Histórico de Reputação
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_Dan deu reputação a R.U.M. em Diário do RUM: Bulk Obsceno e Calistenia, Porque SimValeu aee!!
Sem zuera, se você está usando a RM do seu agacho com cinto não dá, sem ele é impossível. A não ser que você cicle um Smolov usando a 90% RM do seu agachamento sem cinto.
Palitera, estou é com saudade do Sheiko. Treinar em 80% para quatro ou cinco sets, que sonho.
Agaboy, vou usar o fat gripz para reps mais altas antes. Preciso aprender a me segurar na barra grossa com meus dedos curtos antes de poder investir na carga. No meio tempo vou intercalando sets mais pesados com outras variações de barra (typewriter, muscle up, OAC negativas e assistidas)
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Ontem foi 5x7 120 kg, com cinto. E só, porque tive de atender a um compromisso familiar. Reta final do mesociclo base. Agora vejo luz no fim do túnel - é possível terminar este treino. Que tormento emocional... quis largar tudo umas duas ou três vezes desde domingo. Desde o treino de segunda venho me sentindo melhor, pouco a pouco. As dores na lombar estão amenizando, agora sinto pontadas dos lados das panturrilhas. Ontem, antes do primeiro set, estava meio conformado. No final, podia atravessar paredes. Níveis de testo subindo novamente? Hehehehe...
Eu não encontrava uma justificativa para me forçar a estar tão fadigado, tão destruído, arriscando quebrar as costas de novo. Por que alguém se submete à uma situação desgastante e perigosa? Seus hormônios ficam enlouquecidos, tudo te irrita ou te deprime. Honestamente, esse treino todo é coisa de louco - como é que fui pôr os olhos nisso? Você vê o nome "rotina Smolov" e pensa que é mais um esqueminha à lá 5/3/1, Stronglifts, ou qualquer merda de e-book sobre levantar pesos escrito por algum americano aleatório que geralmente é um cara forte mas nada excepcional e que resolve dar uma de vendedor. Essa porra é doentia, não se pode enquadrar junto destes treinos padrão, não foi feita para pessoas comuns, isso é terapia para mentes atormentadas, Nietzsche para atletas, brincar de estar entre vida ou morte no seu cotidiano, experimentar a existência de um homem das cavernas algumas horas por semana. O que me motiva é entender que este stress massivo está sendo respondido com um crescimento massivo, e esta é a razão de tudo: ficar ridiculamente mais forte. Mais difícil de matar. Caminhar pela terra e sentir paredes como papelão.
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Treino do dia 14/05/2015.
Bi-set elevação frontal (20kg) com elevação frontal com halters (8kg) 3x8+máx
Bi-set desenvolvimento por trás com barra (~37kg) com desenvolvimento com halters (16kg) 3x8+máx
Encolhimento com barra 12x~57kg 15x~67kg 20x~72kg
Encolhimento com barra por trás 2x12x~57kg 18x57kg
2h de futebol.
Essas horas de futebol me deixaram com dor no ligamento colateral lateral, novidade para mim, hehehe.
Acho que vou dar uma maneirada nessas peladinhas.
Para quem não sabe, tenho condromalácia patelar (bilateral) (ou condropatia).
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Novidade:
A barra deve chegar este final de semana!!!
Lá vem: OAC, Front Lever, Back Lever e muitas, muitas pull-ups (com FAT GRIPZ!!!)
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_Dan deu reputação a Mklek em Hellgod - powerlifting RAW - 200kg SQ / 172kg BP / 225 kg DL @ 93kg Drug Free[1] Também
[2] Achei
[3] Isto.
[4] Mas,
[5] Bah,
[6] Bah,
[7] Bah...
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_Dan deu reputação a Ramoness246 em [Oficial] Imagens Engraçadas/Memes200,00 conto? Você sabe onde se inscreve? "um amigo perguntou"
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_Dan deu reputação a R.U.M. em Diário do RUM: Bulk Obsceno e Calistenia, Porque SimKinkão, sobre minha lombar, acho que aguenta o tranco. Especialmente depois do mock meet que fiz hoje.
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13/04 foi épico. Sério, que dia bom. Que ego inflacionado. Porra tive 5 recordes pessoais quebrados.
Como vou começar o Smolov, precisava de uma RM adequada para mensurar as cargas do início da rotina e possíveis ganhos. Se as coisas corressem bem para o agachamento, estenderia um max effort no supino. E flertaria com o terra sumô, que não me sai da cabeça. Sabia também que o dia em que minha energia está em seu limite é a segunda-feira, e se deixasse para tentar PRs na sexta, estressado de todo o trabalho e estudo, seria menos que ótimo.
Meu medo era voltar à lesão. Não agachava com mais de 130 há meses, não fazia um esforço máximo no agachamento clássico há mais de um ano. Mas como Bruce Wayne também descobriu em no terceiro Batman do Christopher Nolan, o medo é o que faz forte.
Agachamento
warm up até 1x 120 kg
1x 130 kg
1x 140 kg
1x 150 kg PR
Supino
warm up até 1x 94 kg
1x 104 kg
1x 114 kg
1x 116 kg PR
1x 120 kg fail
Terra
warm up até 1x 130 kg (sumô)
1x 150 kg (sumô)
1x 170 kg fail (sumô)
1x 170 kg (convencional)
diversas tentativas com 184 e 180 kg respectivamente (convencional)
Circuito finalizador: max reps barra-fixa + max reps flexões + 1 minuto de plank x 2 rounds, com 1 minuto de descanso entre exercícios. Consegui no primeiro 1x29 chins (PR) e 1x60 flexões (PR). Depois foi 15 e 30 respectivamente.
- NENHUMA dor, incômodo, reclamação ou mesmo a sutil sensação de burrice-doentia-após-perceber-a-cagada-que-tu-disse-pra-novinha-e-agora-ela-vai-dar-pros-seus-parça-tudo-e-te-aloprar-por-ser-frouxo por parte da lombar;
- Agachamento passou da paralela mas talvez não tenha sido IPF. O cara que tava me acompanhando disse que foi válido. Mas curti demais porque foi rápido pra cacete.
- Supino teve forma ótima: boa pausa, nenhum butt lift, mesmo nos 116. Os 116 subiram tão bem que arrisquei os 120. Logo em breve sai, puta merda explosão tá do caralho
- Terra sumô foi na velocidade da luz. Nunca puxei 150 com tamanha facilidade, foi ridículo. Mas a saída nele é mais difícil, logo os 170 no estilo sumô me surpreenderam e mal saíram do chão. Tentei umas 2x e nada. Passei pro estilo convencional, adrenalina a 1000 com medo de distender a lombar de novo... subiu. Com pouca curvatura - boa forma. A loucura foi tamanha que arrisquei 184, mas o cansaço do dia se fez presente, e não subiu nem os 180 depois de três ou quatro tentativas. Depois do Smolov, vou focar 100% no sumô.
Total: 436 kg raw (só cinto), 74 kg BW. Wilks 313,62 após mock meet sem periodização e retornando de lesão. O primeiro avanço no powerlifting desde lesões e estagnação geral no fim de outubro de 2014.
Hoje foi o meu dia. Admito. Rum is back.
Pretendo usar 136 kg no primeiro ciclo do Smolov.
Abraço!
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_Dan deu reputação a Mklek em [Oficial] Imagens Engraçadas/MemesTem jogado muito lol faaps?
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_Dan deu reputação a Hipertrofia.org em Pensando Em Soluções - High Reps E Low RepsPerfeito.
E um adendo: os usuários não são suspensos/banidos por concordar ou discordar de algo (5x5 por exemplo), e sim por não saber discutir sem infringir as regras do fórum.
O que mais vejo são pessoas que não conseguem contra-argumentar e então apelam pra xingamento, provocações em assinaturas, clones, entre outros... E depois de banidos, saem falando aos quatro ventos que o fórum pune quem não concorda com algo
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_Dan deu reputação a proxy em Pensando Em Soluções - High Reps E Low RepsOlá Bronco e moderadores.
Antes do topico "da pra chegar natural", havia milhares de discussões a respeito de se era ou não possível chegar natural no shape de alguem. O assunto de dieta, por exemplo, estava sendo discutido até alguem afirmar que tal fulano seguia tal dieta e ficou com o shape de tal forma, então da pra chegar natural no shape do cara. E la se ia o topico, paginas e mais paginas na interminavel discussão se o cara era ou não natural.
Hoje todos vocês presenciam as infinitas discussões de low reps e high reps e como isso desvia os assuntos nos tópicos do forum.
A minha sugestão é a seguinte: semelhante ao topico "da pra chegar natural", porque algum moderador cria o topico, sei la, "low reps X high reps - a interminavel discussão". Assim o topico iria polarizar toda essa interminavel discussão e poluir menos os outros topicos do forum.
É isso, avaliem e considerem (ou não) a sugestão.
Abraço
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_Dan deu reputação a Francisco Wendemberg em [Oficial] Imagens Engraçadas/MemesEu do risada pacarai c essas meme do dibre do Ronaldinho mas, não sei do q se trata essa merda! Hauahauahauahaua
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_Dan deu reputação a hellgod em Hellgod - powerlifting RAW - 200kg SQ / 172kg BP / 225 kg DL @ 93kg Drug FreeMelhor enrolar a parede com uma faixa de joelho Titan pra não ter perigo dela se lesionar, quer dizer, rachar.
Pessoal, vou competir sim. Iniciei minha preparação para o men's physique semana passada. Segue foto da preparação. Acabo de fazer minha última refeição do dia da minha dieta regrada, que foi uma taça de sorvete de flocos.
Meu treino tá uma hipertrofia leve estilo Sardinha, ontem foi terra convencional sem cinto 4x8x140kg e hoje supino pausado 4x8x120kg.
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_Dan deu reputação a mpcosta82 em Hellgod - powerlifting RAW - 200kg SQ / 172kg BP / 225 kg DL @ 93kg Drug FreeFicaria em 2º no campeonato brasileiro da IPF do ano passado...só não ganharia por causa de um mutante que levantou 262.5 kg no terra (e "apenas" 140 no supino). O 2º lugar RAW desse campeonato ficou com total de 580 kg.
Só não sei se o RAW da IPF é PURE RAW ou só RAW.....................
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_Dan deu reputação a pedrolsen em Hellgod - powerlifting RAW - 200kg SQ / 172kg BP / 225 kg DL @ 93kg Drug Freeo hell só vai se o campeonato for PURE RAW
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_Dan deu reputação a proxy em Periodização: O Que É, Como Funciona E Como Fazer A SuaOlá a todos.
Decidi escrever esse novo tópico sobre periodizações porque o anterior não cumpriu todos os meus objetivos. O tópico anterior acabou abordando mais sobre esclarecimentos do que é e quais são os princípios que explicam a periodização. Esse tópico também terá esclarecimentos nesse sentido, no entanto irá aprofundar como construir tipos de periodizações.
Se você não sabe qual é o tópico anterior, segue o link: https://www.hipertrofia.org/forum/topic/161120-periodizacao-o-que-e-como-funciona-e-como-fazer-a-sua/
Esclarecimentos:
Sets X Reps: 3x8 – 3 séries de 8 repetições PR – personal records (recordes pessoais) RM – repetição máxima: -1RM: 1 repetição máxima – a carga máxima que você levanta para 1 repetição;
-5RM: 5 repetições máximas – a carga máxima que você levanta para 5 repetições.
Tópicos abordados:
Tópico 1: Introdução e princípio SAID de adaptação
Topico 2: Entendendo o DUP – daily undulating periodization
Tópico 3: E eu sou o que? Iniciante, intermediário, avançado?
Tópico 4: Como definir qual periodização utilizar
Tópico 5: A importância de exercícios high reps
Tópico 6: Como montar uma periodização
Tópico 7: The CUBE Method
Tópico 8: FAQ – frequently asked questions
Tópico 9 – Putting all together
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Tópico 1: Introdução e princípio SAID de adaptação
Princípio SAID de adaptação – Specific adaptation to imposed demands
Esse é o princípio que rege o nosso corpo. A teoria por trás desse conceito é muito simples: o seu corpo se adapta as demandas impostas (specific adaptation to imposed demands – adaptações específicas para as demandas impostas). O exercício imposto ao organismo (exemplo: agachar) irá produz adaptações específicas (no caso, ganho de massa muscular nos grupamentos requisitados – lombar, estabilizadores da pelve, glúteos, quadríceps e ísquios).
Muito bem, conceitualmente esse é um princípio muito fácil de ser entendido. No entanto, o aprofundamento no assunto explicita uma visão mais complexa:
Se o stress não for suficientemente importante, não haverá adaptação. E esse termo “suficientemente importante” deve ser entendido como suficientemente significativo e suficientemente consistente/progressivo, no intuito de gerar tensão. Exemplo: um supino de 30kg/lado para alguém que supina com 28kg/lado é um stress suficiente significativo. No próximo treino, um supino com 31kg/lado para alguém que supinou com 30kg/lado anteriormente é um stress suficientemente constante/progressivo. Se a resposta adaptativa não ocorrer, poderá ser devido aos seguintes fatores: ou o stress não foi suficiente significativo ou o stress não foi suficientemente constante ou outros pilares faltaram (dieta e sono, no caso).
“Olha só, entendi essa parte de stress, mas percebi que você utilizou o exemplo de aumento de carga para gerar aumento de stress”. Sim, escolhi o exemplo da carga para explicar o aumento de stress porque esse é um aumento palpável e fácil de ser entendido. Quando você aumenta a carga, você consequentemente sobrecarrega o músculo e força a produção tensão e, portanto, produz stress. A resposta fisiológica corporal será gerar hipertrofia. Existem outras maneiras de produzir tensão: aumento do número de repetições, aumentar o número de sets, realizar concêntricas explosivas, observar a velocidade da trajetória da barra. No entanto, todas essas variações são difíceis de ser analisada (à exceção do aumento de sets e reps), ao passo que o peso da barra é uma variável concreta: mais peso, mais possibilidade de produzir tensão.
Entretanto, embora eu tenha utilizado um exemplo da carga de um determinado movimento, o princípio SAID também explica porque ocorrem adaptações fisiológicas em outros modelos de treinamento. Se você treinar movimentos explosivos (exemplo: levantamento olímpico), a resposta corporal será melhorar a eficácia de recrutamento das fibras nervosas no intuito de produzir um movimento explosivo. Se você treinar para resistência, a resposta fisiológica será hipertrofiar as fibras musculares do tipo I (que são as fibras responsáveis pelas contrações de resistência – essa explicação foi beeeeem superficial, não é exatamente assim) no intuito de permitir utilizar determinado músculo por períodos maiores de tempo. Se você realizar treinamentos resistidos com cargas > 80% da sua RM, as fibras do tipo II serão muito bem recrutadas e você produzirá hipertrofia miofibrilar. Isto é, você fica bom naquilo que você executa com frequência e de forma intensa. O seu corpo é uma máquina de se adaptar aos estímulos impostos a ele.
Contudo, é importante observar que o princípio SAID é uma gangorra. Se você não gerar stress SOBRETUDO constante (entenda como stress não constante como sempre o mesmo modelo de treino, com as mesmas distribuições de sets X reps), o organismo tende a entrar em acomodação, justamente porque a resposta fisiológica aos estímulos de hipertrofia será gradualmente menor e, como consequência, você irá atingir o famoso platô, que corresponde há uma exaustão da adaptação.
https://www.exrx.net/ExInfo/Specificity.html
Topico 2: Entendendo o DUP – daily undulating periodization
Esse é um momento ideal para fazer um paralelo e introduzir um modelo de periodização que já foi abordado indiretamente aqui no fórum: o DUP (periodização não ondulada).
“What the fuck is this?!” O DUP baseia-se justamente no princípio SAID. Escrevi poucas linhas acima o seguinte: o seu corpo é uma máquina de se adaptar aos estímulos impostos a ele.
Assim, nesse contexto de adaptação, o DUP baseia-se nisso: cada vez que seu organismo encontra um novo tipo de estresse, ele se adapta fortemente a esse novo fator estressante. Contudo, quanto mais tempo seu corpo ficar exposto a esse estresse, menor será a adaptação a esse estresse. E isso explica perfeitamente os platôs: o estímulo adaptativo imposto ao seu organismo tem sido o mesmo por longos períodos, não provocando mais adaptações por parto do seu corpo. O DUP veio justamente para proporcionar novas adaptações uma vez que modifica o fator estressor a cada período X de treino.
Contudo, esses novos estímulos não devem ser constantemente trocados. “MAS QUE PORRA CONFUSA! VOCÊ DIZ QUE O ESQUEMA PROVOCA ADAPTAÇÕES PORQUE INDUZ O ORGANISMO A NOVAS ADAPTAÇÕES, AI DIZ QUE, COM O PASSAR DO TEMPO, AS ADAPTAÇÕES DIMINUEM E DEPOIS AFIRMA QUE NÃO É PRA TROCAR A PORRA DOS ESTÍMULOS?!?!” Você entendeu errado amigo, O DUP afirma que você deve variar o seu treino para evitar estagnações, no entanto, ao variar para um outro novo treinamento, você deve se manter nesse novo outro treinamento por algum período de semanas a fim de proporcionar tempo suficiente ao organismo para ele se adaptar a justamente esse novo treinamento. Após essa adaptação já ter ocorrido, você deve novamente variar seus exercícios para um segundo modelo de treinamento. Assim, amigo, você deve trocar o estímulo de tanto em tanto tempo e permanecer nesse estímulo por um período temporal que proporcione adaptação ao organismo justamente a esse novo estímulo. Um exemplo prático seria assim: você quer subir seu supino e você só tem feito esse exercício no esquema 4x10 ultimamente. Resolveu trocar para militar 5x5 + Dips 3x6 (com carga adicional) por algumas semanas. Quando voltou ao supino, percebeu progressão no exercício novamente. O que aconteceu? A mudança na mecânica do movimento de empurrar, associado à modificação de sets X reps propiciariam novos estresses/novas tensões, que antes o supino não estava mais produzindo. Sem saber, portanto, aplicou o princípio da DUP.
“ENTÃO ISSO É A FAMOSA CONFUSÃO MUSCULAR, NÉ!!!” Não amigo, isso não é a famosa confusão muscular porque confusão muscular é algo que preconiza variação do estímulo sem explicação definida de como, quanto tempo e porque fazer isso.
Como organizar a periodização DUP então? Simples, aqui segue um “Know how” de como utilizar esse esquema DUP em alguma modalidade de treino.
1º escolha um exercício que você já vinha fazendo, tanto faz se está ou não com dificuldades na progressão de carga desse exercício – exemplo: squat (pode ser terra, supino, militar, ou seja, qualquer composto)
2º escolha um novo exercício que possui uma mecânica semelhante – exemplo: pause squat/front squat
3º escolha: troque o esquema de sets X reps que você vinha fazendo e modifique ele - exemplo: você vinha fazendo o tradicional 4x8 2 vezes/semana. Agora você irá executar o pause squat/front squat e distribuir as reps da seguinte forma:
week 1: 5x5 (75-80%) e 8x3 (85-90%) week 2: 3x15 (50%) e 5x5 (75-80%) Week 3: 10x2 (90%) e 4x6 (70-75%) Week 4: 3x12 (60%) e 5x3 (85-90%) Week 5: 4x10 (55-60%) e 8x3 (85-90%)
Apos terminada a 5º semana, progrida a carga ou tente agachar de novo com sua nova RM, seja ela 1RM ou 10RM (que era seu esquema anterior, antes de começar as semanas de treino) ou tente agachar com sua RM antiga.
Esse modelo é justamente como o nome diz, apenas um “modelo”, contudo serve como orientação geral. Obviamente ele deve ser aplicado em movimentos livres e não em máquinas/aparelhos, bem como deve ser aplicado exercícios compostos. Isso porque a progressão da tensão e do ajuste das cargas são mais complexos em exercícios com halteres e em isoladores.
https://gregnuckols.com/2014/04/15/the-bogeyman-of-training-programs-and-why-it-may-be-just-what-you-need/
https://gregnuckols.com/2014/10/01/in-defense-of-program-hoppers-dup-revisited/
Curiosidades em DUP – explicando o método reativo e conjugado e o CUBE Method
Todo mundo sabe que na internet existe somente um lado, o lado oeste – the westside! Louie Simmons popularizou seu método chamado de Westside Barbell (e é WSB e não WSB4B, cujo autor é Joe de Franco) e criou centenas de lifters ao longo de 30 anos de experiência como coach.
O westside barbell é um modelo de treinamento que preconiza e utiliza muito o bem DUP, sobretudo para exercícios de lower body. Para quem se interessa por metodologias de treinamento, sabe que esse modelo de treino também é chamado de método conjugado e reativo (“reactive and conjugated method”). Conjugado porque o lifts são trocados a cada 1-3 semanas e reativo porque adiciona o uso de bandas e correntes, alterando o peso da barra conforme a range of motion (trajetória percorrida) da barra. Percebam que quando se alteram os exercícios, a mecânica dos movimentos também é alterada. O mesmo ocorre quando se adicionam bandas e correntes: o peso dos movimentos se alteram conforme ele é executado. O westside utiliza muito bem o DUP, porém de uma forma “mascarada”. Porque esse método é especialmente utilizado para os exercícios de lower body? Porque o principal e basicamente único exercício de lower body utilizado no WSB é o box squat. Como basicamente só ele é executado, o uso de correntes e bandas foi uma forma adicionar variações ao movimento.
Outro método que utiliza o DUP, mas ao contrário do WSB, utiliza o DUP de forma muito evidente, é o CUBE Method. Criando pelo powerlifter Brandon Lilly, ele preconiza a rotação de estímulos entre os lifts da semana e alterna o tipo de estímulo com os lifts das 2 semanas seguintes. Mais adiante vou comentar como montar esse modelo de periodização e esclarecer melhor a metodologia que o CUBE utiliza.
Tópico 3: E eu sou o que? Iniciante, intermediário, avançado?
Bom, aqui o entendimento e o “know how” começam a ficar complicados. Porque isso? Porque agora envolve de subjetividade. Como saber se eu sou iniciante, intermediário ou avançado?
Bem, já houve várias tentativas de classificar as pessoas em lifters iniciantes, intermediários ou avançados. A classificação através da carga é a mais objetiva de todas, portanto a mais utilizada. Contudo, também é a mais falha. Observem só: determinada pessoa agacha com 150kg e outra pessoa agacha com 160kg. Analisando somente a carga, a segunda pessoa é mais forte, afinal agacha com 10kg a mais em comparação a primeira. Entretanto, a primeira pessoa pesa 75kg e a segunda pesa 105kg. Quem é mais forte? Fazendo as contas: 150/75 = 2xBW (peso do corpo) e 160/105 = 1,52xBW. Isto é, a primeira pessoa agacha 2 vezes o peso corporal e a segunda pessoa agacha 1,52 vezes o peso corporal. Logo a primeira pessoa é mais forte do que a segunda pessoa. Apenas para lembrar, precisamos de parcimônia aqui: obviamente alguém que agacha mais de 150-200kg não é um iniciante....
Outro critério para classificar em iniciante, intermediário e avançado é o conhecimento teórico. Esse também não é um bom critério, não porque alguns argumentam que teoria e prática são aspectos diferentes (sinceramente, lamento por esses), mas porque não há como medir/comparar de forma fidedigna o conhecimento entre as pessoas.
“Porra, como definir então se sou iniciante, intermediário e avançado?” A melhor forma (ao meu ver) para classificar alguém é simplesmente avaliar se aquela pessoa ainda tem possibilidades de evoluir dentro da progressão linear de carga. Se treino após treino ela ainda pode adicionar peso à barra de forma consistente e não comprometer a execução do movimento, ela é considerada um lifter iniciante. Caso isso não ocorra, ela então passa a ser para “lifter intermediário”.
Observem o gráfico abaixo: esse gráfico foi tirado do livro Pratical Programming for Starting Strength, do Mark Rippetoe. No eixo horizontal, M significa segunda-feira, W significa quarta-feira e F significa sexta-feira. No eixo vertical, está a performance. O que o gráfico nos diz? Observe que, a cada treinamento (segunda, quarta e sexta), o indivíduo se recupera e possibilita adicionar peso a barra, classificando-o como um lifter iniciante e batendo PR a cada novo treinamento. Portanto, para iniciantes, não é necessário nenhum tipo de periodização, o que é necessário é progressão linear da carga. Iniciantes precisam aprender a técnica do movimento e montar uma base muscular sólida. Por isso programas como SS, SL, Texas Method, ABO e, menos significativamente, o 5-3-1 (surpresos quanto ao 5-3-1, hein?) fizeram tanto sucesso.
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Agora observem novamente o outro gráfico abaixo. É nítida que a progressão é menor em comparação ao gráfico anterior (antes a progressão era de treino em treino, agora está de semana a semana). Esse lifter necessita acumular trabalho/necessita ACUMULAR VOLUME por 1 semana, para, só então, aumentar sua performance na semana seguinte.
free picture upload Perceberam que destaquei “acumular volume”, não é? Frequentemente afirmo que o volume é a principal variável em um treinamento. Quando você aumenta os sets de determinado exercício, você acumulou volume para permitir progressão nas sessões seguintes de treinamento. Embora o volume seja uma das chaves para se conseguir progressão, ele é uma chave limitada. Afinal, você não pode simplesmente adicionar sets “para todo e sempre” em determinado movimento. No entanto, o volume ainda é a principal variável e explica porque lifters experientes demoram meses até bater um novo PR: porque eles precisam acumular meses de volume de treinamento.
“Como controlar o volume de um treino?” Excelente pergunta. Aqui vai uma maneira prática e eficiente de como controlar o volume de treino:
1º passo: escolha um exercício e seu determinado número de sets, reps e peso – exemplo: agachamento 5x5 com 100kg, 3 dias da semana 2º passo: calcule o volume através da seguinte fórmula: Sets X Reps X Carga X nº de dias da semana em que o exercício é executado – exemplo: 5 x 5 x 100 = 2500 x 3 (3 dias da semana) = 7500kg/semana.
Pronto, você calculou o seu volume de agachamento/semana. Agora, se você quiser aumentar o volume, manipule Sets X Reps X Carga X nº de treinos por semana:
aumentando os sets: 7x5x100 x 3 dias da semana = 10.500kg/semana aumentando as reps: 5x7x100 x 3 dias da semana = 10.500kg/semana aumentando a carga: 5x5x150 x 3 dias da semana = 11.250kg/semana aumentando o nº de dias da semana treinados: 5x5x100 x 4 = 10.000kg/semana
“E quando alguém é um lifter avançado?” Quando essa pessoa necessita trabalhar em blocos para conseguir evoluir, isto é, necessita de periodização linear. Observe a figura abaixo: o atleta passa por diversos períodos, desde GPP (general physical preparedness) e depois passa para blocos acumulativos. Recomendo você ler meu artigo anterior para entender melhor sobre a periodização em bloco.
Tópico 4: Como definir qual periodização utilizar
Se você não conhece os tipos de periodização e como elas funcionam, recomendo que inicialmente leia meu artigo anterior. De qualquer forma, vou reapresentar os tipos de periodização (de maneira resumida):
Progressão linear: não é uma periodização propriamente dita, mas sim uma progressão linear de cargas. A cada treino, adiciona-se carga a barra. Esse é o modelo de periodização é utilizado nos treinos basistas: SS, SL e Thexas Method sobretudo Periodização paralela: permite a construção de hipertrofia e força ao mesmo tempo. Periodização em bloco: distribuída em blocos (accumulation, transmutation e realization), permite trabalhar características distintas (hipertrofia, força, peak) em períodos de tempo dedicados a tais características. DUP: já abordada anteriormente, foca em alternar os tipos de estímulos (força, hipertrofia, explosão, peak).
“Caramba! Qual periodização eu vou utilizar?” Bom, aqui vai um “know how” de qual periodização escolher:
Progressão linear: essa será sua forma de progressão de cargas caso você for iniciante. Deve se manter nela até não conseguir progredir mais as cargas de forma linear sem comprometer a execução do exercício. Periodização paralela: essa deve ser a escolha caso você recém tenha se tornado um lifter intermediário. Permite possibilidades de desenvolver características de hipertrofia e força em paralelo. Periodização em blocos: periodização destinada a lifters experientes, pois a divisão em blocos possibilita a correção de falhas ao longo das semanas. DUP: pode ser montado um treino baseado unicamente em DUP (como é o CUBE Method), mas o ideal é aplicar o conceito de DUP nos exercícios auxiliares.
Tópico 5: A importância de exercícios high reps
Muita gente critica high reps, mas os exercícios high reps possuem um papel importante quando empregados de maneira correta. Os motivos básicos para incluir high reps:
Permitem adicionar volume sem acrescentar o número de sets; Permitem a construção de hipertrofia sarcoplasmática, fundamental para futura construção de hipertrofia miofibrilar; Possibilitam melhora da técnica dos exercícios uma vez que o número alto de execuções melhora o padrão motor dos movimentos; Permitem a correção de falhas e fraquezas em determinados pontos específicos dos exercícios; Permitem ganho estético; Permitem acúmulo de trabalho nas periodizações em bloco; São responsáveis pelo ganho de hipertrofia nas periodizações em paralelo; São úteis e servem como variação em movimentos que possuem DUP programado.
“Legal cara, os high reps são muito bons né? Mas assim, eu não sei direito como e nem quando utilizados!” Olha só amigo, você deve encaixar os high reps com propósito dentro de uma periodização. E os propósitos estão listados acima, de forma indireta:
“Quero adicionar volume”: pode utilizar low ou high reps; “Minha técnica de determinado movimento está fraca”: high reps são ótimos, pois você repete muito determinado movimento; “Tenho falhas em determinadas partes de certos movimentos” (exemplo: parte inferior do supino): high reps permitiram você treinar de forma abundante os movimentos específicos para fraquezas específicas; "Quero atingir um shape estético": mescle high reps e low reps; "Quero trabalhar em paralelo a construção de força e de hipertrofia": mescle high reps e low reps; "Quero variar os tipos de estímulo": alterne entre high reps e low reps.
Tópico 6: Como montar uma periodização
Bom, antes que sua paciência termine, finalmente vamos entrar na parte mais interessante: como montar uma periodização.
Montarei algumas periodizações e passarei orientações gerais de como funcionam as estruturas. Vou utilizar alguns modelos prontos no intuito de facilitar o trabalho (meu e seu), procurando proporcionar uma base já relativamente pronta, a fim de que você entenda o processo de construção. Abaixo segue a biblioteca de exercícios (local onde você escolherá seus exercícios) e 2 modelos prontos de periodização DUP e periodização em bloco. O passo inicial quem dará, entretanto, será você: quem irá definir se você é iniciante, intermediário ou avançado obviamente não serei eu...
Biblioteca: escolha de exercícios (observação: se você não conhece esses exercícios, google e youtube conhecem....)
Principais exercícios Lower body auxiliaries do agachamento: agachamento (high bar e low bar), front squat, pause front squat, pause high bar squat, box squat, walking lunges, leg press, glute ham raise, hip thruster, Principais exercícios Lower body de puxar/auxiliaries do terra: terra, terra sumo, block pull, stiff leg deadlift, snatch grip deadlift, deficit deadlift, sumo block pull, halting deadlift Principais exercícios Upper body de puxar: remade curvada, yates row, pendlay row, barra-fixa e sua variações (pullup, chinup, neutral chinups), Kroc row, serrote, face pull, one arm cable row. Principais exercícios Upper body empurrar: supino, supino inclinado, supino declinado, supino pausado, spoto press, supino com halteres, floor press, board press, paralelas, chest dips, militar, push press, militar com halteres, push jerk, klokov press, flexões com peso adicional (se possível). Isoladores: roscas (preferencialmente rosca martelo), tríceps (preferencialmente tríceps unilateral no crossover), ombros (preferencialmente elevação lateral), pernas (preferencialmente leg press), peito (preferencialmente crucifixo inclinado com halteres), costas (preferencialmente remada cavalinho), panturrilhas (qualquer um a sua preferência). Abs: hanging leg raise, abwheel (isométrico ou não), russian twist, front lever, pallof press, weighted crunch, cable crunch. Finishers: farmers walk, sledge hammer, variações de sledge (chest press, row, push, bear/spider man), bear complex, thrusters, burpees, HIIT
Biblioteca: modelos de periodização para auxiliares: vou deixar aqui pronto 2 modelos de periodização para 3 semanas, sendo um correspondente a um minibloco de 3 semanas (com accumulation, transmutation e realization) e um modelo DUP:
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Exemplo do TJM upper/lower periodizando os auxiliares
Distribuição para 3 dias da semana (fullbody):
1º Passo: escolha os lifts principais que utilizarão as porcentagens do TJM. Esses lifts DEVEM ser agachamento, supino e terra, ou terra, supino e agachamento. Qualquer uma dessas ordens serve. 2º Passo: saiba as porcentagens que TJM preconiza para os exercícios principais (vide tabela acima). 3º Passo: distribua os exercícios da biblioteca de exercícios da seguinte maneira: - para o dia do terra: terra TJM, + 1 variação do agachamento, + 1 tipo de supino, + 1 variação do supino ou exercício focado em ombros (ex: militar), + 1-2 exercícios de upperbody de puxar.
- para o dia do supino: supino TJM, + 1 exercícios auxiliares do supino ou ombro, + 2 exercícios de upperbody de puxar + 2 exercícios de agachamento
- para o dia do agachamento: agachamento TJM, + 1 exercícios auxiliar do agachamento ou algum auxiliar do terra, + 1 tipo de supino, + 1 variação do supino ou exercício focado em ombros (ex: militar), + 1-2 exercícios de upperbody de puxar.
4º Passo: periodize os auxiliares ou em forma de bloco ou em forma DUP (periodizações estão prontas na biblioteca). 5º Passo: progride a carga a cada 3 semanas, sendo 1kg/lado nos movimentos de upperbody e 2kg/lado nos movimentos de lower body.
Exemplo do TJM Fullbody 3x periodizando os auxiliares
Tópico 7: The CUBE Method
Bom, aproveito aqui para fazer esclarecimentos breves sobre o CUBE Method. Esses esclarecimentos são mais no sentido de mostrar como o DUP funciona a ponto de existir um sistema que utiliza os lifts principais baseados no DUP. O CUBE funciona rotacionando os estímulos dos lifts principais: por exemplo, na segunda-feira você treina o supino com foco em força, na quarta-feira você treina agachamento voltado para hipertrofia e na sexta-feira você treina levantamento terra voltado para explosão. Na semana seguinte, tudo é rotacionado: o squat é treinado para força, supino para explosão e terra para hipertrofia. Na semana seguinte, rotaciona novamente: terra é treinado para força, supino para hipertrofia e squat para explosão. Aos sábados, sempre é feito um trabalho bodybuilding, com isoladores. As porcentagens dos lifts podem ou não aumentar com o passar da semana. Como ficaria a divisão para o CUBE Method:
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Perceba que há uma clara rotação dos estímulos, a cada 3 semanas (exemplo: terra primeira semana é pesado, segunda semana é explosivo e terceira semana é repetitivo), ou seja, DUP aplicado aos lifts principais. A distribuição do CUBE permite você montar um Fullbody 3x muito interessante com ele. Vou fazer apenas a primeira semana aqui:
segunda-feira: terra pesado, squat em bloco, supino em DUP, barra-fixa DUP, remada DUP e abs, panturrilha e finisher a critério; quarta-feira: supino repetitivo, desenvolvimento militar em bloco, low bar squat em DUP, front squat em bloco, barra-fixa DUP e abs, panturrilha e finisher a critério; sexta-feira: agachamento explosivo, stiff em bloco, supino fechado em DUP, klokov press em bloco, pendlay row em DUP e abs, panturrilha e finisher a critério;
Após, você segue para a próxima semana e vai executando seu próprio plano traçado com auxiliares em DUP ou em bloco. Não vejo necessidade de ir aos sábados treinar em um modelo bodybuilding, mas isso também fica a seu critério. Não vou entrar em mais aprofundamentos sobre o CUBE, afinal esse tópico não é dedicado exclusivamente a ele. Essa sessão foi mais na intenção de mostrar como o DUP é efetivo e também evidenciar outra forma de utilizado.
Tópico 8: FAQ – frequently asked questions
1º Pergunta: porque você utilizou periodizações em cima do 5-3-1 e do TJM?
Resposta: porque há várias limitações em vistas. Eu não posso adicionar milhares de programas de treinamento aqui, tenho que manter o básico e que possui uma probabilidade alta de funcionar. Além disso, periodizar é algo complexo, não é simplesmente alterar sets, reps e porcentagens sem um propósito definido e definitivo, portanto não posso colocar muitos programas de treino sem explicá-los e sem certeza que funcionarão. Outros detalhes são a existência de um número máximo de imagens que podem ser postadas, a dificuldade em manter certo nível de esclarecimento sem aprofundar o assunto de forma extensamente técnica, a dificuldade em manter a clareza nas palavras e abordar vários métodos de treino e a dificuldade técnica em expor métodos de treino apenas pela palavra escrita.
2º Pergunta: porque você afirmou que o Levantamento Terra é um movimento para Lower body? Sempre achei que fosse para as costas...
Resposta: porque o movimento que ocorre nas costas é isométrico e não de encurtamento/flexão. Nos movimentos clássicos para as costas (remadas e barra-fixa e suas variações), você executa uma contração das fibras, isto é, realiza uma remada (engraçado, não?!). Agora, pergunto: quando você executa o levantamento terra, você faz algum tipo de remada?! Não, não faz, mas então porque diabos é dito que o terra é um movimento que recruta as costas? Porque quando você tira a barra do chão e encontra-se com o tronco inclinado para frente, o peso da barra puxa seus braços para baixo, e suas costas, em um movimento isométrico, sustenta a barra. Portanto, o levantamento terra recruta as costas de executando uma contração muscular isométrica. “Mas qual a explicação do levantamento terra ser considerado um exercício para as pernas?”. O terra é um exercício para as pernas porque a contração da coxas (sobretudo dos ísquios), associado a contração do glúteos empurra seu quadril para a frente, gerando a força para tirar a barra do chão.
3º Pergunta: no 5-3-1 clássico do Jim Wendler, o desenvolvimento militar é um dos lifts principais e não se executa o supino 2 vezes na semana. Porque você montou um treinamento que não respeita essa divisão?
Resposta: você está certo. O clássico 5-3-1 utiliza como exercícios principais terra, supino, agachamento e militar. No entanto, coloquei o militar como um lift acessório. Justifico minha escolha com base no 5-3-1 remodelado pelo próprio Jim Wendler, na afirmação de Dave Tate que não considera o Military Press um lift principal, na necessidade de alta frequência para os lifts definitivamente principais (squat, bench e deadlift). Além disso, você pode introduzir o militar como auxiliar e executá-lo 2 vezes na semana.
4º Pergunta: notei que nos exemplos que você colocou, não há barra-fixa nem paralelas. Porque?
Resposta: porque exercícios com peso corporal não seguem a distribuição de porcentagem propriamente dita. Você não pode afirmar que ao executar 10 repetições de barra-fixa essa porcentagem equivale 55-60% da sua RM máxima uma vez que a única carga que você está utilizando é seu corpo. A comparação seria executar 10 repetições do supino com a barra vazia, sem carga, e afirmar que isso significa 55-60% da sua RM, o que é um absurdo completo. Exercícios corporais são mais bem avaliados através da escala RPE (“rate of perceived exertion”), criada pelo powerlifter Mike Tuchscherer. Essa é uma escala que classifica determinado movimento por dificuldade e atribui uma nota de 0 a 10 ao exercício executado (essa foi uma explicação muito grosseira). “Como você recomenda então que eu periodize os exercícios com peso corporal?” Recomendo que você vá até a academia e faça testes empíricos. Por exemplo, quando eu quero executar barra-fixa com peso adicional, sei que para 5 repetições visando uma execução adequada, posso adicionar até 14-16kg de carga adicional. Para 3 repetições, até 22-24kg de carga adicional. Contudo, tudo isso é empírico (ou graduado, se você quiser aprender a lidar com a escala RPE), portanto sugiro que você vá até a academia e descubra suas cargas nos exercícios que envolvem peso corporal.
5º Pergunta: quanto tempo dura um treino periodizado?
Resposta: a duração varia muito, mas em média se mantém de 8 a 16 semanas. A adição de semanas de deload aumenta o período de treino, sendo opção sua (ou necessidade) utilizar semanas para deload. Não existe um tempo definido, no entanto existem constatações: quanto mais longa a periodização, maior a probabilidade de progressão das cargas; quanto mais curta a periodização, menor a probabilidade de progressão das cargas. Quando mais longa a periodização, mais impreciso é o range das porcentagens, ou seja, se no início da periodização você programou-se para agachar 5x5 com 80% da sua RM (supondo, 100kg), ao final de 10 semanas em uma programação de 12 semanas, por exemplo, um agachamento 5x5 com 80% não será mais 100kg, mas sim 100+kg, porque você provavelmente irá progredir suas cargas. Tendo em vista a distribuição das semanas no 5-3-1 e do TJM, eu considero 12 semanas (4 mesos ciclos de 3 semanas cada), um bom período ideal de treinamento.
6º Pergunta: quero fugir do seu modelo pronto de DUP e bloco, alguma sugestão?
Resposta: sim, você inicialmente deve controlar o volume pelo modo sugerido (sets X reps X carga X nº de dias treinados na semana) e utilizar a tabela de prilipins:
https://leegertrained.com/wp-content/uploads/2010/10/Picture-3.png
É importante salientar que, antes de você começar qualquer periodização, você precisa determinar quais serão suas cargas máximas para montar o treino. Recomendo FORTEMENTE que você utilize 90% de suas RMs, ou seja, se sua 1RM no supino é 100kg, calcule os lifts do supino para 90kg. Isso não impactará em seus ganhos e permitirá você rodar toda a periodização sem falhar nos exercícios programados.
7º Pergunta: é possível adicionar ou remover volume de treinamento, sem modificar sets X reps?
Resposta: sim, é possível. Isso é feito através de uma técnica chamada “Cluster Training”. Por exemplo, 3x5 com 85% da carga para um supino. Ao invés de executar 3x5, você irá executar 15 repetições em sequência com 85% intervalando elas alguns segundos (execute uma repetição, guarde a barra, aguarde 10-15-20-30 segundos conforme for sua preferência e execute outra repetição). Se o exercício está leve, encurte o tempo; se está pesado, aumento o tempo. É um sistema útil para fazer um overload muito grande, ou seja, aumentar muito a carga e manter o volume alto para essa carga (exemplo: 3x5 92%). Joe de Franco é um exemplo de coach que utiliza essa técnica:
https://www.youtube.com/watch?v=KqOKTRQ63mI
8º Pergunta: posso adicionar levantamentos olímpicos?
Resposta: pergunta complicada. A meu ver, você não deve adicionar levantamentos olímpicos (embora eu seja extremamente fã de LPO), simplesmente porque não precisa adicioná-los. Levantamentos olímpicos são exercícios que necessitam de uma técnica adequada, estrutura adequada, difíceis de serem aprendidos, não são distribuídos no modelo upper-lower ou ABCDE ou Fullbody, simplesmente porque são movimentos que recrutam toda musculatura do corpo. Também não servem para serem trabalhados como força bruta e não são úteis para trabalhar hipertrofia.
Já que os LPO apareceram, vou fazer um adendo e explicar algo muito interessante, chamado “speed-strenght continuum” (não existe tradução para o português). O treinamento de força e velocidade é dividido da seguinte forma:
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· Do lado direito da linha, nos temos “Pure Strenght”, ou seja, força pura: esses são atletas essencialmente powerlifters, voltados para mover algo muito pesado, em um único movimento, não se importando com qual velocidade aquilo irá mover-se.
· No lado direito da linha, nos temos “Pure Speed”, ou seja, velocidade pura: esses são atletas dedicados a treinos de velocidade, basicamente são velocistas e esportes relacionados gerar velocidade no menor tempo possível (arremessadores de baseball, corredores de 100 metros, atletas de salto em distância, por exemplo).
· Na centro-esquerda, nos temos “Speed-Strength”, ou seja, velocidade e força juntas: esses são atletas que necessitam ser muito rápidos, mas não tão fortes, portanto atletas de treinam esportes de salto e treinos que envolvem pliometria, jogadores de basquete.
· Na centro-direita, nos temos “Strenght-speed”, ou seja, força e velocidade juntas: esses são atletas que necessitam ser fortes e aplicar essa força de uma maneira muito rápida, explosiva, portanto são os atletas de levantamento olímpico. O objetivo é mover algo pesado, da forma mais explosiva possível.
Porque eu trouxe a teoria do speed-strenght continuum? Porque ela é mais uma evidencia da importância que o DUP traz ao atleta. Se você variar seus estímulos, você permitirá progressão ao seu corpo uma vez que ele agora deve se adaptar aos novos estímulos. Atletas que executam basicamente treinamentos “pure speed”, apresentação enormes evoluções quando passam para a ponta do “pure strenght”. “Então adicionar levantamentos olímpicos não seria benéfico?” Sim, e não digo seria, digo que é certamente benéfico, contudo há uma série de “poréns” contra o uso de LPO em academias convencionais, além das dificuldades citadas acima. Segue um vídeo do Eric Cressey muito bom a respeito da teoria speed-strenght continuum:
https://www.youtube.com/watch?v=Y0ge2TYDllw&list=UUNkYtGj3dwmJB3KW4G-cRrg
9º Pergunta: sou iniciante e passei de 20kg/lado no agachamento para 30kg/lado no agachamento, mas não cresci tanto assim. O que está acontecendo comigo?
Resposta: muito bem amigo, isso acontece com todas as pessoas. O que ocorre é que existe um grau de neuroeficiência que você adquiriu. Ou seja, você desde o princípio era capaz de agachar com 30kg/lado, no entanto seu cérebro não era eficiente em recrutas seus músculos para gerar a força necessária para mover uma barra com 30kg/lado ao agachar. E isso é um fator que ocorre com qualquer iniciante em qualquer exercício. Lembra das suas cargas nos primeiros exercícios para bíceps, por exemplo? Você muito provavelmente logo aumentou suas cargas nos exercícios de roscas e em todos os demais movimentos existentes.
https://www.youtube.com/watch?v=tUeeecjd2s8&list=UUaHx0T1LWrVKWF1XfWWLSuw
10º Pergunta: porque preciso mover tanto peso para adquirir um shape legal? Não posso simplesmente focar em isoladores?
Resposta: devolvo a pergunta lhe perguntando: você conhece algum atleta natural (definitivamente natural) que seja fraco (a respeito da força) e pequeno? Pense na situação: determinada pessoa executa um supino de 150kg. Agora imagine o tamanho do peitoral, ombros e tríceps de alguém que supina com 150kg. Será que são pequenos? Certamente que não. Importante salientar que eu não estou dizendo que você não pode evoluir fazendo isoladores (até porque não faltam relatos de pessoas que cresceram desse modo), mas estou afirmando que utilizar compostos periodizados + isoladores é uma alternativa muito mais interessante. E considero interessante porque você passa a analisar diversos outros fatores: padrões de execução do movimento, postura adequada, velocidade da barra, sets X reps, porcentagens dos exercícios, começa a pegar cargas pesadas, concêntricas explosivas, seu corpo torna-se funcional e você adquire uma estética interessante, a perda de massa muscular é muito menor se você ficar doente ou ficar sem treinar. Enfim, você foca em performance e o treinamento fica mais complexo e, ao mesmo tempo, mais interessante.
11º Pergunta: Mas se eu pegar muito peso posso me machucar, não é?
Resposta: sim, você pode se machucar, com muito carga ou com pouca carga. O que realmente predispõe a lesões é treinar errado. Se você executar os exercícios errados, com pouco ou muita carga, você irá se machucar. A carga, portanto, deve ser a máxima que permita você executar o exercício da forma mais adequada possível, no entanto não sou aqueles advogados do tipo “ou o exercício está 100% correto ou tudo está errado”. Particularmente aceito erros mínimos (até porque 90% das variações dos exercícios provavelmente não ditará nada e referem-se apenas a minúcias biomecânicas próprias de quem está executando o exercício), no entanto não estou afirmando que tolero levantamentos terra com a lombar arredondada, supinos sem retração de escapulas. Um detalhe interessante é quanto mais próximo de sua RM, maior a execução fica comprometida pelo surgimento de fraquezas individuais, cuja abordagem permite progressão a longo prazo. Por fim, outro detalhe adicional é que caso a progressão de cargas ocorrer através de uma execução ruim, a progressão da estética do shape tende a ser ruim também. Se o cara saiu de 10kg no agachamento para 100kg com uma execução no mínimo lamentável, a progressão no shape tende a ser lamentável.
12º AFIRMAÇÃO: pra mim tudo isso é bullshitagem, não executo o “push sei lá o que” e pra mim toda essa parada de ciência é ridículo, o negócio é “no pain, no gain”.
Resposta: olha só amigo, se você veio aqui com intenção de afirmar que tudo isso é besteira, então não venha. Sinceramente, além de você estar redondamente enganado (e passar uma baita papelão aqui no fórum), o objetivo disso tudo aqui é discutir performance e métodos de treinamento, e não low reps X high reps (até porque afirmei a importância de utilizar high reps), PL X BB, treinos infrequentes X treinos frequentes, hormonizados X não-hormonizados. Antes que você cite que a ciência não explica tudo, que a prática é mais importante, você novamente está muito enganado, pois o treinamento em força está ai há mais de 500 anos (pra não citar mais, sendo que executado com muito sucesso), ou você acha que na idade média os caras treinavam fazendo extensão-do-tríceps-no-cross-com-a-corda-por-traz-da-cabeça-para-pegar-a-fibra-com-orientação-diagonal-da-cabeça-medial-do-triceps? E se você ainda acha exagero citar a idade média, então recomendo que você se informe sobre o treinamento praticado antes de 1930-1920, ou seja, na era pré-esteroides e também se informe sobre os treinos da época de 1970, marcada por Arnold e Franco Colombo (que, aliás, foram bodybuilders cuja base foi feita no powerlifting). Ainda a respeito da ciência, concordo que ela não explica tudo, mas ela explica parcialmente o que já vinho sendo feito há muito tempo. Além disso, a ciência trabalha com estatística para confirmar ou refutar suas hipóteses, e quando algo é estatisticamente comprovado (considerando não haver erros na amostra selecionada) e você não aceita, fique à vontade para discordar da matemática. Por fim, de onde eu venho, as pessoas que se disponibilizavam a discutir conceitos e conhecimentos são respeitadas e não simplesmente são atacadas com coisas do tipo “prática é uma coisa e teoria é outra”. Importante afirmar que não estou dizendo que eu não possa ser contrariado/que você não pode discordar de mim, muito pelo contrário (até afirmo de daqui a 10 anos possivelmente tudo isso que eu escrevi aqui esteja diferente), contudo estou dizendo que você deve respeitar as pessoas que visam treinar uma metodologia não convencional e fora da realidade atualmente aplicada em 99% das academias (que é uma realidade muito ruim, considerando o nível de instrutores que atualmente estão no mercado de trabalho, e do modelo de produção em série de treinos prontos que as pessoas recebem e acabam executando sem ao menos saber o motivo de cada exercício escolhido – e sem mencionar que o instrutor também não sabe o motivo de cada exercício escolhido).
Tópico 9 – Putting all together – colocando tudo junto
“Cara, não tem como você fazer um resumo do que eu preciso ter em mente ao montar uma periodização?” Muito bem, aqui vai o feijão-com-arroz para você se dar bem:
monte treinamentos para, em média, 12 semanas; priorize exercícios compostos; foco em progressão de carga programada: 1kg/lado para o upper body e 2kg/lado para exercícios de lower body a cada 1-3 semanas em exercícios; varie a periodização dos exercícios de assistência: alguns em DUP, alguns em bloco; utilize isoladores de forma consciente: é difícil progredir carga em isoladores e eles possuem função de resolver problemas específicos; ao iniciar uma periodização, calcule suas cargas para 90% de suas RMs; saiba o volume semanal de cada lift que você está executando.
Bom pessoal, esse um “know how” geral de como funciona periodizar. Já disse isso no tópico anterior e repito agora: periodizar requer experiência de treino dentro de uma academia para verificar aquilo que funciona e o que não funciona. É algo empírico do ponto de vista de acerto e erro, visto que necessita de autoconhecimento. Necessita, sobretudo, de estudo teórico para colocar em prática esse modelo de treinamento.
Espero ter ajudado e estou disposto a dúvidas!
Abração a todos!
Edit: o texto ficou enorme e certamente há erros de português e de disposição do texto e das ideias, além de erros de diagramação, então eu gradualmente irei arrumando eles conforme for relendo e relendo o tópico.
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_Dan deu reputação a iLee em [Oficial] Dá Pra Chegar Natural ?Pronto Frank, deixei seu irmão mais parecido com você.
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_Dan deu reputação a FabricioZanchetta em Diário da Fabi (protusão, condromalácia, dor crônica)
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_Dan deu reputação a proxy em Taberna Do Faabs - Candito Linear ProgramMan.
Eu venho aqui só pra rir.
Saio feliz pra caralho euahiueheihauea
Abraço
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_Dan deu reputação a Stein em Panturrilhas - Como Treina-Las. ( Atualizado )método stein para panturrilhas.
Algumas pessoas que me pedem ajuda em seus treinamentos, questionam porque suas panturrilhas não desenvolvem, quando pergunto como cada um deles as treinam a resposta é quase unânime.
APENAS JUNTO COM PERNAS
Mesmo fazendo uso de aes não adianta esperar que com esta frequência elas tenham o desenvolvimento desejado, digo isto porque fiz o teste, e treinando elas apenas com pernas, mesmo que 2 vezes por semana, o resultado foi baixo.
Estive fazendo alguns estudos, observações, e lendo livros que tratavam do assunto, e novamente a chave será a freqüência..
observei até pessoas que fazem balé, spinning, com frequência alta e sem nunca ter treinado panturrilhas isoladamente, e algumas delas tinham um bom desenvolvimento...
você dirá “genética” concordo em partes, ela ajuda muito quanto a isso, mais nem por isso nós que não fomos abençoados não podemos melhorar..
O que fazer..
Você vai treinar panturrilhas dia sim, dia não, ou todos os dias.
comece com dia sim dia não, seu treino terá 5 séries por dia de treino.
eu aconselho o uso do leg press, pois você vai precisar de bastante sobrecarga.
( nada de treinar apenas com o peso do corpo )
quanto as repetições, estas se dividiram em duas partes.
você vai carregar o leg com peso suficiente para realizar uma média de 8 a 12 reps, mais estas reps devem ser feitas com amplitude máxima, bem lentamente, e você vai parar por 2 segundos na parte inferior e 2 na parte superior. ( prepare-se para sentir toda a fúria do ácido lático )
ok, a partir do momento que você não conseguir mais fazer uma contração completa, elevando o suporte até o ponto máximo acima no leg, você vai ligar o “fadase” para amplitude e cadencia e vai simplesmente mover os pesos com velocidade até alcançar a falha total, quando você ficar imóvel é hora de encerrar a série...
foi deste modo que voltei a ter resultados nas minhas panturrilhas, então provavelmente vai servir também para você.
caso você esteja em cutt aconselho treinar dia sim dia não, intercalando com abdominais dia sim dia não também, pois o aeróbico já vai desgasta-las bastante..
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ok este é o método, mais vez por outra vc vai precisar mudar o foco, ou mudar o estímulo.
então vamos a uma segunda seção de treinamento bem simples para que vc destrua suas panturrilhas.
1 - o foco será intensidade, então se vc está fazendo a técnica acima com 200 kg, baixe para algo em torno de 100 kg
2 - vc fará contrações e extensões unilateralmente.
( por isso metade da carga )
3 - a velocidade será alta, mais não a máxima que vc conseguir, faça as repetições com certo controle.
4 - vc não vai parar o movimento em momento algum, mantenha o movimento constante
5 - assim que vc termina um lado, começa imediatamente o outro.
( sua perna só descansa enquanto a outra trabalha )
6 - o grande desafio será o ajuste da carga inicialmente, comece com uma carga a qual vc faria cerca de 20 reps ao menos..
7 - o numero de reps deve ficar em 15, mais desta vez vc não vai levar o músculo a falha em cada série, conte até 15 e comece a outra perna imediatamente.
8 - o que vc vai fazer é levar o número de séries até o ponto em que o numero de repetições fique abaixo de 6, só aí é hora de parar...
isso deve levar no mínimo 5 séries e um máximo de 10 séries para cada perna,
( ai entra o ajuste das cargas )
Grande abraço do Stein..
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_Dan deu reputação a palestrino em Nove Melhores Dicas Para O DeadliftBom, o Debew me pediu hoje pra traduzir esse artigo pra ele, aí afim de fazer uma coisa bonitinha, com fotos e tudo certinho, resolvi criar o tópico ao invés de só mandar pra ele, assim já fica compartilhado com o pessoal aqui também! Eu particularmente gostei do mesmo. Sem mais delongas, aí vai:
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Nove melhores dicas para o deadlift
Aqui está o que você precisa saber ...
· Para construir um bom deadlift, priorize o agachamento durante 6 semanas, enquanto não pegar pesado em tudo.
· Dica número um do Powerlifter Dan Green é realizar regularmente o SLDL (stiff legged deadlift).
· Mike Tuchscherer recomenda fazer o terra com pausa, fazendo uma pausa na parte inferior do levantamento, em torno de um ou dois centímetros do chão.
· Para muitos levantadores, a força no levantamento terra é limitada pelo que eles podem segurar. Reforce a sua pegada para puxar mais.
· Konstantin Konstantinovs constrói a força da pegada, mantendo a primeira posição durante a última repetição mais pesada do levantamento terra.
· Tom Martin recomenda que seus quadris fiquem na mesma posição desde quando a barra sai do chão, para a melhoria do levantamento.
1. Às vezes, priorize o agachamento
Isto pode parecer absurdo, mas o agachamento mantém seu deadlift bom. Se você só faz terra e nunca agachou, seus quadris acabariam indo para cima e seu levantamento terra se tornaria muito dominante do quadril.
Os seus quads precisam ser muito fortes em um levantamento terra, isso obviamente irá ajudá-lo a direcionar suas pernas, para evitar um buttwink excessivo.
Durante seis semanas, tente agachar pesados três vezes por semana. Durante este tempo, não faça deadlift pesado. Em vez disso, faça esforço dinâmico (velocidade) com 60-80% de 1RM para 3 séries de 1-3 reps.
Esta estratégia parece absurdo? Pense novamente. Muitos levantadores acham que depois de seguir os protocolos de agachamento intensivos, tais como Smolov ou The Russian Squat Routine, sua força no deadlift aumenta.
Mas não confie o ano todo nesta estratégia. Se você quiser maximizar a sua força no levantamento terra, você definitivamente tem que melhorar o levantamento terra em pontos estratégicos ao longo do ano.
2. Varie
Fale com 100 powerlifters sobre os seus exercícios de assistência para deadlift favoritos e você vai ter 100 respostas diferentes.
Cada levantador tem pontos fracos que podem ser reforçadas através de diferentes levantamentos de assistência.
Por exemplo, alguns levantadores são marcadamente mais forte rack ou block pulls do que são no chão, enquanto outros levantadores são realmente mais fracos quando retiram de blocos de 7-10 cm.
Aqui estão alguns exercícios que vão ajudá-los a melhorar seu deadlift (deixei eles em inglês, só dar uma googleada que acha):
· Front squat, low box squat, safety bar squat, Bulgarian split squat, leg press
· Deficit deadlift, block pull, stiff-leg deadlift, pause deadlift, Dimel deadlift
· Good morning, cambered bar good morning, safety-squat bar good morning
· Barbell hip thrust, single-leg hip thrust, barbell glute bridge
· Glute ham raise, back extension, reverse hyper, kettlebell swing, pull through
Experimente estes exercícios e descubra o que funciona melhor para você. Perguntei ao Dan Green sobre o que ele recomenda, e ele recomendou o SLDL. Dan faz SLDL com déficit de 10cm com ~278kg x 6 repetições.
3. Utilize especificidade
Esta dica contradiz as duas primeiras, mas não fique preso a isso. Enquanto as duas primeiras dicas recomendam contando com agachamentos e variações para construir o seu levantamento terra, esta dica recomenda especificidade no próprio.
Por um período de seis semanas, faça duas vezes por semana:
· Passar duas semanas fazendo 3 x 5 de terra.
· Em sequida, passar duas semanas fazendo 3 x 3 de terra.
· Seguido por duas semanas fazendo 3 x 1 de terra.
Durante esse tempo, faça agachamentos com esforço dinâmico (rápido) com cerca de 60-80% de sua 1RM, 3 x 3.
4. Domine a posição oposta
Se você fizer sumo, foque na construção de suas forças no convencional por um par de meses. Os dois estilos podem alimentar-se uns aos outros, e você não quer um enorme desequilíbrio entro o sumo deadlifit e o convencional, não é? Além disso, você deve incorporar o semi-sumo (largura média) de vez em quando. (não entendi direito isso, mas tudo bem hauheuahuehea o que importa é que ele diz pra usar o semi-sumo às vezes) e sobre o semi-sumo, aqui uma contribuição do EctoBeast, em vídeo:
5. Faça pause deadlifits
Repetições pausadas são a arma do powerlifting Mike Tuchscherer. Ele faz uma pausa no final, em torno de uma ou duas polegadas acima do chão. No entanto, você pode fazer a pausa onde sente mais dificuldade, como logo abaixo dos joelhos ou logo acima dos joelhos.
Levantamento terra pausado exige uma disciplina, já que é bastante desconfortável e desafiador manter o posicionamento adequado durante a pausa no meio de uma repetição.
6. Fique forte a partir do chão
Você nunca pode ser muito forte fora do chão, quanto mais forte a sua força inicial, mais rápido você vai mover a barra, o que ira melhorar suas chances de lockout.
Além disso, quanto melhor que você manter a posição correta do chão, mais fácil o lockout será.
O que parece melhorar a força no levantamento terra do chão varia de um levantador para o outro, mas algumas opções incluem dynamic effort deadlifts, pause deadlifts, deficit deadlifts, snatch-grip deadlifts, back squats, front squats, Bulgarian split squats, e leg presses. (também deixei em inglês, uma googleada resolve)
7. Aumente a força de lockout
Você nem sempre vai puxar a barra do chão perfeitamente e seu caminho nem sempre será sólido. Nestas situações, o lockout certamente será mais difícil de conseguir.
Além disso, quando estourar o limite, em uma grande porcentagem de levantadores o lockout será mais difícil de alcançar. Então, certamente você vai querer que sua força de lockout seja tão forte quanto possível.
O que melhora a força de lockout nos deadlifts varia de um levantador para o outro, mas algumas opções incluem banded deadlifts, chain deadlifts, American deadlifts, block pulls, barbell hip thrusts, barbell glute bridges, and weighted back extensions. (também deixei em inglês, uma googleada resolve)
8. Fortaleça sua pegada
Alguns levantadores sortudos possuem naturalmente uma força insana de pegada. Eles nunca têm que treinar a sua pegada especificamente. Sua pegada fica forte de fazer levantamento terra e realizar o trabalho para a parte superior do corpo, tais como exercícios com halteres, shrugs e chins.
Outros levantadores não têm tanta sorte. Sua força levantamento terra é limitada pelo o que eles podem segurar. Quando eles usam straps ficam mais fortes, e devido a sua força de pegada pobre, seus músculos parecem desligar.
Reforçar a pegada irá melhorar a confiança, aumentar a ativação muscular em todo o corpo e, permitir uma melhor aceleração do chão. Execute os seguintes exercícios para fortalecer a sua pegada: farmer's walks, Kroc rows, static hangs, static barbell holds, shrugs with a double overhand grip, bent-over rows with a double overhand grip, bench squeezes, e/ou grippers. (de novo, uma pesquisada no google resolve caso não saibam os nomes)
Outra opção é simplesmente segurar na primeira posição por mais tempo, durante a última repetição da ultima série mais pesada do levantamento terra. O powerlifter Konstantin Konstantinovs gosta de fazer isso. Sobre a pegada, o grande {..mAthEUs..} postou um excelente texto falando sobre as diferentes pegadas, segue:
Existe 5 tipos de pegada:
- pronada: tem um maior trabalho do antebraço e acaba fortalecendo mais a pegada.
- supinada: cria uma maior tensão nos rotatores dos ombros e na parte superior das costas. É considerada a mais perigosa pelo fato da tensão no biceps. Se a pessoa flexionar um pouco o cotovelo, dependendo da carga, vai romper o biceps. Uma dica aqui é dar uma forçada no triceps para impedir que o cotovelo flexione.
- mista ou power grip: impede que a barra "gire", dando assim mais estabilidade. Por uma das mãos ficar em supinação corre o risco de lesionar o biceps (conforme ja foi explicado acima). O bom seria alternar nas series as mãos para não criar uma diferença de força nos braços- em uma serie a mão direita em supinação e a eaquerda em pronação, e na serie seguinte inverte.
-hook grip: alivia a força necessaria nas mãos e facilita levantar mais carga. É a mais segura e que proporciona uma força maior. Muitos atletas utilizam essa pegada por conta da força que ela proporciona. A principio é um pouco desconfortavel mas com o tempo acostuma.
- pegada snatch: as mãos ficam afastadas, dando assim uma enfase no trapezio e no quadriceps. a mais segura e que proporciona uma força maior. Muitos atletas utilizam essa pegada por conta da força que ela proporciona. A principio é um pouco desconfortavel mas com o tempo acostuma.
9. Concentre-se na técnica
Você deve ter ouvido que, para melhorar seu terra, você precisa fortalecer um músculo especifico, como glúteos, quadríceps ou isquiotibiais. Mas você pode melhorar só de trabalhar a técnica ao invés de executar isolamento/movimento direcionado para determinado músculo.
Por exemplo, o powerlifter Chris Duffin oferece o seguinte conselho: "Se você está se perguntando se você precisa construir um low back mais forte para melhorar seu levantamento, você precisa olhar também sua técnica.”
Em outras palavras, ao invés de executar várias extensões da coluna vertebral ou movimentos direcionados para o back, apenas trabalhe em puxadas com um arco sólido mais e mais até que se torne automático.
Os músculos acabarão por ficar forte nos comprimentos adequados, e o sistema nervoso irá memorizar o padrão motor. Esta estratégia exige paciência e consistência, mas se paga dividendos ao longo do tempo.
Outro excelente conselho vem de powerlifter Tom Martin:
“Não tente puxar a partir de uma posição inicial excessivamente otimista. Faça o setup de modo que seus quadris fiquem na mesma posição desde quando a barra sai do chão. Antes que o peso realmente se mova, você vai a) ser puxado para um posição em que você não vai ficar firme, e perder muita velocidade do chão.”
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Fonte: https://www.t-nation.com/training/9-best-deadlift-tips
Traduzido e adaptado por: palestrino
Espero que gostem e aproveitem! Com certeza terá alguns errinhos, mas nada que comprometa o artigo em si. Amanhã, assim que tiver tempo, vou revisar ele e ir lendo aqui e no Tnation, pra corrigir. Abraço a todos.
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_Dan deu reputação a surf em Meditação, Algum De Vocês Domina?Desculpe, mas já vejo erro quando vc diz por do sol, vista bonita e tal.
Se fecha no seu quarto, e usa a técnica da vela ou da respiração, vou descrever as duas.
1 da vela:
Apague a luz, começa respirando lento e segurando um pouco com pulmões cheio e um pouco vazio. FAz isso até se acalmar.
sentado, acenda a vela e fique olhando pra ela. jamais avalie a vela, se a chama esta quente, grande, pequena, etc.
Apenas olhe a vela, não se importe com o tempo que durar. Se vc se preocupa com o tempo deixe o despertador regulado.
2 da respiração.
Coloque um relógio de ponteiro perto de vc
sabeos que a respiração tem 4 fases:
inspiração
pulmões cheios
expiração
pulmões vazios
-use um ritmo respiratório.
1111, 1211,1421, 1212,2121, 1352
-use uma quociente de segundos: ex 3 segundos a 1421
inspiração 1*3=3 segundos pra inspirar
pulmões cheios 4*3=12 segundos de pulmões cheios
expiração 2*3= 6 segundos para
pulmões vazios 1*3=3 segundos de pulmões vazios.
cada toque do relógio corresponde a 1 segundo basta contar.
Essa técnica é muito boa, principalmente pra iniciantes e ainda te ensina a respirar muito melhor.
Meditar é difícil e exige pratica e tempo para ver resultado. É transformador!
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_Dan deu reputação a PaulãoUFC em Consultoria Online?Vai de rm personal !!
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_Dan deu reputação a Aless em Diário Gourmet Do AlessOi,
Sem julgar, mas já julgando, provavelmente eles não sabiam o que estavam fazendo. O supino com pegada supinada ou supino com pegada invertida (supinated bench press / reverse grip bench press) é usado quando se tem lesão séria no ombro e, por incrível que pareça, daquela forma tu quase elimina a ação do ombro por causa do grau de rotação externa no úmero. Ele coloca o ombro em uma posição muito mais estável que a normal (ombro é a nossa articulação mais 'ninja' e paga o preço por isso em forma de instabilidade) e consegue trabalhar de forma eficiente ombro e tríceps, e menos peitoral. Tu usa bem menos carga que o normal e precisa de ajuda pra tirar a barra do suporte e para devolver para ele.
A última parte que ele talvez seja benéfico é em desenvolver força pra tirar a barra do peito depois da pausa, então alguns PLs antigos usavam ele por causa disso. Coisa que pessoal de academia não se preocupa, já que eles nem chegam perto de encostar no peito
O melhor artigo que eu achei rapidão sobre ele foi esse. Lembro de ter visto alguns vídeos falando sobre isso, mas achar agora é complicado... ainda mais que provavelmente ele não era o tema principal do vídeo.
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_Dan deu reputação a AveiaeLeite em É Necessário "isolar" Certos Músculos Quando O Objetivo É Hipertrofia/força? Estudos Provam Que Não.Achei esse artigo muito bom, e como não fui eu que elaborei o texto, estarei postando o nome do autor e referências, é uma boa pra galera que fica se matando em isolados ao invés de focar em agachos, supinos e levantamento terra que são realmente construtores de massa magra, força e tendões fortes, segue o texto:
EXERCÍCIOS DE ISOLAMENTO: QUAL A UTILIDADE?
Paulo Gentil
03/06/2013
Uma prática muito comum na sala de musculação é a busca pelo isolamento dos músculos ou pelo trabalho “concentrado”. Dentro desta perspectiva, há uma corrente que privilegia o uso de máquinas como forma de melhor trabalhar os músculos, além de usar volumes extensos de exercícios que trabalham deltóides, bíceps e tríceps em isolamento
Provavelmente a ideia de se usar máquinas tenha sido iniciada e motivada pelo interesse econômico de fabricantes de equipamentos. De fato, um dos pioneiros desta proposta foi o célebre Arthur Jones, que é o criador das máquinas Nautilus. Apesar de ter trazido diversos conceitos importantes para o treinamento de força e ser uma das principais figuras da área, o conceito de isolamento muscular proposto por Arthur Jones tem sérias limitações.
É comum afirmar que o uso de pesos livres aumenta o risco de lesões, no entanto, uma análise detalhada destes relatórios mostra que tais lesões não ocorrem em função dos treinos realizados sob orientação e sim de acidentes. Tal fato deve-se ao hábito relativamente comum da população estadunidense de manter pesos e anilhas em suas casas e usa-los sem orientação ou supervisão adequada. Aliás, no campo orientação, ressalta-se que as academias do Tio Sam não tem professores, como a maioria das nossas (agora vocês entendem por que as máquinas vêm com "manual de instrução" coladas nelas?), portanto, a utilização de máquinas realmente pode ser mais segura nesse contexto.
Um erro comum quando se fala em exercícios como supinos, puxadas, agachamentos, etc. é afirmar que eles sejam direcionados para os trabalhos de apenas um grupamento muscular, quando na verdade deveríamos dizer que eles trabalham uma cadeia de músculos. No caso do supino, por exemplo, é comum afirmar que ele é um exercício de peitorais, quando, na verdade, ele envolve também diversos outros músculos, como deltoides e tríceps, com relação ao último devemos lembrar que se não houvesse extensão de cotovelo, não haveria supino.
O próprio conceito de motores primários e músculos principais é algo falho. Imagine que um objeto cai sobre seu tórax, esmagando-o, a respiração começa a ser comprometida e a única chance de sobreviver é retirar o objeto de cima de você, empurrando-o como se faz no supino. Nessa situação hipotética, o objeto pesa 100 kg e seus peitorais sozinhos só conseguiriam levantar 60kg, no entanto, outros músculos do ombro dariam conta de mais 20kg e o extensores de cotovelo dariam conta de mais 20. E aí? Você iria morrer porque empurrar um objeto é um movimento de peitoral? Ou será que seu corpo colocaria em ação todos os músculos envolvidos para vencer o desafio? Se há vários músculos envolvidos em um movimento, por que acreditar que nosso corpo utilizará apenas, ou preferencialmente, um deles? Mesmo que a carga não seja máxima inicialmente e se consiga favorecer o recrutamento de um músculo no início do exercício, conforme a fadiga se instaura seu corpo mudará a estratégias de recrutamento e, dessa forma, os músculos que seriam considerados acessórios teriam que ser mais recrutados para permitir o movimento de prosseguir (Akima et al., 2002; Gentil et al., 2007).
Um pergunta que pode surgir então é, se os músculos envolvidos em um determinado movimento são todos ativados, será que há necessidade de se complementar um programa de exercícios multiarticulares com exercícios uniarticulares? Na prática, será que após realizar supinos e puxadas eu ainda preciso realizar exercícios de isolamento para bíceps e tríceps?
Procuramos responder essa pergunta em um estudo realizado na Universidade de Brasília, com homens jovens e sem experiência em treinamento resistido. O estudo durou 10 semanas e os participantes foram divididos em dois grupos. Um deles realizou apenas puxadas e supinos e o outro realizou puxadas, supinos e exercícios de isolamento para bíceps e tríceps. A espessura muscular dos flexores de cotovelo foi medida por ultrassom e o pico de torque por um dinamômetro isocinético. Ao final do estudo, não houve diferença nos ganhos de massa muscular e força entre os grupos, ou seja, a adição dos exercícios de isolamento não trouxe benefícios (Gentil et al., 2013). Uma coisa interessante no processo de publicação desse artigo é que colocamos em nossa introdução que nos "...exercícios multiarticulares alguns músculos são definidos como motores primários (tipicamente os músculos maiores) e outros como acessórios". Ao ler essa afirmação, um revisor nos perguntou qual a referência bibliográfica para ela, ou seja, onde está escrito os dorsais são motores primários na puxada e que o peitoral é motor primário no supino? Em princípio, achamos a pergunta meio estranha, mas estranho mesmo foi buscar pelas referências bibliográficas e simplesmente não termos encontrados nada sério dizendo isso, ou seja, é simplesmente senso comum! E foi essa a resposta que demos: de fato não existem referências, é algo dito com base no senso comum!
Pode-se perguntar se os resultados do nosso estudo seriam aplicados em outros grupos. Tudo bem que o objetivo do estudo não foi esse, ele foi sobre iniciantes, mas eu diria que, por uma pessoa treinada ter mais condições de levar o treino ao máximo, seria ainda mais provável que ela conseguisse estimular adequadamente seus músculos. Na minha prática eu já treinei atletas de nível internacional sem utilizar exercícios de isolamento e consegui melhoras surpreendentes na performance. Com relação à atletas, Rogers et al. (2000) realizaram um estudo com jogadores de baseball de nível nacional, no qual nos baseamos para fazer o nosso. No estudo de 10 semanas, os participantes foram divididos em dois grupos: um grupo realizava supino reto, supino inclinado, puxada e remada; o outro grupo realizava o mesmo treinamento complementado com exercícios específicos para bíceps e tríceps. Ao final do estudo ambos os grupos tiveram aumentos iguais na circunferência do braço e nos ganhos de força no supino reto e na puxada. Os autores concluem que: “os achados deste estudo sugerem que exercícios de isolamento não são necessários para aumentar a força em movimentos compostos nem aumentar a circunferência do braço. Estes achados também sugerem que treinadores de força podem economizar tempo não incluindo exercícios de isolamento e ainda assim conseguir obter aumento na força e tamanho.”
Se tal raciocínio fosse empregado com mais frequência certamente se perderia menos tempo treinando e se alcançariam resultados similares, ou até melhores, com um menor risco de lesões. Isso mesmo, lesões. Além de ineficientes, o uso descontrolado de exercícios de isolamento pode levar a um índice aumentado de lesões, provavelmente pelo excesso de uso. Quantos alunos antigos vocês conhecem com lesões de cotovelos e ombros, especialmente aquelas dores chatas que os acompanhar ao longo dos anos? Será que o excesso de uso não estaria associado a isso?
Essas sugestões envolvem um grande conflito técnico e, principalmente, cultural. Fica muito difícil conceber um marombeiro sem realizar um rosca direta ou um tríceps na polia. Mas entendam que não estou falando para se promover uma proibição da utilização desses exercícios e sim para se empregar uma análise mais adequada dos músculos envolvidos em um determinado exercício. Mesmo que não se suprima totalmente os exercícios de isolamento, deve-se refletir se é necessário fazer um treino inteiro para bíceps, tríceps ou deltoides; ou se apenas deve-se usar os exercícios isolados como complemento de um treino envolvendo exercícios multiarticulares. Também é necessário refletir sobre a distribuição dos treinos, seria prudente colocar um treino de supino em um dia e um treino de isolamento de tríceps em outro? Será que isso não estaria prejudicando a recuperação e levando a um excesso de treinamento?
Por fim, um grave problema quando falamos de musculação é que, automaticamente, muita gente pensa apenas no fisiculturismo. No entanto, vamos pensar nos iniciantes, nos atletas de outras modalidades, nos trabalhadores que dispõem de pouco tempo para treinar, nas pessoas que necessitam de baixos volumes e preservação das estruturas articulares... será que precisaríamos obrigar essas pessoas a fazer um volume a mais de exercícios incluindo exercícios uniarticulares?
Lembrem-se que, em nosso país, mais de 95% das pessoas não frequentam academias. Das pessoas que frequentam, estima-se que 70% não permaneça por três meses. A cada mês uma academia perde de 40 a 60% dos seus alunos, ou seja, metade dos alunos que estão na academia esse mês, não estarão no mês seguinte. E sabe qual a principal causa alegada para uma pessoa não fazer exercícios? Falta de tempo (Eyler et al., 2002; Trost et al., 2002; Schutzer & Graves, 2004; Silliman et al., 2004; Gómez-López et al., 2010)!! Portanto, dar mais resultados tomando menos tempo, pode ser extremamente importante.
Enfim, sempre existirão os que resistirão à Ciência; os que acharão que vale a pena passar mais tempo na academia em troca de menos resultados; os que optarão por expor suas articulações a um risco aumentado; os que arriscarão submeter seus músculos ao excesso de treinamento; os que terão apego emocional a um determinado exercício... mas paciência! Devemos sempre tentar ajudar a todos, mas infelizmente isso nem sempre será possível. Com base nas evidências apresentadas vemos que os exercícios de isolamento produzem um resultado limitado, portanto, é recomendado que, ao planejar um treino, se empregue uma visão mais sistêmica, menos reducionista, e assim ajudaremos nossos alunos a alcançar ótimos resultados, preservando seu tempo livre e sua saúde.
Referências
Akima H, Foley JM, Prior BM, Dudley GA & Meyer RA. (2002). Vastus lateralis fatigue alters recruitment of musculus quadriceps femoris in humans. J Appl Physiol 92, 679-684.
Eyler AA, Matson-Koffman D, Vest JR, Evenson KR, Sanderson B, Thompson JL, Wilbur J, Wilcox S & Young DR. (2002). Environmental, policy, and cultural factors related to physical activity in a diverse sample of women: The Women's Cardiovascular Health Network Project--summary and discussion. Women & health 36, 123-134.
Gentil P, Oliveira E, de Araujo Rocha Junior V, do Carmo J & Bottaro M. (2007). Effects of exercise order on upper-body muscle activation and exercise performance. J Strength Cond Res 21, 1082-1086.
Gentil P, Soares SR, Pereira MC, Cunha RR, Martorelli SS, Martorelli AS & Bottaro M. (2013). Effect of adding single-joint exercises to a multi-joint exercise resistance-training program on strength and hypertrophy in untrained subjects. Appl Physiol Nutr Metab 38, 341-344.
Gómez-López M, Gallegos AG & Extremera AB. (2010). Perceived barriers by university students in the practice of physical activities. J Sports Sci Med 9, 374-381.
Rogers RA, Newton RU, Mcevoy KP, Popper EM, Doan BK, Shim JK, Bolt LR, Volek JS & Kraemer WJ. (2000). The effect of supplemental isolated weight-training exercises on upper-arm size and upper-body strength. In NSCA Conference, pp. 369.
Schutzer KA & Graves BS. (2004). Barriers and motivations to exercise in older adults. Prev Med 39, 1056-1061.
Silliman K, Rodas-Fortier K & Neyman M. (2004). A survey of dietary and exercise habits and perceived barriers to following a healthy lifestyle in a college population. Age (years) 18, 281.
Trost SG, Owen N, Bauman AE, Sallis JF & Brown W. (2002). Correlates of adults' participation in physical activity: review and update. Med Sci Sports Exerc 34, 1996-2001.
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_Dan deu reputação a Mklek em Mklek: Projeto Powerlifting 2015Senhoras e senhores, este é meu ultimo post neste diário. Pensei seriamente em fazer igual ao Gremista e assassinar meu nick/avatar, mas este nasceu em 2009 e já está indo para o sexto ano de vida. Não vou ser tão radical, vou ficar por aqui e acompanhar mais em off. Algumas coisas do fórum estavam me indispondo e de certa forma atrapalhando meus treinos. Para quem acompanhava aqui deve ter percebido que deixei de postar treino, cargas e tal. Quero expor menos meus treinos e focar nas minhas crenças sem ser influenciado. Alcancei meu ponto de equilíbrio e sigo com minha própria reflexão e feedback. Não vou ser ingrato, aprendi muito com várias pessoas aqui do fórum e construí algumas amizades também. Talvez amizades virtuais mais sinceras que algumas do mundo real. Altruísmo puro, pois nada é pedido em troca.
Sem mais firulas vou fazer meu retrospecto 2014.
Hoje tenho 36 anos e já contei um pouco da minha história, treino desde os 17 anos, ficando alguns períodos sem treinar neste meio tempo. Meus treinos sempre foram no estilo BB, talvez algo mais parecido com oldschool, mas mesmo assim BB.
Sempre tive este enfoque dos meus treinos serem também funcionais. Então, treinos de força eram frequentes, mas nunca eram o foco. A minha filosofia era que mais força significava mais carga para chegar até a falha. Sim, eu treinava até a falha frequentemente. Pois é.
No começo deste ano as coisas estavam por mudar. Eu comecei o ano como um completo sedentário. O ano de 2013 não foi bom para mim na questão dos treinos. Trabalho, estudo e projetos paralelos consumiam meu tempo e energia. Em 2014 tentei organizar as coisas e voltei a treinar.
Comecei o ano obeso, tenho 1,66-1,67 de altura, eu estava com 79 kg, uns 25% de BF e cintura de 102-104 cm! Força e preparo físico zero.
Comecei a treinar e em um mês quis entrar no ritmo. Já estava mandando 100 kg no supino para repetição e uns 130 no DL. Com 3 meses de treino já tinha perdido BF e ganhado MM. Me empolguei com a progressão de carga e Bummmmmm. Lesão no ombro. Tomei anti-inflamatório e não sarou. Fui ao médico descobri uma lesão mais ou menos séria. Fiquei na geladeira por três meses, fiz tratamento e melhorei. Neste período off, concretizei um plano antigo: Montei uma home gym. Na verdade um Power Rack que eu mesmo construí.
Voltei aos treinos como um Stronglift 5X5. Um bom treino. Chegou uma hora que o SL encheu o saco e coincidentemente teve um champz de supino na minha empresa. Mandei um Smolov JR. e mesmo sem ter feito os 2 últimos treinos por alguns problemas que tive, consegui uma 1RM de 118 kg. Uma boa carga mas nada Ohhhh!!
Continuei treinando com treinos que eu mesmo desenvolvi com base em alguns artigos e treinos prontos focados em performance.
Minhas cargas foram subindo aos poucos e minhas ultimas 1RM testadas foram de 126 no BP, 160 no SQ e 202 para o DL. Esta semana estou fazendo double com estas mesmas cargas para BP e DL e triplo para SQ! Vou deixa predição de carga para lá, acho que um double equivale a um sigle bem executado no champz, então minha 1Rm fica a mesma.
Tenho uma história sobre saúde que vou contar para vocês. Eu estava com alguns exames alterados há uns 3 meses atrás, glicemia em jejum alta, colesterol no limite e testosterona um pouco acima do máximo ( sim testosterona alta pode ser ruim). Minha mãe é diabética e minha irmã tem doença celíaca. Desconfiei que eu pudesse ter algum problema com glúten e fiz uma dieta sem esta proteína por 3 semanas. O resultado desta restrição foi regularização da minha glicemia, redução da minha cintura e normalidade em todos os meus exames. Perdi 7 cm de cintura em 3 semanas!! Minha testo normalizou e estava em 695 ng/DL esta semana, colesterol ok, TGO, TGP, e toda estes exames ok!! Saúde 100% enfim!! Sinto-me com mais energia, mais forte e mais leve. Progressão de carga em fluência plena. O glúten não me faz falta, só atrapalhava. Será que teremos novidades em breve?
Partindo do começo do ano com 1,67, 79 kg e BF de 25-28%, 102 cm de cintura, tenho agora 83 kg, BF de 9% e cintura de 80 cm. The summer is coming . #zoeira.
Bem, não ligo mais tanto assim para a forma, mas quando a saúde vai bem o corpo agradece.
Continuo no fórum, só não vou mais postar aqui. Vou dar uma revisada neste diário e solicitar para fechar.
Ano que vem vou abrir um novo diário com foco no PL. O projeto inicial é Sheiko +80.
Até lá pessoal. Boas festas!!
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_Dan deu reputação a Mklek em Mklek: Projeto Powerlifting 2015Fala Eduardo,
Vou procurar me aprofundar mais neste assunto. Acho que faz todo sentido esta metodologia. Isto corrobora com o HFT, por exemplo.
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Curiosidades sobre o Powerlifting.
Introdução ao Powerlifting
Escrito por Spartacus Eduardo Bottaro Marques
Ter, 24 de Fevereiro de 2009 23:12 - Última atualização Seg, 09 de Março de 2009 10:21
O powerlifiting é a modalidade de levantamento de pesos que reúne três tipos de levantamentos básicos, o agachamento (squat), o levantamento terra (deadlift) e o supino (bench press). No Brasil costuma-se chamar o powerlifing de levantamento básico ou basismo, assim denominados por terem sido usados como exercício de básicos para desenvolvimento da força e como exercícios assistenciais nos treinamentos de levantamentos olímpicos.
Conseqüentemente seus praticantes são denominados basistas. No powerlifting, assim como em muitas provas esportivas, os atletas são divididos em categorias de peso e vence o competidor cujo somatório das cargas alcançadas for o mais alto em sua categoria de peso.
Atualmente já existem premiações para aqueles que conseguem a melhor marca em cada um dos três tipos de levantamento e até competições exclusivas de um único tipo de levantamento.
O nome powerlifiting, apesar de já consolidado, não exprime corretamente o tipo de qualidade física que é posta a prova em suas competições. O termo “power” em inglês corresponde à qualidade física por nós conhecida como potência, vulgarmente chamada explosão muscular. Todavia, os tipos de levantamento do powerlifting são tipicamente levantamentos que demonstram força pura e não potência. Os levantamentos olímpicos são muito mais provas de potência do que o powerlifing.
Apesar de ambas as qualidades físicas estarem relacionadas, ou seja, o atleta que tem muita força pura tem potencialmente muita força explosiva e vice-versa, todavia para este atleta alcançar a mesmo nível de excelência na outra modalidade será necessário um treinamento específico.
O treinamento do powerlifting e do halterofilismo se concentram mais sobre a musculatura central do corpo, o “core” composta pela musculatura do quadril, coxas, abdômen e lombar, por serem mais exigidas nos seus levantamentos, diferentemente do fisiculturismo cujo treinamento enfatiza muito mais o treinamento de músculos periféricos, como bíceps, tríceps, panturrilhas, peitorais, deltóides, pois ele não tem visa ganho de força em levantamentos específico, mas visa o desenvolvimento da musculatura num padrão que não contempla um desenvolvimento excessivo no “core”.
O Powerlifitng é uma modalidade moderna, ele surgiu nos EUA como uma reação à eliminação de vários tipos de levantamentos das competições oficiais e ao declínio dos EUA em relação aos países do Leste Europeu nas competições de levantamento olímpico. Até 1920 faziam parte das competições de levantamento de peso dezenas de diferentes tipos de movimentos, mas a partir daquele ano a entidade olímpica internacional regulamentadora definiu como levantamentos olímpicos oficiais apenas o arranque (snatch), o arremesso (clean and jerk) e o desenvolvimento (press), excluindo outros tantos levantamentos que faziam parte da competição, dentre eles o agachamento, o terra e o supino. Atualmente o agachamento e o supino são bem diferentes do que eram originalmente. No supino o levantamento do peso era feito a partir do chão (back press) e o agachamento era completo (deep knee bend), com os joelhos dobrando ao máximo e as nádegas praticamente encostadas nos tornozelo. Entretanto, como estes três levantamentos sempre foram considerados excelentes exercícios de força pelo fisiculturista, após a segunda guerra mundial, eles passaram a fazer parte de muitas competições de fisiculturismo, inicialmente apenas como exibição e posteriormente como competição. Somente em 1958 o powerlifting foi reconhecido oficialmente como modalidade competitiva de levantamento de peso, nesta ocasião os três levantamentos básicos eram o supino, o agachamento e a rosca direta. Foi em meados dos anos 60, por ocasião da realização da primeira competição oficial da modalidade, que a rosca direta foi substituída pelo levantamento terra.
No período anterior à oficialização do powerlifiting como modalidade competitiva, muitos dos atletas também eram praticantes de levantamento olímpico. Assim eram os grandes atletas Paul Anderson, Doug Hepburn, Henry “Milos” Steinborn, John Davis e Charles Vinci. Paul Anderson foi campeão mundial de halterofilismo em 1955 e ganhou a medalha de ouro no levantamento de peso no Jogos Olímpicos de 1956 e provavelmente também teria ganho a medalha de outro nos jogos olímpicos da década de 60 caso não tivesse sido proibido de competir por ter aceito pagamento por participar em lutas de wrestling profissional, provavelmente seu reinado só teria terminado com o surgimento do russo Vasili Alexeyev nos anos 70. Este rigor com os atletas com relação ao amadorismo no esporte certamente foi uma das causas da perda de hegemonia no levantamento olímpico dos americanos para os atletas dos países de regime comunista nos anos 60 e 70 e pelo crescimento do powerlifing.
O primeiro campeonato mundial de powerlifting foi realizado em 1971 nos EUA. Em 1972 foi fundada a International Powerlifing Federation – IPF (https://www.powerlifting-ipf.com/), a organização de âmbito mundial que rege a modalidade. As competições femininas foram introduzidas em 1979. A IPF é filiada ao Comitê Olímpico Internacional – COI e apesar do powerlifiting ainda não ser considerado um esporte olímpico ele já é desde 1984 um esporte para-olímpico e a IPF é considerada pelo COI como a entidade gestora oficial de powerlifting e a responsável pela padronização do esporte em nível internacional.
O período áureo do powerlifting foram os anos 70 e 80 e algumas marcas atingidas neste período até hoje (2009) não foram quebradas e o maior powerlifter de todos os tempos foi sem dúvida Ed Coan que reinou absoluto de 1984 até 2007 tendo batido 22 recordes mundiais oficiais pela IPF e 27 pela WPF ao longo de sua carreira. Infelizmente a partir dos anos noventa começaram surgir inúmeras associações de powerlifting , cada uma com suas próprias regras, notadamente com relação a realização de testes antidoping, quanto à permissão de uso de acessórios de proteção e suporte como cinto, camisa de força para supino, macaquinho de agachamento, macaquinho de terra, faixas para joelhos, bem como o tipo de material empregado na confecção dos mesmos. Há também algumas variações de regras relativas ao que é e o que não é permitido durante a execução do levantamento. Tal falta de padronização nas regras é o principal fator que tem dificultado o reconhecimento do powerlifting como esporte olímpico. Aliás, o uso de acessórios high-tech tem tirado muito da graça do powerlifting, muitos especialistas afirmam que boa parte das elevadas cargas alcançadas por alguns atletas hoje em dias só são conseguidas graças ao uso destes equipamentos.
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_Dan deu reputação a R.U.M. em [Diário] O Strongman Peso Pena - Powerbuilding, Calistenia, Crossfit, Old-School-Bad-MotherfuckerSalvee
Fechei essa porra!! Vou me testar só na sexta... os últimos 2 foram osso.
Vamos aos números:
SEXTA
Oficialmente, seria 8x4 90 kg, falhei no sétimo... Vi que nao sairiam mais outras 1x4, fiz singles para fechar o total previsto do treino, logo:
6x4 90
1x3 90 (fail)
5x1 90
Achei que ia rasgar o peitoral nessas singles... ficar tirando a barra do suporte foi foda quando sua energia tá no mínimo. Mas saiu - 32 reps com 90, em descansos de 3 a 4 minutos.
SÁBADO
Obvio que ja esperava morrer em algum momento. 10x3 com 90 %... entenderam. Fui em frente com singles, de um jeito imprevisto. E um AMRAP.
5x3 94 kg
1x2 94 kg (fail)
1x 94 kg
1x 96 kg
1x 98 kg
1x 100 kg
1x17 60 kg
Hahahahahhaa... Smolov pede intensidade, entreguei intensidade. Fiquei feliz de ter feito metade do previsto e especialmente de ter arrancado uma single com 100 com pausa e até alguma facilidade. Aqui, com descansos de cinco ou seis minutos. Minha técnica melhorou tremendamente...
O set final foi um meio de compensar as falhas e a redução do volume. Pump lazarento no peitoral, costas, braços e especialmente nos ombros.
RESUMINDO SMOLOV JR.
Este é um brinquedo que separa os meninos dos homens. Se você vacilar por um segundo, já era - vai falhar e/ou se machucar. Você tem que comer demais, trabalhar na mobilidade todos os dias, saber dosar os acessórios, se preparar para quedas na imunidade e na motivação, e saber tolerar 40, 50, 60 minutos só supinando. 4x por semana. Sim, anti-inflamatórios vão ajudar.
Devo ter gerado um superávit calórico de 1000+ e não ganhei 100 gramas. Usei uma RM 10% abaixo do meu melhor levantamento, e os acréscimos feitos ainda te fazem dar o sangue. Como eu tenho uma boa experiência com alto volume e alta especialização, a primeira semana foi baba. Mas há quem diga que desde os primeiros momentos o Smolov Jr já arregaça.
Mantive meus descansos entre sets por volta de 3 min nos treinos mais leves (segundas e quartas) e por volta dos 5 nos fins de semana. Mesmo com todos esses truques e métodos, é foda. É difícil. Não recomendo usar 100% da sua RM. Só acho possível se você é um supinador supremo ou está usando roidz (ou ambos).
Dei o azar de treinar 1 semana com uma lesão no upper back e outra meio doente com uma infecção da garganta. Por isso a terceira semana não pareceu tão difícil - consegui me jogar estando 100% recuperado, e com a técnica mais afiada do que nunca. Aprendi o leg drive, pausas mais longas, uma posição de mãos mais adequada.
Agora vou reaquecer os motores dos meus levantamentos de lower body, praticar coisas diferentes, e dar descanso total para um PR monstro na sexta-feira. Na outra semana, devo retornar ao método do porra louca Jamie Lewis, Destroy the Opposition - Intermediate Deadlift Specialist. Me deu ganhos excelentes em absolutamente tudo e ainda é divertido. Dessa vez, vou rodar o programa original, sem alterações como eu havia feito.
Abraço!