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Perfil Da Metenolona


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Retirado do site http:/www.vigorex.com.br

Por Bigger Than

As Características

Tempo de ação: 4-6 horas (acetato oral); 4-5 dias (acetato injetável); 10-14 dias (enantato)

Dosagem relatada: 50-300mg por dia (oral); 200-700mg por semana (injetável)

Aromatiza: não

Converte-se em DHT: não

Acne: sim

Retenção hídrica: não

Pressão Alta: não

Inibe o eixo HPT: sim, pouco

Hepatotóxica: não

Os Efeitos

A metenolona é uma droga derivada do DHT (mais precisamente da dihidroboldenona ou DHB, resultado da redução da boldenona quando em contato com a enzima 5-alfa-reductase), e como toda droga derivada de um EAA já reduzido, ela não se converte em estrógeno. Na verdade, a metenolona já foi usada com sucesso em tratamentos de câncer de mama (5), e considerando que estes tratamentos geralmente são feitos através de anti-estrógenos, podemos afirmar (ao menos teoricamente) que a metenolona possui propriedades anti-estrogênicas, explicando porque muitos usuários sentem menor retenção hídrica, tendência à ginecomastia e acumulo de gordura localizada quando associam a metenolona à alguma outra droga que possua ação estrogênica. Apesar de possuir baixo valor androgênico (algo entre 44 e 55), a metenolona se fixa aos receptores androgênicos com mais força que a própria testosterona (1), fazendo dela um excelente queimador de gordura. Além disso, a metenolona atua positivamente sobre a retenção de nitrogênio (2), sendo ela uma das poucas drogas capaz de manter o seu potencial anabólico mesmo em períodos de restrição calórica (6). Some essas três características e temos uma excelente droga para ciclos de definição.

O aumento no balanço nitrogenado promovido pela metenolona também favorece a construção muscular. Dois estudos, realizados com ovelhas, concluíram que os animais que receberam metenolona desenvolveram mais massa muscular quando comparados aos animais que não foram submetidos à administração desta droga (3)(4). Infelizmente, não existem estudos sobre o potencial anabólico da metenolona em humanos, porém, os resultados obtidos em ovelhas confirmam os relatos de inúmeros usuários que fizeram ou fazem uso deste EAA em seus ciclos, de forma que a probabilidade dos resultados dos estudos com ovelhas se repetirem quando realizados em humanos é grande. Outro fato interessante é que as ovelhas submetidas à administração de metenolona desenvolveram mais força que suas colegas que permaneceram “puras”. É preciso dizer que fenômeno também se repete em humanos?

A massa muscular construída durante o uso da metenolona costuma ser de ótima qualidade. Sem a presença de estrógeno e retenção hídrica, os músculos adquirem maior definição à medida que se tornam maiores e mais aparentes. Contudo, a metenolona não é exatamente a melhor droga quanto o assunto é a construção muscular. Ainda que ela possua um valor anabólico considerável (88% da testosterona, in vitro), a metenolona não é uma droga própria para grandes ganhos de massa muscular, mas sim para aqueles que buscam resultados moderados e com boa qualidade. Como toda a droga que exibe estas características, os resultados adquiridos com a metenolona costumam ser mantidos com facilidade no pós-ciclo (6).

Os Ésteres

De forma geral, a metenolona é encontrada sob a forma de duas pró-drogas distintas: enantato de metenolona ou acetato de metenolona. Apesar de não ser tão comum quanto o enantato de metenolona, esta droga na sua versão acetato possuí algumas características, no mínimo, interessantes. Ainda que o acetato de metenolona possa ser administrado por via injetável, ela é uma das poucas drogas que não são 17-alfa-alquiladas e que podem ser administradas oralmente, sem perder toda a sua eficácia. A sua alquilação no carbono 1 e a beta esterificação do carbono 17 fazem com que a metenolona seja transformada em um metabólito ativo após a passagem pelo fígado permitindo que ela entre na corrente sanguinea e exerça os seus efeitos, ainda que boa parte da dosagem administrada seja desativada nesse processo. Trocando em miúdos, o acetato de metenolona pode ser administrado via oral sem causar malefícios ao fígado (a não ser em grandes doses)(6). Contudo, por ser necessário uma dosagem maior para atingir a mesma efetividade, a administração oral do acetato de metenolona é mais onerosa que a sua administração injetável. Quando falamos da administração oral do acetato de metenolona, ainda que a faixa de dosagem para esta droga tenha sido desenhada ao longo do tempo, não existem estudos ou mesmo um consenso a respeito da quantidade de droga que entra na corrente sanguinea, fazendo com que o ajuste de uma dosagem específica seja quase um “tiro no escuro”. A única referência sobre este ponto vem de Bill Roberts, que baseado no conhecimento empírico diz que “talvez a administração oral tenha apenas a metade da potência da administração injetável” (7).

As diferenças na ação da metenolona para os ésteres acetato e enantato são muito pequenas, uma vez que a metenolona não se converte em estrógeno e não sofre alterações decorrentes da enzima 5a-reductase. Dessa forma, não se deve esperar muita diferença nos resultados (ou mesmo nos colaterais) entre um éster e outro. Entretanto é preciso lembrar que o éster enantato é mais pesado que o éster acetato, fazendo com que em uma mesma quantidade de pró-droga (acetato ou enantato de metenolona) se tenha mais metenolona livre na sua versão acetato do que não sua versão enantato. Para ilustrar o quadro, cerca de 70mg de metenolona serão liberadas na corrente sanguinea para cada 100mg de enantato de metenolona administrados, enquanto aproximadamente 85mg de metenolona são liberados para cada 100mg de acetato de metenolona administrados. Obviamente, aqui estamos considerando a administração por via injetável, já que pelos motivos expostos acima qualquer comparação do gênero oral vs injetável seria, com grande probabilidade, falha.

Ao longo do tempo, surgiu a idéia de que o acetato de metenolona promove maior queima de gordura que o enantato de metenolona. Segundo os defensores dessa corrente, o éster acetato é responsável por aumentar o efeito fat burner da metenolona. Apesar de esta idéia já estar ultrapassada nos dias de hoje, seja por falta de suporte científico ou por falta de lógica, este conceito se popularizou nos idos passados e ainda se encontra em alguns sites e fóruns ao redor do globo, de forma que é necessário reforçar a falta de suporte desta afirmação afim de que o leitor não se confunda futuramente ao se deparar com este conceito, que na verdade é mais um dos vários mitos presentes nesse meio.

O Uso

Durante a administração oral do acetato de metenolona, a carência da alquilação no carbono 17 faz com que a sua meia-vida fique muito reduzida, girando em torno de 2-3 horas. Com isso, para evitar lacunas na ação da droga, é preferível que a administração da metenolona seja feita com bastante frequência, como algo em torno de uma administração a cada 2 horas, na tentativa de manter os níveis de metenolona na corrente sanguinea o mais estável possível. A falta da alquilação também faz necessária administração de uma dosagem diária elevada, já que uma parte considerável da droga será desativada durante a primeira passagem no fígado. Apesar de a menor dose eficaz ser de 50mg por dia (valor encontrado em muitas referências), acredito que é muito difícil mesmo para um usuário iniciante obter resultados satisfatórios com menos de 80-100mg por dia. Considerando que a metenolona por si só é uma droga branda e que sem a 17-alfa-alquilação a biodisponibilidade oral do acetato de metenolona fica comprometida, não é difícil entender porque 50mg por dia não é o suficiente para promover bons resultados.

A versão injetável do acetato de metenolona possuí meia-vida de cerca de 2 dias. Com isso, é necessário que a droga seja administrada a cada 2 dias (um dia sim, um dia não). Já o enantato de metenolona possuí meia-vida entre 5 e 7 dias, fazendo com que a administração desta droga seja bem mais confortável, já que serão necessárias menos aplicações. Apesar da possibilidade de administrar o enantato de metenolona uma vez a cada 5 dias (ou mesmo apenas uma vez por semana), a maioria dos usuários opta por administra-lo duas vezes por semana. Como normalmente o enantato de metenolona não causa dores além daquela gerada pela perfuração da agulha, administrar esta droga (como muitas outras) duas vezes por semana não chega a ser um incomodo. Com a administração injetável da metenolona, independente do éster, a droga atinge a corrente sanguinea sem maiores prejuizos. Ainda que seja uma droga leve, cerca de 200-250mg por semana são suficientes para promover resultados satisfatórios em um usuário iniciante e sem histórico de EAAs. Contudo, usuários mais avançados podem precisar de doses maiores como cerca de 300-500mg por semana para alcançarem o resultado esperado.

Nos ciclos de definição, com o foco na perda de gordura, drogas como oxandrolona, drostonolona e trembolona podem ser associadas à metenolona para potencializar os resultados. Com o devido controle de estrógeno, o propionato de testosterona e a boldenona também são boas opções. Para os ciclos em que se busca aumento de massa muscular sem comprometer a qualidade, é possível combinar a metenolona com drogas que não aromatizam (ou que tem baixa taxa de aromatização) como estanozolol, turinabol, propionato de testosterona, boldenona ou fenilpropionato de nandrolona. Nos ciclos que visam grande aumento de volume muscular, a metenolona não costuma ser usada já que ela não promove resultados drásticos de peso, força ou volume.

Os Colaterais

Lado a lado com a oxandrolona, a metenolona disputa o topo da lista das drogas mais seguras, com menos colaterais. Graças ao menor custo de aquisição e a maior biodisponibilidade oral, a oxandrolona é bem mais popular que a metenolona nos dias de hoje, ainda que as duas drogas sejam praticamente equivalentes no quesito segurança. Por não manifestar muitos colaterais e por proporcionar resultados sólidos e de fácil manutenção, criou-se a teoria de que a metenolona causa pouquíssima supressão ao eixo HPT. Contudo, um estudo utilizando dosagens de acetato de metenolona (oral) entre 30mg e 45mg por dia mostrou uma redução na produção de LH/FSH entre 15% e 65% (8). Sabendo que, de forma geral, é necessário uma dosagem maior do que a utilizada neste estudo para se alcançar resultados satisfatórios, pela lógica, pode-se esperar também por uma supressão do eixo HPT ainda maior. Porém, sendo um EAA brando e que não se converte em estrógeno, a supressão ocasionada pela metenolona não chega a ser tão grande quando comparada à outras drogas como a testosterona, metandrostenolona ou trembolona. Essa mesma propriedade (pouca ou nenhuma supressão ao eixo HPT) foi atribuída à oxandrolona, e também foi derrubada por estudos subseqüentes.

Como não se converte em estrógeno, colaterais como ginecomastia, retenção hídrica e pressão alta não são um problema durante o uso da metenolona. Como já dito anteriormente, a metenolona parece possuir propriedades anti-estrogênicas, o que ajudaria a combater este tipo de colateral, e não o contrario. Apesar de não possuir um grande potencial androgênico, colaterais como queda de cabelo, acne, oleosidade da pele e crescimento de pelos pelo corpo são possíveis, ainda que de forma branda.

Até o presente momento não encontrei estudos a respeito dos efeitos da metenolona sobre o colesterol. Contudo, aqueles usuários que se submeteram à exames após ciclos contendo metenolona, relataram apenas leves alterações nos valores do HDL e LDL, indicando que a metenolona pode atuar de forma branda sobre estes indicadores.

Referências

1. Endocrinology. 1984 Jun;114(6):2100-6.

2. Wien Med Wochenschr. 1993;143(14-15):368-75

3. Ann Thorac Surg 1995;59:961-969

4. European Journal of Cardio-Thoracic Surgery, Vol 8, 214-219

5. Med Klin. 1981 Nov 20;76(24):689-91

6. L Rea, Chemical Muscle Enhancement, 2002

7. Bill Roberts, http://www.mesomorphosis.com/steroid-profiles/primobolan.htm

8. Arzneimittelforshung. 1970 20(4) 545-7

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