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Entrevista Exclusiva Com Rashad Evans (Parte Ii)


Dipunker

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Na primeira parte da entrevista concedida pelo ex-campeão do UFC, Rashad Evans, a fera falou sobre a importância do próximo confronto contra a sensação da categoria, Phil Davis, e a importância de fazer bons combates para novamente disputar o título da categoria até 93kg.

Com muita sinceridade, Evans falou sobre a ajuda que deu ao atual campeão meio-pesado e ex-parceiro de equipe, Jon Jones, na vitória sobre Ryan Bader, que o credenciou a enfrentar Maurício “Shogun” Rua.

Agora, na segunda parte dessa reportagem realizada em parceria com a revista Fighters Only, “Sugar” fala a respeito da separação da equipe que ajudou a construir com Greg Jackson, Georges St. Pierre, Keith Jardine e Nate Marquardt e respondeu aos comentários de Jon Jones, que declarou ter batido Evans em várias ocasiões quando ainda treinam juntos.

Como tem sido para você ter deixado a equipe do Greg Jackson e se mudar para outro lugar? Isso te abalou emocionalmente?

RASHAD - Foi um grande abalo para mim e eu não esperava que fosse de fato. Não éramos os melhores amigos mas tínhamos uma química juntos, nós exigíamos um do outro e acho que nos tornamos melhores. Ele é muito criativo e às vezes ele falava coisas do tipo ‘Ei, Rashad, você deveria tentar esse movimento. Acho que funcionaria contigo’ e então eu mostrava a ele coisas que eu sei e trocávamos ideias.

Nunca houve egoísmo quando ele tentava controlar a situação ou vice-versa, era puramente exigir um do outro. Era uma competição saudável na prática do treino onde nós tentávamos dominar o outro. E então eu estava fazendo sparring com outras pessoas e ele dizia “Ei, Rashad, cuidado com isso, cuidado com aquilo’ e era como amigos ou irmãos.

Definitivamente crescemos juntos e foi como se a equipe fosse a minha família. Vou embora para outra equipe e poderá ser difícil ficar distante do meu lar. Adorei todos do time, então não estar lá mais, sentir aquela energia e fazer parte daquilo é algo difícil.

Quando ouço você falar sobre isso, você não parece estar com raiva, chateado, você se mostra traído, ferido, emocionado…

Sim, esse era o meu exato sentimento. Me senti traído e mais ferido que qualquer outra coisa. Não me senti confortável em ter o Jon Jones no time apenas porque eu sabia o quanto ele ficaria bom. Gosto de competir com os melhores, quero competir contra os caras que todo mundo diz que eu posso bater e agora um deles está na equipe? Não gostei daquilo de jeito nenhum. Dito isso, tivemos que crescer próximos e adorei a maneira como ele estava progredindo.

Antes da luta com o Shogun, sabia que ele absolutamente iria destruí-lo porque eu conhecia a capacidade do Jones. Jon é a única pessoa que pode bater o Jon às vezes. Ele é um ótimo lutador e sabia que se ele fosse lá focado, destruiria o Shogun. Mas tem sido algo muito difícil não ser parte da equipe que eu ajudei a construir.

Desde que você e o Jones se separaram, parece ter havido algumas divisões na equipe do Greg Jackson. Nate Marquardt disse que lutaria com o Georges Saint Pierre, se tivesse que enfrentá-lo, o treinador Wittman está ao seu lado, Jackson com o Jones… A aliança com o Jones está causando um descontrole da situação?

A questão foi que aquela fraternidade foi iniciada com cinco lutadores: eu, Marquardt, Joey Villasenor, Keith Jardine e St-Pierre. A coisa toda foi que éramos um grupo de caras que gostavam de treinar juntos e que realmente dávamos tudo o que tínhamos. E na época, as únicas pessoas que tinham opinião de não lutar com o outro éramos eu e Jardine.

Fomos capazes de evitar isso, embora às vezes tenha chegado próximo de acontecer. Chegou próximo disso quando, ‘se o Jardine não tivesse tomado aquele knockdown contra o Rampage nos últimos dez segundos, teria sido eu que iria enfrentá-lo na próxima luta, e não o Rampage.

Então isso chegou muito perto mas nosso time e a grandeza que estabelecemos foram construídos no amor e no quanto nós éramos dedicados. O tempo que tínhamos de folga [intervalo entre as lutas], dedicávamos a fazer com que o outro se tornasse um lutador melhor. Tínhamos estratégia em que numa semana o Jardine treinaria com o Saint Pierre, e então na próxima eu iria, e assim por diante. Isso garantia que ele teria um parceiro de alto nível a cada semana do treinamento. Fazíamos isso pelo outro há anos.

Agora isso se tornou algo fundamentalmente diferente do que nós começamos. Antes, não era pelo cinturão – embora todos treinássemos para sermos campeões – e não era para passar por cima dos seus amigos para chegar lá, não era tanto pelo dinheiro. Era apenas pelo amor ao esporte, amor pela competição, pelo treinamento. Tudo está diferente agora.

O Jon Jones comentou que te bateu nos treinos muitas vezes. Como você reage a isso?

A única coisa que me entristeceu acerca dessa declaração é que não foi verdade. Se fosse verdade, eu agiria tipo “OK, que seja”. Se o Jones se deu melhor que eu em algum treino foi provavelmente porque eu estava tentando fingir que era o Ryan Bader.

A única tarefa do meu trabalho como parceiro de treinamento é ter certeza de que meu lutador irá ao octógono cem por cento confiante. Não pode haver dúvidas em sua mente, pois se houver, ele hesitará. Então quis que ele fosse lá confiante e se isso significou que tomei uma joelhada ou um soco, está tudo bem.

Em relação a luta agarrada, ele nunca me finalizou ou sequer chegou próximo. Nem mesmo na mesma liga. Houve coisas que fiz com ele durante os treinos as quais estou certo de que ele jamais se esqueceu. Mas isso não é sobre o que acontece em treinos. Tenho derrotado e destruído alguns dos melhores e eles têm feito o mesmo a mim.

Uma vez o Damacio Page [peso pluma] chutou o meu traseiro! É isso o que ocorre em treinos, às vezes você é o tubarão e às vezes a isca. Não tem a ver com vencer em toda a preparação, tem a ver com aprender todas as vezes e se tornar mais forte.

O treinamento imita a luta e às vezes você estará numa luta onde terá seu traseiro sendo chutado quando estiver cansado durante o combate e pensará “quer saber, vou passar por isso porque já encarei isso antes”. Então o fato dele ter dito isso mostra mais insegurança por parte dele para mim do que qualquer outra coisa.

Editado por Dipunker
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Gostei da entrevista,uma boa parte da galera não gosta do Rashad,eu sempre curti o estilo de luta dele,é um excelente lutador,top 5 da LHW,um pouco acima do Bader.

Meu top 5

Jones/Shogun

Shogun/Jones

Machida

Rashad

Bader

Falo isso estando todos em condições físicas perfeitas e em ritmo de luta!

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