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[Evolução] [SEM BARI] Partindo dos 142,35 kg com vistas aos 82 kg


Falso gordo

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Teu nutri é ruim e não sabe lidar contigo, você precisa de acompanhamento muuuuuito mais específico.

Agendei endocrinologista e novo nutri, mas o médico só retorna à cidade no final de janeiro. E, o nutri na primeira semana de fev.

 

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Após milhares de erros, tentativas e mais erros, o que você aprendeu sobre si mesmo?

Quais são as maiores dificuldades?

Eu sistematizei a tentativa de 2021.2 que deu origem a essa thread. E, a reli/editei hoje.

Relato IMC 43 - Apresentações Google

 

O que reler a tentativa 01 hoje evidenciou:

Acertos

Eu conheci alguns pratos congelados que melhor se enquadram com minha rotina alimentar a despeito da minha carga horária e renda, isso é excelente. Eu não os faço desde 2021.2. Por que não reinseri-los na rotina alimentar hoje? São casos de sucesso.

Aprendi a fazer controle de porção.

Aprendi a fazer controle de danos - vai pedir uma pizza? compra esfirra gourmet, que são pizzas menores que a brotinho; ou uma pizza brotinho. A família vai pedir hamburguer? come o hamburguer, corta a maionese. Imediatamente depois, toma um shake hiperproteico com fibras e foca na hidratação. Minha família não pede porcaria mais de 1 x no mês. Nós já cultivamos o hábito de quem quer comer besteira sair individualmente para comer. Sobretudo quando eu tô focado.

 

Erros

Permaneci sedentário. Não melhorei a qualidade de sono. Não reduzi o consumo de café. Não elevei o consumo de água.

Não fui capaz de ver meus acertos, valorizei em excesso os erros e me permiti cair num espaço mental de desistência.

Continuei num ciclo de ausência de controle de porção e más escolhas alimentares depois de interpretar a tentativa 01 como fracasso. Ou seja: períodos muito longos entre a percepção de fracasso e a próxima tentativa.

Fui incapaz de ver que não existe um momento na vida em que eu vá voltar a me alimentar como eu me alimento hoje.

Fui incapaz de reconhecer que os hábitos alimentares que meu corpo pede (porções grandes de alimentos obesogênicos) são a origem da perpetuação desse quadro de obesidade.

 

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Por que continuar sendo radical sendo que você sabe que tu não funciona assim e nem consegue segurar o rojão?

Porque eu só obtive sucesso em emagrecimento no passado por meio de abordagens radicais (fui de 133 kg a 92 kg no protocolo de jejum de dia alternado e 2 sessões de treino/dia por 4 meses em 2013.

A razão pela qual eu entrei em reganho foi porque eu não conhecia nada além da rotina patológica de um obeso grave e da abordagem radical de emagrecimento. Hidratação, fibras, proteínas e gorduras boas nem passavam pela minha cabeça. Muito menos janelas sensatas de jejum 8/16 ou exemplos práticos de porções que se enquadram com minha realidade socioeconômica e minha rotina de estudos.

 

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Como estão os exames?

Em 5 dias eu saio da cidade universitária, volto para a casa dos meus pais, faço meus exames lá e aí atualizo a thread. Mas, a principio nenhuma alteração além de glicada em pré-diabetes e discreta hipercolesterolemia (não que essas não sejam alterações alarmantes, é só que é o que se espera de um obeso grave).

 

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(...) seu tratamento deve ser psicológico em primeiro lugar, só depois você vai ter resultados físicos consistentes

 

Concordo que acompanhamento psicológico é uma das bases do tratamento. No entanto, eu jamais colocaria  o acompanhamento psicológico em primeiro lugar, porque isso implica na necessidade de um profissional. O que alimenta o bom e velho discurso psiquiátrico no qual a obesidade é a consequência de um adoecimento mental e não a causa de múltiplas doenças psiquiátricas.

 

Claro que isso sempre precisa ser estudado paciente a paciente. Mas, eu não penso que todas as pessoas em obesidade grave precisam necessariamente de múltiplas sessões de terapia (eu fiz terapia por 3 anos não consecutivos). Muito menos de intervenção farmacológica.

A realidade clínica dos pacientes que eu tenho acompanhado durante minha graduação em medicina é justamente marcada por um coletivo de pacientes excessivamente medicalizados que continuam longe de suas metas de emagrecimento (para comentar o mínimo, a saúde mental é evidentemente mais complexa que adequação a peso/circunferência abdominal). Em adição, esses pacientes tornam-se progressivamente mais dependentes de terapia e de drogas psiquiátricas que não são resolutivas em nada além de tornar o paciente menos autônomo e o peso para sua família mais leve, porque com o tempo essas pessoas viram zumbis sedados. E, desculpa, mas na minha visão isso não é terapêutico - é o oposto disso.

Terapia para obesidade é mudança de estilo de vida, resgate de autonomia, suporte emocional, educação em saúde (sobretudo nutricional e desportiva). O que resulta em manutenção de uma rotina equilibrada que promove ganho de massa magra até que se atinja uma taxa metabólica basal igual ou superior ao consumo calórico que o paciente tinha quando era obeso. Embora, claro, além da alteração metabólica seja alterado também o estilo de vida e a mentalidade desse paciente para que ele não faça mais o consumo dos mesmos subprodutos alimentares que consumia, nas mesmas porções.

 

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porque o processo de emagrecimento demora

Discordo. O processo de emagrecimento propriamente dito não demora.

O que demora é construir a percepção de como deve ser a rotina para obter sucesso para aquele paciente em específico e fazê-lo internalizar a nível consciente, subconsciente e, por consequência, prático e de forma resolutiva e permanente. E, aí é que existem os prazos da literatura, né? 18 a 36 meses. Em pacientes com baixa escolaridade, possivelmente mais de meia década.

Já no meu contexto, uma vez verdadeiramente internalizadas quais as etapas requeridas e já feito o acompanhamento psicológico e psiquiátrico (quando necessário); o emagrecimento - sobretudo em indivíduos com obesidade grave é muito mais rápido. Raramente leva mais de 8 meses.

Existe uma cultura que prega jornadas de emagrecimento superiores a 12 meses para pessoas em obesidade grave. E, eu sou extremamente cético a essas falas. Se você estudar as jornadas de emagrecimento publicadas nos últimos 20 anos vai notar que ninguém leva 12 meses para ir de obeso para sobrepeso. Essa fase não dura sequer 6 meses. Leva-se ao menos 18 meses para, por definição, classificar o protocolo como resolutivo ou não resolutivo. Mas, isso já é outra conversa.

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Citei tratamento, não acompanhamento kk

Demora no sentido de vc pegar o feeling e o comprometimento pq se vc entrar muito radicalzão do nada, tendo o psicológico fraco, vc não vai completar OU vai ter um rebote futuro pesado (que já ocorreu).

 

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Citei tratamento, não acompanhamento kk

e eu evidenciei as razões pelas quais sua hipótese é fraca. Propor terapia psicológica e/ou psiquiátrica como abordagem primária geral ao paciente em obesidade grave acima de questões mais condicionantes como rotina alimentar, desportiva, higiene de sono, consumo de álcool e de café e construção de equilíbrio psicológico autônomo (ao invés de tratamento) é um erro comum cometido por pessoas que não fazem a menor ideia sobre como é feito o manejo desse tipo de quadro.

Terapia cognitiva comportamental/psicanálise ou psicofármacos podem ser, sim, parte de um protocolo extremamente efetivo. Se houver indicação. E, nunca acima da mudança de estilo de vida (atv física/sono/nutrição/cafeína e outras drogas/controle de comorbidades).

 

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 tendo o psicológico fraco, vc não vai completar OU vai ter um rebote futuro pesado (que já ocorreu).

kkkk obrigado pela preocupação com meu bem-estar. Não vou mais responder seus comentários porque você demonstrou ter dificuldades básicas para interpretar texto e ainda reduziu todas as dinâmicas de manutenção do quadro de obesidade a patologias mentais, tanto de forma geral quanto no meu caso em específico.

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pelos seus relatos dá pra ver que você tem dificuldade em aderir aos programas que se propõem, além do fato de fazê-los de forma radical (quer resultado rápido), isso mostra que você tem uma ansiedade alta em relação a isso, e essa ansiedade se reflete na qualidade/quantidade de alimentos que você ingere e porque está obeso. 

você falou acima que a psicoterapia/psiquiatria não estão acima das outras estratégias, porque de fato são elas que vão te trazer a redução de peso, mas se você não consegue aderir, então a terapia/psiquiatria são pré-requisito. Não tenha medo/vergonha de pedir ajuda psicológica/psiquiatrica, remédio pra ansiedade funciona e muito bem. Você precisa entrar com todas as frentes, sozinho já viu que não consegue

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aí eu concordo forte. Ansiolíticos como cofatores para maximizar adesão são uma excelente ferramenta. Vou discutir sobre eles na minha consulta com o médico de família terça-feira.

Postado (editado)

cara, eu já fiz mt tratamento psicológico e por um tempo psiquiátrico (por ansiedade não relacionada a comida), e acabei tendo a oportunidade de perceber como o meu problema com comida e sobrepeso sempre foi principalmente mental (histórico, familiar, traumas, compulsão, ansiedade, impaciência)

 

eu ainda não atingi o resultado que quero, mas sinto que ganhei o controle da situação depois que primeiro resolvi na cabeça, antes disso, os sentimentos de auto crítica eram similares aos seus.

 

também não adianta só tomar remédio e não fazer uma análise pessoal e "resolver" a relação com a comida e com o próprio corpo etc

Editado por jow7401
fix
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Eu era bem obeso, só comecei a ter resultados consistentes quando ajeitei meu psicológico, mas se você concluiu dessa forma então tudo bem né, enfim, boa sorte.

Postado (editado)

Acompanhando, e te desejo força. Mas o que tá sobrando aí é racionalização para justificar suas falhas e pouca atitude de fato. Não tem solução mágica ou rápida para esse problema, e você tem que aprender a ter prazer em treinar e evoluir. Academia pode ser um um lugar onde você esquece de todos os outros problemas da sua vida, se concentra em evoluir a cada exercício,  vai valorizar sua evolução física e mental e assim vai pensar vinte vezes antes de estragar tudo comendo porcaria. 

Editado por ml_rage
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Acompanhando, e te desejo força. Mas o que tá sobrando aí é racionalização para justificar suas falhas pouca atitude. Não tem solução mágica ou rápida para esse problema, e VOCÊ TEM QUE APRENDER A TER PRAZER EM TREINAR E EVOLUIR.

 

Academia pode ser um um lugar onde você esquece de todos os outros problemas da sua vida, se concentra em evoluir a cada exercício,  vai valorizar sua evolução física e mental e assim vai pensar vinte vezes antes de estragar tudo comendo porcaria. 

valeu a pena cada segundo falando merda nessa thread só pra ler o que você escreveu. Essa é a síntese perfeita dos erros que eu mais estou cometendo. Muito obrigado pelas palavras, de coração.

Postado

Atualização:

17.12.22 - Peso 133.2 kg

Intercorrências: 4 L água/dia, construção de marmitas para a semana, iniciei um diário de tudo o que eu como. Consulta com endocrinologista e nutricionista agendadas.

Algum lapso alimentar desde o último post? Não.

-

Subjetivo:

Desde a reativação do tópico eu voltei a fazer marmitas congeladas e 2 sessões de treino/dia. Sendo 1 deles 1.5 h de caminhada intercalada por trote ao ar livre e o outro treino anaeróbico na academia (descrição do treino no slide). Voltei a me manter satisfatoriamente hidratado (o que é de longe a tarefa mais difícil do dia, sempre). E, procurei mais tarefas para ocupar minha mente ao invés de enfocar demais em progressão nesse projeto de recomposição corporal (tô projetando mudanças para meu quarto no sketchup do absoluto zero e conhecendo a cidade em que moro há 4 anos. Incrível como não conheço quase nenhum ponto turístico da cidade que moro há 4 anos).

 

O maior insight da reativação do tópico foi a percepção de que, em contexto de recomposição, são dois projetos que precisam ser administrados em paralelo: as metas de curto prazo, porque dia 13.02.23 eu ingresso no internato e quero perder o máximo possível de gordura de forma resolutiva até lá. Visto que a rotina do interno em medicina pode ser bastante obesogênica, sobretudo dado meu histórico.

E, as metas de médio e longo prazo que se propõem a ser sustentáveis e envolvem o alinhamento entre os hábitos de vida e as expectativas clínicas (as metas de rendimento desportivo e de bioimpedância mesmo).

 

Parte das razões pelas quais eu não sustentava meus projetos de emagrecimento é porque I. eu só entrava em um de dois modos: desistência ou realização de metas de curto prazo. Além, claro, do II. excesso de carga horária que dificulta a capacidade de tomada de decisões alimentares, III. vício alimentar, IV. incapacidade de compreender que o programa de recomposição exige respeito a um tipo muito específico de rotina diária e consequentes V. sedentarismo VI. Tentativa de manter uma dieta flexível demais ao invés de fazer minucioso controle de porção e aderir ao 80/20.

 

Penso que os principais pontos subjtivos/teóricos foram (finalmente) ajustados. Então, farei as atualizações semanais aos sábados com medidas corpóreas e peso. :)

  • 4 semanas depois...
Postado

14/01/23 - Peso 128.7 kg

Intercorrências:

Eu escolhi não fazer marmitas até a consulta com a nutri (16.01) e optei pela rota que a meu ver seria mais desafiadora, porém mais resolutiva: eu fiz todas minhas refeições à mão, seguindo o cardápio nutricional de 2022.1, da Dra Larissa.

Eu entrei em lapso alimentar nos dias dia 02 a 04 de jan porque não me preparei adequadamente nos dias em que passei na casa do meu irmão, consumi pouco volume por dois dias consecutivos e no terceiro é óbvio que deu merda. Paciente obeso  não  operado não pode ficar sem volume (fibras) nas principais refeições do dia, é um tiro no próprio pé.

 

Subjetivo:

Eu me abri no insta pelo close friends e tenho utilizado a comunidade virtual de lá para me manter no foco, posto fotos de todas as refeições, foto do cardio e foto nos dias de academia.

Tenho ido para a academia 3 x na semana e feito 5 km (tempo médio em 46 min) 4 x na semana. Nos dias em que malho, eu aqueço por 10 min na esteira somente. E nos dias em que eu malho e faço cardio, o cardio é sempre 6 a 8 h depois. Mas, eu faço o possível para não ter que treinar os dois módulos no mesmo dia.

 

Instintivamente eu tenho funcionado melhor fazendo três refeições ao dia: almoço, lanche da tarde e jantar às 19 h.

No dia em que eu vou fazer uma refeição de exceção, ao invés de diminuir a ingesta de calorias para compensar, eu passei a ingerir mais alimentos ricos em fibra e proteínas para não desencadear uma crise de compulsão ou um estado mental de hiperfoco em que eu passo horas idealizando comer mais, mais e mais.

Ontem teve um aniversário aqui em casa e ao invés de conter a exceção alimentar a uma refeição, o pessoal decidiu abrir um cento de salgados de festa antes do meio dia. Para manejar essa situação, eu comi uma laranja com canela, duas fatias de pão com creme de ricota (usualmente eu não tenho mais comido pela manhã, só o fiz pra não ficar tentado), almocei uma marmita fit e voltei pro quarto (pra não passar tempo demais na cozinha cheia de besteira), e à tarde eu ainda lanchei cuscuz com ovos para finalmente à noite eu fazer a refeição de exceção com minha família (escolhi duas fatias de pizza e adicionei um bowl de salada enorme). Hoje voltei pra minha alimentação de rotina e tanto ontem quanto hoje prestei especial atenção à hidratação, porque esse continua sendo meu maior vacilo.

 

Eu já não estou mais em obesidade grave pela classificação da OMS (sou oficialmente Obeso, o que é uma enorme conquista kkkk). Mas, o maior sucesso até agora tem sido o fato de eu conseguir manter minhas refeições em horários fixos e conseguir implementar uma refeição de exceção sem entrar em lapso alimentar (embora os lapsos ainda aconteçam, em menor frequência - o que continua sendo um sucesso terapêutico mesmo não sendo o ideal).

 

Por 20 dias eu fiquei na casa dos meus pais em Floripa e isso foi extremamente desafiador, sobretudo porque foram quase 10 horas de aeroporto para ir e outras 10 h para voltar. Nessas fases de transição em que eu sei que vou sentir vontade de comer besteira por falta de sono e excesso de estímulos eu jejuei, ingeri pitadas de sal qnd me sentia mal e só fiz os desjejuns depois de dormir adequadamente e fazer supermercado/feira.

 

Eu descobri alguns gatilhos importantes que aprendi a evitar, sendo o maior deles até agora estar imediatamente ao lado de alguém que vai comer algo que desencadeia meu vício alimentar.

 

Eu por duas vezes fiquei ao lado de amigos que em uma das ocasiões comeram pizza e na outra comeram um pacote enorme de Doritos solo. Eu permaneci na minha dieta achando que isso não iria me afetar, mas afeta bastante. Foi muito mais difícil seguir minha dieta nas 36 h depois de estar ao lado de alguém comendo fast-food.

Eu aprendi a não fazer mais isso comigo. Na próxima vez eu informo a pessoa ou me levanto e vou embora.

Postado
Em 09/01/2023 em 07:11, renatolps disse:

Comecei a ler seus relatos agora, tô no mesmo barco. Idas e vindas, uma vontade enorme de mudar e auto sabotagem.

Vou acompanhar.

partiu descer o braço, chefia.

ler Engenharia interior me ajudou muito a manter o foco.

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