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Doping Ex-Ciclista Lance Armstrong


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Lance Armstrong não se defenderá de acusações de doping e perderá os sete títulos do Tour de France

Logo depois de saber que o ex-ciclista Lance Armstrong não irá se defender das acusações de doping que pesam contra si, a Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada) anunciou através de seu diretor-executivo, Travis Tygart, que o atleta perderá todos os seus sete títulos de Tour de France e será banido do esporte.

Tygart informou que, sob o código da Agência Mundial Antidoping (Wada), Armstrong também perderá a medalha de bronze conquistada nos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000, assim como qualquer prêmio, título e lucro financeiro obtido desde 1998.

A Usada reagiu rapidamente à decisão de Armstrong de não defender-se mais das acusações de doping por considerar que são "injustas e uma caça às bruxas anticonstitucional".

O órgão qualificou essa atitude como uma "admissão" de culpa por parte do desportista, considerado um herói nacional nos Estados Unidos pela maneira como venceu a luta contra o câncer.

Tygart reiterou que a Usada tem o poder de tirar de Armstrong os seus sete títulos de Tour da França, mas o ex-ciclista e seus advogados contestam essa possibilidade.

Armstrong, por sua vez, reitera que sua decisão não é um ato de reconhecimento de culpa, apenas uma forma de se recusar a entrar em um processo que considera indigno e contrário à justiça.

"A agência antidoping não pode controlar um esporte profissional e tentar retirar de mim sete Tours da França. Eu sei como ganhei esses sete Tours, meus companheiros sabem e todos os ciclistas com os quais competi também sabem", ressalta Armstrong, que no próximo mês completará 41 anos.

A Usada sustenta que Lance utilizou substâncias proibidas desde 1996, incluindo esteroides e transfusões de sangue para aumentar seu rendimento esportivo de forma sistemática entre 1999 e 2005.

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Armstrong: "Dopei-me porque queria ganhar fosse como fosse"

Agora veio da boca do próprio, em entrevista à Oprah Winfrey:

http://esportes.terra.com.br/lance-armstrong-confessa-doping-em-entrevista-a-oprah-winfrey,0d5e07196bb3c310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html

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Boa parte das TVs do planeta sintonizou o programa de Oprah Winfrey na noite desta quinta-feira (madrugada de sexta no Brasil). O motivo: a primeira entrevista concedida por Lance Armstrong, aquele que foi, até outro dia, um dos símbolos do esporte. Sinônimo de superação ao vencer um câncer e responsável por feitos inéditos e até então impensáveis, o ciclista falava pela primeira vez depois de perder tudo – recordes, fama, dinheiro, reputação – graças ao doping. Agora, confirmado.



A CONFISSÃO DE LANCE 350_ec2570b4-4c0b-3396-80d1-3b1822e29574Oprah - Você achava que o que você fazia era errado?
Lance - Na época? Não. É assustador.

Oprah - Você tem algum arrependimento?
Lance - Não. É ainda mais assustador.

Oprah - Você achava que estava trapaceando?
Lance - Não.
A entrevista começou com respostas “sim” ou “não”. As duas primeiras perguntas de Oprah foram “você já usou substâncias ilegais?” e “uma delas foi EPO [eritropoietina, utilizada para aumentar o nível de glóbulos vermelhos no sangue, aumentando a resistência]?”. As duas primeiras respostas foram “sim”. Mais: ele admitiu que consumiu todo o tipo de substâncias proibidas desde meados dos anos 90 até 2005 - ano de sua última vitória na Volta da França - e passou por transfusões de sangue para ocultar os rastros do doping. Inclusive na conquista dos sete títulos da Volta da França.
Armstrong conviveu, por toda a sua carreira, com as suspeitas de uso de substâncias proibidas. Ainda mais depois que ele, após vencer um câncer nos testículos, entre 1996 e 1998, conquistou sete títulos da Volta da França, a principal competição do ciclismo mundial. A resposta do norte-americano às acusações sempre foi a mesma: “Nunca fui flagrado em exames antidoping”, disse, inclusive, em 2005, no último depoimento que ele deu em juízo. Dessa vez, mesmo sem ser flagrado, o ciclista afirmou, a Oprah, que usou substâncias ilegais por quase toda a sua carreira. "Pelo menos até 2005, sim."
"Quando fui diagnosticado com o câncer, falei que ia fazer de tudo para sobreviver. Pegue aquela atitude implacável, de fazer de tudo, e levei para o esporte. E isso foi ruim", afirmou. "Fui tentando perpetuar a história e esconder o resultado. Foi a segunda vez na minha vida que eu não podia controlar as coisas. A primeira foi com a doença, o câncer. Em todas as sete Voltas da França, eu sabia que eu ia vencer. Mas, naquela época, isso só era possível com o doping. Sem ele, não aconteceria."
E a motivação para chegar ao ponto em que tudo chegou, Lance? "Acho que foi o desejo gigantesco de vencer, de vencer a qualquer custo. O nível que isso chegou é uma falha". E dava para comemorar, mesmo sabendo da trapaça? "Havia mais alegria no processo, na construção, na preparação. A vitória era mais protocolar."
A ÚLTIMA VITÓRIA NA
VOLTA DA FRANÇA
Ao vencer a Volta da França pela sétima vez, em 2005, feito inédito no ciclismo mundial, Armstrong, ainda no pódio, deu uma declaração forte contra aqueles que o culpavam de doping. “Sinto pena das pessoas que não acreditam em milagres.”

Oprah mostrou o vídeo novamente diante de um olhar perdido de Armstrong. “Cometi alguns erros na minha vida, mas esse foi um dos maiores. Esse foi o primeiro ano que deram o microfone para o vencedor da Volta da França. Não sabia o que falar, não tinha nada programado. Mas, vendo hoje, soa ridículo. Sem dúvida, estou envergonhado. Foi a última vez que eu ganhei a Volta da França e me aposentei logo depois.”
Nos últimos anos, o círculo foi fechando contra Armstrong. Em 2010, Floyd Landis, rival do norte-americano, admitiu o uso de substâncias ilegais. Um ano depois, Tyler Hamilton, companheiro de Armstrong na equipe US Postal Service, revelou em entrevista à “CBS” que foi testemunha do doping do colega.

Em agosto de 2012, a sequência de acusações culminou com a perda dos títulos da Volta da França, da medalha de bronze conquistada nos Jogos Olímpicos de 2000 e todos os seus demais títulos e premiações, inclusive em dinheiro, desde 1998.

Armstrong revelou, na época, que estava desistindo de se defender. “A história foi perfeita por muito tempo. E não era verdade. Era impossível manter. Eu tenho falhas, mas não poderia ter feito isso. A culpa é toda minha, mas por trás dessa imagem havia o momento. A coisa foi aumentando e eu me perdi nisso. Outras pessoas não suportaram e eu não suportei. Eu controlava todos os resultados da minha vida”, disse Lance, a Oprah.
Em outubro, veio o golpe final, quando a Usada (Agência Americana Antidoping) chocou o mundo ao afirmar, em nota oficial, que o ciclista “montou o esquema de doping mais sofisticado, profissional e bem sucedido já visto na história do esporte".
“Não era [o esquema de doping mais sofisticado que já teve]. Era profissional e inteligente, se quiser chamar assim. Mas era tudo conservador. Eu tomei as minhas decisões e estou aqui para reconhecer os meus erros e pedir desculpas", afirmou Armstrong, à TV.

Para chegar ao veredicto, a entidade montou um dossiê com mais de mil páginas, contendo 26 depoimentos de pessoas ligadas ao norte-americano, entre eles, mais de uma dezena de ciclistas e ex-companheiros de equipe, como Landis e Hamilton. Armstrong estava, então, banido do esporte, e perdia patrocinadores como Nike e Anheuser-Busch, que haviam ficado ao seu lado durante os vários anos de suspeitas.
“Eu não compreendia a magnitude daquela devoção que tinham por mim, não sabia que era tão grande”, disse Lance, a Oprah. “Hoje, eu vejo a raiva nas pessoas, o sentimento é de traição. E são pessoas que acreditaram em mim. Elas têm todo o direito de se sentirem traídas. Vou passar o resto da minha vida tentando recuperar a confiança e pedindo desculpas às pessoas. Pelo resto da minha vida.”
Armstrong se aposentou em 2005, mas retornou em 2009. Para ele, a volta ao ciclismo foi fundamental para que o escândalo de doping explodisse. "É impossível saber. Mas tinha mais chances de isso acontecer."
O caminho até a confissão SEM CRÍTICAS AOS OUTROS
“PERSONAGENS DO ESQUEMA”
Perguntado sobre outros personagens do esquema, Armstrong se esquivou ao dizer que não se sente “confortável em falar de outras pessoas” e tratou de defender o caráter dos envolvidos. “Têm pessoas nesta história que são boas pessoas. Cometemos erros, mas ninguém é um monstro, ninguém é do mal”, garantiu, em referência ao médico italiano Michele Ferrari, que seria um dos mentores do 'golpe'.

Ciente da evolução do controle de dopagem, o ex-ciclista admitiu que seu esquema teria fracassado nos dias de hoje. "Os testes mudaram muito. Antes eles não iam até sua casa, não iam aos treinos. Agora o foco não é nas competições, o que é certo. Não existia teste fora das competições. Então, eu não ia ser pego, porque estava limpo nas corridas", explicou Armstrong.

Desde o fim do ano, pipocaram notícias sobre uma confissão do ciclista. O jornal “The New York Times” informou, após ouvir pessoas ligadas a Armstrong, que ele viria a público admitir o doping. Surgiu, então, mais uma notícia: a confissão viria em um programa apresentado por Oprah Winfrey, estrela da TV dos EUA.

A entrevista, recheada de mistérios, foi gravada no começo da semana, na casa do ciclista, em Austin. Por 2h30 (que acabaram divididas em dois programas), Armstrong respondeu às 112 questões da apresentadora. "Ele não foi claro da maneira como eu esperava", disse Oprah, na terça-feira, ao canal de TV CBS. "Mas nós ficamos hipnotizados com algumas de suas respostas", continuou a apresentadora. Agora, sabemos o motivo.

No mesmo dia, Dick Pound, membro do COI (Comitê Olímpico Internacional), afirmou que o ciclismo pode até ser retirado do programa olímpico caso Armstrong implique a entidade que comanda o esporte no acobertamento de um amplo esquema de doping. Com a confissão de Lance, tudo pode acontecer.
*Atualizada à 01h36
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