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Escola sem Partido


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7 horas atrás, NewbieTrack disse:

Não existe doutrinação à direita.

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É sério isso???

6 horas atrás, FrangoEctomorfo disse:

Depois tiraríamos a economia marxista dos cursos de economia, já que Marx nunca foi economista e nunca criou economia alguma.

Assim você tira a autoridade de Olavo de Carvalho... Afinal o que ele é e o que ele criou?

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Tramita no Senado a inclusão nas diretrizes e bases da educação do “Programa Escola Sem Partido”. A proposta foi apresentada pelo Senador Magno Malta, da bancada evangélica.

 

O Universo Racionalista já manifestou uma opinião oficial contrária ao projeto, assim como os setores mais intelectualizados da sociedade civil. Combinado com isso o MPF (Ministério Público Federal) em nota técnica apontou a inconstitucionalidade do projeto. Apesar disso, o objetivo desse texto é contribuir com outros elementos para o debate.

 

É preciso responder o que propõe esse projeto e porquê sua aprovação seria um retrocesso para produção de conhecimento. Apesar desse nome “simpático” para parte da população, essencialmente pelo fato de existir um rechaço às organizações políticas, gerada pelos inúmeros escândalos de corrupção, existem elementos de fundo que precisam ser debatidos. O nome do projeto, em si, pouca relação tem com seu conteúdo, pois não se debate suprir a liberdade de organização partidária (o que seria mais escandaloso). Nesse sentido, a partir de pontos do projeto (reproduzidos em negrito) será debatido o seu real significado e seu impacto para educação.

 

Art. 2º. A educação nacional atenderá aos seguintes princípios:

I – Neutralidade política, ideológica e religiosa do Estado; ”

 

Inicialmente é preciso discutir neutralidade. Muitos afirmam que é preciso mostrar “todos os lados”. Em primeiro lugar, existiram fatos históricos e consequentemente políticos que não são passíveis de neutralidade, pelo contrário, devem ser combatidos com muito rigor intelectual.

 

Por exemplo, o que propõe o Movimento “Escola Sem Partido” quando se ensinar sobre o Nazismo ou sobre a escravidão no Brasil? Neutralidade ou profunda reflexão acerca dos bárbaros crimes que foram cometidos contra a humanidade nesse período? Como explicar a colonização do Brasil sem debater o genocídio cometido contra os povos indígenas?  Os defensores da escola sem partido propõem contemporização dos fatos? Propõem que o professor em sala de aula diga: “bem alunos, é preciso entender as boas intenções dos nazistas”.

 

E quando se ensina sobre Ditadura Militar na América Latina, o que dizer? “Alunos… a tortura, assassinatos e estupros de homens, mulheres e crianças foram importantes para garantir a democracia”. Ou se deve fazer uma profunda discussão para evitar que nossa sociedade mergulhe novamente na barbárie, onde as pessoas eram mortas por pensar diferente? É ou não é importante dizer que 471 cientistas foram perseguidos na ditadura colocando o Brasil ainda mais na dependência científica dos países desenvolvidos? (1)

 

Ou em uma aula sobre meio ambiente que se discuta o aquecimento global ou desmatamento da Mata Atlântica, o que dizer? “Olha gente, também tem o pessoal que diz que o aquecimento global não existe… Se não tiver desmatamento como vamos ter mais fazendas que produzem soja, se coloquem do lado do dono… Eles desmatam por uma boa causa”.

 

O papel da educação não deve ser um mediador de ideias antagônicas, pelo contrário. Cabe a educação ser o elemento reflexivo frente a acontecimentos concretos, para que possibilite gerações que não viveram determinados acontecimentos históricos a ter uma opinião crítica sobre ações que a humanidade já cometeu no passado e que ela seja o elemento consciente para impedir retrocessos.

 

“VII – Direito dos pais a que seus filhos recebam a educação religiosa e moral que esteja de acordo com as suas próprias convicções

 

Iniciando pelo aspecto moral, é comum que as pessoas tenham distintas visões morais. A questão é que temos que refletir se existe uma moral que possa nortear o ambiente escolar ou cada um segue sua moral.

 

Os profissionais da educação, em especial, os que atuam com crianças em vulnerabilidade social sabem que os jovens acabam reproduzindo práticas lamentáveis que apenas refletem a “moral do vale tudo” muitas vezes aprendidas em casa como: bullying, machismo, racismo, homofobia, agressões verbais e físicas, o que acaba por tencionar o ambiente escolar. Cabe a escola fazer um contraponto a essa postura, sabendo que muitas vezes os pais aplaudem as posturas dos filhos. É comum os pais compactuarem com as práticas citadas acima com o “singelo” argumento de que “é apenas uma brincadeira”, “esse mundo politicamente correto é muito chato”, entre outros.

 

Isso ocorre por que várias gerações aprenderam que para se divertir é preciso ferir, humilhar e agredir o outro. Na concepção desses alunos e dos pais, que muitas vezes incentivam, essas ações são perfeitamente de acordo com suas morais. Cabe a educação capitular a essa moral ou lutar por uma moral que prime pelo respeito às diferenças?

 

Sobre o direito de os pais exigirem uma educação de acordo com suas convicções religiosas, é preciso escrever em letras garrafais que O ESTADO É LAICO. Isso não significa que ele deva combater a religião, que no Brasil algumas são até muito bem tratadas, com isenção de impostos, concessão de televisão, etc. Estado Laico significa que o conjunto de suas instituições não deve ser influenciada por questões religiosas e isso inclui a educação pública.

 

Na prática a “Escola Sem Partido” é uma manobra para aprovar o PL do Marcos Feliciano para tornar obrigatório o ensino do criacionismo na escola, porém com uma roupagem mais palatável. O que “Escola sem partido” propõe que seja ensinado? Que homem veio do barro, a mulher da costela do Adão, que Deus fez o mundo em 6 dias?

 

Além disso, a ciência não é um mero mecanismo para conhecer as coisas, mas ela é uma ferramenta determinante para melhorar a vida da humanidade, como o aumento da nossa expectativa de vida, que está diretamente relacionada aos avanços científicos.

 

Cada vez que um paciente opta por um método científico de cura é uma derrota para um charlatanista religioso que quer arrancar cada tostão de uma pessoa que se encontra em fragilidade física e emocional. O conhecimento cientifico é um antídoto contra o crescimento do obscurantismo religioso. Por isso, a sede de alguns setores religiosos em desmoralizar e combater a ciência e o pensamento crítico nas escolas, inclusive fisicamente (vide Idade Média).

 

Lutar contra “Escola Sem Partido” significa também defender o ensino científico nas escolas, na perspectiva de que as futuras gerações sejam mais alfabetizadas cientificamente do que as que sucederam e que elas possam conduzir a humanidade a caminhar nas trilhas da racionalidade.

 

   “Parágrafo único. O Poder Público não se imiscuirá na opção sexual dos alunos nem permitirá qualquer prática capaz de comprometer, precipitar ou direcionar o natural amadurecimento e desenvolvimento de sua personalidade, em harmonia com a respectiva identidade biológica de sexo, sendo vedada, especialmente, a aplicação dos postulados da teoria ou ideologia de gênero. ”

 

Em primeiro lugar, ninguém opta sobre sua orientação sexual.  A orientação sexual não esta relacionada com educação A ou B, tampouco como afirmou Bolsonaro: “Ter filho gay é falta de porrada! ”. Hoje em dia se acumulam evidências de que o comportamento sexual tem profunda influência genética. (2)

 

Segundo, só no “mundo fantástico dos delírios, em que o PT está dando um golpe comunista” que as escolas: imiscuirá na opção sexual dos alunos nem permitirá qualquer prática capaz de comprometer, precipitar ou direcionar o natural amadurecimento e desenvolvimento de sua personalidade.”. Pelo contrário, as escolas seguem sendo um ambiente profundamente homofóbico, onde gays e lésbicas sofrem muito preconceito e inclusive agressões físicas de seus colegas.

 

 Frente a uma situação de homofobia qual deve ser o papel da escola? Se abster ou debater que é necessário respeitar as diferenças? Obviamente o ambiente escolar deve ser um espaço de respeito às diferenças e não ter uma postura de intolerância e preconceito. Magno Malta (autor do projeto), inclusive, ameaçou renunciar mandato se Lei Anti-homofobia fosse aprovada no Congresso(3). Assim, parece que para os partidários da “Escola sem partido” e o senador, a escola e o estado não devem “se meter” no tema sobre o respeito a diversidade sexual e que as pessoas devem resolver essa questão de forma medieval, com violência e assassinatos contra a comunidade LGBT.

 

Também é preciso, sim, ter uma política de educação sexual com os jovens, instruindo sobre DSTs, métodos contraceptivos, etc. As últimas gerações têm uma forte influência ao estímulo sexual por parte da mídia e, ao mesmo tempo, pouca educação sobre o tema o que leva, muitas vezes, a gravidez precoce e DST´s.

 

Por fim, os defensores do projeto “Escola Sem Partido” fazem uma completa caricatura do momento atual da educação. As escolas cumprem um papel insuficiente na perspectiva do avanço da criticidade científica e social. Milhares de estudantes terminam o segundo grau sem saber conceitos básicos de evolução; quiçá uma formação filosófica com base no ceticismo científico.

 

Isso se deve a tentativa permanente de sucateamento da educação, com escolas sem uma estrutura mínima para se ter um laboratório de ciência, professores com baixos salários e com pouco ou nenhum estímulo a ter formação continuada.

 

Por isso, o lamentável desse projeto é que ele não quer acabar com uma escola crítica e reflexiva, afinal, hoje infelizmente ela não cumpre esse papel, mas sim desmoralizar ainda mais um punhado de educadores que vão na contramão, estimulando uma educação crítica.

 

Lutar contra a “Escola Sem Partido” significa, não só defender uma educação crítica (ou fazer com que ela se torne), mas sim derrotar os setores mais reacionários que querem impor uma derrota científico/intelectual a fim de abrir caminho para o charlatanismo religioso.

 

http://www.universoracionalista.org/escola-sem-partido-mas-afinal-o-que-querem-os-inimigos-da-razao/

http://www.universoracionalista.org/declaracao-do-universo-racionalista-sobre-o-projeto-de-lei-concernente-a-ideologia-do-programa-escola-sem-partido/

Editado por Faabs
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2 horas atrás, Torf disse:

 

É sério isso???

 

Nas escolas não, nunca vi. Aliás fiquei curioso, doutrinação a direita seria o que basicamente? Imagino um professor dizendo aos alunos que o regime militar foi um bom periodo para o país, no outro dia ele seria demitido de certeza.

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Escola é para ensinar conteudo científico. Se o professor é de esquerda ou direita, se é hetero ou homo, se é racista ou não, o problema é dele. O professor não pode chegar numa sala de aula (principalmente turmas iniciais) e ficar expondo a opinião dele sobre política, religião, sexo e seja lá o que for. Ele está ali pra ensinar e não para ficar expondo a sua opnião, opinião ele expões no bar com os amigos ou em casa com a família dele. Está certo que muitas crianças não tem educação de qualquer tipo em casa, mas outras tem. Eu tenho filhos e não forço eles a seguir minha religião ou parido político, ensino para eles os conceitos morais, o que é certo ou errado, deixo que eles façam sua escolhas. Que direito tem um professor de impor a opnião dele em sala de aula, que direito ele tem de induzir o meu filho a uma religião ou partido político?

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Um dos mais ferrenhos apoiadores do Escola Sem Partido é o Alexandre Frota

 

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Isso exemplifica a minha critica a tudo que vem da Direita. A direita não tem bagagem intelectual para propor nada. Ela é carente de intelectuais. A direita é oca.

 

Os caras citam Olavo de Carvalho o tempo todo, não porque eles são burros (na verdade eles são burros, mas não é esse o motivo) eles citam porque o Olavo é um dos poucos entre eles que consegue redigir um texto. 

 

Esses caras são analfabetos, vai por mim.

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O problema do cara é o frota, pelo visto o preferência sexual de alguém dita se ela diz ou não coisa boa, entendi...

 

Sobre o olavo, li pouca coisa dele e nem me digno a falar nada, até pq não consigo, mas uma coisa, criticar o cara por post de facebook é mamata, já que todos que o criticam ele leram, entenderam e refutaram TUDO que ele diz, pq não escrevem um livro?? ficariam famosos e acabariam com a fama dele que tanto incomoda pelo visto..

 

Sobre o projeto: não li a fundo, só sei que doutrinação é péssimo e f*de com a mente dos indefesos, o ideal seria os pais verem o que é melhor para os filhos.

 

 

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Se a direita é oca, a esquerda é o que? Letrada???....

 

Não gosto de falar do que não conheço de todo. Teria que ler o texto todo do Escola sem partido pra opinar com alguma propriedade. Pelo menos a ideia INICIAL (sem partido) é boa. É uma coisa que aqui mesmo botaram num tópico sobre o limite da liberdade de expressão (que nunca será absoluta). Desenvolver senso crítico não pode servir de desculpa pra doutrinar alunos, seja qual for a ideologia. O professor fica numa posição muito confortável para fazê-lo, já que normalmente, os alunos evitam ir contra o professor.

 

Na área de humanas, boa parte dos professores é inútil mesmo...pra passar o mesmo conteúdo que eles passam, tem N maneiras, mas aí vão reclamar que gera desemprego...acho que o Brasil tem que valorizar e enfocar mais na parte de exatas (matemática doravante), como faz o Japão e outros países.

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13 horas atrás, danilorf disse:
 
Spoiler

 

Escola sem censura

SÃO PAULO, 29 DE JULHO DE 2016 ÀS 08:45 POR OLAVO DE CARVALHO

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O nome "Escola Sem Partido" evoca o isentismo hipócrita que os jornais brasileiros encarnam tão bem, que só serve à esquerda e que ainda dá a ela a chance de acusar os adversários de querer praticá-lo

No imaginário popular, criado e alimentado por essas três classes de vendedores de drogas que são os jornalistas, os professores e o pessoal do show business,  o termo “universidade medieval” evoca imediatamente um ambiente mental opressivo e rigidamente dogmático, hostil à linda “liberdade de discussão” que a modernidade viria a inaugurar para a felicidade e conforto do gênero humano.

Como praticamente tudo o que vem dessas três fontes, isso é a exata inversão da realidade.

Nas universidades medievais, o principal método de ensino, ao lado da lectio ou comentário de texto, era a disputatio, ou debate organizado, que, dada uma questão, começava justamente pelo levantamento de todas as opiniões pró e contra disponíveis e em seguida prosseguia pela confrontação sistemática dos argumentos que as sustentavam.

O aluno que desejasse defender alguma ideia era convidado primeiro a reproduzi-la fielmente e argumentar contra ela, da maneira mais eficiente que pudesse, levando em conta todos os argumentos preexistentes, para ter a certeza de que se movia em terreno firme.

Ao contestar uma opinião, devia, antes, anunciar se negava alguma das suas premissas, o desenvolvimento lógico do argumento ou a sua concordância com os fatos conhecidos.

Em nenhuma universidade do mundo, nos dias que correm, vigora tamanho respeito pela liberdade de opinião e pela honestidade do debate. Nem mesmo no campo das ciências naturais, onde a distribuição das verbas de pesquisa, a mando de governos, de grupos bilionários e de interesses corporativos, já bloqueia in limine a mera possibilidade de discussão das teorias julgadas inconvenientes.

Mas, se isso é assim em praticamente todas as universidades do mundo, no Brasil a seletividade autoritária é ainda agravada até à demência pelo império dos professores ineptos –cinqüenta por cento deles, entre os recém-formados, analfabetos funcionais –, que defendem ferozmente os seus privilégios grupais e os seus interesses partidários contra o risco de discussões abertas que terminariam inevitavelmente pela sua desmoralização pública.

É esse estado de coisas que seus criadores e mantenedores descrevem, cinicamente, como “pluralismo”, “liberdade democrática” e “respeito pelas diferenças”.

O fenômeno do Dicionário Crítico do Pensamento da Direita (leiam aqui), em que cento e vinte professores universitários, subsidiados por verbas oficiais e privadas, prometiam um vasto panorama dessa corrente de opinião e em lugar dela promoviam a sua ocultação sistemática, ludibriando desavergonhadamente seus alunos e os leitores em geral, já bastava para ilustrar no ano de 2000, com amostragem estatística mais que suficiente, um estado de controle ditatorial que desde essa época não cessou de se ampliar formidavelmente e que seus beneficiários defendem com a bravura de militantes fanatizados e a mendacidade de criminosos psicopáticos contra a intrusão do “Escola Sem Partido”.

Há alguma coisa errada com o "Escola Sem Partido"? Há. O nome. Deveria chamar-se "Escola Sem Censura", porque a parte mais decisiva da dominação comunista na educação brasileira não consiste na propaganda ativa, que pode ser eficiente mesmo quando em doses mínimas, e sim na exclusão sistemática de tudo o que a contraria.

A mente do estudante pode se defender do que lhe dizem, mas fica impotente quando os meios de reagir lhe permanecem totalmente desconhecidos.

O nome "Escola Sem Partido" evoca o isentismo hipócrita que os jornais brasileiros encarnam tão bem, que só serve à esquerda e que ainda dá a ela a chance de acusar os adversários de querer praticá-lo.

Outro erro é a insistência na palavra “doutrinação”. Doutrinação é a inculcação sistemática de um corpo de sentenças ou teorias, de uma visão da realidade, que não pode nem mesmo ser compreendida sem alguma confrontação, por modesta que seja, com hipóteses adversas ou alternativas.

Como dizia Benedetto Croce, “é impossível compreender um filósofo sem saber contra quem ele se levantou polemicamente”. E Julián Marías explicava que a fórmula de qualquer tese filosófica não é simplesmente “A é C”, mas “A não é B e sim C”.

Nesse sentido, pode-se dizer que nas escolas brasileiras, mesmo de nível superior, a quantidade de doutrinação é mínima.

Pascal Bernardin demonstrou, no já clássico Maquiavel Pedagogo, que as técnicas pedagógicas, algumas velhas de muitas décadas, utilizadas hoje em dia para escravizar mentalmente a população estudantil, do primário à universidade, são ardis psicológicos calculados para produzir mudanças de comportamento sem passar pelos processos normais de formação de opiniões, isto é, subtraindo-se não somente à confrontação crítica mas a qualquer exame consciente do que está sendo ensinado.

Freqüentemente as condutas induzidas permanecem no nível pré-verbal, como por exemplo no caso do menininho que, em vez de ouvir uma apologia ao homossexualismo, é convidado – por experiência, só por experiência – a dar um beijo sensual na boca do seu coleguinha.

Ou, na universidade, o aluno que, antes de ter ouvido dois minutos de teoria marxista, é liberado da aula para juntar-se a uma assembléia “contra o golpe”, tendo de escolher entre curvar-se à pressão dos pares ou tornar-se um réprobo, um excluído, um maldito fascista, sem ter tido ao menos a oportunidade de esboçar mentalmente alguma objeção formal à conduta pretendida.

A indução de comportamentos, a engenharia social, a pressão dos pares, a chantagem psicológica e a intimidação velada ou aberta são os procedimentos usuais empregados em praticamente todas as universidades brasileiras para manter a população estudantil obediente a padrões de conduta cujo alcance ideológico ela pode permanecer até mesmo incapaz de formular verbalmente.

Desde os estudos de Kurt Lewin, nos anos 40 do século passado, está demonstrado que procedimentos desse tipo são muito mais eficientes do que qualquer propaganda ou “doutrinação” explícita. E hoje em dia é notório que o emprego maciço desses recursos psicológicos é recomendado e imposto até mesmo pelos organismos internacionais.

O professor que aplique essas técnicas até transformar os seus alunos no mais obediente dos rebanhos pode mesmo reagir com indignação ante a sugestão de que os esteja “doutrinando”. E não é impossível que em alguns casos ele esteja mesmo sendo “sincero”, no sentido da autopersuasão histérica que se apega a uma auto-imagem grupal  defensiva para não precisar julgar moralmente o que faz na realidade.

Esses dois pontos fracos deram aos inimigos do “Escola Sem Partido” , de mão beijada, a oportunidade de ouro de inverter o quadro todo da situação, apresentando as reivindicações do movimento como se fossem as deles próprios e atribuindo a ele as propostas simetricamente inversas.

Os cinco pontos fundamentais do "Escola Sem Partido" são tão obviamente justos e tão solidamente amparados na Constituição Federal, que os inimigos do movimento, para combatê-lo, não tiveram outro remédio senão roubá-los e fingir que o movimento defendia as propostas contrárias.

Isso não é discussão, é difamação proposital, ardilosa, dolosa no mais alto grau.

 

 

 

Quem fala contra o projeto de lei alegando que é censura só pode ser analfabeto, não é possível:

 

13 horas atrás, danilorf disse:

Comparem o que diz a tal “Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC)” com o que consta, clarissimamente, do texto do projeto “Escola Sem Partido”. O lugar desses promotores é NA CADEIA:


Art. 4º. No exercício de suas funções, o professor:

I – não se aproveitará da audiência cativa dos alunos, com o objetivo de cooptá-los para esta ou aquela corrente política, ideológica ou partidária;
II – não favorecerá nem prejudicará os alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas, ou da falta delas;
III – não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas;
IV – ao tratar de questões políticas, sócio-culturais e econômicas, apresentará aos alunos, de forma justa, as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito;
V – respeitará o direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções;
VI – não permitirá que os direitos assegurados nos itens anteriores sejam violados pela ação de terceiros, dentro da sala de aula.

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13 horas atrás, danilorf disse:

Reduzir o antimarxismo a Adam Smith e Durkheim É fazer propaganda marxista. https://t.co/t8SCSZXMNL

 

O Renato Janine Janine Ribeiro é talvez o fingidor cínico mais nojentinho que já abriu a boca neste país. Fazendo-se de isentão, ele proclama: “O professor precisa ensinar Karl Marx, mas também Adam Smith e Émile Durkheim.” Bem, o fato é que já ensina. O liberalismo clássico de Adam Smith e a sociologia positivista de Durkheim já estão integrados e absorvidos na visão marxista, pelo simples fato de que o primeiro foi um precursor essencial dela e a segunda é considerada pelos marxistas a única alternativa respeitável, por ser tão materialista quanto o próprio marxismo. A força da hegemonia se mede, EM PRIMEIRÍSSIMO LUGAR, pela sua capacidade de escolher os adversários que lhe convêm e excluir todos os outros. Todo professor marxista menciona, ao menos de passagem, Smith e Durkheim, mas varre para baixo do tapete os adversários realmente perigosos do marxismo, como Eugen von Böhm-Bawerk, Eric Voegelin, Nicolai Berdiaeff, José Ortega y Gasset, Alexandre Zinoviev, Eric von Kuelhelt-Ledihin e tantos outros. Reduzir o antimarxismo a Adam Smith e Durkheim É fazer propaganda marxista.

 

Qualquer pessoa que colocou o pé numa faculdade sabe que existe sim essa censura. Quem dirá nas escolas de ensino médio e fundamental. E é extremamente fácil comprovar isso: é só ir pegar a bibliografia recomendada dos cursos que você vai notar a completa ausência de qualquer corrente de pensamento que não pode ser absorvida pelo marxismo.

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