mobilizações. Então vamos lá!
    Objetivos

    O objetivo desse tópico é, principalmente, enriquecer a área mobilidade e o fórum Hipertrofia. Eu serei cobaia. Tenho alguns problemas de postura e vários problemas com flexibilidade e mobilidade. Então irei relatando o que eu estou fazendo e como estou fazendo. Vocês, que estão acompanhando, podem me dar sugestões do que fazer e pegar dicas comigo. Vou tentar ajudar na medida do possível.

    Regras

    Antes de começar o tópico de verdade, queria estabelecer algumas regras.

    1) Comentários do tipo "Você tá frango ein" ou "precisa botar massa" ou "bf ta alto" serão ignorados e pedirei a moderação que os delete, para não poluir o tópico. Se você tem algum comentário desse tipo, faça-o no meu diário de treino.

    2) Se for fazer alguma crítica, que seja construtiva.

    3) Siga as regras do fórum!

    Quem sou eu

    Sou Rafael, tenho 19 anos (farei 20 esse ano) e treino há pouco menos de 2 anos. Não treinei sério nesses 2 anos, por isso, tive resultados pouco expressivos. No entanto, ano passado fiquei boa parte do ano estudando sobre treinamento e sobre como corrigir alguns dos meus problemas. Obtive bons resultados, e é por isso que resolvi criar esse tópico. Pra compartilhar com vocês meus resultados e para pegar dicas para continuar melhorando.

    Minha história de treinamento tem no meu diário de treino.

    Como vai funcionar o tópico

    Vou relatando quando tiver coisa nova pra postar. Provavelmente postarei diariamente ou dia sim dia não. Vou postar fotos mais antigas e fotos mais atuais. Pretendo tirar fotos mostrando minha situação atual de mobilidade/flexibilidade e ir atualizando para mostrar melhorias. Também vou tentar postar vídeos.


    Não tenho muito mais o que explicar. Ainda estou juntando material, e amanha postarei bastante coisa e durante a semana vou atualizando.

    É isso ai. Espero que acompanhem. Qualquer sugestão/dúvida/crítica, por favor, comentem!

  3. Gostei
    DMF deu reputação em Controlando O Volume De Um Treino De Força   
    Por Quisso

    INTRODUÇÃO

    Recentemente vem crescendo no fórum o contexto de treinos de força e funcionais em geral planejados individualmente, e mesmo de modificações de templates já prontos de forma a satisfazerem um objetivo individual.
    Não havendo, porém, um conteúdo específico sobre o controle de algumas variáveis fundamentais no planejamento atlético, decidi fazer rapidamente essa revisão.


    OBJETIVO

    Introduzir o conceito da Tabela de Prilepin e apresentar formas de controlar o volume de treino para intermediários e avançados.


    A TABELA DE PRILEPIN


    A tabela de Prilepin é, basicamente, uma compilação de faixas de intensidade de treino por limiares de repetição por série, das quais se tira ainda um número ótimo e um limiar total de repetições a se executar num treino de modo a se desenvolver de maneira ótima força, explosão, velocidade e forma nos levantamentos. O princípio todo foi com base numa série de estudos em uma população considerável de levantadores olímpicos soviéticos (OLESHKO e LAPUTIN, 1982), e de lá dos anos 1970 pra cá já foi adaptada pra uma série de outros esportes, desde o mais conhecido, o powerlifting, pelo Louie Simmons (não tenho certeza se ele leva o crédito todo), até treinos calistênicos, como publicado no Overcoming Gravity, pelo Steven Low.

    Vou tentar abordar aqui mais o lado do treino com pesos, uma vez que não estudei suficiente a aplicação do método pra treinos calistênicos.



    Essa é a versão do Prilepin, publicada no Managing the Training of Weightlifters e só explicando ela rapidamente então, intensidade refere-se a porcentagem sobre 1RM, o Limiar de Reps (LiR) indica o número de repetições a serem feitas em uma série, o Total de Reps (ToR) é a soma de todas as repetições feitas em todas as séries, obedecendo então a um volume específico já determinado, e Reps Ótimo (ReO) é o volume ótimo dentro de uma determinada faixa de intensidade. As intensidades mais baixas são usadas pra trabalhar velocidade e explosão, e as mais altas pra trabalhar força (LAPUTIN e OLESHKO, 1974).

    Em suma, o que ela significa é que, por exemplo, se você levanta 100kg num determinado levantamento, você vai treinar com 70kg, 3 a 6 repetições, sendo o volume ótimo de treino de 18 repetições (6x3 ou 3x6), podendo fazer no mínimo 12 repetições (4x3, 3x4 ou 2x6) e no máximo 24 (8x3, 6x4 ou 4x6), sendo que volumes abaixo de 12 repetições seriam pouquíssimo estimulantes ao desenvolvimento de qualquer aptidão, e acima de 24 repetições haveria prejuízo em algum dos aspectos ligados ao levantamento e/ou a recuperação do treino (seja diretamente, em função do volume aumentado no levantamento em si, ou indiretamente tanto pelo prejuízo a um dos aspectos do levantamento devido a fadiga, como pela influência no volume geral do treino).

    Outra observação a se fazer é que não são feitas repetições acima de 6. Isso é devido a natureza dos levantamentos, cuja forma tende a decair muito com o aumento do número de repetições (e.g. em função da fadiga) (OLESHKO e LAPUTIN, 1982).

    Uma outra versão ficou popular, até onde eu sei, com a Elite FTS, e que reflete a abordagem da Westside Barbell com relação ao uso de limiares de intensidade abaixo de 70% de RM, nas quais se baseiam os dias de treino dinâmico (Dynamic Effort, DE) e que foram uma adaptação do método original (fundamentado em levantadores olímpicos) ao powerlifting (KONTOS, 2007).



    E também essa tabela passa a trabalhar com ranges de intensidade. Por que isso difere da outra? Aquela dá intensidades específicas. Então se você decidir trabalhar com 75% de RM você acaba ficando entre duas faixas de intensidade, sem saber ao certo qual das duas usar como parâmetro pra definir o número total de repetições a serem feitas.




    Particularmente, prefiro essa representação pra mesma tabela, e não passa disso mesmo, só uma representação diferente.

    Mas ainda tem um problema, a tabela usa números pra apenas um exercício em um treino. Num treino com diretrizes bastante específicas com relação às assistências e que usa da tabela somente pro “exercício central” como são os métodos da Westside Barbell isso pode até funcionar bem. Mas à partir do momento em que você passa a um contexto de treino diferente, como se populariza aqui no fórum os ABs e fullbodies com um enfoque a mais em força, e mesmo qualquer planejamento de treino com enfoque funcional, você tem, por exemplo, o seguinte viés:

    Um treino usando diferentes faixas de intensidade, dadas elas 90%, 75% e 50%. Usando os números ótimos de treino pro mesmo exercício em faixas diferentes, você teria então 24+18+7 levantamentos, ao todo, 49 levantamentos, incluindo um exercício explosivo e um extremamente pesado. Das duas uma, ou não daria pra completar o treino ou ele não daria certo, seja individualmente, seja num mesociclo inteiro.

    HRISTOV (2005) publicou um método sobre como lidar com esse problema e sobre como planejar microciclos de treino de forma a poder planejar melhor os ciclos que se conformam. E é o que sumarizarei à seguir.

    Escore de Número de Levantamentos de Prilepin (Prilepin Number of Lifts Score) (PNLS)


    O PNLS é uma forma de relacionar o número de levantamentos em uma dada faixa de intensidade com os de outra, ambos dentro de um mesmo treino.
    Admite-se para o limite superior de ToR o valor 1, obtendo-se os seguintes dados:



    Portanto, sempre que se fizer o número máximo de levantamentos (segundo a tabela) em uma determinada faixa de intensidade, ter-se-á um PNLS de 1, e calcula-se ele usando-se a seguinte fórmula:
    PNLS=(ToR em uma determinada zona)/(ToR superior)
    Sendo assim, tendo-se em um treino séries 2x6@60% (duas séries de seis repetições à 60% de RM) pra um supino, teríamos 12/30=PNLS, PNLS=0,4. As tabelas dizem pra gente que o PNLS máximo é 1. Então, pra se adequar mais a isso, adicionamos 3x5@75%, tendo então um PNLS de 0,625, e um total pro exercício de 1,025 (0,4+0,625). A maior parte das zonas de intensidade cairão entre 0,7 e 0,8.

    Mas surge então outro problema:
    6x4@72%
    6x4@77%

    Ambas as abordagens terão PNLS de 1, mas a número 2 será mais difícil. Falta, portanto, uma correlação direta entre a intensidade aplicada e o número de levantamentos.

    HRISTOV (2005) fez então uma nova correlação de dados, sendo dessa vez - ainda usando como base os dados da tabela de Prilepin – uma correlação entre o ToR, que passa a ser chamado de NOL (número de levantamentos, Number Of Lifts), pra denotar a característica variável dele:





    Observa-se que somando intensidade e o número superior do total de reps a serem feitas em uma determinada intensidade obtém-se um valor próximo de 100. À partir dessa observação propôs-se a seguinte fórmula, correlacionando diretamente o total de reps feitas (NOL)com a intensidade, chamando-se o índice obtido de INOL:
    INOL (de uma série) = NOL/(100 – Intensidade)
    Se usarmos ela com os exemplos anteriores teremos:
    6x4@72%
    INOL=24/(100-72) = 0,86
    [*]6x4@77%

    INOL=24/(100-77) = 1,04
    [*]Supino (2x6@60% + 3x5@75%)

    INOL = [12/(100-60)]+[15/100(-75)] = 0,3 + 0,6 = 0,9



    A nova formula favorece um maior volume com intensidades menores e menor volumes com maiores intensidades.
    E a diferença entre 5x2@80% e 2x5@80%?
    5x2@80%
    INOL=10/(100-80) = 0.1 + 0.1 + 0.1 + 0.1 + 0.1 = 0,5
    [*]2x5@80%

    INOL=10/(100-80) = 0,25 + 0,25 = 0,5



    Ambos os INOLs são iguais, porém, no primeiro caso, ele tá distribuído em mais séries, ao contrário do segundo que concentra a mesma intensidade em menos séries, o que denota maior dificuldade.

    O índice INOL é calculado pra cada exercício individualmente, então um treino com vários exercícios terão pra cada um um INOL diferente.
    Na avaliação do autor, o INOL semanal pra um determinado exercício (somando os INOLs de todos os treinos da semana pra um exercício) seria o seguinte:






    Em geral treinos com INOL individual de 0,6 a 1 tendem a funcionar melhor pra grande parte das pessoas, e separar o INOL semanal em treinos mais frequentes com INOLs mais baixos também tende a ser mais produtivo.


    CONCLUSÂO

    A criação de índices comuns e formas de mensurar variáveis como a do volume de treino são fundamentais no planejamento de um treino com objetivo de desenvolver aptidões físicas de maneira otimizada.
    Os índices apresentados aqui têm fundamento na tabela de Prilepin e têm como foco a aplicação prática a levantadores experientes, assim como possivelmente a análise subjetiva de demais treinos.

    No aspecto da construção estrutural de atletas (e.g. fisiculturismo) mostra-se cada vez mais importante a observação da consistência de treino e progressão constante, onde índices que equalizem treinos que muitas vezes não são perfeitamente iguais e/ou lineares podem ser de grande ajuda na eliminação de fatores que atrapalhem o desenvolvimento do atleta.


    REFERÊNCIAS

    LAPUTIN, Nikolai P.; OLESHKO, Valentin G. Managing the Training of Weightlifters. Sportivny Press, 1982.
    KONTOS, Tim. Prilepin’s Chart. Articles Elite FTS, 2007. Disponível em: < https://articles.elit...™s-chart/ >. Acesso em: 01 de novembro de 2012.
    HRISTOV, Hristo. How to Design Strength Training Programs using Prilepin's Table, 2005.





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